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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
ENSINANDO E APRENDENDO
JUNHO /2010
II
JUNHO /2010
III
AGRADECIMENTOS
Ao Deus da vida, pela saúde, paz e tranquilidade, tudo isto que me fez
chegar até o fim e realizar mais este sonho.
Aos meus irmãos: Eunice, Verônica, Joelma, Joana Darck, Cleunice, Jonas
e José (in memoriam), Francisco, Antônio Marcos, Helio, Joaquim, Antônio e em
especial o mano Edjalma Maniçoba por acreditar que tudo isso seria possível e pelo
jeito carinhoso de vibrar a cada conquista.
Aos meus amigos Marcos Fernandes, Lilian Castro e Cecília Pedrosa pelo o
incentivo constante.
Provérbios, 16.3
VI
RESUMO
ABSTRACT
This paper aims to demonstrate the usefulness of applying the PDCA method and tools
for quality improvement in the production of plastic packaging. The problem was
analyzed through literature review and case study of a company in the business of
packing, in the municipality of Eusébio - CE, due to the high rate of waste production
line blowing plastic bottles, resulting in delay in production. The proposed solution in
this case, we suggest the application of quality tools in the PDCA cycle. The result
was a plan of action to eliminate the potential causes of this process, and through this,
improve the whole production flow.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 13
1.1 Apresentação do problema........................................................................... 14
1.1.1 Descrição dos tipos de refugos ............................................................. 14
1.2 A importância e justificativas ...................................................................... 15
1.3 Objetivos ..................................................................................................... 16
1.3.1 Objetivo geral ..................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos específicos .......................................................................... 16
1.4 Metodologia ................................................................................................ 16
1.5 Estrutura do trabalho .................................................................................. 17
3 ESTUDO DE CASO.......................................................................................... 49
3.1 Caracterização da empresa........................................................................... 49
3.2 Apresentação do processo............................................................................ 49
3.3 Fluxo do processo........................................................................................ 52
3.4 Aplicações do método PDCA e das ferramentas da qualidade para melhoria
continua dos processos de moldagem por sopro........................................... 54
3.4.1 1ª Etapa: (PLAN)................................................................................ 55
9
4. CONCLUSÃO.................................................................................................. 77
4.1 Sugestões para trabalho futuros ................................................................... 78
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 80
10
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
DEFINIÇÕES E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
Uma das maneiras por meio das quais as empresas buscam superar as
dificuldades consiste na adoção de um sistema de Gestão da Qualidade, que procura
criar e manter todas as condições necessárias para a minimização da ocorrência de não
conformidades, utilizando para tal uma série de ferramentas da qualidade, a
metodologia PDCA e análise da capacidade do processo, como forma de visar à
prevenção da ocorrência de problemas e à redução dos custos de produção.
Corte com a faca: Isso acontece quando ocorre na etapa de rebarbação, pois é
feito manualmente.
1.3 Objetivos
1.4 Metodologia
2 FUNDAMENTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
importante que periodicamente o foco seja alterado para melhorias, visando a alcance
nos índices de desempenho nunca antes atingidos, e, com isso, conseguir uma
agregação de uma parcela maior de valor. O ciclo PDCA, que será mais adiante
detalhado, auxilia de modo significativo tanto na gestão da rotina quanto na melhoria
dos processos de uma organização.
• Processo incapaz
• Processo capaz
Na figura 2.3 é mostrada uma situação favorável à empresa, onde o intervalo dos
limites de controle é superior a 1 (Cpi > 1).
23
O gráfico 2.5, abaixo, mostra que, no caso de o processo não estar centrado,
mesmo que a variabilidade seja pequena, uma grande quantidade de artigos não
conformes pode vir a ser gerada. Desta forma, o índice de capacidade do processo
(Cpi) não é suficiente para caracterizar um processo não centrado com qualidade. Com
base nesta constatação, outro referencial se fez necessário - o índice de desempenho do
processo – Cpk, que reflete a localização da média do processo em relação aos limites
inferior e superior do controle.
2.3 Qualidade
Sobre esta, outra definição foi proposta por CAMPOS (1992), que afirma
que “um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma
confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do
cliente.”
Qualidade de projeto:
Qualidade de conformação:
Segundo ROCHA (2002), para ter seus produtos bem aceitos pelos
consumidores, a empresa deve dirigir seus esforços para dar ao produto algumas
características: desempenho, características próprias, confiabilidade, durabilidade,
conformidade, serviço, design e qualidade percebida.
