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2016
2ª PROVA PARCIAL DE PORTUGUÊS
Aluno (a): Nº
Orientações gerais:
1) Número de questões desta prova: 11
2) Valor das questões: Abertas (4): 4,0 pontos cada. Fechadas (7): 2,0 pontos cada.
3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão.
4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação
comprometida.
5) Tópicos desta prova:
- Pronomes: identificação e classificação
- Estudo dos poemas de Manoel de Barros
- Figuras de Linguagem
- Texto narrativo
Autorretrato Falado
Manoel de Barros
a) O poeta inicia o autorretrato indicando suas origens. Dessa forma, de onde ele extraía a inspiração
para a sua produção literária? Justifique sua resposta com elementos do texto.
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c) Releia!
2ª Questão:
O poeta
Coloque (V) ou (F) para as afirmativas abaixo. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
a) A palavra em destaque no primeiro verso é um pronome relativo. ( )
b) O terceiro verso possui dois pronomes: um pessoal do caso reto e um pronome indefinido. ( )
c) Não há pronome possessivo no poema. ( )
d) A colocação do pronome oblíquo “se” no verso: “De tarde fui olhar a Cordilheira dos Andes que
se perdia nos longes da Bolívia” está incorreta. ( )
a) V,V,V,V.
b) F,V,F,V.
c) F,F,V,V.
d) F,V,F,F.
e) F,F,F,V
I - As imagens poéticas das palavras feitas brinquedos podem ser traduzidas apenas numa
possibilidade interpretativa. ( )
II - As imagens comparativas são dadas pelos elementos lógicos do poema.( )
III - Há um desencadeamento de ilogismo ligado à necessidade de criação poética.( )
a) Estabeleça uma relação entre o poema e a seguinte frase, também de autoria de Manoel de
Barros: "Não gosto de palavra acostumada".
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b) Qual figura de linguagem pode-se identificar no verso: “Eu escuto a cor dos passarinhos”?
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c) Qual a ideia que se pode extrair do verso: “O verbo tem que pegar delírio”, tendo em vista as
características da poesia de Manoel de Barros?
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5ª Questão: As características marcantes da poesia de Manoel de Barros são o uso de vocabulário
coloquial-rural e de uma sintaxe que remete diretamente à oralidade, ampliando as possibilidades
expressivas e comunicativas do seu léxico através da formação de palavras novas (neologismos).
Nem sempre é fácil entender suas obras devido ao desconhecimento do significado das palavras
criadas por ele.
c) “Obrar não era construir casa ou fazer obra de arte/ Esse verbo tinha um som diferente”.
O modo de estar no mundo do poeta Manoel de Barros pode ser ilustrado pelo episódio
biográfico de ter se instalado como fazendeiro em pleno Pantanal logo após ter contato com teorias
e grandes nomes da arte moderna no centro do mundo civilizado, Nova Iorque. O retorno a uma
vida recolhida entre árvores, bichos e pessoas simples demonstra uma recusa radical a alguns
aspectos da vida urbana visível também em sua produção poética, marcada pela busca de uma
experiência autêntica, verdadeira e íntegra de vida.
Mais do que mera crítica ao consumismo radical da vida urbana, ao imediatismo dos interesses
individuais, ao modo utilitário de se lidar com as coisas e as pessoas, a poesia de Manoel de Barros
propõe uma união entre homem e mundo, relacionar-se de modo mais profundo com tudo que existe
e até com o que aparentemente não existe.
A partir das ideias expostas acima você irá escrever um texto narrativo que
justifique o ser humano valorizar a simplicidade e a natureza. Descreva o cenário e as
personagens. Surpreenda o leitor com aspectos do cotidiano que devam ser valorizados e
cultivados. Utilize os elementos da narrativa estudados nas aulas.
OBSERVAÇÕES:
Não se esqueça de atribuir um título ao seu texto.
A redação NÃO será corrigida se for entregue a lápis.
Escreva entre 20 a 30 linhas.
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi
estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada me
fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino está fantasiado de palhaço.
Minha avó entendia de regências verbais. Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Porque aquela
preposição deslocada podia fazer de uma informação um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar
a beleza nas palavras é uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no
meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu não disiliminei ninguém. Mas
aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia à nossa quadra. Aprendi nessas férias a brincar de
palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a não gostar de palavra engavetada. Aquela que
não pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que
elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, não me escreve /
que eu não sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solidão do vaqueiro.
No texto, o autor desenvolve uma reflexão sobre diferentes possibilidades de uso da língua e
sobre os sentidos que esses usos podem produzir a exemplo das expressões “voltou de ateu”,
“disilimina esse” e “eu não sei a ler”. Com essa reflexão, o autor destaca:
a) os desvios linguísticos cometidos pelos personagens do texto.
b) a importância de certos fenômenos gramaticais para o conhecimento da língua portuguesa.
c) a distinção clara entre a norma culta e as outras variedades linguísticas.
d) o relato fiel de episódios vividos por Cabeludinho durante as suas férias.
e) a valorização da dimensão lúdica e poética presente nos usos coloquiais da linguagem
O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
“
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.
9ª Questão: Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-
se que
a) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm o mesmo
valor na sua poesia.
b) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem encontra para
dar sentido à própria vida.
c) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de modernização
tecnológicos.
d) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações da
informática.
e) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não
comunicabilidade.
10ª Questão:
O lápis
É por demais de grande a natureza de Deus.
Eu queria fazer para mim uma naturezinha
particular.
Tão pequena que coubesse na ponta do meu
lápis.
Fosse ela, quem me dera, só do tamanho do
meu quintal.
No quintal ia nascer um pé de tamarino apenas
para uso dos passarinhos.
E que as manhãs elaborassem outras aves para
compor o azul do céu.
E se não fosse pedir demais eu queria que no
fundo corresse um rio.
Na verdade na verdade a coisa mais importante
que eu desejava era o rio.
No rio eu e a nossa turma, a gente iria todo
dia jogar cangapé nas águas correntes.
Essa, eu penso, é que seria a minha naturezinha
particular:
Até onde o meu pequeno lápis poderia alcançar.
Manoel de Barros
Analise as afirmações abaixo:
I – As palavras “eu” e “mim” ambas são pronomes pessoais oblíquos.( )
II – Em todo o poema, não há ocorrência de pronome possessivo.( )
III – No verso, “Essa, eu penso, é que seria a minha naturezinha particular:...” há dois pronomes
um demonstrativo e outro possessivo.( )
IV – Todas as palavras do poema foram usadas no sentido denotativo.( )
Creme
Manoel de Barros