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SÃO PAULO
2017
1
SILVIA REGINA GUBEROVIC
SÃO PAULO
2017
2
Guberovic, Silvia Regina.
3
SILVIA REGINA GUBEROVIC
Banca Examinadora:
4
DEDICATÓRIA
Este caminho, embora muitas vezes solitário, só é possível de ser construído com o
carinho, dedicação e conhecimento de várias pessoas. Agradeço primeiramente a Deus pela
força e coragem durante toda a minha caminhada, nos estudos e na vida.
Agradeço ao meu orientador prof. Dr. Alessandro Marco Rosini por todo empenho em
levar-me à conclusão deste trabalho.
Agradeço os membros da banca avaliadora, prof. Dr. Fernando de Almeida Santos e
Prof. Dr. Antonio Benedito Silva Oliveira pelas contribuições valiosas para o
desenvolvimento do trabalho e a todos os professores que desde os meus primeiros passos na
escola me ensinaram o quanto o conhecimento é capaz de mudar a vida.
Agradeço à minha família que acreditou em mim e souberam compreender os
momentos de ausência, em especial à minha mãe Helena Vendramin Guberovic.
Agradeço às minhas amigas do grupo de estudos em Psicoterapia Junguiana em
especial à Vera Lúcia Furtado Paschoa por compartilhar tanto conhecimento e levar aos
caminhos das descobertas interiores.
Agradeço a todos os meus amigos, que são parte da minha vida e sem eles o caminho
teria sido muito mais árduo.
Agradeço aos colegas de trabalho e do mestrado, que foram fundamentais ao longo da
jornada.
E como a vida sempre me surpreende positivamente, presenteou-me com um amigo
muito querido. Obrigada, Prof. Me. Sergio Roberto da Silva
6
EPÍGRAFE
Marcel Proust
7
RESUMO
8
ABSTRACT
9
LISTA DE QUADROS
10
LISTA DE FIGURAS
11
LISTA DE GRÁFICOS
12
LISTA DE TABELAS
14
SUMÁRIO
LISTA DE QUADROS........................................................................................................................................ 10
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................................... 11
LISTA DE GRÁFICOS ...................................................................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS ......................................................................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 2
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................................................... 3
1.2 OBJETIVOS..................................................................................................................................................... 3
1.4 HIPÓTESES ..................................................................................................................................................... 3
1.5 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................................. 4
1.6 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO...................................................................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................................ 6
2.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA ...................................................................................................................... 6
2.1.1 ANTECEDENTES DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ................................................................................... 6
QUADRO 2 – DADOS RELEVANTES HISTÓRICOS .....................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.1.2 CONCEITO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA............................................................................................ 9
2.1.3 CÓDIGO DAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ................................................. 10
2.2 PAPEL ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE PESSOAS ......................................................................................... 13
2.3.1 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ................................................................................................................... 20
2.3.2 ENVOLVIMENTO ....................................................................................................................................... 27
2.3.3 TREINAMENTO, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO ................................................................................... 30
2.3.4 CONDIÇÕES DE TRABALHO ...................................................................................................................... 34
2.3.5 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E COMPETÊNCIAS....................................................................................... 36
2.3.6 REMUNERAÇÃO E RECOMPENSAS ............................................................................................................... 41
2.4 COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL .................................................................................................. 43
2.4.1 CONCEITO DE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL........................................................................ 46
2.4.2 ENFOQUE AFETIVO .................................................................................................................................. 48
2.4.3 ENFOQUE INSTRUMENTAL ....................................................................................................................... 49
2.4.4 ENFOQUE NORMATIVO ............................................................................................................................ 51
2.4.5 ENFOQUE MULTIDIMENSIONAL ............................................................................................................... 52
2.5 ESTUDOS OBRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL ..................................................................... 53
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................................................. 56
3.1 TIPIFICAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................................................................... 56
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA E AMOSTRA........................................................................................................... 58
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA ....................................................................................................................... 59
3.4 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................................ 64
3.5 MODELO DA PESQUISA ................................................................................................................................... 65
3.6 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA A ANÁLISE DOS DADOS .......................................................................... 66
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................................... 69
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ESTUDADA - ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS .................................. 69
4.2 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE DESCRITIVA DAS ASSERTIVAS DO CONSTRUTO DAS POLÍTICAS E
PRÁTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS...................................................................................................................... 74
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA DO CONSTRUTO POLÍTICAS E PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS .................... 95
4.4 ANÁLISE FATORIAL DO CONSTRUTO DE POLÍTICA DE GESTÃO DE PESSOAS ......................................... 100
4.5 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE DESCRITIVA DAS ASSERTIVAS DO CONSTRUTO COMPROMETIMENTO
ORGANIZACIONAL .............................................................................................................................................. 107
4.7 ANÁLISE FATORIAL DO CONSTRUTO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL .................................... 123
15
4.8 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE DESCRITIVA DAS ASSERTIVAS DO CONSTRUTO PRINCÍPIOS DE
GOVERNANÇA CORPORATIVA ............................................................................................................................ 126
4.9 ANÁLISE ESTATÍSTICA DO CONSTRUTO PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ........................ 135
4.10 ANÁLISE FATORIAL DO CONSTRUTO PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA........................... 142
4.11 TESTE DO MODELO PROPOSTO ................................................................................................................. 144
CONCLUSÕES ................................................................................................................................................. 149
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 154
APÊNDICE B – INSTRUMENTO DE PESQUISA ....................................................................................... 174
APÊNDICE C – ANÁLISE FATORIAL CONFIRMATÓRIA PARA ANÁLISE DO MODELO DE
EQUAÇÃO ESTRUTURAL ............................................................................................................................ 181
16
1. INTRODUÇÃO
Neste sentido, a empresa, ao direcionar suas ações com foco no modelo de gestão de
pessoas com o alinhamento de suas políticas e práticas de recursos humanos, induzirá seu
quadro de funcionários a discutir e focar suas ações no que é fundamental para a qualidade do
trabalho e crescimento da organização.
1.2 Objetivos
Este trabalho tem por objetivo identificar a influência das políticas e práticas de gestão
de pessoas no comprometimento organizacional em ambientes de governança corporativa.
1.4 Hipóteses
3
H0: Não há percepção da influência das políticas e práticas de gestão de pessoas no
comprometimento organizacional em ambientes com Governança Corporativa.
1.5 Justificativa
4
O trabalho foi desenvolvido e organizado em quatro partes. O capítulo 1 – Introdução
apresentou a introdução ao tema estudado; o problema da pesquisa; os objetivos geral e
específico; as hipóteses e a justificativa da pesquisa.
5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Machado et al. (2015, p. 101) destacam que ―uma importante colaboração para o
estabelecimento de uma adequada gestão está associada à abordagem da Governança
Corporativa, pela proposição de boas práticas, e, seu respectivo conselho de administração‖.
Conforme Rossetti e Andrade (2014), o termo Governança surge pela primeira vez nos
Estados Unidos em 1991, por R. Monks e ganha notoriedade no Brasil no final dos anos 1990.
(SILVEIRA, 2010).
De acordo com Ponte et al. (2012), o estudo realizado por Berle e Means fundamenta-
se nos problemas que decorrem da separação entre a propriedade e o controle gerencial, o
Conflito de Agência discutido por Coase, em 1937, e Ross, em 1973, sobre o impasse entre
alinhar os interesses dos gestores e dos acionistas.
Para Eisenhardt (1989), a questão chave da teoria da agência refere-se aos problemas
que podem decorrer do relacionamento entre o principal e o agente. Um dos problemas refere-
se aos conflitos entre os objetivos e desejos que podem ser difíceis ou caros para o principal
apurar, bem como comportamentos diante dos riscos, haja vista que o principal e o agente
podem optar por atitudes diferentes diante destes.
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Pesquisadores Modelo Discussão
Scheifer e Vishny (1997) Modelo Financeiro Potencialização dos retornos sobre os investimentos
financeiros realizados pelos agentes, sendo os
Hawley e Willians (2000)
investidores os públicos mais relevantes.
Clarkson (1995) Modelo dos ―A sobrevivência das corporações depende da habilidade
públicos relevantes dos administradores para criar riqueza, valor ou
(Stakeholders) satisfação suficiente para aqueles que pertencem a cada
Porter (1992) grupo de stakeholders‖.
Williamson (1996) ―Discutem a participação dos stakeholders em decisões
Turnbull (1997) de cúpula organizacional‖.
Pound (1992) Modelo político ―O contexto institucional e as políticas públicas
Hawley e Willians (2000) influenciam a alocação de poder entre proprietários,
Turnbull (1997) administradores e demais públicos relevantes
La Portal et al. (1999, 2000) (stakeholders) e que os investidores respondem às
disposições legais e regulatórias e às mudanças nas
regras do jogo‖.
Pound (1995) Modelo de ―A competência executiva está positivamente
Hawley e Williams (2000) procuradoria relacionada à rentabilidade e ao sucesso da organização;
Turnbull (1997) que os administradores das organizações trabalham em
busca de lucros e são responsáveis pela maximização da
riqueza dos acionistas e que os conselheiros e diretores
são procuradores dos proprietários‖.
―Auditorias frequentes sobre o papel dos gerentes;
separação das atividades do Chief Executive Officer
(CEO) e do Presidente do Conselho de Administração;
nomear Conselheiros Externos mais atuantes e aumentar
a responsabilidade dos Conselheiros perante dos
acionistas minoritários‖.
8
Os estudos expandem-se consideravelmente a partir dos escândalos financeiros entre
os quais se destacam Enron Corp, World Com INc e Parmalat.
Oliveira (2006) apresenta a Governança Corporativa, firmada pelo fundo LENS, pelo
relatório Cadbury e pelos princípios da OCDE - Organizational for EconomicCo-
operationand Development; filtro básico do processo corresponde à Lei Sarbanes-Oxley,
sintetizados no quadro 2 – Dados Relevantes Históricos.
Fundo de Investimentos LENS ―Constituído por Robert Monks em 1992, efetivou um modelo de
gestão para consolidar melhores resultados e maior valor para as
empresas‖.
Relatório CADBURY ―Constituição e estruturação do Conselho de Administração;
estruturação e separação das responsabilidades do Conselho de
Administração e da Diretoria Executiva e alocação da administração
geral da empresa – diretrizes básicas – no Conselho de Administração‖.
Teve sua divulgação em 1992, validado e detalhado pelos relatórios
Greendbury, de 1995, o Hampel, de 1998 focados na atuação,
responsabilidade e remuneração dos conselheiros, na relação com os
acionistas, na prestação de contas e na atuação dos auditores e dos
conselheiros externos independentes, o relatório Turnbull, de 1999, e o
relatório Higgs, de 2003.
OCDE – Organizational for Baseada em cinco princípios:
Economic Co-operation and ―Toda e qualquer estruturação de Governança Corporativa deve
Development (1999) proteger os direitos dos acionistas; todos os acionistas,
independentemente de serem majoritários ou minoritários, nacionais ou
estrangeiros, devem ter tratamento igualitário e equitativo da empresa;
devem existir transparência e veracidade nas informações
disponibilizadas em geral, consolidando, inclusive, maior interesse pela
empresa; todos os fatores relevantes devem ser prontamente divulgados
aos públicos interessados; e as responsabilidades e a forma de atuação
do Conselho de Administração devem estar muito bem definidas,
entendidas, operacionalizadas e avaliadas‖.
Lei Sarbanes-Oxley ―a conformidade legal e ética, ou seja, a Governança Corporativa não é
simplesmente um assunto de boas intenções/ a adequada administração
e a correspondente prestação responsável das contas e dos resultados,
incluindo a plena indicação dos responsáveis; a adequada transparência
e veracidade das informações disponibilizadas aos diversos públicos
interessados; e o senso de propósito e de justiça nas várias decisões
adotadas pela empresa.‖
Silveira (2010, p. 2) define como o ―conjunto de mecanismos que visam a fazer com
que as decisões corporativas sejam sempre tomadas com a finalidade de maximizar a
perspectiva de geração de valor de longo prazo para o negócio‖.
