Sei sulla pagina 1di 36

Escritos

Fogo do Céu 01
Saudamos a todos os
missionários da iniciativa
de Evangelização conhecida
como Fraternidade Fogo do
Céu, queremos aqui nestes
primeiros escritos manifestar
tudo aquilo que temos vivido
como família, muito mais...

02
Indíce

03

Divinópolis, 11 de maio de 2015


“jeitinho fogo do céu de fazer para ser o padrinho da tur-
Patronos as coisas”, e quanto mais nos ma, sendo o segundo home-
aprofundamos em oração, nageado durante os eventos
e Baluartes seguindo a orientação do
nosso bispo de “Firmarmo-
da formatura.
Padroeiro; o santo que
Neste tempo de constru- nos no carisma”, mais desco-
se tem por defensor.
ção e descobrimento de uma brimos outros elementos ine-
nova identidade e carisma, rentes a esse “dom”. Assim, de •Baluartes: Existe um ter-
em oração e escuta, vamos forma especial, quero abor- mo da língua francesa que
ganhando uma visão mais dar neste texto, os Baluartes e define baluarte como algo
clara do dom que Deus nos Patronos que norteiam nossa que serve de defesa, que sus-
confiou e da vocação que o Vocação. tenta alguma coisa, lugar se-
Senhor nos chamou a abra- guro; sustentáculo. Também
Posso dizer que, estes
çar. pelos seus sinônimos conse-
“santos e santas” são presen-
guimos elucidar bem o signi-
Lembrando que, uma de- tes do Amor de Deus à nossa
ficado: amparo, abrigo, ajuda,
finição clara desse “carisma” vocação, sendo também, ali-
apoio, assistência.
virá, somente, com o tempo cerces, colunas e modelos de
e com o serviço que prestar- carisma. Homens e Mulheres Mas, para discernirmos
mos à Igreja e à nossa Dioce- santas que trazem consigo melhor, em se tratando do
se, de modo particular. parte abundante do carisma nosso carisma, destaco que:
e dessa característica essen- “Patrono” são aqueles san-
Vale dizer que, uma cial que a nossa Fraternidade tos invocados todos os dias
04 Fraternidade Católica deve é chamada a ter. São sinais nas orações comunitárias,
ser verdadeiramente, um que apontam a vida e a mis- tornando-se alvos da nos-
esforço, uma ofensiva do são da comunidade, levando sa devoção, ou seja, aqueles
Espírito Santo para evange- a sua própria identidade. a quem sempre confiamos
lizar aquelas ovelhas que, de São também, verdadeiros uma causa, a quem sempre
modo muito particular, só se mestres espirituais que nos recorremos como interces-
voltam ao rebanho por meio conduzem a uma intimidade sores junto a Jesus por nós.
da nossa evangelização, do com o Senhor e nos levam a E, “Baluartes” são aqueles
nosso carisma ou do nosso desfrutar de toda a mística que, por seus exemplos nos
“jeitinho de fazer as coisas”. que desenvolveram em seus apontam o caminho a se-
Dessa forma, que não nos relacionamentos com Deus. guir, de acordo com o que
faltem parresia, unção, ardor é próprio da nossa vocação,
e docilidade ao Espírito, para Para prosseguir, faz-se ne-
da nossa identidade, sendo
cumprirmos com nosso cha- cessário apresentar a diferen-
verdadeiros alicerces em que
mado e podermos, com san- ciação entre “Patrono” e “Ba-
podemos nos basear para ob-
tidade e amor, dar uma res- luartes”, dando-se ênfase ao
termos a santidade e a fideli-
posta Àquele que nos amou significado dessas palavras:
dade da nossa vocação.
primeiro. •Patrono: Algo ou al-
Assim, diante da mo-
Nesse sentido, no pri- guém que defende uma cau-
ção que estamos vivendo,
meiro texto destes escritos sa, um ponto de vista. Por
podemos dizer que temos
que intitulamos “Elementos exemplo, quem foi escolhido
do Carisma”, abordamos o pela turma de formandos como nossos Baluartes e
mais, a evangelização Teresa! Somente trilhando
da Juventude. “Basta o caminho da “Escola de
que sejais jovens para Teresa” poderemos ter e
que eu vos ame”, re- manter acesos, nos nossos
petia o referido santo corações, a chama viva de
que, hoje, inspira a amor que sustenta a nossa
parte missionária e jo- vocação. Somente alcança-
vial do nosso carisma. remos o amor esponsal a
Jesus, tocados por essa cha-
ma, por essa centelha de
amor. Por meio da via de
Teresa aprenderemos a pe-
dir ao Espírito Santo o “ar-
Santa Teresa der desse fogo” em nossos
corações. Somente seremos
de Jesus (D’Ávila): Re-
“Fogo do Céu” em meio a
formadora do Carme-
esse mundo se formos to-
lo, mulher decidida e
cados por esse “fogo”, e Te-
de grande intelectu-
resa nos aponta o caminho.
alidade, doutora da
Na escola de Teresa que
Igreja, exímia escrito-
aprendemos que Somente
ra e mestra espiritual.
Deus basta!
Santa que, por sua via,
busca- 05
mos viver
a oração
contem-
SãoDomBosco plativa
que nos leva
Santo que dedicou seu à intimidade
apostolado e sacerdócio a com Deus, a
evangelização da juventu- intimidade de
de, não somente à Turim, “Almas espo-
na Itália, mas por todo o sas de Jesus”.
mundo. “Daí-me Almas e Santa que, por
ficai com o resto, o que me seu exemplo e
importa é a juventude san- seus escritos,
ta”. Fez dessa frase seu mote inspirou-nos
sacerdotal. Frase que inti- à oferecer-
tula nosso “Planejamento mos as almas
Estratégico” de evangeliza- confiadas a
ção. Dom Bosco foi quem nós à sua via
incendiou nossos corações, de oração. O
levando-nos ao desejo de curto e seguro
nos dedicarmos, cada vez caminho de
São Padre Pio
Frade Franciscano que, a
cada dia mais, encanta os Santo
cristãos do mundo inteiro. Inácio
Pio nos ensina a sermos de Loyola
adoradores, a desposar-
mos a Cruz e não fugirmos
do sofrimento, mas abra-
çá-lo com amor; a sermos fundador dos
“Hóstias vivas de amor”! Jesuítas, mui-
Pio que, mesmo em meio to nos ensina
à idade avançada e à tan- e inspira com
tas enfermidades, nunca seu ardor mis-
abriu mão de seu bom hu- sionário e o
mor. “Tenha Jesus Cristo seu apurado
em seu coração e todas as discernimento.
cruzes do mundo parece- De Inácio, her-
rão rosas”. Na escola de São damos o gosto
Pio aprendemos grandes pela formação humana,
lições sobre o sofrimento, pelo autoconhecimento e,
06 a verdadeira paz, a alegria, também, o discernimen-
e a sermos adoradores por to estratégico. Os jesuítas
excelência. buscavam não somente
fazer a vontade de Deus,
mas também o melhor jei-
to de realizá-la. Buscavam
não somente a Glória de
Deus, mas a maior glória.
Fizeram de seu “rema” a
seguinte frase: “Ad Majorie
Dei Glorium” que do latim
se traduz: “Para a Maior
Glória de Deus”. Que com
este mesmo sentimento de
Inácio e dos Jesuítas possa-
mos caminhar, buscando a
“Maior Glória de Deus” em
nossas vidas e na obra que
Ele nos confiou.
atronos: •São Miguel Arcanjo: Hon-
ramos a São Miguel, a quem
elegemos como nosso defensor
celestial para proteger, em todo
o tempo e lugar, cada um dos
nossos. Que São Miguel nos de-
fenda e alcance para nós a vitó-
ria em cada uma de nossas bata-
lhas. Pela intercessão e exemplo
de humildade desse Arcanjo,
todos nós, missionários Fogo
do Céu, possamos bradar: São
Miguel Arcanjo, defendei-nos
no combate!
•Nossa Senhora da Imacula-
da Conceição: Título pelo qual
é Padroeira da nossa Diocese e
pelo qual alguns dos nossos se
Patronos:

consagraram e tornaram-se es-


cravos de amor pela via de São
Luís Montfort. Mulher Santa na 07
qual queremos imitar sua pure-
za e sempre recorrer ao seu am-
paro. Que todos missionários
bradem: Ó Maria Concebida
sem pecado, rogai por nós que
recorremos a Vós.
Invocando a proteção e au-
xílio dos nossos patronos e ba-
luartes, possamos seguir neste
tempo de discernimento voca-
cional; que em oração e medita-
ção, possamos identificar e viver
cada uma das características
que nossos guias nos ensinam;
que por meio de seus exemplos,
possamo-nos “Firmar no caris-
ma” e que se conserve sempre
aceso, em nosso coração, esse
“Fogo do céu”, através do qual
somos chamados a incendiar o
mundo. Amém
Elementos do Carisma
Saúdo a todos os reflexão, para o nosso chamado de vivermos
membros da Fraternida- “Firmar-se no carisma”, em Fraternidade. Assim,
de fogo do céu: A paz e como nos orientou nosso que nossos Santos Patro-
o Fogo! Bispo. Não são regras, ou nos e Baluartes interce-
normas, nem estatutos, dam por nós, e que pos-
Procuro vos presente-
mas somente uma ponta samos ser fieis a Deus,
ar com estes escritos que
do fio de ouro que Deus a nossa Igreja e a nossa
intitulo “Elementos do
nos chama a tecer. “Fio vocação de sermos Fogo
Carisma”. Só Deus sabe
que liga o coração de do céu. Amém.
o quanto me superei para
quem ama ao que é ama-
escrever, pois quem me
do”.
conhece, sabe que prefiro
a fala que a escrita.
Esta iniciativa brotou Meditar e rezar sobre
de um coração apaixo- cada tema é tecer nossa
nado por essa fraterni- vocação, nosso carisma.
dade e vocação. A cada Dessa forma, é desejo
08 batida no teclado, batia
forte também em meu
do meu coração estar
prestando um serviço a
coração o desejo de ver toda Fraternidade, e não
a nossa “Família” crescer impondo ou colocando
no carisma, na vontade e minha vontade.
na graça de Deus.
Agradeço a todos
Estes escritos visam pela confiança enquanto
nos ajudar a confirmar moderador e formador,
nossa identidade e nossa e insisto que orem por
vocação diante da Igreja. mim, pois quem bem me
São falas bem superfi- conhece, sabe o tamanho
ciais de cada tema. Res- das minhas limitações.
saltando que seria muita
Contudo, cada ele-
ousadia de minha parte,
mento foi se confirman-
com textos tão peque-
do no nosso meio, em
nos e simples, procurar
nossas orações, na nossa
aprofundar em temas tão
evangelização, no nosso
intensos e ricos em espi-
jeito de fazer as coisas,
ritualidade.
nas nossas reuniões, e
Os referidos textos foram se consolidando,
serão, apenas, um ponto cada vez mais, à medida
de partida para a nossa que fomos sendo fieis ao
elementos do carisma fogo do céu
mento vocacional e de vocação.
descobrimento de nossa
Hoje, somos chama-
identidade, fomos encon-
dos a evangelizar com “re-
trando moções, direções
novado ardor” e parresia.
do Espírito que foram (e
Evangelizar à luz desse

