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SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Sérgio Petecão
Senador João Alberto Souza
Senador Elmano Férrer
Senador Douglas Cintra
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Terceiro setor
Brasília – 2015
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Ilana Trombka
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
ISBN: 978-85-7018-606-5
CDDir 342.14718
Normas correlatas
14 Lei no 13.019/2014
37 Lei no 9.790/1999
42 Lei no 9.637/1998
49 Lei no 9.608/1998
50 Lei no 5.764/1971
68 Lei no 91/1935
69 Decreto-Lei no 1.572/1977
70 Decreto no 7.592/2011
72 Decreto no 6.170/2007
81 Decreto no 3.415/2000
82 Decreto no 3.100/1999
90 Decreto no 50.517/1961
8
Dispositivos do Código Civil
pertinentes
Lei no 10.406/2002
Institui o Código Civil.
não econômicos.
Lei no 11.127/2005.
2
1
Leis n 12.441/2011 e 10.825/2003.
os
Lei no 11.127/2005.
3
10
Art. 58. Nenhum associado poderá ser im- CAPÍTULO III – Das Fundações
pedido de exercer direito ou função que lhe
tenha sido legitimamente conferido, a não ser Art. 62. Para criar uma fundação, o seu insti-
nos casos e pela forma previstos na lei ou no tuidor fará, por escritura pública ou testamento,
estatuto. dotação especial de bens livres, especificando
o fim a que se destina, e declarando, se quiser,
Art. 59. Compete privativamente à assembleia a maneira de administrá-la.
geral:4 Parágrafo único. A fundação somente po-
I – destituir os administradores; derá constituir-se para fins religiosos, morais,
II – alterar o estatuto. culturais ou de assistência.
Parágrafo único. Para as deliberações a que
se referem os incisos I e II deste artigo é exi- Art. 63. Quando insuficientes para constituir
gido deliberação da assembleia especialmente a fundação, os bens a ela destinados serão, se de
convocada para esse fim, cujo quorum será o outro modo não dispuser o instituidor, incor-
estabelecido no estatuto, bem como os critérios porados em outra fundação que se proponha
de eleição dos administradores. a fim igual ou semelhante.
Art. 60. A convocação dos órgãos delibera- Art. 64. Constituída a fundação por negócio
tivos far-se-á na forma do estatuto, garantido jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a
a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real,
promovê-la.5 sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão re-
gistrados, em nome dela, por mandado judicial.
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanes-
cente do seu patrimônio líquido, depois de Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do
ideais referidas no parágrafo único do art. 56, encargo, formularão logo, de acordo com as
será destinado à entidade de fins não econô- suas bases (art. 62), o estatuto da fundação pro-
micos designada no estatuto, ou, omisso este, jetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação
por deliberação dos associados, à instituição da autoridade competente, com recurso ao juiz.
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos Parágrafo único. Se o estatuto não for ela-
ou semelhantes. borado no prazo assinado pelo instituidor, ou,
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu si- não havendo prazo, em cento e oitenta dias,
lêncio, por deliberação dos associados, podem a incumbência caberá ao Ministério Público.
estes, antes da destinação do remanescente
referida neste artigo, receber em restituição, Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério
atualizado o respectivo valor, as contribui- Público do Estado onde situadas.
ções que tiverem prestado ao patrimônio da § 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou
associação. em Território, caberá o encargo ao Ministério
Dispositivos do Código Civil pertinentes
4
Lei no 11.127/2005. 6
Ver ADI no 2.794, acórdão publicado no Diário da
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Lei no 11.127/2005. Justiça de 30/3/2007.
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I – seja deliberada por dois terços dos com- Ministério Público, ou qualquer interessado,
petentes para gerir e representar a fundação; lhe promoverá a extinção, incorporando-se o
II – não contrarie ou desvirtue o fim desta; seu patrimônio, salvo disposição em contrário
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra
Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz fundação, designada pelo juiz, que se proponha
supri-la, a requerimento do interessado. a fim igual ou semelhante.
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Art. 68. Quando a alteração não houver sido
aprovada por votação unânime, os administra- Brasília, 10 de janeiro de 2002; 181o da Inde-
dores da fundação, ao submeterem o estatuto ao pendência e 114o da República.
órgão do Ministério Público, requererão que se
dê ciência à minoria vencida para impugná-la, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO –
se quiser, em dez dias. Aloysio Nunes Ferreira Filho
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Normas correlatas
Lei no 13.019/2014
Estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos
financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua
cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de
fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o
termo de fomento; e altera as Leis nos 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
objeto, mas que a ele não se incorporam; crática, a participação social, o fortalecimento
XIV – prestação de contas: procedimento em da sociedade civil e a transparência na aplicação
que se analisa e se avalia a execução da parceria dos recursos públicos, devendo obedecer aos
quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade, princípios da legalidade, da legitimidade, da
economicidade, eficiência e eficácia, pelo qual impessoalidade, da moralidade, da publicidade,
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da economicidade, da eficiência e da eficácia, VII – a sensibilização, a capacitação, o apro-
além dos demais princípios constitucionais fundamento e o aperfeiçoamento do trabalho
aplicáveis e dos relacionados a seguir: de gestores públicos, na implementação de
I – o reconhecimento da participação social atividades e projetos de interesse público e
como direito do cidadão; relevância social com organizações da socie-
II – a solidariedade, a cooperação e o respei- dade civil;
to à diversidade para a construção de valores VIII – a adoção de práticas de gestão admi-
de cidadania e de inclusão social e produtiva; nistrativa necessárias e suficientes para coibir a
III – a promoção do desenvolvimento local, obtenção, individual ou coletiva, de benefícios
regional e nacional, inclusivo e sustentável; ou vantagens indevidas, em decorrência da
IV – o direito à informação, à transparência participação no respectivo processo decisório
e ao controle social das ações públicas; ou ocupação de posições estratégicas;
V – a integração e a transversalidade dos IX – a promoção de soluções derivadas da
procedimentos, mecanismos e instâncias de aplicação de conhecimentos, da ciência e tecno-
participação social; logia e da inovação para atender necessidades
VI – a valorização da diversidade cultural e e demandas de maior qualidade de vida da
da educação para a cidadania ativa; população em situação de desigualdade social.
VII – a promoção e a defesa dos direitos
humanos;
VIII – a preservação, a conservação e a SEÇÃO II – Da Capacitação de Gestores,
proteção dos recursos hídricos e do meio Conselheiros e Sociedade Civil Organizada
ambiente;
IX – a valorização dos direitos dos povos Art. 7 o A União, em coordenação com
indígenas e das comunidades tradicionais; os Estados, Distrito Federal, Municípios e
X – a preservação e a valorização do patri- organizações da sociedade civil, instituirá
mônio cultural brasileiro, em suas dimensões programas de capacitação para gestores, re-
material e imaterial. presentantes de organizações da sociedade
civil e conselheiros dos conselhos de políticas
Art. 6o São diretrizes fundamentais do regime públicas, não constituindo a participação nos
jurídico de fomento ou de colaboração: referidos programas condição para o exercício
I – a promoção, o fortalecimento institucio- da função.
nal, a capacitação e o incentivo à organização
da sociedade civil para a cooperação com o Art. 8 o Ao decidir sobre a celebração de
poder público; parcerias previstas nesta Lei, o administrador
II – a priorização do controle de resultados; público considerará, obrigatoriamente, a ca-
III – o incentivo ao uso de recursos atuali- pacidade operacional do órgão ou entidade da
zados de tecnologias de informação e comu- administração pública para instituir processos
nicação; seletivos, avaliará as propostas de parceria
IV – o fortalecimento das ações de coope- com o rigor técnico necessário, fiscalizará a
ração institucional entre os entes federados execução em tempo hábil e de modo eficaz e
nas relações com as organizações da sociedade apreciará as prestações de contas na forma e nos
civil; prazos determinados nesta Lei e na legislação
V – o estabelecimento de mecanismos que específica.
ampliem a gestão de informação, transparência Parágrafo único. A administração pública
e publicidade; adotará as medidas necessárias, tanto na capa-
Terceiro Setor
público, que acontecerá de acordo com os in- VIII – valores a serem repassados, mediante
teresses da administração. cronograma de desembolso compatível com
§ 1o A realização do Procedimento de Ma- os gastos das etapas vinculadas às metas do
nifestação de Interesse Social não dispensa a cronograma físico;
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IX – modo e periodicidade das prestações de IV – as datas, os prazos, as condições, o local
contas, compatíveis com o período de realização e a forma de apresentação das propostas;
das etapas vinculadas às metas e com o período V – as datas e os critérios objetivos de seleção
de vigência da parceria, não se admitindo perio- e julgamento das propostas, inclusive no que se
dicidade superior a 1 (um) ano ou que dificulte refere à metodologia de pontuação e ao peso
a verificação física do cumprimento do objeto; atribuído a cada um dos critérios estabelecidos,
X – prazos de análise da prestação de contas se for o caso;
pela administração pública responsável pela VI – o valor previsto para a realização do
parceria. objeto;
Parágrafo único. Cada ente federado estabe- VII – a exigência de que a organização da
lecerá, de acordo com a sua realidade, o valor sociedade civil possua:
máximo que poderá ser repassado em parcela a) no mínimo, 3 (três) anos de existência,
única para a execução da parceria, o que deverá com cadastro ativo, comprovados por meio de
ser justificado pelo administrador público no documentação emitida pela Secretaria da Re-
plano de trabalho. ceita Federal do Brasil, com base no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ;
b) experiência prévia na realização, com
SEÇÃO VIII – Do Chamamento Público efetividade, do objeto da parceria ou de natu-
reza semelhante;
Art. 23. A administração pública deverá ado- c) capacidade técnica e operacional para o
tar procedimentos claros, objetivos, simplifica- desenvolvimento das atividades previstas e o
dos e, sempre que possível, padronizados, que cumprimento das metas estabelecidas.
orientem os interessados e facilitem o acesso § 2o É vedado admitir, prever, incluir ou
direto aos órgãos da administração pública, tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou
independentemente da modalidade de parceria condições que comprometam, restrinjam ou
prevista nesta Lei. frustrem o seu caráter competitivo e estabe-
Parágrafo único. Sempre que possível, a leçam preferências ou distinções em razão da
administração pública estabelecerá critérios e naturalidade, da sede ou do domicílio dos con-
indicadores padronizados a serem seguidos, es- correntes ou de qualquer outra circunstância
pecialmente quanto às seguintes características: impertinente ou irrelevante para o específico
I – objetos; objeto da parceria.
II – metas;
III – métodos; Art. 25. É permitida a atuação em rede para a
IV – custos; execução de iniciativas agregadoras de peque-
V – plano de trabalho; nos projetos, por 2 (duas) ou mais organizações
VI – indicadores, quantitativos e qualitati- da sociedade civil, mantida a integral responsa-
vos, de avaliação de resultados. bilidade da organização celebrante do termo de
fomento ou de colaboração, desde que:
Art. 24. Para a celebração das parcerias pre- I – essa possibilidade seja autorizada no
vistas nesta Lei, a administração pública deverá edital do chamamento público e a forma de
realizar chamamento público para selecionar atuação esteja prevista no plano de trabalho;
organizações da sociedade civil que torne mais II – a organização da sociedade civil res-
eficaz a execução do objeto. ponsável pelo termo de fomento e/ou de cola-
§ 1o O edital do chamamento público espe- boração possua:
Normas correlatas
§ 2o Será impedida de participar da comis- vigência da nova parceria ao prazo do termo
são de seleção pessoa que, nos últimos 5 (cinco) original, desde que atendida a ordem de clas-
anos, tenha mantido relação jurídica com, ao sificação do chamamento público, mantidas e
menos, 1 (uma) das entidades em disputa. aceitas as mesmas condições oferecidas pela
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organização da sociedade civil vencedora do SEÇÃO IX – Dos Requisitos para Celebração
certame; do Termo de Colaboração e do Termo de
II – nos casos de guerra ou grave perturba- Fomento
ção da ordem pública, para firmar parceria com
organizações da sociedade civil que desenvol- Art. 33. Para poder celebrar as parcerias pre-
vam atividades de natureza continuada nas áre- vistas nesta Lei, as organizações da sociedade
as de assistência social, saúde ou educação, que civil deverão ser regidas por estatutos cujas
prestem atendimento direto ao público e que normas disponham, expressamente, sobre:
tenham certificação de entidade beneficente de I – objetivos voltados à promoção de ativida-
assistência social, nos termos da Lei no 12.101, des e finalidades de relevância pública e social;
de 27 de novembro de 2009; II – a constituição de conselho fiscal ou
III – quando se tratar da realização de órgão equivalente, dotado de atribuição para
programa de proteção a pessoas ameaçadas opinar sobre os relatórios de desempenho
ou em situação que possa comprometer a sua financeiro e contábil e sobre as operações pa-
segurança; trimoniais realizadas;
IV – (Vetado). III – a previsão de que, em caso de dissolução
da entidade, o respectivo patrimônio líquido
Art. 31. Será considerado inexigível o chama- seja transferido a outra pessoa jurídica de igual
mento público na hipótese de inviabilidade de natureza que preencha os requisitos desta Lei
competição entre as organizações da sociedade e cujo objeto social seja, preferencialmente, o
civil, em razão da natureza singular do objeto mesmo da entidade extinta;
do plano de trabalho ou quando as metas so- IV – normas de prestação de contas sociais
mente puderem ser atingidas por uma entidade a serem observadas pela entidade, que deter-
específica. minarão, no mínimo:
a) a observância dos princípios fundamen-
Art. 32. Nas hipóteses dos arts. 30 e 31 des- tais de contabilidade e das Normas Brasileiras
ta Lei, a ausência de realização de processo de Contabilidade;
seletivo será detalhadamente justificada pelo b) que se dê publicidade, por qualquer meio
administrador público. eficaz, no encerramento do exercício fiscal,
§ 1o Sob pena de nulidade do ato de forma- ao relatório de atividades e demonstrações
lização de parceria prevista nesta Lei, o extrato financeiras da entidade, incluídas as certidões
da justificativa previsto no caput deste artigo negativas de débitos com a Previdência Social e
deverá ser publicado, pelo menos, 5 (cinco) dias com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
antes dessa formalização, em página do sítio – FGTS, colocando-os à disposição para exame
oficial da administração pública na internet de qualquer cidadão.