Nesta seção, busca-se apresentar algumas informações que compõem o Código das
Melhores Práticas de Governança Corporativa.
Nas últimas décadas, mudanças rápidas e profundas ocorrem nas empresas, quando se
trata do mundo globalizado. Esse cenário faz com que as empresas sejam impulsionadas a
reverem seus modelos de gestão e a adotarem práticas que demonstrem credibilidade a todos
10
os públicos envolvidos, sendo a Governança Corporativa uma das práticas adotadas pelas
empresas.
11
As discussões sobre Governança Corporativa envolvem a complexidade dos processos
e mecanismos para a execução e controle das atividades para garantia do desempenho
organizacional.
12
empresa investigada e as demais funções, em específico no que tange à gestão de pessoas,
merecem maior atenção, especialmente quanto aos aspectos negativos apontados pelos
gestores (nível tático) e não gestores (nível operacional). (PEREIRA; QUELHAS, 2005).
Konzelmann et al. (2006) realizaram uma análise empírica baseada nas relações com
funcionários da Inglaterra, sobre o efeito das diferentes formas de Governança Corporativa
na estrutura e relacionamento das partes interessadas dentro das organizações e o impacto nas
políticas de recursos humanos e seus resultados. Os autores afirmam que o desempenho das
pessoas pode estar relacionado aos sistemas de gestão de recursos humanos baseado em
compromisso, no entanto, um regime de governança corporativa, que privilegia as partes
interessadas não atuantes, pode ser impeditivo para o comprometimento das pessoas.
13
Nesse contexto, para Dutra (2009) e Campos e Andrade (2013), a visão da relação do
trabalhador no ambiente empresarial é modificada. Antes tido com um sujeito passivo, passa a
ser considerado ativo no processo, estimulando decisões, fomentando ações e inovações para
os negócios.
Cabral et al. (2010) afirmam que o objetivo principal da Gestão de Pessoas é alinhar os
interesses da empresa aos interesses dos funcionários. Antes tida como uma área, que só
demandava custos, passa a ser vista em sua posição estratégica.
As competências são definidas por Fleury e Fleury (2001) como a capacidade de saber
agir de forma responsável e com reconhecimento, sendo fundamental efetivar a integração de
14
conhecimentos, habilidades e recursos para que a organização tenha maior valorização
financeira e o indivíduo maior valor social.
Há de ser considerado que as empresas são diferentes entre si. Albuquerque (2002)
explica que as organizações se diferenciam quanto à estrutura organizacional, sistemas de
controle e políticas de Recursos Humanos. A estrutura organizacional refere-se à hierarquia,
sistemas de produção, configuração do trabalho e os sistemas de controle. Os sistemas de
controle, dizem respeito às relações de trabalho, ou seja, nível de educação e formação
exigidos, independência e confiança entre o empregado e o empregador, sindicato e
15
participação dos empregados nas decisões. As políticas de Recursos Humanos se referem ao
emprego, contratação, treinamento, carreiras, políticas salariais e de incentivos.
Taylor (2014) destaca que diversas iniciativas de mudança de cultura falham pelo fato
de valores e cultura organizacional estarem separados na mente dos profissionais. Cada
empresa tem seu imperativo de negócio advindo de mudanças de mercado. A falha em lidar
com as mudanças podem resultar em perdas financeiras e de clientes. Os imperativos de
negócios exigem dos colaboradores comportamentos diferentes. Assim, a definição dos
16
imperativos de negócio de forma clara e objetiva é importante para permitir o relacionamento
contínuo entre os objetivos do negócio e os da cultura.
Para Demo et al. (2014, p. 241), a opção pela utilização do termo ―política de Gestão
de Pessoas‖ refere-se a:
17
Para Legge (1995), as políticas de Gestão de Pessoas devem fazer parte do
planejamento estratégico das empresas e utilizadas para acentuar a cultura organizacional,
pelo valor imputado aos Recursos Humanos como fonte de vantagem competitiva.
O estudo abrangeu quatro etapas sendo que uma delas se referiu aos processos,
políticas e práticas de Recursos Humanos internacionais da empresa. Identificou-se a
importância de elaborar um planejamento estratégico, juntamente, entre as áreas de Relações
Internacionais e a área de Recursos Humanos, considerando a cultura de cada país de atuação
e melhoria na preparação das lideranças. Verificou-se que a empresa está realizando ações de
mudança de posicionamento da área de Recursos Humanos para atuar de maneira mais
estratégica.
Para Demo et al. (2011), na visão de Gestão de Pessoas, o colaborador é visto como
peça chave no processo de cumprimento das metas e tomada de decisão para o desempenho e
competitividade das organizações. Dessa maneira, as políticas e práticas de Gestão de Pessoas
devem favorecer maior bem-estar dos funcionários, permitindo maior realização pessoal e
profissional influenciando no desenvolvimento, valorização e retenção de talentos.
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Nesse sentido, Horta, Demo e Roure (2012), partindo da premissa de que as políticas
de Gestão de Pessoas têm a necessidade de contribuir para um maior bem-estar e
fortalecimento da confiança das pessoas nas organizações, avaliaram a relação dessas
variáveis em 141 colaboradores de uma empresa multinacional de tecnologia da informação.
O estudo identificou e confirmou que as políticas de Gestão de Pessoas influenciam na
confiança do colaborador e no bem-estar no trabalho, assim como a confiança influencia o
bem-estar. Dessa forma o estudo contribui para alavancar estudos na área de Gestão de
Pessoas e Comportamento Organizacional.
Martins e Demo (2014) realizaram uma pesquisa com 112 colaboradores da empresa
Walt Disney World Company, para verificar a existência de relação positiva entre as políticas
e práticas de Gestão de Pessoas e o bem-estar no trabalho. Os resultados apontaram que há
uma relação positiva, em maior parte, fortes e moderadas, entre as variáveis recrutamento e
seleção, envolvimento, treinamento, desenvolvimento e educação, condições de trabalho,
avaliação de desempenho e competências, recompensas e as variáveis afetos positivos, afetos
negativos e realização pessoal, ou seja, as políticas e práticas de Gestão de Pessoas estão
associadas ao bem-estar no trabalho.
Aragon e Segura (2011), por meio de estudo de caso em nove municípios da região de
Murcia na Espanha, analisaram a relação entre a Gestão de Pessoas e o desempenho
organizacional, os trabalhadores e a prestação de serviços. Os resultados evidenciaram que os
municípios que desenvolveram práticas de recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de
desempenho e remuneração, melhoraram seus resultados.
Campos e Andrade (2013) realizaram uma pesquisa com três empresas de Engenharia
na cidade de Guarapuava – PR. O intuito foi o de conhecer as Políticas e Práticas de Pessoas
(Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Higiene e Segurança do Trabalho
e Avaliação de Desempenho) adotadas pelas empresas do setor.
Os resultados indicaram uma forte tendência das empresas em dar maior ênfase nas
políticas de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Higiene e Segurança do Trabalho, e,
devido ao risco próprio da função, preferem contratar pessoas com experiência. São
realizados treinamentos com frequência para capacitação dos funcionários, bem como o
fornecimento de equipamentos de segurança individual e coletivo para realização das tarefas
com segurança.
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Sobre a retenção de funcionários, Chew (2004) realizou um estudo nas empresas
australianas com foco nas práticas de Recursos Humanos. O estudo identificou dois grupos de
práticas, que contribuem para a retenção dos profissionais: um ligado aos fatores de Recursos
Humanos (adequação profissional, remuneração, recompensa e reconhecimento, formação e
desenvolvimento na carreira e oportunidades de desafio no trabalho) e o outro ligado aos
fatores organizacionais (comportamento da liderança, a cultura e as políticas da empresa, o
trabalho em equipe e o ambiente de trabalho satisfatório).
No presente trabalho, serão adotadas as políticas e práticas definidas por Demo et al.
(2011). Os autores se basearam no trabalho realizado por Demo (2008), para desenvolver e
validar a escala de Percepção de Políticas e Práticas de Gestão de Pessoas (EPPGP) e nos
resultados da revisão bibliográfica de produções internacionais e estudos empíricos nacionais
publicados no período de 2000 a 2010. As políticas e práticas do presente estudo são:
Recrutamento e Seleção; Envolvimento; Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E);
Condições de Trabalho; Avaliação de Desempenho e Competências; Remuneração e
Recompensas.
Para Dessler (2014, p. 133), a Seleção de Pessoas tem por objetivo primordial a
regulação da pessoa-trabalho, ―combinando conhecimentos, habilidades, capacidades e
competências necessárias para executar o trabalho (com base na análise do cargo), com
conhecimentos, habilidades, capacidades e competências do candidato‖.
20
linhas gerais, é a comunicação feita ao mercado de Recursos Humanos sobre a vaga que se
pretende preencher.
Limongi-França (2007) ressalta que recrutar e selecionar pessoas têm por objetivo
alocar pessoas para realizar as atividades sendo que, o Recrutamento, é a fase inicial para o
preenchimento de uma vaga, levando a empresa ao alcance de seus objetivos. Ainda de
acordo com a autora, é por meio do recrutamento que a empresa apresenta o nível de
profissionalismo em relação aos seus funcionários.
Para Marras (2002), agregar pessoas é uma tarefa primordial que está relacionada à
estratégia das empresas que adotam o Recrutamento e a Seleção como elemento de um
mesmo processo: a provisão de pessoas. Caso a empresa não consiga atrair candidatos aos
cargos de maior responsabilidade, a indicação pode ser uma boa escolha.
Sob o ponto de vista do candidato à vaga, Chiavenato (2010) destaca que as pessoas
também selecionam as empresas nas quais querem trabalhar e não apenas as empresas as
selecionam. O autor complementa que o processo de seleção atua como um filtro ao permitir
que pessoas com as características pretendidas pela organização sejam aproveitadas.
22
De acordo com Leite, Leite e Albuquerque (2013), a maneira como as equipes de
trabalho são compostas nas organizações, limitam ou desafiam os gestores em seus modos de
atuação. Recrutar e selecionar profissionais que irão compor o quadro de funcionários das
organizações é uma tarefa que deve ser realizada considerando a empresa, o departamento e o
cargo.
De acordo com Câmara, Guerra e Rodrigues (2003), o recrutamento interno pode ser
realizado de três maneiras: escolha direta, concurso interno ou recomendação de um amigo.
Na escolha direta a posição em aberto apresenta requisitos de ―certa senioridade ou
determinado grau de responsabilidade‖ atribuída ao perfil do colaborador indicado a ocupá-la.
Os motivos que levam à adoção da escolha direta são: a) efetivação do plano de carreira; b)
potencialização da utilização dos talentos da empresa; e c) retenção dos talentos da empresa
ao dar oportunidade de crescimento profissional. Para Silva et al. (2015), o processo de
recrutamento de pessoas a ocupar cargos gerenciais pode ser interno ou externo.
Gil (2001) destaca que, o maior ativo das empresas são as pessoas, por isso, o processo
de Recrutamento e Seleção deve ser conduzido com muita competência, haja vista que erros
no processo podem afetar ações futuras. Outro aspecto importante é que, com o
compartilhamento das atividades dos subsistemas de Recursos Humanos compartilhados com
os gestores das áreas, estes devem ser capacitados para que não incorram em erros de
contratação.
24
assunto, e posteriormente, no ambiente de trabalho, passou a ser usado para classificar a
pessoa capaz de executar determinado trabalho.
Desse modo, outro tema que surgiu no Recrutamento e Seleção é a seleção por
competências. Bezerra e Helai (2009) destacam que os ambientes competitivos levam as
empresas a focarem seus processos de Recrutamento e Seleção nas competências
comportamentais (criatividade, comunicação, espírito empreendedor, trabalho em equipe,
iniciativa etc.) mais do que os aspectos técnicos importantes também para o cargo. Então, é
importante que os envolvidos na Gestão de Pessoas sejam capazes de aliar as competências
técnicas e comportamentais dos candidatos que atendam às mudanças pelas quais as empresas
passam.
