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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

TRABALHO DE REACTORES QUÍMICOS

TEMA: EXERCÍCIOS SOBRE REACTORES NÃO ISOTERMICOS

NAZIN DA CONCEIÇÃO BORGES

Docente: Eng.º Stélio Felisberto Moutinho

BEIRA

MAIO DE 2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1:Mecanismo catalítico em catalisador sólido. ................................................ 11
Figura 2.2:Adsorção de A............................................................................................... 11
Figura 2.3:Reacção superficial ....................................................................................... 11
Figura 2.4:Dessorção de B ............................................................................................. 12

LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1: EQUAÇÕES DE PROJECTO DOS REACTORES ISOTERMICOS .......... 2

LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 2.1: Balanço Material ......................................................................................... 2
Equação 2.2:Equação de Projecto do reactor Batelada .................................................... 2
Equação 2.3:Equação de Projecto para reactor CSTR ..................................................... 3
Equação 2.4:Equação de projecto para Reactor PFR ....................................................... 4
Equação 2.5:Equação de projecto para Reactor PBR ....................................................... 5

ii
ÍNDICE

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... ii

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... ii

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................................................. 2

2.1. Balanços molares ................................................................................................... 2

2.2. REACTORES NÃO ISOTERMICOS .................................................................. 2

2.2.1. Dedução do balanço molar para reactores Batelada não isotérmicos ................ 2

2.2.2. Dedução do balanço molar para reactores CSTR .............................................. 3

2.2.3. Dedução do balanço molar para reactores PFR ................................................. 4

2.2.4. Dedução do balanço molar para reactores PBR ................................................. 5

2.3. EXEMPLO DE CALCULO 1: .............................................................................. 6

2.3.1. RESOLUÇÃO: .................................................................................................. 6

2.4. EXEMPLO DE CALCULO 2: .............................................................................. 8

2.4.1. RESOLUÇÃO ................................................................................................... 8

2.5. REATORES CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS ............................................. 10

2.5.1. Mecanismo de catálise heterogénea ................................................................. 10

2.6. Tipos de reactores catalíticos ............................................................................... 13

2.6.1. Reactor de leito Fluidizado .............................................................................. 13

2.6.2. Reactor de Cesta Rotativa ................................................................................ 13

2.6.3. Reactor com recirculação interna .................................................................... 13

3. ANEXOS ................................................................................................................. 14
1. INTRODUÇÃO
As equações de balanço representam uma ferramenta muito importante na vida do
engenheiro químico. Nos capítulos anteriores, todo o desenvolvimento das equações de
projecto de cada reactor e cada tipo de reacção foi baseado no balanço molar. Até então,
foram estudados processos isotérmicos. No entanto, existem casos em que pode ocorrer
variação de temperatura a longo da reacção química, de forma que o estudo dos efeitos
térmicos no reactor se torna necessário. Neste capítulo será introduzido o balanço de
energia, que é uma ferramenta tão importante quanto o balanço molar, quando se torna
necessário o estudo dos efeitos térmicos.
O balanço de energia advém da primeira Lei a Termodinâmica, a qual afirma que a
energia se conserva, ou seja, o acúmulo de energia em um sistema é a resultante de
interacções de calor e trabalho através das fronteiras deste sistema.

1
2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
2.1.Balanços molares

Pode-se afirmar que as equações de balanço são as mais importantes na resolução da


maioria dos problemas de engenharia química. Ao efectuar um balanço molar deve-se,
inicialmente, delimitar o volume de controlo que se pretende estudar,