e, eventualmente, a critério do administrador Parágrafo único. Serão dispensados do
público, também no meio oficial de publicidade atendimento ao disposto no inciso III do caput
da administração pública, a fim de garantir os serviços sociais autônomos destinatários de
ampla e efetiva transparência. contribuições dos empregadores incidentes
§ 2o Admite-se a impugnação à justificati- sobre a folha de salários.
va, desde que apresentada antes da celebração
da parceria, cujo teor deve ser analisado pelo Art. 34. Para celebração das parcerias previs-
administrador público responsável. tas nesta Lei, as organizações da sociedade civil
§ 3o Havendo fundamento na impugnação, deverão apresentar:
Normas correlatas
será revogado o ato que declarou a dispensa ou I – prova da propriedade ou posse legítima
considerou inexigível o chamamento público, do imóvel, caso seja necessário à execução do
e será imediatamente iniciado o procedimento objeto pactuado;
para a realização do chamamento público, II – certidões de regularidade fiscal, previ-
conforme o caso. denciária, tributária, de contribuições e de dí-
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vida ativa, de acordo com a legislação aplicável e operacional da organização da sociedade civil
de cada ente federado; foram avaliados e são compatíveis com o objeto;
III – certidão de existência jurídica expedida IV – aprovação do plano de trabalho, a ser
pelo cartório de registro civil ou cópia do esta- apresentado nos termos desta Lei;
tuto registrado e eventuais alterações; V – emissão de parecer de órgão técnico da
IV – documento que evidencie a situação administração pública, que deverá pronunciar-
das instalações e as condições materiais da -se, de forma expressa, a respeito:
entidade, quando essas instalações e condições a) do mérito da proposta, em conformidade
forem necessárias para a realização do objeto com a modalidade de parceria adotada;
pactuado; b) da identidade e da reciprocidade de
V – cópia da ata de eleição do quadro diri- interesse das partes na realização, em mútua
gente atual; cooperação, da parceria prevista nesta Lei;
VI – relação nominal atualizada dos diri- c) da viabilidade de sua execução, inclusive
gentes da entidade, com endereço, número e no que se refere aos valores estimados, que de-
órgão expedidor da carteira de identidade e verão ser compatíveis com os preços praticados
número de registro no Cadastro de Pessoas no mercado;
Físicas – CPF da Secretaria da Receita Federal d) da verificação do cronograma de desem-
do Brasil – RFB de cada um deles; bolso previsto no plano de trabalho, e se esse é
VII – cópia de documento que comprove adequado e permite a sua efetiva fiscalização;
que a organização da sociedade civil funciona e) da descrição de quais serão os meios
no endereço registrado no Cadastro Nacional disponíveis a serem utilizados para a fiscaliza-
da Pessoa Jurídica – CNPJ da Secretaria da ção da execução da parceria, assim como dos
Receita Federal do Brasil – RFB; procedimentos que deverão ser adotados para
VIII – regulamento de compras e contra- avaliação da execução física e financeira, no
tações, próprio ou de terceiro, aprovado pela cumprimento das metas e objetivos;
administração pública celebrante, em que f) da descrição de elementos mínimos de
se estabeleça, no mínimo, a observância dos convicção e de meios de prova que serão acei-
princípios da legalidade, da moralidade, da tos pela administração pública na prestação
boa-fé, da probidade, da impessoalidade, da de contas;
economicidade, da eficiência, da isonomia, da g) da designação do gestor da parceria;
publicidade, da razoabilidade e do julgamento h) da designação da comissão de monitora-
objetivo e a busca permanente de qualidade e mento e avaliação da parceria;
durabilidade. i) da aprovação do regulamento de compras
Parágrafo único. (Vetado): e contratações apresentado pela organização da
I – (Vetado); sociedade civil, demonstrando a compatibili-
II – (Vetado); dade entre a alternativa escolhida e a natureza
III – (Vetado). e o valor do objeto da parceria, a natureza e o
valor dos serviços, e as compras passíveis de
Art. 35. A celebração e a formalização do contratação, conforme aprovado no plano de
termo de colaboração e do termo de fomento trabalho;
dependerão da adoção das seguintes providên- VI – emissão de parecer jurídico do órgão
cias pela administração pública: de assessoria ou consultoria jurídica da admi-
I – realização de chamamento público, res- nistração pública acerca da possibilidade de
salvadas as hipóteses previstas nesta Lei; celebração da parceria, com observância das
II – indicação expressa da existência de normas desta Lei e da legislação específica.
Terceiro Setor
prévia dotação orçamentária para execução § 1o Não será exigida contrapartida finan-
da parceria; ceira como requisito para celebração de parce-
III – demonstração de que os objetivos e ria, facultada a exigência de contrapartida em
finalidades institucionais e a capacidade técnica bens e serviços economicamente mensuráveis.
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§ 2o Caso o parecer técnico ou o parecer ju- responsabilizará, de forma solidária, pela exe-
rídico de que tratam, respectivamente, os incisos cução das atividades e cumprimento das metas
V e VI do caput deste artigo conclua pela possi- pactuadas na parceria, devendo essa indicação
bilidade de celebração da parceria com ressalvas, constar do instrumento da parceria.
deverá o administrador público cumprir o que
houver sido ressalvado ou, mediante ato formal, Art. 38. O termo de fomento e o termo de co-
justificar as razões pelas quais deixou de fazê-lo. laboração somente produzirão efeitos jurídicos
§ 3o Na hipótese de o gestor da parceria após a publicação dos respectivos extratos no
deixar de ser agente público ou ser lotado em meio oficial de publicidade da administração
outro órgão ou entidade, o administrador pú- pública.
blico deverá designar novo gestor, assumindo,
enquanto isso não ocorrer, todas as obrigações
do gestor, com as respectivas responsabilidades. SEÇÃO X – Das Vedações
§ 4o Deverá constar, expressamente, do pró-
prio instrumento de parceria ou de seu anexo Art. 39. Ficará impedida de celebrar qualquer
que a organização da sociedade civil cumpre as modalidade de parceria prevista nesta Lei a
exigências constantes do inciso VII do § 1o do organização da sociedade civil que:
art. 24 desta Lei. I – não esteja regularmente constituída ou,
§ 5o Caso a organização da sociedade civil se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar
adquira equipamentos e materiais permanentes no território nacional;
com recursos provenientes da celebração da II – esteja omissa no dever de prestar contas
parceria, o bem será gravado com cláusula de de parceria anteriormente celebrada;
inalienabilidade, e ela deverá formalizar pro- III – tenha como dirigente agente político de
messa de transferência da propriedade à admi- Poder ou do Ministério Público, dirigente de
nistração pública, na hipótese de sua extinção. órgão ou entidade da administração pública de
§ 6o Será impedida de participar como ges- qualquer esfera governamental, ou respectivo
tor da parceria ou como membro da comissão cônjuge ou companheiro, bem como parente
de monitoramento e avaliação pessoa que, nos em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
últimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação segundo grau;
jurídica com, ao menos, 1 (uma) das organiza- IV – tenha tido as contas rejeitadas pela
ções da sociedade civil partícipes. administração pública nos últimos 5 (cinco)
§ 7o Configurado o impedimento do § 6o, anos, enquanto não for sanada a irregularidade
deverá ser designado gestor ou membro substi- que motivou a rejeição e não forem quitados os
tuto que possua qualificação técnica equivalente débitos que lhe foram eventualmente imputa-
à do substituído. dos, ou for reconsiderada ou revista a decisão
pela rejeição;
Art. 36. Será obrigatória a estipulação do V – tenha sido punida com uma das se-
destino a ser dado aos bens remanescentes da guintes sanções, pelo período que durar a
parceria. penalidade:
Parágrafo único. Os bens remanescentes a) suspensão de participação em licitação
adquiridos com recursos transferidos poderão, e impedimento de contratar com a adminis-
a critério do administrador público, ser doados tração;
quando, após a consecução do objeto, não fo- b) declaração de inidoneidade para licitar
rem necessários para assegurar a continuidade ou contratar com a administração pública;
Normas correlatas
do objeto pactuado, observado o disposto no c) a prevista no inciso II do art. 73 desta Lei;
respectivo termo e na legislação vigente. d) a prevista no inciso III do art. 73 desta
Lei;
Art. 37. A organização da sociedade civil VI – tenha tido contas de parceria julga-
indicará ao menos 1 (um) dirigente que se das irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou
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Conselho de Contas de qualquer esfera da I – a contratação de serviços de consultoria,
Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos com ou sem produto determinado;
8 (oito) anos; II – o apoio administrativo, com ou sem
VII – tenha entre seus dirigentes pessoa: disponibilização de pessoal, fornecimento de
a) cujas contas relativas a parcerias tenham materiais consumíveis ou outros bens.
sido julgadas irregulares ou rejeitadas por
Tribunal ou Conselho de Contas de qualquer Art. 41. É vedada a criação de outras modali-
esfera da Federação, em decisão irrecorrível, dades de parceria ou a combinação das previstas
nos últimos 8 (oito) anos; nesta Lei.
b) julgada responsável por falta grave e Parágrafo único. A hipótese do caput não
inabilitada para o exercício de cargo em comis- traz prejuízos aos contratos de gestão e termos
são ou função de confiança, enquanto durar a de parceria regidos, respectivamente, pelas Leis
inabilitação; nos 9.637, de 15 de maio de 1998, e 9.790, de 23
c) considerada responsável por ato de de março de 1999.
improbidade, enquanto durarem os prazos
estabelecidos nos incisos I, II e III do art. 12 da
Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992. CAPÍTULO III – Da Formalização e da
§ 1o Nas hipóteses deste artigo, é igualmente Execução
vedada a transferência de novos recursos no âm- SEÇÃO I – Disposições Preliminares
bito de parcerias em execução, excetuando-se
os casos de serviços essenciais que não podem Art. 42. As parcerias serão formalizadas me-
ser adiados sob pena de prejuízo ao erário ou diante a celebração de termo de colaboração
à população, desde que precedida de expressa ou de termo de fomento, conforme o caso, que
e fundamentada autorização do dirigente má- terá como cláusulas essenciais:
ximo do órgão ou entidade da administração I – a descrição do objeto pactuado;
pública, sob pena de responsabilidade solidária. II – as obrigações das partes;
§ 2o Em qualquer das hipóteses previstas III – o valor total do repasse e o cronograma
no caput, persiste o impedimento para celebrar de desembolso;
parceria enquanto não houver o ressarcimento IV – a classificação orçamentária da despesa,
do dano ao erário, pelo qual seja responsável a mencionando-se o número, a data da nota de
organização da sociedade civil ou seu dirigente. empenho e a declaração de que, em termos
§ 3o A vedação prevista no inciso III do aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos
caput deste artigo, no que tange a ter como para sua cobertura, de cada parcela da despesa
dirigente agente político de Poder, não se aplica a ser transferida em exercício futuro;
aos serviços sociais autônomos destinatários V – a contrapartida, quando for o caso, e a
de contribuições dos empregadores incidentes forma de sua aferição em bens e/ou serviços
sobre a folha de salários. necessários à consecução do objeto;
VI – a vigência e as hipóteses de prorro-
Art. 40. É vedada a celebração de parcerias gação;
previstas nesta Lei que tenham por objeto, VII – a obrigação de prestar contas com
envolvam ou incluam, direta ou indiretamente: definição de forma e prazos;
I – delegação das funções de regulação, de VIII – a forma de monitoramento e avalia-
fiscalização, do exercício do poder de polícia ção, com a indicação dos recursos humanos e
ou de outras atividades exclusivas do Estado; tecnológicos que serão empregados na ativida-
II – prestação de serviços ou de atividades de ou, se for o caso, a indicação da participação
Terceiro Setor
cujo destinatário seja o aparelho administrativo de apoio técnico nos termos previstos no § 1o
do Estado. do art. 58 desta Lei;
Parágrafo único. É vedado também ser IX – a obrigatoriedade de restituição de
objeto de parceria: recursos, nos casos previstos nesta Lei;
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X – a definição, se for o caso, da titularida- que celebrar com fornecedor de bens ou ser-
de dos bens e direitos remanescentes na data viços com a finalidade de executar o objeto
da conclusão ou extinção da parceria e que, da parceria, que permita o livre acesso dos
em razão dessa, houverem sido adquiridos, servidores ou empregados dos órgãos ou das
produzidos ou transformados com recursos entidades públicas repassadoras dos recursos
repassados pela administração pública; públicos, bem como dos órgãos de controle, aos
XI – a estimativa de aplicação financeira e as documentos e registros contábeis da empresa
formas de destinação dos recursos aplicados; contratada, nos termos desta Lei, salvo quando
XII – a prerrogativa do órgão ou da entida- o contrato obedecer a normas uniformes para
de transferidora dos recursos financeiros de todo e qualquer contratante;
assumir ou de transferir a responsabilidade XIX – a responsabilidade exclusiva da
pela execução do objeto, no caso de paralisação organização da sociedade civil pelo geren-
ou da ocorrência de fato relevante, de modo a ciamento administrativo e financeiro dos
evitar sua descontinuidade; recursos recebidos, inclusive no que diz res-
XIII – a previsão de que, na ocorrência de peito às despesas de custeio, de investimento
cancelamento de restos a pagar, o quantitativo e de pessoal;
possa ser reduzido até a etapa que apresente XX – a responsabilidade exclusiva da or-
funcionalidade; ganização da sociedade civil pelo pagamento
XIV – a obrigação de a organização da so- dos encargos trabalhistas, previdenciários,
ciedade civil manter e movimentar os recursos fiscais e comerciais relativos ao funciona-
na conta bancária específica da parceria em mento da instituição e ao adimplemento do
instituição financeira indicada pela adminis- termo de colaboração ou de fomento, não se
tração pública; caracterizando responsabilidade solidária ou
XV – o livre acesso dos servidores dos órgãos subsidiária da administração pública pelos
ou das entidades públicas repassadoras dos respectivos pagamentos, qualquer oneração
recursos, do controle interno e do Tribunal do objeto da parceria ou restrição à sua
de Contas correspondentes aos processos, aos execução.
documentos, às informações referentes aos Parágrafo único. Constarão como anexos do
instrumentos de transferências regulamentados instrumento de parceria:
por esta Lei, bem como aos locais de execução I – o plano de trabalho, que dele é parte
do objeto; integrante e indissociável;
XVI – a faculdade dos partícipes rescindi- II – o regulamento de compras e contrata-
rem o instrumento, a qualquer tempo, com as ções adotado pela organização da sociedade
respectivas condições, sanções e delimitações civil, devidamente aprovado pela administração
claras de responsabilidades, além da estipula- pública parceira.
