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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

ÁREA DE FITOTECNIA

AULAS CULTURA DO ALGODOEIRO

ELABORAÇÃO: PROF. FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA, Dr.

RECIFE, PE,

OUT. 2011
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CULTURA DO ALGODOEIRO

1. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E SOCIAL

O algodão é a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, pois propicia o mais
variado elenco de utilidades. É uma planta cultivada em todos os continentes e, pela importância de
seus inúmeros produtos, muito representa para a economia dos povos, em razão da geração de renda
e de empregos.
O algodoeiro é conhecido desde 8 mil anos A. C.. A Índia é tida como centro de origem do
algodoeiro. Indígenas transformavam o algodão em fios e tecidos na época do descobrimento do
Brasil.

2. TIPO DE ALGODÃO CULTIVADO NO BRASIL

Atualmente, cultiva-se o algodão herbáceo em 16 estados no Brasil: Mato Grosso (10 lugar),
seguido da Bahia, Goiáis, Mato Grosso do Sul, Minas gerais, São Paulo, Maranhão, Piauí,
Tocantins, Paraná, Distrito Federal, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas
(Conab, 2011).

3. PRINCIPAIS PRODUTOS, SUBPRODUTOS E SUA UTILIZAÇÃO


a) PRODUTOS: semente e fibra. A semente (caroço) representa aproximadamente 65% do peso da
produção e a fibra 35%.

A fibra, principal produto do algodão, possui mais de 400 aplicações industriais, dentre as quais
citam-se: confecção de fios, preparação de algodão hidrófilo, confecção de feltro, cobertores e
estofamentos, obtenção de celulose e outros.
A semente é rica em óleo (18 a 25%) e contém de 20 a 25% de proteína bruta. O óleo depois de
refinado é utilizado na alimentação humana e na fabricação de margarina e sabão.

b) SUBPRODUTOS:
Torta ou resíduo – subproduto da extração do óleo, é utilizado na alimentação animal devido seu
alto valor protéico, com 40 a 45% de proteínas. Apresenta a seguinte composição química: umidade
(10,46%), proteína (37,91%), gordura (1,44%), fibra (16,60%), material mineral (9,98%), ext. não
nitrogenado (23,77%).
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Línter – é uma fira curta, grossa e pouca resistência, presente apenas nas cultivares herbácea. Em
média, pode-se ter 50 kg de línter por tonelada de sementes. Diversas são as aplicações do línter na
indústria: na confecção de estofamento, de algodão hidrófilo, de filtros, na confecção de tecidos
rústicos.

c) USO DO ALGODOEIRO
Aproveitamento:
- Fibra (35% do peso da produção).
- Caroço (65%).
- O caroço (semente):
- Rico em óleo (18-25%).
- 20-25% de proteína bruta.
- O óleo é refinado e destinado à alimentação humana e fabricação de margarina e sabões.

4. PRODUTORES MUNDIAIS E NACIONAIS


a) MUNDIAIS:
China, Índia, Estados Unidos, Brasil, Paquistão, Uzbequistão, Turquia, Austrália, e outros.
O algodoeiro é cultivado em 81 países, economicamente liderado pela China, Índia, E.U.A e
Brasil.
- No Brasil, estima-se que a demanda aumentará das atuais 900 mil toneladas/ano para 1.200
mil toneladas/ano.
- US$25 bilhões/ano investidos na cadeia. 4% do PIB nacional e 13,5% do PIB industrial
(TÊXTIL, 2004).

b) NACIONAIS: Algodão herbáceo (CONAB, maio 2011)


Mato Grosso (10), seguido da Bahia, Goiáis, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo,
Maranhão e outros (Veja o quadro anterior).
Rendimento algodão em pluma: Brasil = 1.470 kg/ha
Bahia = 1.533 kg/ha (Asume a primeira posição em produtividade de pluma).

Rendimento industrial algodão em pluma: 38% (média).


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5.
CONCEITOS E SINONÍMIAS

Algodão – é o produto que se colhe.


Algodoeiro – é a planta que produz fibra.
Algodão em caroço – é o produto colhido constituído pelo caroço (semente) e fibra.
Algodão em rama – é o produto que está no campo em fase de produção (flores e frutos) para ser
colhido depois.

Rendimento algodão em caroço = kg/ha


Rendimento industrial (fibra) = em média 36 %
1 arroba (@) = 15 kg de algodão caroço ou pluma (fibra, lã)

6. ORIGEM GEOGRÁFICA
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6.1. Novo Mundo:

Espécies tetraplóides (26 pares de cromossomos e 2n=52 de cromossomos somáticos), no


total de 6 espécies (4 selvagens e 2 cultivadas):

6.1.1. Gossypium hirsutum L. originária da América Central (Sul do México e da Guatemala), que
deu origem aos tipos de algodões cultivados no Brasil (representa 90% da produção mundial):
Gossypium hirsutum L. raça Marie Galante Hutch (mocó);
Gossypium hirsutum L. raça latifolium Hutch (herbáceo);

6.1.2. A espécie Gossypium barbadense L. é originária da América do Sul (Norte do Brasil e Costa
Ocidental do Peru) e deu origem aos tipos de algodões (representa 5% da produção mundial):
Gossypium barbadense L. raça brasiliense: algodão inteiro ou rim-de-boi e algodão quebradinho.

6.2. Velho Mundo:

Espécies diplóides (13 pares de cromossomos e 2n=26 de cromossomos somáticos), no total de


33espécies (31 selvagens e 2 cultivadas):

6.2.1. Gossypium arboreum L. e Gossypium herbaceum L originária da Ásia e África. A primeira


permanece com certa importância em regiões da Índia, Paquistão, China e Tailândia, e a segunda
ocupa área significativa apenas na Índia. A contribuição de ambas para a produção mundial de
algodão não chega a 4%.

7. BOTÂNICA DO ALGODOEIRO

7.1. POSIÇÃO SISTEMÁTICA


Reino: Vegetal – Divisão: Embriófita sifonogama – Subdivisão: Angiosperma – Classe:
Dicotiledônea – Subclasse: Arquiclamídea – Ordem: Malvales – Família: Malvácea – Gênero:
Gossypium –
Espécies cultivadas: G. arboreum, G. herbaceum, G. hirsutum, G. barbadense.

O algodoeiro é o nome vulgar dado a várias espécies do gênero botânico Gossypium L., da família
Malvaceae. Existem cerca de 40 espécies, arbustivas, nativas das regiões subtropicais e tropicais,
algumas das quais são utilizadas para a produção da fibra têxtil conhecida como algodão.
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7.2. ESPÉCIES E RAÇAS DE ALGODOEIRO

Espécies cultivadas utilizadas para fins têxteis


Gossypium arboreum L. – Algodoeiro-arbóreo, nativo da Ásia meridional.
Gossypium barbadense L. – Algodoeiro egípcio, também designado como algodão-crioulo ou
algodão de Sea Island, nativo da América do Sul tropical.
Gossypium herbaceum L. – Algodoeiro-asiático ou algodoeiro-do-levante, nativo do sul de África
Gossypium hirsutum L. – Algodoeiro-das-terras-altas ou Algodoeiro-americano, nativo da América
Central, das Caraíbas e do sul da Florida.
Gossypium vitifolium Lam. - cultivado nos Estados Unidos da América, México, Antilhas e norte
da América do Sul

Espécies e raças
Gossypium hirsutum L. raça Marie Galante Hutch (mocó);

7.3. DESCRIÇÃO BOTÂNICA


Característica da planta:
a) Porte: ereto, anual ou perene.
b) Raiz principal cônica, pivotante, profunda e com pequeno número de raízes secundárias grossas
e superficiais.
c) Caule:
- Herbáceo ou lenhoso.
- Altura variável.
- Ramos vegetativo:
- 4 a 5 intra-axilares, na parte de inferior.
- Ramos frutífero:
- Extra-axilares, na parte superior).

d) Folhas:
- Pecioladas.
- Cordiformes.
- Consistência coriácea ou não.
- Inteiras ou recortadas (3 a 9 lóbulos).
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e) Flores:
- Hermafroditas.
- Axilares.
- Isoladas ou não.
- Cor creme nas recém-abertas (que passam a rósea e purpúrea).
- Com ou sem mancha purpúrea na base interna.
- Abertura: a cada 3-6 dias.

f) Frutos:
- “Maçãs“, quando verdes.
- “Capulhos“, após a abertura.
- Cápsulas de deiscência (abertura) longitudinal.
- 3 a 5 lojas cada uma, encerrando 6 a 10 sementes.
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Semente – tem forma piriforme, livre, geralmente de cor-pardo-escura. Na amêndoa encontram-se


muitas bolsas gomíferas e algumas células manchas de oxalato de cálcio. Contêm cerca de 25 a
40% de gordura. Apresenta a seguinte composição química: umidade (6 a 12%), cinzas (3 a 4%),
proteínas (16 a 26%), carboidratos (24 a 31%), óleo (14 a 25%) e material fibroso (12 a 21%).

8. CULTIVARES
As cultivares diferenciam-se quanto ao:
- Tamanho da fibra:
- Curta, média e longa.
- Ciclo:
- Curto (120-150 dias) ou ciclo longo (150-180 dias).
- Porte:
- Alto ou baixo.
- Características de uma boa cultivar:
- Produtividade elevada (200 a 300 arrobas/ha).
- Alto rendimento de fibras (38 a 41%).
- Ciclo normal a longo (150 a 180 dias de ciclo).
- Maturidade acima de 82%.
- Teor de fibras curtas inferior a 7%.
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- Comprimento de fibras acima de 28,5 mm


Algumas cultivares lançadas pela Embrapa:
- CNPA ITA 90.
- CNPA ITA 92.
- BRS ITA 96.
- CNPA ITA 97.
- BRS ANTARES.
- BRS FACUAL.
- BRS AROEIRA.
- BRS IPÊ.

Para cultivo de sequeiro no Nordeste:


BR 2001 – CNPA 8H – BRS 200 MARROM – BRS VERDE – BRS SAFIRA-VERMELHO – BRS
RUBI

Cerrado do Brasil:
Camaçari – Acala 90.2 – Cedro – Peroba – BRS Jatobá

Cultivo irrigado: ciclo precoce e fibra de comprimento médio


CNPA PRECOCE 3 – BRS 187 (CNPA 8H) – BRS 201 – BRS CAMAÇARI

Ciclo normal e fibra média:


CNPA ITA 90 – BRS IPÊ – BRS AROEIRA – BRS SUCUPIRA – BRS CEDRO – BRS JATOBÁ

Características tecnológicas da fibra


A fibra do algodão é constituída, na sua maior parte, de celulose, e pode chegar a mais de 97% do
seu peso seco. A fibra do algodão é formada por uma única célula, que tem origem no tegumento
externo do óvulo (episperma). A sua função biológica é de proteger a semente do calor excessivo e
facilitar a propagação da espécie. A fibra Constitui o principal produto do algodão.

Parâmetros ideais da fibra exigida pela indústria Têxtil Nacional:

Comprimento comercial em mm:


fibra curta= de 2 a 28 mm; média de 28 a 34 mm; longa de 34 a 36 mm e extra-longa acima 36
mm).
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Uniformidade de comprimento %,
Maturidade (% de fibra madura),
Finura índice micronaire,
Resistência Pressley lb/mg,
Alongamento.

9. MELHORAMENTO GENÉTICO DO ALGODOEIRO

9.1. Reprodução do algodoeiro


O algodoeiro é considerado planta de autofecundação, embora a taxa de cruzamento natural possa
atingir 50% ou mais. Assim sendo, o algodoeiro é uma planta de reprodução mista, ou seja,
intermediária, pois ocorre tanto a alogamia como a autogamia.

9.2. Objetivos e componentes da produção, da qualidade da fibra e característica do produto

9.2.1. Finalidades: acentuar qualidades de interesse já possuídas; eliminar características negativas;


introduzir características desejáveis ausentes.

9.2.2. Componentes da produção e de adequação agrícola: (1) número e tamanho de capulhos;


(2) peso das sementes; (3) porcentagem de fibra; (4) índice de fibra; (5) precocidade; (5) tipo da
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planta (porte, conformação, folhagem); (5) deiscência dos frutos e retenção da pluma; (5)
resistência a doenças e pragas; (5) estabilidade e adaptabilidade fenotípicas.

