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Gram + Gram -

Retem o corante cristal violeta mesmo após passagem Não retem o corante cristal violeta, lavado com a
do álcool, solvente deste corante. passagem do álcool, cora com 2º corante.

A parede da célula Gram-positiva consiste de única A parede da célula Gram-negativa é constituída por
camada que retém o corante aplicado, não adquirindo estruturas de múltiplas camadas bastante complexas,
a coloração do segundo corante. que não retêm o corante quando submetidas a
solventes nos quais o corante é solúvel, sendo
descoloradas e, quando acrescentado outro corante,
adquirem a nova coloração.
A parede celular da bactéria Gram-positiva é única e A parede celular está composta por uma camada de
consiste de uma camada espessa, composta quase que peptidioglicano e três outros componentes que a
completamente por peptídioglicano, responsável pela envolvem externamente; lipoproteína, membrana
manutenção da célula e sua rigidez. As múltiplas externa e lipopolissacarídeo.
camadas de peptidioglicano das bactérias Gram-
positivas constituem uma estrutura extremamente O peptidioglicano, responsável pela forma das células e
forte em tensão. proteção do citoplasma frente às diferenças de pressão
osmótica entre os meios externo e interno, confere
rigidez ao corpo bacteriano. Está formado por dois
açúcares aminados, o ácido N-acetil glicosamina e o
ácido N-acetil murâmico, e por um tetrapeptídio,
sempre ligado ao resíduo de ácido N-acetil murâmico;
as sub-unidades peptídeas de cadeias glicídicas
adjacentes, são unidas entre si por ligações diretas ou
indiretas (pontes de ligação). O peptidioglicano situa-se
no espaço periplásmico, localizado entre a membrana
citoplasmática (interna) e a membrana externa, onde
também são encontradas enzimas hidrolíticas
(fosfatases, nucleases, proteases e outras), que
facilitam a nutrição bacteriana, proteínas de ligação,
que participam da captação de açúcares e aminoácidos
a partir do meio, enzimas que inativam certos
antibióticos.

A lipoproteína está ligada de modo covalente ao


peptidioglicano e não covalente à membrana externa;
sua função, inferida de estudos realizados com
amostras mutantes, é estabilizar a membrana externa
e ancorá-la à camada de peptídioglicano. A membrana
externa é uma dupla camada, contendo fosfolipídeos e
proteínas e apresentando, em sua camada externa, o
lipopolissacarídeo.

Entre suas funções, a membrana externa representa


uma barreira molecular, prevenindo ou dificultando a
perda de proteínas periplasmáticas e o acesso de
enzimas hidrolíticas e certos antibióticos ao
peptidioglicano; possui receptores para bacteriófagos e
bacteriocinas e participa da nutrição bacteriana.

O lipopolissacarídeo consiste no lipídio A (endotoxina),


à qual estão ligadas duas regiões de natureza
polissacarídica. O lipídeo A é um glicofosfolipídeo cujo
papel biológico consiste na participação nos
mecanismos de patogenicidade da célula bacteriana.

Parede celular espessa Parede celular menos espessa, o peptidioglicano é


apenas uma camada espessa e, consequentemente,
frágil.

A exotoxina, composta pelo ácido lipoteicoico, tem São contituídas por uma endotoxina, o LPS, que lhes
como característica principal a aderência. confere a propriedade de patogenicidade.
Como componente da parede celular das células Gram- O lipopolissacarídeo (LPS) é o maior fator de virulência,
positivas está o peptidioglicano, cuja contagem é 40% determinando efeitos biológicos que resultam na
da massa das células, ligado de modo covalente ao amplificação das reações inflamatórias. Esta endotoxina
ácido lipoteicoico. Este é composto por polímeros de é um antígeno fraco não específico que é pobremente
fosfoglicerol com glicolipídeo no final, sendo potente neutralizado por anticorpos, sendo capaz de ativar a
modificador da resposta biológica. O glicolipídeo e o cascata de reações.
ácido lipoteicóico se ligam às membranas celulares,
particularmente de linfócitos e macrófagos, resultando
em ativação celular.

