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1, MAIO 2017 1
preditiva, preventiva ou corretiva são: tempo/periodicidade, atividades de manutenção preditiva ou preventiva tecnicamente
ı́ndice de desempenho e grandezas monitoradas. equivalentes, desde que a substituição esteja respaldada em
As atividades de manutenções preditivas e preventivas de- Laudo Técnico assinado por engenheiro de manutenção qua-
finidas nos planos de manutenção das concessionárias de lificado e habilitado e pelo Responsável Técnico da empresa
transmissão de energia não poderão ser inferiores às ati- perante o CREA.
vidades mı́nimas estabelecidas nos Requisitos Mı́nimos de 1) Metodologias Inovadoras: Eletricista inventa um car-
Manutenção. rinho que quando conectado à linha de transmissão
De modo geral, há um piso comum para as concessionárias, ”abraça”isoladores de alta tensão como a bandeja de um
caso não sejam atendidos os requisitos mı́nimos podemos garçom ”abraça”uma pizza, não permitindo que o mesmo
afirmar que existe risco de mau funcionamento do SEP, o que saia de uma posição de segurança e caia, as bordas da
pode provocar consequências negativas em termos financeiros. ”bandeja”seguram o isolador.
Existe um tempo mı́nimo para realizar atividades de Engenheiros da empresa e vinculados ao CREA tiveram
manutenção? obrigação de inspecionar o funcionamento do novo dispositivo.
Cada empresa possui o seu calendário de atividades de O objetivo foi avaliar se o novo equipamento atendia os
manutenção. O departamento de manutenção deve organizar requisitos mı́nimos de segurança, comprovando a validade do
o seu planejamento com base em parâmetros básicos como: processo de manutenção inovador foi possı́vel registrar junto
• Quantidade de Equipamentos instalados no sistema sob ao CREA a Anotação de responsabilidade Técnica (ART),
sua responsabilidade; somente depois do atendimento das condições mı́nimas o
• Disponibilidade de funcionários para execução das ati- procedimento pôde ser utilizado oficialmente em atividades de
vidades de manutenção; manutenção.
• Disponibilidade de dispositivos de análise ou instrumen- ——————————–
tos de ensaios; Art. 4o A empresa transmissora de energia elétrica deverá
As periodicidades das manutenções preditivas e preventivas disponibilizar o plano de manutenção de suas instalações de
definidas nos planos de manutenção das transmissoras não transmissão de Rede Básica para o ONS, por meio do sistema
poderão ser superiores às periodicidades estabelecidas nos de acompanhamento da manutenção do ONS. Os planos de
Requisitos Mı́nimos de Manutenção. manutenção deverão ser atualizados no sistema de acompa-
nhamento da manutenção, anualmente, entre o primeiro dia
1) As manutenções corretivas podem ser definidas?
do mês de agosto e o último dia do mês de novembro.
A observância dos Requisitos Mı́nimos de Manutenção não O ONS é o órgão responsável por avaliar e validar os planos
exime a transmissora da responsabilidade pela qualidade da de manutenção fornecidos pela empresas.
manutenção das instalações de transmissão ou de eventual Art. 5o Utilização técnicas de manutenção baseadas na
responsabilização em caso de sinistro de equipamentos. condição ou na confiabilidade, pré-requisitos:
A boa qualidade da atividade da manutenção é obtida • Disponibilizar no sistema de acompanhamento da
por meio da combinação de elementos técnicos e humanos. manutenção um plano de manutenção baseado no tempo,
Compor um departamento de manutenção com profissionais respeitando os Requisitos Mı́nimos de Manutenção;
capacitados para execução dos serviços solicitados é funda- • Executar atividades de manutenção preditiva com
mental, ademais, disponibilizar equipamentos adequados de frequência igual ou superior à estabelecida nos Requisi-
análise dos equipamentos e segurança pessoal e coletiva são tos Mı́nimos de Manutenção;
fundamentais para obtenção de boa qualidade das atividades • Informar no sistema de acompanhamento da manutenção
de manutenção. o registro de identificação do Laudo Técnico que justi-
Não são eventos comuns, mas acontecem sinistros em equi- fique, com base nas técnicas de manutenção adotadas, a
pamentos do SEP. Eventuais problemas podem ser provocados postergação da manutenção preventiva, caso ela não seja
por elementos externos que podem estar fora do controle da realizada até o perı́odo definido nos Requisitos Mı́nimo
concessionária de energia. de Manutenção.
Exemplo: Qual a finalidade da queima da palha da cana
2) Postergação da manutenção: Manutenção baseada na
de açúcar?
condição e confiabilidade podem promover nı́veis de segurança
O propósito é facilitar as operações de colheita. A queimada
maiores no que diz respeito ao SEP. A consequência direta
consiste em atear fogo no canavial para promover a limpeza
é a possibilidade de melhoramento no processo de alocação
das folhas secas e verdes que são consideradas matéria-prima
das equipes de manutenção e equipamentos disponı́veis para
descartável.
Existem trabalhos na literatura que mostram o efeito fı́sico, ensaios.
Geralmente as empresas transmissoras de energia possuem
dilatação, provocado nos cabos das linhas de transmissão
sistemas com grandes proporções geográficas, o número de
causados pelo aquecimento intenso provocado pela queimada
equipes de manutenção é inversamente proporcional, portanto,
da cana.
é necessário que haja uma organização adequada no que diz
respeito ao tempo de deslocamento, segurança e conforto para
C. RESOLUÇÃO NORMATIVA No 669 - Parte 2 as equipes de manutenção. Os três aspectos são importantes,
Serão consideradas atendidas as atividades estabelecidas nos aumentar o intervalo de tempo entre uma manutenção e outra
Requisitos Mı́nimos de Manutenção quando substituı́das por possibilitará:
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• Evitar atividades de manutenção executadas de forma É de responsabilidade da transmissora estabelecer seu plano
apressada; de manutenção, com base nas normas técnicas, nos manuais
• Evitar riscos no momento e pós atividade de dos fabricantes, nas boas práticas de engenharia e nos co-
manutenção; nhecimentos especı́ficos adquiridos pelas concessionárias na
• Evitar a fadiga do funcionário, reduzindo o risco de manutenção dos equipamentos, o objetivo principal deve ser
acidentes. garantir a prestação do serviço adequado, atendimento de toda
——————————– demanda dos clientes, e a conservação dos equipamentos sob
Art. 6o A transmissora deverá manter o histórico dos laudos sua responsabilidade.