9.2.3. Componentes de qualidade da fibra e do fio: comprimento, uniformidade, índice de fibras


curtas; tenacidade; elongação; índice micronaire (finura + maturidades); maturidade; finura; teor de
açúcar; reflectância; grau de amarelecimento; tenacidade do fio; elongação do fio.

9.2.4. Características do produto para fins especiais: fibras coloridas; ausência de gossypol; teor
e qualidade do óleo; algodão “orgânico”.

4.3.1. Métodos para dispor de variabilidade genética


Variabilidade natural
Hibridação dirigida
4.3.2. Métodos de seleção
4.3.2.1. Seleção perante a variabilidade natural
Seleção de linha pura
Seleção massal
4.3.2.2. Seleção em populações híbridas
Método de “pedigree”
Método da população (“bulk”)
4.3.3. Métodos especiais de melhoramento
4.3.3.1. Resistência a parasitas
4.3.3.2. Algodoeiro híbrido
4.3.3.3. Compostos ou “bulks”

10. FENOLOGIA DO ALGODOEIRO


10.1. Introdução
Fenologia refere-se à parte da Botânica que estuda as diferentes fases do desenvolvimento das
plantas, tais como germinação, emergência, crescimento e desenvolvimento vegetativos,
florescimento e frutificação, maturação, marcando-lhes as épocas de ocorrência e as respectivas
características.

10.2. Escala fenológica do algodoeiro herbáceo


O desenvolvimento do algodoeiro herbáceo possui cinco estágios fenológicos a saber:
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Estágio 1 (Plântula) – da germinação ao aparecimento do primeiro botão floral (0 a 35 dias);


Estágio 2 (Pré-floração) – do aparecimento do primeiro botão floral ao da primeira flor (35 dias a
55 – 60 dias);
Estágio 3 (Floração) – da primeira flor ao aparecimento da primeira maçã firme (55-60 dias a 70-
75 dias);
Estágio 4 (Frutificação) – da primeira maçã firme ao aparecimento do primeiro capulho (70-75
dias a 115-120 dias);
Estágio 5 (Maturação e colheita) – do primeiro capulho à última colheita (115-120 dias a  170-
180 dias).

CICLO

Início Meio Fim


Primeiras Expansão foliar Florescimento e Maturação da
raízes e fechamento da desenvolvimento maçã e da fibra
copa das maçãs

2.500
Número/hectare (X 1.000)

2.000
4 folhas verdadeiras

Botões
1.500 Flores
Emergência

Cotilédones

1.000
6 a 8 nós

Maçãs
500
Maçãs abertas

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Mai jun Jul Ago Set Out

Dias após emergência


10.3. Exigências fisiológicas da planta em cada estádio fenológico

Plântula Pré-floração Floração Frutificação Maturação e


colheita
I II III IV V
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N-P-K-Ca-Mg, água moderada: Insolação, umidade Umidade, Maturação e


O2, água 4,0mm/dia), (8,0mm/dia), (8,0mm/dia), colheita:
(1,0mm/dia). temperatura. temperatura 25o-30oC temperatura 25o- temperatura (25o-
(tempo quente e seco) 30oC (tempo quente 30oC) e luz.
e nutrientes. e seco).

Dependendo, também, da variedade e do ambiente, o tempo médio para estágios fenológicos


relativos à reprodução no algodoeiro é o seguinte:

Da emergência da plântula aos primeiros botões florais: 30-35 dias;


Do aparecimento do botão à abertura da flor: 20-25 dias;
De flor aberta a fruto com tamanho máximo: 25-30 dias;
De fruto com tamanho máximo à deiscência: 30 dias.
O ciclo do algodoeiro é característica genética, porém, fortemente influenciada pelo
ambiente. As variedades podem ser assim classificadas quanto à maturação dos capulhos:
a) precoces: cerca de 130 dias; b) médias cerca de 140-160 dias; c) tardias: acima de
170 dias.

11. ECOFISIOLOGIA DO ALGODOEIRO


11. 1. Condição de clima e solo

Clima: É uma planta de clima tropical.


Exige: Umidade no solo para germinação, início do desenvolvimento plantular e o período entre a
formação dos primeiros botões florais ao início da abertura dos frutos (35 a 120 dias do ciclo de
vida).
Condição ideal de desenvolvimento: muito calor, muita luminosidade e umidade regular no solo.

Solos:
- Profundos, porosos, bem drenados e de textura média.
- Faixa de pH entre 5,5 e 6,5.
- Declividade: inferior a 10%.
- Altitude: inferior a 1.500m.
- Extremamente exigente em oxigênio no solo.
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Ciclo do crescimento e desenvolvimento do algodoeiro

11.2. Fatores que influenciam no ciclo do algodoeiro


Apesar de alguns eventos ocorrerem concomitantemente, neste trabalho serão analisados
em cada fase, os principais processos que ocorrem em cada um deles.
Finalmente, algumas questões se colocam:
a) Quais os fatores que influenciam em cada fase do algodoeiro?
b) O que a planta exige em cada fase?
c) Quais as providências para um bom manejo da lavoura?

11.2.1. Fase de semeadura à emergência

Em condições favoráveis (umidade, arejamento e temperatura entre 15 e 180 C) dá-se a


germinação da semente. A velocidade de emergência depende fundamentalmente da
temperatura ocorrendo a temperaturas médias da ordem de 32C.
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Nesta fase, devem ser tomadas algumas providências para o manejo da cultura, tais
como: utilizar sementes de boa qualidade, semear na época adequada, com temperatura e
umidade adequadas, com as sementes colocadas em profundidade uniforme por máquinas bem
reguladas.

11.2.2. Fase de emergência ao primeiro botão floral

O crescimento de plântulas de algodão durante as duas primeiras semanas após a


emergência não é muito sensível à mudança na temperatura. Entretanto, a partir da 3a semana a
planta fica muito sensível a variações de temperatura, com crescimento ótimo em temperaturas
diurnas de 300C e noturnas de 220C.
Com relação à parte aérea, o crescimento da plântula é afetado também pela luz e pela
umidade (excesso de umidade ou escassez), arejamento, compactação e fertilidade do solo
(constituindo o fator mais importante), requerendo elevadas quantidades de N-P-K-Ca-Mg. A
carência de nitrogênio nesta fase é facilmente perceptível, pois acarreta atrofia da planta.
No manejo cultural é importante providenciar: a) semeadura na época correta; b)
uniformidade na profundidade de semeadura; c) bom programa de correção e fertilização do
solo; d) ausência de camadas compactadas.

11.2.3. Fase do primeiro botão floral à primeira flor


Nesta fase acentuam-se o crescimento em altura e a acumulação de matéria seca pela
planta, que entra na fase linear de crescimento. A duração desta fase é regulada pela
temperatura. Em temperaturas médias de 22 a 250C, as plantas iniciam a produção de um novo
ramo simpodial (frutífero) na haste principal a cada 3 dias.
Com relação à exigência de água, nesta fase ela passa de menos de 1mm por dia para
quase 4 mm por dia. O crescimento ascendente da parte aérea nesta fase aumenta as
necessidades da planta em água e nutrientes. A falta de água neste período fará com que a planta
fique menor do que deveria, com menos posições para o desenvolvimento de flores e maçãs.
Uma seca nesta fase faz com que a planta estacione seu crescimento. Se a seca não for muito
severa, poderá haver recuperação do crescimento.

11.2.4. Fase da primeira flor ao primeiro capulho


Nesta fase estão ocorrendo diversos eventos, com grande intensidade, na planta. A
competição entre crescimento vegetativo e reprodutivo se acentua, exigindo maior atenção. As
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plantas continuam a crescer linearmente. É atingida a altura máxima, assim como a máxima
interseção de luz (fechamento da copa).
A exigência em água passa de 4 a mais de 8mm por dia, acompanhando o desenvolvimento
da área foliar. Embora o algodoeiro seja conhecido por ter certa resistência à seca, maior que a dos
cereais, por exemplo, isso não significa que não necessite de água. A planta requer água moderada
durante todo ciclo. O algodoeiro é uma das culturas que apresenta maior tolerância ao nível de
tensão de água no solo, cerca de 3 atmosferas, permitindo elevadas colheitas. Para obtenção de altas
produtividades é necessária uma quantidade de água da ordem de 700 mm durante o ciclo da
cultura.
A luz, a umidade e a temperatura são fatores que governam a floração. A insolação
(incidência de radiação solar direta) tem ação primordial na abertura das flores, que abrem pela
manhã com o aparecimento da luz solar. Em geral, o algodoeiro adulto floresce no final do ciclo
chuvoso, quando se inicia o estresse hídrico. O ritmo de eclosões de flores aumenta com o tempo
seco e quente. O fornecimento contínuo de água durante a floração e formação de maçãs pode
resultar em crescimento vegetativo prolongado e abundante; déficits severos de água durante o
florescimento podem estagnar o crescimento, mas a cultura se restabelece e a formação de flores
reinicia com suprimento subseqüente de água.
A frutificação do algodoeiro se dá na época mais seca, com o declínio das chuvas e calor
suficiente. A planta necessita de mais água exatamente no período de crescimento das maçãs que se
inicia cerca de 20 dias antes de atingir o seu tamanho definitivo. Depois que os frutos atingem este
tamanho, a necessidade hídrica da planta diminui. Estudos indicam que a água contida no fruto
maduro retorna à planta. As temperaturas altas (25-300C), a água, a luz e os nutrientes são
importantes durante a formação dos frutos. A deiscência da cápsula se processa em torno de 60 dias
depois da floração.

Exigência durante a floração: insolação (abertura das flores), umidade (moderada), temperatura
(tempo seco e quente).

Frutificação – Exigência: a planta necessita de mais água exatamente no período de crescimento


das maçãs, que se inicia cerca de 20 dias antes de atingir o seu tamanho definitivo, bem como, de
temperaturas altas (25-300C), de luz e de nutrientes durante a formação das maçãs.

Quanto ao manejo da lavoura, nesta fase deve providenciaras a maximizar o controle de


pragas e doenças, com acompanhamento da queda de estruturas reprodutivas e do crescimento da
planta em altura.
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11.2.5. Fase de capulho à colheita

A fase final da cultura começa com a abertura do primeiro capulho e termina com a
aplicação de desfolhantes e/ou maturadores. A maturação das maçãs depende fundamentalmente da
temperatura. A maior taxa de crescimento, ou seja, a temperatura em que as maçãs atingem a
maturidade em menor tempo, encontra-se entre 21 e 260C. Para temperaturas médias de 30, 26 e 23
0C, o tempo para se obter maçãs maduras será respectivamente, de 40, 50 e 60 dias. Por outro lado,
temperaturas mais baixas favorecem a formação de maçãs mais pesadas.
Durante a fase de maturação, a temperatura alta (25-300C) e a intensidade de luz aceleram a
deiscência da maçã, enquanto temperaturas reduzidas retardam tanto o crescimento das maçãs
quanto sua maturação. A intensa insolação também contribui para maturação e a deiscência dos
frutos. O ataque de pragas (lagartas da maçã e rosada) e a deficiência de potássio podem dificultar a
abertura do capulho.
Nesta fase, ocorrência de um estresse causará prejuízo na qualidade da fibra e não tanto na
produtividade, a não ser que ocorra excesso de chuvas. Assim, baixas temperaturas poderão resultar
em muitas fibras imaturas e de má abertura dos capulhos.

Exigência: durante a fase de maturação, a temperatura alta (25-300C e a intensidade de luz acelera a
deiscência da maçã. O ataque das lagartas da maçã e rosada e a deficiência de potássio podem
dificultar à abertura do capulho.
Providenciar: acompanhamento da maturação das maçãs, aplicação de maturadores e/ou
desfolhantes.

CONCLUSÃO: O algodoeiro requer água moderada a partir da germinação até a formação da


maçã firme. A necessidade de água aumenta a partir da formação dos botões florais. Água em
excesso durante a floração e formação das maçãs pode resultar em crescimento vegetativo
prolongado e excessivo prejudicando a produção da planta.