Amor
ainda estão) nos guiando
novo carisma, desse novo
a conhecer nossas caracte-
jeito de ser igreja, ou seja,

Esponsal
rísticas enquanto “Frater-
“Jeito Fogo do Céu de ser e
nidade Católica Fogo do
Fazer as coisas”.
Céu”. Estes elementos nos
impulsionam a uma nova Ao longo deste perí-
Evangelização e nos levam odo em que houve uma
a viver todas graças que o nova direção do Espírito
“despertar de um novo ca- ao grupo de oração, fomos
Segundo Moysés Aze- risma” traz. guiados a buscar uma in-
vedo Filho, na “Carta à timidade mais profunda
Comunidade 2005”, amor Tais elementos, que fo-
com Deus, sendo assim,
esponsal é a “chama viva ram se confirmando em
tomados de um desejo
que inflama e purifica o oração e em partilha de
de vivermos uma espiri-
coração capacitando-o a coração entre os mem-
tualidade profunda que
aderir incondicionalmen- bros, à medida que fomos
nos levasse ao patamar de
te e com vigor a bem-a- aprofundando em oração
“Almas esposas de Jesus”.
e conhecimento, foram se
venturada vontade do Pai”.
enraizando nos nossos co-
E, através desse desejo 09
Nesse sentido, a ir. de intimidade, fomos de
rações.
Kelly Patrícia também nos encontro à vivência do
apresenta na seguinte es- Fato é que, há um ca- “Amor Esponsal” a Jesus
trofe: risma. Existe um dom Cristo. Ressaltando que,
que o Senhor nos confiou muitos de nós já vivíamos
e, à medida que formos certa admiração ao Car-
“Um só de Teus olha- descobrindo este carisma,
iremos crescendo em san-
melo e à Espiritualidade
Teresiana.
res me atraiu
tidade, crescendo na nossa
Por Ti ardia em ânsia
de amor
Para unir-me a Ti em
chamas me fiz
Vem chama viva, vem
meu Amado
Queima o óleo destilado,
pelo
Teu amor em mim. ”
Como sabemos, nes-
te tempo de discerni-
Somente na “Escola de amor esponsal a Jesus Cris- Até outros nomes pareciam
Teresa” alcançaremos essa to, seguindo a via de Santa mais interessantes. Mas,
graça do Amor Esponsal a Teresa. tudo fez sentido quando
Jesus Cristo! Esse “amor” fomos conhecer a “chama
E não nos faltou socor-
foi um dos primeiros ele- viva de amor” que arde no
ro das Irmãs do Carmelo
mentos que nós identifica- peito daque-
que, desde
mos, sendo a resposta do les que vivem
o inicio do
nosso coração a Ele que o amor es-
nosso Gru-
nos quer íntimos, que nos
quer como almas esposas.
po de Ora- “...Uma ponsal. Esse
“fogo do céu”
Em todos os nossos mo-
ção, sempre
rezaram
espiritualidade é essa cente-
mentos de oração e de par- por nós. E fruto de lha de amor,
essa chama
tilha, as palavras e moções o Fogo do
que o Espírito nos dava Céu, em contemplação e viva que o
Espírito San-
eram de “Intimidade com
Deus”, de sermos íntimos
seus poucos
meses de
adoração.” to abrasador
de corações
em oração, de buscarmos, vida, teve
acende em
mesmo em estado de fieis como uma
nosso peito,
leigos, sermos íntimos de das primei-
na nossa vocação, no nosso
Jesus, vivendo uma espiri- ras missões: realizar um
jeito de ser igreja.
tualidade fruto de contem- teatro no Carmelo na Festa
plação e adoração. de Santa Teresa. Nem ima- Assim, guiados pela
10 ginávamos o quanto aquela sabedoria do Espírito pos-
Assim, quando parti-
encenação da vida de Tere- samos, então, crescer no
mos para essa direção de
sa iria acrescentar em nos- Amor; que possa crescer
buscarmos viver em nosso
sas vidas, em nossa espiri- em nossa obra, e em nossos
meio o Amor Esponsal, en-
tualidade, e contribuir para corações o Amor Esponsal
contramo-nos com Teresa;
o surgimento de uma nova a Jesus Cristo; que Santa
chegamos ao Carmelo. E
obra, de um novo Carisma. Teresa nos seja uma boa
essa confirmação foi unâ-
guia e mestra para perma-
nime entre os membros, Por fim, no primeiro
necermos abrasados e fieis
qual seja, sermos fieis a momento, não havia com-
a esta vocação de Fogo do
essa direção, buscando preendido no meu coração
Céu.
em nosso dia a dia viver o o porquê de “Fogo do Céu”.
elementos do carisma fogo do céu 02 procurar, a fundo,
o motivo de tal “ra-
quitismo espiritu-
al” ou de estarmos
como “anões” espi-
rituais. Daí surgiu

Maturidade
o direcionamento
da “Maturidade

Humana Humana”.
A palavra Matu-
ridade vem do La-
tim: maturus, “que
A maturidade começa chegou a ser em
a se manifestar quando tempo determina-
sentimos que nossa preo- do”. No dicionário
cupação é maior pelos de- da “língua portu-
mais que por nós mesmos. guesa”, maturidade
significa o estado
A maturidade acontece das pessoas ou das
quando tomamos posse coisas que atingi- má-los a fazer parte de
do que nós somos para aí, ram completo desenvol- nossa família e nossa his-
então, poder nos dividir vimento. Anselm grun tória.
com os outros (Padre Fa- inicia seu livro afirmando
Por isso, amadurecer,
11
bio de Melo). que “maduro é aquele que
no sentido espiritual, sig-
Sempre nos cobramos chegou a ser aquilo que
nifica que cada pessoa leve
referente à nossa postura, deve e quer ser, de acordo
à plenitude aquela imagem
ao nosso crescimento es- com a sua determinação e
singular que Deus fez dela,
piritual e, em comparação essência“.
realizando seu próprio ser
com o tempo de serviço à Se compararmos a vida e encontrando a forma a
Igreja, nunca fugimos de religiosa e missionária a ela destinada por Deus.
nos conhecermos. Porém, uma árvore que tem por Lembrando que o pro-
uma coisa que muito nos natureza a capacidade cesso de amadurecimento
assustou foi perceber o de produzir frutos e não acontece na própria iden-
quanto caminhávamos a produz devido a sua este- tificação com o chamado
passos lentos no cresci- rilidade, estaríamos con- de Deus, ou seja, com o
mento espiritual e afetivo. trariando a nossa própria discernimento vocacional.
E um termo que foi bem vocação. Os frutos que
adequado a nossa situa- Assim, “maturidade é
produzimos devem ali-
ção: “imaturidade” afetiva uma coisa inteira”, como
mentar nossa comunida-
e espiritual. nos ensina a Emmir No-
de. Frutos de uma vinha
gueira. Para ela, ser autên-
Diante de tal situação, que, no tempo oportuno,
tica significa que a pessoa
o Espírito Santo nos in- produz o bom vinho para
precisa “amadurecer por
comodou. Então, fomos alegrar os convivas e ani-
inteiro”.
Quando a gente fala ser um “canteiro” com essa enquanto fraternos: A pri-
em maturidade afetiva, terra boa e cheia de húmus, meira, de sermos semen-
maturidade espiritual, ma- para acolher toda semente tes, fruta e árvore que deve
turidade humana, entre que o Agricultor nos de- crescer, e atingir sua pleni-
outras, é por uma questão positar e, assim, levar essas tude. Eis a vontade de Deus
didática, pois na verdade, sementes a germinar, cres- para nós; A segunda, en-
a pessoa amadurece em to- cer, e dar frutos. quanto Fraternidade deve-
das as suas áreas. Alguém é mos ser a terra boa e rica, o
Queremos ser e viver
maduro quando essas áreas solo bom e frutuoso, irriga-
neste ambiente de cresci-
começam a funcionar e a do pela água viva, que deve
mento espiritual e amadu-
interagir de forma a levar acolher toda semente que
recimento. De nos tornar-
para o bem de Deus e para o Agricultor nela semear.
mos o que Deus quer de
o bem do doutro. Devemos cuidar dessas
nós. Não
sementes que o Agricultor
O primeiro queremos
nos confia, que são os nos-
e mais impor- ser como
sos evangelizados, aquelas
tante passo para aquela
a Maturidade “...humildade figueira
almas que somente retor-
naram à Igreja por meio
Humana é a in-
timidade com
é característica do Evan-
gelho de
do nosso carisma, da nossa
Deus (Amor es- de um coração Lucas, ou
evangelização; São semen-
tes que muitas vezes cres-
ponsal). É Dele seja, boni-
que vem a ver- amadurecido.” ta, florida,
cerão em nossos canteiros,
12 dadeira estatura mas sem
mas frutificarão em outro
solo, ou seja, encontrarão
de Cristo. frutos.
sua vocação em outro lugar
Eis o ca-
Ser maduro é na Igreja.
minho da
ser por inteiro na “estatura
Maturidade Humana: al- Por fim, para damos
de Cristo”, como está escri-
cançar a Estatura de Cristo, frutos devemos ter um co-
to em Efésios 4. E isso só
sendo fieis a nossa vocação, ração bem desapegado e
pode vir de Deus, haja vista
produzindo os devidos fru- humilde. Ressaltando que
que ultrapassa nossa capa-
tos. tal humildade é caracterís-
cidade humana. Pois, ainda
tica de um coração amadu-
que humanamente, con- E o quanto urge um or-
recido feito a “estatura de
sigamos ser maduros, se denamento, uma formação
Cristo”. Podemos afirmar
não o formos, também, na específica de afetividade
que, ser maduro é quando
parte espiritual, não será que integre o aspecto hu-
amados por Cristo passa-
uma maturidade autentica, mano ao espiritual, para
mos a amar como Cristo,
e não estaremos na estatura que este crescimento seja
e ainda, quando estamos
de Cristo. contínuo.
prontos a dar a vida pelos
Crescer até chegar à A busca pela maturida- irmãos, pela igreja, pela co-
“Estatura da Maturidade de humana é um elemento munidade, não por vaida-
de Cristo”, assim nos diz precioso de nosso carisma, de ou convicção humana,
São Paulo: “esta é a medida, tanto pela importância mas por vocação de quem
a Estatura de Cristo”. É de- de tal coisa, quanto por verdadeiramente ama ao
sejo de nossa Fraternidade, vivermos duas situações ponto de dar a vida.
elementos do carisma fogo do céu 03 Somos frutos de uma não tínhamos uma identi-
experiência de amor de dade e nem mesmo um ob-
Deus. A vida Fraterna é jetivo claro. Agora, como
uma resposta nossa Àque- uma Fraternidade Católi-
le que nos ama. Só pode- ca, podemos experimentar
mos responder ao amor de forma mais perfeita e

