Sei sulla pagina 1di 45

Disciplina de Microbiologia

Micologia básica

Prof. Luiza Emy Dorfman


Reino Fungi

• Leveduras (unicelulares).
• Fungos filamentosos (multicelulares).
• Quimio-heterotróficos (fonte de energia e de
carbono- compostos orgânicos). Muitos são
decompositores.
• Adquirem alimentos por absorção.
• Hábitat natural: maioria, meio ambiente.
• Reprodução por esporos (sexuados e
assexuados).
• Domínio Eukarya.
(Ergoesterol)
Reino Fungi

• 100 mil espécies conhecidas de


fungos.
• 200 patogênicas aos seres humanos e
animais.
• Últimos 10 anos: aumento da
incidência de infecções fúngicas
(unidades de cuidados da saúde e em
imunocomprometidos).
Reino Fungi
• Maioria aeróbica obrigatória.
• Alguns anaeróbicos facultativos, mas nenhum anaeróbico
obrigatório.
Leveduras
• Unicelulares.
• Anaeróbicos facultativos (fermentadores) muito
utilizados na fabricação de alimentos.
• Reprodução por brotamento.
• Candida albicans
Fungos multicelulares (filamentosos)
Reprodução por divisão celular.

Hifas: filamentos de
células.
Micélio reprodutivo
Reprodução

Micélio: conjunto
de hifas que
formam o fungo.

Micélio vegetativo
Nutrição
Fungos multicelulares
Hifas septadas Hifas cenocíticas
Presença de paredes transversais Preenchidas por uma massa citoplasmática
(septos) delimitando as células que comum a vários núcleos
podem apresentar um ou mais núcleos.
@tanisegemeli
Fungos dimórficos
Tipos de esporos assexuais: Formados pelas hifas, quando germinam tornam-se
clones do indivíduo parental. A maioria dos fungos de interesse clínico propaga-se de
forma assexuada.

•Conidiósporo ou conídio: produzidos em cadeia na extremidade de um conidióforo.

•Artrósporo ou artroconídios: resultam da fragmentação de uma hifa septada células


únicas, pequenas e levemente espessas.

Coccidioides immitis

@tanisegemeli
•Blastoconídio: formados a partir de brotos de uma célula parental.

•Clamidósporo: formado por um arredondamento e alargamento no interior de um


segmento de hifa.

Candida albicans

• Esporangiósporo: formados dentro dos esporângios na reprodutiva.

Rhizopus e Mucor

@tanisegemeli
Reprodução sexuada

Ocorre em condições desfavoráveis, apenas quando se pretende


aumentar a variabilidade através da meiose.

Basidiosporos
Zigosporos Ascosporos

@tanisegemeli
Estrutura da célula fúngica
Parede celular:
Composta basicamente por quitina,
polissacarídeo composto por longas
cadeias de N-acetilglicosamina, e
outros polissacarídeos, sendo o β-
glicano o mais importante (alvo da
Caspofungina).

Membrana plasmática:
Contém ergosterol, responsável pela
estabilidade e flexibilidade da
membrana plasmática (alvo da
Anfotericina B e antifúngicos
azoicos, como o Fluconazol e
Cetoconazol).
Terapias antifúngicas
• Os fármacos utilizados para o tratamento de doenças
causadas por bactérias não tem efeito sobre doenças
fúngicas.
Patogênese
• A resposta para a infecções causadas por muitos fungos é a
formação de granulomas.
• Produzidos nas principais micoses sistêmicas.
• Resposta de hipersensibilidade tardia cutânea para certos antígenos
fúngicos injetados de forma intradérmica.
Defesas do hospedeiro
• Pele intacta
• Os ácidos graxos presentes na pele impedem o crescimento de
dermatófitos (fungos que causam infecções na pele de humanos e
animais).
• Hormônios associados à pele que ocorrem na puberdade limitam o
aparecimento de tinhas no couro cabeludo.
• Microbiota normal
• Quando a microbiota normal é inibida o crescimento excessivo de
fungos pode ocorrer.
• Trato respiratório
• Imunoglobulinas circulantes (IgG e IgM)
• Produzidas em resposta às infecções fúngicas.
• Supressão- reativação a disseminação de infecções fúngicas.
Diagnóstico laboratorial
de doenças fúngicas
1) Exame microscópico direto (KOH
10% ou colorações especiais).
2) Cultivo do organismo (Ágar
Sabouraud).
3) Análises de DNA (culturas em
estágio inicial- resultados mais
rápidos).
4) Testes sorológicos (presença de
anticorpos no soro ou líquido
espinhal- principalmente para
micoses sistêmicas).
Micoses
Micoses cutâneas
• Dermatofitoses (tíneas)- fungos infectam estruturas
queratinizadas superficiais (pele, pelos e unhas).
• Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum.
• Transmitidos por pessoas infectadas por contato direto.
• Microsporum também é transmitido por animais.
• Infecções crônicas frequentemente localizadas em áreas quentes e
úmidas do corpo.
• Lesões circulares, pelos quebradiços, unhas espessas e partidas.
Micoses cutâneas
• Tínea no couro cabeludo afeta principalmente
crianças em idade escolar.
• Transmissão: contato com animais infectados,
solo, de pessoa para pessoa.
• Raspagem nas zonas de alopecia. Os cabelos
devem ser igualmente raspados do couro
cabeludo e não arrancados.
• As amostras com KOH observadas ao
microscópio óptico.
• Hifas ramificadas e compridas de uma cor
verde pálido característica.
Micoses subcutâneas
• Causadas por fungos que crescem no solo e sobre vegetais,
introduzidas no tecido subcutâneo por meio de um trauma.
• Esporotricose: Sporothrix schenckii, esporos do fungo são
introduzidos na pele normalmente por um espinho. Comum
em jardineiros.
Micoses sistêmicas
• Resultam da inalação de esporos de fungos dimórficos que
ocorrem de forma filamentosa no solo.
• Nos pulmões os esporos se diferenciam em leveduras ou
outras formas.
• Maioria das infecções nos pulmões é assintomática. Em
algumas pessoas a doença pode se disseminar.
• Pessoas infectadas não transmitem estas micoses para
outras pessoas.
• Também chamados de fungos endêmicos.
Micoses sistêmicas