11.3. SHEDDING E COMPENSAÇÃO

11.3.1. “Shedding” é a queda das estruturas e reprodução do algodoeiro resultante de uma reação
fisiológica devido às causas externas (ambientais) e internas.
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a) Causas externas: redução da luminosidade, ocorrência de condições hídricas desfavoráveis,


temperaturas infra ou supra-ótimas, insuficiência de nutrientes minerais, ocorrência de pragas e
doenças, capazes de comprometer o desenvolvimento normal da planta.
b) Causas internas: alteração no balaço hormonal, quando os inibidores do crescimento e
promotores da queda de estruturas das plantas (o etileno e o ácido abscissico - ABA) aumentam a
concentração em relação aos promotores do crescimento, às auxinas, as giberelinas e citocianinas e,
por conseguinte, o desequilíbrio entre a produção de assimilados e a demanda das estruturas de
reprodução em crescimento (drenos de elevada atividade).

11.3.2. Compensação – é um fenômeno que se dá depois do desaparecimento da queda dos órgãos


frutíferos do algodoeiro. Então, a planta volta novamente a vegetar com vigor e em pouco tempo
inicia a floração podendo até mesmo compensar as perdas parciais ou totalmente.

12. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DO ALGODOEIRO


12.1. Fase de plântula – a cultura requer quantidades comparativamente elevadas de N, P, K, Ca e
Mg.

12.2. Fase de pré-floração e Floração – as necessidades da planta em nutrientes aumentam com a


velocidade de formação de tecidos, em razão da aceleração do crescimento vegetativo.

12.3. Fase de frutificação e maturação – a acumulação de substâncias nutritivas alcança o valor


máximo. As acumulações se efetuam principalmente nos parênquimas dos frutos (botões florais e
cápsulas), enquanto nas fases anteriores se concentram quase exclusivamente nas folhas, caules e
raízes.

13. TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO PARA O ALGODOEIRO HERBÁCEO

13.1. Escolha de cultivares

Na exploração do algodoeiro é de grande valia a escolha da cultivar recomendada pela


pesquisa, para cada região e local onde vai ser plantada. A indústria têxtil brasileira exige algodões
de fibra média, longa e extralonga, nas proporções de 80%, 15% e 15% da demanda nacional; são
exigidas, também, fibras cada vez mais finas e resistentes para que possam ser fiadas nos teores e
rotores de alta velocidade existentes nas fiações; assim, as cultivares modernas deve apresentar
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finura avaliada em índice Micronaire de 3,5 a 4,2 e resistência avaliada em H.V.I superior a 24
gf/tex.
No Nordeste, são recomendas pela EMBRAPA-algodão cultivares de algodão herbáceo
adaptadas às condições edafoclimáticas, com rendimentos satisfatórios e boas qualidades
tecnológicas de fibra. As melhores cultivares para o Nordeste, segundo a EMBRAPA são as
seguintes: CNPA precoce 1, CNPA precoce 2, IAC 20, IAC 22, CNPA Acala 1, CNPA 7H.

Para as condições do Nordeste semi-árido, a maior precocidade permite várias vantagens


ao produtor de algodão, sendo as principais: a) melhor aproveitamento da umidade disponível; b)
redução das populações do bicudo, o que é extremamente importante.

13.2. Escolha de área


O uso inadequado de áreas com o algodão herbáceo tem sido o principal fator de degradação
dos solos no Nordeste brasileiro. Inicialmente deve-se proceder a um planejamento racional da
capacidade de uso dos solos da propriedade, levando-se em consideração: a) o relevo atual da
superfície (erosão), profundidade, drenagem, textura e fertilidade do solo.
Portanto, devem-se escolher áreas planas a levemente onduladas. Visto que o algodoeiro é
exigente em nutrientes minerais, de raiz pivotante e com a maioria do sistema radicular crescendo e
se desenvolvendo nos primeiros 20 cm, a cultura requer solos razoavelmente profundos e de média
a alta fertilidade.
Solos profundos, bem estruturados, de pH entre 5,5 a 6,5, não sujeitos a encharcamento ou
erosão, devem ser os preferidos ao cultivo do algodoeiro.

13.3. Conservação do solo


A alteração em qualquer dos elementos que constituem o complexo sistema que é o solo,
pode gerar mudanças na sua biodinâmica e induzir a sua degradação. Os fatores envolvidos neste
processo atuam conjuntamente, mas sua importância relativa varia de local para local, de acordo
com o relevo, o solo, o clima e o uso e manejo da terra. Várias ações podem levar a estes
desequilíbrios, tais como: desmatamento indiscriminado, preparo inadequado de solo, uso
inadequado de insumos, monocultura, queima de resíduos orgânicos, etc.
O algodão deve ser cultivado como parte de um programa sistemático de rotação de culturas,
em glebas aptas para culturas anuais, adotando-se operações e técnicas agrícolas que permitam
obter o máximo retorno econômico, com um mínimo de efeitos deletérios sobre o ambiente.

13.4. Preparo do terreno


20

Os sistemas de preparo de solo ainda utilizado para o cultivo do algodoeiro são:


a) gradagem – A gradagem pesada, trabalhando a cerca de 15 cm de profundidade, seguida de uma
ou mais gradagens niveladoras (com profundidade de trabalho de cerca de 5 cm);
b) sistema convencional – aração com arado de discos ou de aivecas trabalhando a cerca de 20 cm
de profundidade seguida de uma ou mais gradagens destorroadoras/niveladoras, e
c) escarificação + gradagens niveladoras - Neste caso tem-se que o escarificador (implemento de
hastes com ponteiras estreitas) trabalha a cerca de 25 a 30 cm de profundidade.
Normalmente realizado no início do período chuvoso, o preparo do solo deixa a superfície
exposta ao impacto direto das gotas de chuva, à radiação solar e ao vento. A desagradação e
compactação (crostas superficiais) do solo são então produzidas, ocorrendo formação de camadas
compactadas ao nível de 15 a 30 cm de profundidade, resultado da ação dos discos das grades ou
dos arados (“pé de arado ou de grade”). Esses aspectos levam a um aumento dos processos erosivos
e, portanto, a perdas de matéria orgânica, nutrientes, sementes, etc., que carreados para fora da área
de cultivo, geram prejuízos econômicos e ambientais. Essas perdas por erosão resultam em queda
da fertilidade e da condição de manutenção da vida biológica do solo, promovendo o seu
empobrecimento geral, com efeitos negativos sobre a profundidade e a sustentabilidade econômica
da agricultura.
O sistema constituído de escarificação + gradagem niveladora pode ser uma alternativa mais
conservacionista do que os sistemas de preparo utilizados mais freqüentemente na cultura do
algodoeiro.
Enquanto não se faz a completa substituição dos atuais sistemas de manejo pelo Sistema de
Plantio Direto, para minimizar os efeitos negativos das operações de preparo do solo, alguns
cuidados devem ser observados, tais como:
a) alternância de implemento e profundidade de trabalho;
b) eliminar operações e trânsito s desnecessários nas glebas;
c) evitar o revolvimento excessivo e a desagregação;
d) trabalhar o solo quando este estiver em condições adequadas de umidade;
e) descompactar o solo nas camadas densas entre 10 e 30 cm de profundidade.
21

13.5. Calagem e adubação


13.5.1. Calagem – O algodoeiro é uma planta pouco tolerante ao alumínio tóxico e a níveis de pH
do solo, razão pela qual é considerado sensível à moderada acidez no solo. Por essa sensibilidade às
condições de acidez, a prática de calagem é imprescindível para se consiga sucesso em culturas
estabelecidas em solos ácidos.
Deve-se proceder à análise do solo, para se definir a quantidade de calcário, calculada de
acordo com a seguinte equação: NC = (V2 – V1T) /100 x F, onde NC =necessidade de calcário
(kg/ha), V2 = saturação de base desejada (60 a 70%), V1 = saturação de base atual, T = Ca + Mg +
K + (H +Al), F = fator de correção (100/PRNT do Calcário), onde PRNT = poder reativo de
neutralização total (%).
A aplicação do calcário (CaCO3 . MgCO3) deve ser efetuada com antecedência ao plantio
no mínimo 2 a 3 meses, de preferência com calcário dolomítico ou magnesiano, para suprir o solo
com magnésio, sendo a metade antes da ração e metade entre a aração e gradagem.
A incorporação deve ser feita com o uso de arado e não de grades, que promovem uma
incorporação superficial, inferior a 20 cm de profundidade.
A aplicação de gesso (CaSO4) é indicada quando se detectar, na camada subsuperficial (30 a
50 cm de profundidade), saturação de Al maior que 20% e/ou de Cálcio menor que 60%. O efeito
residual esperado é de, no mínimo, 5 anos. Como fontes de Ca e S, a aplicação de gesso deve-se
restringir as doses em torno de 200 kg/ha/ano.

13.5.2. Adubação Mineral


22

NITROGÊNIO:
- É o elemento que o algodoeiro retira em MAIOR proporção do solo.
- Promove:
- Desenvolvimento da planta, INCLUSIVE na floração.
- Comprimento e resistência à fibra.
- Aplicação:
Base + Cobertura.
- Cobertura:
- Parcelada em 2 ou 3 vezes.
- Até 40 dias após a emergência.

FÓSFORO:
- Concentra-se principalmente nas folhas e frutos.
- É responsável:
- Pela boa polinização.
- Frutificação, maturação e abertura dos frutos.
- Formação e crescimento de raízes.

Altamente exigente entre 30 e 50 dias após a emergência (DAE).

- POTÁSSIO:
- Participa direta ou indiretamente na fotossíntese e respiração, e no transporte de fotoassimilados
na planta.
- Aumenta:
- Tamanho das maçãs.
- Peso do capulho e sementes.
- Qualidade das fibras do algodão.
- Exigente entre 30 e 50 DAE e entorno de 90 DAE.

O complemento das exigências nutricionais do algodoeiro deve ser realizado com base em
informações obtidas a partir dos resultados da análise do solo e/ou diagnose foliar.
Adubação de plantio: P e K podem ser adequadamente recomendados em função da análise
de solo. O nitrogênio deve participar em dose mínima (10 a 15 kg de N/ha) e o enxofre em dose
mínima (25 a 30 kg/ha de S/ha). Aplicação de boro e zinco na forma mais eficiente de
23

fornecimento. A mistura de adubo, granulado ou moído, deve ser colocada no sulco de semeadura,
4 a 5 cm abaixo das sementes e 2 a 3 cm ao lado.
Adubação em cobertura – Para as condições tropicais, as recomendações de adubação
nitrogenada são as seguintes: a) 30 a 50 kg/ha de N/ha, em solos intensamente cultivados e
adubados, ou desgastados e erodidos; b) 20 a 40 kg de N/ha, em solos ácidos ou em processo de
correção, moderadamente adubada; c) 15 a 25 kg de N/ha, em solos de derrubada recente, ou em
pousio prolongado ou, ainda, em cultura após rotação com leguminosas.
A época mais adequada para a cobertura corresponde à fase de 25 a 30 dias após a
emergência das plantas logo após o desbaste, ou seja antes, da fase de pré-floração do algodoeiro,
quando o solo estiver molhado.
Pulverização foliar – Aplicar como medida preventiva o boro que é prontamente assimilado pelas
folhas do algodoeiro.
No algodoeiro herbáceo irrigado, onde a água não é limitante, para se atingir níveis
elevados de produtividade deve-se elevar a dose de nitrogênio e, preferencialmente, utilizar, como
fonte, o sulfato de amônio, parte aplicada na fundação, juntamente com o P e K, em sulcos de
plantio. Em cobertura, o N deve ser aplicado aos 35 a 40 dias da emergência das plantas e na forma
de uréia ou sulfato de amônio.

13.6. Semeadura

Três classes de fatores ecológicos exercem efeitos sobre o desenvolvimento vegetal e,


conseqüentemente, sobre o rendimento de cada espécie: a) fatores climáticos (chuva, duração do
dia, umidade do ar, temperatura, vento e intensidade de luz); 2) fatores edáficos (natureza química e
física, água, temperatura e atmosfera do solo); 3) fatores bióticos (originados das múltiplas
atividades das próprias plantas, do homem e dos animais).

