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RESUMO
PALAVRA CHAVE
1. 1. INTRODUÇÃO
Nesse sentido, o presente trabalho visa, através de uma revisão bibliográfica, uma
análise da participação de atuantes da área de direito e psicólogos desta situação em que
os filhos vivem diante de tortura psicológica praticada por um dos genitores, ou de
ambos. Além de buscar reflexões a respeito das consequências ao psicológico da
criança, da relação familiar bem como possíveis soluções jurídicas e psicológicas que
podem existir.
1. 2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
No Brasil até o inicio de 2010 não havia nenhuma norma que tratasse da Síndrome de
Alienação Parental. No entanto, em 26 de agosto de 2010 foi decretada a Lei
12.318/2010, que passou a tratar do tema, expondo as condutas não admitidas e que
caracterizam a alienação parental, sendo o rol apenas exemplificativo, podendo e
dependendo do caso concreto, também ser declarado pela autoridade judicial. A referida
Lei tem como objetivo estabelecer, para as condutas relativas à alienação, medidas
coercitivas e sancionatórias.
A Lei de Alienação Parental passou a atuar juntamente com a Lei nº. 8.069/90, que
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Tendo como objetivo especifico a
preservação do principio da proteção integral da criança, deste modo, manter a criança e
adolescente livres de qualquer forma de negligência e abusos psicológicos.
O paragrafo 2º do art. 5º cita que a “perícia será realizada por profissional ou equipe
multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por
histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.”
Devido consequências nefastas da alienação parental, é importante a
interdisciplinaridade entre profissionais de diversas áreas, para que em conjunto, criem
uma avaliação capaz de identificar corretamente a ocorrência de tal situação.
O Grupo Vivencia do Rio de Janeiro junto com a Associação Criança Feliz criou uma
cartilha para esclarecer e concientizar sobre a prática da Alienação Parental. Com o
titulo de Alienação Parental: Vidas em Preto e Branco e com apoio e opiniões de
profissionais em diversas areas, carateriza a alienação como uma realidade perversa,
que transforma a vida colorida de uma criança em tristeza, sentimento de frustração,
abandono, ou seja em uma vida em preto e branco.
1) Estágio leve – quando nas visitas há dificuldades no momento da troca dos genitores;
Devido à dificuldade de se provar esse fato, na maioria das vezes o pai é afastado do lar
por longo período de tempo de seu filho até que se consiga provar a inexistência do
ocorrido.
A sindrome da alienação parental é uma patologia psíquica e jurídica, que não deve ser
ignorada, sob pena de trazer prejuizo irreversível aos menores involvidos, bem como
prejuízo aos genitores e aqueles que guardam o menor quando tratada sem o devido
crítério no meio jurídico, já que sempre se corre o risco de serem pronunciadas decisões
injustas. Como forma de se evitar o equívoco em decisões judiciais, deve-se analisar
com excesso de cautela tudo que se possa haver indícios de alienação parental.
Na busca dessa razão serão elaborados laudos sociais, avaliações, entrevistas e testes,
para se ter um diagnóstico mais condizente com a verdade, mas ainda que se passe por
tantos critérios é possível que não seja conclusivo, pois trata-se da analise de
lembranças de uma criança, que em muitos casos confunde a realidade da imaginação.
É necessário para isso que o Magistrado valore a prova pericial com acuidade extrema,
pois saberá ele das consequências nefastas da existência da síndrome da alienação
parental, e dos efeitos da sua sentença para aquela família envolvida.
Nesse sentido, extraindo um trecho do voto do Relator Ministro Aldir Passarinho Junior
referente ao CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 94.723 - RJ (2008/0060262-5), pode-
se identificar a importância do laudo psicológico ao processo:
“Em audiência, a psicóloga afirma que as crianças, com 05 e 07 anos de idade, aqui
chegaram com 04 e 06, quando apresentavam quadro de grave instabilidade emocional
em razão das constantes agressões por elas sofridas, e os dois menores eram tratados
com medicamentos de natureza psiquiátrica (tarja preta). Depois de algum tempo não
houve mais necessidade dos medicamentos, e ambos hoje indicam serem felizes. Por
outro lado, há, ainda, sensível constrangimento das crianças quando o assunto é o
pai, pois deixam transparecer voluntário e profundo temor relativo à presença dele.
Tamanho temor é por elas justificado porque o genitor era agressivo e os maltratava e
batia(...) Ainda destacando alguns trechos dos depoimentos, a psicóloga que acompanha
a família afirma que a mãe não apresenta qualquer indício de ser uma pessoa
desequilibrada, ou que tenha personalidade manipuladora.” (grifo nosso)
“Diante todo o exposto, requer seja o presente Embargo, provido produzindo seus
efeitos modificativos ensejando uma prestação jurisdicional proveitosa para determinar
que a Quarta Vara de Família da Comarca de Recife passe a julgar os litígios
envolvendo o menor, visando unicamente os seus interesses, possibilitando a oitiva do
mesmo, bem como o acompanhamento psicológico, ou biopsicossocial promovendo
o bem estar e um crescimento saudável da criança." (fls. 195/196)” (grifo nosso)
Seguindo esse caminho, é possível afirmar que a interdisciplinaridade entre o direito e a
psicanálise/psicologia comprove a importância da prova na seara familiar por desvendar
os abusos ou inexistência destes de qualquer ordem e as mudanças ocorridas dentro
família, interpretando com isso, a mente do guardião alienador e da criança ou
adolescente que sofre com isso.
1. 5. CONCLUSÃO
O tema ora abordado, encontra dificuldades de sua solução quando esbarra no problema
da identificação da SAP e com ela a possibilidade da ocorrência problemas advindos
dela.
De forma geral, esse tema ainda trata de matéria altamente subjetiva. De maneira que
os profissionais do Judiciário podem se qualificar para trabalhar e assim se preparar
melhor. Os Tribunais no Brasil, ainda tem pensamentos conservadores, de modo que
ainda agem com muita restrição quando enfrentam questões relacionadas à alienação
parental.
Devido a isso, se faz ainda mais importante a participação da equipe interdisciplinar nos
casos envolvendo a SAP, a constatação, que deve ser rápida e precisa, faz-se necessário
a ajuda de mecanismos identificadores concisos para evitar que o menor sofra com
consequências mais drásticas.
A abordagem deve ser direta, essa notícia quando levada ao poder judiciário, o
Magistrado tem o dever de tomar uma atitude, pois a obrigação de assegurar ao menor a
proteção integral é mais importante.
REFERENCIAS
ARAUJO, Sandra Maria Baccara. Costa. BARUFI, Melissa Telles. GERBASE, Ana
Brúsolo. NORA, Jamille Voltolini Dala. LEVY, Laura Affonso da. Alienação
Parental: vidas em preto e branco. Porto Alegre, 2012. Disponível em:
http://www.ajuris.org.br/sitenovo/wp-content/uploads/2012/10/cartilha.pdf.pdf
BRITO, Leila Maria Torraca de. SOUSA, Analícia Martins de. Síndrome de alienação
parental: da teoria Norte-Americana à nova lei brasileira. Publicado em Psicologia:
Ciência e Profissão. 31. Ed. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932011000200006&script=sci_arttext
acesso em 07/11/2013.