• Paracoccidioides
• Paracoccidioides brasiliensis.
• Dimórfico, ocorre como filamentoso no solo e levedura
nos tecidos.
• Cresce no solo, endêmico em áreas rurais da América
Latina.
• Esporos inalados – lesões nos pulmões. Pode ser
assintomático ou desenvolvimento de lesões nas
mucosas, aumentos dos linfonodos e disseminação para
muitos órgãos.
Micoses oportunistas
• Não causam doenças na maioria das pessoas imunocompetentes,
mas podem causá-las em pessoas com as defesas imunes
debilitadas.
• Candida
Cândida na boca e na vagina; endocardite em usuários de
drogas intravenosas. Infecções associadas a sondas
intravenosas e cateteres urinários.
Microbiota normal das membranas do trato respiratório
superior, sistema gastrintestinal e trato genital feminino.
Micoses oportunistas
• Criptococose
Cryptococcus neoformans (mais comum), C. gattii (eucalipto).
Meningite criptocócica.
Doença fúngica invasiva, risco à vida.
Assintomática ou pneumonia branda.
 Em imunodeprimidos pode se disseminar para o SNC e outros
órgãos.
Micoses oportunistas
• Aspergilose
 Aspergillus fumigattus.
 Infecções de pele, olhos, orelhas, e em outros órgãos; “bola
fúngica” nos pulmões, aspergilose alérgica broncopulmonar.
Ambientes empoeirados, construções, demolições, contato com
grãos de cereais.
Toxinas fúngicas e alergias
• Além das infecções fúngicas existem outros tipos
de doenças causadas por fungos:
1) Micotoxicoses: ingestão de toxinas.
Amanita muscaria (hepatotoxinas).
Claviceps purpúrea- infecta grãos (produz
alcaloides que produzem fortes efeitos
neurológicos e vasculares).
Aspergillus flavus- aflatoxinas (danos ao
fígado e suspeita de câncer hepático).

2) Alergias a esporos fúngicos.


Principalmente esporos de Aspergillus.
Hipersensibilidade imediata, broncoconstrição.
Toxinas fúngicas
• Nos alimentos os fungos podem produzir uma grande variedade de
enzimas que provocam a sua deterioração.
• Muitos fungos podem produzir metabólitos tóxicos quando estão se
multiplicando nos alimentos.
• Micotoxinas- metabólitos secundários quando ingeridos com alimentos
causam alterações biológicas prejudiciais no homem e em animais
(micotoxicoses).
Micotoxinas
• Mais de 100 substâncias tóxicas diferentes podem ser produzidas por
pelo menos 80 espécies diferentes de bolores.

Penicillium spp.
Aspergillus spp.

Fusarium spp.
Claviceps spp.
TOXICIDADE
Substâncias estáveis e resistentes – atividade tóxica persiste por um
longo tempo nos alimentos, mesmo após o desaparecimento dos fungos que
as originaram;

• Não alteram aparência dos alimentos;


• São compostos químicos de baixo peso molecular, que não são detectados;
• Contaminação aguda é mais freqüente em animais domésticos - altos teores
encontrados em rações;

Efeitos crônicos no homem, danos:


– Nos rins;
– No fígado;
– Nos sistemas nervoso e imunológico;
– Trato gastrointestinal;
– Alterações estrogênicas, carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas.

@tanisegemeli
Em quase todas as matérias-primas destinadas a gêneros alimentícios, tais
como:

@tanisegemeli
@tanisegemeli
Toxicidade de uma micotoxina depende:

– Tipo de micotoxinas;
– Quantidade e da duração da exposição;
– Idade, saúde e sexo do indivíduo exposto;
– Estado nutricional;
– Interações com outros insultos tóxicos.