Vivência de Deus amando os nossos


irmãos. Todo amor a Deus
intensa as graças da vida
Fraterna. Como menciona

Fraterna é vivido no outro, eis o nos-


so “algo a mais”, aquele algo
que sempre desejamos bus-
o documento citado aci-
ma, essa Fraternidade não
é fruto da carne, e sim do
car. Sempre houve em nos- Espírito Santo. Não é fruto
sos corações uma sede por da nossa vontade, e sim da
Vivência Fraterna, uma busca mais intensa vontade de Deus.
como elemento do Caris- de Deus, por uma doação
ma, mostra a importância A vida fraterna em co-
maior, mesmo em nosso
que damos à questão de munidade é isso: viver o
estado de leigos, alguns já
Fraternidade. Vida frater- amor, que tudo desculpa,
casados, e o “estar em Fra-
na é fruto da experiência tudo crê, tudo suporta. Ela
ternidade” nos proporcio-
pessoal que tivemos com o resplandece, efetivamente,
nam esta doação.
Senhor e que trouxe a vida aqui na terra aquilo que
nova em nosso ser. O dom Vale lembrar que antes, Deus é como família no
como um grupo de amigos, Céu, isto é, resplandece o
da Fraternidade é graça do
Espírito Santo! já começávamos a viver “Amor trinitário” da San- 13
uma “caricatura” da vida tíssima Trindade: Deus
Vejamos: Fraterna em nossas convi- Pai, Filho e Espírito Santo.
“Nascidos não da von- vências, nossos encontros, Ninguém pode, efetiva-
tade da carne e do sangue, passeios, momentos de mente, amar o seu próximo
não de simpatias pessoais missão e lazer. Digo ‘cari- se não for incendiado pela
ou de motivos humanos, catura’, pois era de forma espiritualidade evangélica,
mas de Deus (Jo 1, 13), de inconsciente, esporádica, e se não estiver vivendo esse
uma vocação divina e de
uma divina atração, as co-
munidades religiosas são
um sinal vivo da primazia
do Amor de Deus que opera
suas maravilhas e do amor
a Deus e aos irmãos, como
foi manifestado e praticado
por Jesus Cristo”
(CONGREGAÇÃO PARA
OS INSTITUTOS DE VIDA
CONSAGRADA E AS SOCIEDADES
DE VIDA APOSTÓLICA ‘A VIDA
FRATERNA EM COMUNIDADE’).
amor perfeito que vem de mas as pequenas coisas do os irmãos. Em prática, te-
Deus. A luz somente bri- dia a dia. Temos que nos mos que ajudar os nossos
lhará de coração a coração, irmãos a alcançar a santi-
se a nossa humanidade dade da mesma forma que
estiver ligada ao Coração
de Jesus, pois de Sua cha- “Ser Fogo buscamos a nossa. É um
compromisso muito sério,
ga brilha uma luz eterna e
uma fonte de amor. do Céu do qual nos esquecemos
com muita facilidade, mas
Assim, vejamos: é ser que, para nós, é a condição
indispensável para mirar
A vida fraterna em co-
munidade é como água Irmão!.” também a nossa santidade.
Aliás, somente se amarmos
14 que todos os dias precisa o irmão até este ponto po-
ser jorrada, transbordada, deremos esperar a presen-
pois água parada apodrece, ça de Jesus entre nós, como
a vida fraterna precisa ser proteger dos dardos infla- ele mesmo prometeu “a
o dinamismo da nossa co- mados do inimigo, tendo o dois ou mais unidos no seu
munidade. Não podemos espírito Fraterna como um nome”, isto é, no seu amor
deixar o relativismo entrar verdadeiro escudo. Lem- (Kiara Lubichi – Fundado-
em nossa comunidade, se- brando que, quando vive- ra do Movimento de Foco-
não iremos viver como re- mos em plenitude o amor lares).
pública, cada um buscando que foi derramado pelo Es-
O que tem nos encanta-
suas próprias vontades. pírito Santo em nossos co-
do, encantado a todos que
Por isso, temos que pedir rações, iremos vivê-lo até
se aproximam do Fogo do
ao Senhor todos os dias a as últimas consequências.
Céu e tem mantido acesa
graça de nos gastarmos de
Olhando para o Fogo do essa chama de amor fra-
amor ao Senhor, e ter atitu-
Céu, conseguimos enxer- terno, é essa experiência
de de Santa Terezinha, fa-
gar nitidamente os frutos e de ‘amor-doação’. Quando
zer tudo por amor (Kairos
os efeitos da vida Fraterna, nos abrimos ao acolhimen-
novas comunidades).
eis o nosso diferencial: to do outro em sua neces-
Precisamos estar aten- sidade, automaticamente
Este é “algo a mais” que
tos, pois o que nos faz de- nos abrimos a esse dom.
possuímos. Devemos bus-
sanimar na vida fraterna Posso dizer aqui, tentando
car a santidade junto com
não são as grandes coisas, aproximar uma definição
vivemos: A primeira, no
Carmelo; a segunda, a
da vida em fraternidade,
quando demos nossos pri-
meiros passos em busca do
amor perfeito ao irmão, e
começamos a refletir sobre
o verdadeiro acolhimento
que devia ser dado por um
cristão.
Contudo, como fruto
dessas experiências, colhe-
mos essa força evangeliza-
dora e curativa, que une
nossos corações e os faz
um. Força que denomina-
dos de: ‘Carisma Fogo do
Céu’. Sinto tanto prazer em
refletir sobre este tema que
me delongaria por várias
páginas, e a proposta des-
do nosso carisma que: ser moderno.
tes escritos é ser somente
Fogo do Céu é ter aceso
O carisma Fogo do Céu um ponto de partida, uma 15
no coração a chama viva
está tão ligado a ‘sermos reflexão inicial. Assim,
de amor esponsal a Jesus e,
fraternos’ que trazemos teremos mais momentos
desse amor esponsal nasce
‘Fraternidade’ no nome. para refletirmos e aprofun-
a chama de amor fraterno.
Vale lembrar que dentro de darmos sobre este tema.
Ser Fogo do Céu é ser Ir-
um grupo de oração nas-
mão! É acolher o outro em Por fim, quanto mais
ceu um carisma. Acredito
nosso coração. Se reduzís- perfeitos na vivência fra-
que foi em conseqüência
semos o “ser Fraternidade” terna, mais plenos seremos
de duas experiências que
a somente convivermos, na nossa vocação.
não iríamos nos diferenciar
de um “grupo de amigos”.
Mas, esse amor fraterno
nos leva a uma doação per-
feita de santidade, em que
nossa alegria é dar a vida,
fazendo sempre a vontade
de Deus. Vida Fraterna é
um excelente remédio con-
tra o individualismo e a in-
diferença que tanto tem to-
mado o coração do homem
elementos do carisma fogo do céu 04
serviço de acolhimento e pais de família chegam
e pastoreio, é oferecer às até nós, depositando suas
pessoas a hospitalidade situações em nossas mãos,
do coração, pois o verda- e na maioria das vezes,
deiro acolhimento é aque- casos simples de apenas
le que recebemos o outro ouvirmos, acolher no co-
em nossos corações, daí ração, comungando da
Oração e surgem todos os carismas
necessários a este serviço.
dor dessa alma. Em outros
casos, a simples oração, o
Aconselhamento abraço, interceder, estar
Do amor com que
com a pessoa nessa fase
acolhemos brota a graça,
difícil que ela enfrenta.
o Dom do Conselho, do
O chamado à “oração Acompanhamento que
Discernimento e da Ciên-
e aconselhamento” vem vai além da nossa reunião
cia. Este é um ministério
se confirmando em nosso de oração, que nos leva a
de muito amor, que exige
meio através da prestação cuidar mais de perto dessa
amor, que brota do amor;
desse ‘serviço’ à Igreja e, ovelha que neste momen-
serviço de amor. Quem
a cada missão, grupo de to necessita de um cuida-
ama sempre conduz o
oração, retiro ou encontro do especial.
outro à verdade! ‘Oração
de Evangelização que rea- e aconselhamento’ é isso: Ressalto ainda, o
lizamos, muitos nos pro- conduzir ou reconduzir caso de muitos jovens
curam querendo uma pa- aqueles que desviaram em conflitos afetivos
16 lavra, apresentando-nos da verdade, a viverem a ou vocacionais, que por
situações de suas vidas, plenitude da verdade em meio deste serviço foram
esperando uma respos- suas vidas. A amenizar ou acompanhados, forma-
ta, oração ou mesmo um sarar as sequelas causadas dos, chegando a uma re-
conselho. em seus corações pela au- flexão mais clara e feliz
Oferecer este “traba- sência da verdade. de sua vocação. Muitos,
lho” à Igreja é exercer um ainda, chegam com sua
Muitos jovens, mães
afetividade ferida, com
o coração em “pedaços” delicadeza. Portanto, cabe amor. Todo serviço que
pelas frustrações vividas e a nós, enquanto fraterni- prestamos à Igreja ou às
somente os seminários de dade, nos estruturar para pessoas é realizado com
cura interior, as adorações este serviço, levando os nosso “jeitinho”, seguindo
não foram o bastante, ne- missionários designados a uma regra que muito nos
cessitando de um acom- esta função a serem capa- acompanha: “Tem que ser
panhamento de perto da citados, bem orientados, e de dentro para fora, tem
nossa parte. que todo trabalho seja em que transbordar”! Não fal-
unidade com a Igreja, sob a tando amor, jamais faltará
A oração e aconselha-
supervisão do nosso dire- a unção e o conhecimento
mento nos levam a alcan-
tor e autorização de nosso necessário para prestarmos
çar os que estão à margem
Bispo. este serviço à Igreja, qual
da igreja, ou seja, aquelas
seja, ‘serviço de oração e
pessoas que não conhecem
aconselhamento’.
ou não entendem a estru- “Desejamos
tura das nossas paróquias Assim, que possamos
e pastorais e por isso, ficam
ser espaço de caminhar servindo a Deus,
de fora. Por meio desse acolhimento e cura, em santidade, e acolhendo