- População de plantas: 200.000 a 320.000 plt/ha.


- Espaçamento: 0,75 m entre linhas.
- Profundidade:- 5 a 6 cm.
- Época: início das chuvas de cada região de cultivo

- Semeadura adensada: IAC (2006):


O sistema de plantio adensado possui algumas características que o distingue do modo
convencional. Dentre elas destacam-se a maior densidade de plantas por área, ou seja, de 200 mil a
24

250 mil por hectare; a necessidade de maior controle do crescimento das plantas com
fitorreguladores; e a colheita mecanizada com equipamentos apropriados ao sistema.
Introduzido há poucos anos nas lavouras brasileiras, o plantio adensado de algodão cresceu
40% e 50% no ciclo de 2010/11.
Os números revelam que a proposta de semeadura com espaçamento entre linhas menor que
76 cm (sendo os mais utilizados de 38 cm e 45 cm) conquistou os cotonicultores. A possibilidade de
obter melhor aproveitamento até mesmo, maior rentabilidade por área são fatores que influenciam
na boa aceitação do adensado, mesmo que ocasione severas modificações no sistema de produção
em relação ao cultivo convencional.
Para esse cultivo também é necessário que sejam utilizadas cultivares mais compactas e com
ciclo mais curto. Entretanto, como o sistema é novo no Brasil, não existe cultivares apropriadas a
essa forma de produção. Com isso, os produtores utilizam os materiais desenvolvidos para a lavoura
convencional.
Além disso, faltam mais informações a respeito da população de plantas adequadas às
condições do Cerrado, das épocas mais recomendadas ao plantio nas diferentes regiões de cultivo;
do manejo do regulador de crescimento, da fertilidade do solo e das adubações, e do manejo
integrado de pragas e doenças.

- 0,75 m.
- 0,60 m.
- 0,45 m.
- 0,30 m.
- 0,75 m:
- Colhedora com esse espaçamento.
- Espaçamentos menores, como proposta.

Quais as vantagens: 0,30 m:


- Maior produtividade.
- Maior cobertura do solo.
- Maior IAF (30 DAE já cobriram o solo).
- Melhor conservação de umidade no solo.

Resultados encontrados:
Semeadura adensada (7 plt/m):
- 0,30 m versus 0,75 m:
25

- Aumento de 22% no rendimento.


- 0,30 m versus 0,60 m:
- Aumento de 16% no rendimento.
- Inserção do primeiro ramo frutífero:
- 0,75 = 15 cm.
- 0,30 = 30 cm.
- Não suja a fibra e melhora a qualidade do produto.

ARQUITETURA DA PLANTA

Cálculo da quantidade de sementes

Q = K (P x D) 1000/G x E, onde:

Q = quantidade de sementes (kg/ha)


P = peso de 100 sementes (g)
E = espaçamento entre fileiras (cm)
D = número de plantas desejado por metro linear da fileira
G = poder germinativo da semente (resultado teste de germinação)
26

K = 1,1 fator de segurança ou acréscimo de 10% no valor calculado

13.6.1. Época – refere-se ao período do ano mais propício para o início de cultivo do algodoeiro,
sendo determinada diretamente pelos fatores climáticos.

13.7. Densidade de sementes e profundidade de plantio


A quantidade de sementes a ser colocada por cova ou metro de sulco (mecanizado), dependerá do
valor cultural da semente; se for elevado, acima de 90% com mais de 85% de germinação e bom
vigor, o que, aliás, é o recomendado, necessita-se colocar 4 a 5 sementes por cova (plantio manual),
é de 15 a 25 sementes/m (plantio mecanizado), ou 15 sementes, caso não haja nenhum impedimento
do solo para emergência das plântulas, o que evitará o desbaste ou raleamento.
A profundidade de plantio é função da textura do solo, o que varia de 5 a 8 cm.

13.8. Sistema de cultivo e espaçamento

A população de plantas ideal do algodoeiro, por unidade de área, é um dos componentes de


produção que contribui significativamente para o aumento da produtividade. Vários fatores estão
envolvidos na definição do espaçamento: cultivar, clima, fertilidade do solo, sistema de cultivo e
sistema de colheita.
27

Para as áreas de sequeiro, indicam-se os seguintes espaçamentos: a) CNPA precoce 1,


CNPA precoce 2 e CNPA 7H (menores ciclos e hábitos de crescimento determinado) utilizar os
espaçamentos 0,8 x 0,2m ou 0,7 x 0,3m, (manual com 1 a 2 plantas/cova ou de 5 a 15 plantas/m de
sulco), dependendo das condições de cultivo e dos tipos de máquinas existentes na propriedade. b)
cultivares de maior porte e hábito de crescimento determinado (CNPA 6H), utilizar o espaçamento
de 1,0 x 0,2m, com duas plantas/cova, no plantio manual, e de 5 a 15 plantas por metro de fileira no
plantio mecanizado.
No Nordeste, o método tradicional de consórcio com o milho e com feijão macassar deve ser
evitado, pois reduz a produtividade do algodoeiro herbáceo e dificulta de pragas (bicudo). No caso
de se ter necessidade do consórcio, usar o sistema plantio em faixa (6 fileiras de algodão para 1 de
milho). O consórcio de feijão macassar de ciclo curto pode ser feito plantando-se uma ou duas
fileiras duplas do algodão, intercaladamente.

A densidade de plantio do algodoeiro herbáceo pode varias de 50.000 a 100.000 plantas/ha.

13.9. Controle das ervas daninhas


O algodoeiro é uma cultura altamente sensível à competição imposta pelas plantas daninhas,
devido ao seu crescimento inicial (até os primeiros 20 dias de emergência das plântulas) muito
lento, à sua baixa capacidade fotossintética (metabolismo fotossintético C3, ineficiente), elevada
taxa de fotorrespiração, baixa taxa de fotossíntese líquida e baixa taxa de translocação de
assimilados, à arquitetura da planta e ao próprio arranjo das plantas em fileiras espaçadas de 1,0m,
que facilita o crescimento e o desenvolvimento das plantas daninhas as quais e podem chegar a 90%
de competição.

13.9.1. Período crítico de competição entre o herbáceo e as ervas daninhas – (intervalo e tempo
fenológico onde a interferência das plantas daninhas causa danos à compacidade produtiva da
cultura)
Variam na sua amplitude, em função das espécies e tipos de plantas daninhas presentes no
ambiente; densidade populacional de cada planta daninha; evolução de biótipos resistentes,
inclusive a alguns herbicidas; manejo cultural (espaçamento, densidade de plantio, configuração de
plantio, localização dos fertilizantes, preparo do solo, etc); condições do ambiente, envolvendo o
clima, em especial a precipitação pluvial e a temperatura do ar; e solo, englobando aspectos físicos,
químicos biológicos e bioquímicos (potencial enzimático).
O algodoeiro apresenta sistema radicular efetivo (raízes responsáveis pela absorção de água
e nutrientes minerais) superficial, especialmente nos primeiros 42 dias após a emergência, onde a
28

competição imposta pelas plantas invasoras é bem maior e pode causar danos irreversíveis à cultura,
reduzindo a produtividade.
Na média, o período crítico de competição entre as plantas invasoras e a cultura do
algodoeiro é dos 15 aos 56 dias da emergência das plantas.

13.9.2. Métodos de controle


Vários métodos de controle podem ser utilizados, tais como: a) método cultural; b) método
mecânico (manual, tração animal e tração mecânica); c) método químico (herbicidas incorporados –
pré-plantio incorporado, herbicidas de pré-emergência, herbicidas de pós-emergência) e d) método
integrado (herbicida + controle mecânico). Os herbicidas podem ser usados de maneira isolada, para
o controle de determinada classe de ervas invasoras, ou misturados, para o controle de ervas de
folhas largas e estreitas.

13.10. Irrigação
A irrigação é a técnica que permite ao agricultor o controle da água, assegurando às plantas
seu suprimento adequado na zona do sistema radicular, possibilitando, assim, a obtenção de altos
rendimentos. Para este controle é necessário dimensionar um projeto de irrigação no qual serão
levados em conta fatores de solo (textura capacidade de campo, ponto de murchamento, densidade
aparente e velocidade de infiltração da água no solo), clima (evapotranspiração real da região), água
(quantidade e qualidade) e cultura (profundidade efetiva do sistema radicular do algodoeiro, estádio
de desenvolvimento do algodoeiro e coeficiente de cultivo).
É importante: quanto irrigar, quando irrigar e como irrigar (sulcos, aspersão, gotejamento).

13.10.1. Necessidade hídrica da cultura – Na prática, a quantidade de água aplicada à cultura


depende do clima, da classificação textural do solo, da fase fenológica da planta e da eficiência do
sistema de irrigação utilizado. De modo geral, o consumo hídrico do algodoeiro varia entre 450 e
700 mm no ciclo para região semi-árida do Nordeste.

Coeficiente de cultura (Kc) do algodoeiro de ciclo curto e médio para diferentes fases fenológicas
estimada pelo método do Tanque Classe “A”.

CICLO/FASE I II III IV
Curto 0,48 0,67 0,71 0,61
Médio 0,49 0,82 1,04 0,88
29

O coeficiente de cultura (Kc) para o algodoeiro varia em função da fase de crescimento da cultura e
seu ciclo, sendo determinado para as cultivares de ciclo curto (100-120 dias) e médio (130-150 dias)
para períodos semanais e em função das fases fenológicas.

Necessidade hídrica da cultura


30

14. PRINCIPAIS PRAGAS E CONTROLE

Praga Caracterização do dano Período crítico Nível de controle Ingrediente ativo


Trips Atacam as plantas ainda jovens, Até 20 dias da emergência 70% das plantas com pelo Dimeton-metil,
provocando o encarquilhamento e menos 6 insetos cada uma Tiomethion, Dimentoato,
espessamento das folhas do ápice, Monocrotofós
acompanhado da planta
Pulgão Encarquilhamento das folhas, na página Da emergência até o 10% cultivares susceptível, Piricarb, Dimenton-S-
dorsal das folhas presença de substância aparecimento do 10 capulho. 30% cultivares tolerante e Metil, Tiometon,
açucarada excretada pelo inseto que 50% cultivares resistentes Monocrotofós
implica danos na qualidade da fibra.
Agente transmissor de viroses.
Curuquerê Desfolha generalizada das plantas. Da emergência até o 1 lagarta/planta ou 10% de Bacillus thuringiensis,
0
aparecimento do 1 capulho. desfolha do ponteiro Diflubenzuron,
Endosulfan, Triclorfon,
Abamectin, Monocrotofós,
Cyfluthrin
Bicudo Botões florais tornam-se amarelecidos Do surgimento dos botões 10% de botões com orifício Endosulfan, Fhosmet,
após o ataque; as brácteas se abrem e os florais até o aparecimento do de ovoposição e/ou Carbaryl, Malation,
botões florais caem no solo; há destruição 10 capulho. alimentação Betacyfluthrin,
da fibra e das sementes nas maçãs Cypermetrin,
atacadas. Delmametrina, Cyfluthrin
L. militar Podem danificar o caule, folhas, botões Do surgimento dos botões ao Até 15% de plantas com Endosulfan, Prophenofos,
florais e maçãs. aparecimento do 10 capulho. lagartas de tamanho Chlorpirifos, Metomil,
pequeno Cipermetrina,
Deltametrina
L. das Perfurações circulares nos botões e frutos Do surgimento dos botões 10% de plantas com lagarta Bacillus thuringensis,
maçãs com penetração total ou parcial das florais até o aparecimento do Endosulfan, Carbaryl,
0
lagartas; excrementos (fezes) em grande 1 capulho. Acephate, Deltametrina
quantidade entre as brácteas e na
superfície dos órgãos atacados.
31

Praga Caracterização do dano Período crítico Nível de controle Ingrediente ativo


L. rosada Imbricação das flores em forma de roseta; Do surgimento da 1a maçã 7% de maçã com sinal de Carbaryl, Deltametrina,
apresentam a parte interna com galerias ou firme até o aparecimento do ataque Cypermetrin, Cyfluthrin,
verrugas e as fibras, de uma ou mais lojas, 10 capulho. Betacyfluthrin
ficam manchadas ou destruídas; sementes
parcial ou totalmente destruídas e os
capulhos amadurecem precocemente,
chegando, muitas vezes, a não abrir.
Ácaro Inicialmente, surgem pequenas manchas Do surgimento dos botões 10% de plantas atacadas Abamectin, Propargite,
rajado avermelhadas entre as nervuras, as quais, florais até o aparecimento do Bromopropylato
dependendo da intensidade do ataque, 10 capulho.
provocam o secamento e queda das folhas.
Percevejos O percevejo rajado aborta os órgãos Da emissão dos botões florais Quando forem encontrados Methithion, Endosulfan
frutíferos, enquanto, o percevejo machador até aparecimento dos frutos. 5 percevejos em 50 redadas
provoca queda e má formação das maçãs;
abertura defeituosa dos frutos e os
capulhos apresentam manchas nas fibras.
32

14.1. Métodos de controle


14.1.1. Controle químico
14.1.2. Controle biológico (vírus, fungos, bactérias, insetos e ácaros)
14.1.3. Controle cultural (espaçamento e densidade de plantio, nível de fertilidade, plantio na época
correta, uso de cultura-armadilha, arranquio, enleiramento e queimas dos restos culturais)

14.1.4. Controle legislativo (leis que regem os aspectos do transporte, introdução ou exportação de
produtos ou partes de vegetais e do estabelecimento e condução da cultura: uso restrito de cultivares
recomendadas, estabelecimento de época de plantio, queima ou destruição dos restos de cultura,
medidas quarentenárias no caso de introduções, expurgo de sementes.