A figura 2.6 mostra o ciclo PDCA (em inglês Plan, Do, Check e Action),
que é uma ferramenta gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das
metas necessárias à sobrevivência de uma organização, composto de quatro Etapas
básicas do controle: planejar, executar, verificar e atuar corretivamente.
29
gerados, ou, no caso, um desvio ocorrer, cuidar para sua imediata correção. Neste
caso, o ciclo é chamado de SDCA, já que, após obter resultados satisfatórios em uma
determinada atividade ou processo, será padronizado o novo método, e assim se
buscará assegurar seu cumprimento. Daí a diferença consiste na substituição da etapa
“P” de planejar por “S” de padronizar. Quando uma meta mais audaciosa for
estabelecida, o PDCA é utilizado para facilitar a elaboração de um plano que
possibilite à geração de resultados em graus maiores, sendo comum haver a
necessidade de “girar” o ciclo várias vezes até que a meta fixada possa ser alcançada.
Nesse momento, o plano que se verificou ter funcionado deverá ser padronizado,
voltando-se a girar o SDCA.
2.4.2.1 Brainstorming
• Tipos de Brainstorming
2.4.2.3 Estratificação
Quadro 2.3 - Defeitos de lavagem nos meses (janeiro, fevereiro e março de 2009).
Fonte: A autora
4.000 100%
80%
3.000
60%
2.000
40%
1.000 20%
0 0%
MANCHA
EXCESSIVO
TONALIDADE
BURACODE
LAVAGEM
PUÍDOOU
LIXADO
2.4.2.6 5W2H
PLANO DE AÇÃO
HOW
WHAT WHO WHERE WHEN WHY HOW
MUCH
As formulas a seguir são utilizadas para cálculo dos limites e linha média das
cartas por variáveis, segundo RAMOS (2003).
em que
Sendo Ri: é a amplitude (diferença entre o maior e o menor valor) para i =1,
2, ..., m; e os valores de A2, D3 e D4 são obtidos mediante pesquisa na quadro 2.5
adequada em função de n.
sendo
Calculo básico:
O número de defeitos por unidade de inspeção (u) é definido pela razão entre
o número de defeitos na amostra (c ) e o tamanho da unidade da inspeção.
n A2 A3 E2 B3 B4 D2 D4 D C4 d4
2 1,880 2,695 2,66 - 3,267 - 3,267 0,709 0,798 1,128
3 1,023 1,954 1,772 - 2,568 - 2,574 0,524 0,886 1,693
4 0,729 1,628 1,457 - 2,266 - 2,282 0,446 0,921 2,059
5 0,557 1,427 1,29 - 2,089 - 2,114 0,403 0,940 2,326
6 0,483 1,287 1,184 0,03 1,97 - 2,004 0,375 0,952 2,534
7 0,419 1,182 1,109 0,118 1,882 0,076 1,924 0,353 0,959 2,704
8 0,373 1,099 1,054 0,185 1,815 0,136 1,864 0,338 0,965 2,847
9 0,337 1,032 1,01 0,239 1,761 0,184 1,816 0,325 0,969 2,97
10 0,308 0,975 0,975 0,284 1,716 0,223 1,777 0,314 0,973 3,078
Quadro 2.5 – Fatores para cálculo de limites de controle
Fonte: Montgomery, 2003
2.5 Indicadores
efeito torna-se indireta, ou seja, a presença da primeira reflete-se não no efeito, mas na
probabilidade de ele surgir ou de se modificar.
3 ESTUDO DE CASO
Este estudo de caso ilustra uma aplicação prática e conjunta das várias
ferramentas da qualidade com o objetivo de solução de problemas inerentes aos
processos de uma empresa, visando ao aumento de seu desempenho.
Identificação do problema
50.000
45.000 37.381
40.000
Quant. refugos
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000 11.538 13.719
10.000 2.648 3.516
5.000 289 440 662 1.086
0
Incompleta
Corte Com
Irregular
Peso Fora da
Rechupe
Rebarba
Excesso
Especificação
Parede
contaminada
Outros
irregular
Bocal
Peça
Faca
Peça
Tipos de Refugos
20.000 19.129
16.630
Quant. Refugos
15.000
Rechupe
Irregular
Corte Com
Rebarba
Excesso
Peso Fora da
Especificação
Parede
contaminada
irregular
Outros
Bocal
Peça
Faca
Peça
Tipos de refugos
Quadro 3.5 - Acompanhamento de refugos no ano de 2009 representado por turnos e máquinas.