Para Fleury e Fleury (2001, p. 210), competência é: ―um saber agir responsável e
reconhecido, que implica mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e
habilidades que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo‖.
25
durante o processo; maior probabilidade do candidato em falar a verdade ao trazer dados das
experiências vivenciadas; reportar dados concretos das experiências e desempenho do
candidato, propiciando feedback; além de estreitar o relacionamento de parceria entre o
subsistema de Recrutamento e Seleção e a área requisitante.
26
Além da escassez de profissionais, a baixa qualidade daqueles, que saem das
instituições de ensino superior para o mercado de trabalho, é outro aspecto relevante e será
abordado no subcapítulo Treinamento, Desenvolvimento e Educação.
2.3.2 Envolvimento
27
Outros aspectos antecedem o envolvimento com trabalho: (a) as características do
cargo que ofertam autonomia na realização das tarefas, o significado das tarefas assumem
para a vida do trabalhador, a identificação com as tarefas e as habilidades necessárias para a
realização da tarefa; (b) as relações pessoais e profissionais estabelecidas entre os líderes e os
subordinados, participação na tomada de decisão com o líder, a comunicação eficiente
estabelecida entre o líder e o subordinado e (c) desempenho dos papéis na organização, haja
vista que os conflitos entre os papéis exercidos na organização ou a falta de clareza nas
orientações quanto ao que é esperado como resultado do trabalho, podem impedir o
envolvimento com o trabalho. (SIQUEIRA; GOMIDE JR., 2004).
28
interdependência de seus membros, que simplifica a busca dos objetivos organizacionais.
(PÁDUA; HONÓRIO, 2013).
Pádua e Honório (2013) exprimem que a cooperação está diretamente ligada aos laços
solidários desenvolvidos entre as pessoas, fortalecendo a reciprocidade, a união e a ligação. O
dinamismo da solidariedade beneficia o diálogo, o consentimento, a autenticidade e a
integração do grupo. Os autores sinalizam que a integração permitida pelo estado de
solidariedade, faz com que os laços de acolhimento se desenvolvam e dessa maneira, os
grupos não perdem a identidade e nem temem a entrada ou a saída dos membros.
29
transmissão dos conhecimentos são importantes para o desenvolvimento das atividades da
empresa; manifestação e identificação com o projeto e objetivos organizacionais; apreensão
dos conhecimentos ofertados; entendimento das origens das informações ou formas de
coordenação do trabalho, entre outros. (VELOSO, 2007).
Para Pilati e Abbad (2005), o efeito do treinamento deve ser duradouro e aprimorar o
desempenho nas atividades similares e outras, que requisitem a aplicação de novas
habilidades, capacidades e/ou atitudes.
Os autores Pilati e Abbad (2005) ressaltam que, para além da produção dos efeitos
favoráveis e permanentes, os programas de treinamento, em muitos casos, integram a
valorização das pessoas no sentido de aumentar a motivação, bem como o comprometimento
organizacional; minimizar tensões e/ou conflitos e preparar as pessoas para as mudanças no
30
ambiente interno. Dessa forma, o treinamento não deve ser visto apenas sob o aspecto do
desempenho das atividades, mas também sob seus impactos sobre as atitudes e motivações.
Numa concepção mais abrangente, verifica-se o impacto que o treinamento exerce sobre o
trabalho no que tange à mudança no desempenho global do treinando, considerando sua
motivação e atitude em relação ao trabalho.
Para suprir essa necessidade, as empresas recorrem aos programas de treinamento pela
sua eficácia na introjeção de novas habilidades demandas para os profissionais. (MENESES,
2007).
Borges-Andrade (2006) enfatiza que não realizar avaliação do treinamento denota falta
de responsabilidade social, de compromisso com os participantes, com o trabalho em si e com
a empresa.
Lucena (2003) discorre que a Teoria do Capital Humano, que gerou e formulou as
políticas educacionais pós 1964, desenvolveu seu instrumental com o objetivo de verificar o
retorno financeiro obtido pelas empresas nos investimentos em treinamento profissional. A
teoria evidencia que o nível de educação afere taxa de retorno na produtividade, ou seja, o
salário é melhor à medida que aumenta a educação formal. Nesse sentido, o trabalhador passa
a fazer parte do capital ao ser integrado como recurso humano para a produção.
32
As Instituições de Ensino Superior (IES) formam e/ou capacitam pessoas por meio dos
cursos de Bacharelado (4 ou 5 anos) e Tecnólogo de curta duração (2 ou 3 anos).
33
que as ações mediadas por tecnologias aumentam a formação de redes organizacionais,
estendendo a comunicação e oportunidades de aprendizagem interativa entre os participantes,
proporcionadas pela internet.
Para Vilas Boas e Morin (2013), a Qualidade de Vida no Trabalho – QVT pode ser
mensurada pelos indicadores como: bem-estar psicológico, sofrimento psicológico,
comprometimento organizacional e equilíbrio entre trabalho e a vida pessoal, além destes,
fatores objetivos como definição clara dos objetivos esperados, autonomia, possibilidades de
desenvolvimento profissional, reconhecimento, bom relacionamento interpessoal com os
colegas e superiores, integridade moral no trabalho e nas relações estabelecidas, estabilidade
no emprego e jornada de trabalho adequada. A análise desses fatores especifica a qualidade de
vida no trabalho no desempenho dos negócios e na satisfação dos indivíduos. (VILAS BOAS;
MORIN 2014).
34
Para Demo et al. (2011), a política de condições de trabalho (CT), proferida da
organização com elucidações teóricas e práticas, objetiva proporcionar aos colaboradores boas
condições de trabalho em termos de benefícios, saúde, segurança e tecnologia.
Outro aspecto importante às Condições de Trabalho diz respeito ao arranjo físico. Para
Leucz (2001), as instalações, o mobiliário, a moldura do ambiente, a disposição dos
equipamentos e utensílios, a iluminação, os ruídos, a coloração utilizada, odores, o espaço
para se locomover e comunicar-se são importantes tanto para a eficiência do trabalho como
para a saúde do trabalhador. Maranhão e Sá (2013) ressaltam que a falta de atenção aos
aspectos físicos do ambiente como iluminação, ergonomia e à má organização do layout
causam ineficiência das atividades e predispõem o trabalhador a doenças ocupacionais,
portanto, a função da ergonomia é ajustar o ambiente de trabalho às características físicas e
psicológicas das pessoas, garantindo a saúde e segurança ao trabalhador. Em conformidade
com Brum (2003), ambientes saudáveis e agradáveis contribuem para uma maior
produtividade.
Baseado em sua pesquisa, Sato (1991) caracteriza quatro grupos de risco: o primeiro
grupo diz respeito ao ambiente externo ao trabalho: luz, barulho, temperatura, ventilação e
umidade; o segundo grupo abrange os fatores do trabalho em si: poeiras, gases, vapores e
fumaças; o terceiro grupo contempla o trabalho físico, e o quarto grupo envolve cada
condição de trabalho que pode provocar estresse como: monotonia, ritmos exagerados,
ocupação do tempo, trabalhos repetitivos, ansiedade, responsabilidade, posições incômodas,
dentre outros.
35
das prioridades de intervenção e pela elaboração de estratégias transformadoras. (LACAZ,
2007).
Sob a perspectiva do homo socialis, que oferece melhor resposta a incentivos sociais e
simbólicos, é por meio da avaliação de desempenho dos funcionários que os demais
subsistemas de Recursos Humanos podem ser articulados, tais como: Treinamento,
Desenvolvimento e Educação dos funcionários; Recrutamento e Seleção de pessoas;
Remanejamento de pessoas, entre outros. (BARBOSA, 1996).
Para Brandão et al. (2008), alguns instrumentos utilizados nas organizações para
avaliar o desempenho podem levar a conflitos pela subjetividade na mensuração dos
resultados, motivo pelo qual a Gestão do Desempenho se apresenta como controverso nas
organizações. A efetivação da Gestão do Desempenho converge para a integração da
estratégia organizacional, aprendizagem, competências e indicadores quantitativos e
36
qualitativos, porém, as ferramentas para mensuração são difíceis de serem encontradas.
(BRANDÃO et al.,2008).
Brandão e Guimarães (2001) retratam que o desempenho humano é expresso por meio
de suas competências. Porquanto, as competências humanas referenciadas pelo desempenho
são observáveis pela adoção de determinados comportamentos explicitados no ambiente de
trabalho. (SANTOS, 2001).
De acordo com Nascimento, Zuppani e Dutra (2014), sob o foco da Gestão por
Competências a avaliação de desempenho está centrada nos resultados do indivíduo, por meio
de suas entregas e resultados para a empresa ou negócio. Dessa maneira, a Avaliação de
Desempenho averigua, em certo grau de complexidade e alicerce de desenvolvimento, o
quanto as entregas do avaliado estão em consonância com as metas estipuladas e esperadas
pela organização. (DUTRA, 2013).
De acordo com Coelho Jr. (2011), o desempenho abarca uma finalidade ou objetivo e
se relaciona com a motivação da pessoa em alcançá-lo, a natureza do trabalho, entre outros.
Para o autor, a efetivação dos resultados deve estar em conformidade com as metas
estabelecidas pela empresa, sendo passíveis de apuração e análise sobre sua adequação,
eficiência e eficácia. Destaca ainda que o estabelecimento e o planejamento do desempenho
devem levar em conta o tempo, o custo, a qualidade e a quantidade de trabalhos realizados
pelas pessoas. Portanto, sob o aspecto organizacional, o desempenho está ligado à
produtividade do indivíduo, da equipe e da organização, bem como as intercorrências dos
comportamentos individuais nas equipes de trabalho e na organização. (COELHO JR., 2011).
No que diz respeito à avaliação, Grohmann, Cunha e Silinske (2013) evidenciam que
esta deve ser realizada comparando os resultados atingidos com os previamente esperados ou
37
planejados, pressupondo formas de acompanhamento que possam corrigir possíveis desvios
no processo de execução, que assegure a entrega do resultado esperado em conformidade com
o planejamento. Desse modo, a Avaliação de Desempenho se configura como um processo
iniciado no planejamento e finalizado com a averiguação entre o planejado e o executado.
(GUIMARÃES; NADER; RAMAGEM, 1998).
Brandão et al. (2008) acresce que as organizações procuram adotar Modelos de Gestão
do Desempenho que avaliem, simultaneamente, resultado e comportamento, haja vista que
ajuizar apenas o comportamento não assegura o resultado, na mesma medida que ajuizar
apenas o resultado pode levar a pessoa a comportamentos inadequados, para atingir a meta.
Portanto, a avaliação de resultados é objetiva ao medir os resultados a partir das metas
estipuladas e a avaliação do comportamento ou competências é subjetiva, considerando os
comportamentos observáveis do avaliado pelo avaliador. (BRANDÃO et al., 2008).
38
De certo, como apresentado por Lucena (1992), acompanhar de maneira sistemática o
desempenho faz com que a organização se valha, adequadamente, de seus recursos,
conduzindo-os aos resultados esperados, bem como ao alcance dos objetivos organizacionais.
Ainda referenciado pelo autor, ao acompanhar de forma contínua o desempenho da
organização, poder-se-á corrigir possíveis desvios ou até mesmo evitar a sua ocorrência.
Segundo Marras, Lima e Tose (2012), o feedback não constitui uma tarefa fácil,
portanto, o primeiro passo é que a empresa tenha uma cultura acerca da prática do feedback e,
o passo seguinte, que o gestor seja hábil e preparado para apresentar os erros aos
subordinados sobre o seu desempenho.
39
40
2.3.6 Remuneração e Recompensas
Para Demo et al. (2011), a política de Remuneração e Recompensas tem por objetivo
recompensar o desempenho e as competências dos colaboradores, no que se refere à
remuneração e aos incentivos. De acordo com Silva e Luz (2010), a remuneração compõe o
subsistema de Gestão de Pessoas, com o objetivo de levar o indivíduo ao desenvolvimento
das competências por meio do processo de estímulo à aprendizagem constante.