A membrana citoplasmática localiza-se subjacente à parede celular, é formada por dupla


camada fosfolipoproteica e é fundamental na estrutura bacteriana. Atua como barreira
osmótica ( a substâncias ionizadas e grandes moléculas), é livremente permeável aos íons
sódio e aos amino-ácidos (permeabilidade seletiva). Acresça-se que esta membrana é sede
de importantes sistemas enzimáticos envolvidos nos últimos estágios da formação da
parede celular, participantes da biossíntese de lipídeos, e responsáveis pelo transporte de
elétrons, assim como enzimas envolvidas no processo de fosforilação oxidativa.

Como sede enzimática, muitas bactérias produzem proteinases que hidrolisam as proteínas
uma vez que as bactérias, geralmente, são incapazes de utilizar macromoléculas.

As bactérias, de modo geral, necessitam de condições físico-químicas favoráveis ao seu


crescimento e reprodução, e dentre estas encontram-se: temperatura, pH, pressão
osmótica, concentrações de substrato, de dióxido de carbono e de oxigênio.

Como característica específica da célula bacteriana, ao se comparar com a célula humana,


observa-se a parede celular que, em conjunto com a membrana citoplasmática, forma o
envelope celular das bactérias.

A ultraestrutura bacteriana começou a ser estudada em maiores detalhes nas décadas de


50 e 60, a partir do melhoramento das técnicas de microscopia eletrônica. Os
procedimentos adotados incluíam a lise celular, seguida de centrifugação para promover a
separação dos vários componentes subcelulares, que podiam agora ser purificados e
analisados bioquimicamente.

Parede Celular - Estrutura presente na maioria das bactérias conhecidas, exceto em


micoplasmas e algumasArchaea, que não a possuem.
Corresponde a uma das estruturas mais importantes nas células bacterianas, estando
localizada na porção mais externa, acima da membrana citoplasmática. Devido à sua
grande rigidez, a parede celular é responsável pela manutenção da forma do
microrganismo. Como o ambiente intracelular é bastante concentrado em relação ao meio
externo, (variando de 2 a até 10 atm), a parede atua como uma barreira física rígida, que
mantém a forma celular, impedindo que a célula estoure em decorrência do grande turgor.
Além disso, a parede celular atua como uma barreira de proteção contra determinados
agentes físicos e químicos externos, tais como o choque osmótico. A parede pode ainda
desempenhar importante papel em microrganismos patogênicos, em decorrência de
presença de componentes que favorecem sua patogenicidade, tais como antígenos ou
moléculas envolvidas no reconhecimento celular.

Em 1884, Christian Gram desenvolveu um método de coloração de bactérias que permitia


sua separação em dois grupos distintos, as Gram positivas (que coravam-se em roxo) e as
Gram negativas (que coravam-se em vermelho). A partir do advento da microscopia
eletrônica e do aperfeiçoamento das técnicas de análise bioquímica dos diferentes
componentes celulares, foi verificado que esta diferença entre as bactérias Gram positivas
e Gram negativas era, provavelmente, devida às diferenças de composição e estrutura das
paredes celulares.
Assim, quando observadas sob microscopia eletrônica de transmissão, as bactérias Gram
positivas apresentam uma parede celular espessa (de 20 a 80 nm), de aspecto homogêneo,
enquanto as células Gram negativas exibem uma parede mais delgada (de 9 a 20 nm) e de
aspecto bastante complexo, aparentemente apresentando mais de uma camada. A
microscopia eletrônica de varredura revelou outras diferenças entre estes dois grupos de
organismos. As Gram positivas exibiam a superfície mais lisa e homogênea, enquanto as
Gram negativas apresentavam-se com maior complexidade superficial.