𝒅𝑵𝑨
𝑭𝑨𝟎 − 𝑭𝑨 + (−𝒓𝑨)𝑽 = 𝒅𝒕
Equação 2.1: Balanço Material

Tabela 2.1: Equações de projecto dos reactores isotérmicos

FONTE: FOGLER HS

2.2.REACTORES NÃO ISOTERMICOS


2.2.1. Dedução do balanço molar para reactores Batelada não isotérmicos

𝑑𝑁𝐴
Seja o Balanço molar: 𝐹𝐴𝑂 − 𝐹𝐴 + (−𝑟𝐴)𝑑𝑉 = 𝑑𝑡
;
𝑜 𝑃 𝑇
V= 𝑉𝑜(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑃𝑇 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑇𝑜 ≠ 𝑇
𝑜

𝑁𝐴 = 𝑁𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
𝑑𝑁𝐴 𝑑𝑁𝐴
(−𝑟𝐴)𝑉 = =
𝑑𝑡 (−𝑟𝐴)𝑉
𝑑[𝑁𝐴𝑜 (1 − 𝑋𝐴 )] 𝑁𝐴𝑜 𝑑(1 − 𝑋𝐴 )]
𝑡= =
𝑃𝑜 𝑇 𝑃𝑜 𝑇
(−𝑟𝐴) [𝑉𝑜(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) (−𝑟𝐴) [𝑉𝑜(1 + 𝜀𝑋𝐴 )
𝑃𝑇𝑜 ] 𝑃𝑇𝑜 ]

𝑪𝑨𝒐 𝒅𝑿𝑨
𝒕= −
𝑷𝒐 𝑻
(−𝒓𝑨) [(𝟏 + 𝜺𝑿𝑨 )
𝑷𝑻𝒐 ]

Equação 2.2:Equação de Projecto do reactor Batelada

Para Qualquer (−𝑟𝐴) = 𝐾𝐶𝐴𝑛

2
2.2.2. Dedução do balanço molar para reactores CSTR

𝑑𝑁𝐴
Seja o Balanço molar: 𝐹𝐴𝑂 − 𝐹𝐴 + (−𝑟𝐴)𝑑𝑉 = ;
𝑑𝑡
𝑜 𝑃 𝑇
V= 𝑉𝑜(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑃𝑇 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑇𝑜 ≠ 𝑇
𝑜

𝐹𝐴 = 𝐹𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
(−𝑟𝐴)𝑑𝑉 = 𝐹𝐴𝑂 − 𝐹𝐴
𝐶𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐶𝐴 =
𝑃𝑇
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜
 Para Qualquer (−𝑟𝐴) = 𝐾𝐶𝐴𝑛
𝐹𝐴𝑂 − 𝐹𝐴 𝐹𝐴𝑂 – 𝐹𝐴𝑂 (1−𝑋𝐴 ) 𝐹𝐴𝑂 𝑋𝐴
𝑉= = =
(−𝑟𝐴) (−𝑟𝐴) 𝐾𝐶𝐴𝑛

𝐶𝐴𝑂 𝑋𝐴 𝑣𝑂
𝑉= 𝑛

𝐶 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾 [ 𝐴𝑂 𝑃 𝑇]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜

𝐶𝐴𝑂 𝑋𝐴 𝑣𝑂
𝑉= 𝑛

𝐶 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾 [ 𝐴𝑂 𝑃 𝑇]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜

1−𝑛 𝑃𝑜 𝑇 𝑛
𝐶𝐴𝑂 )
𝑋𝐴 𝑣𝑂 [(1 + 𝜀𝑋𝐴 𝑃𝑇 ]
𝑜
𝑉=
𝐾(1 − 𝑋𝐴 )𝑛

𝑷𝒐 𝑻 𝒏
𝑪𝑨𝑶 𝟏−𝒏 𝑿𝑨 𝒗𝑶 [(𝟏 + 𝜺𝑿𝑨 ) 𝑷𝑻 ]
𝒐
𝑽=
𝑲(𝟏 − 𝑿𝑨 )𝒏

Equação 2.3:Equação de Projecto para reactor CSTR

3
2.2.3. Dedução do balanço molar para reactores PFR
𝑑𝑁𝐴
Seja o Balanço molar: 𝐹𝐴𝑂 (𝑉 − ∆𝑉) − 𝐹𝐴 (∆𝑉) + (−𝑟𝐴)𝑑𝑉 = ;
𝑑𝑡
𝑜 𝑃 𝑇
V= 𝑉𝑜(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑃𝑇 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑇𝑜 ≠ 𝑇
𝑜

