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A SUBTRIBO LEPIDAPLOINAE (VERNONIEAE, ASTERACEAE) NO ESTADO DA BAHIA

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

O estado da Bahia possui uma área de aproximadamente 566.979 km2, situado na


região nordeste do Brasil, e é constituído por duas unidades morfológicas, o planalto,
compreendendo a parte litorânea, e a baixada, abrangendo todo o resto do território (Cruz
et al. 2003). Apresenta em seus domínios três dos grandes domínios vegetais, a Mata
Atlântica, o Cerrado e a Caatinga (Cruz et al. 2003). A Mata Atlântica e seus ecossistemas
adjacentes apresentam grande importância quanto a sua biodiversidade, principalmente no
que diz respeito ao número de plantas vasculares, que é de 20.000 espécies
aproximadamente, representadas em maior número pelas famílias Orchidaceae, Fabaceae,
Asteraceae, Bromeliaceae, Myrtaceae e Poaceae (Stehmann et al. 2009). No cerrado,
principalmente em áreas de campo rupestre, a vegetação é caracterizada pela
predominância de plantas herbáceas e subarbustivas, com ocorrência de famílias como
Velloziaceae, Eriocaulaceae, Asteraceae, Melastomataceae, Bonnetiaceae e Orchidaceae
(Giulietti & Queiroz, 2006 & Hind, 1992). Na caatinga podem ser observadas florestas
semideciduais a florestas completamente caducifólias, com árvores e arbustos semi a
caducifólios e ervas anuais. Nela predominam Fabaceae, Cactaceae, Euphorbiaceae e
Bromeliaceae (Giulietti & Queiroz 2006).
A família Asteraceae é a maior dentre as angiospermas, com 1600-1700 gêneros e
aproximadamente 24.000 espécies, representa cerca de 10% da flora total de
angiospermas e possui distribuição cosmopolita, com maior representação em regiões
temperadas e semi-áridas dos trópicos e subtrópicos (Funk et al. 2009). No Brasil, a família
está representada por cerca de 271 gêneros e ca. 1966 espécies distribuídas em diversas
fitofisionomias (Nakajima et al. 2010). A família é bem representada em ambientes
campestres, tendo destaque nas áreas de campos rupestres, podendo também ser
encontrada na caatinga e restinga, com pouca ocorrência para mata atlântica, brejos e
florestas de altitude (Hind & Miranda 2008).
Atualmente Funk et al. (2009a), com base em análise filogenética utilizando diversos
marcadores moleculares, reconheceram 12 subfamílias e 43 tribos em Asteraceae, sendo
que 27 destas ocorrem no Brasil. Barnadesieae, Stiffitieae, Wunderlichieae, Moquinieae,
Gochnatieae, Mutisieae, Vernonieae, Astereae, Heliantheae, Coreopsideae e Eupatorieae
são as tribos mais representativas para o país, tendo Vernonieae, Moquinieae e
Eupatorieae como as mais significativas para o Estado da Bahia (Funk et al. 2009; Hind &
Miranda 2008).
A tribo Vernonieae sofreu algumas modificações ao longo dos anos quanto a sua
classificação. O modelo proposto por Robinson (1999) abrangia quinze subtribos e,
posteriormente, Keeley & Robinson (2009) propuseram, com base na filogenia molecular, a
mais nova classificação para a tribo, que conta com seis novas subtribos, sendo elas,
Dipterocypselinae, Distephaninae, Hesperomanniinae, Lepidaploinae, Linziinae e
Mesanthophorinae, totalizando, portanto, 21 subtribos, que estão representadas por 125
gêneros e mais de 1500 espécies, distribuídas por toda América, Ásia e África.
A subtribo Lepidaploinae é definida por plantas herbáceas ou subarbustivas,
raramente arbustos; folhas alternas em sua maioria e com venação pinada. Possui
inflorescência em ramos cimosos seriados, capítulos separados ou unidos; brácteas
involucrais geralmente persistentes; receptáculo epaleáceo. Flores de 4-70, lavandas ou
alvas; anteras geralmente glandulares; pápus persistente, cerdoso na maioria das vezes
(Keeley & Robinson 2009). A subtribo está distribuída no hemisfério ocidental, abrangendo
a América Central e Sul, com exceção de Struchium com distribuição Pantropical. A
subtribo possui doze gêneros: Aynia, Chrysolaena, Echinocoryne, Harleya, Lepidaploa,
Lessingianthus, Mattfeldanthus, Pseudopiptocarpha, Stenocephalum, Stilpnopappus,
Struchium e Xiphochaeta, sendo que três destes não possuem representantes no Brasil,
Aynia, Harleya e Pseudopiptocarpha. Segundo levantamentos preliminares para a flora da
Bahia (Hind & Miranda 2008), a subtribo está representada por oito gêneros, exceto
Xiphochaeta, e 65 espécies.
Echinocoryne H. Rob. possui seis espécies endêmicas do Brasil com distribuição na
Bahia, Maranhão, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. Caracteriza-se pelos
capítulos em sua maioria pedunculados, envolvidos por muitas séries de brácteas (6-9) e
flores de 15-60 por capítulo (Robinson 2006). Echinocoryne holosericea, E. pungens, E.
schwenkiaefolia e E. stricta são os representantes para Bahia (Robinson 2006; Hind &
Miranda 2008).
Dessa forma, este projeto justifica-se pela carência de levantamentos florísticos da
subtribo Lepidaploinae na Bahia, podendo assim, contribuir para a atualização da lista de
espécies e conhecimento da família no Estado,