ção de prazo mínimo de antecedência para a
publicidade dessa intenção, que não poderá ser
inferior a 60 (sessenta) dias; SEÇÃO II – Das Contratações Realizadas
XVII – a indicação do foro para dirimir as pelas Organizações da Sociedade Civil
dúvidas decorrentes da execução da parceria,
estabelecendo a obrigatoriedade da prévia Art. 43. As contratações de bens e serviços
tentativa de solução administrativa com a pelas organizações da sociedade civil, feitas com
participação da Advocacia-Geral da União, em o uso de recursos transferidos pela adminis-
caso de os partícipes serem da esfera federal, tração pública, deverão observar os princípios
Normas correlatas
o pagamento de custos indiretos necessários à civil com recursos destinados pela administra-
execução do objeto, em proporção nunca su- ção pública não gera vínculo trabalhista com o
perior a 15% (quinze por cento) do valor total poder público.
da parceria, desde que tais custos sejam decor- § 7o A inadimplência da organização da
rentes exclusivamente de sua realização e que: sociedade civil em relação aos encargos tra-
27
balhistas, fiscais e comerciais não transfere à I – ter preenchido os requisitos exigidos
administração pública a responsabilidade por nesta Lei para celebração da parceria;
seu pagamento nem poderá onerar o objeto II – apresentar a prestação de contas da
do termo de fomento ou de colaboração ou parcela anterior;
restringir a sua execução. III – estar em situação regular com a execu-
§ 8o Quando os custos indiretos forem pa- ção do plano de trabalho.
gos também por outras fontes, a organização da
sociedade civil deve apresentar a memória de Art. 50. A administração pública deverá via-
cálculo do rateio da despesa, vedada a duplici- bilizar o acompanhamento pela internet dos
dade ou a sobreposição de fontes de recursos processos de liberação de recursos referentes
no custeio de uma mesma parcela dos custos às parcerias celebradas nos termos desta Lei.
indiretos.
plano de trabalho para cada item. apoio técnico de terceiros, delegar competência
Parágrafo único. O remanejamento dos ou firmar parcerias com órgãos ou entidades
recursos de que trata o caput somente ocorrerá que se situem próximos ao local de aplicação
mediante prévia solicitação, com justificativa dos recursos.
apresentada pela organização da sociedade
civil e aprovada pela administração pública Art. 59. A administração pública emitirá re-
responsável pela parceria. latório técnico de monitoramento e avaliação
da parceria e o submeterá à comissão de moni-
Art. 57. Havendo relevância para o interesse toramento e avaliação designada, que o homo-
público e mediante aprovação pela administra- logará, independentemente da obrigatoriedade
ção pública da alteração no plano de trabalho, de apresentação da prestação de contas devida
os rendimentos das aplicações financeiras e pela organização da sociedade civil.
eventuais saldos remanescentes poderão ser Parágrafo único. O relatório técnico de
aplicados pela organização da sociedade civil monitoramento e avaliação da parceria, sem
na ampliação de metas do objeto da parceria, prejuízo de outros elementos, deverá conter:
desde que essa ainda esteja vigente. I – descrição sumária das atividades e metas
Parágrafo único. As alterações previstas no estabelecidas;
caput prescindem de aprovação de novo plano II – análise das atividades realizadas, do
de trabalho pela administração pública, mas cumprimento das metas e do impacto do be-
não da análise jurídica prévia da minuta do nefício social obtido em razão da execução do
termo aditivo da parceria e da publicação do objeto até o período, com base nos indicadores
extrato do termo aditivo em meios oficiais de estabelecidos e aprovados no plano de trabalho;
divulgação. III – valores efetivamente transferidos pela
administração pública e valores comprovada-
mente utilizados;
SEÇÃO VII – Do Monitoramento e IV – quando for o caso, os valores pagos
Avaliação nos termos do art. 54, os custos indiretos,
os remanejamentos efetuados, as sobras de
Art. 58. A administração pública está incum- recursos financeiros, incluindo as aplicações
bida de realizar procedimentos de fiscalização financeiras, e eventuais valores devolvidos aos
das parcerias celebradas antes do término da sua cofres públicos;
vigência, inclusive por meio de visitas in loco, V – análise dos documentos comprobatórios
para fins de monitoramento e avaliação do cum- das despesas apresentados pela organização da
primento do objeto, na forma do regulamento. sociedade civil na prestação de contas;
§ 1o Para a implementação do disposto no VI – análise das auditorias realizadas pelos
caput, o órgão poderá valer-se do apoio técnico controles interno e externo, no âmbito da
de terceiros, delegar competência ou firmar par- fiscalização preventiva, bem como de suas
cerias com órgãos ou entidades que se situem conclusões e das medidas que tomaram em
Terceiro Setor
petente, sob pena de responsabilidade solidária, clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos
deve adotar as providências para apuração dos contábeis, a legalidade, a legitimidade e a eco-
fatos, identificação dos responsáveis, quantifi- nomicidade dos atos de gestão do responsável;
cação do dano e obtenção do ressarcimento, II – regulares com ressalva, quando eviden-
nos termos da legislação vigente. ciarem impropriedade ou qualquer outra falta
33
de natureza formal de que não resulte em dano de civil ressarcir a administração pelos prejuízos
ao erário; resultantes, e após decorrido o prazo da sanção
III – irregulares, quando comprovada qual- aplicada com base no inciso II deste artigo.
quer das seguintes ocorrências: Parágrafo único. A sanção estabelecida no
a) omissão no dever de prestar contas; inciso III do caput deste artigo é de competência
b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo exclusiva do Ministro de Estado ou do Secre-
ou antieconômico, ou de infração a norma legal tário Estadual ou Municipal, conforme o caso,
ou regulamentar de natureza contábil, financei- facultada a defesa do interessado no respectivo
ra, orçamentária, operacional ou patrimonial; processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura
c) dano ao erário decorrente de ato de ges- de vista, podendo a reabilitação ser requerida
tão ilegítimo ou antieconômico; após 2 (dois) anos de sua aplicação.
d) desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou
valores públicos.
Parágrafo único. A autoridade competente SEÇÃO II – Da Responsabilidade pela
para assinar o termo de fomento ou de cola- Execução e pela Emissão de Pareceres
boração é a responsável pela decisão sobre a Técnicos
aprovação da prestação de contas, tendo como
base os pareceres técnico e financeiro, sendo Art. 74. (Vetado)
permitida delegação a autoridades diretamente
subordinadas, vedada a subdelegação. Art. 75. O responsável por parecer técnico
que conclua indevidamente pela capacidade
operacional e técnica de organização da so-
CAPÍTULO V – Da Responsabilidade e das ciedade civil para execução de determinada
Sanções parceria responderá administrativa, penal e
SEÇÃO I – Das Sanções Administrativas à civilmente, caso tenha agido com dolo ou culpa,
Entidade pela restituição aos cofres públicos dos valores
repassados, sem prejuízo da responsabilidade
Art. 73. Pela execução da parceria em desacor- do administrador público, do gestor, da orga-
do com o plano de trabalho e com as normas nização da sociedade civil e de seus dirigentes.
desta Lei e da legislação específica, a adminis-
tração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar Art. 76. A pessoa que atestar ou o responsável
à organização da sociedade civil parceira as por parecer técnico que concluir pela realização
seguintes sanções: de determinadas atividades ou pelo cumpri-
I – advertência; mento de metas estabelecidas responderá ad-
II – suspensão temporária da participação ministrativa, penal e civilmente pela restituição
em chamamento público e impedimento de aos cofres públicos dos valores repassados,
celebrar termos de fomento, termos de colabora- caso se verifique que as atividades não foram
ção e contratos com órgãos e entidades da esfera realizadas tal como afirmado no parecer ou que
de governo da administração pública sanciona- as metas não foram integralmente cumpridas.
dora, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
III – declaração de inidoneidade para par-
ticipar em chamamento público ou celebrar SEÇÃO III – Dos Atos de Improbidade
termos de fomento, termos de colaboração e Administrativa
contratos com órgãos e entidades de todas as
esferas de governo, enquanto perdurarem os Art. 77. O art. 10 da Lei no 8.429, de 2 de ju-
Terceiro Setor
motivos determinantes da punição ou até que nho de 1992, passa a vigorar com as seguintes
seja promovida a reabilitação perante a própria alterações:
autoridade que aplicou a penalidade, que será “Art. 10.
concedida sempre que a organização da socieda- ���������������������������������������������������������������������������
34
VIII – frustrar a licitude de processo licita- CAPÍTULO VI – Disposições Finais
tório ou de processo seletivo para celebração
de parcerias com entidades sem fins lucrati- Art. 79. (Vetado)
vos, ou dispensá-los indevidamente;
��������������������������������������������������������������������������� Art. 80. O Sistema de Cadastramento Unifi-
XVI – facilitar ou concorrer, por qualquer cado de Fornecedores – SICAF, mantido pela
forma, para a incorporação, ao patrimônio União, fica disponibilizado aos demais entes
particular de pessoa física ou jurídica, de federados, para fins do disposto no § 2o do
bens, rendas, verbas ou valores públicos art. 43 desta Lei, sem prejuízo do uso de seus
transferidos pela administração pública a próprios sistemas.
entidades privadas mediante celebração de
parcerias, sem a observância das formali- Art. 81. Mediante autorização da União, os
dades legais ou regulamentares aplicáveis Estados, os Municípios e o Distrito Federal
à espécie; poderão aderir ao Sistema de Gestão de Con-
XVII – permitir ou concorrer para que vênios e Contratos de Repasse – SICONV para
pessoa física ou jurídica privada utilize utilizar suas funcionalidades no cumprimento
bens, rendas, verbas ou valores públicos desta Lei.
transferidos pela administração pública a
entidade privada mediante celebração de Art. 82. (Vetado)
parcerias, sem a observância das formali-
dades legais ou regulamentares aplicáveis Art. 83. As parcerias existentes no momento
à espécie; da entrada em vigor desta Lei permanecerão
XVIII – celebrar parcerias da administra- regidas pela legislação vigente ao tempo de
ção pública com entidades privadas sem sua celebração, sem prejuízo da aplicação sub-
a observância das formalidades legais ou sidiária desta Lei, naquilo em que for cabível,
regulamentares aplicáveis à espécie; desde que em benefício do alcance do objeto
XIX – frustrar a licitude de processo seletivo da parceria.7
para celebração de parcerias da adminis- § 1o A exceção de que trata o caput não se
tração pública com entidades privadas ou aplica às prorrogações de parcerias firmadas
dispensá-lo indevidamente; após a entrada em vigor desta Lei, exceto no
XX – agir negligentemente na celebração, caso de prorrogação de ofício prevista em lei
fiscalização e análise das prestações de con- ou regulamento, exclusivamente para a hipótese
tas de parcerias firmadas pela administração de atraso na liberação de recursos por parte da
pública com entidades privadas; administração pública.
XXI – liberar recursos de parcerias firmadas § 2o Para qualquer parceria referida no
pela administração pública com entidades caput eventualmente firmada por prazo inde-
privadas sem a estrita observância das nor- terminado antes da promulgação desta Lei, a
mas pertinentes ou influir de qualquer forma administração pública promoverá, em prazo
para a sua aplicação irregular.” não superior a 1 (um) ano, sob pena de respon-
sabilização, a repactuação para adaptação de
Art. 78. O art. 11 da Lei no 8.429, de 2 de junho seus termos a esta Lei ou a respectiva rescisão.
de 1992, passa a vigorar acrescido do seguinte
inciso VIII: Art. 84. Salvo nos casos expressamente previs-
“Art. 11. ���������������������������������������������������������� tos, não se aplica às relações de fomento e de
Normas correlatas
36
Lei no 9.790/1999
Dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e
dá outras providências.
11
Lei no 13.019/2014 (com entrada em vigor 360
dias após sua publicação).
12
Lei no 13.019/2014 (com entrada em vigor 360
dias após sua publicação). Medida Provisória no 2.216-37/2001.
13
41
Lei no 9.637/1998
Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais, a criação do Programa Nacional
de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades
por organizações sociais, e dá outras providências.
Art. 15. São extensíveis, no âmbito da União, Art. 19. As entidades que absorverem ativi-
Normas correlatas
os efeitos dos arts. 11 e 12, § 3o, para as enti- dades de rádio e televisão educativa poderão
dades qualificadas como organizações sociais receber recursos e veicular publicidade ins-
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos titucional de entidades de direito público ou
Municípios, quando houver reciprocidade e privado, a título de apoio cultural, admitindo-se
desde que a legislação local não contrarie os o patrocínio de programas, eventos e projetos,
45
vedada a veiculação remunerada de anúncios e § 4 o Os processos judiciais em que a
outras práticas que configurem comercialização Fundação Roquette Pinto seja parte, ativa ou
de seus intervalos.14 passivamente, serão transferidos para a União,
na qualidade de sucessora, sendo representada
Art. 20. Será criado, mediante decreto do pela Advocacia-Geral da União.