técnicos e das grandezas fı́sicas monitoradas e o registro dos Importante: As manutenções preventivas só poderão ser
resultados de comissionamentos, inspeções, ensaios, medições realizadas em intervalos superiores aos estabelecidos neste
e manutenções executadas em equipamentos e linhas de trans- plano quando forem adotadas técnicas de manutenção baseadas
missão durante todo o perı́odo da concessão. na condição ou na confiabilidade. Neste caso, deverá ser apre-
É importante a manutenção de históricos para que seja sentado laudo técnico que aponte a condição do equipamento
possı́vel obter informações importantes sobre as atividades que justifique a postergação da manutenção preventiva baseada
de manutenção executadas. Existem estudos baseados em no tempo.
relatórios de manutenção e relatos de experiências de fun-
cionários experientes que fornecem informações sobre defeitos IV. M ANUTENÇ ÃO P REDITIVA
e falhas mais recorrentes, além disso, é possı́vel verificar por As atividades mı́nimas de manutenção preditiva em
meio do histórico a condição de cada equipamento ao longo subestações consistem em:
da sua vida útil. • Inspeções Termográficas nos equipamentos e em suas
Os registros devem conter, no mı́nimo, a descrição das ativi- conexões;
dades realizadas, os resultados obtidos, os eventuais problemas • Ensaios do Óleo Isolante dos equipamentos.
encontrados, os reparos realizados, o tempo de execução
As inspeções termográficas em subestações devem ser rea-
da manutenção e as informações funcionais da equipe que
lizadas, no mı́nimo, a cada seis meses, devendo ser avaliados
realizou os trabalhos.
todos os equipamentos de alta tensão da subestação e não
Art. 7o O ONS deverá verificar sistematicamente, por
apenas as conexões.
meio de registros, a execução dos planos de manutenção
das instalações de transmissão de Rede Básica, alertando às
transmissoras e à ANEEL sobre os desvios observados. A. Pontos Quentes em Conexões
O ONS é um órgão fiscalizador e um dos responsáveis pelo Por que as conexões são pontos prioritários para a termo-
SIN, dessa forma, é atividade básica do mesmo fiscalizar se as grafia?
empresas transmissoras executam de forma adequada os seus Conexões são pontos do sistema onde é possı́vel verificar
planos de manutenção. Anualmente, o ONS encaminhará para resistências relativamente altas, por isso, o efeito Joule é muito
a ANEEL, até o nonagésimo dia do ano corrente, relatório de intenso.
acompanhamento da manutenção do ano anterior, destacando Considere a passagem de uma corrente elétrica por um
os indicadores de execução dos planos de manutenção por condutor.
concessionária de transmissão.
W dt = Qdθ + Akθdt (1)
III. R EQUISITOS M ÍNIMOS DE M ANUTENÇ ÃO em que:
Os Requisitos Mı́nimos de Manutenção definem as ati- W = calor produzido por efeito Joule (Ri2 );
vidades mı́nimas de manutenção preditiva e preventiva e Q = Qcond + Qiso = capacidade térmica do condutor e
suas periodicidades. Os equipamentos destacados na resolução isolante;
normativa no 669 são: transformadores de potência e auto- ccond = calor especı́fico do condutor;
transformadores, reatores de potência, banco de capacitores ciso = calor especı́fico do isolante;
paralelos, disjuntores, chaves seccionadoras, transformadores d θ = variação de temperatura do condutor no intervalo dt;
para instrumentos, para-raios e linhas de transmissão. A = área da superfı́cie emissora de calor;
Os equipamentos destacados no parágrafo anterior foram k = coeficiente de transferência de calor;
escolhidos para análise neste curso. As atividades e periodi- θ = elevação de temperatura do condutor sobre o ambiente.
cidades de manutenção para outros equipamentos, inclusive Considerando que em t = 0 é aplicado um degrau de corrente
para os sistemas de proteção e serviços auxiliares, apesar elétrica com intensidade I, a temperatura eleva-se conforme a
de não constarem nos Requisitos Mı́nimos de Manutenção, equação abaixo, que é a solução para a equação diferencial
devem estar especificadas nos planos de manutenção das acima, onde:
transmissoras. W = Ri2 = calor produzido;
As atividades estabelecidas neste documento não constituem Rt = 1/(A × k) = resistência térmica;
o conjunto completo de atividades necessárias à manutenção Rt × Q = constante de tempo térmica;
dos equipamentos e linhas de transmissão, mas o mı́nimo tcond = temperatura do condutor;
aceitável do ponto de vista regulatório. tamb = temperatura ambiente;
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ρ = ρ0 × [1 + α(∆t)] (6)
A. Transformadores de Potência
Os transformadores trifásicos ou de potência são destinados
a rebaixar ou elevar a tensão e consequentemente elevar
ou reduzir a corrente de um circuito, de modo que não se
altere a potência do circuito. Esses transformadores podem ser
divididos em dois grupos:
Transformador de força - esses transformadores são utiliza-
dos para gerar, transmitir e distribuir energia em subestações e
concessionárias. Possuem potência de 5 até 300 MVA. Quando
operam em alta tensão têm até 550 kV. Transformador de
distribuição - esses transformadores são utilizados para rebai- Figura 4. Transformador.
xar a tensão para ser entregue aos clientes finais das empresas
de distribuição de energia. São normalmente instalados em
postes ou em câmaras subterrâneas. Possuem potência de 15 a
300 kVA; o enrolamento de alta tensão têm tensão de 15, 24,2
ou 36,2 kV, já o enrolamento de baixa tensão tem 380/220 ou
220/127 V.
B. Autotransformadores
Nos autotransformadores os enrolamentos primário e se-
cundário estão em contato entre si. O enrolamento tem pelo
menos três saı́das, onde as conexões elétricas são realizadas.
Um autotransformador pode ser menor, mais leve e mais barato
do que um transformador de enrolamento duplo padrão. En-
tretanto, o autotransformador não fornece isolamento elétrico. Desta forma, podemos chamar essa máquina de transforma-
Autotransformadores são muitas vezes utilizados como ele- dor ideal.
vadores ou rebaixadores entre as tensões na faixa 110-117-120 Quando uma tensão V1 variável no tempo for aplicada aos
volts e tensões na faixa 220-230-240 volts. Por exemplo, a terminais do primário, então o fluxo ϕ deve ser estabelecido
saı́da de 110 ou 120V de uma entrada de 230V, permitindo no núcleo de modo que a FEM e1 seja igual à tensão aplicada.
que equipamentos a partir de 100 ou 120V possam ser usados Assim,
em uma região de 230V.