41
Wood Jr e Picarelli Filho (2004) fazem alusão à necessidade de uma nova concepção
sobre a remuneração, contornando as dificuldades existentes e considerando quatro aspectos:
o alinhamento do esforço individual com as diretrizes organizacionais; a orientação para o
processo e para os resultados; o favorecimento de práticas participativas; e o desenvolvimento
contínuo do indivíduo. Nesse sentido, os autores colocam a pessoa como ativa no processo,
com conhecimento que leva a empresa a atingir seus resultados por meio da participação e dos
esforços individuais.
De acordo com Dutra (2002), o sistema de remuneração pode ser dividido em:
remuneração direta, que é a parcela fixa do salário pago ao funcionário pelo desempenho de
suas atividades, em geral com período de pagamento mensal e remuneração indireta, que diz
respeito aos benefícios complementares oferecidos pela empresa, com o objetivo de propiciar
segurança e conforto e pode ser estendido aos familiares.
Os benefícios, são considerados remuneração indireta e não têm uma relação direta
com o desempenho, em geral são ofertados como condição de emprego com a finalidade de
promover melhor qualidade de vida aos funcionários. (HANASHIRO, 2008).
Carvalho et al. (2011) explicam que os planos de benefícios, nos dias atuais, têm por
objetivo suportar uma posição competitiva no que se refere à Atratividade e Retenção dos
talentos. Carvalho et al. (2011) tipificam os benefícios em três eixos: seguros (saúde e vida);
42
complementação (planos de previdência social) e de serviços (assistência à educação, aos
serviços de lazer, financeiros e jurídicos, ao auxílio-transporte, à assistência a compras).
43
ser o elemento humano um dos recursos mais caros e de difícil gerenciamento
(MASCARENHAS; KIRSCHBAUM, 2008).
Zarifian (2012) aborda que a Revolução Industrial estabeleceu uma dicotomia entre o
trabalho e os trabalhadores, ao colocar de um lado a transformação da matéria-prima em
produto ou objeto e do outro, o trabalhador, visto como meio de obtenção do produto ou
serviço. Para o autor Zarifian (2012), nos idos de 1900, Frederick Taylor associava o
desempenho dos trabalhadores aos sistemas econômicos ao destacar que o dinheiro era a força
motivadora essencial.
A partir das pesquisas realizadas por Elton Mayo nas décadas de 1920 e 1930, fica
evidenciado que o comportamento humano no ambiente do trabalho estava relacionado
também a fatores não econômicos. (CARAVANTES; CARAVANTES; KLOECKER, 2008).
A valorização das relações humanas surge a partir do reconhecimento dos fatores psicológicos
e sociais envolvidos na produtividade. (GIL, 2001).
Deste modo, Gil (2001) relata que as Relações Humanas estabelecem a integração das
pessoas na condição de trabalho, levando os trabalhadores a contribuírem com as empresas ao
passo que encontram satisfação de suas necessidades sociais e psicológicas.
Sobre motivação humana, Salanova, Hontangas e Peiró (1996) a definem como ―uma
ação dirigida a objetivos, sendo autorregulada, biológica ou cognitivamente, persistente no
tempo e ativada por um conjunto de necessidades [...]‖.
De acordo com O´Reilly (1990 apud BASTOS, 1993), assim como o construto
motivação, satisfação e comprometimento foram fortemente pesquisados e consolidados com
o objetivo de predizer o comportamento do funcionário no ambiente de trabalho. Bastos
(1993) reforça que estudos, sobre a motivação, tornaram-se a principal base para pesquisa
sobre o comportamento do trabalhador, na perspectiva psicológica e, que além dos construtos
psíquicos, outras pesquisas foram desenvolvidas sobre a natureza cognitiva ou afetiva para
elucidar e prever o comportamento como a satisfação e o comprometimento.
44
Sob o mesmo ponto de vista, Gondim e Silva (2004) referenciam que a motivação, a
satisfação no trabalho e o comprometimento organizacional derivam dos processos
psicológicos dos funcionários, influenciando o seu comportamento, alvo de vários estudos
organizacionais.
Bastos (1993) destaca que o pressuposto, que direciona boa parte das pesquisas sobre
o patrimônio humano nas organizações, altos níveis de comprometimento são positivos e
benéficos tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. Essa ideia foi expressa no
trabalho de Whyte (1956), The Organization Man, apresentando a necessidade de ―uma ética
social ou burocrática‖, que em larga proporção substitui a ―ética protestante‖.
Jesus e Rowe (2015) acrescem que o comprometimento pode ser entendido como um
elo fortalecedor de união do trabalhador em torno dos objetivos organizacionais, ao prover as
empresas de oportunidades satisfatórias em momentos de instabilidade no cenário
corporativo. Com efeito, os gestores, principalmente os direcionados para a Gestão de
Pessoas, deveriam considerar o comprometimento organizacional como um componente
importante na gestão de pessoas. (BRITO; BASTOS, 2001).
45
Custódio et al. (2013) retratam que os vários conceitos relacionados ao
comprometimento organizacional levam à compreensão de um construto disposicional, ao
caracterizá-lo com a identificação da pessoa com a organização, em consequência com
envolvimento dessa pessoa. Para além da lealdade ao ambiente de trabalho, o
comprometimento reúne ações e sentimentos expressos pelo funcionário sobre o bem-estar e
sucesso das organizações.
46
De acordo com Bandeira, Marques e Veiga (2000), o termo comprometimento gera
várias interpretações, fundamentando-se em atitude ou orientação com a organização, que une
a identidade da pessoa à organização. Pode ser um fenômeno estrutural resultante de
transações entre os participantes da organização, ou um estado, no qual a pessoa fica ligada
por suas ações ou crenças, bem como a natureza do relacionamento de um membro com o
todo o sistema.
Por outro lado, pelo fato de não estar comprometido, o indivíduo pode apresentar
baixo engajamento com as atividades atribuídas, elevado índice de rotatividade, baixa
contribuição com ideias inovadoras, reclamações e desentendimentos com os membros da
empresa, pouco desejo em desenvolver-se profissionalmente, fugir das responsabilidades que
lhe são devidas, assumindo pouca responsabilidade para si e para com o grupo com o qual se
relaciona. (BAÍA, et al., 2006).
47
produtividade e operacionalização dos equipamentos que levaram as empresas a atingirem o
fim a que se propõem.
Nos últimos anos, as empresas têm despendido uma grande quantidade de esforços
na busca e retenção de pessoas melhor qualificadas e que estejam propensas a serem
comprometidas. Os processos de recrutamento e seleção de pessoal tentam prover as
empresas com indivíduos comprometidos e com desempenho superior. Aliado ao
dispêndio dos processos de seleção, os programas de retenção de talentos trazem
custos cada vez maiores, decorrentes dos benefícios e salários oferecidos.
Essa equipe de pesquisadores liderada por Lyman Porter iniciou as pesquisas nos anos
70, resultando no instrumento para medir o comprometimento, o OCQ – Organizitional
Commitment Questionaire- OCQ, elaborado a partir da definição supracitada. Borges-
Andrade, Afanasief e Silva (1989) validaram o instrumento no Brasil com =0,80.
(MEDEIROS, et al., 2003).
48
De acordo com Bastos (1993), esse enfoque originou-se nos trabalhos de Etzioni
(1974), que investigou o envolvimento do funcionário a partir da teoria comparativa do
consentimento, indicando que o tipo de poder exercido pela empresa levaria a diferentes tipos
de participação, por conseguinte, a diferentes consentimentos pelo empregado.
O enfoque instrumental é proveniente dos estudos realizados por Becker (1960 apud
BASTOS, 1993). Para o autor, o comprometimento é visto a partir do engajamento dos
funcionários em linhas de atividades consistentes, como função das recompensas e custos
associados com a condição de membro da organização. Meyer e Allen (1991) corroboram
com o conceito e enfatizam que os funcionários, que estabelecem o vínculo instrumental,
permanecem na empresa porque precisam e percebem que o custo de sua saída será elevado.
Portanto, como assinala Almeida (2009), funcionários, que apresentam alto nível de
comprometimento instrumental, preferem não perder os investimentos reunidos ao longo do
tempo, pois têm a percepção de que terão dificuldade em repor ou compensar os ganhos em
outro emprego, desconsiderando, assim, a sua possibilidade de saída em virtude dos custos
associados.
Botelho e Paiva (2011) discorrem sobre quatro itens, que circundam as incertezas do
comprometimento instrumental: (I) perdas sociais no trabalho: a crença de perder a
estabilidade no trabalho, o prestígio alcançado com o cargo, as redes de amizade conquistas
no trabalho e a liberdade na execução do trabalho; o contato de amizade com os colegas de
trabalho e a liberdade de realizar o trabalho; (II) perdas de investimentos feitos na
organização: convicção da perda dos esforços despendidos para chegar onde se está na
empresa, tempo de dedicação e investimentos para o desenvolvimento de sua capacidade para
50
chegar ao seu status atual; (III) perdas de retribuições organizacionais: temor de perder o
salário atual e os benefícios oferecidos pela empresa; (d) perdas profissionais: ao trocar de
emprego, teme que a sua carreira seria prejudicada, a ambientação assim como o seu
reconhecimento e prestígio demorariam um certo tempo para serem evidenciados,
entendendo, dessa maneira, que estaria desperdiçando tempo para a aprendizagem das novas
tarefas.
Em geral, esse enfoque evidencia a análise feita pelo trabalhador nas transações
econômicas, realizadas como a empresa, colocando de um lado da balança os investimentos
feitos e do outro, os custos decorrentes da sua saída. (SIQUEIRA, 2000; SIQUEIRA;
GOMIDE JR, 2004).
Em consonância, Siqueira e Gomide Jr. (2004) destacam que o funcionário age pela
crença de estar em conformidade com o que é aceito e correto pelo meio em que está inserido.
51
O conjunto de valores partilhados carrega a força para normatizar procedimentos e os atos de
conduta. Dessa maneira, Siqueira e Gomide Jr (2004, p. 320) complementam, ―(...) violações
de um dever moral geram sentimentos de culpa (...)‖.
Para Cançado, Moraes e Silva (2006), o indivíduo tende a comportar-se de acordo com
os padrões internalizados por ele. Todavia, dependendo do tipo de valores, essas pressões
podem ser favoráveis ou não para as empresas.
52
b) Comprometimento instrumental: a permanência na empresa se deve ao fato de
precisarem permanecer. Sair da empresa é oneroso.
c) Comprometimento normativo: a permanência se faz pelo fato de sentirem-se
obrigados. Inicialmente chamado de obrigação e redefinido a partir dos estudos de
Meyer, Allen e Smith 1993.
55
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Com este capítulo, pretende-se apresentar a metodologia proposta para este trabalho.
O mesmo autor informa que não existe uma tipificação universalmente estruturada.
Vergara (2006) aponta para várias taxionomias de pesquisa científica de acordo com os
critérios estabelecidos por vários autores, como exemplo, Telles (2001) e Abramo (1988).
Além dessa tipificação a pesquisa pode ser classificada, em função de seu propósito,
em cinco diferentes categorias: pesquisa básica, pesquisa aplicada, avaliação de resultados,
avaliação formativa e pesquisa-ação (PATTON, 1990). Outra classificação a ser considerada
são as modalidades de pesquisas: pesquisa aplicada e uma avaliação formativa. Uma pesquisa
aplicada, segundo Roesch (1996, p.78):
É feita para que seus resultados tenham utilização imediata na solução de problemas
concretos; é a obtenção do conhecimento para transformação da realidade e a
pesquisa aplicada refere-se à discussão de problemas, utilizando o referencial teórico
de determinada disciplina, e à apresentação de soluções alternativas.
Para esse trabalho, classificou-se como uma pesquisa ―correlacional‖, frente aos
objetivos colocados, visando explorar as relações que possam existir entre as variáveis.
56
Telles (2001) adota os conceitos de Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) ao apontar que
a abordagem na pesquisa científica pode ser: estudo exploratório, estudo descritivo e estudo
casual. Diante das opções, nesse trabalho, aplica-se o critério de estudo exploratório.