Poder Executivo, o Programa Nacional de
Publicização (PNP), com o objetivo de estabe- Art. 22. As extinções e a absorção de ativida-
lecer diretrizes e critérios para a qualificação des e serviços por organizações sociais de que
de organizações sociais, a fim de assegurar trata esta Lei observarão os seguintes preceitos:
a absorção de atividades desenvolvidas por I – os servidores integrantes dos quadros
entidades ou órgãos públicos da União, que permanentes dos órgãos e das entidades extintos
atuem nas atividades referidas no art. 1o, por terão garantidos todos os direitos e vantagens
organizações sociais, qualificadas na forma decorrentes do respectivo cargo ou emprego e
desta Lei, observadas as seguintes diretrizes: integrarão quadro em extinção nos órgãos ou nas
I – ênfase no atendimento do cidadão- entidades indicados no Anexo II, sendo facultada
-cliente; aos órgãos e entidades supervisoras, ao seu cri-
II – ênfase nos resultados, qualitativos e tério exclusivo, a cessão de servidor, irrecusável
quantitativos nos prazos pactuados; para este, com ônus para a origem, à organização
III – controle social das ações de forma social que vier a absorver as correspondentes
transparente. atividades, observados os §§ 1o e 2o do art. 14;
II – a desativação das unidades extintas será
Art. 21. São extintos o Laboratório Nacional realizada mediante inventário de seus bens
de Luz Síncrotron, integrante da estrutura imóveis e de seu acervo físico, documental e
do Conselho Nacional de Desenvolvimento material, bem como dos contratos e convênios,
Científico e Tecnológico (CNPq), e a Fundação com a adoção de providências dirigidas à ma-
Roquette Pinto, entidade vinculada à Presidên- nutenção e ao prosseguimento das atividades
cia da República. sociais a cargo dessas unidades, nos termos da
§ 1o Competirá ao Ministério da Adminis- legislação aplicável em cada caso;
tração Federal e Reforma do Estado supervi- III – os recursos e as receitas orçamentárias
sionar o processo de inventário do Laboratório de qualquer natureza, destinados às unidades
Nacional de Luz Síncrotron, a cargo do Con- extintas, serão utilizados no processo de inven-
selho Nacional de Desenvolvimento Científico tário e para a manutenção e o financiamento das
e Tecnológico – CNPq, cabendo-lhe realizá-lo atividades sociais até a assinatura do contrato
para a Fundação Roquette Pinto. de gestão;
§ 2o No curso do processo de inventário IV – quando necessário, parcela dos recur-
da Fundação Roquette Pinto e até a assinatura sos orçamentários poderá ser reprogramada,
do Contrato de Gestão, a continuidade das mediante crédito especial a ser enviado ao
atividades sociais ficará sob a supervisão da Se- Congresso Nacional, para o órgão ou entidade
cretaria de Comunicação Social da Presidência supervisora dos Contratos de Gestão, para o
da República. fomento das atividades sociais, assegurada a
§ 3o É o Poder Executivo autorizado a qua- liberação periódica do respectivo desembolso
lificar como organizações sociais, nos termos financeiro para a organização social;
desta Lei, as pessoas jurídicas de direito privado V – encerrados os processos de inventário,
indicadas no Anexo I, bem assim a permitir a os cargos efetivos vagos e os em comissão serão
absorção de atividades desempenhadas pelas considerados extintos;
Terceiro Setor
entidades extintas por este artigo. VI – a organização social que tiver absorvido
as atribuições das unidades extintas poderá
adotar os símbolos designativos destes, segui-
14
Decreto no 5.396/2005 (regulamentação). dos da identificação “OS”.
46
§ 1o A absorção pelas organizações sociais tividade, sem alteração de cargo ou de tabela
das atividades das unidades extintas efetivar- remuneratória.15
-se-á mediante a celebração de Contrato de Parágrafo único. As disposições do caput
Gestão, na forma dos arts. 6o e 7o. aplicam-se aos servidores que se encontram
§ 2o Poderá ser adicionada às dotações or- cedidos nos termos do inciso I do art. 22 e do
çamentárias referidas no inciso IV parcela dos art. 23 desta Lei.
recursos decorrentes da economia de despesa
incorrida pela União com os cargos e funções Art. 24. São convalidados os atos praticados
comissionados existentes nas unidades extintas. com base na Medida Provisória no 1.648-7, de
23 de abril de 1998.
Art. 23. É o Poder Executivo autorizado a
ceder os bens e os servidores da Fundação Art. 25. Esta lei entra em vigor na data de sua
Roquette Pinto no Estado do Maranhão ao publicação.
Governo daquele Estado.
Brasília, 15 de maio de 1998; 177o da Indepen-
Art. 23-A. Os servidores oriundos da extinta dência e 110o da República.
Fundação Roquette Pinto e do extinto Territó-
rio Federal de Fernando de Noronha poderão FERNANDO HENRIQUE CARDOSO – Pedro
ser redistribuídos ou cedidos para órgãos e Malan – Paulo Paiva – José Israel Vargas –
entidades da Administração Pública Federal, Luiz Carlos Bresser Pereira – Clovis de Barros
independentemente do disposto no inciso II do Carvalho
art. 37 e no inciso I do art. 93 da Lei no 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, assegurados todos Promulgada em 15/5/1998, publicada no DOU de
os direitos e vantagens, inclusive o pagamento 18/5/1998 e retificada no DOU de 25/5/1998.
de gratificação de desempenho ou de produ-
15
Lei no 12.269/2010 e Medida Provisória no 479/2009.
Anexo I
47
Anexo II
48
Lei no 9.608/1998
Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.
Normas correlatas
16
Leis nos 11.692/2008, 10.940/2004 e 10.748/2003,
Medida Provisória no 411/2007 e Decreto no 5.313/2004
(regulamentação).
49
Lei no 5.764/1971
Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas,
e dá outras providências.
dor, quando julgar conveniente, no interêsse (noventa) dias contados da data em que forem
do fortalecimento do sistema, poderá ouvir o arquivados os documentos na Junta Comercial.
§ 8o Cancelada a autorização, o órgão de
18
Lei Complementar no 130/2009. controle expedirá comunicação à respectiva
52
Junta Comercial, que dará baixa nos documen- com definição de suas atribuições, poderes e
tos arquivados. funcionamento, a representação ativa e passiva
§ 9o A autorização para funcionamento das da sociedade em juízo ou fora dele, o prazo do
cooperativas de habitação, das de crédito e das mandato, bem como o processo de substituição
seções de crédito das cooperativas agrícolas dos administradores e conselheiros fiscais;
mistas subordina-se, ainda, à política dos res- VI – as formalidades de convocação das
pectivos órgãos normativos. assembleias gerais e a maioria requerida para a
§ 10. (Revogado) sua instalação e validade de suas deliberações,
vedado o direito de voto aos que nelas tiverem
Art. 19. A cooperativa escolar não estará interesse particular sem privá-los da participa-
sujeita ao arquivamento dos documentos de ção nos debates;
constituição, bastando remetê-los ao Instituto VII – os casos de dissolução voluntária da
Nacional de Colonização e Reforma Agrária, ou sociedade;
respectivo órgão local de controle, devidamente VIII – o modo e o processo de alienação ou
autenticados pelo diretor do estabelecimento de oneração de bens imóveis da sociedade;
ensino ou a maior autoridade escolar do municí- IX – o modo de reformar o estatuto;
pio, quando a cooperativa congregar associações X – o número mínimo de associados.
de mais de um estabelecimento de ensino.
o aumento do capital social poderão ser feitos tados pela sociedade, desde que adiram aos
com bens avaliados prèviamente e após ho- propósitos sociais e preencham as condições
estabelecidas no estatuto, ressalvado o disposto
19
Lei no 13.097/2015. no artigo 4o, item I, desta Lei.
54
§ 1o A admissão dos associados poderá Art. 35. A exclusão do associado será feita:
ser restrita, a critério do órgão normativo res- I – por dissolução da pessoa jurídica;
pectivo, às pessoas que exerçam determinada II – por morte da pessoa física;
atividade ou profissão, ou estejam vinculadas III – por incapacidade civil não suprida;
a determinada entidade. IV – por deixar de atender aos requisitos
§ 2o Poderão ingressar nas cooperativas de estatutários de ingresso ou permanência na
pesca e nas constituídas por produtores rurais cooperativa.
ou extrativistas, as pessoas jurídicas que pra-
tiquem as mesmas atividades econômicas das Art. 36. A responsabilidade do associado
pessoas físicas associadas. perante terceiros, por compromissos da socie-
§ 3o Nas cooperativas de eletrificação, irri- dade, perdura para os demitidos, eliminados
gação e telecomunicações, poderão ingressar as ou excluídos até quando aprovadas as contas
pessoas jurídicas que se localizem na respectiva do exercício em que se deu o desligamento.
área de operações. Parágrafo único. As obrigações dos asso-
§ 4o Não poderão ingressar no quadro das ciados falecidos, contraídas com a sociedade,
cooperativas os agentes de comércio e empresá- e as oriundas de sua responsabilidade como
rios que operem no mesmo campo econômico associado em face de terceiros, passam aos
da sociedade. herdeiros, prescrevendo, porém, após um ano
contado do dia da abertura da sucessão, ressal-
Art. 30. À exceção das cooperativas de crédito vados os aspectos peculiares das cooperativas
e das agrícolas mistas com seção de crédito, a de eletrificação rural e habitacionais.
admissão de associados, que se efetive mediante
aprovação de seu pedido de ingresso pelo ór- Art. 37. A cooperativa assegurará a igualdade
gão de administração, complementa-se com a de direitos dos associados sendo-lhe defeso:
subscrição das quotas-partes de capital social e I – remunerar a quem agencie novos asso-
a sua assinatura no Livro de Matrícula. ciados;
II – cobrar prêmios ou ágio pela entrada de
Art. 31. O associado que aceitar e estabelecer novos associados ainda a título de compensação
relação empregatícia com a cooperativa, perde das reservas;
o direito de votar e ser votado, até que sejam III – estabelecer restrições de qualquer
aprovadas as contas do exercício em que ele espécie ao livre exercício dos direitos sociais.
deixou o emprego.
prazo de 30 (trinta) dias para comunicar ao § 1o As Assembleias Gerais serão convoca-
interessado a sua eliminação. das com antecedência mínima de 10 (dez) dias,
Parágrafo único. Da eliminação cabe recur- em primeira convocação, mediante editais afi-
so, com efeito suspensivo à primeira Assembleia xados em locais apropriados das dependências
Geral. comumente mais frequentadas pelos associa-
55
dos, publicação em jornal e comunicação aos (um) delegado, escolhida entre seus membros
associados por intermédio de circulares. Não e credenciado pela respectiva administração.
havendo no horário estabelecido, quorum de
instalação, as assembleias poderão ser realiza- Art. 42. Nas cooperativas singulares, cada
das em segunda ou terceira convocações desde associado presente não terá direito a mais de
que assim permitam os estatutos e conste do um voto, qualquer que seja o número de suas
respectivo edital, quando então será observado quotas-partes.20
o intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre a § 1o Não será permitida a representação por
realização por uma ou outra convocação. meio de mandatário.
§ 2o A convocação será feita pelo Presidente, § 2o Quando o número de associados, nas
ou por qualquer dos órgãos de administração, cooperativas singulares, exceder a 3.000 (três
pelo Conselho Fiscal, ou após solicitação não mil), pode o estatuto estabelecer que os mesmos
atendida, por 1/5 (um quinto) dos associados sejam representados, nas Assembleias Gerais,
em pleno gozo dos seus direitos. por delegados que tenham a qualidade de as-
§ 3o As deliberações nas Assembleias Gerais sociados no gozo de seus direitos sociais e não
serão tomadas por maioria de votos dos asso- exerçam cargos eletivos na sociedade.
ciados presentes com direito de votar. § 3 o Quando o número de associados
nas cooperativas singulares exceder a 3.000
Art. 39. É da competência das Assembleias (três mil), pode o estatuto estabelecer que os
Gerais, ordinárias ou extraordinárias, a desti- mesmos sejam representados nas Assembleias
tuição dos membros dos órgãos de administra- Gerais por delegados que se revistam com as
ção ou fiscalização. condições exigidas para o mandatário a que se
Parágrafo único. Ocorrendo destituição que refere o § 1o. O estatuto determinará o número
possa afetar a regularidade da administração ou de delegados, a época e a forma de sua escolha
fiscalização da entidade, poderá a Assembleia por grupos seccionais de associados de igual
designar administradores e conselheiros pro- número e o tempo de duração da delegação.
visórios, até a posse dos novos, cuja eleição se § 4o Admitir-se-á, também, a delegação defi-
efetuará no prazo máximo de 30 (trinta) dias. nida no parágrafo anterior nas cooperativas sin-
gulares cujo número de associados seja inferior a
Art. 40. Nas Assembleias Gerais o quorum de 3.000 (três mil), desde que haja filiados residindo
instalação será o seguinte: a mais de 50 km (cinquenta quilômetros) da sede.
I – 2/3 (dois terços) do número de associa- § 5o Os associados, integrantes de grupos
dos, em primeira convocação; seccionais, que não sejam delegados, poderão
II – metade mais 1 (um) dos associados em comparecer às Assembleias Gerais, privados,
segunda convocação; contudo, de voz e voto.
III – mínimo de 10 (dez) associados na tercei- § 6o As Assembleias Gerais compostas por
ra convocação ressalvado o caso de cooperativas delegados decidem sobre todas as matérias
centrais e federações e confederações de coope- que, nos termos da lei ou dos estatutos, cons-
rativas, que se instalarão com qualquer número. tituem objeto de decisão da assembleia geral
dos associados.
Art. 41. Nas Assembleias Gerais das coope-
rativas centrais, federações e confederações Art. 43. Prescreve em 4 (quatro) anos, a ação
de cooperativas, a representação será feita por para anular as deliberações da Assembleia Geral
delegados indicados na forma dos seus estatutos viciadas de erro, dolo, fraude ou simulação, ou
e credenciados pela diretoria das respectivas tomadas com violação da lei ou do estatuto,
Terceiro Setor
56
SEÇÃO II – Das Assembleias Gerais deliberar sobre qualquer assunto de interesse
Ordinárias da sociedade, desde que mencionado no edital
de convocação.