Um autotransformador variável é feito expondo-se partes V1 = e1 = N1 × dϕ/dt (9)
das bobinas do enrolamento e fazendo a conexão secundária
O fluxo do núcleo também concatena o secundário produ-
através do deslizamento de um contato, resultando em variação
zindo uma FEM induzida e2 e uma tensão igual a V2 nos
na relação das espiras. Tal dispositivo é normalmente chamado
terminais do secundário, dadas por:
pelo nome de marca Variac.
V2 = e2 = N2 × dϕ/dt (10)
C. Princı́pio de Funcionamento
Consiste em dois ou mais enrolamentos acoplados por meio Da razão entre as equações, vem:
de fluxo magnético comum. Se um desse enrolamentos, o
primário, for conectado a uma fonte de tensão alternada, então V1 /V2 = N1 /N2 (11)
será produzido um fluxo alternado cuja amplitude dependerá Um transformador ideal transforma tensões na razão direta
da tensão do primário, da frequência da tensão aplicada e do das espiras de seus enrolamentos.
número de espiras. Conectando uma Carga ao Secundário o efeito produzido é
O fluxo comum estabelece um enlace com outro enrola- o aparecimento de uma corrente elétrica I2 e uma força eletro
mento, o secundário, induzindo neste um tensão cujo valor motriz no secundário, dada por:
depende do número de espiras do secundário, assim como da
magnitude do fluxo comum e da frequência. F M M = N2 × I2 (12)
Considerando um transformador ideal com um enrolamento
primário de N1 espiras e um secundário com N2 espiras. Considerando que a permeabilidade do núcleo é muito
Obs.: As resistências dos enrolamentos são consideradas elevada e que o fluxo seja estabelecido pela tensão aplicada
desprezı́veis e que todo fluxo está confinado ao núcleo no primário, então o fluxo no núcleo não irá se alterar com a
enlaçando ambos os enrolamentos. presença de uma carga no secundário.
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A variação da FMM lı́quida de excitação que atua em ambos 3) Cor: Um rápido aumento da cor indica deterioração ou
os enrolamentos são desprezı́veis, temos: contaminação do óleo.
4) Tensão Interfacial: A tensão interfacial mede a
N1 × I1 − N2 × I2 = 0 (13) concentração de substâncias polares no óleo que são res-
ponsáveis pela formação da borra. A diminuição de Tensão
Assim, Interfacial indica a deterioração do óleo. Na superfı́cie de
separação entre o óleo e a água, forma-se uma força de atração
N1 × I1 = N2 × I2 (14) entre moléculas dos dois lı́quidos que é chamada de tensão
interfacial.
A condição de manter inalterada a FMM é a maneira como 5) Índice de Neutralização: O teste de acidez mede o teor
o primário reconhece a presença de uma carga que demanda de ácidos formados por oxidação, os quais são diretamente
corrente no enrolamento secundário. responsáveis pela formação da borra e pode também promover
a degradação do papel. O aumento do ı́ndice de neutralização
D. Manutenção em Transformadores de potência e Autotrans- indica o envelhecimento do óleo.
formadores 6) Teor de Água: Um elevado teor de água acelera a
deterioração quı́mica do papel isolante e é indicativo de
As atividades mı́nimas de manutenção em transformadores
condições de operações indesejáveis, que requerem correções.
e autotransformadores são:
Embora seja formada como subproduto da oxidação, a maior
• Análise dos gases dissolvidos no óleo isolante; parte de água existente no óleo é absorvida do ar.
• Ensaio fı́sico-quı́mico do óleo isolante; 7) Densidade: Ensaio utilizado para identificar o tipo de
• Manutenção preventiva periódica. óleo (parafı́nico ou naftênico).
A análise dos gases dissolvidos e o ensaio fı́sico-quı́mico
do óleo isolante devem ser realizados conforme as normas F. Análise de gases dissolvidos
técnicas especı́ficas e com a periodicidade. O óleo isolante gera pequenas quantidades de gases quando
submetido a determinados tipos de fenômenos de natureza
Tabela I. ATIVIDADES M ÍNIMAS E PERIODICIDADES . elétrica ou térmica. A composição dos gases produzidos de-
Atividade Periodicidade máxima (meses) pende do tipo de anormalidade apresentada, sendo que o
Análise de gases dissolvidos no óleo isolante 6
Ensaio fı́sico-quı́mico do óleo isolante 24
diagnóstico é feito a partir da avaliação individual dos nı́veis de
Manutenção preventiva periódica 72 determinados gases, chamados de gases chave, da interpretação
da correlação entre gases e sua evolução ao longo da utilização
do transformador.
A realização de uma análise de gases isoladamente não per-
E. Análise Fı́sico-Quı́mica mite um correto diagnóstico das condições do transformador,
A análise fı́sico-quı́mica determina a capacidade de isolação portanto é necessário que se leve em conta o histórico de
e o estado de envelhecimento do óleo mineral. Os resultados análises, eventuais sobrecargas e falhas anteriores.
são comparados aos valores pré-estabelecidos em normas.
Valores fora dos limites especificados indicam necessidade de G. Contagem de Partı́culas
tratamento termo-vácuo, substituição ou regeneração do óleo Para transformadores com classe de tensão igual ou superior
mineral. a 230kV, o controle da quantidade de partı́culas presentes no
Os óleos minerais nos transformadores, além da propriedade óleo isolante é um parâmetro importante para avaliação das
de isolamento, têm a função de resfriamento. Assim o elemento condições do meio isolante.
fluı́do transfere o calor desenvolvido e gerado nos circui- O surgimento de partı́culas de ferro, alumı́nio, cobre e fibras
tos magnéticos dos enrolamentos e também no núcleo ferro de celulose úmidas são inerentes ao processo de fabricação
magnético, através das correntes convectivas para a carcaça de transformadores, porém, em função de suas propriedades
do transformador e este, por sua vez transfere este calor para condutoras, é necessário que as mesmas sejam removidas de
o meio ambiente. Como o papel é também um agente isolante, forma a tornar o equipamento apto ao funcionamento.