14.2. Estratégias e táticas para o controle do bicudo


14.2.1. Controle na entressafra
a) Colocação de armadilhas b) Soqueiras-isca c) Arranquio de plantas hospedeiras

14.2.2. Controle durante a safra


a) Cultura-armadilha; b) Tubo mata-bicudo; c) Plantio uniforme; d) Catação de botões e maças
novas; e) Destruição de restos culturais; f) Amostragem e nível de dano.
33

Broca da haste - Eutinobothrus brasiliensis

Bicudo - Anthonomus grandis


34

Curuquerê – Alabama argillacea

Lagarta –da-maçã – Heliothis virescens


35

Lagarta rosada – Pectinophora gossypiella

Pulgão – Aphis gossypi

Trips – Frankliniella spp


36

Percevejo-de-renda – Gargaphia torresi

Ácaros - Tetranychus urticae

ESTRATÉGIAS DE CONTROLE
- Biológico:
- Traduz-se na ação de parasitas, predadores ou causadores de enfermidades nas pragas, reduzindo
sua população.
- Cultural.
- Mecânico.
- Químico.
37
38

15. DOENÇAS E CONTROLE


Nome Etiologia Caracterização do dano
Ramulose ou Colletrotrichum gossypii Inicia nas folhas mais novas, localizadas no
superbrotamento var. cephalosporioides “ponteiro” da planta, onde aparece uma lesão em
forma de “estrela”. Posteriormente a planta mostra
internódios mais curtos com nós entumescidos,
lesões (pústulas do fungo) nas hastes da planta e
no pecíolo das folhas, superbrotamento do
ponteiro (aspecto “ramalhudo”).
Tombamento ou Logo após a emergência das plantinhas, folhas
Mela Colletrotrichum gossypii, cotiledonárias e primárias são atacadas. O
Rhyzoctonia solani, principal prejuízo causado pelo tombamento faz-se
Fusarium sp., Pythium sp., sentir na germinação ou no desenvolvimento
Macrophomina phaseoli, inicial das plântulas, determinando falhas na
Botryodiplodia lavoura.
theobromae
Murcha de Fusarium oxysporum f. Nos dois casos, no início as folhas das plantas
Fusarium e vasinfectum; Verticillum mostram perda de turgescência seguida de
Murcha de albo-atrum e Verticillum coloração amarelada em áreas irregulares. Há um
Verticillium dahliae murchamento geral das plantas e nos casos mais
severos, principalmente de Fusarium, ocorre a
morte delas.
Mancha angular Xanthomonas campestris Folhas mostrando lesões de formato sempre de
pv. Malvacearum coloração verde, aspecto oleoso e posteriormente
de coloração parda e necrosada. Os sintomas, em
casos mais graves, podem ser observados no
pecíolo das folhas, pedúnculo das maçãs,
ponteiros das plantas novas e hastes das plantas,
onde se observam lesões escuras.
Antracnose Colletotrichum gossypii Ataca todas as partes da planta, podendo aparecer
nos cotilédones e caule de plântulas recém-
emergidas.
Podridão de Colletrotrichum gossypii x Primeiro a bactéria provoca a lesão na maçã,
maçãs Xanthomonas campestris facilitando a entrada do fungo. A severidade deste
pv. Malvacearum, problema está altamente correlacionada com as
Botriodiplodia sp. condições de clima durante a formação das maçãs
e com o desenvolvimento das plantas.
Viroses Mosaico comum, mosaico As folhas das plantas infectadas apresentam um
tardio, mosaico das mosaico de coloração amarela. O vetor é a mosca
nervuras, vermelhão do branca (Bemisia tabaci). O vetor do mosaico
algodoeiro tardio mais provável é o trips Frankliniella ssp. O
vetor do mosaico das nervuras é o pulgão Aphis
gossypii. As folhas infectadas com o vermelhão do
algodoeiro, localizadas nas partes medianas e
inferiores da planta, apresentam áreas
avermelhadas entre as nervuras, que permanecem
verdes. O vetor dessa doença é pulgão Aphis
gossypii.
Alternaria As folhas apresentam manchas arredondadas, de
Alternaria tenuis coloração escura ou parda, composta de anéis
39

concêntricos.
Nematóides Meloidogyne incógnita, Os nematóides representam um sério problema na
Rotylenchulus reniformis, maioria das regiões algodoeiras, principalmente
Pratylenchus brachyurus, nas áreas onde ocre a murcha de Fusarium. A
Helicotylenchus sp. mais importante é M. incógnita. As plantas afetadas
crescem menos devido a danos provocados no sistema
radicular.

15.1. Controle de doenças

Com exceção dos vários tipos de “tombamento”, o controle mais viável – do ponto de vista
técnico e econômico – das doenças e nematóides do algodoeiro se faz mediante utilização de
variedades resistentes. Como ações complementares, são importantes a rotação de culturas com
espécies ou cultivares não hospedeiras, o controle de vetores dos patógenos e a adoção de medidas
profiláticas. No caso da Antracnose, a medida de controle mais importante é o tratamento das
sementes com fungicidas, rotação de culturas e destruição da resteva.

16. REGULADORES DE CRESCIMENTO

O algodoal fechado, em final de ciclo, com plantas com mais de 1,5m de altura, apresenta
problemas de sombreamento do baixeiro, apodrecimento de maçãs e carga concentrada nos
ponteiro, causando o tombamento das plantas, dificuldade e ineficiência no controle de pragas,
dificuldade na colheita e, conseqüentemente, perda de tipo e de qualidade do algodão. Em caso de
colheita mecânica, a própria altura excessiva das plantas (<1,60m) constitui entrave sério;
recomenda-se, para tais condições, o uso de regulador de crescimento que, convenientemente
aplicado, limitará o porte das plantas, eliminado grande parte dos problemas mencionados e
assegurando boa eficiência à colheitadeira mecânica.
Estes reguladores devem ser recomendados quando as plantas de algodão, por ocasião do
florescimento (60 a 70 dias) ultrapassarem 1,0m de altura, com 8 a 10 flores abrindo por 10m
lineares de fileira.
Existem atualmente, no mercado, dois produtos com ação reguladora de crescimento:
cloreto de chlormequat e cloreto de mepiquat; as doses recomendadas são de 500 ml a 1,0 litros de
produto comercial/ha.
REGULADORES DE CRESCIMENTO:
- Cloreto de mepiquat (PIX):
- 1,0 litro/ha.
40

- Cloreto de clormequat (TUVAL):


- 50 g/ha.
- Cloreto de clorocolina (CCC):
- 0,50 litro/ha.

Por que aplicação de reguladores de - Crescimento, desfolhantes e maturadores?

Plantas acima de 1,5m de altura, dificultam colheita mecanizada e controle de pragas, além de
determinar sombreamento das partes mais baixas da planta resultando no apodrecimento de
maçãs.

DESFOLHANTES:
- Podem ser específicos (produzindo a queda das folhas antes da senescência) e herbicidas
(ocasionando a morte da folha, que permanece ligada à planta).
- A desfolha apressa a maturação do fruto e a abertura dos capulhos facilitando a colheita.

Posso usar herbicidas dessecantes como desfolhante?


- Os dessecantes provocam o secamento das folhas, que permanecem na planta, aumentando as
impurezas por ocasião da colheita.

MATURADORES:
- Os maturadores devem ser aplicados quando 90% dos capulhos estiverem abertos.
- O alvo único é o fruto, acelerando sua maturação e abertura.

DESFOLHANTES E MATURADORES:
- Thidiazuron:
- 0,075 a 0,150 kg/ha.
- 60% de frutos abertos.
- Bromoxinil:
- 0,232 kg/ha.
- 60% de frutos abertos.
- Ethefon + cyclanilide:
- 0,72 + 1,20 ha.
- 90 % de frutos abertos.
41

17. Tempo de aplicação de químicos condicionadores de colheita: desfolhantes e


maturadores

É importante enfatizar que as aplicações de químicos condicionadores de colheita, marcam


(na prática) o final do ciclo do cultivo, pois sem folhas a planta deixa de alimentar os frutos. O
número e peso das maçãs no momento da desfolhação definem o limite máximo de rendimento e
qualidade de fibra. Por outro lado, desfolhações tardias resultam em perda de peso dos capulhos,
possível contaminação da fibra com excrementos de pulgões e ou mosca branca, deterioração da
fibra por raios ultravioletas e microorganismos e perda da cor da fibra, causado por pigmentos nas
paredes da casca do capulho e poeira do ambiente.
Existem vários métodos para determinar o momento adequado para desfolhar. O mais
comum é determinar a porcentagem de abertura de cápsulas. Experiências internacionais
demonstram que cultivos se podem desfolhar quando obtém entre 50 a 70% de cápsulas maduras,
sendo 60% una boa média como referência.
Vantagens deste método são sua simplicidade e objetividade em seu uso. O tempo
necessário para obter estes dados é sua principal desvantagem.
Um método mais rápido e confiável para determinar o momento ótimo de desfolhação, se
baseia na posição da cápsula madura (deiscente), mas próxima ao terminal da planta. Cápsulas
localizadas quatro ramas acima da última cápsula aberta
já estão maduras em termos de peso do capulho e qualidade da fibra. Cápsulas posicionadas
nas ramas acima destas quatro, precisam de aproximadamente 4 a 6 dias –dependendo de
temperatura- por rama para madurar. A figura No. 1 mostra graficamente a determinação e uso
deste método.

17.1. Tipos de químicos condicionadores de Colheita

Existem no mercado três tipos de produtos para preparar cultivos para a colheita que são:
dessecantes, desfolhantes e maturadores.
Num programa de desfolha artificial do algodão podem-se utilizar basicamente três tipos de
produtos, a saber: desfolhantes, maturadores e dessecantes.

17.1.1. Desfolhantes
Desfolhantes são produtos químicos específicos utilizados na desfolha artificial da planta do
algodoeiro. Estes produtos alteram o balanço hormonal da planta, levando à formação prematura da
zona de abscisão no pecíolo da folha (LAMAS, 2001).
42

A desfolha artificial através de desfolhantes induz à queda prematura da folhagem da planta


do algodoeiro. Em condições normais de campo, estes produtos causam a abscisão da folha após 7 e
14 dias da aplicação.
O aspecto limitante do uso destes produtos é a incerteza sobre seu funcionamento, pois,
genericamente, a eficiência de um desfolhante depende de fatores como uniformidade de
crescimento da planta, condições climáticas, cobertura de pulverização, volatilização,
fotodecomposição, degradação, absorção e translocação do produto na planta.
A eficiência dos desfolhantes pode ser melhorada através do uso de adjuvantes, produtos
químicos que facilitam a penetração do princípio ativo dos insumos agrícolas. Desfolhantes
aplicados muito cedo, tanto em tratamento basal, com 20% das maças abertas, ou em cobertura
total, com 60%das maçãs abertas, tendem a reduzir o rendimento, o comprimento e a resistência da
fibra do algodão.
Os desfolhantes podem melhorar a classificação da fibra do algodão, pois reduz a umidade,
o amarelecimento, impureza e incidência de manchas na fibra do algodão (BAKER et al., 1968). O
uso de glyphosate em combinação com desfolhantes mostrou-se promissor no controle da rebrota
do algodoeiro (CATHEY & HACSKAYLO, 1974).