𝐹𝐴 = 𝐹𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
(−𝑟𝐴)𝑑𝑉 = 𝐹𝐴𝑂 (𝑉 − ∆𝑉) − 𝐹𝐴 (∆𝑉)
𝐶𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐶𝐴 =
𝑃𝑇
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜
 Para Qualquer (−𝑟𝐴) = 𝐾𝐶𝐴𝑛

𝐹𝐴𝑂 (𝑉−∆𝑉) − 𝐹𝐴 (∆𝑉) 𝑑𝐹𝐴 (1−𝑋𝐴 )


𝑉= (−𝑟𝐴)
= (−𝑟𝐴)

𝑑𝐹𝐴𝑂 𝑋𝐴
𝑉=
𝐾𝐶𝐴𝑛

𝐶𝐴𝑂 𝑣𝑂 𝑑𝑋𝐴
𝑉= 𝑛

𝐶 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾 [ 𝐴𝑂 𝑃𝑜 𝑇 ]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 )
𝑃𝑇𝑜

𝑃𝑜 𝑇 𝑛
𝐶𝐴𝑂 𝑣𝑂 𝑑𝑋𝐴 𝑋𝐴1 𝑣𝑂 [(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) ] 𝑑𝑋𝐴
𝑃𝑇𝑜
𝑉= 𝑛 = 𝐶𝐴𝑂 1−𝑛 ∫
𝑋𝐴0 𝐾(1 − 𝑋𝐴 )𝑛
𝐶 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾 [ 𝐴𝑂 𝑃 𝑇]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜

𝑷𝒐 𝑻 𝒏
𝑿𝑨𝟏 𝒗𝑶 [(𝟏 + 𝜺𝑿𝑨 ) 𝑷𝑻 ] 𝒅𝑿𝑨
𝑽 = 𝑪𝑨𝑶 𝟏−𝒏 ∫ 𝒐
𝒏
𝑿𝑨𝟎 𝑲(𝟏 − 𝑿𝑨 )

Equação 2.4:Equação de projecto para Reactor PFR

4
2.2.4. Dedução do balanço molar para reactores PBR
𝑑𝑁𝐴
Seja o Balanço molar: 𝐹𝐴𝑂 (𝑊 − ∆𝑊) − 𝐹𝐴 (∆𝑊) + (−𝑟𝐴)𝑑𝑊 = ;
𝑑𝑡

𝐹𝐴 = 𝐹𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
(−𝑟𝐴)𝑑𝑊 = 𝐹𝐴𝑂 (𝑊 − ∆𝑊) − 𝐹𝐴 (∆𝑊)
𝐶𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐶𝐴 =
𝑃𝑇
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜
 Para Qualquer (−𝑟𝐴) = 𝐾𝐶𝐴𝑛

𝐹𝐴𝑂 (𝑊−∆𝑊) − 𝐹𝐴 (∆𝑊) 𝑑𝐹𝐴 (1−𝑋𝐴 )


𝑊= (−𝑟𝐴)
= (−𝑟𝐴)

𝑑𝐹𝐴𝑂 𝑋𝐴
𝑊=
𝐾𝐶𝐴𝑛

𝐶𝐴𝑂 𝑣𝑂 𝑑𝑋𝐴
𝑊= 𝑛

𝐶𝐴𝑂 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾[ 𝑃 𝑇]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜

𝑃𝑜 𝑇 𝑛
𝐶𝐴𝑂 𝑣𝑂 𝑑𝑋𝐴 𝑋𝐴1 𝑣𝑂 [(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑃𝑇 ] 𝑑𝑋𝐴
𝑊= 𝑛 = 𝐶𝐴𝑂 1−𝑛 ∫ 𝑜
𝑛
𝑋𝐴0 𝐾(1 − 𝑋𝐴 )
𝐶 (1 − 𝑋𝐴 )
𝐾 [ 𝐴𝑂 𝑃 𝑇]
(1 + 𝜀𝑋𝐴 ) 𝑜
𝑃𝑇𝑜

𝑷𝒐 𝑻 𝒏
𝑿𝑨𝟏 𝒗𝑶 [(𝟏 + 𝜺𝑿𝑨 ) 𝑷𝑻 ] 𝒅𝑿𝑨
𝑾 = 𝑪𝑨𝑶 𝟏−𝒏 ∫ 𝒐
𝒏
𝑿𝑨𝟎 𝑲(𝟏 − 𝑿𝑨 )

Equação 2.5:Equação de projecto para Reactor PBR

5
2.3.EXEMPLO DE CALCULO 1:

Um Reactor CSTR opera adiabaticamente com um volume de 40000L em fase gasosa


𝐴 ⇌ 𝑅, com a alimentação de 2500L/h (à 1 atm, 200ºC), contendo 62% de A e 38% de
inerte. Calcule a Conversão e a Temperatura de saída na Reactor, considerando:

Dados Adicionais:

2500𝑐𝑎𝑙
𝐾𝐶 = 2 (à 300º𝐶); ∆𝐻𝑅𝑋 = (𝐼𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎);
𝑚𝑜𝑙

𝑐𝑎𝑙 10𝑐𝑎𝑙 𝐶𝑅 3000𝐶𝑎𝑙


𝐶𝑃𝑖 = 3 ; 𝐶𝑃𝐴 = 𝐶𝑃𝑅 = ; −𝑟𝐴 = 𝑘𝑑 (𝐶𝐴 − );𝐸 = ;
𝑚𝑜𝑙𝐾 𝑚𝑜𝑙𝐾 𝐾𝐶 𝑚𝑜𝑙

𝐾𝑑 = 16.5ℎ−1 (à 300º𝐶)

2.3.1. RESOLUÇÃO:
a) Reactor CSTR
𝐏𝐨 𝐓
𝐅𝐀𝟎 𝐗 𝐀 𝐂𝐀𝐎 𝐯𝟎 𝐗 𝐀 𝐂𝐀𝐎 𝐯𝟎 𝐗 𝐀 [(𝟏 + 𝛆𝐗 𝐀 ) 𝐏𝐓 ]
𝐨
𝐕= = =
(−𝐫𝐀) 𝐤𝐝 (𝐂 − 𝐂𝐑 ) 𝐤𝐝 (𝐂 (𝟏 − 𝐗 − 𝐂𝐀𝐎 𝐗 𝐀 )
𝐀 𝐊𝐂 𝐀𝐎 𝐀) 𝐊𝐂
(Balanco Molar)
𝐧
̇ 𝐅𝐀𝐎 ∑ 𝛉𝐈 𝐂𝐏𝐢 (𝐓 − 𝐓𝐢𝟎 ) − [∆𝐇𝐑𝐗
𝐐− º
+ ∆𝐂𝐏 (𝐓 − 𝐓𝐑 )]𝐅𝐀𝟎 𝐗 𝐀 = 𝟎
𝐢=𝟏

(Balanço de Energia)
 Cálculo da Concentração
yAO P 0,62 × 1atm 0,016mol
CAO = = =
RT 0,082atmL/molK × 473K L

(1 − 1)
εA = yAO δ = 0,62 × =0
1

3000 1 1 1 1
 Pela Lei de Arrhenius: Kd = 16,5Exp [1,987 (473 − T)] = [1510 (473K – T)]