cabe ao óleo fazer o isolamento dos enrolamentos entre eles e
em relação ao circuito magnético e a carcaça. H. Teor de Furfuraldeı́do
1) Rigidez Dielétrica: A diminuição da rigidez dielétrica Além das análises de gases dissolvidos, fı́sico quı́micas
indica a contaminação do óleo. Evidencia a presença de e de partı́culas, é possı́vel se fazer a medição do teor de
agentes contaminantes como: água, sujeira, fibras celulósicas furfuraldeı́do presente no óleo isolante, o que permite avaliar a
úmidas ou partı́culas condutoras. deterioração do papel e consequentemente monitorar o estado
2) Fator de Potência: A determinação do fator potência é de conservação dos enrolamentos de um transformador.
uma indicação segura do grau de deterioração e contaminação Trata-se de ferramenta bastante útil, dado que não é possı́vel
do óleo. O aumento do fator de potência está ligado à presença realizar a coleta de amostras de papel isolante com o transfor-
de sustâncias que causam condutividade. O fator de potência mador em serviço. A partir do teor de furfuraldeı́do se faz a
aumenta com a temperatura e com a quantidade de substâncias correlação com um valor médio do grau de polimerização das
polares provenientes da deterioração do óleo. bobinas.
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L. Exercı́cios
Questão 1. Considere o resultado obtido num ensaio de
Figura 7. Chave comutadora na posição GUARD. óleo isolante num transformador conectado a LT. Os resultados
obtidos estão descritos na tabela abaixo:
Tabela II. R ESULTADOS OBTIDOS - WATTS .
Fase / Tipo Fase A Fase B Fase C
Ground 0,0035 0,0037 0,0042
Guard 0,0026 0,0022 0,0027
UST 0,0020 0,0018 0,0022
A. Princı́pio de Funcionamento
A maioria de motores elétricos trabalha pela interação
entre campos eletromagnéticos, mas existem motores basea-
dos em outros fenômenos eletromecânicos, tais como forças
eletrostáticas. O princı́pio fundamental em que os motores
eletromagnéticos são baseados é que há uma força mecânica
em todo o fio quando está conduzindo corrente elétrica imersa
Figura 10. Testes em Para-Raio. em um campo magnético. A força é descrita pela lei da força
de Lorentz e é perpendicular ao fio e ao campo magnético. Em
um motor giratório, há um elemento girando, o rotor. O rotor
e TP’s. Para o caso especı́fico de TP’s o instrumento também gira porque os fios e o campo magnético são arranjados de
é utilizado para medir a relação de transformação do mesmo. modo que um torque seja desenvolvido sobre a linha central
do rotor.
A maioria de motores magnéticos são giratórios, mas exis-
IX. L INHAS DE T RANSMISS ÃO tem também os tipos lineares. Em um motor giratório, a parte
A atividade mı́nima de manutenção para as linhas de trans- giratória (geralmente no interior) é chamada de rotor, e a
missão é a inspeção de rotina, que deve ser realizada, no parte estacionária é chamada de estator. O motor é constituı́do
mı́nimo, a cada doze meses. de eletroı́mãs que são posicionados em ranhuras do material
Nas inspeções de rotina devem ser verificados: ferromagnético que constitui o corpo do rotor e enroladas e
adequadamente dispostas em volta do material ferromagnético
• O estado geral da linha de transmissão; que constitui o estator.
• A situação dos estais;
• A integridade dos cabos condutores e para-raios;
• A estabilidade das estruturas; B. Manutenção
• A integridade das cadeias de isoladores;
• A situação dos acessos às estruturas; Manutenções adequadas em motores elétricos devem atender
• A proximidade da vegetação aos cabos; alguns requisitos, são eles:
• Os casos de invasão de faixa de servidão. • Inspecionar periodicamente nı́veis de isolamento;
A partir da análise do desempenho da linha de transmissão • Elevação de temperatura do motor;
e dos resultados das inspeções regulares de rotina deve ser • Desgastes;
avaliada a necessidade de inspeções detalhadas das estruturas, • Lubrificação dos rolamentos;
inspeções termográficas, inspeções noturnas para observação • Eventuais exames no ventilador;
de centelhamento em isolamentos ou de inspeções especı́ficas • Fluxo de ar;
para identificação de defeitos (oxidação de grelhas, estado • Nı́veis de vibração;
das cadeias, danificação de condutores internos a grampos • Desgastes de escovas e anéis coletores.
de suspensão ou espaçadores, degradação dos aterramentos
(contrapesos), etc.). Não observar qualquer um dos itens anteriormente relacio-
nados podem significar paradas não desejadas do equipamento.
Deve ser avaliada a necessidade de realização de inspeções
adicionais nas áreas com risco potencial de vandalismo (tre- é importante ressaltar que a frequência com que devem ser
chos urbanos com alta concentração demográfica), áreas de feitas as inspeções, depende das condições do local onde o
implantação industrial (com alta concentração de poluentes) e motor está instalado e do tipo de motor. A higiene é um fator
áreas junto ao litoral. importante na manutenção de motores, a carcaça deve estar
sempre limpa, sem acúmulo de óleo ou poeira, isso facilitará
As concessionárias devem manter cadastro atualizado das
a troca de calor com o meio ambiente, fazendo com que o
linhas de transmissão, contendo as restrições ambientais e as
motor se mantenha em uma temperatura adequada.
periodicidades de podas e roçadas recomendadas internamente,
bem como as dificuldades legais de realização de limpeza de
faixa.
C. Limpeza
Motores elétricos exigem nı́veis altos de conservação, a
X. M OTORES E L ÉTRICOS
condição de funcionamento deve estar vinculada a isenção
Um motor elétrico ou atuador elétrico é qualquer dispositivo de poeira, detritos e óleos. Para limpá-los, deve-se utilizar
que transforma energia elétrica em mecânica. É o mais usado escovas ou panos limpos de algodão. caso o motor esteja em
de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da uma condição de higiene muito precária deve-se empregar um
energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza jateamento de ar comprimido eliminando toda acumulação de
e simplicidade de comando – com sua construção simples, pó contida nas pás do ventilador e nas aletas de refrigeração.
custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas Os detritos impregnados de óleo ou umidade podem ser limpos
dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. com panos embebidos em solventes adequados.
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F. Lubrificação
A finalidade de manutenção, neste caso, é prolongar o
máximo possı́vel, a vida útil do sistema de mancais.