OBJETIVO GERAL

Realizar um levantamento florístico das espécies da subtribo Lepidaploinae no
Estado da Bahia contribuindo assim para a atualização e conhecimento da família
Asteraceae no Estado.

ITENS DA METODOLOGIA

• Coletas de espécimes da subtribo em diferentes áreas do estado da Bahia;


• Processamento e incorporação do material coletado no Herbário HUEFS, com envio
de duplicatas para Herbário ALCB;
• Identificação dos espécimes coletados com auxílio de literatura especializada;
• Levantamento dos espécimes de Lepidaploinae (Asteraceae) depositados nos
Herbários ALCB, CEPEC/CEPLAC, HUEFS, HRB, MBM, R, RB, SP, SPF e UEC;
• Descrição morfológica das espécies coletadas;
• Ilustração dos principais caracteres diagnósticos das espécies;
• Confecção de chave dicotômica para identificação dos gêneros e das espécies
levantadas no estudo;
• Levantamento de dados de distribuição geográfica das espécies e análise
comparativa entre os levantamentos florísticos já realizados no estado da Bahia;
• Redação e defesa da dissertação de mestrado
• Submissão de artigo científico em periódico indexado.

REFERÊNCIAS

Cruz, D.T.da, Borba, E.L. & van den Berg, C. 2003. O gênero Cattleya lindl. (Orchidaceae)
no Estado da Bahia, Brasil. Sitientibus série Ciências Biológicas 3 (1/2): 26–34.

Funk, V., A. F. Susanna, A., Stuessy, T.F. & Robinson, H. 2009a. Classification of
Compositae. Pp. 171-189. In: FUNK, V.A., A. SUSANNA, T. STUESSY & R.J. BAYER.
Chapter 11. Systematics, Evolution and Biogeography of the Compositae. IAPT, Vienna.

Giulietti, A. M. & Queiroz, L.P. de. 2006. Instituto do Milênio do Semi-Árido (IMSEAR) Brasil
(2202-2006). In: SANTOS, F. A. R. Apium Plantae. Vol. III. IMSEAR, Recife.

Hind, D.J.N. 1992. Notes on the Compositae of Bahia, Brazil: I. Kew Bulletin, Vol. 48, No. 2
Pp. 245-277. Springer, U.K.
Hind, D.J.N. & Miranda, E.B. 2008. Lista preliminar da Família Compositae na Região
Nordeste do Brasil. Pp. 8-16. Kew, UK.

Keeley, S.C. & Robinson, H. 2009. Vernonieae. pp. 439-469. In: FUNK, V.A., A. SUSANNA,
T. STUESSY & R.J. BAYER. Chapter 28. Systematics, Evolution and Biogeography of the
Compositae. IAPT, Vienna.

Nakajima, J., Loeuille, B., Heiden, G., Dematteis, M., Hattori, E.K.O., Magenta, M., Ritter,
M.R., Mondin, C.A., Roque, N., Ferreira, S.C., Teles, A.M., Borges, R.A.X., Monge, M.,
Bringel Jr., J.B. A., Oliveira, C.T., Soares, P.N., Almeida, G., Schneider, A., Sancho, G.,
Saavedra, M.M., Liro, R.M., Souza-Buturi, F.O., Pereira, A.C.M., Moraes, M.D. 2010.
Asteraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
(http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB000055).

Robinson, H. 1999. Generic and Subtribal Classification of American Vernonieae.


Smithsonian Contributions to Botany, Number 89. Smithsonian Institution Press,
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Robinson, H. 2006. Compositae: Tribe Vernonieae Cass. (1819). Pp. 149-174. Part of series
by K. Kubitzki (ed.), Families and Genera of Vascular Plants, vol. 8. Flowering Plants –
Eudicots – Asterales. Kubitzki’s Authoritative Encyclopedia of Vascular Plants. Berlin,
Heidelberg: Springer-Verlag.

Stehmann, J. R. et al. 2009. Gimnospermas e Angiospermas. pp. 29-30. In: STEHMANN, R.


J., FORZZA, R. C., SALINO, A., SOBRAL, M., COSTA, D. P. & KAMINO, L. H. Y. Parte 1.
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