[...] é um fenômeno cada vez mais presente e valorizado no mundo acadêmico atual,
representando uma espécie de retomo às origens do conhecimento científico e
filosófico, onde o mundo e os fenômenos eram vistos como um objeto de estudo uno
e indissociável. Essa crescente importância está no fato do enriquecimento que a
visão de outras disciplinas traz ao objeto de estudo outrora apenas disciplinar.
(POHLMAN, 2005, p. 47).
Abramo (1988) destaca outro critério: segundo a natureza dos dados. Para ele, essa
natureza pode ser de dois tipos: pesquisa de dados objetivos ou de fatos ou pesquisa subjetiva
ou de opiniões e atitudes. Este trabalho tem como fonte de dados a pesquisa de opiniões e
atitudes. Assim, serão utilizados instrumentos detalhados ainda neste capítulo, para a
concretização desse critério de pesquisa.
57
transversais ou cross-sectional realizados uma vez, representando um determinado momento e
estudos longitudinais, em que a pesquisa é realizada num período maior, a coleta de dados se
dá ao longo do tempo objetivando estudar a evolução de determinadas variáveis. Para a
pesquisa apresentada, neste momento, é do tipo transversal ou cross-sectional. Tomando por
base Takahashi e Fischer (2009) e Telles (2001), o apêndice A apresenta Síntese
Metodológica e a matriz de amarração.
O objetivo desse subtópico é apresentar quem são os sujeitos da pesquisa e qual será a
amostra.
Dessa forma a escolha pela amostra será: não probabilística do tipo ―por
conveniência‖. De acordo com Mattar (1996), a amostra não probabilística depende, em
partes, do pesquisador, já ―por conveniência‖, as pessoas mais acessíveis são selecionadas
para responder à pesquisa. (SCHIFFMAN; KANUK, 2000).
Com relação ao tamanho da amostra, para Wang e Wang (2012), pode ser considerado
de acordo com o número de variáveis observadas. Quando os dados tiverem uma distribuição
normal, 5 casos por variável é considerado suficiente quando tiverem indicadores múltiplos.
Outra regra muito aceita é a de 10 casos por variável indicada. Dessa forma consideram-se 5
58
respondentes por afirmativa, sendo 32 afirmativas de políticas e práticas de recursos humanos
e 18 afirmativas do comprometimento organizacional, sendo necessárias 250 respostas.
59
O instrumento completo da pesquisa foi organizado em cinco partes conforme
apresentado no quadro 3 - Relação entre blocos e objetivos do instrumento de pesquisa.
Bloco Objetivo
0-Carta de apresentação Esta parte apresenta a pesquisa e pede a participação do sujeito
1-Identificação do Sujeito Caracterizar o sujeito em relação às suas características.
2- Escala de Políticas e Práticas de Identificar a percepção do sujeito com relação a Práticas e
Recursos Humanos Políticas de Gestão de Pessoas. Esses são os antecedentes do
comprometimento nessa pesquisa
3- Escala do Comprometimento Identificar a percepção do Sujeito em relação às questões do
Organizacional Comprometimento Organizacional
4- Escala dos Princípios de Governança Identificar como o sujeito percebe as práticas de GC
Corporativa
Nº Construto Assertivas
Recrutamento e Os processos de recrutamento (externo e interno) de candidatos a ocuparem vagas na
1 Seleção organização onde eu trabalho são amplamente divulgados.
Recrutamento e Os processos seletivos da organização onde eu trabalho são disputados, atraindo pessoas
2 Seleção competentes.
Recrutamento e Os testes de seleção da organização onde eu trabalho são conduzidos por pessoas
3 Seleção capacitadas e imparciais.
4 Recrutamento e A organização onde eu trabalho utiliza-se de vários instrumentos de seleção (ex: entrevistas,
61
Seleção provas, etc.).
Recrutamento e A organização onde eu trabalho divulga aos candidatos informações a respeito das etapas e
5 Seleção critérios do processo seletivo.
Recrutamento e A organização onde eu trabalho comunica aos candidatos seu desempenho ao final do
6 Seleção processo seletivo.
7 Envolvimento A organização onde eu trabalho se preocupa com meu bem-estar.
8 Envolvimento A organização onde eu trabalho me trata com respeito e atenção.
A organização onde eu trabalho procura conhecer minhas necessidades e expectativas
Envolvimento
9 profissionais.
Envolvimento A organização onde eu trabalho estimula a minha participação nas tomadas de decisão e
10 resolução de problemas.
Envolvimento A organização onde eu trabalho reconhece o trabalho que faço e os resultados que apresento
11 (ex: elogios, matérias em jornais internos, etc.).
Envolvimento Na organização onde eu trabalho, os colaboradores e suas chefias desfrutam da troca
12 constante de informações para o bom desempenho das funções.
Envolvimento Na organização onde eu trabalho, há um clima de compreensão e confiança dos chefes em
13 relação aos seus colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, há um clima de confiança e cooperação entre os colegas
Envolvimento
14 de trabalho.
15 Envolvimento Na organização onde eu trabalho, há coerência entre discurso e prática gerenciais.
Treinamento,
Desenvolvimento A organização onde eu trabalho me ajuda a desenvolver as competências necessárias à boa
16 e Educação realização das minhas funções (ex: treinamentos, participação em congressos, etc.).
Treinamento,
Desenvolvimento Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e comportamentos aprendidos nos
17 e Educação treinamentos/eventos de que participo.
Treinamento,
Desenvolvimento
18 e Educação A organização onde eu trabalho estimula a aprendizagem e a produção de conhecimento.
Condições de
19 trabalho A organização onde eu trabalho preocupa-se com a minha saúde e qualidade de vida.
Condições de A organização onde eu trabalho me oferece benefícios básicos (ex: plano de saúde, auxílio
20 Trabalho transporte, auxílio alimentação, etc.).
Condições de Na organização onde eu trabalho, existem ações e programas de prevenção de acidentes e
21 Trabalho enfrentamento de incidentes.
Condições de A organização onde eu trabalho preocupa-se com a segurança de seus colaboradores,
22 Trabalho controlando o acesso de pessoas estranhas na empresa.
Condições de As instalações e as condições físicas (iluminação, ventilação, ruído e temperatura), do local
23 Trabalho onde eu trabalho, são ergonômicas (adequadas e confortáveis).
Avaliação de
Desempenho e A organização onde eu trabalho realiza avaliações de desempenho e competências
24 Competências periodicamente.
Avaliação de
Desempenho e Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho e competências subsidia as
25 Competências decisões sobre promoções e aumento de salário.
Avaliação de
Desempenho e Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho e competências subsidia a
26 Competências elaboração de um plano de desenvolvimento dos colaboradores.
Avaliação de
Desempenho e Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados da avaliação de desempenho e
27 Competências competências são discutidos com os colaboradores.
Avaliação de
Desempenho e Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados da avaliação de desempenho e
28 Competências competências são divulgados para os colaboradores.
Remuneração e A organização onde eu trabalho me oferece remuneração compatível com as minhas
29 Recompensas competências e formação/escolaridade.
62
Remuneração e Na organização onde eu trabalho, recebo incentivos (ex: promoções/funções comissionadas,
30 Recompensas bônus/prêmios/gratificações, etc.).
Remuneração e Na definição de seu sistema de recompensas, a organização onde eu trabalho considera as
31 Recompensas expectativas e sugestões de seus colaboradores.
Remuneração e Na organização onde eu trabalho, minha remuneração é influenciada pelos meus resultados.
32 Recompensas
Nº Construto Assertivas
Comprometimento Afetivo Eu seria muito feliz em dedicar o resto de minha carreira nesta
1
organização.
Comprometimento Afetivo Eu realmente sinto os problemas da organização como se fossem
2
meus.
Comprometimento Afetivo Eu não me sinto como uma pessoa de casa nesta organização.
3
Comprometimento Afetivo Eu não sinto um forte senso de integração com esta organização.
4
Comprometimento Afetivo Eu não me sinto emocionalmente vinculado a esta organização.
5
Comprometimento Afetivo Esta organização tem um imenso significado pessoal para mim.
6
Comprometimento Instrumental Na situação atual, ficar nesta organização é, na realidade, uma
7
necessidade mais do que um desejo.
Comprometimento Instrumental Mesmo que eu quisesse, seria muito difícil para eu deixar esta
8
organização agora.
Comprometimento Instrumental Se eu decidisse deixar esta organização agora, minha vida ficaria
9
bastante desestruturada.
Comprometimento Instrumental Eu acho que teria poucas alternativas se deixasse esta organização.
10
Comprometimento Instrumental Se eu já não tivesse dado tanto de mim nesta organização, eu poderia
11
pensar em trabalhar num outro lugar.
Comprometimento Instrumental Uma das poucas consequências negativas de deixar esta organização
12
seria a escassez de alternativas imediatas.
Comprometimento Normativo Eu não sinto obrigação de permanecer nesta organização.
13
Comprometimento Normativo Mesmo se fosse vantagem para mim, sinto que não seria certo deixar
14
esta organização agora.
Comprometimento Normativo Eu me sentiria culpado se deixasse esta organização agora.
15
Comprometimento Normativo Esta organização merece minha lealdade.
16
Comprometimento Normativo Eu não deixaria esta organização agora, porque tenho uma obrigação
17
moral com as pessoas daqui.
Comprometimento Normativo Eu devo muito a esta organização.
18
Nº Constructo Assertivas
A empresa onde trabalho mantém transparência das informações com os
1
Transparência funcionários.
A empresa onde trabalho mantém transparência das informações com os públicos
2
Transparência externos.
3 Transparência A empresa onde trabalho é ética com os funcionários.
4 Transparência A empresa onde trabalho é ética com os públicos externos.
Prestação de Na empresa onde trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de
5
Contas sua atuação com os funcionários.
Prestação de Na empresa onde trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de
6
Contas sua atuação com os stakeholders.
Na empresa onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com todos os
7
Equidade funcionários.
Na empresa onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com os públicos
8
Equidade externos.
Responsabilidade
9 A empresa onde trabalho é comprometida com as questões sociais e ambientais.
Corporativa
Responsabilidade Na empresa onde trabalho, os executivos e os conselheiros são comprometidos com a
10
Corporativa perenidade da empresa e a sua sustentabilidade.
A empresa onde trabalho é comprometida com a função social (criação de riquezas,
oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da mão de obra, estímulo ao
Responsabilidade
11 desenvolvimento científico por intermédio de tecnologia e melhoria da qualidade de
Corporativa
vida por meio de ações educativas, culturais, assistenciais e de defesa do meio
ambiente).
O questionário da pesquisa foi desenvolvido on-line, por meio do Survey Monkey. Para
preencher o questionário as pessoas foram convidadas via e-mail ou presencialmente. Ao
aceitarem a participação, o link era encaminhado. Por se tratar de empresas com Governança
Corporativa, a segurança dos sistemas de informática para circulação de links e informações
externas é mais rígida, o que impediu que o link fosse disseminado para outros funcionários
das empresas. O link da internet https://pt.surveymonkey.com/r/365XRGZ manteve o sigilo
das informações. As informações foram coletadas no período de 25/07/2016 a 28/10/2016.
64
3.5 Modelo da Pesquisa
Recrutamento e seleção
Envolvimento
Comprometimento afetivo
Treinamento, desenv. e
educação
Comprometimento
instrumental
Condições de trabalho
Comprometimento
normativo
Avaliação de desempenho e
competências
Remuneração e
recompensas
65
3.6 Procedimentos adotados para a análise dos dados
Para as análises, foram usados três programas, a saber: o Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS) versão 22 para a gestão do banco de dados; R com RStudio; o pacote
likert e, finalmente, o Mplus 7 para análise das variáveis latentes.
66
Figura 2 - Diagrama de Venn
Para Hair et al.(2009), como o Modelo de Equação Estrutural (MEE) é uma técnica de
análise multivariada, o instrumento possibilita a combinação de concepções de regressão
múltipla e da análise fatorial para estimar uma série de relações de dependência
simultaneamente.