A manutenção abrange:
• Observação do estado geral em que se encontram os
mancais.
• Lubrificação e limpeza.
• Exame mais minucioso dos rolamentos.
O ruı́do nos motores deverá ser observado em intervalos
regulares de 1 a 4 meses. Um ouvido bem treinado é perfeita-
mente capaz de distinguir o aparecimento de ruı́dos anormais.
caso seja necessário uma análise mais detalhada, aconselha-se
a utilização de equipamentos de instrumentação para análises Figura 11. Partidas x Temperatura.
preditivas.
A temperatura é um fator importante no funcionamento A resolução desse problema é relativamente simples, durante
de motores, a lubrificação com graxas não deverá ultrapas- as atividades de manutenção é possı́vel observar a temperatura
sar os 60o C, medido no anel externo do rolamento (T = do motor e medir o tempo médio necessário para que a
60o C/ambiente máx. = 40o C, temperatura absoluta = T + temperatura do equipamento volte a valores convenientes para
ambiente). As temperaturas de alarme e desligamento para partidas.
mancais de rolamento podem ser ajustadas respectivamente
para 90o C e 100o C. I. Degradação dos Isolantes Térmicos
De modo geral, motores elétricos sofrem contaminações
provocadas pelas atividades de manutenção, ademais, propri- Aquecimento demasiado em motores elétricos podem pro-
edades dos lubrificantes deterioram-se em virtude de envelhe- vocar redução da vida útil de isolantes. As principais causas
cimento e trabalho mecânico, por isso, esses equipamentos de degradação são:
devem ser revisados com cuidado e por vezes substituı́dos por • Sobretensão de linha;
equipamentos novos. • Alta intensidade de corrente nas partidas;
• Vapores ácidos ou gases arrastados pela ventilação.
G. Variações de Tensão
Os motores elétricos possuem uma faixa de temperatura J. Eliminação de Vibrações
adequada para o seu funcionamento. O equilı́brio térmico de Vibrações anormais causam uma redução no rendimento
um motor sofre variações quando a tensão de alimentação do motor. Esse fenômeno pode ser provocado por falha no
varia. Caso ocorra uma queda de tensão o fluxo magnético alinhamento do motor, fixação insuficiente do motor na base ou
do circuito magnético será limitado, o conjugado do motor da base, folgas excessivas dos componentes ou balanceamento
está em função do produto entre o fluxo e a intensidade da inadequado das partes giratórias.
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K. Defeitos e Causas
• Estator queimado por sobrecarga : Sobrecarga baixa
durante um tempo longo ou sobrecarga forte por tempo
curto;
Figura 12. Isolador de Corpo Único.
• Fase queimada : Falta de uma fase da alimentação.
O motor ficou rodando como monofásico (com toda a
carga); B. Isolador tipo pedestal
• Duas Fases queimadas : Falta de uma Fase - motor
rodando em monofásico; É empregado em número de dois, apoiados numa base
• Curto entre duas fases : Colapso do isolante uo Sobre- metálica que também tem a função de fixar a chave na
tensão momentânea (manobra); estrutura da rede de distribuição ou subestação. É normalmente
empregado na proteção de subestação de força de 69 kV.
XI. F US ÍVEIS
Chave fusı́vel é um equipamento destinado à proteção de
sobrecorrentes de circuitos primários, utilizado em redes aéreas
de distribuição urbana e rural e em pequenas subestações de
consumidor e de concessionária.
É dotada de um elemento fusı́vel que responde pelas carac-
terı́sticas básicas de sua operação.
F = 130/D[kg] (21) Já as chaves fusı́veis de tensões mais elevadas, como, por
exemplo, da classe de 88 até 138 kV. Denominada chave
Para a chave fusı́vel da figura acima, por exemplo, isolada fusı́vel religadora, é destinada à proteção de redes aéreas de
para 15 kV, cuja distância entre as extremidades é de 350 mm, distribuição contra curtos-circuitos transitórios.
a força F vale: Principalmente indicadas para aplicação no alimentador
tronco ou nas derivações importantes do mesmo. A troca de
F = 130/(0, 35/2) = 742[kg] (22) um simples elo fusı́vel em locais de difı́cil acesso, devido a
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C. Limite do núcleo de ferro do estator sem perda de sincronismo. Para o sistema apresentado na
O limite do núcleo de ferro do fim do estator impõe o limite Figura 23, a potência elétrica transferida Pe é:
térmico na região de sub-excitação (curva CD na Figura 22).
O fluxo magnético principal do gerador é um fluxo radial, Pe = (Eq × Es × senδ)/Xd + Xs (27)
portanto, paralelo às lâminas do estator. No entanto, o fluxo de Em que δ é a diferença angular entre a tensão interna da
dispersão é um fluxo axial perpendicular as lâminas do estator, máquina e a tensão do sistema. A máxima potência transferida
o que resulta correntes parasitas que sobreaquecem o pacote é dada para δ = 90o . Para ângulos maiores que 90o , tem-se um
de lâminas estatóricas. A consequência disso é o aumento da decremento na potência transferida e consequente perda de
condição de operação sub-excitada do gerador, pois a corrente estabilidade do sistema. A Figura 24 ilustra o exposto:
de campo é baixa e o fluxo de dispersão é alto.
Literaturas mostram que este limite é descrito por um circulo
de centro no semi-eixo positivo de Q e raio conforme segue:
nı́veis adequados de segurança, é possı́vel efetuar o desliga- E. Relé de sobretensão de sequência zero
mento remoto do disjuntor do inı́cio da linha, de maneira
São relés que operam quando a tensão do sistema ultrapassa
que, em caso de defeito ou falha, a proteção do banco de
um valor preestabelecido ou ajustado na ocorrência de uma
transformadores atua sobre o disjuntor do lado de baixa tensão
falta a terra. Na prática, este relé é utilizado no secundário de
e sobre a chave de aterramento rápido.
TPs conectados em estrela aterrada-delta aberto, ou utilizando-
se de recursos de firmware, em que a tensão de sequência zero
XIV. R EL ÉS é calculada a partir das tensões de fase.
A sua aplicação é mais frequente em sistemas não aterrados,
A. Relé direcional de potência para a detecção e eliminação de faltas a terra. Deve-se,
Em concepção, os relés direcionais de potência são relés que preferencialmente, desligar as fontes.
operam quando o valor da potência ativa do circuito ultrapassa Função ANSI: O número que expressa a função ANSI do
um valor prefixado ou ajustado e na direção preestabelecida. relé de sobretensão de sequência zero é o 59N.