Fonte: Autora
qualidade do produto. Percebe, então, com clara evidência que o problema principal
que a empresa deverá atacar está ligado à matéria prima, e não ao equipamento em si.
REFUGOS - SETOR 03
Ano : 2009 Quant. refugos
% Acumulado refugos
40.000 120,00%
100,00%
35.000 96,52% 98,05%98,98% 99,59% 100,00%
92,81%
Quant. refugos
30.000
87,88%
80,00%
%acumulada
25.000 71,69%
20.000 60,00%
52,44%
15.000
40,00%
10.000
20,00%
5.000
0 0,00%
contaminada
Corte Com
Especificação
Rechupe
Incompleta
Irregular
Excesso
Bocal irregular
Rebarba
Peso Fora da
Outros
Parede
Peça
Faca
Peça
Tipos de refugos
DESCRIÇÃO JUSTIFICATIVA
MEDIDA
Não aplicado
MÁQUINA
Hipótese não é considerada, pois as máquinas estão em
Sopradora - cabeçote boas condições de trabalho.
Hipótese não é considerada, pois existe um plano de
Moinho manutenção eficiente e eficaz do moinho do setor 3, o que
representa boas condições de trabalho.
MÉTODO
Hipótese não é considerada, já que existem controles
Ausência de controle no processo
estabelecidos e funcionais no processo.
MEIO AMBIENTE
Não aplicado
MÃO DE OBRA
63
É interessante observar que o fator mão de obra tem relação direta com a
contaminação da matéria-prima, já que funcionários destreinados ou não qualificados
podem executar o processo de forma equivocada, impactando em tal contaminação.
Custo? R$ 300,00
Mão de obra: (Rotatividade de operadores no setor de moagem)
O quê? Reduzir neste time a rotatividade no setor de moagem
Quem? Supervisor do setor da moagem
Onde? Setor de moagem
Quando? Janeiro de 2010
Por quê? Para padronizar melhor o processo de moagem
Como? Deixar no setor o pessoal específico da moagem (Mão de obra
qualificada).
Custo? R$ 500,00
Matéria-prima (PEAD SOPRO - virgem, reciclado e moído)
O quê? Matéria prima contaminada
Quem? Supervisor de produção
Onde? Logística
Quando? Fevereiro / 2010
Por quê? Para evitar peças contaminadas no processo
• Controle no fornecimento externo para evitar peças contaminadas
• Controle no recebimento da matéria-prima moída no almoxarifado;
Como?
• Controle no armazenamento utilizando o modelo de estocagem
PEPS.
Custo? R$ 800,00
Quadro 3.9 - Plano de ação
Fonte: Autora
NOVA
5W 2H DESCRIÇÃO STATUS
DATA
Mão de Obra: (Moagem incorreta)
O quê? Reduzir o índice de contaminação no processo de
moagem.
Quem? Supervisor do setor da moagem
Onde? Setor do moinho
Quando? Fevereiro de 2010
Por quê? Para reduzir o índice de peças contaminadas no
processo.
· Treinar colaboradores conforme instrução de
trabalho; OK
· Diálogo da qualidade informando ocorrência de
Como?
falhas no processo; OK
· Fornecer para os colaboradores o livro de BOAS
NOK junho/10
PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (livro de bolso).
Custo? R$ 300,00
Mão de obra: (Rotatividade de operadores no setor de moagem)
O quê? Reduzir neste time a rotatividade no setor de
moagem
Quem? Superviso do setor da moagem
Onde? Setor de moagem
Quando? Janeiro de 2010
Por quê? Para padronizar melhor o processo de moagem
Deixar no setor o pessoal específico da moagem
Como? OK
(mão de obra qualificada).
Custo? R$ 500,00
Matéria-prima (PEAD SOPRO - virgem, reciclado e moído)
O quê? Matéria-prima contaminada
Quem? Supervisor de produção
Onde? Logística
Quando? fev/10
Por quê? Para evitar peças contaminadas no processo
· Controle no fornecimento externo para evitar
NOK junho/10
peças contaminadas
· Controle no recebimento da matéria-prima
Como? OK
moída no almoxarifado
· Controle no armazenamento utilizando o modelo
NOK junho/10
de estocagem PEPS.