De acordo com Pilati e Laros (2007), o Modelo de Equação Estrutural lida com
variáveis latentes, ou seja, não são observadas diretamente, mas decorrentes de indicadores
observáveis, como, por exemplo, itens de comportamento organizacional como o utilizado na
presente pesquisa. Sendo assim, para os autores Pilati e Laros (2007), a técnica vale-se de
―princípios teóricos e lógicos dos modelos psicométricos da análise fatorial e a lógica de teste
de equações múltiplas da econometria‖ e complementam ser uma técnica importante para
testar modelos teóricos em variadas áreas do conhecimento.
Deste modo, a utilização do Modelo de Equação Estrutural permite testar uma teoria,
medir o efeito direto e indireto das variáveis, analisar diferenças entre grupos, modelar
análises longitudinais e comparar modelos aninhados e não aninhados. Especificando a
67
utilidade, pode-se medir a força da predição/associação em modelos com múltiplas variáveis
dependentes, bem como verificar o ajuste do modelo, confirmando ou não o mesmo.
68
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo tem por objetivo apresentar as análises realizadas a partir dos dados da
amostra e está estruturado em dez subtópicos. O subcapítulo 4.1 mostra os Aspectos
Sociodemográficos da Amostra Estudada. Os subtópicos 4.2 e 4.3 falam sobre o construto
Políticas e Práticas de Recursos Humanos. O subcapítulo 4.2 apresenta a Análise Descritiva;
já o 4.3, a Análise Estatística e o 4.4,a Análise Fatorial.
Dessa forma, esse capítulo atende aos três objetivos específicos estabelecidos.
O objetivo desta seção é caracterizar a amostra estudada por meio dos Aspectos
Sociodemográficos, apresentados nas tabelas de 1 a 12.
69
De acordo com estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos – DIEESE (2015, p. 43) com dados de 2014, a taxa de participação
por faixa etária, segundo sexo e cor/raça, o percentual total de ocupação formal é de: 82,5%
para a faixa de 25 a 29; 84,0 % para a faixa de 30 a 39 anos e 81,2% para a faixa de 40 a 49
anos. Tais dados corroboram com os achados na pesquisa sobre a faixa etária dos
respondentes.
Tabela 2 - Gênero
Variáveis Percentual Número
Gênero
Feminino 58.1% 122
Masculino 41.9% 88
Total 100% 210
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Quanto ao gênero, 58,1% dos respondentes são do sexo feminino e 41,9% são do sexo
masculino, evidenciando a prevalência do sexo feminino na população pesquisada.
70
Empregado/Estagiando 89.5% 188
Total 100% 210
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Com relação ao vínculo empregatício, verificou-se que 89,5% dos sujeitos são
funcionários ou estagiários. Observa-se que 10,5% dos respondentes estão desempregados e
foram considerados para análise dos dados, tendo em vista que seu último vínculo
empregatício deu-se em empresa que adota as práticas de Governança Corporativa.
71
O terceiro indicador mais próximo da resposta de filho(s) é mãe/pai, quem reside com o
respondente, com 22% das respostas.
73
Tabela 12 - Se Teria Outro Trabalho
Variáveis Percentual Número
Se você não trabalhasse nessa
organização trabalharia onde?
Em uma outra organização em 27.6% 58
qualquer departamento/área.
Em uma outra organização na 54.8% 115
mesma profissão.
Montaria/criaria meu próprio negócio, 8.1% 17
esse negócio seria na área:
Não trabalharia. .5% 1
Teria outro negócio próprio. 9% 19
Total 100% 210
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Verificam-se, nessa questão, que 54,8% dos respondentes, mesmo trabalhando em
outra organização, permaneceriam na mesma profissão.
De acordo com Demo et al. (2014), os dados devem ser interpretados a saber: quanto
maior for o valor da média aritmética obtida, mais o respondente atesta sua concordância com
o conteúdo avaliado por um determinado fator. Assim, valores entre 1 e 2,9 expressam
discordância, ou seja, a política de Recursos Humanos apresentada não é percebida pelo
respondente. Tais valores podem significar desperdício de recursos ou problemas de falta de
comunicação empresarial. Os valores entre 3 e 3,9 indicam indiferença do respondente, e,
valores entre 4 e 5 são indicadores de concordância. Desta forma, quanto mais a média se
aproximar de 5, significa que o respondente percebe melhor as práticas de Recursos
Humanos, podendo torná-las mais efetivas. Os autores destacam que enquanto a média não
chegar a 5, é possível melhorias na gestão de Políticas de Recursos Humanos.
74
Tabela 13 - Análise Descritiva do Fator Recrutamento e Seleção
Fator Recrutamento e Seleção
DT DP N CP CT
Média DP
Itens % N % N % N % N % N
1) Os processos de
recrutamento (externo e
interno) de candidatos a
8.6% 18 14.8% 31 12.4% 26 42.4% 89 21.9% 46 3,54 1,23
ocuparem vagas na
organização, onde eu trabalho,
são amplamente divulgados.
2) Os processos seletivos da
organização, onde eu trabalho,
3.3% 7 11.4% 24 18.6% 39 45.7% 96 21.0% 44 3,70 1,03
são disputados, atraindo
pessoas competentes.
3) Os testes de seleção da
organização, onde eu trabalho,
3.3% 7 14.3% 30 13.8% 29 45.2% 95 23.3% 49 3,71 1,08
são conduzidos por pessoas
capacitadas e imparciais.
4) A organização, onde eu
trabalho, utiliza-se de vários
2.4% 5 11.9% 25 9.0% 19 48.1% 101 28.6% 60 3,89 1,03
instrumentos de seleção (ex:
entrevistas, provas, etc.).
5) A organização, onde eu
trabalho, divulga aos candidatos
informações a respeito das 3.8% 8 13.3% 28 15.7% 33 40.5% 85 26.7% 56 3,73 1,11
etapas e critérios do processo
seletivo.
6) A organização, onde eu
trabalho, comunica aos
7.6% 16 15.2% 32 14.8% 31 40.5% 85 21.9% 46 3,54 1,21
candidatos seu desempenho ao
final do processo seletivo.
Total 61 170 177 551 301
Média 3,68
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
A média geral do fator Recrutamento e Seleção foi de 3,68 (entre neutro a concordo
totalmente). De acordo com Demo et al. (2014), os valores entre 3 e 3,9 indicam indiferença
do respondente. Desta forma, infere-se que os respondentes não percebem de maneira
satisfatória ou têm pouco conhecimento do processo de recrutamento e seleção da empresa
onde trabalham ou trabalharam.
Para Dessler (2014), Chiavenato (2006) e Carvalho (1997), divulgar a vaga internamente
e/ou ao mercado de recursos humanos amplia as chances de atração de candidatos com
potencial de preencher as vagas. Analisando a assertiva 1 ―Os processos de recrutamento
(externo e interno) de candidatos a ocuparem vagas na organização, onde eu trabalho, são
amplamente divulgados‖, verifica-se como resultado uma ―neutralidade‖ nas respostas dos
sujeitos da pesquisa (média 3,54). Dessa forma, os dados demonstram que nem sempre há
ampla divulgação das vagas, podendo não atrair candidatos com potencial para ocuparem a
vaga ou dar oportunidade aos funcionários que nela trabalham. O desvio padrão 1,23 da
afirmativa é bem alto e indica desconcentração em torno da média, mas a maioria dos
entrevistados não percebe que há ampla divulgação das vagas interna ou externamente.
De acordo com Milkovich e Boudreau (2000), tanto o recrutamento quanto a seleção são
processos que objetivam atrair pessoas com a qualidade desejada para compor o quadro de
funcionários. Bezerra e Helai (2009) destacam que os ambientes competitivos levam as
empresas a focarem os processos de recrutamento e seleção em competências
comportamentais.
77
na percepção da maioria dos respondentes, não há transparência sobre as etapas e critérios do
processo seletivo.
Ainda para os autores Câmara, Guerra e Rodrigues (2003), os candidatos devem ser
informados quanto ao grau de conformidade ou não conformidade à vaga. Analisando a
assertiva 6 ―A organização, onde eu trabalho, comunica aos candidatos seu desempenho ao
final do processo seletivo‖, verifica-se como resultado ―neutralidade‖ nas respostas dos
sujeitos da pesquisa, com média 3,54. Os dados apontam que nem sempre os candidatos são
informados sobre o seu desempenho ao final do processo, demonstrando que muitos
processos não dão devolutiva aos participantes. Dessa forma, na opinião de Câmara, Guerra e
Rodrigues (2003), os resultados não são percebidos pelos colaboradores da pesquisa. A
afirmativa teve o desvio padrão 1,21, bem alto, indicando divergência em torno da média,
porém, para a maioria, a empresa não dá devolutiva sobre o desempenho do participante ao
final do processo.
78
14) Na organização onde eu
trabalho, há um clima de confiança e
2.9% 6 11.9% 25 15.2% 32 57.1% 120 12.9% 27 3,65 0,95
cooperação entre os colegas de
trabalho.
15) Na organização onde eu
trabalho, há coerência entre discurso 7.1% 15 20.0% 42 16.7% 35 49.0% 103 7.1% 15 3,29 1,09
e práticas gerenciais.
Total 91 292 282 940 285
Média 3,55
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
A menor média apresentou o resultado 3,29 e diz respeito à assertiva número15: ―Na
organização onde eu trabalho, há coerência entre discurso e práticas gerenciais‖. Esta média
dá indícios de que os funcionários não percebem de maneira satisfatória o que a empresa diz e
de fato pratica. De maneira geral, verifica-se que houve pouca diferença numérica entre as
médias.
Segundo Pádua e Honório (2013) e Faria e Schmitt (2007), alguns vínculos devem ser
construídos pelas empresas para a satisfação das necessidades de ordem objetiva, ou seja,
compensações e oportunidades de desenvolvimento profissional e subjetiva, ou seja,
reconhecimento, sentimento de pertencimento, integração e filiação de seus funcionários.
Analisando a assertiva 9: ―A organização, onde eu trabalho, procura conhecer minhas
necessidades e expectativas profissionais‖, verifica-se como resultado uma ―neutralidade ―
nas respostas, com média 3,44. Os dados demonstram que a maioria dos respondentes não
sente atenção por parte das organizações quanto às suas necessidades e expectativas
profissionais no tocante aos desafios profissionais e plano de carreira. O desvio padrão da
afirmativa 1,11 é alto e indica uma desconcentração em torno da média, porém, para a maioria
dos entrevistados, a organização não se interessa por suas necessidades e expectativas.
Para Senge (1998), a empresa deve propiciar um ambiente favorável para que as
pessoas participem das decisões. Analisando a assertiva 10: ―A organização, onde eu trabalho,
estimula a minha participação nas tomadas de decisão e resolução de problemas‖, verifica-se
como resultado ―neutralidade‖ nas respostas, com média3,57. O resultado demonstra que os
colaboradores das organizações que seguem os princípios de Governança Corporativa não se
sentem estimulados a participarem das decisões da corporação. Essa sensação pode promover
80
um sentimento de desestímulo e entender que a função do colaborador é somente aquela. No
mais, essa percepção pode indicar ao colaborador uma barreira em seu desenvolvimento
profissional. Dessa forma, as observações de Senge (1998) não são percebidas pelos
colaboradores estudados. O desvio padrão dessa assertiva foi de 1,10, também bem alto,
demonstrando divergências em torno da média, porém a maioria não se sente participante da
tomada de decisão.
Para Kramer e Faria (2007), a troca de informações e ideias, entre a equipe, leva os
componentes a responsabilizarem-se pelos resultados da empresa, com tendência em melhorar
o desempenho e o sentimento de vínculo com a empresa. Segundo Maggi (2006), o grupo, ao
perceber que pode cooperar, irá contribuir para o resultado, através de troca entre as pessoas,
reciprocidade nas relações e a comunicação mútua.