Função ANSI: O número para a função ANSI para o relé Polarização: A polarização do relé 59N é por tensão de
direcional de potência é 32. sequência zero.
Direcionalidade: Os relés 32 operam em apenas uma
direção.
Polarização: A polarização do relé 32 é por tensão e F. Relé de bloqueio
corrente.
São relés que recebem sinais de desligamento de outros relés
e atuam sobre o disjuntor. Sua função é bloquear o religamento
B. Relé diferencial do disjuntor no caso de falta, pois o disjuntor somente pode
ser religado após este relé ser reiniciado e, assim, somente será
São relés que operam quando a diferença da corrente de religado por pessoa especializada e autorizada.
entrada em relação à corrente de saı́da ultrapassa um valor Função ANSI: O número ANSI para esta função é o 86.
preestabelecido ou ajustado. Polarização: Não possui.
Função ANSI: O número que expressa a função ANSI do
relé diferencial é o 87. Pode receber uma letra adicional como
87T (diferencial de transformador), 87B (diferencial de barra), G. Relé de distância
87G (diferencial de gerador), 87M (diferencial de motor), etc.
Direcionalidade: Operam dentro de sua zona de proteção Um relé de distância pode ter esta função desempenhada
(entre os TCs de entrada e saı́da) em qualquer direção. por um relé de impedância (ou ohm), admitância (ou mho –
Polarização: A polarização do relé diferencial ocorre por o contrário de ohm), reatância ou relés poligonais. Este relé
corrente. utiliza este nome visto que, quando há uma falta em uma
Existem dois tipos básicos de relés diferenciais: o relé linha, a impedância da linha vista pelo relé muda e depende
diferencial amperimétrico, que se constitui apenas de um relé da distância onde foi a falta.
de sobrecorrente instantâneo conectado, operando de forma Função ANSI: O número da função ANSI que representa o
diferencial; o relé diferencial percentual constituı́do, além da relé de distância é o 21.
bobina de operação uma bobina de restrição dividida em duas Polarização: A polarização é por corrente e tensão.
metades.
XV. PARCELA VARI ÁVEL - RESOLUÇ ÃO NORMATIVA 3) O valor por dia de atraso entre o 61o (sexagésimo
N O 729 DE 28 DE JUNHO DE 2016 - ANEEL primeiro) dia e o 90o (nonagésimo) dia corresponderá
Parcela Variável por Atraso na Entrada em Operação – PVA: ao valor “pro rata-dia” do PB da FT.
parcela a ser deduzida do PB (Pagamento Base) de uma FT “pro rata-dia”: Proporção por dia. Termo muito utilizado
(função transmissão) devido a Atraso na Entrada em Operação em contratos e em análises de fluxo de caixa, para determinar
da FT; a proporção diária de juros, por exemplo. Caso um contrato
Parcela Variável por Indisponibilidade – PVI: parcela a ser tem estipulado juros mensais de 5% pró rata die, o juro diário
deduzida do PB de uma FT por Desligamento Programado ou é obtido dividindo 5 por 30.
Outros Desligamentos; O valor da PVA será descontado em parcelas iguais nos
Parcela Variável por Restrição Operativa – PVRO: parcela (18) dezoito primeiros meses a partir da entrada em operação
a ser deduzida do PB de uma FT por redução da capacidade comercial da FT.
operativa da FT; A PVA aplicada pelo ONS poderá ser recontabilizada caso
a ANEEL, mediante solicitação da concessionária de trans-
A. Qualidade do Serviço missão, isente parcial ou totalmente a responsabilidade da
concessionária pelo atraso.
A qualidade do serviço público de transmissão de energia
elétrica será medida com base na disponibilidade e na capa-
cidade operativa das instalações de transmissão, devendo o C. Critérios gerais para Apuração
perı́odo da indisponibilidade e o perı́odo e a magnitude da Art. 12. Não será considerado para aplicação da PVI:
restrição da capacidade operativa serem apurados pelo ONS • O desligamento solicitado pelo ONS;
para cada evento com duração igual ou superior a 1 (um) • O desligamento programado já iniciado e suspenso por
minuto, sem prejuı́zo da aplicação das penalidades previstas solicitação do ONS;
na Resolução Normativa no 63, de 12 de maio de 2004. • Os seguintes perı́odos para realização de manutenção
Aplica-se PVA a uma FT quando ocorrer Atraso na Entrada preventiva cadastrada em sistema de acompanhamento
em Operação da referida FT. de manutenções do ONS:
Aplica-se PVI a uma FT quando ocorrer Desligamento a) 20 (vinte) horas, por intervenção, a cada perı́odo completo
Programado ou Outros Desligamentos da referida FT. de 3 (três) anos, para a FT - Transformação e para a FT -
Aplica-se PVRO a uma FT quando houver restrição de Controle de Reativo, exceto Compensador Sı́ncrono;
capacidade operativa da referida FT. b) 20 (vinte) horas, por intervenção, a cada perı́odo completo
A concessionária de transmissão deverá informar ao ONS de 6 (seis) anos, para a FT - Linha de Transmissão;
quando ocorrer: c) 1080 (mil e oitenta) horas, por intervenção, a cada perı́odo
• A utilização de equipamento reserva remunerado para completo de 5 (cinco) anos, para Compensador Sı́ncrono.
manter uma FT em operação;
• A indisponibilidade de equipamento reserva remune-
rado; D. Critérios Especiais Para Apuração de Desconto
• O retorno de equipamento reserva remunerado à Art. 14. O cancelamento pela concessionária de transmissão
condição de disponı́vel. da programação de desligamento de uma FT previamente
Art. 6o - A concessionária de transmissão deverá requerer aprovada pelo ONS, com antecedência inferior a 5 (cinco)
aos órgãos ambientais competentes as autorizações para a dias em relação à data prevista, implicará desconto equivalente
execução de ações necessárias para preservar a disponibili- a 20% (vinte por cento) do perı́odo programado, não sendo
dade e a plena capacidade operativa das instalações sob sua o perı́odo programado subtraı́do do Padrão de Duração de
responsabilidade. Desligamentos.
