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PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

Graduação

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PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

A EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA PSICOLOGIA
UNIDADE 1

Olá, estamos muito felizes por receber você para cursar a disciplina
Psicologia.

Nessa unidade, vamos estudar as raízes sócio-históricas da Psicologia, a


delimitação do seu objeto de estudo, seus métodos, sistemas e aplicação.

Conhecendo um pouco sobre a história da Psicologia fortalecemos a


capacidade de entendermos o ser humano e sua complexa rede de processos
psíquicos.

PORTANTO, NOSSOS OBJETIVOS SÃO:


• compreender a evolução sócio-histórica da Psicologia, seu
processo de delimitação do seu objeto, refletindo sobre os
diferentes contextos históricos que impulsionaram a Psicologia
em direção ao seu reconhecimento como ciência.

• identificar as principais correntes teóricas no início da Psicologia


moderna, suas características e objeto de estudo.

PLANO DE UNIDADE:
• História da Psicologia

• Delimitação de objeto de estudo da Psicologia

• Métodos, sistemas e aplicação em Psicologia

Bem-vindo à primeira unidade de estudo.

Sucesso!

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UNIDADE 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PSICOLOGIA

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA.
Como nascemos? De onde viemos?

Porque somos desse jeito e não de outro?

O que, ao longo do nosso processo de desenvolvimento, fez com que


sejamos como somos?

Porque vivemos conflitos?

O que é preciso fazer para ser mais feliz?

Como nos relacionamos com a natureza, com a idéia de vida e de


morte?

E você, já se fez algumas dessas questões?

Essas questões povoam o imaginário do ser humano desde tempos


remotos. A preocupação com essas questões remonta a própria origem da
humanidade.

E a Psicologia surge como uma ciência que tenta respondê-las.

Pois bem, a Psicologia, como toda produção humana, remete as


necessidades de uma determinada cultura, de uma sociedade, portanto para
compreendê-la precisamos compreender os diversos períodos da história da
humanidade.

Os homens do período pré-


histórico deixaram marcas de suas
preocupações nas paredes das
cavernas, por meio das pinturas
rupestres.

Entretanto, como um corpo de


conhecimentos que busca compreender
a interioridade humana, a Psicologia
nasce e encontra seu apogeu na Grécia
Antiga com os filósofos. E muito do saber
que temos hoje tem suas raízes nas
culturas ocidentais antigas, sobretudo
com os gregos, considerando seus
avanços na área da arquitetura,
agricultura, física e ciências políticas.

Pois bem, com tanto avanço no campo das ciências, com a grande
expansão territorial, a complexificação da organização social, com o
surgimento das primeiras cidades-estados denominadas “polis”, o homem
daquela época passa a viver novas necessidades. Como destaca Bock(2002,
p.32): “Tais avanços permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do
espírito, como a Filosofia e a arte.” Mas o conceito de cidadão daquela época
é bem diferente do conceito de nossos dias. Referia-se a um pequeno grupo:
homens, brancos, livres, proprietários de terras.

Inclusive o termo “Psicologia” deriva de dois termos gregos: psique,


que significa “alma” e logos, que significa “estudo”, portanto,
etimologicamente, Psicologia significa o “estudo da alma”. Muito embora, o
termo só tenha sido usado a partir do século XVI, quando o humanista croata
Marko Marulik publicou a obra “A psicologia do pensamento humano”.

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PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

Quem nunca ouviu falar em Sócratés, Platão e Aristóteles? Essa tríade


de filósofos da Antiguidade Grega influenciou enormemente o nascimento
da Psicologia, como campo de conhecimento sistematizado.

Sócratés (469-399 a.C.) preocupava-se


em definir as diferenças entre o homem e os
animais e postulou que é a razão a
característica essencialmente humana. Assim,
por meio da razão o homem é capaz de dominar
seus instintos, fonte de toda irracionalidade.

Sócratés conduzia seus discípulos à


construção do saber por meio do diálogo, pelo
questionamento e proferiu a máxima:
“Conhece-te a ti mesmo”, remetendo-se a
importância da razão, elemento da essência
humana, para fazer brotar os valores que os
homens trazem em si e para a compreensão da realidade.

