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INTRODUÇÃO

Em A República de Platão, livro escrito por volta de 380 a.C, Platão através de sua
personagem principal Sócrates que se utiliza de uma metodologia chamada de maiêutica, a
qual consiste em fazer diversas perguntas ao seu interlocutor auxiliando o mesmo encontrar
suas próprias verdades, busca conceituar diversos assuntos pertinentes inclusive a Justiça,
princípio o qual influencia diretamente e indiretamente a história da humanidade.

O presente trabalho tem como objetivo definir o que é Justiça para Platão contradizendo a
tese de seus adversários.

DESENVOLVIMENTO
Em busca de conceituar a justiça, Platão tem como princípio que a justiça é absoluta, então
toda ação deve ser justa ou injusta.
Temos no primeiro debate do livro sobre justiça, Sócrates contra Céfalo, para este último a
justiça é nunca mentir e sempre devolver aquilo que lhe tomou, Sócrates vai rebater essa
ideia dizendo que se justiça é algo absoluto não deverá haver exceções, ou seja, em
determinadas ocasiões a mentira é necessária pensando no bem do outro, já devolver aquilo
que tomou também não é uma tese absoluta, por exemplo se um amigo empresta uma arma
a outro e depois a quer de volta para fazer algo mal a alguém seria injusto devolver aquilo
que lhe tomou. (PLATÃO et al., 380 a.C).
No segundo debate temos Polemarco, filho de Céfalo, o qual diz que ser justo é ajudar os
amigos e prejudicar os inimigos e, Sócrates diz que essa tese é antagônica, pois roubar um
amigo é ser injusto e um inimigo é ser justo como alguém pode ser justo e injusto em uma
mesma ação. A segunda refutação que ele faz é que a amizade é algo passível de erro, pode-
se prejudicar um amigo pensando que o mesmo é um inimigo. A terceira e última refutação,
a Polemarco é a ideia de que a justiça é algo virtuoso e positivo, ela não comporta fazer o
mal. (PLATÃO et al., 380 a.C).
A terceira tese que Sócrates irá refutar é a de Trasímaco, um sofista, que defende a justiça
como a conveniência do mais forte.

A primeira contestação que Sócrates irá fazer é que a justiça sendo absoluta ela não pode
ficar à mercê da vontade do mais forte.
A segunda contestação é baseada no erro do mais forte, ele pode errar fazendo algo achando
que será benéfico a ele, porém acabar se prejudicando.

Depois de refutado, Trasímaco apresenta uma nova tese que diz, em síntese, que a injustiça
compensa e que o injusto é sempre mais feliz que o homem justo. (PLATÃO et al., 380
a.C).
Logo após a nova tese de Trasímaco, Glauco como se fizesse um adendo diz que o homem é
injusto, de per si, e usa a alegoria de Giges para justificar sua asserção, o homem é justo
porque é coagido a assim ser, ou seja, a justiça não passa de uma convenção social, imposta
ao indivíduo.
Um novo interlocutor, Adimanto, defende o seguinte enunciado, que o justo é o fraco,
porque se fosse forte e capaz ele cometeria injustiças e o que importa não é ser justo, mas
parecer ser justo, finalizando sua tese, Adimanto defende que o caminho da justiça é
oneroso, já o caminho da injustiça é fácil. (PLATÃO et al., 380 a.C).
Sócrates para rebater todas essas teses conceitua justiça a partir do homem dentro da polis,
podemos dividir a alma do homem em três partes: razão, coragem e temperança. A primeira
é a busca pela verdade a inteligência o poder reflexivo, a segunda é a proteção dos corpos, a
arte da guerra e a terceira são os desejos da carne.

Toda alma do homem pode ser tripartida, assim todos somos racionais, corajosos e
desejosos, em escalas diferentes.

A cidade justa, para Platão, é cada indivíduo, de acordo com sua maior aptidão, ocupar seu
lugar dentro da polis. Aquele com maior sabedoria deve governar a cidade, o mais corajoso
irá compor o exército e o temperado deve trabalhar. O justo é aquele que exerce seu lugar
na polis dentro de sua aptidão. (PLATÃO et al., 380 a.C).

A alma sendo harmônica logo será justa, então o justo é mais feliz que o injusto, pois essa
harmonia trará uma paz interior e um equilíbrio à vida do homem, a justiça compensa na
medida em que é o caminho a uma vida plena.

Tão pouco, a justiça, segundo Sócrates, será uma questão de aparência ou coerção social,
pois a justiça parte da alma harmônica do homem, ou seja, do seu interior. Sócrates continua
a rebater dizendo que o justo não é o mais fraco, porque a desordem é mais fraca que a
ordem, fazer a ordem necessita de uma força maior e o caminho do justo é mais fácil, a
partir do momento que o justo se sente realizado por elevar sua verdadeira aptidão, não
havendo arrependimentos futuros por não a realizar. (PLATÃO et al., 380 a.C).

CONCLUSÃO
No presente trabalho podemos identificar que para Platão a justiça é sábia, harmônica e
feliz, na medida em que a negação da mesma é a injustiça, inculta, desarmônica e infeliz.

