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UBERLÂNDIA
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
CARGAS ELÉTRICAS NÃO CONVENCIONAIS RESIDENCIAIS E COMERICAIS
UBERLÂNDIA
2011
Resumo
The increase of the consumption in Brazil aside with problems of supply of electrical
energy in the decade of 90, during a period of bad hydrological conditions caused a
concern and urged a search for ways of reduction of the consumption. The quality of
power was not a priority, loads were not so sensitive nor the existing processes
demanded as much as quality of the supply of electric energy. The concern on
quality of energy supply increased, mainly in the industrial sector, with the increase of
the competition in the domestic markets and overseas. The quality and the amount of
production became a distinguished item for the profit. In this way, the quality of
energy supply and the continuity of the production lines became more important. This
work aims to show results of a study of theory about compact fluorescent light bulbs
with integrated reactor, and some consequences of its generalized use.
[Hz] Hertz
[kHz] quilo-Hertz
[lm/W] lumens por Watt
[W] Watt
[lm] lumens
[V] Volt
[K] Kelvin
[cm] centímetro
[µF] micro-Farad
Sumário
1. Introdução..................................................................................................... 9
1. Introdução
Há tempos, a qualidade da energia elétrica preocupa. Muito tem sido feito para
identificar distorções de cargas não lineares industriais e minimizar os seus efeitos
sobre os sistemas elétricos. Entretanto, a literatura técnica tem atentado pouco para
as distorções das cargas não lineares presentes no setor residencial e comercial.
Até alguns anos atrás, essa insuficiente preocupação da literatura técnica fazia
algum sentido, pois as maiores cargas, principalmente do setor residencial, eram de
aquecimento e iluminação (através de lâmpadas incandescentes), que apresentam
um comportamento linear. Com o aumento do uso de cargas não lineares
(lâmpadas fluorescentes compactas, computadores, televisores, carregadores de
bateria e outros), nas residências e comércios, espera-se que a geração de
correntes harmônicas nesses setores torne-se expressiva quando comparada à
geração das mesmas correntes no setor industrial, contribuindo sobremaneira para a
distorção não linear total do sistema elétrico e, consequentemente, para a
depreciação da qualidade da energia elétrica.
Tensão Instantânea
Amplitude [V]
Tempo[s]
Tensão Instantânea
Amplitude [V]
Tempo[s]
O ruído é definido como sinais elétricos indesejáveis contendo uma larga faixa
espectral e frequências inferiores a 200 [kHz] sobrepostas ao sistema de
alimentação. Ruídos em sistemas de potência podem ser causados por dispositivos
eletrônicos de potência, circuitos de controle, equipamentos a arco, cargas com
retificadores de estado sólido e fontes chaveadas. Basicamente, o ruído é
constituído de qualquer distorção indesejável do sinal de potência que não pode ser
classificada como distorção harmônica ou transitória. Distorções oriundas de ruídos
perturbam dispositivos eletrônicos, como microcomputadores e controladores
programáveis. O problema pode ser atenuado com o uso de filtros e
transformadores de isolamento. A figura 5 apresenta uma forma de onda distorcida
na presença de ruído:
Assim é de grande importância citar aqui os vários tipos de cargas elétricas com
características não lineares que têm sido implantadas em grande quantidade no
sistema elétrico brasileiro:
Circuitos de iluminação com lâmpadas de descarga;
Fornos a arco;
Compensador estático do tipo reator saturado;
Motores de corrente contínua controlados por retificadores;
Motores de indução controlados por inversores com comutação forçada;
Processos de eletrólise através de retificadores não controlados;
Motores síncronos controlados por ciclo conversores;
Fornos de indução de alta frequência;
Cargas de aquecimento controladas por tiristores;
Computadores;
Eletrodomésticos com fontes chaveadas;
Lâmpadas fluorescentes compactas.
O valor eficaz de uma forma de onda distorcida, por exemplo, de corrente, é dado
pela expressão (1):
√ (1)
17
Sendo:
: valor eficaz da corrente;
, , , , e : valores eficazes da componente fundamental e dos
harmônicos nas diversas frequências múltiplas da fundamental.
∑
√ (2)
Sendo:
: Distorção Harmônica Total de Corrente;
: ordem harmônica;
: valor eficaz da componente harmônica da corrente de ordem h;
: valor eficaz da componente fundamental da corrente.
∑
√ (3)
Sendo:
: Distorção Harmônica Total de Tensão;
: ordem harmônica;
: valor eficaz da componente harmônica da tensão de ordem h;
: valor eficaz da componente fundamental da tensão.
(4)
18
(5)
Onde:
: distorção harmônica de tensão da componente de ordem h;
: distorção harmônica de corrente da componente de ordem h.
Com a introdução das cargas não lineares no sistema elétrico, não cabe mais falar
apenas em potência ativa (P) e reativa (Q). Assim, quando da existência de
componentes harmônicas, uma terceira parcela de potência que não produz trabalho
irá aparecer. Esta parcela tem sido denominada de potência de distorção (D).