Nesse sentido, suas contribuições para a Psicologia são percebidas,


sobretudo, no ramo cujo foco é o estudo da consciência.

Muito controvertido, foi acusado de desencaminhar os jovens e de


desobedecer às leis, às autoridades e aos deuses. Por isso, foi condenado à
morte.

Outro filósofo importante no trajeto histórico da constituição da


Psicologia como ciência foi Platão (427-347 a.C.), que era discípulo de Sócratés
e retomou os estudos do mestre, sobretudo sua teoria sobre a “idéia” e
afirma que:

A idéia é mais do que um conhecimento verdadeiro; ela é o ser


mesmo, a realidade verdadeira, absoluta e eterna, existindo fora e
além de nós, cujos objetos visíveis são apenas reflexos. (JAPIASSU &
MSRCONDES, 1990, P.195)

Para explicar tal teoria Platão elabora o “mito da caverna”.


Segundo ele, a percepção que temos da vida é, na verdade,
apenas imagem. Como se estivéssemos em uma caverna
observando as sombras que se formam em suas paredes. Atentos
a essas imagens, somos incapazes de nos livrarmos da caverna
e de sua falsa realidade. Alcançarmos a realidade, ou conseguir
sair da caverna, só seria possível pela razão.

Platão traz muitas contribuições para as ciências, desde a


física a política, mas foi no campo da fisiologia humana,
preocupado em definir o lugar da razão em nosso corpo, que
postula que corpo e alma são duas instâncias humanas distintas,
sendo que a alma ficaria na cabeça e deveria comandar todas
as outras funções humanas.

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UNIDADE 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PSICOLOGIA

Discípulo de Platão, Aristóteles (384-322 a.C) foi um filósofo de


grande influência no campo do conhecimento científico. Em seus
estudos postula que toda a ciência baseia-se na definição e na
demonstração.

Segundo ele corpo e alma não podem ser dissociados por que a
“psyché” é o princípio ativo da vida. Portanto, tudo que tem vida possui
uma alma.

Aristóteles desenvolve uma teoria interessante quanto ao


processo de reprodução humana, especialmente, no que diz respeito
à participação da mulher.

Como vimos, a participação dos filósofos gregos para a


compreensão das grandes questões humanas foi imensa e podemos
dizer que “(...)nenhum outro povo da Antiguidade influenciou tão
decisivamente nossa civilização ocidental como os gregos.”(CHASSOT,
2004,p.33).

Entretanto, a Grécia perde sua independência política em decorrência


de lutas e conflitos sucessivos com outros povos, especialmente, os macedônios
e, finalmente, com a intervenção romana, que fez da Grécia sua província.
Hegemonia - Preponde-
Mas, ainda assim, a Grécia continua sendo um grande centro de ciência e rância de uma cidade, de um
cultura. país sobre outra cidade ou
países ou povos ou de alguém
O Império Romano exerceu grande influência na história da civilização sobre os demais.
ocidental, sendo uma de suas principais características o fortalecimento do
Renascimento: Nome
cristianismo quando, no século IV, Constantino, imperador romano, reconheceu dado a um movimento cultu-
o cristianismo como religião oficial. ral italiano e às suas reper-
cussões em outros países.
Com a hegemonia do ideário Cristão no cenário histórico-social e cultural, Também designa um período
os avanços dados em direção ao entendimento do ser humano passaram a histórico, no pressuposto de
fatias cronológicas de expe-
estar submetidos aos dogmas religiosos e, então, se estabeleceu um abismo
riência coletiva podem ser
entre a cultura grega, considerada profana, pagã e a doutrina cristã. proveitosamente descritas
em termos de uma conduta
O período histórico da Idade Média, que compreende os anos de 476,
intelectual e criativa(...)
com a queda do Império Romano do Ocidente ao ano de 1453, com a tomada (HALE, J. R. Dicionário do
de Constantinopla pelos turcos1, também conhecido por “Período das Trevas”, Renascimento italiano. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor,
foi marcado pela obscuridade, sobretudo no campo das ciências, tendo em
1998,p.208)
vista que a ciência estava subordinada à fé e, portanto, todo saber estava
aprisionado nos grandes templos religiosos.