acolhimento e acompanha- a todos aqueles que nos fo-
mento, nós conseguimos
e ser canteiro de rem confiados, em nossos
inserir a pessoa a uma vida vocaçõespara a nossa corações. É este o desejo
eclesial, levando-a a enten- Igreja;” da nossa Fraternidade: ser
der a importância da vida espaço de acolhimento e
sacramental, da Palavra de cura, e ser canteiro de vo- 17
Deus e a viver de forma Dessa forma, sigamos cações para a nossa Igreja;
prática o “ser igreja”. fieis nesse tempo de cons- que, sem apego ou proseli-
trução à vontade de Deus tismo, possamos acolher a
Mas, para exercermos
para nós, lembrando que, todos; que possamos acon-
de forma frutuosa esta fun-
desde o começo, sempre foi selhar e auxiliar através dos
ção, temos que nos formar,
o acolhimento. Sabemos nossos ensinos e forma-
buscando um conhecimen-
que este ‘acolher’ é alicerce ções, embasados também,
to profundo da Palavra de
desta obra, “se nos fechar- na Palavra de Deus e no
Deus, do Magistério da
mos, morreremos”. Todo Magistério da Igreja. Por
Igreja e ensinos específicos
crescimento desta obra é fim, que possamos ajudar
que nos capacitem ao acon-
fruto de um acolhimento a todos os aflitos através da
selhamento. Vale ressaltar
ao outro que brota de um nossa escuta e das nossas
a importância deste serviço
coração que transborda de orações.
à Igreja, mas também a sua
muito arriscado. Podería- aos primeiros sábados, aos
elementos do carisma fogo do céu
05 mos ter dispersado e não quais teríamos uma tarde
ter mais nenhum dos três, de louvor, estava aconte-
mas confiando na bondade cendo o grupo de oração.
Divina, demos esse passo. A adoração do segundo
sábado que seria fechada
No começo, tudo foi um
acabou se tornando o gru-
pouco desajeitado. Muitos
po de segundo sábado. E,
que estavam conosco fi-
naturalmente, fomos nos
caram à margem e se dis-
Missão
abrindo a todos que foram
persaram, e o quanto Deus
chegando.
nos sustentou durante o
primeiro ano de formação. Quando comemora-
Ficamos fechados durante mos um ano de grupo de
O coração missionário oração, ficamos surpresos
um ano, realizando semi-
da Fraternidade Católica pela quantidade de frutos
nário de vida e formação
Fogo do Céu. que estávamos colhendo,
para servos, até surgir a
mesmo sem “estrutura” ou
Refletindo sobre a nossa necessidade de, ao menos
formação. Hoje, percebe-
Fraternidade e nosso caris- uma vez por mês, reali- mos que aconteceu algo
ma no âmbito missionário, zarmos uma tarde de ora- de grande significado para
começaremos pela via da ção simples e rápida para nós: o impulso que deu
“nova evangelização”. O evangelizarmos. Depois, vida a esse grupo de oração
Fogo do Céu, enquanto tivemos a iniciativa de uma
18 grupo de oração, nasceu adoração que, no primeiro
veio de dentro para fora, ou
seja, transbordou. Logo,
como fruto da vontade momento, seria somente começamos a entender o
de Deus, que só pôde ser para os membros do grupo verdadeiro sentido de toda
ouvida pelos líderes da de oração. estrutura de evangelização,
Renovação Carismática, que deve ser o acolhimen-
Continuamos fechados
por meio de um discerni- to ao outro. Vivemos um
em busca de uma “estru-
mento profundo, pois unir transbordar a cada reunião
tura” e de uma “formação”
três grupos de jovens, que de oração, e nossos cora-
que nunca conseguimos
estavam com dificuldades ções se inflamam ainda
alcançar. Mas, de repente,
e, a partir dessa união for- mais desejosos de evange-
quando nos demos conta,
mar um grupo novo, seria lizar.
Assim, de forma in- A vivência de um au- sobre o perdão e a abertu-
consciente e por mérito têntico espírito de comu- ra aos outros, aos pobres
do Espírito Santo, conse- nidade nos levou a um re- e aos fracos. As seitas er-
guimos assimilar e aplicar novado ardor missionário, guem muros e barreiras
uma das principais carac- levando-nos também, a por medo e pela necessida-
terísticas da nova evangeli- pensar em um novo jeito de de afirmação e de criar
zação, qual seja, a ousadia. de evangelizar, quebrando falsas seguranças. ‘Viver a
Ousamos em realizar um as barreiras, e a procurar comunidade é destruir as
grupo de oração que fun-
cionasse somente duas ve-
zes por mês, para atender
as limitações dos membros
que, na sua grande maio-
ria, são universitários.
Tínhamos tudo para
dar errado. Alguns servos
com a agenda sobrecarre-
gada, outros desanimados,
e ainda, tendo que enfren-
tar uma crítica massiva
barreiras para receber as
sobre o funcionamento
do grupo, pelo fato de ser “Nova em seu diferenças’ (Jean Vanier-
apenas duas vezes por mês,
Comunidade Lugar do 19
diferenciando da estrutura ardor, em seus Perdão e da Festa).
que a Renovação Carismá- Hoje, organizados
tica propõe. métodos, em suas como uma Fraternidade
Católica, tendo um caris-
Mas, foi ousando em
quebrar paradigmas e re-
expressões;” ma que nos une e nos leva
a pensar em um novo jeito
novando nossos métodos,
de evangelizar, recorremos
que tudo começou a mu-
ao autor desta expressão,
dar. Começamos a enxer- uma nova estrutura de or-
João Paulo II, que diz que a
gar que a Igreja é o “outro” ganização, que atendesse
nova evangelização é:
e que não deveríamos amar às nossas necessidades, a
uma ‘logomarca’, um nome nossa realidade e os desa- Nova em seu ardor, em
ou nem mesmo nutrir um fios que vivemos neste mo- seus métodos, em suas ex-
apego a bandeiras. Enten- mento. pressões. Não se trata de fa-
demos que: “Se amamos a zer de novo qualquer coisa
Nesse sentido, vejamos:
comunidade, nós a destrui- que foi mal feita ou que não
mos, mas se amamos o ir- A vida em comunidade funcionou. A nova evange-
mão, que é a comunidade, é inspirada pelo universal e lização não é uma duplica-
nós a construímos” (Jean pela verdade ou o princípio ção da primeira, não é uma
Vanier- Comunidade Lu- de realidade. É aberta ao simples repetição, mas é a
gar do Perdão e da Festa). universal e fundamentada coragem de ousar.
Dom Bosco e Inácio, o em-
penho missionário.
Desde o nascimento
deste grupo de oração até o
amadurecimento para nos
tornarmos uma Fraterni-
dade, nunca tivemos medo
de quebrar barreiras e to-
Vivendo todas as bên- mais profundo da nossa mar decisões ousadas, pen-
çãos que um carisma novo identidade. Vale dizer, “A sando na melhor maneira
traz, podemos sentir o missão evangelizadora é de de fazermos a vontade de
impulso de um renovado todo o povo de Deus. Esta Deus, e sempre estando
ardor, que nos leva a ter é sua vocação primordial, atentos aos sinais do tem-
“sede almas”, como nos en- ‘sua identidade mais pro- po, como já ensinava Jesus.
sina São Dom Bosco, balu- funda’” (Evangeli Nutian- Portanto, que essa se-
arte de nossa Fraternidade, di). mente da nova evangeliza-
“Daí-me Almas e ficai com ção nunca pare de crescer
Essa é a dinâmica que
o resto”. Tudo em nossa em nosso carisma e em
vivemos a partir do nos-
estrutura é voltado à evan- nossos corações.
so pentecostes pessoal:
gelização e ao acolhimento,
sempre buscar o novo. E o Para finalizar, deixo
assim, podemos dizer que
quanto isso tem se enraiza- uma mensagem a todos que
20 este ardor renovado, do
qual nos ensina João Paulo
do em nossos corações, ou já são missionários desta
seja, sempre buscar o novo, Fraternidade e a todos que
II, é o “cimento” da nos-
sempre fazer melhor. Vale irão chegar: Seremos do ta-
sa obra. A Fraternidade
ressaltar que aprendemos a manho do nosso amor, ou
Fogo do Céu tem em seu
buscar esse ‘novo’ na escola seja, nosso carisma cresce-
alicerce e em suas colunas
de Santo Inácio de Loiola, rá na mesma intensidade
esse cimento, e podemos
que também é baluarte de que amarmos. Assim, o
dizer que toda arquitetura
nosso carisma. Não basta melhor jeito de propagar as
de Deus para essa obra está
fazer a vontade de Deus, e chamas do Fogo do Céu a
nos moldes da nova evan-
sim buscar os meios para outros corações é amando
gelização.
realizá-la da melhor ma- o outro como Jesus nos en-
Vale dizer que, comun- neira possível. ”Tudo para sinou a amar. A obra cres-
gamos da co-responsabili- a maior glória de Deus”, cerá se permanecermos no
dade da Igreja, com Cris- era o lema do mencionado amor. E da fidelidade nesse
to, na salvação de almas. santo. Salientando também amor, brotará uma evange-
Assumimos o ‘mandato’ todo ardor e empenho mis- lização nova em ardor, mé-
de Cristo para nós de “Ir sionário do carisma jesuíta, todo e expressão. Evangeli-
e evangelizar”. Viver o ca- do qual temos muito para zar, para nós, é um ato de
risma Fogo do Céu é ter aprender. amor! Amar e evangelizar
infundindo no mais ínti- soam como sinônimos de
Na escola de Santa Te-
mo do nosso coração esse quem tem o coração infla-
resa, aprendemos sobre
ardor; evangelizar está no mado pelo Fogo do Céu.
o ‘Amor Esponsal’. Com
Via Sacra do Amor Esponsal
Maria Emmir Oquendo Nogueira (Co-fundadora da Comunidade Católica Shalom)
Baseada no Escrito “Amor Esponsal” da Comunidade Católica Shalom