2500Cal
1 1
Kc = 2Exp [ mol ( − )]
1,987 473K T

6
 Cálculo da Vazão molar

0,016mol 2500L 40mol


FAO = CAO vO = × =
L h h
y 0,62
θI = y IO = 0,38 = 1,63,
AO

O Valor de θ para o reagente limitante é sempre θA = 1

Como o reactor é adiabático, não há troca de calor pelas paredes: 𝑄̇ = 0


O enunciado do problema informa que o ΔHRX é independente da temperatura, portanto:

º
2500Cal
∆HRX = +∆CP (T − TR ) = ∆HRX = (Constante)
mol

Considerando que não há variação de pressão ao longo do reactor e substituindo os dados


nas equações de balanço:
4 × 104 𝐿
𝑇
40 𝑋𝐴 [(1 + 0 × 𝑋𝐴 ) 473]
=
1 1 0,016𝑋𝐴
16,5𝐸𝑥𝑝 [1510 (473𝐾 – 𝑇)] (0,016(1 − 𝑋𝐴) − 1 1 )
2𝐸𝑥𝑝 [1258 (473𝐾 − 𝑇)]

Nesta equação, a única incógnita é a temperatura (T), porém, não é possível isolá-la.
Assim sendo, resolve-se o problema através do método iterativo, ou seja, estimando
valores para T.
∆𝐻𝑅𝑋 𝑋𝐴 −2500𝑋𝑇
𝑇 = 𝑇0 − = 573 −
(𝜃𝐴 𝐶𝑃𝐴 + 𝜃𝐼 𝐶𝑃𝐼 + 𝜃𝑅 𝐶𝑃𝑅 ) (1 × 10 + 1,63 × 3 + 1 × 10)

𝑇 = 573 + 100,44𝑋_𝑇, 𝑠𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑓𝑜𝑟 400º𝐶 (673𝐾)

673𝐾 − 573 = 100,44𝑋𝑇 ,

673𝐾 − 573𝐾
𝑋𝑇 = = 0,99
100,44

7
2.4.EXEMPLO DE CALCULO 2:

A hidrodealquilação é uma reacção que pode ser usada para converter tolueno em
benzeno, que normalmente é mais valioso que o tolueno. A reacção é:
C7𝐻8 + 𝐻2 → 𝐶6𝐻6 + 𝐶𝐻4
Cuja taxa de consumo do tolueno pode ser escrita como:
𝐸 𝐿 𝐶𝑎𝑙
(−𝑟𝑇 ) = 𝐾𝑇 𝐶𝐻2 𝐶𝐶7 𝐻8 ; 𝐾𝑇 = 3,5 × 1010 exp (− 𝑅𝑇) 𝑚𝑜𝑙𝑠 ; 𝐸 = 50900 𝑚𝑜𝑙

Admitindo que o Reactor é tubular ideal (PFR); calor de reacção igual a -12,9 kcal/mol,
independente da temperatura; calores específicos de todos os componentes igual a 36 cal/
(mol K), alimentação de 2000 mol/h de uma mistura 50 mol% tolueno e 50 mol% H2;
condições de alimentação: T0 = 850 °C, P= 1 atm.
a) Se reactor for operado adiabaticamente, qual será o volume necessário para atingir a
mesma conversão de 50%?

2.4.1. RESOLUÇÃO
a) Aplicando a equação de projecto para um PFR isotérmico:
𝑷𝟎 𝑻
𝑿𝑻 (𝟏 + 𝜺𝑿𝑻 )
𝑿𝟎
𝒅𝑿𝑻 𝑷𝑻𝟎 𝒅𝑿𝑻
𝑽 = 𝑭𝑻 ∫ = 𝑭𝑻 ∫
𝟎 (−𝒓𝑻 ) 𝟎 𝑲𝑻 𝑪𝑻 (𝟏 − 𝑿𝑻 )
(Balanço Molar)