E não era diferente para a Psicologia. Seus


estudos refletem a dependência e subordinação
religiosa.

Nesse período temos as contribuições de


Santo Agostinho(354 – 430) que propunha uma
reedição das idéias de Platão. Assim, para Santo
Agostinho a alma não era somente a sede da razão,
como postulava Platão, mas representava o
elemento de ligação entre os homens e Deus e,
mais, a prova da existência de Deus e, por isso, é
imortal.

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PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

As obras de Aristóteles também foram assimiladas, só que no século


XIII, por São Tomas de Aquino (1225 – 1274). Esse grande teórico e signatário
da ordem cristã viveu um período marcado pelos questionamentos à Igreja
e encontrou na teoria aristotélica a justificativa para a relação entre Deus e
os homens. Assim, na filosofia tomasiana, o homem, na sua essência, busca
a perfeição através da sua existência e somente pela fé em Deus é possível
unir essência e existência, em outras palavras, a busca da perfeição, elemento
da essência humana, é, para São Tomas de Aquino, a busca de Deus.

O período histórico que se inicia em fins da Idade Média, conhecido


como período da Revolução Científica (séc. XV – XVI), associado ao
Renascimento, é marcado por uma série de mudanças no cenário sócio-
histórico da Europa, sobretudo em oposição aos abusos, ao monopólio
científico e a ignorância monástica em prol do ressurgimento do humanismo,
no entanto sem perder o cunho religioso.

Como destaca Mocellin(2004,p.188):

Ocorreram mudanças significativas na maneira de encarar o mundo


e o ser humano. Enquanto na Idade Média o homem devia se submeter
a vontade de Deus, às orientações do clero e ao domínio político da
nobreza, os humanistas procuravam valorizar o ser humano em sua
individualidade, força e criatividade.

A invenção da imprensa, as grandes navegações, a Reforma


Protestante golpearam duramente o absolutismo da Igreja, assim como
Capitalismo - Sistema
socioeconômico baseado na
provocaram uma revisão dos conceitos mais arraigados do europeu, como a
predominância do capital so- idéia de que é o centro do mundo, ou seja, da visão eurocêntrica.
bre os demais fatores.
O contato com outras terras e povos deve ter mudado
significativamente a maneira de os homens verem o mundo.

Apesar de todo o poder da Igreja Católica, manifestações contrárias a


sua dominação começaram a eclodir, refletindo uma nova maneira de entender
o homem, suas relações com a natureza e com o próprio homem.

O polonês Nicolau Copérnico (1473 – 1543) propôs o heliocentrismo,


que foi reafirmado por Galileu Galilei (1564 – 1642), com o auxílio do telescópio
criado por ele.

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UNIDADE 1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PSICOLOGIA

Em 1633 Galilei foi preso pela Inquisição, pois sua teoria se opunha a
doutrina cristã. Foi torturado e obrigado a negar sua teoria em um discurso
de confissão.

Insatisfeita com esses movimentos, a Igreja Católica investe no


movimento da Contra-reforma e a Inquisição.

Importantes personagens da história foram mortos por questionar a


legitimidade dos dogmas religiosos.

“Penso, logo existo”. Ao pronunciar tal assertiva, o filósofo francês


René Descartes (1596-1650), considerado um marco histórico na Psicologia
pré-científica, postula o dualismo mente – corpo, sendo mente a instância
humana responsável pelo pensamento, que não possui materialidade, ao
passo que o corpo era a substância material, sujeito às ações físicas, mecânico
e, portanto, o corpo sem a mente é apenas matéria.

Com a revolução industrial, impregnada do ideário Iluminista, no começo


do século XVII, ocorreram investigações e descobertas que deram origem à
ciência moderna e fizeram nascer o mundo contemporâneo. A valorização da
razão, da observação, da experimentação e a utilização do raciocínio
matémático caracterizaram esse período, como destaca Mocellin, (2004
p.275). O crescimento de uma nova ordem econômica, o capitalismo, novas
formas de relações humanas e de se viver o tempo, sobretudo em decorrência
da industrialização. Não que isso seja privilégio desse tempo, mas a ciência
passa a ocupar-se de produzir conhecimento capaz de responder as
demandas sociais da época e nesse caso, do capitalismo.