_________________ Meditação mistério escondido nesta


troca, grito também: “Cru-
PRIMEIRA ESTAÇÃO No meio da multidão,
cifica-O!”
Esposo meu, olho, ansioso,
JESUS É CONDENA- Aclamações
o teu rosto. Quando ouves
DO À MORTE
“Barrabás” sabes que serás V. Jesus, Esposo Meu,
crucificado. No entanto, livremente entregue à cruz
em meu lugar,
mesmo à distância, vejo em
teus olhos a esperança de R. Tem piedade de mim
e ensina-me a entregar-me
poder dar-lhe uma segunda livremente pelos miserá-
chance. A chance do Novo veis.
Testamento. Tu sabes bem, V. Jesus, Esposo Meu,
Jesus, que Barrabás, assim trocado pelos menores,
como eu, é vaso de argila. pelos piores,
Está dentre os menores, os R. Tem piedade de mim
piores, os miseráveis. Nos e ensina-me a me dar por
eles.
desígnios de Misericórdia,
o Pai, de forma incompre- V. Venha teu Reinado, 21
ensível, te troca pelo pior R. Cumpra-se teu desíg-
dos malfeitores. Misterio- nio na terra como no céu.
samente, Barrabás recebe a Pai Nosso
V. Nós te adoramos, tua entrega total por ele em
________________
Amado Nosso, e te bendi- forma de segunda chance.
zemos. Ele não sabe o que se passa. SEGUNDA ESTAÇÃO
Não consegue medir, nem
R. Porque por tua san- JESUS É CARREGA-
imaginar. Eu, sim. E, em
ta cruz remiste o mundo e
minha miséria, uno-me a DO COM A CRUZ
nos ensinaste a medida do
ele, Deus de minha vida, eu,
amor.
o menor, o pior, e acolho a
Do Evangelho de São Ti, dado em troca de mim.
Marcos 15, 14-15 Acolho-te todo, sem nada
deixar de acolher e, ao aco-
Eles gritaram ainda lher-te, entrego-me todo a
mais: “Crucifica-O!” Pila- Ti. Tu, tomas sobre ti todo
tos, decidido a satisfazer a o meu pecado e todo o meu
multidão, soltou-lhes Bar- ser, dado em troca pelo
rabás e, quanto a Jesus, o Teu. Por isso, ainda que eu V. Nós te adoramos,
entregou para que o açoi- não abra a boca, perdido Amado nosso, e te bendi-
tassem e o crucificassem. na multidão, por causa do zemos
R. Porque por tua santa amor. E Tu, loucamente, te Na verdade, ele supor-
cruz remistes o mundo unes a mim, cuja ingrati- tou nossos sofrimentos e
dão constante só te leva a carregou nossas dores, nós
Do Evangelho de São
amar mais. o tivemos como um con-
Marcos 15, 20
Aclamações tagiado, ferido de Deus e
Depois de o terem es- afligido. Ele, ao contrário,
V. Jesus Cristo, Amor
carnecido, tiraram-lhe o do Pai Inflamado, foi trespassado por causa
manto de púrpura e ves- de nossas rebeliões, tritu-
R. Tem piedade de
tiram-Lhe as suas roupas. mim, cujo pecado inflama rado por causa de nossos
Levaram-no, então, para O teu amor! crimes. Sobre ele descar-
crucificarem. V. Jesus Cristo, Amor regou o castigo que nos
que não é amado, cura, e com suas cicatrizes
Meditação
R. Tem piedade de nos curamos. Todos nós
“O Amor não é ama- mim, que me amo tanto, andávamos perdidos como
do!” Com São Francisco, e me leva a amar sempre ovelhas, cada um para seu
mais e mais
Amado meu, meu coração lado, e o Senhor fez cair
reconhece que, das mais V. Perdoa-nos nossas sobre ele todos os nossos
ofensas,
diversas formas te escar- crimes.
neceu, cuspiu-te na Face, R. Como nós também
perdoamos aos que nos Meditação
enterrou-te a coroa com ofendem.
pancadas surdas. Oh, meu Vejo-te, Amado meu,
Deus, não te amei! Es- Pai Nosso por terra. Caído. Um cor-
22 queci de onde me tiraste, ______________ deiro, um cordeirinho san-
esqueci que me escolhes- grando, caído sob a cruz.
te e, envolto no dia a dia, TERCEIRA ESTAÇÃO Quero socorrer-te. Não me
escarneci de Ti, ignorei a JESUS CAI PELA deixam! Quero rebelar-me,
Tua vontade que é sempre PRIMEIRA VEZ gritar diante de tamanha
amor. Perdoa-me, Deus de injustiça. Não me deixas!
minha vida. Perdoa-me! V. Nós te adoramos, Guardo, compungido, meu
Deixa-me lavar teu san- Amado Nosso, e Te bendi- grito. Uno-me a ti em tua
gue com minhas lágrimas. zemos, queda. Entendo, vendo-
Deixa-me ungi-lo com R. Porque por Tua santa te assim, que santo não é
meu arrependimento, mais quem não cai, mas quem
uma vez, mais uma vez! confia inteiramente na mi-
Ah, Senhor, o quanto deves sericórdia do Pai, como tu
me amar para perdoar-me fazes agora. Olho ao meu
tantas vezes! Inflamo-me redor, atingido pelos gritos
de gratidão por me ama- de ódio. Misteriosamente,
res tanto apesar de tantos eles passam por mim, mas
escárnios de minha parte. não me atingem. Atingem
Vejo-te a caminhar para a cruz remiste o mundo. a ti, pois por recebê-los
cruz, pronto a amar sem- estás contagiado, ferido,
pre mais e mais. Uno-me a Do livro do profeta Isaí- afligido. Os chicotes não
esta cruz, que acende o teu as 53, 4-6 te deixam. Nem te deixam
as nossas quedas. Volto a V. Nós te adoramos, Fi- Tira, Deus de minha vida,
olhar ao meu redor e, ago- lho, e te bendizemos, meus olhos de mim mes-
ra, entendo: também eu mo, e, por esta santa troca
R. Porque por tua santa
devo deixar-me contagiar, de olhares, inflama-me
cruz remiste o mundo.
acolher e afligir-me – fe- para que eu busque cada
rido – os vários gritos de Do Evangelho de São vez mais o esquecimento
ódio dos não-amáveis. Lucas 2, 34-35, 51 de mim, de minha própria
Aclamações vontade, de meus próprios
Simeão os abençoou e
interesses, de minha pró-
V. Amado, Cordeiro de disse a Maria, a mãe: “Vê:
Deus, silencioso e caído, pria vida e que, cada vez
Este está posto de forma
inteiramente abandonado mais inflamado de amor
ao Pai, que todos em Israel ou
por ti busque somente a Ti,
caiam ou se levantarem;
R. Tem piedade de a vontade do Pai, os inte-
mim que não admito cair e será uma bandeira dispu-
resses Dele, a vida Dele, a
nem sempre confio em tua tada, e assim ficarão evi-
misericórdia! obra Dele.
dentes os pensamentos de
V. Cordeiro, Esposo, todos. Quanto a ti, uma Aclamação
entregue totalmente às espada te atravessará. Des- V. Jesus, Filho de Deus,
nossas mãos assassinas, Filho de Maria, a ela unido
ceu com eles, foi a Nazaré
R. Tem piedade de em eterno “Sim”
e continuou sob sua auto-
mim e ensina-me a entre- R. Tem piedade de mim
gar-me, amorosamente, ao ridade. Sua mãe guardava
e ensina-me a ser, como
não-amável! tudo isso em seu íntimo. ela, sempre “sim”
V. Não nos deixes, Pai,
sucumbir à prova, Meditação V. Jesus, unido a Maria
no amor ao Pai, que aos
23
R. E livra-nos do Tu e eu a vemos, Filho, dois basta,
Maligno. e, nela, Tu e eu nos encon- R. Ensina-me a buscar
Pai Nosso tramos. Não é só a Mãe que somente a Sua santa von-
encontras. É na Mãe que, tade e confiar que só Tu,
_________________ Deus meu, me bastas.
mais uma vez, te encon-
tras, em Tua humanidade V. Cumpra-se o teu
QUARTA ESTAÇÃO desígnio,
bendita. Vejo, no Teu olhar
JESUS ENCONTRA a ela o mesmo que no dela R. Na terra como no
SUA MÃE céu.
a ti: “Deus! Só Deus! O Pai!
Só o Pai! A vontade do Pai! Pai Nosso
Fiat! Fiat!” Nenhum dos
dois pensa em si. Ambos só
vêm o Esposo, o Pai, a San-
ta Vontade do Pai, o Amor
do Pai, o amor ao Pai. Bebo,
ávido, até a última gota das
lágrimas de alegria deste
olhar. Há dor, mas é dor
de amor. E dor de amor,
Amado – me ensinaste! –
é alegria. É ressurreição.
sem igual. Logo entendo no na família de Nazaré,
o cuidado com que o Pai R. Tem piedade de
preparou este teu caminho. mim e ensina-me a rezar,
O Cireneu era mais um a amar e servir em família.
quem querias beneficiar V. Pai nosso do céu,
com a tua paixão. Primei- R. Seja respeitada a
ro, o malfeitor tinha uma santidade do teu nome.
segunda chance. Agora, o Pai Nosso
pai de família, cansado do