Caso ocorra queimada ou incêndio florestal em áreas que O ONS poderá não aplicar desconto em desligamentos
não estejam sob responsabilidade da concessionária de trans- cancelados no prazo inferior ao descrito no caput, desde que a
missão, ela poderá requerer ao ONS a recontabilização da concessionária encaminhe relatório técnico demonstrando que
PVI ou da PVRO correspondente, apresentando as respectivas o cancelamento foi motivado por uma das seguintes situações:
comprovações das ações adotadas nas áreas sob sua responsa- • Condições climáticas adversas;
bilidade. • Necessidade de atendimento de urgências, emergências
e/ou perturbações no sistema.
B. Aplicações dos Descontos
O valor da PVA será calculado conforme os seguintes XVI. A RQUIVOS A DICIONAIS
critérios: A seguir estão alguns anexos importantes que serão utiliza-
1) O perı́odo de atraso será limitado em 90 (noventa) dias dos durante o curso.
para efeito de desconto;
2) O valor por dia de atraso nos primeiros 60 (sessenta) A. RESOLUÇÃO NORMATIVA No 669
dias corresponderá a 25% (vinte e cinco por cento) do
valor “pro rata-dia” do PB da FT;
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL
Voto
§ 2º Os laudos técnicos e resultados de que trata o caput deverão ser disponibilizados para a
ANEEL por meio de acesso remoto, através de link que permita acessos simultâneos de servidores
devidamente cadastrados.
Art. 7º O ONS deverá verificar sistematicamente, por meio de registros, a execução dos
planos de manutenção das instalações de transmissão de Rede Básica, alertando às transmissoras e à
ANEEL sobre os desvios observados.
§ 1º Anualmente, o ONS encaminhará para a ANEEL, até o nonagésimo dia do ano corrente,
relatório de acompanhamento da manutenção do ano anterior, destacando os indicadores de execução dos
planos de manutenção por concessionária de transmissão.
Art. 9º O ONS deverá submeter à aprovação da ANEEL, até o dia 15 de outubro de 2015, os
Procedimentos de Rede adequados às disposições deste regulamento, incluindo os critérios e
procedimentos complementares necessários à sua operacionalização.
Art. 10 A presente Resolução será avaliada depois de decorridos seis anos de sua publicação.
Art. 11 Esta Resolução e seu Anexo constam dos autos e estarão disponíveis no endereço
www.aneel.gov.br/biblioteca.
Art. 12 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Este texto não substitui o publicado no D.O. de 23.07.2015, seção 1, p. 99, v. 152, n. 139.
ANEXO
1.1 Os Requisitos Mínimos de Manutenção definem as atividades mínimas de manutenção preditiva e preventiva
e suas periodicidades para transformadores de potência e autotransformadores, reatores de potência, banco de
capacitores paralelos, disjuntores, chaves seccionadoras, transformadores para instrumentos, para-raios e linhas de
transmissão.
1.2 As atividades e periodicidades de manutenção para outros equipamentos, inclusive para os sistemas de
proteção e serviços auxiliares, apesar de não constarem nos Requisitos Mínimos de Manutenção, devem estar
especificadas nos planos de manutenção das transmissoras.
1.3 As atividades estabelecidas neste documento não constituem o conjunto completo de atividades necessárias
à manutenção dos equipamentos e linhas de transmissão, mas o mínimo aceitável do ponto de vista regulatório.
Assim, cabe à transmissora estabelecer seu plano de manutenção, com base nas normas técnicas, nos manuais
dos fabricantes, nas boas práticas de engenharia e nos conhecimentos específicos adquiridos pelas
concessionárias na manutenção dos equipamentos, a fim de garantir a prestação do serviço adequado e a
conservação das instalações sob sua concessão.
1.4 A partir dos resultados das manutenções preditivas e preventivas a transmissora deve programar as
manutenções decorrentes ou monitorar as anomalias verificadas.
1.5 As manutenções preventivas só poderão ser realizadas em intervalos superiores aos estabelecidos neste
plano quando forem adotadas técnicas de manutenção baseadas na condição ou na confiabilidade. Neste caso,
deverá ser apresentado laudo técnico que aponte a condição do equipamento que justifique a postergação da
manutenção preventiva baseada no tempo.
2. Manutenção Preditiva
2.2 As inspeções termográficas em subestações devem ser realizadas, no mínimo, a cada seis meses, devendo
ser avaliados todos os equipamentos de alta tensão da subestação e não apenas as conexões.
2.3 Para os ensaios do óleo isolante, como envolvem equipamentos específicos, os critérios e periodicidades
estão definidos no item referente aos equipamentos.
2.4 As inspeções visuais devem ser realizadas regularmente visando verificar o estado geral de conservação da
subestação, incluindo a limpeza dos equipamentos, a qualidade da iluminação do pátio e a adequação dos itens de
segurança (por exemplo, extintores e sinalização). Durante as inspeções visuais devem ser verificados, entre outras
coisas, a existência de vazamentos de óleo nos equipamentos e de ferrugem e corrosão em equipamentos e
estruturas metálicas, a existência de vibração e ruídos anormais, o nível de óleo dos principais equipamentos e o
estado de conservação dos armários e canaletas e as condições dos aterramentos.
3. Transformadores de Potência e Autotransformadores
3.2 A análise dos gases dissolvidos e o ensaio físico-químico do óleo isolante devem ser realizados conforme as
normas técnicas específicas e com a periodicidade definida na Tabela 1.
3.3 A manutenção preventiva periódica de transformadores deve ser repetida em período igual ou inferior a seis
anos, com a realização, no mínimo, das seguintes atividades:
Inspeção do estado geral de conservação: limpeza, pintura e corrosão nas partes metálicas;
Verificação da existência de vazamentos de óleo isolante;
Verificação do estado de conservação das vedações dos painéis;
Verificação do aterramento do tanque principal;
Verificação do funcionamento dos circuitos do relé de gás, do relé de fluxo e da válvula de alívio de
pressão do tanque principal;
Verificação do estado de saturação do material secante utilizado na preservação do óleo isolante;
Verificação do adequado funcionamento das bolsas e membranas do conservador;
Verificação dos indicadores de nível do óleo isolante e dos indicadores de temperatura;
Verificação do funcionamento dos ventiladores e bombas do sistema de resfriamento;
Verificação da comutação sob carga na função manual e automática;
Verificação do nível do óleo do compartimento do comutador;
Inspeção da caixa de acionamento motorizado do comutador;
Ensaios de fator de potência e de capacitância das buchas com derivação capacitiva.