√ (6)
√ (7)
(8)
Para um sistema elétrico com cargas lineares, o fator de potência coincide com o
(onde é o ângulo entre tensão e corrente), quando pode ser então
denominado fator de potência de deslocamento ( ) ou, simplesmente, fator de
deslocamento.
(9)
(10)
(11)
Onde:
: fator de potência de deslocamento;
: fator de distorção;
: fator de potência verdadeiro.
pressão, com uma pequena quantidade de gás inerte para facilitar a partida. Quando
a lâmpada é ligada, a passagem de corrente elétrica através dos filamentos causa o
aquecimento dos mesmos e a liberação de elétrons. Esses elétrons se movimentam
de um eletrodo para o outro em altíssima velocidade, estabelecendo uma descarga
elétrica (arco) no vapor de mercúrio. Esta descarga emite quase que totalmente
radiação ultravioleta (invisível ao olho humano) que por sua vez, será convertida em
luz visível pelo pó fluorescente ou pó de fósforo que reveste a superfície interna do
bulbo. É a composição deste pó fluorescente que determina a qualidade e a
quantidade de luz, as alternativas de cor e a eficiência na reprodução de cores.
A grande evolução das lâmpadas fluorescentes ao longo dos anos tem ficado por
conta da redução do diâmetro dos bulbos. Quanto menor for o bulbo, maior a
possibilidade de aproveitamento óptico dos refletores, pois haverá maior área livre
para reflexão, permitindo melhor eficiência das luminárias. Além disso, o menor
24
As LFC’s com reatores integrados apareceram pela primeira vez em 1986, com
um projeto muito compacto e bocal de rosca E-27, abrindo o caminho para a
substituição das lâmpadas incandescentes.
Quatro fatores contribuíram enormemente para o atual estado da arte das LFC’s:
As características e novos desenvolvimentos das lâmpadas fluorescentes
comuns;
A tecnologia dos reatores eletrônicos;
As tecnologias de iluminamento em bulbos menores e de menor diâmetro;
A miniaturização dos componentes eletrônicos.
Atualmente as LFC’s são disponíveis com bocal E-14 e E-27 além das baionetas
tipo B22, com tensões de 100 a 240 [V]. Alguns modelos podem ser operados em
31
corrente contínua. Para a grande maioria das LFC’s não se recomenda a operação
em circuitos com dimmers, timers eletrônicos e fotocélulas. Para tais aplicações,
devem-se verificar com o fabricante as possibilidades.
Neste trabalho tem-se como foco a análise dos efeitos das distorções harmônicas
sobre diferentes equipamentos e dispositivos individuais em ambos os lados do
sistema, de distribuição e de consumo. Este trabalho incide principalmente sobre os
aspectos teóricos dos efeitos da LFC e seus principais indicadores de qualidade ao
invés de práticas de medições.
Figura 14 - Efeito da LFC sobre o THDi quando usada ao lado de outros aparelhos eletrodomésticos.
(12)
A figura 16 mostra uma LFC simples sem nenhuma filtragem e, portanto, nada para
melhorar o fator de potência. Este circuito tem níveis muito elevados de distorção
harmônica da corrente, que dependem do tamanho do capacitor do filtro DC, mas é
o mais barato para a fabricação.
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Figura 17 - THD e espectro harmônico da corrente de uma LFC sem correção do fator de potência.
Figura 19 - THD e espectro harmônico da corrente de uma LFC com filtro passivo.
5.4. Valley-Fill
A filtragem ativa é o método mais avançado e caro de obter um alto fator de potência
em um reator eletrônico. Uma chave controlada de alta frequência é normalmente
usada para corrigir o fator de potência. A figura 23 mostra um conversor ativo do tipo
Boost que pode ser operado no modo de condução descontínua com frequência e
ciclo de trabalho constante para obtenção de um fator de potência próximo da
unidade. Circuitos integrados específicos são fabricados para o controle da chave
nesses reatores com controle ativo do fator de potência.
Figura 23 - Circuito do reator de uma LFC com controle ativo do fator de potência.
Figura 24 - THD e espectro harmônico de uma LFC com controle ativo do fator de potência.
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6. Considerações Finais
7. Referências Bibliográficas
JABBAR, R.A.; AL-DABBAGH, M.; MUHAMMAD, A.; KHAWAJA, R.H.; ARIF, M.R.
Impact of Compact Fluorescent Lamp on Power Quality. IN: Australasian
Universities Power Engineering Conference (AUPEC'08), 2008.
RICHARD, M.K.; SEN, P.K. Compact Fluorescent Lamps and Their Effect on
Power Quality and Application Guidelines. IN: Industry Applications Society
Annual Meeting (IAS), 2010.
YONG, J.; CHEN, L.; NASSIF, A.B.; XU, W. A Frequency-Domain Harmonic Model
for Compact Fluorescent Lamps. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 25, n. 2,
p. 1182-1189, Apr. 2010.