@tanisegemeli
Mecanismos de ação das micotoxinas : efeitos biológicos

• Interrompem o metabolismo celular → potentes inibidores da síntese protéica


em eucariotas;
• Bloqueio das vias metabólicas – lesões → inibe as atividades mitocondriais;
• Interagem com o DNA e RNA – Síntese protéica
• Alteram a estrutura e a função da membrana celular → interrompem o
transporte da membrana celular;
• Reagem com enzimas → inativa certas enzimas e inibe a síntese lipídica;

@tanisegemeli
@tanisegemeli
Aflatoxinas
• Micotoxinas mais estudadas.
• Produzidas principalmente por: Aspergillus flavus e A. parasiticus.
Aflatoxinas B1 e B2.
• Favorecida pela temperatura de 23° a 26°C, sendo produzidas em maior
em substratos ricos em carboidratos, gorduras e proteínas.
- Amendoim, Nozes, Castanhas;
– Amêndoas;
– Milho;
Encontradas como – Algodão, Centeio, Cevada, Sorgo;
contaminantes em:
– Trigo, Aveia, Arroz;
– Feijão;
– Frutas secas;
– Leite.
Aflatoxinas
– Capacidade de se ligarem ao DNA das células - afetam a síntese protéica;

– Contribuem → aplasia tímica ( ausência congênita do timo e das


paratireóides - deficiência da imunidade celular);

– Propriedades oncogênicas e imunosupressivas - infecções em pessoas


contaminadas;

– Perus, frangos e suínos alimentados com rações contaminadas com


aflatoxinas apresentam uma nítida redução de imunidade, ocasionando
sérios problemas econômicos aos produtores;

– Diminuição da produção de leite e ovos.

@tanisegemeli
Aflatoxinas
• O fígado é o principal órgão atingido após uma ingestão aguda por aflatoxinas,
sendo as mesmas encontradas também em outros tecidos animais e produtos,
como carne, milho e ovos.

• A aflatoxina é hepatotóxica e os seus efeitos crônicos em suínos são largamente


atribuídos ao dano no fígado.

• Em gado, o sintoma primário é a redução no ganho de peso, bem como nos


danos ao fígado e rim.

• Em aves causam danos ao fígado, prejuízo na produtividade e eficiência


reprodutiva, decréscimo na produção de ovos, qualidade inferior da casca do
ovo, qualidade da carcaça inferior e aumento na susceptibilidade às doenças.
@tanisegemeli
Aflatoxinas
• Emprego de calor no processo do alimentos- não causa a inativação
completa das aflatoxinas.
• Torra do amendoim reduz as aflatoxinas B1 e B2 em 70 e 45%,
respectivamente.
• Agentes químicos:
• Amônia- grãos de milho.
• Sulfitos e bissulfitos- grãos.
Ocratoxinas
• Micotoxinas produzidas por Aspergillus alutaceus e Penicillium.

– Nozes, castanhas;
– Milho, cevada trigo, aveia, soja, arroz, amendoim;
– Frutas cítricas;
– Algodão;
Encontradas como – Pimenta-do-reino, cacau;
contaminantes em:
– Produtos orientais fermentados à base de peixe;
– Uvas, Suco de uvas e Vinhos;
– Cerveja;
– Frutas secas;
– Carne suína e derivados.
Ocratoxinas
• Nefropatias, Hepatóxica, Imunossupressora;

• Teratogênica, Cancerígena;

• Nefropatia suína- doença é endêmica em suínos da Dinamarca, onde


também está associada à morte de aves;

• 50% das amostras de arroz, feijão, milho e trigo (Brasil) → níveis de


ocratoxina A;

• Presença também confirmada em café torrado e moído, e em café


solúvel.
@tanisegemeli
Tricotecenos
• São micotoxinas produzidas pelo gênero Fusarium spp.
• Encontradas em: trigo, cevada, aveia, centeio e milho.
• Produção dependente das condições climáticas, ocorrendo
principalmente quando a colheita é feitas nos meses de inverno.

• Síndrome ATA (aleucia tóxica alimentar).


• Poucas horas após a ingestão: queimação na boca, faringite, esôfago,
estômago. Gatroenterite, vômitos e diarreia.
• Leucemia, anemia, redução do número de plaquetas.
Claviceps spp.
• Micotoxicose denominada ergotismo.
• Consumo de cereais embolorados, atualmente mais rara.
• Ergotismo gangrenoso- sensação de queimação no pés e nas mãos,
“fogo-de-santo-Antônio”. Diminuição gradativa da circulação-
grangrena.
• Ergotismo convulsivo- ação neurológica, alucinações.

Princípio ativo tóxico- ergot (nove


compostos ativos diferentes), derivados
do ácido lisérgico (LSD).

Potrebbero piacerti anche