17.1.2. Maturadores
Como o próprio nome sugere, maturadores são produtos químicos hormonais usados como
propósito de acelerar a maturação dos frutos, promoverem a desfolha e assim permitir melhor
planejamento e melhora do desempenho da colheita manual ou mecânica do algodoeiro irrigado
(CARDOZIER, 1957).
Os maturadores devem ser aplicados quando 100% dos frutos estiverem atingidos à
maturidade fisiológica ou mais de 90%dos frutos estiverem abertos. Aplicações precoces podem
comprometer a produção e a qualidade da fibra (SMITH et al., 1988).
A aplicação de maturadores tem os frutos como alvo principal. Quando a planta estiver com
elevado número de folhas, é necessária a aplicação de desfolhantes antes da aplicação do maturador,
para possibilitar o contato direto do produto com os frutos do algodoeiro.
Embora se saiba que os maturadores tenham algum efeito desfolhante, o objetivo de sua
aplicação é acelerar a maturação e conseqüente abertura dos frutos (LAMAS, 2001).

17.1.3. Dessecantes
Dessecantes são compostos químicos que quando aplicados à parte verde das plantas, fazem-
na secar parcial ou totalmente. Entende-se por dessecação, portanto a rápida perda de água da
43

folhagem após a aplicação de um produto tóxico como o paraquat e o amônio-glufosinato, tendo por
conseqüência a morte rápida da lâmina da folha e do pecíolo.
A injúria química causada pelos dessecantes é tão fulminante que não permite a formação da
zona de abscisão. As folhas secam, mas permanecem na planta. A principal diferença entre os
desfolhantes, maturadores e dessecantes é que os dois primeiros grupos de insumos provocam a
queda das folhas, enquanto os dessecantes causam o secamento mas sem a queda das mesmas,
proporcionando a obtenção de produtos com alto grau de impurezas, o que eleva o custo do
processo de beneficiamento e exige que os beneficiadores estejam preparados para beneficiar este
tipo de algodão.
Diante do exposto, sempre que possível deve ser dada preferência para o uso de desfolhantes
(LAMAS, 2001).
A desfolha antes da dessecação tem sido usada em algumas áreas como estratégia de preparo
da cultura para colheita mecânica. Esta medida tem por objetivo reduzir as impurezas provenientes
da folhagem do algodão. Dessecantes aplicados em dose e época corretas podem dessecar a
folhagem e prevenir a rebrota do algodoeiro. No entanto, se tais produtos forem aplicados muito
cedo, como aos 80% de maçãs abertas, ocorre em redução de produtividade. A adição de 2,4-D aos
dessecantes reduz a rebrota, no entanto, este produto pode se acumular na semente da maçã em
desenvolvimento e reduzir o valor da mesma se destinada ao plantio (BENEDICT, 1984).
Os dessecantes devem ser aplicados quando 100% das maçãs estiverem maduras. Para
muitos técnicos, o uso de dessecantes na “desfolha” do algodoeiro não é muito recomendável por
tornar tais estruturas secas e quebradiças. Nestas condições, como já foi mencionado anteriormente,
a qualidade da fibra, na colheita mecânica, poderá ficar comprometida pela presença de fragmentos
de limbo, pecíolo e terminais de ramos ressequidos (FEDERACION NACIONAL DE
ALGODONEROS, 1990).

17.2. Benefícios da Desfolha Artificial


Eliminação da principal fonte de impurezas da fibra do algodão por ocasião da colheita.
Prevenção contra apodrecimento de maçãs.
Redução da fonte de alimentação para diapausa do bicudo.
Operação de colheita mais rápida e eficiente.
Abertura e secagem de capulhos mais rápida permitindo colheita mais precoce.
Colhedores manuais preferem trabalhar em algodoal desfolhado.
Menos problemas com a colheita mecânica (RHÔNE – POULENC AGRO BRASIL, Ltda,
1999 e AGREVO DO BRASIL Ltda, 1999).
44

17.3. Fatores Relacionados à Aplicação de Desfolhantes, Maturadores e dessecantes Condições


climáticas
Na ocasião da aplicação e no período de três a cinco dias após esta operação, as condições
climáticas têm grande efeito na resposta da planta aos desfolhantes, maturadores e dessecantes.
Estes insumos são mais ativos quando a temperatura, a intensidade de luz e a umidade relativa do ar
são mais elevadas.
Para os desfolhantes e maturadores, a temperatura noturna acima de 16ºC é particularmente
importante. Em temperaturas superiores a 20ºC, o volume e a velocidade de desfolha basicamente
dobra a cada elevação de 10°C. A faixa ótima de temperatura para uma boa performance de
desfolhantes e maturadores é de 22-30ºC.
Necessita-se de pelo menos um dia claro com pouca nebulosidade, um período de pelo
menos seis horas sem chuva para a obtenção de melhores resultados (CARDOZIER, 1957).

17.4. Condições da planta


A desfolha será mais eficaz em lavouras bem desenvolvidas, com boa carga frutífera,
uniforme e com plantas no início da fase de senescência (“CUT out”), porém ativa. Entende-se por
“cut out” a fase em que a planta deixa de emitir botões florais. Para que ainda haja abscisão é
necessário que haja alguma atividade de crescimento na planta. Elevado teor de umidade tanto na
planta como no ar é necessário para uma boa desfolha. Não se devem aplicar desfolhantes em
lavouras sob estresse hídrico. Os resultados serão precários (BENEDICT, 1984).

17.5. Época de Aplicação


O mais importante fator a ser considerado na decisão sobre a época de aplicação de
desfolhantes, maturadores e dessecantes é a maturidade da maçã.
Considere-se que não ocorre maturação dos frutos após a remoção das folhas. A desfolha ou
dessecação prematura pode reduzir o rendimento e qualidade da fibra do algodão. Recomenda-se
desfolhar ou dessecar a planta quando 70%a 80% dos frutos (capulhos) estiverem abertos e as
maçãs mais novas estiverem maduras.
Para checar a maturidade da maçã, sugere-se cortá-la em cruz com um canivete afiado.
Quando o fruto estiver maduro, haverá resistência ao corte, as sementes estarão completamente
cheias e não haverá gelatina no centro. A presença de uma linha fina amarronzada ao redor da
semente indica que a casca atingiu a maturidade e a maçã está suficientemente madura para não ser
afetada pela aplicação dos referidos produtos.
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Quando possível, aplicar estes insumos (desfolhantes, maturadores e dessecantes) à tardinha


ou cedo, pela manhã, quando a umidade relativa do ar é elevada e os ventos estão calmos. Nestas
condições, não haverá deriva e a cobertura total da plante é obtida.
Dependendo das condições climáticas, a desfolha ocorre entre sete e quinze dias após a
aplicação dos desfolhantes. Plantas que foram desfolhadas devem ser colhidas imediatamente para
evitar perda de qualidade da fibra do algodão através de poeira, chuva e insetos. No caso de grandes
áreas, recomenda-se fazer a aplicação do produto de forma escalonada, observando-se o número de
máquinas e a capacidade de colheita (FEDERACION NACIONAL DE ALGODONEROS, 1990).

17.6. Implementos
Para uma boa cobertura foliar com equipamento de pulverização terrestre, devem-se levar
em consideração que bicos de jatos cônicos são superiores aos bicos de jato em leque (flat fan), aos
bicos de jato em leque contínuo (even flat fan) e aos bicos de impacto tipo defletor (flood jet). A
pressão, a velocidade e o tipo de bico devem estar sincronizados para a aplicação da dose
recomendada pela bula do produto.
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17.7. Produtos Recomendados


A seguir recomendam-se os seguintes produtos na cultura do algodoeiro, informando
também dose, condições de aplicação, época de aplicação, adjuvantes e outros itens que possam
facilitar o uso dos mesmos.
• Fósforo tritioato de S,S,S – tributil (DEF 6/Bayer do Brasil S.A) é um desfolhante
organofosforado registrado para a desfolha química do algodoeiro.
Este produto é uma emulsão (720 g/L) comDL 50 oral de 200mg/kg que age nas axilas dos
pecíolos foliares. Deve ser aplicado quando 60% das maças estiverem abertas e as demais maduras.
Recomenda-se aplicar 1L/ha do produto comercial para plantas pequenas de até 1m; 1,5L/ha
para plantas médias com 1ma 1,5m; e 2,0L para plantas grandes, superiores a 1,5m de altura. Este
desfolhante não é um forte inibidor da rebrota (HERTWIG, 1983).
• 2,3 – dihidro – 5,6 – dimetil – 1,4 – ditio 1,1,4,4 – tetraóxido (Harvade 600 FW/Uniroyal
do Brasil S/ A Ind. Química). É um desfolhante-dessecante registrado para a cultura do algodão.
Recomenda-se usar um adjuvante não iônico, tipo UBI-1126. O seu desempenho será melhor
quando aplicado sob temperatura de até 21ºC, pois temperaturas mais baixas podem comprometer
sua eficiência. A dose recomendada é de 0,5 L/ha quando 70 a 80% dos capulhos estiverem abertos
e as demais maçãs fisiologicamente maduras. Recomenda-se também usar o surfactante UBI 1126
na dose de 0,96 a 1,2 L/ha. Este produto não é um forte inibidor da rebrota terminal da planta do
algodoeiro (HERTWIG, 1983).
• Bramoxinil (Buctril/Rhône Poulenc) - Buctril é uma emulsão concentrado contendo 232
g/L de Bromoxinil octonoato na forma de éster e é usada como desfolhante do algodoeiro. A dose
recomendada é de 1 L/ha do produto comercial (pc) e deve ser aplicado quando 80% das maçãs
estiverem abertas e as demais fisiologicamente maduras (RHÔNE POULENC, 1999).
• Thidiazuron (Dropp 50 PM) - O dropp 50 PM é um desfolhante de algodão que
contém50% de Thidiazuron como ingrediente ativo. Não é um produto fosforado, por isso é menos
poluente e menos perigoso à saúde dos aplicadores e ao meio ambiente. A dose recomendada é de
125 a 200 g/ha de pc, devendo ser aplicado na lavoura com 60% de maçã abertas ou de 7 a 14 dias
antes da colheita. Este produto não deve ser aplicado se houver risco de chuvas. Em caso de
dúvidas, adicionar à calda um óleo emulsionável ou um espalhante adesivo. Sob altas temperaturas
e alta umidade, ou com plantas pouco enfolhadas, deve-se usar menor dosagem. O tempo de
desfolhamento é de 7 a 14 dias após aplicação. Sob baixas temperaturas ou em plantas com
folhagem mais intensa, recomenda-se usar maior dose (200g/ha). Dropp é um forte inibidor da
rebrota terminal quando aplicado em condições climáticas, dose e equipamento correto (Lamas,
1998).
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• Glufosinato de Amônio (Finale/AgrEvo) - O Finale é um produto concentrado solúvel