Art. 44. A Assembleia Geral Ordinária, que
se realizará anualmente nos 3 (três) primeiros Art. 46. É da competência exclusiva da As-
meses após o término do exercício social, deli- sembleia Geral Extraordinária deliberar sobre
berará sobre os seguintes assuntos que deverão os seguintes assuntos:
constar da ordem do dia: I – reforma do estatuto;
I – prestação de contas dos órgãos de admi- II – fusão, incorporação ou desmembra-
nistração acompanhada de parecer do Conse- mento;
lho Fiscal, compreendendo: III – mudança do objeto da sociedade;
a) relatório da gestão; IV – dissolução voluntária da sociedade e
b) balanço; nomeação de liquidantes;
c) demonstrativo das sobras apuradas ou V – contas do liquidante.
das perdas decorrentes da insuficiência das Parágrafo único. São necessários os votos
contribuições para cobertura das despesas da de 2/3 (dois terços) dos associados presentes,
sociedade e o parecer do Conselho Fiscal; para tornar válidas as deliberações de que trata
II – destinação das sobras apuradas ou rateio este artigo.
das perdas decorrentes da insuficiência das
contribuições para cobertura das despesas da
sociedade, deduzindo-se, no primeiro caso as SEÇÃO IV – Dos Órgãos de Administração
parcelas para os Fundos Obrigatórios;
III – eleição dos componentes dos órgãos de Art. 47. A sociedade será administrada por
administração, do Conselho Fiscal e de outros, uma Diretoria ou Conselho de Administração,
quando for o caso; composto exclusivamente de associados eleitos
IV – quando previsto, a fixação do valor dos pela Assembleia Geral, com mandato nunca
honorários, gratificações e cédula de presença superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória
dos membros do Conselho de Administração a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do
ou da Diretoria e do Conselho Fiscal; Conselho de Administração.
V – quaisquer assuntos de interesse social, § 1o O estatuto poderá criar outros órgãos
excluídos os enumerados no artigo 46. necessários à administração.
§ 1o Os membros dos órgãos de adminis- § 2o A posse dos administradores e con-
tração e fiscalização não poderão participar selheiros fiscais das cooperativas de crédito e
da votação das matérias referidas nos itens I e das agrícolas mistas com seção de crédito e
IV deste artigo. habitacionais fica sujeita à prévia homologação
§ 2o À exceção das cooperativas de crédito dos respectivos órgãos normativos.
e das agrícolas mistas com seção de crédito, a
aprovação do relatório, balanço e contas dos Art. 48. Os órgãos de administração podem
órgãos de administração, desonera seus com- contratar gerentes técnicos ou comerciais,
ponentes de responsabilidade, ressalvados os que não pertençam ao quadro de associados,
casos de erro, dolo, fraude ou simulação, bem fixando-lhes as atribuições e salários.
como a infração da lei ou do estatuto.
Art. 49. Ressalvada a legislação específica
que rege as cooperativas de crédito, as seções
Normas correlatas
SEÇÃO III – Das Assembleias Gerais de crédito das cooperativas agrícolas mistas e
Extraordinárias as de habitação, os administradores eleitos ou
contratados não serão pessoalmente responsá-
Art. 45. A Assembleia Geral Extraordinária veis pelas obrigações que contraírem em nome
realizar-se-á sempre que necessário e poderá da sociedade, mas responderão solidariamente
57
pelos prejuízos resultantes de seus atos, se pro- Trabalho (Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio
cederem com culpa ou dolo. de 1943).
Parágrafo único. A sociedade responderá
pelos atos a que se refere a última parte deste
artigo se os houver ratificado ou deles logrado SEÇÃO V – Do Conselho Fiscal
proveito.
Art. 56. A administração da sociedade será
Art. 50. Os participantes de ato ou operação fiscalizada, assídua e minuciosamente, por
social em que se oculte a natureza da sociedade um Conselho Fiscal, constituído de 3 (três)
podem ser declarados pessoalmente responsá- membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos
veis pelas obrigações em nome dela contraídas, associados eleitos anualmente pela Assembleia
sem prejuízo das sanções penais cabíveis. Geral, sendo permitida apenas a reeleição de
1/3 (um têrço) dos seus componentes.
Art. 51. São inelegíveis, além das pessoas § 1o Não podem fazer parte do Conselho
impedidas por lei, os condenados a pena que Fiscal, além dos inelegíveis enumerados no
vede, ainda que temporariamente, o acesso a artigo 51, os parentes dos diretores até o 2°
cargos públicos; ou por crime falimentar, de (segundo) grau, em linha reta ou colateral, bem
prevaricação, peita ou suborno, concussão, como os parentes entre si até esse grau.
peculato, ou contra a economia popular, a fé § 2o O associado não pode exercer cumula-
pública ou a propriedade. tivamente cargos nos órgãos de administração
Parágrafo único. Não podem compor uma e de fiscalização.
mesma Diretoria ou Conselho de Administra-
ção, os parentes entre si até 2o (segundo) grau,
em linha reta ou colateral. CAPÍTULO X – Fusão, Incorporação e
Desmembramento
Art. 52. O diretor ou associado que, em
qualquer operação, tenha interesse oposto ao Art. 57. Pela fusão, duas ou mais cooperativas
da sociedade, não pode participar das delibera- formam nova sociedade.
ções referentes a essa operação, cumprindo-lhe § 1o Deliberada a fusão, cada cooperativa
acusar o seu impedimento. interessada indicará nomes para comporem
comissão mista que procederá aos estudos
Art. 53. Os componentes da Administração e necessários à constituição da nova sociedade,
do Conselho fiscal, bem como os liquidantes, tais como o levantamento patrimonial, balanço
equiparam-se aos administradores das socieda- geral, plano de distribuição de quotas-partes,
des anônimas para efeito de responsabilidade destino dos fundos de reserva e outros e o
criminal. projeto de estatuto.
§ 2o Aprovado o relatório da comissão mista
Art. 54. Sem prejuízo da ação que couber e constituída a nova sociedade em Assembleia
ao associado, a sociedade, por seus diretores, Geral conjunta os respectivos documentos
ou representada pelo associado escolhido em serão arquivados, para aquisição de personali-
Assembleia Geral, terá direito de ação contra dade jurídica, na Junta Comercial competente,
os administradores, para promover sua res- e duas vias dos mesmos, com a publicação do
ponsabilidade. arquivamento, serão encaminhadas ao órgão
executivo de controle ou ao órgão local cre-
Art. 55. Os empregados de empresas que denciado.
Terceiro Setor
Art. 68. São obrigações dos liquidantes: Art. 70. Sem autorização da Assembleia não
I – providenciar o arquivamento, na junta poderá o liquidante gravar de ônus os móveis
Comercial, da Ata da Assembleia Geral em que e imóveis, contrair empréstimos, salvo quando
foi deliberada a liquidação; indispensáveis para o pagamento de obrigações
II – comunicar à administração central do inadiáveis, nem prosseguir, embora para facili-
respectivo órgão executivo federal e ao Banco tar a liquidação, na atividade social.
Nacional de Crédito Cooperativo S/A., a sua
nomeação, fornecendo cópia da Ata da Assem- Art. 71. Respeitados os direitos dos credores
bleia Geral que decidiu a matéria; preferenciais, pagará o liquidante as dívidas
III – arrecadar os bens, livros e documentos sociais proporcionalmente e sem distinção
da sociedade, onde quer que estejam; entre vencidas ou não.
IV – convocar os credores e devedores e
promover o levantamento dos créditos e débitos Art. 72. A Assembleia Geral poderá resolver,
da sociedade; antes de ultimada a liquidação, mas depois de
V – proceder nos 15 (quinze) dias seguin- pagos os credores, que o liquidante faça rateios
tes ao de sua investidura e com a assistência, por antecipação da partilha, à medida em que
sempre que possível, dos administradores, ao se apurem os haveres sociais.
levantamento do inventário e balanço geral do
ativo e passivo; Art. 73. Solucionado o passivo, reembolsados
VI – realizar o ativo social para saldar o os cooperados até o valor de suas quotas-partes
passivo e reembolsar os associados de suas e encaminhado o remanescente conforme o
quotas-partes, destinando o remanescente, estatuído, convocará o liquidante Assembleia
inclusive o dos fundos indivisíveis, ao Banco Geral para prestação final de contas.
Nacional de Crédito Cooperativo S/A.;
VII – exigir dos associados a integralização Art. 74. Aprovadas as contas, encerra-se a
das respectivas quotas-partes do capital social liquidação e a sociedade se extingue, devendo
não realizadas, quando o ativo não bastar para a ata da Assembleia ser arquivada na Junta
solução do passivo; Comercial e publicada.
Terceiro Setor
VIII – fornecer aos credores a relação dos Parágrafo único. O associado discordante
associados, se a sociedade for de responsabili- terá o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
dade ilimitada e se os recursos apurados forem publicação da ata, para promover a ação que
insuficientes para o pagamento das dívidas; couber.
60
Art. 75. A liquidação extrajudicial das coo- CAPÍTULO XII – Do Sistema Operacional
perativas poderá ser promovida por iniciativa das Cooperativas
do respectivo órgão executivo federal, que SEÇÃO I – Do Ato Cooperativo
designará o liquidante, e será processada de
acordo com a legislação específica e demais Art. 79. Denominam-se atos cooperativos os
disposições regulamentares, desde que a praticados entre as cooperativas e seus associa-
sociedade deixe de oferecer condições ope- dos, entre estes e aquelas e pelas cooperativas
racionais, principalmente por constatada entre si quando associados, para a consecução
insolvência. dos objetivos sociais.
§ 1o A liquidação extrajudicial, tanto quanto Parágrafo único. O ato cooperativo não
possível, deverá ser precedida de intervenção implica operação de mercado, nem contrato
na sociedade. de compra e venda de produto ou mercadoria.
§ 2o Ao interventor, além dos poderes ex-
pressamente concedidos no ato de intervenção,
são atribuídas funções, prerrogativas e obriga- SEÇÃO II – Das Distribuições de Despesas
ções dos órgãos de administração.
Art. 80. As despesas da sociedade serão
Art. 76. A publicação no Diário Oficial, da cobertas pelos associados mediante rateio na
ata da Assembleia Geral da sociedade, que de- proporção direta da fruição de serviços.
liberou sua liquidação, ou da decisão do órgão Parágrafo único. A cooperativa poderá, para
executivo federal quando a medida for de sua melhor atender à equanimidade de cobertura
iniciativa, implicará a sustação de qualquer das despesas da sociedade, estabelecer:
ação judicial contra a cooperativa, pelo prazo I – rateio, em partes iguais, das despesas
de 1 (um) ano, sem prejuízo, entretanto, da gerais da sociedade entre todos os associados,
fluência dos juros legais ou pactuados e seus quer tenham ou não, no ano, usufruído dos
acessórios. serviços por ela prestados, conforme definidas
Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto no estatuto;
neste artigo, sem que, por motivo relevante, II – rateio, em razão diretamente proporcio-
esteja encerrada a liquidação, poderá ser o nal, entre os associados que tenham usufruído
mesmo prorrogado, no máximo por mais 1 dos serviços durante o ano, das sobras líquidas
(um) ano, mediante decisão do órgão citado ou dos prejuízos verificados no balanço do exer-
no artigo, publicada, com os mesmos efeitos, cício, excluídas as despesas gerais já atendidas
no Diário Oficial. na forma do item anterior.
Lei no 11.076/2004.
21
Lei Complementar no 130/2009.
23
62
I – as de crédito e as seções de crédito das funcionar junto ao Instituto Nacional de Co-
agrícolas mistas pelo Banco Central do Brasil; lonização e Reforma Agrária – INCRA, com
II – as de habitação pelo Banco Nacional de plena autonomia administrativa e financeira,
Habitação; na forma do artigo 172 do Decreto-Lei n. 200,
III – as demais pelo Instituto Nacional de de 25 de fevereiro de 1967, sob a presidência
Colonização e Reforma Agrária. do Ministro da Agricultura e composto de
§ 1o Mediante autorização do Conselho 8 (oito) membros indicados pelos seguintes
Nacional de Cooperativismo, os órgãos con- representados:
troladores federais, poderão solicitar, quando I – Ministério do Planejamento e Coorde-
julgarem necessário, a colaboração de outros nação Geral;
órgãos administrativos, na execução das atri- II – Ministério da Fazenda, por intermédio
buições previstas neste artigo. do Banco Central do Brasil;
§ 2o As sociedades cooperativas permitirão III – Ministério do Interior, por intermédio
quaisquer verificações determinadas pelos do Banco Nacional da Habitação;
respectivos órgãos de controle, prestando os es- IV – Ministério da Agricultura, por inter-
clarecimentos que lhes forem solicitados, além médio do Instituto Nacional de Colonização e
de serem obrigadas a remeter-lhes anualmente Reforma Agrária – INCRA, e do Banco Nacio-
a relação dos associados admitidos, demitidos, nal de Crédito Cooperativo S/A.;
eliminados e excluídos no período, cópias de V – Organização das Cooperativas Brasi-
atas, de balanços e dos relatórios do exercício leiras.
social e parecer do Conselho Fiscal. Parágrafo único. A entidade referida no
inciso V deste artigo contará com 3 (três) ele-
Art. 93. O Poder Público, por intermédio da mentos para fazer-se representar no Conselho.
administração central dos órgãos executivos
federais competentes, por iniciativa própria ou Art. 96. O Conselho, que deverá reunir-se or-
solicitação da Assembleia Geral ou do Conse- dinariamente uma vez por mês, será presidido
lho Fiscal, intervirá nas cooperativas quando pelo Ministro da Agricultura, a quem caberá
ocorrer um dos seguintes casos: o voto de qualidade, sendo suas resoluções
I – violação contumaz das disposições legais; votadas por maioria simples, com a presença,
II – ameaça de insolvência em virtude de má no mínimo de 3 (três) representantes dos ór-
administração da sociedade; gãos oficiais mencionados nos itens I a IV do
III – paralisação das atividades sociais por artigo anterior.
mais de 120 (cento e vinte) dias consecutivos; Parágrafo único. Nos seus impedimentos
IV – inobservância do artigo 56, § 2o. eventuais, o substituto do Presidente será o Pre-
Parágrafo único. Aplica-se, no que couber, sidente do Instituto Nacional de Colonização e
às cooperativas habitacionais, o disposto neste Reforma Agrária.
artigo.