trabalho do campo, com
_____________ a idade que teria, talvez, o
próprio José, teu pai adoti-
QUINTA ESTAÇÃO vo. Também ele te ajudou.
JESUS É AJUDADO Terá o Pai pensado nele?
PELO CIRENEU A LE- Tê-lo-á recompensado sal-
VAR A CRUZ vando este Simão? Nele,
Senhor meu, pedes a todas
as famílias, a todos os pais
V. Nós te adoramos, e mães, que carreguem a
Amado Humílimo, e te Tua cruz, a bendita e feliz
cruz de morrer para que _______________
bendizemos,
seus filhos tenham vida, SEXTA ESTAÇÃO
24 R. Porque por tua cruz
remiste o mundo
de se darem para que seus
A VERÔNICA LIMPA
filhos, mesmo não tendo
tudo, tenham a eles, sua O ROSTO DE JESUS
Do Evangelho de São
presença, suas renúncias, V. Nós Te adoramos,
Marcos 15, 21-22
seu amor. É belo ver-Te em Amado Único, e te bendi-
Passava por ali, voltan- Teu caminho de cruz, a to- zemos,
do do campo, certo Simão car os casais, as famílias, a
de Cirene (pai de Alexan- ensinar-lhes que também R. Porque por tua cruz
dre e Rufo), e forçaram-no deles Te fizestes Esposo e remiste o mundo.
a carregar a cruz. Condu- também a eles chamas ao
Do livro do profeta Isaí-
ziram-no ao Gólgota (que Amor Esponsal vivido no
as 53, 2-3
significa Lugar da Caveira). marido, na mulher, nos
muitos filhos. Cresceu (…) sem pre-
Meditação
Aclamação sença nem beleza para
Vejo o Cireneu, cansado atrair nossos olhares, nem
V. Humilde Amado,
depois de um dia de traba- que te deixar ajudar por aspecto que nos cativasse.
lho no campo, ser obrigado um cansado pai que vem Desprezado e evitado pela
a ajudar-te, Amado meu. do campo, gente, homem acostumado
Por que não me escolhe- R. Tem piedade de mim a sofrer, curtido na dor; ao
ram a mim, penso, em meu que me fecho em minha vê-lo cobriam o rosto; des-
auto-suficiência.
orgulho. Iria com o maior prezado nos o tivemos por
prazer, seria uma honra V. Jesus querido, que nada.
aprendeste o amor huma-
Meditação V. Amado Esposo, que cascalhos, e me revolvo no
chamas tantos a se consa- pó.
Correu a Verônica en- grarem inteiramente a Ti,
tre a guarda. Enxugou-te R. Tem piedade de nós Meditação
o rosto, colheu o suor de e ensina-nos a beleza de
amar aqueles por quem Novamente, Amado
exaustão; comprimiu o
destes a vida. meu, te vejo no chão! So-
sangue do sacrifício, se-
V. Pai do céu, brecarregado por meus pe-
cou as lágrimas de tantas
cados, conduzido para as
emoções. Não tinha filhos R. Dá-nos hoje o pão
de cada dia. trevas, tu que és a Luz. Aco-
por quem chorar. Não ti-
lhes minha escuridão para
nha esposo, esta Verônica. Pai Nosso
que eu tenha a Luz. Minhas
Eras, naquele momento,
trevas, porém, com a de to-
seu Esposo, seu Filho, seu
dos os outros de todos os
Tudo. Amava-te, isso lhe
tempos, sugam o brilho de
bastava. O que faria esta
tua humanidade. Cais sob
Verônica com o seu len-
o meu peso. Ergo-me sobre
ço, com o teu Rosto? Para
teu esmagamento. Olho-te:
minha surpresa, não o
o suor não consegue remo-
guardou ciosamente. Posso
er o sangue que secou so-
vê-la, ainda virgem, ainda
bre tua pele. Os primeiros
sem filhos, ainda sem ma-
escarros, já secos, mantêm
rido, com o mesmo lenço,
__________________ grudados entre si os fios
a vestir os nus, a cobrir os
que têm frio, a enchê-lo de SÉTIMA ESTAÇÃO
de tua barba. Os escarros 25
recentes formam grandes
pão para os que têm fome,
JESUS CAI PELA gotas esverdeadas que in-
a encharcá-lo de água para
SEGUNDA VEZ sistem em não cair. Re-
os que têm sede, a acenar
conheço longinquamente
trégua aos prisioneiros. Es- V. Nos te adoramos,
teus olhos por entre as pál-
perta como sempre, ungida Cordeiro Amado, e te ben-
pebras inchadas. Os muitos
de sua virgindade consa- dizemos,
cortes, abertos, já não san-
grada, escorrega por entre
R. Porque por tua cruz gram tanto; escondem-se
as estruturas para amar-Te
remiste o mundo. sob sangue coalhado e sal-
onde quer que estejas. En-
moura. O cheiro de sangue
tendeu, esta Verônica, que Do livro das Lamenta- fresco mistura-se com o de
o amor ao irmão é maneira ções 3, 1-2.9.16: sangue velho e suor. Dou-
concreta de mostrarmos o
Eu sou um homem que me conta, Senhor meu, que
quanto te amamos.
provou a dor sob a vara tu fedes. Caído por terra,
Aclamações de sua cólera, porque ele tens o aspecto do alcoó-
V. Jesus, que imprimes me guiou e conduziu para latra inchado jogado em
tua Face Santa em cada as trevas e não para a luz; nossas sarjetas e calçadas.
pessoa, em cada jovem,
(…) fechou-me a passa- Semi-escondido pela cruz,
R. Tem piedade de nós gem com pedras, retorceu assemelhas-te ao fétido mi-
e ensina-nos a pureza e
a modéstia, que preser- minhas sendas (…) meus serável, a colher lixo e pa-
vam em nós a tua santa dentes rangem mordendo pel em sua carroça; como
imagem.
tua cruz, pesa mais que ele. Como não ultrapassar o
Como um mendigo fedo- olhar da exegese e ver, aqui,
rento a suor, sujo de catarro tua admoestação para a
e urina, faminto, tu olhas mulher, hoje! Não estamos
para mim, a pedir que te nós vivendo um tempo no
levante. És, assim, tu mes- qual as estéreis são conside-
mo, o não-amável que sou radas felizes? Não estamos
chamado a amar. vivendo um tempo em que
Aclamação as mulheres se fazem este-
rilizar para serem, secun-
V. Senhor Jesus, que te
rebaixaste mais do que to- do elas, mais felizes? Não
________________
dos nós por amor a quem seremos nós as mulheres
não te ama, OITAVA ESTAÇÃO cujos ventres negam-se a
R. Tem piedade de nós, parir, matando seus filhos
que fugimos da crueza da JESUS ENCONTRA
para viverem melhor? Não
participação de tua paixão AS MULHERES DE JE-
e cruz. Ensina-nos que isso estão secando nossos peitos
RUSALÉM
é amor esponsal. à força de hormônios para
V. Cordeiro esmagado V. Nós te adoramos, Fi- a amamentação não de-
por nossos pecados, lho do Homem, e te bendi- formá-los, para voltarmos
R. Tem piedade de nós zemos, mais cedo ao trabalho? Je-
e ensina-nos a acolher-te sus, tu, o Filho do Homem,
quando estás sujo, fedo- R. Porque por tua cruz Inocente, recebeste de nós
rento, fraco e deformado. remiste o mundo.
26 Ensina-nos que isso é amor
esponsal.
o pior dos tratamentos em
Do Evangelho de São Lu- tua paixão. Hoje, porém,
V. Pai do céu, cas 23, 28-31 Senhor, nós mulheres, te
matamos nos abortos ci-
R. Venha o teu Rei- Jesus voltou-se e lhes
nado! rúrgicos, nos abortos ad-
disse: “Moradoras de Je- vindos do DIU, das pílulas
Pai Nosso rusalém, não choreis por e demais métodos artificiais
mim; chorai por vós e por que não deixam desenvol-
vossos filhos. Porque che- ver-se nenhuma vida que
gará um dia em que se consiga escapar ao seu cer-
dirá: Felizes as estéreis, os co. Criaste-nos para acolher
ventres que não pariram, e promover a vida, e eis-nos
os peitos que não amamen- hospedando e provocando
taram! Então começarão a a morte! Chamaste-nos a
dizer aos montes: ‘Caí sobre humanizar o homem e eis-
nós’; e às colinas: ‘Sepultai- nos ultrajando seu direito
nos’. Pois, se tratam assim mais básico! Criaste-nos
a árvore viçosa, o que não para sermos presença dis-
farão com a seca? ponível e eis-nos sendo
Meditação ausência ocupada! Fizes-
te-nos ternura e eis-nos
Ah, Senhor, Filho de rispidez, competição, ódio
Deus, Filho do Homem! aos nossos próprios filhos.
Hoje, Jesus, não temos por Do Livro das Lamenta- comigo; permitir que me
quem chorar. Nem por nós ções 3, 27-32 ajudes em minha solidão,
– que julgamos o choro si- em meu pó, no jugo que
É bom para o homem
nal de fraqueza- nem por carrego desde a mocidade.