3.4 Em função das manutenções preditivas e preventivas realizadas e do número de comutação (em
transformadores com comutador em carga) deve ser avaliada a necessidade de realização das seguintes atividades
na manutenção preventiva periódica:
4. Reatores de Potência
4.2 A análise dos gases dissolvidos e o ensaio físico-químico do óleo isolante devem ser realizados conforme as
normas técnicas específicas e com a periodicidade definida na Tabela 2.
4.3 A manutenção preventiva periódica de reatores deve ser repetida em período igual ou inferior a seis anos,
com a realização, no mínimo, das seguintes atividades:
Inspeção do estado geral de conservação: limpeza, pintura e corrosão nas partes metálicas;
Verificação da existência de vazamentos de óleo isolante;
Verificação do estado de conservação das vedações dos painéis;
Verificação do aterramento do tanque principal;
Verificação do funcionamento dos circuitos do relé gás, do relé de fluxo e da válvula de alívio de pressão
do tanque principal;
Verificação do estado de saturação do material secante utilizado na preservação do óleo isolante;
Verificação do adequado funcionamento das bolsas e membranas do conservador;
Verificação dos indicadores de nível do óleo isolante e dos indicadores de temperatura;
Verificação do funcionamento dos ventiladores e bombas do sistema de resfriamento;
Ensaios de fator de potência e de capacitância das buchas com derivação capacitiva.
4.4 Em função das manutenções preditivas e preventivas realizadas deve ser avaliada a necessidade de
realização dos ensaios de fator de potência, de resistência de isolamento e de resistência ôhmica dos enrolamentos.
Tabela 2
Periodicidade
Atividade
máxima (meses)
Análise de gases dissolvidos no óleo isolante 6
Ensaio físico-químico do óleo isolante 24
Manutenção preventiva periódica 72
5.1 As manutenções preventivas de bancos de capacitores paralelos devem realizadas, no mínimo, a cada três
anos, quando devem ser realizadas as seguintes atividades:
6. Disjuntor
6.1 As manutenções preventivas periódicas de disjuntores devem ser realizadas, no mínimo, a cada 72 meses e
consistem nas seguintes atividades mínimas de manutenção:
6.6 A partir dos resultados das manutenções preditivas, preventivas e do número de operações dos disjuntores,
deve ser avaliada a necessidade de abertura da câmara de extinção e da substituição de contatos, vedações,
rolamentos, buchas, molas, gatilhos, amortecedores e componentes elétricos do painel.
7.1 As manutenções preventivas periódicas de chaves seccionadoras, transformadores para instrumento e para-
raios devem ser realizadas no mínimo a cada 72 meses, preferencialmente coincidindo com a manutenção
preventiva do equipamento principal da Função Transmissão – FT a qual estes equipamentos estão associados,
buscando o aproveitamento dos desligamentos e uma maior disponibilidade da FT.
7.2 As manutenções em chaves seccionadoras, transformadores para instrumentos e para-raios devem ser
registradas no sistema de acompanhamento de manutenção do ONS, relacionando estas atividades ao
equipamento principal da Função Transmissão.
7.3 Para as chaves seccionadoras, as atividades mínimas de manutenção a serem realizadas nas manutenções
preventivas periódicas são:
7.4 Em função das manutenções preditivas e preventivas realizadas deve ser avaliada a necessidade de
realização dos ensaios de medição de resistência de contato.
7.6 Em função das manutenções preditivas e preventivas realizadas deve ser avaliada a necessidade de
realização dos ensaios de resistência de isolação e de fator de potência.
7.7 Na manutenção preventiva de para-raios devem ser realizadas verificações gerais do estado de conservação
das ferragens e da porcelana, dos invólucros, dos miliamperímetros e dispositivo contador de descargas, caso
existam.
8. Linhas de Transmissão
8.1 A atividade mínima de manutenção para as linhas de transmissão é a inspeção de rotina, que deve ser
realizada, no mínimo, a cada doze meses.
8.2 Nas inspeções de rotina devem ser verificados: o estado geral da linha de transmissão, a situação dos estais,
a integridade dos cabos condutores e para-raios, a estabilidade das estruturas, a integridade das cadeias de
isoladores, a situação dos acessos às estruturas, a proximidade da vegetação aos cabos e os casos de invasão de
faixa de servidão.
8.3 A partir da análise do desempenho da linha de transmissão e dos resultados das inspeções regulares de
rotina deve ser avaliada a necessidade de inspeções detalhadas das estruturas, inspeções termográficas, inspeções
noturnas para observação de centelhamento em isolamentos ou de inspeções específicas para identificação de
defeitos (oxidação de grelhas, estado das cadeias, danificação de condutores internos a grampos de suspensão ou
espaçadores, degradação dos aterramentos (contrapesos), etc.).
8.4 Deve ser avaliada a necessidade de realização de inspeções adicionais nas áreas com risco potencial de
vandalismo (trechos urbanos com alta concentração demográfica), áreas de implantação industrial (com alta
concentração de poluentes) e áreas junto ao litoral.
8.5 As concessionárias devem manter cadastro atualizado das linhas de transmissão, contendo as restrições
ambientais e as periodicidades de podas e roçadas recomendadas internamente, bem como as dificuldades legais
de realização de limpeza de faixa.
9. Resumo das Periodicidades de Manutenção
9.1 A Tabela 3 abaixo apresenta o resumo das periodicidades e das tolerâncias para a realização das atividades
de manutenção, as quais consideram as eventuais reprogramações de intervenções por interesse sistêmico.
Tabela 3
Periodicidades
Tolerância
Atividade Equipamento máximas
(meses)
(meses)
Inspeções Termográficas Equipamentos de Subestações 6 1
Transformadores de Potência ou
Análise de gases dissolvidos no óleo isolante Autotransformadores 6 1
Reatores de Potência
Transformadores de Potência ou
Ensaio físico-químico do óleo isolante Autotransformadores 24 4
Reatores de Potência
Transformadores de Potência ou
Autotransformadores
Reatores de Potência
Disjuntores
Manutenção Preventiva Periódica 72 12
Chave Seccionadora
Transformadores para
Instrumento
Para-raios
Manutenção Preventiva Periódica Banco de Capacitores Paralelos 36 6
Inspeção de Rotina Linha de Transmissão 12 2
B. Diagrama Unifilar 500 kV
C. Diagrama Unifilar 230kV - 69 kV