Art. 97. Ao Conselho Nacional de Coopera-
Art. 94. Observar-se-á, no processo de in- tivismo compete:
tervenção, a disposição constante do § 2o do I – editar atos normativos para a atividade
artigo 75. cooperativista nacional;
II – baixar normas regulamentadoras, com-
plementares e interpretativas, da legislação
CAPÍTULO XIV – Do Conselho Nacional cooperativista;
Normas correlatas
Art. 104. Os órgãos executivos federais comu- uma para cada Estado, Território e Distrito
nicarão todas as alterações havidas nas coopera- Federal, criadas com as mesmas características
tivas sob a sua jurisdição ao Conselho Nacional da organização nacional.
de Cooperativismo, para fins de atualização do § 2 o As Assembleias Gerais do órgão
cadastro geral das cooperativas nacionais. central serão formadas pelos Representantes
65
credenciados das filiadas, 1 (um) por entidade, § 2o No caso das cooperativas centrais ou
admitindo-se proporcionalidade de voto. federações, a Contribuição de que trata o pa-
§ 3o A proporcionalidade de voto, estabeleci- rágrafo anterior será calculada sobre os fundos
da no parágrafo anterior, ficará a critério da OCB, e reservas existentes.
baseando-se no número de associados – pessoas § 3o A Organização das Cooperativas Bra-
físicas e as exceções previstas nesta Lei – que sileiras poderá estabelecer um teto à Contri-
compõem o quadro das cooperativas filiadas. buição Cooperativista, com base em estudos
§ 4o A composição da Diretoria da Organi- elaborados pelo seu corpo técnico.
zação das Cooperativas Brasileiras – OCB será
estabelecida em seus estatutos sociais.
§ 5o Para o exercício de cargos de Diretoria CAPÍTULO XVII – Dos Estímulos Creditícios
e Conselho Fiscal, as eleições se processarão
por escrutínio secreto, permitida a reeleição Art. 109. Caberá ao Banco Nacional de Cré-
para mais um mandato consecutivo. dito Cooperativo S/A., estimular e apoiar as
cooperativas, mediante concessão de financia-
Art. 106. A atual Organização das Cooperati- mentos necessários ao seu desenvolvimento.
vas Brasileiras e as suas filiadas ficam investidas § 1o Poderá o Banco Nacional de Crédito
das atribuições e prerrogativas conferidas nesta Cooperativo S/A., receber depósitos das coo-
Lei, devendo, no prazo de 1 (um) ano, promover perativas de crédito e das seções de crédito das
a adaptação de seus estatutos e a transferência cooperativas agrícolas mistas.
da sede nacional. § 2o Poderá o Banco Nacional de Crédito
Cooperativo S/A., operar com pessoas físicas
Art. 107. As cooperativas são obrigadas, para ou jurídicas, estranhas ao quadro social coo-
seu funcionamento, a registrar-se na Organiza- perativo, desde que haja benefício para as coo-
ção das Cooperativas Brasileiras ou na entidade perativas e estas figurem na operação bancária.
estadual, se houver, mediante apresentação dos § 3o O Banco Nacional de Crédito Coopera-
estatutos sociais e suas alterações posteriores. tivo S/A., manterá linhas de crédito específicas
Parágrafo único. Por ocasião do registro, para as cooperativas, de acordo com o objeto e
a cooperativa pagará 10% (dez por cento) do a natureza de suas atividades, a juros módicos
maior salário mínimo vigente, se a soma do e prazos adequados inclusive com sistema de
respectivo capital integralizado e fundos não garantias ajustado às peculiaridades das coo-
exceder de 250 (duzentos e cinquenta) salários perativas a que se destinam.
mínimos, e 50% (cinquenta por cento) se aquele § 4o O Banco Nacional de Crédito Coope-
montante for superior. rativo S/A., manterá linha especial de crédito
para financiamento de quotas-partes de capital.
Art. 108. Fica instituída, além do pagamento
previsto no parágrafo único do artigo ante- Art. 110. Fica extinta a contribuição de que
rior, a Contribuição Cooperativista, que será trata o artigo 13 do Decreto-Lei no 60, de 21
recolhida anualmente pela cooperativa após o de novembro de 1966, com a redação dada
encerramento de seu exercício social, a favor pelo Decreto-Lei no 668, de 3 de julho de 1969.
da Organização das Cooperativas Brasileiras
de que trata o artigo 105 desta Lei.
§ 1o A Contribuição Cooperativista consti- CAPÍTULO XVIII – Das Disposições Gerais
tuir-se-á de importância correspondente a 0,2% e Transitórias
(dois décimos por cento) do valor do capital
Terceiro Setor
Art. 113. Atendidas as deduções determina- Art. 117. Esta Lei entrará em vigor na data
das pela legislação específica, às sociedades coo- de sua publicação, revogadas as disposições
perativas ficará assegurada primeira prioridade em contrário e especificamente o Decreto-Lei
para o recebimento de seus créditos de pessoas no 59, de 21 de novembro de 1966, bem como
jurídicas que efetuem descontos na folha de o Decreto no 60.597, de 19 de abril de 1967.
pagamento de seus empregados, associados
de cooperativas. Brasília, 16 de dezembro de 1971; 150o da In-
dependência e 83o da República.
Art. 114. Fica estabelecido o prazo de 36
(trinta e seis) meses para que as cooperativas EMÍLIO G. MÉDICI – Antônio Delfim Netto –
atualmente registradas nos órgãos competentes L. F. Cirne Lima – João Paulo dos Reis Velloso
reformulem os seus estatutos, no que for cabí- – José Costa Cavalcanti
vel, adaptando-os ao disposto na presente lei.
Promulgada em 16/12/1971 e publicada no DOU
Art. 115. As Cooperativas dos Estados, Ter- de 16/12/1971.
ritórios ou do Distrito Federal, enquanto não
Normas correlatas
67
Lei no 91/1935
Determina regras pelas quais são as sociedades declaradas de utilidade pública.
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu Art. 4o As sociedades, associações e fundações
sanciono a seguinte lei: declaradas de utilidade pública ficam obrigadas
a apresentar todos os anos, exceto por motivo
Art. 1o As sociedades civis, as associações e de ordem superior reconhecido, a critério do
as fundações constituídas no país com o fim Ministério de Estado da Justiça e Negócios
exclusivo de servir desinteressadamente à co- Interiores, relação circunstanciada dos serviços
letividade podem ser declaradas de utilidade que houverem prestado à coletividade.
pública, provados os seguintes requisitos:25 Parágrafo único. Será cassada a declaração
a) que adquiriram personalidade jurídica; de utilidade pública, no caso de infração deste
b) que estão em efetivo funcionamento e dispositivo, ou se, por qualquer motivo, a de-
servem desinteressadamente à coletividade; claração exigida não for apresentada em três
c) que os cargos de sua diretoria, conselhos anos consecutivos.
fiscais, deliberativos ou consultivos não são
remunerados. Art. 5o Será também cassada a declaração de
utilidade pública, mediante representação do-
Art. 2o A declaração de utilidade pública será cumentada do Órgão do Ministério Público, ou
feita em decreto do Poder Executivo, mediante de qualquer interessado, da sede da sociedade,
requerimento processado no Ministério da associação ou fundação, sempre que se provar
Justiça e Negócios Interiores ou, em casos ex- que ela deixou de preencher qualquer dos re-
cepcionais, ex-officio. quisitos do art. 1o.
Parágrafo único. O nome e característicos
da sociedade, associação ou fundação declarada Art. 6o Revogam as disposições em contrário.
de utilidade pública serão inscritos em livro
especial, a esse fim destinado. Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1935; 114o da
Independência e 47o da República.
Art. 3o Nenhum favor do Estado decorrerá
do título de utilidade pública, salvo a garantia GETÚLIO VARGAS – Vicente Ráo
do uso exclusivo, pela sociedade, associação ou
fundação, de emblemas, flâmulas, bandeiras ou Promulgada em 28/8/1935 e publicada no DOU de
distintivos próprios, devidamente registrados 4/9/1935.
Terceiro Setor
25
Lei no 6.639/1979.
68
Decreto-Lei no 1.572/1977
Revoga a Lei no 3.577, de 4 de julho de 1959, e dá outras providências.
69
Decreto no 7.592/2011
Determina a avaliação da regularidade da execução dos convênios, contratos de repasse e termos de
parceria celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos até a publicação do Decreto no 7.568,
de 16 de setembro de 2011, e dá outras providências.
Normas correlatas
71
Decreto no 6.170/2007
Dispõe sobre as normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e
contratos de repasse, e dá outras providências.
26
Decretos nos 8.244/2014, 8.180/2013, 6.619/2008 te a celebração de convênio;
e 6.428/2008 (verificar a vigência determinada pelo VII – contratado – órgão ou entidade da
Decreto no 8.244/2014 para as prestações de contas administração pública direta e indireta, de
mencionadas no inciso XII deste artigo 1o). qualquer esfera de governo, bem como enti-
72
dade privada sem fins lucrativos, com a qual R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou, no caso de
a administração federal pactua a execução de execução de obras e serviços de engenharia,
contrato de repasse; exceto elaboração de projetos de engenharia,
VIII – interveniente – órgão da administra- nos quais o valor da transferência da União seja
ção pública direta e indireta de qualquer esfera inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta
de governo, ou entidade privada que participa mil reais);
do convênio para manifestar consentimento ou II – com entidades privadas sem fins lucrati-
assumir obrigações em nome próprio; vos que tenham como dirigente agente político
IX – termo aditivo – instrumento que tenha de Poder ou do Ministério Público, dirigente de
por objetivo a modificação do convênio já cele- órgão ou entidade da administração pública de
brado, vedada a alteração do objeto aprovado; qualquer esfera governamental, ou respectivo
X – objeto – o produto do convênio ou cônjuge ou companheiro, bem como parente
contrato de repasse, observados o programa em linha reta, colateral ou por afinidade, até o
de trabalho e as suas finalidades; segundo grau;
XI – padronização – estabelecimento de III – entre órgãos e entidades da adminis-
critérios a serem seguidos nos convênios ou tração pública federal, caso em que deverá ser
contratos de repasse com o mesmo objeto, observado o art. 1o, § 1o, inciso III;
definidos pelo concedente ou contratante, es- IV – com entidades privadas sem fins lu-
pecialmente quanto às características do objeto crativos que não comprovem ter desenvolvido,
e ao seu custo; durante os últimos três anos, atividades referen-
XII – prestação de contas – procedimento de tes à matéria objeto do convênio ou contrato
acompanhamento sistemático que conterá ele- de repasse; e
mentos que permitam verificar, sob os aspectos V – com entidades privadas sem fins lucra-
técnicos e financeiros, a execução integral do tivos que tenham, em suas relações anteriores
objeto dos convênios e dos contratos de repasse com a União, incorrido em pelo menos uma
e o alcance dos resultados previstos. das seguintes condutas:
§ 2o A entidade contratante ou interve- a) omissão no dever de prestar contas;
niente, bem como os seus agentes que fizerem b) descumprimento injustificado do objeto
parte do ciclo de transferência de recursos, são de convênios, contratos de repasse ou termos
responsáveis, para todos os efeitos, pelos atos de parceria;
de acompanhamento que efetuar. c) desvio de finalidade na aplicação dos
§ 3o Excepcionalmente, os órgãos e enti- recursos transferidos;
dades federais poderão executar programas d) ocorrência de dano ao Erário; ou
estaduais ou municipais, e os órgãos da admi- e) prática de outros atos ilícitos na execução
nistração direta, programas a cargo de entidade de convênios, contratos de repasse ou termos
da administração indireta, sob regime de mútua de parceria.
cooperação mediante convênio. Parágrafo único. Para fins de alcance do
limite estabelecido no inciso I do caput, é
permitido:
CAPÍTULO II – Das Normas de Celebração, I – consorciamento entre os órgãos e entida-
Acompanhamento e Prestação de Contas des da administração pública direta e indireta
dos Estados, Distrito Federal e Municípios; e
Art. 2o É vedada a celebração de convênios e II – celebração de convênios ou contratos
contratos de repasse:27 de repasse com objeto que englobe vários
Normas correlatas
28
Decretos nos 8.244/2014, 7.568/2011, 6.497/2008 Decreto no 7.568/2011.
29
74
II – para a realização de programas de pro- dinadas àquelas a que se refere o § 1o, vedada
teção a pessoas ameaçadas ou em situação que a subdelegação.
possa comprometer sua segurança; ou
III – nos casos em que o projeto, atividade Art. 7o A contrapartida do convenente poderá
ou serviço objeto do convênio ou contrato de ser atendida por meio de recursos financeiros,
repasse já seja realizado adequadamente me- de bens e serviços, desde que economicamente
diante parceria com a mesma entidade há pelo mensuráveis.
menos cinco anos e cujas respectivas prestações § 1o Quando financeira, a contrapartida
de contas tenham sido devidamente aprovadas. deverá ser depositada na conta bancária es-
pecífica do convênio em conformidade com
Art. 5o O chamamento público deverá estabe- os prazos estabelecidos no cronograma de
lecer critérios objetivos visando à aferição da desembolso, ou depositada nos cofres da União,
qualificação técnica e capacidade operacional na hipótese de o convênio ser executado por
do convenente para a gestão do convênio. meio do Sistema Integrado de Administração
Financeira – SIAFI.
Art. 6o Constitui cláusula necessária em qual- § 2o Quando atendida por meio de bens e
quer convênio ou contrato de repasse celebrado serviços, constará do convênio cláusula que
pela União e suas entidades:31 indique a forma de aferição da contrapartida.
I – a indicação da forma pela qual a execução
do objeto será acompanhada pelo concedente; e Art. 8o A execução de programa de trabalho
II – a vedação para o convenente de esta- que objetive a realização de obra será feita por
belecer contrato ou convênio com entidades meio de contrato de repasse, salvo quando o
impedidas de receber recursos federais. concedente dispuser de estrutura para acom-
Parágrafo único. A forma de acompanha- panhar a execução do convênio.
mento prevista no inciso I do caput deverá ser Parágrafo único. Caso a instituição ou
suficiente para garantir a plena execução física agente financeiro público federal não dete-
do objeto. nha capacidade técnica necessária ao regular
acompanhamento da aplicação dos recursos
Art. 6o-A. Os convênios ou contratos de repas- transferidos, figurará, no contrato de repasse,
se com entidades privadas sem fins lucrativos na qualidade de interveniente, outra instituição
deverão ser assinados pelo Ministro de Estado pública ou privada a quem caberá o menciona-
ou pelo dirigente máximo da entidade da admi- do acompanhamento.
nistração pública federal concedente.32
§ 1o O Ministro de Estado e o dirigente Art. 9o No ato de celebração do convênio ou
máximo da entidade da administração pública contrato de repasse, o concedente deverá empe-
federal não poderão delegar a competência nhar o valor total a ser transferido no exercício
prevista no caput. e efetuar, no caso de convênio ou contrato de
§ 2o As autoridades de que trata o caput são repasse com vigência plurianual, o registro no
responsáveis por: SIAFI, em conta contábil específica, dos valores
I – decidir sobre a aprovação da prestação programados para cada exercício subsequente.
de contas; e Parágrafo único. O registro a que se refere
II – suspender ou cancelar o registro de o caput acarretará a obrigatoriedade de ser
inadimplência nos sistemas da administração consignado crédito nos orçamentos seguintes
pública federal. para garantir a execução do convênio.