carregar o jugo desde a
nossos filhos – que não Desejo, contigo, estender
sua mocidade. É bom ele
existem mais! Que fizemos, a face ao que me fere, pois
sentar-se solitário e silen-
Senhor, que fizemos ao le- meu alvo, como já disse é
cioso quando o Senhor lho
nho verde! a santidade. Não só alvo,
impuser; por sua boca no
Aclamações mas vocação, sem presun-
pó, onde talvez encontre
ção nenhuma de grandeza.
V. Amado Filho do Ho- esperança; estender a face
mem, acolhido por Maria Nesta queda conjunta, meu
a quem o fere e suportar as
sem restrições, Querido, tua e minha, está
afrontas. Porque o Senhor
R. Tem piedade de nós! a nossa esperança. Não é
não repele para sempre.
exatamente lá, no pó, que
V. Jesus, criança assas- Após haver afligido, tem
sinada, criança solitária, ela se esconde? Não é na
compaixão, porque é gran-
criança abandonada, queda que ela se oculta?
de a sua misericórdia.
R. Tem piedade de nós! Não é lá que ela sussurra o
Meditação Teu Amor por mim? Esta
V. Pai do céu,
queda, como as outras, é a
R. Não nos deixes Sei, Amado meu, que
minha queda, a nossa que-
sucumbir à prova! esta tua terceira queda é a
da, o nosso segredo para
minha última oportunida-
encontrar a pequenez, a
de de cair contigo e deixar-
te cair comigo. Para ser tua
confiança no Amor, a espe- 27
rança escondida no pó que
alma esposa, é preciso que
se mistura ao teu sangue.
eu encontre o segredo da
queda. É preciso que me Aclamações
una a ti e aprenda a par- V. Jesus, que escon-
tilhar contigo o pó e nele deste no pó a virtude da
esperança,
encontrar esperança. Aju-
da-me, Senhor, a cairmos R. Tem piedade de
mim e livra-me de querer
juntos. Ajuda-me a fazer- encontrar-te nas grande-
me pequeno contigo, pois zas.
meu alvo é a santidade e a V. Cristo, que aceitas
________________ santidade nunca foi para os trilharmos juntos o cami-
NONA ESTAÇÃO grandes, para os que nunca nho da queda,
caem e julgam tudo saber, R. Tem piedade de
JESUS CAI PELA mim e ensina-me a supor-
tudo poder. Desejo, meu
TERCEIRA VEZ tar as afrontas dos que me
Jesus, cair contigo. Não são mais caros.
V. Nós te adoramos, Fi- terei medo de ser esque-
V. Pai do céu,
lho de Deus feito Homem, cido, de ser escarnecido,
e te bendizemos de ser rejeitado. Meu alvo, R. Perdoa nossas
ofensas.
Amado meu, é a santidade,
R. Porque por tua santa não o sucesso. Desejo, meu Pai Nosso
cruz remiste o mundo Senhor, permitir que caias
tável colocar-me, tão alti-
vo, tão protegido, tão cheio
de mim mesmo, diante de
ti, despido, ferido, ensan-
güentado e sujo. Inevitável
reconhecer o óbvio de qual
das duas vestes é a da san-
tidade. Impossível não dis-
tinguir qual dos dois está
preparado para as núpcias!
_______________ Quando, Senhor, te terei _______________
DÉCIMA ESTAÇÃO como meu único Amor, DÉCIMA PRIMEIRA
quando só tu me bastarás, ESTAÇÃO
JESUS É DESPOJADO de fato, para que eu não só
DE SUAS VESTES permita, mas deseje des- JESUS É PREGADO
pojar-me de minhas vestes NA CRUZ
V. Nós te adoramos,
Cristo, Novo Adão, e te tão baixas, deixando, feliz,
bendizemos, que as disputem quem ne-
las se interesse e que tirem Meditação
R. Porque por tua santa a sorte como queiram, uma Vejo-te, Jesus, imóvel
cruz remiste o mundo. vez que minha fortuna é por alguns instantes, to-
Do Evangelho de São estar despido, pronto para mado da imobilidade do
28 Marcos 15, 24 as nossas Bodas. amor. Sei que logo arqueja-
Aclamações rás, que em breve entrarás
Os soldados reparti-
V. Jesus, Novo Adão, em tetania, em agonia, e
ram entre si as suas vestes, vestido de nudez, consumarás teu sacrifí-
sorteando-as para verem o
R. Tem piedade de cio de amor. No entanto,
que levava cada um.
mim e dá-me a coragem guardo como a um tesou-
Meditação do amor. ro, este instante quando
V. Jesus, Noivo e Cor- tu, pregado, te entregas
É inevitável, Senhor deiro, imóvel nas mãos do Pai e
meu, ver-te, assim, despi- R. Tem piedade de mim do Espírito, nas mãos dos
do, e não recordar que a e veste-me de tua nudez. homens. Não estás prega-
santidade é a veste nupcial V. Pai do céu, do em um madeiro. Não!
para as bodas do Cordei-
R. Venha o teu Rei- Pendes do amor absoluto e
ro. É inevitável, também,
nado. não encontras outra causa
ver de quantas vestes me
para amar a não ser o pró-
visto. De quantas defesas,
prio Amor! Talvez por isso,
de quantas vontades, de
pendas, imóvel, do ápice
quantas imagens, de quan-
da Caridade. Aos teus pés,
tas teimosias. Inevitável
exponho a ti minha fraque-
ver de quanta vaidade me
za, desejando amar-te cada
adorno, em quanto orgu-
vez mais perdidamente,
lho me abrigo, em quanta
como se tu precisasses de
altivez me defendo. Inevi-
justificativas para amar até te mais que me dás, pois, R. Abre os olhos de
a consumação de ti mesmo. dando-te a mim, comigo minha oração; que eu te
veja, que eu veja!
Aclamações dou-te a ti, que és unido a
mim. Nunca irei sozinho V. Pai do céu,
V. Jesus, Cordeiro
Imóvel, vítima do Amor, ao Pai. Acolho a tua morte R. Santificado seja o teu
pendente do Amor Ab- e vivo. Acolhes minha vida nome!
soluto, e morres. Vida e morte, Pai Nosso
R. Tem piedade de em tua cruz, são uma só
mim e ensina-me que não coisa. Sacerdote e vítima,
há santidade sem cruz.
são uma só coisa. Entrega
V. Jesus, Pobre e Nu, e acolhida, uma coisa só.
vítima da Dor,
Tudo é amor. Tu morres
R. Tem piedade de por todos. Eu morro por ti
mim e ensina-me que os
pobres são a salvação e a e sei que isso significa mor-
esperança da humanidade. rer por meu irmão. O amor
V. Pai do céu, é assim: não permite que se
morra por si mesmo. Tor-
R. Seja respeitada a
santidade do Teu Nome! namo-nos, assim, sacer-
dotes e vítimas no Único
Sacerdote, Única Vítima
_______________
e, por isso, Único Esposo
que, unido às famílias e aos DÉCIMA TERCEIRA
virgens, une-se agora aos ESTAÇÃO 29
sacerdotes em uma única
Oferta, um único Altar, JESUS É DESCIDO
únicos Esponsais com toda DA CRUZ
a família humana. “Pai, Meditação
perdoai-lhes”, ouço-te di-
zer. “Eu te absolvo dos teus Vejo-te, Senhor, sendo
pecados”, ouço-o dizer. lavado, às pressas e, cui-
“Fazei isso em memória de dadosamente, lentamente,
_______________ mim!”, ouço-te. “Eis o Cor- atentamente, sem nenhu-
deiro de Deus”, ouço-o. É ma pressa, desejo lavar-te
DÉCIMA SEGUNDA ao lavar meu irmão. Sinto
ESTAÇÃO uma só esta voz sacerdotal,
esta voz esponsal que ofer- o cheiro do lençol que te
JESUS MORRE NA ta a vida! envolve: cheiro de linho
CRUZ cru. Carinhosamente, aten-
Aclamações to a todo detalhe, uso todo
V. Jesus, Sacerdote, o tempo do mundo para
Vítima, Altar, Esposo, tecer o lençol que envolve
Meditação
R. Tem piedade de meu irmão, suas ofensas,
Cristo, Ungido do Pai, mim, ensina-me que só o seus queixumes. Inalo o
Sacerdote, Vítima, Altar, amor da cruz é o teu, e que
só ele permanece perfume do óleo apressado
Esposo! Desejo dar-te o e guardo-o na memória,
que me dás. E posso dar- V. Jesus, Esposo Imo-
lado, cuidadoso. Dele disponho
para ungir meu irmão fe- Amado meu, a velar-te no
rido, ofendido, faminto, homem, em cada homem,
doente, moribundo. Pois é ao longo das nossas po-
amando assim, concreta- bres noites. Até que venha
mente, ao meu irmão, que a tua Ressurreição. Até que
te estarei amando da for- a veja brilhar nos olhos
ma mais perfeita. É assim deles, de cada um, e pos-
que serei tua alma esposa, sa, eu mesmo, dormir em
no amor efetivo ao meu paz, apoiado em teu braço,