Composição da parede celular:


Peptideoglicano (mureína ou mucopeptídeo): Composto exclusivamente encontrado no
domínio Bacteria, sendo o responsável pela rigidez da parede celular. O peptideoglicano
corresponde a um enorme polímero complexo que, em bactérias Gram positivas pode
formar até 20 camadas, enquanto em células Gram negativas está presente, formando
apenas uma ou duas camadas.
O peptideoglicano corresponde a um esqueleto, formado por dois derivados de açúcares, a
N-acetilglicosamina (NAG) e o ácido N-acetilmurâmico (NAM), unidos alternadamente,
através de ligações do tipo ß-1,4. O grupo carboxil de cada molécula de NAM liga-se a um
tetrapeptídeo, composto por aminoácidos que alternam-se nas configurações L e D. Destes
aminoácidos, o D-glutamato, D-alanina e o ácido meso-diaminopimélico não são
encontrados em qualquer outra proteína conhecida. Acredita-se que sua presença confira
maior resistência da parede contra a maioria das peptidases.
Assim, em cada resíduo de NAM há um tetrapeptídeo associado. A enorme rigidez da da
parede celular é resultante das ligações entre os tetrapeptídeos de cadeias adjacentes.

Neste aspecto, há uma grande diferença entre as bactérias Gram positivas e negativas. Nas
bactérias Gram negativas (Ala-Glu-DAP-Ala), a ligação entre os tetrapepídeos é direta,
ocorrendo entre o grupamento amino do DAP subterminal (posição 3) e o grupamento
carboxi da D-Ala terminal (posição 4). Já nas Gram positivas (Ala-Glu-Lys-Ala), a ligação é
indireta, sendo mediada por uma ponte interpeptídica de natureza variável (cinco glicinas
em S. aureus). A análise das figuras abaixo deixa clara a grande estruturação do
peptídeoglicano, em virtude das inúmeras ligações cruzadas existentes ao longo da
molécula. Assim, devido a esta complexa estruturação física, o peptideoglicano confere
rigidez à parede, embora exiba certo grau de elasticidade e também porosidade.

Nas bactérias Gram positivas, cerca de 90% da parede celular é composta pelo
peptídeoglicano, que geralmente forma cerca de 20 camadas. O restante da parede é
composto essencialmente por ácido teicóico. Nas bactérias Gram negativas, apenas cerca
de 10% da parede corresponde ao peptideoglicano, existindo geralmente como uma
camada única ou dupla. Os demais componentes da parede celular de bactérias Gram
negativas serão analisados posteriormente.

Ácidos Teicóicos: Juntamente com peptideoglicano, os ácidos teicóicos compõem a


parede celular das bactérias Gram positivas. Estes compostos, presentes em grandes
quantidades, correspondem a polímeros de glicerol ou ribitol ligados a açúcares ou
aminoácidos e conectados entre si por meio de grupamentos fosfato.
Os ácidos teicóicos associam-se ao peptideoglicano pela ligação do grupamento 6 hidroxil
do ácido N-acetilmurâmico, podendo alternativamente associar-se aos lipídeos da
membrana citoplasmática, quando passam a ser denominados de ácidos lipoteicóicos.
Devido à sua carga negativa, os ácidos teicóicos contribuem com o caráter negativo da
superfície celular de Gram positivas. Seu papel fisiológico é ainda desconhecido, mas
especula-se que estes possam participar nos processos de passagem de íons pela parede,
ou ligar-se a prótons, mantendo um pH celular relativamente baixo.
Em casos de escassez de fosfato, os ácidos teicóicos podem ser substituídos por ácidos
teicurônicos, deixando assim os fosfatos livres para comporem ATP ou DNA, por exemplo.