Dessa forma, os dados das assertivas 12, 13 e 14 demonstram que nem sempre os
colaboradores trocam informações com seus superiores e colegas que poderiam levar ao
melhor desempenho de suas atividades. Tal comportamento pode levar ao clima de
desconfiança e baixa cooperação entre seus membros, que, para Kramer e Faria (2007) e
Maggi (2006), são indicadores importantes para o relacionamento entre as pessoas e
desempenho das atividades.
82
18) A organização, onde eu
trabalho, estimula a aprendizagem 2.9% 6 11.4% 24 19.5% 41 47.1% 99 19.0% 40 3,68 1,00
e a produção de conhecimento.
Total 27 70 108 314 111
Media 3,65
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
A média geral dos fatores Treinamento, Desenvolvimento e Educação foi 3,65 (entre
―neutro‖ a ―concordo totalmente‖). De acordo com Demo et al. (2014), os valores entre 3 e
3,9 indicam indiferença do respondente. De maneira geral, os respondentes não percebem de
maneira satisfatória ou têm pouca percepção dos programas de Treinamento,
Desenvolvimento e Educação ofertados pelas empresas. Uma das razões pode ser que apenas
alguns funcionários sejam beneficiados com os programas de desenvolvimento ou a empresa
investe pouco no aprimoramento de seus colaboradores.
A menor média apresentou o resultado de 3,57 e diz respeito à assertiva número 16:
―A organização, onde eu trabalho, me ajuda a desenvolver as competências necessárias à boa
realização das minhas funções (ex: treinamentos, participação em congressos, entre outros)‖.
A razão da resposta pode ser pelo baixo investimento em desenvolvimento profissional
coerente com as competências técnicas e comportamentais requeridas pelo cargo para o
alcance dos resultados organizacionais.
83
Analisando a assertiva 16: ―A organização, onde eu trabalho, me ajuda a desenvolver
as competências necessárias à boa realização das minhas funções‖, verifica-se como resultado
―neutralidade‖ nas respostas, com média 3,57. Os dados demonstram que, para os
respondentes, nem sempre a organização está atenta ao processo de desenvolvimento de suas
competências podendo afetar o desempenho das atividades, ou seja, os apontamentos de
Gil(2011) e Coelho Júnior e Borges-Andrade (2008) não são percebidos pelos colaboradores.
Nesta afirmativa o desvio padrão 1,05 é alto, indicando uma desconcentração em torno da
média.
Pilati e Abbad (2005) discorrem que o treinamento deve ser duradouro e aprimorar o
desempenho nas atividades correlatas, bem como outras que exijam novas competências.
Analisando a assertiva 17: ―Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e
comportamentos aprendidos nos treinamentos/eventos de que participo‖, verifica-se como
resultado ―neutralidade‖ nas respostas, com média 3,71, bem próximo da opção ―concordo
parcialmente‖. Os dados apontam que nem sempre os entrevistados, ao participarem de
programas de Treinamento, Desenvolvimento e/ou Educação, conseguem ter aplicação prática
dos conhecimentos e comportamentos aprendidos nestes programas. Nessa afirmativa, o
desvio padrão 1,03 é alto, indicando divergência em relação à média, mas para a maioria dos
entrevistados os conhecimentos e comportamentos aprendidos não são aplicados no ambiente
no trabalho. Tal fato é complexo, observando os benefícios apontados por Pilati e Abbad
(2005) que o treinamento influi no desempenho das atividades. Tal resultado pode estar
relacionado, também, às questões de interesse pessoal em aplicar na prática o conteúdo
aprendido; oportunidades ofertadas pelo próprio trabalho em si; disponibilidade da empresa e
do gestor em aceitar novas concepções de trabalho.
A média geral do fator Condições de Trabalho foi 4,01, entre ―concordo parcialmente‖
e ―concordo totalmente‖. De acordo com Demo et al. (2014), os valores entre 4 e 5 são
indicadores de concordância. De maneira geral os respondentes percebem que a empresa
preocupa-se em oferecer um ambiente com boas condições de trabalho.
Demo et al. (2011) destacam o quão importante são os benefícios oferecidos aos
funcionários, levando a boas condições de trabalho. Analisando a assertiva 20: ―A
organização, onde eu trabalho, me oferece benefícios básicos‖, verifica-se como resultado a
concordância da afirmativa, com média 4,38. Os dados demonstram que a organização
oferece benefícios que são reconhecidos de maneira favorável pelos respondentes.
86
conhecimentos desses programas. Partindo do pressuposto que são grandes organizações e
que por força de lei precisam ter esses programas instituídos, é possível inferir que falta
informação sobre os programas. Provável falta de envolvimento dos funcionários com essas
iniciativas das organizações. O desvio padrão 1,05 é alto e representa divergência em torno da
média.
A menor média apresentou o resultado de 3,33 e refere-se à assertiva número 26: ―Na
organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho e competências subsidia a
elaboração de um plano de desenvolvimento dos colaboradores‖. Possivelmente, os
funcionários não reconhecem nas práticas gerenciais o resultado aplicado das avaliações.
88
parcialmente‖, grau 4. Os dados demonstram que, para os entrevistados, as avaliações de
competências e desempenho nem sempre ocorrem periodicamente ou com a mesma
frequência, podendo fazer com que as pessoas tenham poucas informações sobre possíveis
melhorias, que poderiam ser empregadas em suas atividades. Essa falta de avaliação pode ser
um elemento relevante nas organizações, pois a avaliação, segundo Lucena (1992), alinha os
comportamentos do sujeito aos objetivos estratégicos da organização. O desvio padrão 1,16 é
bem alto e indica desconcentração em torno da média, porém, para a maioria dos
respondentes, não há periodicidade na aplicação da avaliação de desempenho e competências.
89
acontecem na visão dos sujeitos da pesquisa. Outros fatores que não o processo de avaliação
de desempenho são relevantes nas decisões gerenciais dos colaboradores.
Para Brandão e Guimarães (2001), o processo de avaliação deve ser bilateral, chefe e
subordinado discutem o desempenho do subordinado. Analisando a assertiva 27: ―Na
organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados da avaliação de desempenho e
competências são discutidos com os colaboradores‖, verifica-se como resultado
―neutralidade‖ nas respostas, com média 3,48. Os dados demonstram que nem sempre os
critérios e os resultados decorrentes da Avaliação de Desempenho e Competências são
discutidos com os avaliados. Dessa forma não permitindo, em alguns casos, ajustar possíveis
desvios entre o que é entregue pelo funcionário e as metas estipuladas pela área. A afirmativa
teve desvio padrão 1,17, bem alto, indicando divergência em torno da média. Observa-se que
os apontamentos de Brandão e Guimarães (2001) não são percebidos pelos colaboradores
90
29) A organização, onde eu
trabalho, me oferece
remuneração compatível com 5.2% 11 17.6% 37 11.4% 24 49.5% 104 16.2% 34 3,54 1,12
as minhas competências e
formação/escolaridade.
30) Na organização onde eu
trabalho, recebo incentivos
(exemplo: promoções/funções
12.4% 26 20.0% 42 17.6% 37 37.6% 79 12.4% 26 3,18 1,24
comissionadas,
bônus/prêmios/gratificações,
etc.).
31) Na definição de seu
sistema de recompensas, a
organização, onde eu trabalho,
7.1% 15 21.0% 44 28.6% 60 36.7% 77 6.7% 14 3,15 1,05
considera as expectativas e
sugestões de seus
colaboradores.
32) Na organização onde eu
trabalho, minha remuneração é
13.3% 28 19.0% 40 19.0% 40 36.2% 76 12.4% 26 3,15 1,25
influenciada pelos meus
resultados.
Total 80 163 161 336 100
Média 3,25
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
A menor média apresentou o resultado de 3,15 e foi igual para as assertivas 31: ―Na
definição de seu sistema de recompensas, a organização, onde eu trabalho, considera as
expectativas e sugestões de seus colaboradores‖ e 32: ―Na organização onde eu trabalho,
minha remuneração é influenciada pelos meus resultados‖. A razão para os resultados pode
ser pela falta de orientação aos funcionários, quanto ao que é considerado para a formação da
remuneração e recompensas.
91
As assertivas deste construto detiveram-se a investigar se a remuneração é compatível
com as competências; se recebe incentivos; se as expectativas dos colaboradores são
consideradas e se a remuneração é influenciada pelo resultado.
92
dados revelam que, na percepção dos entrevistados, a empresa não considera as expectativas e
não há abertura para que os funcionários possam sugerir atributos para a composição do
sistema de recompensas. Infere-se que há prevalência do sistema de remuneração, no qual o
cargo é a referência para o estabelecimento dos planos de cargos e salários, conforme
explicitado por Rodrigues (2006). O desvio padrão 1,05 é alto e indica desconcentração em
torno da média.
Por fim, visando facilitar a informação dos dados agregados na variável Escala das
Políticas e Práticas de Recursos Humanos, o gráfico 1 mostra o grau de concordância obtido
na pesquisa (do maior para o menor). Observam-se à esquerda os números das assertivas
precedidos da letra ―y‖. Em seguida, à esquerda, a parte em laranja, representa o grau de
discordância. Logo após, em verde, à direita, o grau de concordância sobre as políticas.
93
Gráfico 1 - Grau de Concordância às Políticas e Práticas de Recursos Humanos
94
com 77% das respostas, refere-se ao fator Recrutamento e Seleção (R&S). Esses dados
mostram certa atenção dos colaboradores, mesmo estando dentro dessas organizações.
Por outro modo, as cinco assertivas que tiveram o maior grau de concordância entre as
escalas ―discordo parcialmente‖ e ―discordo totalmente‖ foram: ―y31‖ ―Na definição de seu
sistema de recompensas, a organização, onde eu trabalho, considera as expectativas e
sugestões de seus colaboradores‖, com 28% das respostas. Esta assertiva também teve um alto
índice na escala ―neutro‖ com 29% das respostas; “y32‖ ―Na organização, onde eu trabalho,
minha remuneração é influenciada pelos meus resultados‖, com 32% das respostas; ―y30‖
―Na organização, onde eu trabalho, recebo incentivos (exemplo: promoções/funções
comissionadas, bônus/prêmios/gratificações, dentre outros)‖, com 30% das respostas. Essas
assertivas referem-se ao fator Remuneração e Recompensas (REC).Esses dados mostram que
os colaboradores são menos favoráveis ao sistema de Remuneração e Recompensas praticados
nessas organizações.
Nas tabelas de 19 a 29serão apresentadas as análises das médias dos fatores da Escala
de Políticas e Práticas de Recursos Humanos (EPPRH), a saber: Recrutamento e Seleção
(R&S); Envolvimento (ENV); Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E);
Condições de Trabalho (CT); Avaliação de Desempenho e Competências (ADC); e
Remuneração e Recompensas (REC)) com as variáveis sociodemográficas: faixa etária;
gênero; estado civil; vínculo empregatício; formação; com quem reside; dependentes
econômicos; atividade remunerada paralela; ramo de atividade; último cargo; tempo de
95
serviço; se teria outro trabalho; e pessoas que residem com o respondente, para verificar se há
ou não diferença estatisticamente significativa entre as médias das políticas e as variáveis.
Para isso foram realizados os testes de Análise de Variância (ANOVA unidirecional) e o
Teste T para as amostras independentes.
De 21 a
30 anos 116,95 23,00 31,71 11,10 20,51 17,86 12,78
De 31 a
40 anos 118,87 22,35 32,28 11,28 20,98 18,13 13,85
De 41 a
50 anos 115,11 22,22 32,44 10,94 19,39 17,39 12,72
De 51 a
60 anos 118,80 23,80 31,60 11,40 19,20 18,80 14,00
Acima de
60 anos 115,13 22,39 32,13 10,78 19,74 16,91 13,17
96
Tabela 21 - ANOVA da Variável “Estado Civil e Fatores EPPRH”
Estado Políticas Recrutamento Envolvimento Treinamento, Condições de Avaliação de Remuneração
Civil Médias e Seleção Média Desenvolvimento e Trabalho Desempenho e e
Média Educação Média Competências Recompensas
Média Média Média
Solteiro 113,26 21,61 31,42 10,70 19,67 17,16 12,70
Casado 119,08 22,77 32,97 11,28 20,55 18,09 13,41
Separado 106,25 17,50 29,50 8,50 21,00 17,75 12,00
Viúvo 106,25 17,50 29,50 8,50 21,00 17,75 12,00
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
A análise do Teste T revela que não houve diferença estatisticamente significativa entre
as médias das políticas na variável ―Vínculo Empregatício‖.