Normas correlatas
§ 5o As receitas financeiras auferidas na for- Art. 11. Para efeito do disposto no art. 116 da
ma do § 4o serão obrigatoriamente computadas Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, a aquisição
de produtos e a contratação de serviços com
Decretos nos 8.244/2014, 6.619/2008 e 6.428/2008.
33
recursos da União transferidos a entidades
76
privadas sem fins lucrativos deverão observar IV – observem, em seu valor bruto e indivi-
os princípios da impessoalidade, moralidade e dual, setenta por cento do limite estabelecido
economicidade, sendo necessária, no mínimo, para a remuneração de servidores do Poder
a realização de cotação prévia de preços no Executivo federal; e
mercado antes da celebração do contrato. V – sejam proporcionais ao tempo de tra-
balho efetivamente dedicado ao convênio ou
Art. 11-A. Nos convênios e contratos de contrato de repasse.
repasse firmados com entidades privadas sem § 1o A seleção e contratação, pela entidade
fins lucrativos, poderão ser realizadas despesas privada sem fins lucrativos, de equipe envol-
administrativas, com recursos transferidos pela vida na execução do convênio ou contrato
União, até o limite fixado pelo órgão público, de repasse observará a realização de processo
desde que:34 seletivo prévio, observadas a publicidade e a
I – estejam previstas no programa de tra- impessoalidade.
balho; § 2o A despesa com a equipe observará os
II – não ultrapassem quinze por cento do limites percentuais máximos a serem estabele-
valor do objeto; e cidos no edital de chamamento público.
III – sejam necessárias e proporcionais ao § 3o A entidade privada sem fins lucrativos
cumprimento do objeto. deverá dar ampla transparência aos valores
§ 1o Consideram-se despesas administra- pagos, de maneira individualizada, a título de
tivas as despesas com internet, transporte, remuneração de sua equipe de trabalho vin-
aluguel, telefone, luz, água e outras similares. culada à execução do objeto do convênio ou
§ 2o Quando a despesa administrativa for contrato de repasse.
paga com recursos do convênio ou do con- § 4o Não poderão ser contratadas com re-
trato de repasse e de outras fontes, a entidade cursos do convênio ou contrato de repasse as
privada sem fins lucrativos deverá apresentar pessoas naturais que tenham sido condenadas
a memória de cálculo do rateio da despesa, por crime:
vedada a duplicidade ou a sobreposição de I – contra a administração pública ou o
fontes de recursos no custeio de uma mesma patrimônio público;
parcela da despesa. II – eleitorais, para os quais a lei comine pena
privativa de liberdade; ou
Art. 11-B. Nos convênios e contratos de re- III – de lavagem ou ocultação de bens, di-
passe firmados com entidades privadas sem reitos e valores.
fins lucrativos, é permitida a remuneração da § 5o A inadimplência da entidade privada
equipe dimensionada no programa de traba- sem fins lucrativos em relação aos encargos
lho, inclusive de pessoal próprio da entidade, trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere
podendo contemplar despesas com pagamentos à administração pública a responsabilidade por
de tributos, FGTS, férias e décimo terceiro sa- seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do
lário proporcionais, verbas rescisórias e demais convênio ou contrato de repasse.
encargos sociais, desde que tais valores:35 § 6o Quando a despesa com a remuneração
I – correspondam às atividades previstas e da equipe for paga proporcionalmente com
aprovadas no programa de trabalho; recursos do convênio ou contrato de repasse,
II – correspondam à qualificação técnica a entidade privada sem fins lucrativos deverá
para a execução da função a ser desempenhada; apresentar a memória de cálculo do rateio da
III – sejam compatíveis com o valor de mer- despesa, vedada a duplicidade ou a sobrepo-
Normas correlatas
cado da região onde atua a entidade privada sição de fontes de recursos no custeio de uma
sem fins lucrativos; mesma parcela da despesa.
Decreto no 8.244/2014.
34
Art. 12. O convênio poderá ser denunciado a
Decreto no 8.244/2014.
35
qualquer tempo, ficando os partícipes respon-
77
sáveis somente pelas obrigações e auferindo ser disciplinada suplementarmente pelo ato
as vantagens do tempo em que participaram conjunto previsto no art. 18.37
voluntariamente do acordo, não sendo admis-
sível cláusula obrigatória de permanência ou
sancionadora dos denunciantes. CAPÍTULO III – Do Sistema de Gestão de
Parágrafo único. Quando da conclusão, Convênios e Contratos e Repasse SICONV e
denúncia, rescisão ou extinção do convênio, do Portal dos Convênios
os saldos financeiros remanescentes, inclusive
os provenientes das receitas obtidas das aplica- Art. 13. A celebração, a liberação de recursos,
ções financeiras realizadas, serão devolvidos à o acompanhamento da execução e a prestação
entidade ou órgão repassador dos recursos, no de contas de convênios, contratos de repasse
prazo improrrogável de trinta dias do evento, e termos de parceria serão registrados no
sob pena da imediata instauração de tomada de SICONV, que será aberto ao público, via rede
contas especial do responsável, providenciada mundial de computadores – Internet, por meio
pela autoridade competente do órgão ou enti- de página específica denominada Portal dos
dade titular dos recursos. Convênios.38
§ 1o Fica criada a Comissão Gestora do
Art. 12-A. A celebração de termo de execu- SICONV, que funcionará como órgão central
ção descentralizada atenderá à execução da do sistema, composta por representantes dos
descrição da ação orçamentária prevista no seguintes órgãos:
programa de trabalho e poderá ter as seguintes I – Secretaria do Tesouro Nacional do Mi-
finalidades:36 nistério da Fazenda;
I – execução de programas, projetos e ati- II – Secretaria de Orçamento Federal do Mi-
vidades de interesse recíproco, em regime de nistério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
mútua colaboração; III – Secretaria de Logística e Tecnologia da
II – realização de atividades específicas pela Informação do Ministério do Planejamento,
unidade descentralizada em benefício da uni- Orçamento e Gestão;
dade descentralizadora dos recursos; IV – Secretaria Federal de Controle Interno
III – execução de ações que se encontram da Controladoria-Geral da União;
organizadas em sistema e que são coordenadas V – Secretaria Nacional de Justiça do Minis-
e supervisionadas por um órgão central; ou tério da Justiça;
IV – ressarcimento de despesas. VI – Secretaria-Geral da Presidência da
§ 1o A celebração de termo de execução des- República; e
centralizada nas hipóteses dos incisos I a III do VII – Secretaria de Relações Institucionais
caput configura delegação de competência para da Presidência da República.
a unidade descentralizada promover a execução § 2o Serão órgãos setoriais do SICONV
de programas, atividades ou ações previstas no todos os órgãos e entidades da administração
orçamento da unidade descentralizadora. pública federal que realizem transferências
§ 2 o Para os casos de ressarcimento de voluntárias de recursos, aos quais compete a
despesas entre órgãos ou entidades da adminis- gestão dos convênios e a alimentação dos dados
tração pública federal, poderá ser dispensada que forem de sua alçada.
a formalização de termo de execução descen- § 3o O Poder Legislativo, por meio das
tralizada. mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, o Ministério Público, o Tribunal de
Art. 12-B. O termo de execução descentrali- Contas da União e a Controladoria Geral da
Terceiro Setor
sáveis pela seleção e padronização dos objetos fiscalização de obras e serviços de engenharia
mais frequentes nos convênios. de pequeno valor, aplicável àqueles de até
Decreto no 7.568/2011.
40
Decreto n 7.568/2011.
39 o
Decretos nos 8.244/2014, 7.594/2011 e 6.428/2008.
41
79
R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil nesse sistema os procedimentos de liberação
reais). de recursos, acompanhamento e fiscalização,
execução e prestação de contas.
Art. 18-A. Os convênios e contratos de repasse
celebrados entre 30 de maio de 2008 e a data Art. 19. Este Decreto entra em vigor em 1o de
mencionada no inciso III do art. 19 deverão ser julho 2008, exceto:44
registrados no SICONV até 31 de dezembro I – os arts. 16 e 17, que terão vigência a partir
de 2008.42 da data de sua publicação;
Parágrafo único. Os Ministros de Estado II – os arts. 1o a 8o, 10, 12, 14 e 15 e 18 a
da Fazenda, do Planejamento, Orçamento 20, que terão vigência a partir de 15 de abril
e Gestão e do Controle e da Transparência de 2008;
regulamentarão, em ato conjunto, o registro III – o art. 13, que terá vigência a partir de
previsto no caput. 1o de setembro de 2008.
42
Decreto no 6.497/2008.
43
Decreto no 7.641/2011. Decretos nos 6.497/2008, 6.428/2008 e 6.329/2007.
44
80
Decreto no 3.415/2000
Delega competência ao Ministro de Estado da Justiça para a declaração de utilidade pública de
sociedades civis, associações e fundações, prevista na Lei no 91, de 28 de agosto de 1935.
Normas correlatas
81
Decreto no 3.100/1999
Regulamenta a Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, que dispõe sobre a qualificação de pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
público, institui e disciplina o Termo de Parceria, e dá outras providências.
Art. 2o O responsável pela outorga da qua- Art. 4o Qualquer cidadão, vedado o anonima-
lificação deverá verificar a adequação dos to e respeitadas as prerrogativas do Ministério
documentos citados no artigo anterior com o Público, desde que amparado por evidências de
disposto nos arts. 2o, 3o e 4o da Lei no 9.790, de erro ou fraude, é parte legítima para requerer,
1999, devendo observar: judicial ou administrativamente, a perda da
I – se a entidade tem finalidade pertencente qualificação como Organização da Sociedade
à lista do art. 3o daquela lei; Civil de Interesse Público.
II – se a entidade está excluída da qualifica- Parágrafo único. A perda da qualificação
ção de acordo com o art. 2o daquela lei; dar-se-á mediante decisão proferida em proces-
III – se o estatuto obedece aos requisitos do so administrativo, instaurado no Ministério da
art. 4o daquela lei; Justiça, de ofício ou a pedido do interessado, ou
Terceiro Setor
82
Art. 5o Qualquer alteração da finalidade ou próprio, do qual constarão os direitos, as res-
do regime de funcionamento da organização, ponsabilidades e as obrigações das partes e as
que implique mudança das condições que cláusulas essenciais descritas no art. 10, § 2o, da
instruíram sua qualificação, deverá ser comu- Lei no 9.790, de 1999.
nicada ao Ministério da Justiça, acompanhada
de justificativa, sob pena de cancelamento da Art. 9 o O órgão estatal responsável pela
qualificação. celebração do Termo de Parceria verificará
previamente:45
Art. 6o Para fins do art. 3o da Lei no 9.790, de I – a validade da certidão de regularidade
1999, entende-se: expedida pelo Ministério da Justiça, na forma
I – como Assistência Social, o desenvolvi- do Regulamento;
mento das atividades previstas no art. 3o da Lei II – o regular funcionamento da Organiza-
Orgânica da Assistência Social; ção da Sociedade Civil de Interesse Público; e
II – por promoção gratuita da saúde e edu- III – o exercício pela Organização da Socie-
cação, a prestação destes serviços realizada pela dade Civil de Interesse Público de atividades
Organização da Sociedade Civil de Interesse referentes à matéria objeto do Termo de Par-
Público mediante financiamento com seus ceria nos últimos três anos.
próprios recursos.
§ 1o Não são considerados recursos pró- Art. 9o-A. É vedada a celebração de Termo de
prios aqueles gerados pela cobrança de servi- Parceria com Organizações da Sociedade Civil
ços de qualquer pessoa física ou jurídica, ou de Interesse Público que tenham, em suas rela-
obtidos em virtude de repasse ou arrecadação ções anteriores com a União, incorrido em pelo
compulsória. menos uma das seguintes condutas:46
§ 2o O condicionamento da prestação de I – omissão no dever de prestar contas;
serviço ao recebimento de doação, contrapar- II – descumprimento injustificado do objeto
tida ou equivalente não pode ser considerado de convênios, contratos de repasse ou termos
como promoção gratuita do serviço. de parceria;
III – desvio de finalidade na aplicação dos
Art. 7o Entende-se como benefícios ou vanta- recursos transferidos;
gens pessoais, nos termos do inciso II do art. 4o IV – ocorrência de dano ao Erário; ou
da Lei no 9.790, de 1999, os obtidos: V – prática de outros atos ilícitos na exe-
I – pelos dirigentes da entidade e seus côn- cução de convênios, contratos de repasse ou
juges, companheiros e parentes colaterais ou termos de parceria.
afins até o terceiro grau;
II – pelas pessoas jurídicas das quais os Art. 10. Para efeitos da consulta menciona-
mencionados acima sejam controladores ou da no art. 10, § 1o, da Lei no 9.790, de 1999,
detenham mais de dez por cento das partici- o modelo a que se refere o art. 8o deverá ser
pações societárias. preenchido e remetido ao Conselho de Política
Pública competente.
Art. 8o Será firmado entre o Poder Público e § 1o A manifestação do Conselho de Política
as entidades qualificadas como Organizações Pública será considerada para a tomada de
da Sociedade Civil de Interesse Público, Termo decisão final em relação ao Termo de Parceria.
de Parceria destinado à formação de vínculo de § 2o Caso não exista Conselho de Política
cooperação entre as partes, para o fomento e a Pública da área de atuação correspondente, o
Normas correlatas
execução das atividades de interesse público órgão estatal parceiro fica dispensado de reali-
previstas no art. 3o da Lei no 9.790, de 1999.
Parágrafo único. O Órgão estatal firmará o Decreto no 7.568/2011.