irmão. Assim, estarei fa- envolvido no estandarte da
zendo a tua vontade: “Que Caridade, sob as flores de
vos ameis como vos amo”. ________________ maçã da tua eternidade,
Assim, Esposo meu, te en- DÉCIMA QUARTA Esposo meu.
volverei a cada dia, um cor- ESTAÇÃO
V. Amado meu, Esposo
po inerte, sobre o qual não
JESUS É DEPOSITA- meu, enquanto aguarda-
se tem esperança, sobre o
DO NO SEPULCRO mos a Tua ressurreição,
qual se meneia a cabeça.
Em teu e meu coração, po- Meditação R. Tem piedade de mim
rém, sabemos, que não há e ensina-me a perfeição do
Vejo-te, Senhor, pelos
caso perdido, não há mal- único Amor.
olhos da Madalena. Obser-
dade humana, não há cor-
vo como te colocam. Vejo V. Jesus, Amado meu,
po inerte que, por causa do
como te ungiram. Como Esposo meu, enquanto
30 Amor, não vá encontrar a
não lembrar-me das outras aguardamos a Tua vinda,
ressurreição.
unções? Fico atenta a como
Aclamações R. Tem piedade de mim
rolaram a grande pedra, ao
e ensina-me que amar é
V. Jesus, inerte nos ângulo do qual a empurra-
braços dos homens, servir.
ram. Nada me escapa. Não
R. Tem piedade de nós te deixarei só. Estarei con- V. Pai do céu,
e ensina-nos a amar nosso tigo nas ruas, no trabalho,
irmão. R. Dai-nos hoje o pão
nas escolas, nos motéis,
V. Cristo, Corpo Santo nos estádios, nos bares, deste dia...
preparado às pressas,
nas praias, nos shoppin-
R. Ensina-nos a perfei- gs. Estarei contigo onde
ção do amor: amar o outro
como tu nos amas. a comida é farta e onde
bóia o minguado punha-
V. Pai do céu,
do de feijão na panela de
R. Também na terra, ferro. Estarei contigo onde
seja feita a tua vontade.
o conhecimento ilumina
e onde a ignorância cega.
Estarei contigo onde a vida
se inicia e onde finda. Es-
tarei contigo nos gritos de
alegria e nos gemidos de
agonia. Estarei contigo,
31
Jeitinho Fogo do Céu
de Fazer as coisas
Começo este texto, Temos com-
apresentando um pensa- parado a nossa
mento de Madre Teresa de obra à uma vi-
Calcutá, o qual nos ensina nícola, onde o ma particular, o “Jeitinho
que: “Não é o quanto fa- vinho novo que vendemos Fogo do Céu de Fazer as
zemos, mas quanto amor é a evangelização renova- coisas”. O nosso “jeitinho”
colocamos naquilo que da, criativa e ardorosa. Vi- tem encantado os corações
fazemos. Não é o quanto nho que é produzido com o de todos que se aproximam
damos, mas quanto amor coração cheio de “parresia”, de nós ou dos nossos even-
colocamos em dar”. revestidos pela unção do tos, jeito do qual o Espírito
Espírito Santo e dotados de nos inspirou a trabalhar.
Este pensamento eluci-
seus carismas. Queremos Sendo que, o segredo des-
da bem o sentimento em
que nosso produto (vinho se jeitinho é fazer as coisas
que a “Família Fogo do
novo) chegue a todos os com diligência, alegria, e
Céu” está trabalhando, de-
corações que tenham sede entusiasmo.
monstrando o nosso “jeiti-
de vida, todas as pessoas
nho” de fazer as coisas.
32 que tenham sede de Deus. Para prosseguir, apre-
sento o significado das pa-
Deus nos confiou uma
O Fogo do Céu é uma lavras em destaque:
vinha. Ele nos arrendou
“vinícola de Jesus”, onde
essa vinha, para que traba- •Diligência: Cuidado
somos chamados a produ-
lhássemos nela, fazendo-a ativo, presteza em fazer al-
zir o bom vinho, ou seja, a
crescer, produzindo frutos guma coisa, zelo;
cura interior, a formação
de vida eterna, como nos
humana e espiritual, a ora- Fazer diligência: Traba-
ensina em Mateus 20:1-16.
ção e o aconselhamento de lhar, esforçar-se, empregar
A partir dessa compa- todos aqueles que nos são os meios para fazer alguma
ração, Deus começou a nos confiados para que, com coisa.
mover para reestruturar sabedoria e discernimento
sua obra de evangelização. e com um coração cheio •Entusiasmo: (do gre-
Partindo dessa moção de de misericórdia, possamos go en + theos, literalmente
uma vinícola, onde nós so- conduzir todos a uma ca- ‘em Deus’) originalmente
mos chamados a ser a uva minhada rumo à “Estatura significava inspiração ou
esmagada para tornarmo- da Maturidade de Cristo”. estar cheio pela presen-
nos este vinho novo, sendo ça de Deus.1 Atualmente,
Mas, para conseguir- pode ser entendido como
também, vocacionados a
mos êxito nesta missão, um estado de grande arre-
sermos odres novos para
muitas coisas nos são ne- batamento e alegria. 2 Uma
guardar este vinho novo
cessárias e neste texto des- pessoa entusiasmada está
que é a evangelização.
taco, em especial e de for- disposta a enfrentar difi-
(Mateus 9:14-17)
culdades e desafios, não se Segundo Santo Inácio desejo de sermos santos,
deixando abater e transmi- de Loyola, devemos “fa- não por vaidade, mas por
tindo confiança aos demais zer tudo como se tudo de- vocação. Um desejo de dar
ao seu redor. O entusiasmo pendesse de nós, esperar o nosso melhor; ser o me-
pode portanto ser conside- como se tudo dependesse lhor. Mas não melhor que
rado como um estado de de Deus”. Essa máxima nos os outros, e sim ser o me-
espírito otimista. inspira a sermos diligentes, lhor de mim mesmo para
a minimizarmos todos os o outro.
•Alegria: é um senti-
erros possíveis, a sermos
mento de contentamento, Resumindo, esse “jeiti-
estratégicos, pensando e
de prazer de viver, júbilo, nho” é composto:
discernindo a melhor for-
satisfação, exultação.1 Nas
ma de realizarmos a vonta- •Pela diligência;
pessoas, costuma ser ex-
de do Senhor.
pressa através de sorrisos.2 •Alegria que brota do
O fruto que produzimos prazer em fazer a vontade
Por mais que Deus te-
brota de um coração que de Deus;
nha nos inspirado a usar-
transborda, “tem que ser
mos as mais moder- •Entusiasmo, que signi-
de dentro
nas técnicas de gestão “fazer tudo fica ter Deus na alma. Vale
para fora;
em sua obra, o salário como se tudo dizer que, esse entusiasmo
tem que
que almejamos não se dependesse de nós, não deixa faltar criativida-
transbor-
compara ao de uma de, não deixa faltar a von-
esperar como se dar”, assim
empresa secular. O tade de sempre inovar, de
nos ensi-
nosso Lucro/Salário é tudo dependesse sempre fazer melhor, pois 33
de Deus” na nossos
a felicidade em fazer fazemos para o Senhor;
amigos da
a vontade de Deus, Entusiasmo que brota do
C omu n i -
pois sabemos que nisso Espírito Santo, autor de to-
dade Shalom. E é com este
reside toda felicidade: ser dos os dons.
espírito que nos empenha-
aquilo que Deus quer.
mos para produzir, ou seja, Por fim, com diligência,
Esse vinho que produ- a partir desse transbordar alegria, e entusiasmo, siga-
zimos na obra do Senhor, da graça em nossos cora- mos apaixonados e ungi-
começa a ser feito dentro ções. Lembrando que este dos, trabalhando na vinha
dos nossos corações, e não “derramar do Espírito” só que o Senhor nos confiou
é fruto de uma cobrança será possível quando viver- e dando sempre o nosso
desumana que exige do mos uma vida de oração melhor, para que todos que
outro. Não posso chamar que nos levará à intimida- vierem trabalhar conosco,
de cobrança o desejo que de com o Senhor. possam aprender com nos-
o Espírito infundiu em so exemplo e testemunho
Não obstante, a referida
nossos corações, qual seja, de vida, o “Jeitinho Fogo
“diligência” só é alcançada
fazer tudo bem feito, com do Céu de Fazer as coi-
pelos corações cheios de
diligência, amor, zelo; fazer sas”.
amor a Deus. Ressaltan-
tudo de forma apaixonada,
do que, todo amor a Deus
entusiasmada, ou seja, ter
deve ser vivido no outro. O
Deus na alma.
nosso “jeitinho” brota do
34
35
01

Potrebbero piacerti anche