O componente adicional da Parede Celular de Gram negativos:


Membrana Externa: Esta, embora denominada "membrana"externa é um componente da
parede celular, presente apenas nas bactérias Gram negativas. A membrana externa
corresponde a uma segunda bicamada lipídica (semelhante à membrana plasmática),
localizada acima do peptideoglicano, contendo fosfolipídeos, lipoproteínas, proteínas e
também lipopolissacarídeos. Quando comparada à membrana citoplasmática, a membrana
externa exibe maior permeabilidade a pequenas moléculas, tais como glicose ou outros
monossacarídeos.
Sua face interna geralmente é rica em pequenas lipoproteínas (7,2 kDa), denominadas
lipoproteínas de Braun, que ligam-se covalentemente ao peptideoglicano, ancorando
firmemente a membrana externa à camada de peptideoglicano.
Estudos indicam que a membrana externa e a membrana citoplasmática mantém contato
em algumas discretas regiões celulares, denominadas sítios de adesão. Acredita-se que
estas regiões de junção podem conferir maior rigidez à parede celular das bactéria Gram
negativas, além de fixar melhor a membrana externa, não deixando-a frouxa, associada
somente ao peptideoglicano.

Os sítio de adesão foram também denominados junções de Bayer e acredita-se que possam
ser importantes locais de passagem de compostos citoplasmáticos, seja componentes
envolvidos na síntese da membrana externa ou diferentes nutrientes.

A face externa da membrana externa é rica em lipopolissacarídeos (LPS), inexistentes na


membrana citoplasmática. Estes componentes são também denominados de endotoxina,
uma vez que provocam febre, choque e eventualmente morte, quando injetados em
animais. O LPS é uma molécula complexa, composta por 3 regiões distintas: lipídeo A,
polissacarídeo central e cadeia polissacarídica lateral O, ou Antígeno O.

O lipídeo A corresponde à porção mais interna da molécula, ancorando o LPS à porção


hidrofóbica da membrana externa. Este componente corresponde à porção tóxica do LPS e
geralmente é composto por ácido esteárico, palmítico, mirístico, láurico ou capróico. Estes
ácidos graxos estão ligados a um dissacarídeo de NAcGlicosamina-P. A porção
polissacarídica localiza-se acima do lipídeo A, em direção ao exterior, sendo composta por
duas regiões, o polissacarídeo central e polissacarídeo O, que é mais externo, de natureza
repetitiva. Em Salmonella, o cerne é composto por 10 açúcares pouco usuais. Conectado ao
cerne, há o Ag O, que geralmente é composto por 3 a 5 açúcares bastante peculiares e
variáveis. A natureza destes açúcares pode ser modificada pelos microrganismos,
resultando em um mecanismo de evasão do sistema imune. O LPS também confere carga
nagativa à superfície celular.
O LPS se associa a proteínas, formando a face externa da unidade de membrana.
A membrana externa apresenta um grupo especializado de proteínas, denominadas
genericamente de porinas, que atuam como canais para a passagem de pequenas
moléculas hidrofílicas, participando assim do processo de nutrição. As porinas podem ser
específicas, contendo sítios de ligação para 1 ou mais substratos, ou inespecíficas,
compondo canais aquosos.

A maioria das porinas correspondem a proteínas transmembrânicas, com 3 subunidades


idênticas, que formam orifícios de cerca de 1 nm, sendo que, aparentemente, possuem
mecanismos para a abertura e fechamento. Para algumas substâncias, a membrana
externa é mais restritiva.

Compostos que afetam a Integridade da Parede Celular:


Ação da Lisozima na PC: Esta enzima, sintetizada por alguns organismos e por glândulas
endócrinas do homem, age clivando as ligações do tipo β -1,4, presentes no
peptideoglicano. Nas células Gram positivas, o tratamento com lisozima
origina protoplastos (células sem parede celular), enquanto nas Gram negativas, a lisozima
origina esferoplastos (células com resquícios de parede celular).

Ação da penicilina na PC: Este antibiótico impede a ligação dos tetrapeptídeos. A droga
se liga irreversivelmente às PBPs, que são proteínas envolvidas no processo de biossíntese
do peptideoglicano. Paralelamente, as autolisinas, que atuam em conjunto com a
maquinaria de biossíntese, passam a degradar porções do peptideoglicano. Como a síntese
está bloqueada, o resultado líquido é a formação de uma parede defeituosa.

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