contendo 200 g/L. Seu nome químico é Amônio – DL- homoalanina – 4- il (metil) fosfinato,
pertencente ao grupo químico dos aminoácidos. O Finale é um herbicida pós-emergente de ação
de contato, não seletivo que pode ser usado utilizar a dose de 0,5 L/ha (pc) de Finale +0,2%v/v de
Hoefix+75 g/ha de Dropp 50 PM quando 50% das maçãs estiverem abertas e as demais
fisiologicamente maduras. Chuvas ou irrigação por aspersão após 6 horas da aplicação do produto,
não reduzem o seu efeito, particularmente se foi utilizado algum espalhante adesivo (AGREVO DO
BRASIL Ltda, 1999).
• Ethephon+Cyclanilide (Finish/Rhône-Poulenc) – É um maturador constituindo de 830
g/L de ethephon e 60 g/L de cyclanilide, fabricado pela Rhône-Poulenc Agro Brasil Ltda. Finish é
um produto específico para o algodoeiro que antecipa a maturação e a abertura das maçãs, além de
provocar a queda das folhas. Depois de aplicado, o ethephon é absorvido pelas folhas e frutos do
algodoeiro, provocando um aumento de concentração do etileno que é um hormônio vegetal
responsável pela maturação dos frutos. O cy clanilide potencializa o ethephon que provoca a
abscisão foliar. Deve-se aplicar o produto quando mais de 90%das maçãs estiverem
fisiologicamente maduras. A dose recomendada é de 1,5 a 2,5 L/ha do produto comercial.
Recomenda-se aplicar o produto baseando-se na temperatura média da data de aplicação.
Temperatura superior a 30ºC, aplicar 1,5 L/ha
Temperatura entre 25 e 30ºC, aplicar 2,0 L/ha
Temperatura entre 22 e 25ºC, aplicar 2,5 L/ha
Temperatura inferior a 22ºC, não aplicar
Se a cultura estiver muito enfolhada, o que dificulta a penetração do produto até as maçãs,
utilizar um desfolhante antes da aplicação do Finish. Na aplicação terrestre, usar de 200 a 500 L/ha
de calda, barra e bico de jato cônico vazio. A barra deve estar posicionada à altura de 50 cm em
relação ao alvo de deposição. A pressão de trabalho deverá estar entre 80-100 libra/pol2. Para
aplicação aérea, a vazão recomendada é de 30 L/ha. Usar conjunto de barras e bicos com juntas de
pulverização de jato cônico vazio (RHÔNE POULENC, 1999).
• Glyphosate (Round up/Monsanto; Glyfosato 480/Agripec) - O Glyphosate é um herbicida
registrado no Brasil para o controle não seletivo de mono e dicotiledôneas e empós-emergência.
Trata-se de um concentrado solúvel com360 g/L (Round up) ou 480 g/L (Agripec) derivado da
glicina e incompatível com pós-molháveis e herbicidas de contato. Como dessecante, recomenda-se
usar de 1,0 a 2,0 L/ha do produto comercial, quando 70 a 80% das maçãs estiverem abertas e o
restante fisiologicamente maduro. Aplicar o produto com a planta em bom estado de vigor
vegetativo, evitando dias nebulosos, umidade relativa do ar inferior a 60%e excesso de chuva.
Requer um período de 6 horas sem chuva após aplicação, para assegurar a absorção pela folha. Na
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pulverização, deverá utilizar gotícula fina, para obter boa cobertura e distribuição da calda sobre a
folhagem. Pode-se usar bico em leque, de distribuição de jato elíptica de ângulo 80º ou 110º ou
bicos em cone vazio ou cheio. Nos bicos em leque deve-se usar pressão de 50 a 60 libras/pol 2 e em
ambos os casos, vazão de 200-400 litros de calda/ha. Não se deve aplicar com ventos superiores a
10km/h (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998).
•Paraquat (Gramoxone 200/zeneca) - O gramoxone é um herbicida formulado em solução
aquosa concentrada (200 g/L) pertencente ao grupo químico dos bipiridilios. Este produto é
registrado no Brasil para aplicação em pré-plantio em culturas anuais. É também registrado como
dessecante de culturas como o algodoeiro, cana-de-açúcar, arroz etc. A dose recomendada é de 1,0 a
2,.5 L/ha do produto comercial, quando 70%dos frutos estiverem abertos e o restante
fisiologicamente maduro. Aplica-se com a planta em bom estado de vigor vegetativo, evitando
horas de calor, umidade relativa inferior a 60%e excesso de chuva. Adicionar à calda um adjuvante
não iônico (Agral, 100 mL/100 litros de calda). Requer um período de 30 min sem chuva após
aplicação para assegurar absorção pelas folhas. Usam-se bicos em leque de distribuição de jato
elíptica de ângulo 80º ou 110º, pressão de 25 a 30 libras/pol2 e vazão de 300-400 litros de calda/ha.
As pressões e vazões mais elevadas são indicadoras para o algodoeiro com maior volume de folhas.
Não se deve aplicar com ventos superiores a 10 km/h (RODRIGUES & ALMEIDA, 1998).

17. COLHEITA E ARMAZENAMENTO

Como o principal uso do algodão é na indústria têxtil, a qualidade da fibra é fator de


fundamental importância e depende, em parte, dos cuidados durante a operação da colheita,
merecendo esta toda atenção para que o produto colhido não se desvalorize.

17.1. Colheita Manual – Os apanhadores utilizam-se sacos de juta ou algodão para o


armazenamento do produto colhido e barbante de algodão para o fechamento dos sacos. Em
média um agricultor colhe de 3 a 6 arrobas por dia. Alguns cuidados devem ser observados:
a) Iniciar a colheita quando 60% dos capulhos estiverem abertos, realizando quantas vezes
forem viáveis;
b) Na medida do possível separar o algodão sujo de baixeiro dos limpos;
c) Evitar colher capulhos com carimãs, plantas daninhas, maçãs verdes e outros produtos
estranhos;
(d)Não utilizar sacaria e amarrios de plástico, para evitar contaminação por materiais estranhos;
49

e) Se o produto for armazenado antes da comercialização, o local deve estar seco, limpo e bem
arejado.

17.2. Colheita Mecânica – A colheita mecanizada é efetuada por colheitadeiras tipo “picker”
de 2 a 5 fileiras e apresenta as seguintes vantagens: a) maior uniformidade e superioridade do
tipo colhido; b) economia de mão-de-obra e sacaria; c) eliminação de contaminação com outras
fibras (juta e nylon); d) colheita mais rápida e econômica.

O rendimento da colheitadeira de 2 filas é de 3 a 5 há por dia, correspondendo ao trabalho de


aproximadamente 200 homens; o rendimento das colheitadeiras de 4 e 5 filas é
proporcionalmente maior (2.000 a 3.000 @/dia). As perdas se situam em torno de 5%. Para o
sucesso desta operação são importantes as seguintes observações:

a) Declividade do terreno inferior a 8%;


b) Adequação do solo para um bom desempenho da colhedora, eliminando-se todo e qualquer
obstáculo (tocos, pedras, depressões, etc);

c) Adoção de qualidade em todas as fases do processo produtivo, ajustando às exigências de


colheita mecânica, cultivar, época de semeadura, população de plantas, espaçamento, correção e
fertilização do solo, controle de plantas invasoras, uso de reguladores de crescimento,
maturadores e desfolhantes.

d) Na colheita mecânica deve-se ficar atento a teores elevados de umidade do produto colhido.
O teor de umidade deve ser de 12%, sendo que para obtenção dessa condição a colheita deve ser
realizada nas horas mais quentes do dia. Em caso de umidade elevada, não comprimir o produto
no transporte em caminhões e gaiolas e proceder à secagem antes do descaroçamento. Caso não
seja tomada esta medida, haverá queda da qualidade do produto devido ao rompimento de fibras
pelo separador;

e) Capacitação dos operadores de colhedora e ter sistema de contenção de incêndio e os


cuidados de manutenção da colhedora ao término da colheita;
f) É importante manter ficar atento aos níveis de perdas, que devem permanecer em torno de 6 a
8%, o que é aceitável.

COLHEITA MECANIZADA
50

De alto rendimento
- De menor custo que a manual, em lavouras bem conduzidas tecnicamente e com bom
rendimento.
- Para a colheita mecânica a declividade do terreno deve estar abaixo de 8% e não devem existir
obstáculos no terreno.

Teor de umidade ideal:

- 7 a 12% (colher em horas quentes do dia).

- Livre de plantas invasoras, desfolhada e uniforme.

- Perdas admitidas: até 10%.

- Velocidade de trabalho: 3,5 km/h.

- Rendimentos: entre 2500 e 3800 kg/ha (até 250 @/ha).


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17.3. Armazenamento do algodão em caroço


Logo após colhido, o algodão é retirado da colhedora e repassado para o enfardador, o qual
faz a prensagem do algodão, confeccionando fardos de aproximadamente 10 toneladas, que são
depositados no solo e cobertos com “toucas” (lonas), até que sejam transportados para a unidade de
beneficiamento.
Se o produto colhido estiver úmido, espalhar o mesmo ao Sol, quando enxuto, recolher ao
depósito, que deverá ser bem limpo, enxuto, ventilado e não acessível a animais (galinhas, ratos e
outros), os quais depreciam o produto.

18. DESTRUIÇÃO DE SOQUEIRA E ROTAÇÃO DE CULTURAS

18.1. Destruição de soqueiras

A destruição da soqueira do algodão tem alta importância profilática no controle do bicudo, da


lagarta rosada, da broca da raiz e da ramulose. A destruição da soqueira em caso de pequena
lavoura pode ser efetuada através de arranquio e destruição manual; em lavouras mecanizadas
pode-se usar um arrancador de soqueira, seguido de rastelamento e queima dos restos culturais;
em grandes lavouras pode-se fazer opção pela passagem de roçadeira baixa, seguida de aração,
para incorporação profunda dos restos culturais.

18.2. Rotação de culturas


Recomenda-se efetuar rotação da cultura do algodoeiro com soja, milho, arroz, amendoim,
pastagens e adubos verdes. O cultivo contínuo do algodão tende a reduzir a produtividade da
cultura.
52

19. COMERCIALIZAÇÃO

19.1. Comercialização do algodão em caroço


Existem vários canais de comercialização do algodão em caroço que têm sido utilizados, desde
o agricultor até o consumidor, isto é:
a) O agricultor (pequeno) vende para o intermediário 1 (agente ajuntador) sediado no distrito
ou na comunidade;
b) O intermediário 1 vende para o intermediário 2, que é o agente residente na sede do
município o qual, por sua vez, revende para o intermediário 3, o usineiro, dono da fábrica de
descaroçar;
c) O intermediário 3 (usineiro) vende para a indústria têxtil, localizadas nas diversas regiões do
País. Este agente tem alto poder aquisitivo e, usualmente, possui todas as condições para
operacionalizar suas vendas;
d) O usineiro (Maquinista), também, adquire o produto diretamente do cotonicultor, ao qual
financia parte do custo de produção, adiantando dinheiro, ou caroço (semente para plantio), ou a
própria semente fiscalizada, inseticida, outros insumos e até mesmo alimento;
e) Às vezes, o agricultor torna-se “dependente”, porque o usineiro compra o algodão em
rama, ou seja, antes da colheita, quando o preço é antecipado e aviltado;
f) Um outro canal de comercialização é através das cooperativas. Neste caso o agricultor
entrega seu produto diretamente à cooperativa. A cooperativa efetua a venda do produto
diretamente com o usineiro ou com a indústria têxtil e repassa o valor liquido recebido ao sócio;
g) Um terceiro canal de comercialização utilizado é de que o agricultor (médio e grande)
encaminha o produto para usina de beneficiamento e para outras cooperativas da região mais
próxima.

20. BENEFICIAMENTO

É o processo de separação pluma (fibra) do caroço, eliminando as impurezas existentes trazidas


do campo. O beneficiamento possui 3 fases distintas: preparatória (recebimento),
classificação e o armazenamento (limpeza e o descaroçamento); complementar (prensagem,
enfardamento e armazenamento).