Esta equação não pode ser integrada directamente, pois a temperatura é uma função da
conversão. Esta função pode ser obtida através do balanço de energia, como segue.
𝒏
̇ 𝑭𝑨𝑶 ∑ 𝜽𝑰 𝑪𝑷𝒊 (𝑻 − 𝑻𝒊𝟎 ) − [∆𝑯º𝑹𝑿 + ∆𝑪𝑷 (𝑻 − 𝑻𝑹 )]𝑭𝑨𝟎 𝑿𝑨 = 𝟎
𝑸−
𝒊=𝟏
(Balanço de Energia)

Sabe-se que:

O reactor é adiabático: 𝑄̇ = 0

º
12900𝐶𝑎𝑙
∆𝐻𝑅𝑋 = +∆𝐶𝑃 (𝑇 − 𝑇𝑅 ) = ∆𝐻𝑅𝑋 = − (𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒)
𝑚𝑜𝑙
𝑦𝐻2𝑂 0,5
𝜃𝑇 = 1; 𝜃𝐻2 = = 0,5 = 1
𝑦𝑇𝑂

8
∆𝐻𝑅𝑋 𝑋𝑇 = (𝜃𝑇 ∆𝐶𝑃𝑇 + 𝜃𝐻2 𝐶𝑃𝐻2 )(𝑇 − 𝑇0 )

∆𝐻𝑅𝑋 𝑋𝑇 −12900𝑋𝑇
𝑇 = 𝑇0 − = 1123 −
(𝜃𝑇 𝐶𝑃𝑇 + 𝜃𝐻2 𝐶𝑃𝐻2 ) (1 × 36 + 1 × 36)

𝑇 = 1123 + 179,2𝑋𝑇

A Lei de Arrhenius e o balanço de energia podem ser substituídos no balanço molar, como
segue:

1123 + 179,2𝑋𝑇
𝑋𝑇 𝐹𝑇 ( ) 𝑑𝑋𝑇
𝑇 0
𝑉=∫
−𝐸
0 3,5 × 1010 𝑒𝑥𝑝 [ ] 𝐶 (1 − 𝑋𝑇 )
𝑅(1123 + 179,2𝑋𝑇 ) 𝑇

De seguida acha-se a solução pela regra de Simpson a diferentes temperaturas:

Trata-se de uma função cuja solução analítica não é simples como as soluções das
integrais habituais. Neste caso, é mais viável trabalhar com um método numérico, o qual
fornece uma solução aproximada para este tipo de integral. o método de Simpson, o qual
será aplicado ao presente problema, é mostrado a seguir.
3
𝑉= ℎ[𝑓(𝑋𝑇0 ) + 3𝑓(𝑋𝑇1 ) + 3𝑓(𝑋𝑇2 ) + 𝑓(𝑋𝑇3 )]
8

9
2.5.REATORES CATALÍTICOS HETEROGÊNEOS

Na indústria química, em geral, buscam-se sempre as maiores conversões para uma dada
reacção, de forma a diminuir o custo de separação, aumentar a produtividade e,
consequentemente, o lucro. Em grande parte das reacções, um catalisador se mostra
necessária para atingir tais conversões. Nestes casos o projecto do reactor está
directamente relacionado à massa de catalisador necessário; ou seja, deve-se calcular a
massa necessária de catalisador para se obter uma dada conversão. O volume do reactor
já não é mais tão importante quanto antes (projectos de CSTR e PFR), devendo apenas
ser suficiente para comportar a massa de catalisador calculada. A catálise heterogénea
tem maior interesse económico, visto que, a separação de catalisadores homogéneos do
meio reaccional é mais dispendiosa. Neste capítulo é exemplificado um mecanismo de
catálise heterogénea (como também mostrado na apostila de CQA), seguido de ilustrações
de tipos de reactores catalíticos e exercícios resolvidos.