E assim, o trabalho, a produção e a técnica assumem papel central na


formação humana.

Com as novas exigências do mundo moderno, a Psicologia precisava,


para ter o status de ciência, de um objeto de estudo definido e concreto, um
corpo teórico que a sustente e procedimentos experimentais definidos, com
controle das variáveis. Nesse momento de grande efervescência científica,
Augusto Comte sistematiza uma teoria, segundo a qual só tem validade as
verdades baseadas na experiência e na observação. Trata-se do Positivismo
e que vai servir de base para toda a ciência moderna.

Em 1879 Wilhelm Wundt (1832 – 1926) criou, na cidade de Leipzig, na


Alemanha, o primeiro laboratório de Psicologia do mundo, onde foram
desenvolvidos estudos na área da psicofisiologia. Por isso, Wundt é
considerado o fundador da Psicologia Moderna. Segundo Bock (2002, p.26):

Esse marco histórico significou o desligamento das idéias


psicológicas de idéias abstratas e espirituais, que defendiam a idéia
de uma alma nos homens, a qual seria a sede de uma vida psíquica.

A Psicologia, portanto, do final do século XIX e início do século XX, se


caracteriza por ter incorporado os princípios, legitimados pela sociedade da
época, sobre o que significava fazer ciência. Assim, desvincula-se da filosofia
e, sobretudo, define seu objeto: o COMPORTAMENTO, que delimita seu
campo de abrangência e estabelece critérios metodológicos de estudo. Assim
é capaz de formular teorias fundamentadas e construir um corpo teórico
capaz de lhe sustentar como área de conhecimento científico.

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PSICOLOGIA E AUTODESENVOLVIMENTO

Portanto, a Psicologia não mais divagava pelo mundo da idéias, como


propunha a filosofia, mas, sim, observava o comportamento humano e
controlava suas variáveis em laboratórios.

Com base nesses critérios começa a se delinear, basicamente, três escolas


em Psicologia:

1a Funcionalismo: inaugurada pelo americano William James, que define


como objeto de estudo a consciência como elemento fundamental para a
adaptação do homem ao meio. Portanto, investiga “o que os homens fazem
e por que o fazem”.

2a Estruturalismo: O termo estruturalismo foi cunhado pelo inglês Edward


B. Titchner, mas foi Wundt que fundou a segunda escola em Psicologia cujo
objeto de estudo também é a consciência, assim como no funcionalismo,
mas sob seus aspectos estruturais, ou seja, “os estados elementares da
consciência como estruturas do sistema nervoso central”. (Bock,2002.p. 42)

3 a Associacionismo: Os teóricos que representam essa abordagem


concebiam o processo de aprendizagem como uma relação de associação de
idéias. Teve seu início com Thorndike (1874-1949), que formulou a primeira
teoria da aprendizagem na Psicologia. Formulou a “Lei do Efeito”, ou seja,
todo organismo vivo tende a repetir um determinado comportamento quando
recompensado ou inibí-lo se for castigado. Neste caso, a recompensa e o
castigo configuram-se como efeitos do comportamento.

Essas abordagens se desdobram e se modificam e no século XX a


Psicologia toma corpo e se sistematiza em três escolas principais:

• A gestalt.

• O behaviorismo.

• A psicanálise.

É HORA DE SE AVALIAR!

Não esqueça de realizar as atividades desta unidade de


estudo, presentes no caderno de exercício! Elas irão ajudá-
lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no
processo de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as
respostas no caderno e depois as envie através do nosso
ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco!

Na próxima unidade iremos conhecer mais a fundo as principais


características dessas escolas.

NOTAS
1
Há ainda estudos que apontam para a descoberta da América em 1492 ou ainda para o
surgimento do Renascimento como marcos para o fim da Idade Média.

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