Ante tal premissa, analisamos a justiça em duas partes: i) a primeira na cidade. Desse modo,
para a mesma ser justa necessita-se que cada indivíduo cumpra a sua função: os filósofos
devem governar, os guerreiros protegê-la e os temperados trabalhar como artesões e
comerciantes; ii) a segunda, na realização do homem. Assim, estando este em equilíbrio
com as aptidões de sua alma, ter-se-á a realização da justiça.

REFERÊNCIAS
PLATÃO, A República. Bauru: EDIPRO, 1994.
https://filipedognani.jusbrasil.com.br/artigos/523777206/conceito-de-justica-em-platao
DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE JUSTIÇA EM PLATÃO

A filosofia em Platão segue uma orientação ética: ensina o homem a desprezar os prazeres, as
riquezas e as honras. A finalidade do homem em Platão é procurar transcender a realidade,
procurar um bem superior em relação àquele que perdeu. Para se atingir este bem o homem
necessita viver numa "cidade perfeita" – A República: a Callipolis. O homem mais feliz é o
justo; bem mais do que o injusto num mar de delícias.

Não só em A República, como também na obra Fédon, Platão vai ensinar que para se
conseguir a felicidade deve-se renunciar aos prazeres e as riquezas e dedicar-se à prática da
virtude. O que vemos aqui é que em Platão os conceitos de felicidade e justiça caminham
juntos. Podemos definir felicidade da seguinte maneira: seguir sua própria natureza; e a
definição de justiça se dá da seguinte forma: fazer aquilo que é próprio de cada um.Este
paralelo traçado entre os dois conceitos se concretiza dentro de A República ao estruturar sua
cidade utópica.

A grande problemática com o qual Platão inicia A República é falando sobre a justiça,
Sócrates (personagem principal do diálogo) realiza sua fala buscando uma definição para
justiça ou para o justo. Qual dessas atitudes cabe melhor ao cidadão: o justo ou o injusto, que
tem vida melhor? Como já falamos a conclusão que cabe melhor é a da vida ao justo; para
chegar a esta conclusão, Glauco conta a lenda do Anel de Giges. Um homem através do poder
do anel poderia adquirir quase tudo o que desejasse, mas não possui o sentimento de justiça e
vive com desculpas inúteis tentando sustentar uma situação que não é própria dele.

A república platônica prevê um estado que não se trata de uma forma de governo aristocrata
ou um governo eleito pela maioria. A forma de governo ideal seria aquela onde o poder é
confiado aos mais inteligentes, aos filósofos, portanto temos uma sofocracia. Como Platão
mesmo afirma "é preciso que os filósofos se tornem reis, ou que os reis se tornem filósofos".
Aonde chegar com toda esta discussão. Se Platão afirma que a justiça é a base para todas as
virtudes, o sábio é uma pessoa virtuosa, logo o sábio deve por excelência ser alguém justo.
Voltando a questão das virtudes, vale lembrar que a alma humana possuí três virtudes: a
temperança, a coragem e a sabedoria, sendo a justiça a base dessas trêsvirtudes que seguindo a
mesma linha constituirá três almas: a apetitiva, a irascível e racional que culmina numa
distribuição harmônica de atividade na alma conforme a razão constituiria seguindo a virtude
fundamental: a justiça. Este último argumento é o ponto central de ligação entre os conceitos
de sabedoria e justiça.
O conceito de dar a cada um aquilo que lhe é próprio assume uma postura central dentro da
organização da república platônica. Existe baseado nesta teoria um sistemaeducacional a fim
de orientar cada um segundo suas aptidões. Os que possuem sensibilidade grosseira devem-se
dedicar à agricultura, a produção, ao artesanato e ao comércio; cuidando da subsistência da
cidade. Os que possuidores da coragem constituem a guarda, a defesa da cidade, estes são os
guerreiros. A última classe aponta é dedicada para aqueles que estudam afilosofia, disciplina
que eleva a alma, afim de atingir o conhecimento mais puro e é a fonte de toda a verdade, a
estes caberiam a administração da cidade. Portanto dentro desta visão fica claro que a atitude
do justo é de estar trabalhando dentro de suas aptidões. Para se formar um estado justo é
necessário antes de tudo, que seus cidadãos sejam justos. Jamais poderia se conceber um
estado justo com pessoas injustas ou seu contrário. A formação da população vai determinar
como será o estado. Assim se entende toda a estrutura educacional do estado platônico – cada
um deve ser direcionado segundo suas aptidões, desenvolvendo as virtudes que lhe são
próprias e adequadas para aquilo que estão desenvolvimento.

Em Platão não encontramos uma definição fechada de justiça. Ele procura trabalhar o
conceito de justiça envolvendo todo o comportamento do ser humano, portanto podemos dizer
que o a definição de justiça em Platão assume um caráter antropológico. Ele analisa como
seria o comportamento do homem justo e do homem injusto para se chegar a descrever suas
virtudes, e a tipologia das almas, afim de determinar uma postura ética que direciona o
homem para a conquista da sua felicidade dentro de suas aptidões constituindo por fim um
estado justo e perfeito – A República.

REFERÊNCIA

PLATÃO, A República. Bauru: EDIPRO, 1994.

__________. Fedon. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 2002

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