21. CUSTO DE PRODUÇÃO


53

O cálculo do custo de produção é indispensável ao agricultor por constituir a única forma de


determinar a relação custo/benefício, que deve anteceder à implantação de qualquer cultura. O
quadro adiante se destina a exemplificar esse cálculo, tomando por base 1 ha de algodão
herbáceo, em condições irrigadas e de sequeiro, explorado em presença do bicudo.
54

CUSTO DE PRODUÇÃO
Custo de produção de 1 hectare de algodão herbáceo em condições irrigadas e de sequeiro, em R$1,00.
Discriminação Unid. Quantidade Vr. Unit. (R$) Vr. Total (R$)
Sequeiro Irrigada Sequeiro Irrigada Sequeiro Irrigada
SERVIÇOS: - - - - - - -
Roçagem d/h 5 5
Preparo do solo: - - - - - - -
Aração h/m 4 4
Gradagem h/m 2 4
Sulcamento h/m - 1
Plantio - - - - - - -
Marcação de niveladas d/h 1 -
Coveamento e semeadura d/h 3 3
TRATOS CULTURAIS - - - - - - -
Desbaste d/h 2 2
Capinas: - - - - - - -
Cultivador d/a 2 -
Enxada d/h 25 40
Irrigação d/h - 12
Catação de botões florais d/h 2 2
Amostragem d/h 2 2
Aplicação de Inseticidas d/h 10 12
Adubação d/h 4 6
Colheita d/h 20 50
Errad., encoiv. e queima d/h 10 10
SUBTOTAL - - - - -
INSUMOS - - -
Semente kg 25 20
Inseticidas - - -
Mimilin kg 0,05 -
Metassystoxi l - 1,5
Cymbush l 3 3
Energia - - -
Diesel l - 100
Sulfato de Amônio kg 150 300
SUBTOTAL
TOTAL - - - - - - -
RENDA BRUTA kg 1.200 2.000
RECEITA LÍQUIDA
55

23. ALGODÃO COLORIDO

23.1. ORIGEM
Desenvolvido há 4.500 anos, por povos antigos das Américas, Ásia, África e Austrália.
Já foram identificadas 39 espécies silvestres de algodão com fibras coloridas. No Brasil, foram
coletadas plantas de algodoeiros asselvajados, nas tonalidades creme e marrom, em misturas
com algodoeiros brancos cultivados, conhecidos como algodões arbóreos. Esses algodões
coloridos tinham uso apenas artesanal ou ornamental, principalmente nos Estados da Bahia e
Minas Gerais. Em 1984, passaram a ser preservados em Bancos de Germoplasma da Embrapa
Algodão, em Patos-PB.
A partir de 1989, foi iniciado o trabalho de melhoramento genético, após uma visita de
empresários têxteis japoneses, que demonstraram interesse em adquirir aquele tipo de fibra.

23.2. A HERANÇA DA COR DA FIBRA


A herança da coloração da fibra normalmente é controlada por um gene dominante, mas
com alelos em locus diferentes. O gene verde é controlado pelos alelos de um único locus Lg, já
o gene que controla a coloração marrom, em suas várias tonalidades, é controlado por vários
alelos identificados
Por outro lado algumas tonalidades de cores são fortemente influenciadas pelo ambiente (luz
solar, tipo de solo, ano). Entre as tonalidades de cores, a verde é a mais influenciada pelo
ambiente, enquanto a creme e a marrom são as mais estáveis.

Herança de cor da fibra do algodão


Símbolo doColoração da
Espécie de Gossypium Região
gene fibra
África e
Ld1k Caqui Arboreum e herbaceum
Afroásia
África e
Lc2B Marrom claro Arboreum e herbaceum
Afroásia
África e
Lc2k Caqui Arboreum e herbaceum
Afroásia
África e
Lc2M Marrom médio Arboreum e herbaceum
Afroásia
Lc2v Marrom muitoArboreum e herbaceum África e
56

claro Afroásia

África e
Lc3B Marrom claro Arboreum e herbaceum
Afroásia
Lc4k Caqui Arboreum Afroásia
Dw Branco sujo Raimondii América
Lg1 Verde Hirsutum América
Lc2 Marrom Hirsutum América
Barbadense, Darwinii e
Lc Marrom
Tomentosum

23.3. O PROCESSO DE MELHORAMENTO

Inicialmente foi efetuada uma avaliação da produtividade e das características das fibras dos

11 acessos de algodão arbóreos coloridos existentes no Banco de Germoplasma, apresentados na

tabela anterior. E de acordo com os resultados das análises ficou determinado como objetivo do

programa de melhoramento elevar a resistência das fibras, a finura, o comprimento e a

uniformidade, bem como estabilizar a coloração das fibras nas tonalidades creme e marrom e elevar

a sua produtividade no campo. Utilizou-se primeiramente, o método de seleção individual com teste

de progênies, e, posteriormente, o método de hibridação seguido de seleção genealógica, para se

obter variações nas tonalidades de cores. O método de hibridação foi utilizado para obter nova

variedade e combinação de cores diferentes, pelo do cruzamento dos algodoeiros nativos do Brasil,

de coloração creme e marrom, com as cultivares americanas Arkansas Green (verde) e Texas

(marrom intenso). Esses cruzamentos estão nas gerações F2 e F3 e irão resultar cultivares com

tonalidades de cores mais variadas em futuro próximo.

Outra opção que foi utilizada pela Embrapa para a obtenção de cultivares de algodão

colorido foi a introdução dos genes que controlam a coloração verde, na cultivar comercial mais

plantada no Nordeste (CNPA 7H), por meio da técnica de retrocruzamentos. Para isso, foram

efetuados três ciclos de retrocruzamentos, utilizando-se a cultivar Arkansas Green como progenitor

doador e a CNPA 7H como progenitor recorrente resultando em segregação para alguns caracteres
57

morfológicos como: pilosidade, presença de mancha na pétala, forma da maçã, tonalidade de

coloração da fibra podendo-se verificar também variação nas tonalidades de marrom.

Os avanços obtidos até então com o algodão colorido decorreram da exploração do Banco

de Germoplasma natural do algodão, por meio de métodos tradicionais de melhoramento genético.

O uso da biotecnologia de transferência de genes que controlam a expressão de várias tonalidades

de cores, das espécies selvagens de algodão para as cultivares modernas, já constitui um dos

objetivos das empresas de biotecnologia que trabalham com algodão, no mundo, o que pode resultar

em avanços tecnológicos e em economia de tempo e recursos na obtenção das futuras cultivares de

algodão colorido.

23.4. RESULTADOS DO MELHORAMENTO

Os algodões coloridos obtidos pelo processo de melhoramento não-transgênicos, por


apresentarem bons padrões de resistência, comprimento, textura e uniformidade, podem ser
processados por indústrias têxteis modernas e o tecido obtido com esse algodão possui qualidade e
estabilidade de coloração, semelhante aos tecidos coloridos artificialmente. Lembrando ainda que
por ser uma cultivar com ciclo produtivo de três anos, selecionada a partir de algodoeiros arbóreos
nativos do semi-árido nordestino, possui alto nível de resistência à seca. Porém o mercado para o
algodão colorido ainda é restrito, sendo o produto consumido por pessoas alérgicas a corantes
sintéticos, grupos ambientalistas e ONGs que desenvolvem trabalhos com agricultura orgânica.
Os preços obtidos com o algodão colorido no mercado internacional variam de US$ 3,79 a
US$ 5,00 / kg de fibra verde e de US$ 1,84 a US$ 3,35/kg de fibra marrom, o que propicia alta
margem de lucro aos produtores, quando comparado com o algodão de fibra branca, que alcança
preços médios de US$ 1,65/kg de fibra. Por outro lado, o desenvolvimento genético de outras
tonalidades de cores e os testes industriais processados com os algodões coloridos podem abrir
novos mercados, inclusive para o algodão colorido orgânico (algodão produzido sem utilização de
fertilizantes, inseticidas ou outros insumos químicos artificiais), bem como industrialização sem o
uso de corantes sintéticos, para resultar num produto ecologicamente limpo, sem agressões ao
homem e ao ambiente.

23.5. ALGODÃO COLORIDO VERDE


58

Simultaneamente ao desenvolvimento do algodão colorido marrom, foram produzidos

retrocruzamentos para incorporação da coloração verde na cultivar de algodão anual mais cultivada

no Nordeste (CNPA 7H). Após a série de três retrocruzamentos, foram retiradas progênies que estão

em fase de seleção e avaliação tecnológica de fibras e fios. Pretende-se até o final do ano 2000,

colocar à disposição dos produtores sementes de uma cultivar de algodoeiro anual de fibra verde,

derivada da CNPA 7H.

23.6. REGIÕES PROPICIAS PARA A EXPLORAÇÃO DO ALGODÃO COLORIDO

Por ser uma cultivar de ciclo semi-perene (3 anos de exploração econômica), descendente

dos algodoeiros arbóreos de Nordeste, possui alto grau de resistência à seca, podendo ser plantada

nas regiões do seridó e sertão, preferencialmente nas localidades zoneadas para a exploração do

algodoeiro arbóreo. Entretanto, pode ser explorada, também, sob condições irrigadas, no semi-

árido, quando possibilitará a obtenção de rendimentos de até 3.300kg de algodão em caroço por

hectare.

23.7. COMPORTAMENTO COM RELAÇÃO A DOENÇAS

A cultivar foi avaliada apenas no Nordeste, onde as doenças do algodoeiro, apresentaram

menor expressão econômica, não sendo conhecida sua reação às doenças que ocorrem nas regiões

Sul e Centro-Oeste do Brasil. Nas condições do Nordeste apresentou susceptibilidade a mancha

angular ou bacteriose.

24. BIBLIOGRÁFICA:

A) BÁSICA

BELTRÃO, N.E.M. (Org.). O agronegócio do algodão no Brasil. Brasília: Embrapa Comunicação


para Transferência de Tecnologia, 1999. v.1 e 2. 1.023p.
BELTRÃO, N.E.M. Competição entre plantas, especialmente no complexo cultura-planta
daninha. Campina Grande, PB, EMBRAPA-CNPA, 1984. 44p. (Documentos, 37).
59

BELTRÃO, N.E.M. Métodos de combate de plantas daninhas na cotonicultura. Campina


Grande, PB. 1988. 65p. (EMBRAPA-CNPA. Documentos, 37).
BELTRÃO, N.E.M.; AZEVÊDO, D.M.P. Controle de plantas daninhas na cultura do
algodoeiro. Campina Grande, PB: EMBRAPA-CNPA; Brasília: EMBRAPA-SPI, 1994. 154p.
CIA, E.; FREIRE, E. C.; SANTOS, W. J. Cultura do Algodoeiro. Piracicaba: Potafos, 1999, 286p.
FEDERACION NACIONAL DE ALGODONEROS (Bogotá, Colombia). Bases técnicas para el
cultivo del algodón en Colombia. 4 ed. Bogotá: Guadalupe, 1990 714p.
HERTWIG, K. von. Coord. Manual de herbicidas, desfolhantes, dessecantes, fitorreguladores e
bioestimulantes. 2. Ed. São Paulo: Agronomica Ceres, 1983. 670p.
LAMAS, F. M. Desfolhantes e maturadores. In: EMBRAPA Agropecuária Oeste (Dourados, MS).
Algodão: Tecnologia de produção. Dourados, 2001. p. 268 – 272.
LAMAS, F. M. Desfolhantes e maturadores. In: EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuária do
Oeste (Dourados, MS). Algodão: informações técnicas. Dourados: EMBRAPA-CPAO, 1998. P.
192-196. (EMBRAPA-CPAO. Circular Técnica, 7).
PRATA, F.C. Algodão. In: Principais culturas do Nordeste. Fortaleza: Imprensa Universitária do
Ceará, 1977. 220p.
RHÔNE – POULENC AGRO BRASIL Ltda (Portão, RS). Finish. Portão, 1999. 1p. RODRIGUES,
B.N.; ALMEIDA, F.S. de Guia de herbicidas. 4. Ed. Londrina: IAPAR, 1998. P. 614-624.
ROSOLEN, C.A. Ecofisiologia e manejo da cultura do algodoeiro. Informações Técnicas,
Piracicaba, n.95, set.201. Encarte Técnico, Piracicaba, n.95, p.1-9, set. 2001.
SMITH, C.W.; COTHREN, J. J. Yield and fiber quality of cotton following application of 2-
chloroesthyl phosphonic acid. Agronomy Journal, Madison, v. 78, n. 5, p. 814-818, sep./Oct.
1988.

B) BIBLIOGRÁFICA COMPLEMENTAR:

Periódicos Nacionais:

Pesquisa Agropecuária Brasileira

Informe Agropecuário - EPAMIG

Periódicos Internacionais: Crop Science

Agronomy Journal

Journal of the Science of Food and Agriculture

Journal Experimental Botany


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C) INTERNET

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