2.5.1. Mecanismo de catálise heterogénea


Num mecanismo de catálise envolvendo catalisador sólido podem ser listadas as etapas a
seguir, as quais estão ilustradas na Figura 2.6.

a) Difusão dos reagentes até a superfície do catalisador (difusão externa);


b) Difusão dos reagentes da superfície do catalisador até o sítio catalítico (difusão
interna);
c) Adsorção dos reagentes;
d) Reacção superficial;
e) Dessorção dos produtos;
f) Difusão dos produtos até a superfície do catalisador (difusão interna);
g) Difusão dos produtos até o seio do fluido (difusão externa).

10
Figura 2.1:Mecanismo catalítico em catalisador sólido.

Para meios não muito viscosos, as etapas de difusão interna e externa podem ser
desprezadas tornando a descrição matemática mais simples. Esta descrição simplificada
com as etapas de adsorção, reacção superficial e Dessorção é conhecida como modelo
LHHW e será mostrada a seguir.

Considere a seguinte reacção a ser realizada em presença de catalisador sólido:

2𝐴 ⇌ 𝑅
As Figuras 3.2, 3.3 e 3.4 ilustram as etapas de adsorção, reacção superficial e Dessorção
respectivamente.

Figura 2.2:Adsorção de A.

Figura 2.3:Reacção superficial

11
Figura 2.4:Dessorção de B

Utilizando a simbologia:
S: Sítio vazio;
AS: Sítio ocupado por A;
BS: Sítio ocupado por B;
Podem-se escrever as equações químicas e respectivas leis de velocidade a seguir.

Adsorção de A:

Reacção superficial:

Dessorção de B:

Nestas equações, o k (minúsculo) representa a constante de velocidade e o K (maiúsculo)


representa a constante de equilíbrio. Cada etapa é considerada elementar e reversível. A
velocidade global da reacção (rGlobal) pode ser definida como a velocidade da etapa mais
lenta do processo (hipótese de etapa lenta).
De forma ilustrativa, será feita a suposição de que a etapa mais lenta deste processo é a
reacção superficial:

12
2.6.Tipos de reactores catalíticos
2.6.1. Reactor de leito Fluidizado
O tipo mais comum de reactor catalítico é o reactor de leito recheado (PackedBed Reactor
– PBR). A operação deste reactor é feita de forma contínua e pode ser realizada mantendo-
se o leito fixo ou fluidizado.
O leito fixo consiste na disposição de partículas de catalisador de forma empacotada,
preenchendo todo o volume do reactor. Este tipo de reactor pode operar tanto na vertical
quanto na horizontal e costuma atingir altas conversões e apresentar baixo custo de
operação. Dentre suas desvantagens, podem-se destacar: formação de canais
preferenciais, dificuldades de manutenção e no controle da temperatura.

No leito fluidizado, as partículas de catalisador ficam suspensas através do fluxo


ascendente de fluido. Este tipo de reactor opera na vertical e pode ser equipado com um
dispersor. Além disso, o leito fluidizado conta com boa mistura, uniformidade de
temperatura e possibilidade de regeneração do catalisador através de loop auxiliar. Por
outro lado, fluxos muito turbulentos podem ocasionar a quebra das partículas. O processo
de catálise por leito fluidizado é mais difícil de caracterizar matematicamente do ponto
de vista da mecânica dos fluidos e ampliação de escala.

2.6.2. Reactor de Cesta Rotativa


O reactor CSTR de cesta rotativa (modelo Carberry) contém uma hélice cujo rotor é
constituído de compartimentos que armazenam o catalisador. O contacto entre o fluido e
o catalisador é feito através da rotação desta hélice durante a operação. O reactor Carberry
é isento de gradientes e permite a realização de estudos catalíticos avançados combinando
líquido e gás com catalisador sólido, estudos de química de superfície e caracterização de
catalisadores.
2.6.3. Reactor com recirculação interna
O CSTR com recirculação interna (modelo Berty) contém, em seu interior, um leito fixo
de partículas de catalisador e um rotor que permite a recirculação do fluido através deste
leito. Este tipo de reactor evita a quebra de partículas e formação de gradientes, além de
poder operar com pressões elevadas.

13
3. ANEXOS

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