Custo? R$ 800,00
Quadro 3.10 – Status do Plano de ação
Fonte: Autora
66
Peças contaminadas
(Janeiro , Fevereiro, Março e Abril) /2010
Quantidade de refugos
3.500
3.000 2.473 2.478
2.463
2.500 2.261
2.000
1.500
1.000
500
0
Janeiro Fevereiro Março Abril
Mês
PEÇAS CONTAMINADAS
Padronização da solução
Após a implantação das ações definidas no quadro 3.9, foi verificada a sua
eficiência e eficácia ao longo do processo através dos resultados obtidos no quadro
3.12. Torna-se necessário manter a padronização no processo e no produto para se
obter a melhoria continua, uma vez que se torna uma ação fundamental para o controle
do processo e a garantia de seus resultados, por meio de um intenso trabalho ligado à
documentação e treinamento dos envolvidos.
O treinamento foi realizado em várias fases com a utilização de instrução de
trabalho, dialogo de qualidade e produtividade deixando clara a importância das
ferramentas da qualidade para a melhoria dos processos.
As fases de treinamentos:
Peças contaminadas
(Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro) /2009
Quantidade de refugos
3.500
2.678 2.670 2.801
3.000 2.474
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
Setembro Outubro Novembro Dezembro
Mês
PEÇAS CONTAMINADAS
Peças contaminadas
(Janeiro , Fevereiro, Março e Abril) /2010
Quantidadederefugos
3.500
3.000 2.473 2.463 2.478
2.500 2.261
2.000
1.500
1.000
500
0
Janeiro Fevereiro Março Abril
Mês
PEÇAS CONTAMINADAS
Peças
Descrição Produção
refugadas
Os últimos quatro meses antes da aplicação 1.530.144 10.623
Os últimos quatro meses após aplicação 1.663.200 9.675
Ganho 8,7% 8,9%
Quadro 3.12 – Folha de verificação representando ganho em produção e redução de
índice de refugo
Fonte: Autora
Figura 3.13 - Gráfico de carta de controle utilizando a variável “peso” – Após a aplicação das
ferramentas da qualidade.
Fonte: Autora
Figura 3.14 – Gráfico de capacidade do processo (peso) – Antes da aplicação das ferramentas
da qualidade.
Fonte: Autora
Figura 3.15 – Gráfico de capacidade do processo (peso) – Após a aplicação das ferramentas da
qualidade
Fonte: Autora
Com relação aos dados acima, é preciso considerar que a mudança mais
difícil e mais importante – a redução da variabilidade – foi alcançada. A redução da
capacidade se deveu a uma redução do peso médio das peças, o que é uma condição
interessante para a empresa. Ou seja, caso a empresa venha a se dispor a trabalhar com
peças no peso da situação anterior, isso implicará em aumento de custo, o processo
alcançaria um índice de capacidade bem maior do que antes da implementação da
melhoria.
Desta forma, duas ações podem ser realizadas a fim de chegar a uma
situação ideal: negociar com o cliente uma redução da especificação inferior
relacionada ao peso, caso tal alteração não venha a lhe trazer prejuízos ou dificuldades,
ou a busca de novas condições no processo a serem alteradas visando obter reduções
ainda maiores na variabilidade. Isso, dessa forma, permitiria a manutenção do valor
médio dos pesos das peças no plano atual, até chegar a um plano de capacidade do
processo maior. A figura 3.16 ilustra esta última possibilidade, mostrando mediante a
curva na cor vermelha como o processo passaria a funcionar no caso de esta melhoria
fosse implementada.
76
A simulação representada pela figura 3.16 mostra uma situação ideal para
obtenção de melhorias no processo no que se refere ao peso da garrafa plástica. Tal
ação tem o potencial de fazer com que os demais tipos de refugos (parede irregular ,
rebarba em excesso e peso fora da especificação) fossem eliminados, já que estes
tipos de refugos são ocasionados principalmente por peso fora da especificação do
produto .
77
CONCLUSÃO
O gráfico, representado na figura 4.1, mostra que a média dos refugos por mês
antes era de 5.940 und e após é de 5.064 und, o que representa 14,8%. Se a
organização continuar aplicando as ferramentas da qualidade e controlando o processo
usando as ferramentas estatísticas descritas anteriormente, esse resultado poderá
melhorar cada vez mais. Atenção especial deve ser dada a variável “peso”, a fim de
melhorar a capacidade do processo, conforme se apresenta na simulação feita mediante
figura 3.16, mantendo um custo baixo na utilização de matéria-prima.
BIBLIOGRAFIA