45
83
zar a consulta, não podendo haver substituição I – relatório sobre a execução do objeto do
por outro Conselho. Termo de Parceria, contendo comparativo entre
§ 3o O Conselho de Política Pública terá o as metas propostas e os resultados alcançados;
prazo de trinta dias, contado a partir da data II – demonstrativo integral da receita e des-
de recebimento da consulta, para se manifestar pesa realizadas na execução;
sobre o Termo de Parceria, cabendo ao órgão III – parecer e relatório de auditoria, nos
estatal responsável, em última instância, a casos previstos no art. 19; e
decisão final sobre a celebração do respectivo IV – entrega do extrato da execução física e
Termo de Parceria. financeira estabelecido no art. 18.
§ 4o O extrato do Termo de Parceria, con-
forme modelo constante do Anexo I deste Art. 13. O Termo de Parceria poderá ser ce-
Decreto, deverá ser publicado pelo órgão estatal lebrado por período superior ao do exercício
parceiro no Diário Oficial, no prazo máximo de fiscal.
quinze dias após a sua assinatura. § 1o Caso expire a vigência do Termo de
Parceria sem o adimplemento total do seu ob-
Art. 11. Para efeito do disposto no art. 4o, jeto pelo órgão parceiro ou havendo excedentes
inciso VII, alíneas “c” e “d”, da Lei no 9.790, financeiros disponíveis com a organização da
de 1999, entende-se por prestação de contas a Sociedade Civil de Interesse Público, o referido
comprovação da correta aplicação dos recursos Termo poderá ser prorrogado.
repassados à Organização da Sociedade Civil de § 2o As despesas previstas no Termo de
Interesse Público. Parceria e realizadas no período compreen-
§ 1o As prestações de contas anuais serão dido entre a data original de encerramento e
realizadas sobre a totalidade das operações a formalização de nova data de término serão
patrimoniais e resultados das Organizações da consideradas como legítimas, desde que cober-
Sociedade Civil de Interesse Público. tas pelo respectivo empenho.
§ 2o A prestação de contas anuais será ins-
truída com os seguintes documentos: Art. 14. A liberação de recursos financeiros
I – relatório anual de execução de ativi- necessários à execução do Termo de Parceria
dades; far-se-á em conta bancária específica, a ser
II – demonstração de resultados do exer- aberta em banco a ser indicado pelo órgão
cício; estatal parceiro.
III – balanço patrimonial;
IV – demonstração das origens e aplicações Art. 15. A liberação de recursos para a imple-
de recursos; mentação do Termo de Parceria obedecerá ao
V – demonstração das mutações do patri- respectivo cronograma, salvo se autorizada sua
mônio social; liberação em parcela única.
VI – notas explicativas das demonstrações
contábeis, caso necessário; e Art. 16. É possível a vigência simultânea de
VII – parecer e relatório de auditoria nos um ou mais Termos de Parceria, ainda que
termos do art. 20 deste Decreto, se for o caso. com o mesmo órgão estatal, de acordo com
a capacidade operacional da Organização da
Art. 12. Para efeito do disposto no § 2o, inciso Sociedade Civil de Interesse Público.
V, do art. 10 da Lei no 9.790, de 1999, entende-se
por prestação de contas relativa a execução do Art. 17. O acompanhamento e a fiscalização
Termo de Parceria a comprovação, perante o por parte do Conselho de Política Pública de
Terceiro Setor
órgão estatal parceiro, da correta aplicação dos que trata o art. 11 da Lei no 9.790, de 1999, não
recursos públicos recebidos e do adimplemento pode introduzir nem induzir modificação das
do objeto do Termo de Parceria, mediante a obrigações estabelecidas pelo Termo de Parce-
apresentação dos seguintes documentos: ria celebrado.
84
§ 1o Eventuais recomendações ou sugestões da área de atuação correspondente, quando
do Conselho sobre o acompanhamento dos houver.
Termos de Parceria deverão ser encaminhadas Parágrafo único. Competirá à comissão de
ao órgão estatal parceiro, para adoção de pro- avaliação monitorar a execução do Termo de
vidências que entender cabíveis. Parceria.
§ 2o O órgão estatal parceiro informará ao
Conselho sobre suas atividades de acompa- Art. 21. A Organização da Sociedade Civil
nhamento. de Interesse Público fará publicar na imprensa
oficial da União, do Estado ou do Município,
Art. 18. O extrato da execução física e finan- no prazo máximo de trinta dias, contado a
ceira, referido no art. 10, § 2o, inciso VI, da Lei partir da assinatura do Termo de Parceria, o
no 9.790, de 1999, deverá ser preenchido pela regulamento próprio a que se refere o art. 14
Organização da Sociedade Civil de Interesse da Lei no 9.790, de 1999, remetendo cópia para
Público e publicado na imprensa oficial da área conhecimento do órgão estatal parceiro.
de abrangência do projeto, no prazo máximo de
sessenta dias após o término de cada exercício Art. 22. Para os fins dos arts. 12 e 13 da Lei
financeiro, de acordo com o modelo constante no 9.790, de 1999, a Organização da Sociedade
do Anexo II deste Decreto. Civil de Interesse Público indicará, para cada
Termo de Parceria, pelo menos um dirigente,
Art. 19. A Organização da Sociedade Civil que será responsável pela boa administração
de Interesse Público deverá realizar auditoria dos recursos recebidos.
independente da aplicação dos recursos objeto Parágrafo único. O nome do dirigente ou
do Termo de Parceria, de acordo com a alínea dos dirigentes indicados será publicado no
“c”, inciso VII, do art. 4o da Lei no 9.790, de extrato do Termo de Parceria.
1999, nos casos em que o montante de recursos
for maior ou igual a R$ 600.000,00 (seiscentos Art. 23. A escolha da Organização da Socieda-
mil reais). de Civil de Interesse Público, para a celebração
§ 1o O disposto no caput aplica-se também do Termo de Parceria, deverá ser feita por meio
aos casos onde a Organização da Sociedade de publicação de edital de concursos de projetos
Civil de Interesse Público celebre concomitan- pelo órgão estatal parceiro para obtenção de
temente vários Termos de Parceria com um ou bens e serviços e para a realização de ativida-
vários órgãos estatais e cuja soma ultrapasse des, eventos, consultoria, cooperação técnica
aquele valor. e assessoria.47
§ 2o A auditoria independente deverá se § 1o Deverá ser dada publicidade ao concur-
realizada por pessoa física ou jurídica habilitada so de projetos, especialmente por intermédio da
pelos Conselhos Regionais de Contabilidade. divulgação na primeira página do sítio oficial
§ 3o Os dispêndios decorrentes dos serviços do órgão estatal responsável pelo Termo de
de auditoria independente deverão ser incluídas Parceria, bem como no Portal dos Convênios
no orçamento do projeto como item de despesa. a que se refere o art. 13 do Decreto no 6.170, de
§ 4o Na hipótese do § 1o, poderão ser ce- 25 de julho de 2007.
lebrados aditivos para efeito do disposto no § 2o O titular do órgão estatal responsável
parágrafo anterior. pelo Termo de Parceria poderá, mediante de-
cisão fundamentada, excepcionar a exigência
Art. 20. A comissão de avaliação de que trata prevista no caput nas seguintes situações:
Normas correlatas
o art. 11, § 1o, da Lei no 9.790, de 1999, deverá I – nos casos de emergência ou calamidade
ser composta por dois membros do respectivo pública, quando caracterizada situação que de-
Poder Executivo, um da Organização da Socie- mande a realização ou manutenção de Termo de
dade Civil de Interesse Público e um membro
indicado pelo Conselho de Política Pública Decreto no 7.568/2011.
47
85
Parceria pelo prazo máximo de cento e oitenta II – a capacidade técnica e operacional da
dias consecutivos e ininterruptos, contados da candidata;
ocorrência da emergência ou calamidade, veda- III – a adequação entre os meios sugeridos,
da a prorrogação da vigência do instrumento; seus custos, cronogramas e resultados;
II – para a realização de programas de pro- IV – o ajustamento da proposta às especifi-
teção a pessoas ameaçadas ou em situação que cações técnicas;
possa comprometer sua segurança; ou V – a regularidade jurídica e institucional
III – nos casos em que o projeto, atividade da Organização da Sociedade Civil de Interesse
ou serviço objeto do Termo de Parceria já seja Público; e
realizado adequadamente com a mesma entida- VI – a análise dos documentos referidos no
de há pelo menos cinco anos e cujas respectivas art. 11, § 2o, deste Decreto.
prestações de contas tenham sido devidamente
aprovadas. Art. 28. Obedecidos aos princípios da admi-
§ 3o Instaurado o processo de seleção por nistração pública, são inaceitáveis como critério
concurso, é vedado ao Poder Público celebrar de seleção, de desqualificação ou pontuação:
Termo de Parceria para o mesmo objeto, fora I – o local do domicílio da Organização da
do concurso iniciado. Sociedade Civil de Interesse Público ou a exigên-
cia de experiência de trabalho da organização
Art. 24. Para a realização de concurso, o órgão no local de domicílio do órgão parceiro estatal;
estatal parceiro deverá preparar, com clareza, II – a obrigatoriedade de consórcio ou as-
objetividade e detalhamento, a especificação sociação com entidades sediadas na localidade
técnica do bem, do projeto, da obra ou do onde deverá ser celebrado o Termo de Parceria;
serviço a ser obtido ou realizado por meio do III – o volume de contrapartida ou qualquer
Termo de Parceria. outro benefício oferecido pela Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público.
Art. 25. Do edital do concurso deverá constar,
no mínimo, informações sobre: Art. 29. O julgamento será realizado sobre o
I – prazos, condições e forma de apresenta- conjunto das propostas das Organizações da
ção das propostas; Sociedade Civil de Interesse Público, não sendo
II – especificações técnicas do objeto do aceitos como critérios de julgamento os aspectos
Termo de Parceria; jurídicos, administrativos, técnicos ou opera-
III – critérios de seleção e julgamento das cionais não estipulados no edital do concurso.
propostas;
IV – datas para apresentação de propostas; Art. 30. O órgão estatal parceiro designará a
V – local de apresentação de proposta; comissão julgadora do concurso, que será com-
VI – datas do julgamento e data provável de posta, no mínimo, por um membro do Poder
celebração do Termo de Parceria; e Executivo, um especialista no tema do concurso
VII – valor máximo a ser desembolsado. e um membro do Conselho de Política Pública
da área de competência, quando houver.
Art. 26. A Organização da Sociedade Civil de § 1o O trabalho dessa comissão não será
Interesse Público deverá apresentar seu projeto remunerado.
técnico e o detalhamento dos custos a serem § 2o O órgão estatal deverá instruir a comis-
realizados na sua implementação ao órgão são julgadora sobre a pontuação pertinente a
estatal parceiro. cada item da proposta ou projeto e zelará para
que a identificação da organização proponente
Terceiro Setor
Normas correlatas
Decreto no 7.568/2011.
48
Decreto no 7.568/2011.
49
87
Terceiro Setor
88
Anexo I
Anexo II
Normas correlatas
89
Decreto no 50.517/1961
Regulamenta a Lei no 91, de 28 de agosto de 1935, que dispõe sobre a declaração de utilidade pública.
Art. 1o As sociedades civis, associações e Art. 3o Denegado o pedido, não poderá ser re-
fundações, constituídas no país, que sirvam novado antes de decorridos dois anos, a contar
desinteressadamente à coletividade, poderão da data da publicação do despacho denegatório.
ser declaradas de utilidade pública, a pedido Parágrafo único. Do denegatório do pedi-
ou ex officio, mediante decreto do Presidente do de declaração de utilidade pública caberá
da República. reconsideração, dentro do prazo de 120 dias,
contados da publicação.
Art. 2o O pedido de declaração de utilidade
pública será dirigido ao Presidente da Repúbli- Art. 4o O nome e características da sociedade,
ca, por intermédio do Ministério da Justiça e associação ou fundação declarada de utilidade
Negócios Interiores, provados pelo requerente pública, serão inscritos em livro especial, que
os seguintes requisitos:50 se destinará, também, à averbação da remessa
a) que se constituiu no país; dos relatórios a que se refere o artigo 5o.
b) que tem personalidade jurídica;
c) que esteve em efetivo e contínuo funcio- Art. 5o As entidades declaradas de utilidade
namento, nos três imediatamente anteriores, pública, salvo por motivo de força maior devi-
com a exata observância dos estatutos; damente comprovada, a critério da autoridade
d) que não são remunerados, por qualquer competente, ficam obrigadas a apresentar, até
forma, os cargos de diretoria e que não distribui o dia 30 de abril de cada ano, ao Ministério da
lucros, bonificados ou vantagens a dirigentes, Justiça, relatório circunstanciado dos serviços
mantenedores ou associados, sob nenhuma que houverem prestado à coletividade no
forma ou pretextos; ano anterior, devidamente acompanhado do
e) que, comprovadamente, mediante a apre- demonstrativo da receita e da despesa reali-
sentação de relatórios circunstanciados dos três zada no período ainda que não tenham sido
anos de exercício anteriores à formulação do subvencionadas.51
pedido, promove a educação ou exerce ativida-
des de pesquisas científicas, de cultura, inclusive Art. 6o Será cassada a declaração de utilidade
artísticas, ou filantrópicas, estas de caráter geral pública da entidade que:
ou indiscriminado, predominantemente; a) deixar de apresentar, durante três anos
f) que seus diretores possuem folha corrida consecutivos, o relatório a que se refere o artigo
e moralidade comprovada; procedente;
g) que se obriga a publicar, anualmente, a b) se negar a prestar serviço compreendido
Terceiro Setor
90
c) retribuir por qualquer forma, os mem- Art. 8o Este decreto entrará em vigor na data
bros de sua diretoria, ou conceder lucros, de sua publicação, revogadas as disposições
bonificações ou vantagens a dirigentes, man- em contrário.
tenedores ou associados.
Brasília, em 2 de maio de 1961; 140o da Inde-
Art. 7 A cassação da utilidade pública será
o
pendência e 73o da República.
feita em processo, instaurado ex officio pelo
Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ou JÂNIO QUADROS – Oscar Pedroso Horta
mediante representação documentada.
Parágrafo único. O pedido de reconside- Decretado em 2/5/1961 e publicado no DOU de
ração do decreto que cassar a declaração de 2/5/1961.
utilidade pública não terá efeito suspensivo.
Normas correlatas
91
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Nesta edição, figuram as principais normas relativas ao conjunto de entidades da sociedade
civil que compõem o chamado terceiro setor.