97
Tabela 24 - ANOVA da Variável “Dependentes Econômicos e Fatores EPPRH”
Dependentes Políticas Recrutamento Envolvimento Treinamento, Condições Avaliação de Remuneração e
Médias e Seleção Média Desenvolvimento de Trabalho Desempenho e Recompensas
Econômicos
Média e Educação Média Competências Média
Média Média
98
respondentes da categoria Serviços Financeiros têm maior atenção nas políticas em relação
aos respondentes das demais categorias.
100
Para a definição do número de fatores, foi realizado o teste de ajuste do modelo
conforme apresentado na Tabela 31: Ajuste do Modelo.
Tabela 32 - Fatores
Fator Fator Fator
Assertiva
1 2 3
Os processos seletivos da organização, onde eu trabalho, são disputados,
2 0.694 0,147 0,024
atraindo pessoas competentes.
A organização, onde eu trabalho, divulga aos candidatos informações a respeito
5 0.674 0,263 -109
das etapas e critérios do processo seletivo.
Os processos de recrutamento (externo e interno) de candidatos a ocuparem
1 0.572 0,153 -0,037
vagas na organização, onde eu trabalho, são amplamente divulgados.
A organização, onde eu trabalho, utiliza-se de vários instrumentos de seleção
4 0.532 0.320 0,012
(ex: entrevistas, provas, etc.).
Os testes de seleção da organização, onde eu trabalho, são conduzidos por
3 0.524 0.388 0,032
pessoas capacitadas e imparciais.
A organização, onde eu trabalho, comunica aos candidatos seu desempenho ao
6 0.515 0.332 -0,125
final do processo seletivo.
A organização, onde eu trabalho, me oferece benefícios básicos (ex: plano de
20 0.500 -0,095 0.379
saúde, auxílio transporte, auxílio alimentação, etc.).
A organização, onde eu trabalho, preocupa-se com a segurança de seus
22 0.476 -0,016 0.325
colaboradores, controlando o acesso de pessoas estranhas na empresa.
Na organização onde eu trabalho, existem ações e programas de prevenção de
21 0.445 0,016 0.452
acidentes e enfrentamento de incidentes.
As instalações e as condições físicas (iluminação, ventilação, ruído e
23 temperatura) do local, onde eu trabalho, são ergonômicas (adequadas e 0.341 0,064 0.340
confortáveis).
Na organização onde eu trabalho, há um clima de compreensão e confiança dos
13 -109 1.014 -0,063
chefes em relação aos seus colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, os colaboradores e suas chefias desfrutam da -
12 0.952 0,018
troca constante de informações para o bom desempenho das funções. 0.185*
Na organização onde eu trabalho, há coerência entre discurso e prática
15 -0,066 0.777 -0,01
gerenciais.
8 A organização, onde eu trabalho, me trata com respeito e atenção. 0.278* 0.769 -0,025
Na organização onde eu trabalho, há um clima de confiança e cooperação entre
14 0,007 0.739 -0,094
os colegas de trabalho.
A organização, onde eu trabalho, procura conhecer minhas necessidades e
9 0,011 0.738 0.188
expectativas profissionais.
A organização, onde eu trabalho, estimula a aprendizagem e a produção de
18 0.138 0.724 0,095
conhecimento.
101
7 A organização, onde eu trabalho, se preocupa com meu bem-estar. 0.286 0.722 0,006
A organização, onde eu trabalho, estimula a minha participação nas tomadas de
10 0,002 0.635 0.222
decisão e resolução de problemas.
Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e comportamentos
17 0.200* 0.624 0.160
aprendidos nos treinamentos/eventos de que participo.
A organização, onde eu trabalho, me ajuda a desenvolver as competências
16 necessárias à boa realização das minhas funções (ex: treinamentos, participação 0.219 0.610 0.122
em congressos, etc.).
A organização onde eu trabalho reconhece o trabalho que faço e os resultados
11 0,065 0.601 0.216
que apresento (ex: elogios, matérias em jornais internos, etc.).
A organização, onde eu trabalho, preocupa-se com a minha saúde e qualidade
19 0.273 0.544 0.175
de vida.
Na organização onde eu trabalho, minha remuneração é influenciada pelos
32 -0,04 0.476 0.309
meus resultados.
Na definição de seu sistema de recompensas, a organização, onde eu trabalho,
31 -0,137 0.416 0.498
considera as expectativas e sugestões de seus colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, recebo incentivos (exemplo:
30 -0,013 0.356 0.397
promoções/funções comissionadas, bônus/prêmios/gratificações, etc.).
A organização, onde eu trabalho, me oferece remuneração compatível com as
29 0.212 0.329 0.230
minhas competências e formação/escolaridade.
Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho e competências
25 -0,01 0,212 0.750
subsidia as decisões sobre promoções e aumento de salário.
Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho e competências
26 0,024 0,148 0.793
subsidia a elaboração de um plano de desenvolvimento dos colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados da avaliação de
27 0.112 0,038 0.841
desempenho e competências são discutidos com os colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados da avaliação de
28 0.253 -0,043 0.787
desempenho e competências são divulgados para os colaboradores.
A organização, onde eu trabalho, realiza avaliações de desempenho e
24 0.266 0,031 0.670
competências periodicamente.
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Fator 1: Transparência
102
Tabela 33 - Frequência de Respostas e % Atribuídas às Assertivas
DT DP N CP CT
Média DP
Itens % N % N % N % N % N
2) Os processos seletivos da
organização, onde eu trabalho,
3.3% 7 11.4% 24 18.6% 39 45.7% 96 21.0% 44 3,70 1,03
são disputados, atraindo
pessoas competentes.
5) A organização, onde eu
trabalho, divulga aos candidatos
informações a respeito das 3.8% 8 13.3% 28 15.7% 33 40.5% 85 26.7% 56 3,73 1,11
etapas e critérios do processo
seletivo.
1) Os processos de
recrutamento (externo e
interno) de candidatos a
8.6% 18 14.8% 31 12.4% 26 42.4% 89 21.9% 46 3,54 1,23
ocuparem vagas, na
organização onde eu trabalho,
são amplamente divulgados.
4) A organização, onde eu
trabalho, utiliza-se de vários
2.4% 5 11.9% 25 9.0% 19 48.1% 101 28.6% 60 3,89 1,03
instrumentos de seleção (ex:
entrevistas, provas, etc.).
3) Os testes de seleção da
organização, onde eu trabalho,
3.3% 7 14.3% 30 13.8% 29 45.2% 95 23.3% 49 3,71 1,08
são conduzidos por pessoas
capacitadas e imparciais.
6) A organização, onde eu
trabalho, comunica aos
7.6% 16 15.2% 32 14.8% 31 40.5% 85 21.9% 46 3,54 1,21
candidatos seu desempenho ao
final do processo seletivo.
20) A organização, onde eu
trabalho, me oferece benefícios
básicos (ex: plano de saúde, 1.0% 2 4.3% 9 6.7% 14 32.4% 68 55.7% 11 4,38 0,86
auxílio transporte, auxílio
alimentação, etc.).
22) A organização, onde eu
trabalho, preocupa-se com a
segurança de seus
colaboradores, controlando o
1.4% 3 6.7% 14 9.5% 20 37.6% 79 44.8% 94 4,18 0,95
acesso de pessoas estranhas na
empresa.
21) Na organização onde eu
trabalho, existem ações e
programas de prevenção de 2.4% 5 10.0% 21 14.3% 30 38.1% 80 35.2% 74 3,94 1,05
acidentes e enfrentamento de
incidentes.
23) As instalações e as
condições físicas (iluminação,
ventilação, ruído e temperatura)
do local, onde eu trabalho, são
3.8% 8 9.0% 19 9.5% 20 48.1% 101 29.5% 62 3,90 1,04
ergonômicas (adequadas e
confortáveis).
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
103
Os sujeitos desses fatores são mais atentos ao o processo de Transparência das
organizações em seus processos. De acordo com a assertiva (2), uma grande maioria concorda
em parte que os processos seletivos atraem as melhores pessoas à organização.
A assertiva (5) mostra que o Recrutamento e Seleção (R&S) nem sempre tem as suas
fases detalhadas descritas. Os sujeitos desse fator percebem que as novas vagas não são tão
divulgadas quanto deveriam ser. Isso denota que o surgimento da vaga pode ter alguma
manipulação dos superiores ou pouco disponibilizadas para o público interno.
Fator 2: Comunicação
Itens % N % N % N % N % N
13) Na organização onde eu
trabalho, há um clima de
compreensão e confiança dos 3.8% 8 14.3% 30 17.6% 37 54.3% 114 10.0% 21 3,52 0,98
chefes em relação aos seus
colaboradores.
12) Na organização onde eu
trabalho, os colaboradores e suas
chefias desfrutam da troca 5.7% 12 19.5% 41 13.3% 28 51.9% 109 9.5% 20 3,40 1,08
constante de informações para o
bom desempenho das funções.
15) Na organização onde eu
trabalho, há coerência entre 7.1% 15 20.0% 42 16.7% 35 49.0% 103 7.1% 15 3,29 1,09
discurso e prática gerenciais.
8) A organização, onde eu
trabalho, me trata com respeito e 3.3% 7 8.1% 17 11.0% 23 49.5% 104 28.1% 59 3,91 1,01
atenção.
104
14) Na organização onde eu
trabalho, há um clima de confiança
2.9% 6 11.9% 25 15.2% 32 57.1% 120 12.9% 27 3,65 0,95
e cooperação entre os colegas de
trabalho.
9) A organização, onde eu
trabalho, procura conhecer minhas
5.7% 12 18.1% 38 15.7% 33 47.1% 99 13.3% 28 3,44 1,11
necessidades e expectativas
profissionais.
18) A organização, onde eu
trabalho, estimula a aprendizagem 2.9% 6 11.4% 24 19.5% 41 47.1% 99 19.0% 40 3,68 1,00
e a produção de conhecimento.
7) A organização, onde eu
trabalho, se preocupa com meu 3.3% 7 14.3% 30 11.4% 24 47.1% 99 23.8% 50 3,74 1,08
bem-estar.
10) A organização, onde eu
trabalho, estimula a minha
4.3% 9 16.7% 35 15.2% 32 45.2% 95 18.6% 39 3,57 1,10
participação nas tomadas de
decisão e resolução de problemas.
17) Eu consigo aplicar no meu
trabalho os conhecimentos e
comportamentos aprendidos nos 4.3% 9 10.5% 22 14.8% 31 51.0% 107 19.5% 41 3,71 1,03
treinamentos/eventos de que
participo.
16) A organização, onde eu
trabalho, me ajuda a desenvolver as
competências necessárias à boa
5.7% 12 11.4% 24 17.1% 36 51.4% 108 14.3% 30 3,57 1,05
realização das minhas funções (ex:
treinamentos, participação em
congressos, etc.).
11) A organização, onde eu
trabalho, reconhece o trabalho que
faço e os resultados que apresento 7.1% 15 16.2% 34 18.1% 38 46.2% 97 12.4% 26 3,40 1,12
(ex: elogios, matérias em jornais
internos, etc.).
105
Os sujeitos deste fator estão mais atentos aos processos de comunicação no ambiente
de trabalho. Para muitos, há um clima de confiança e troca de informações entre a gerência e
os colegas de trabalho, resultando em bom desempenho das atividades, conforme as assertivas
13 e 12. Na assertiva 15, observa-se que em alguns momentos o discurso não corresponde à
realidade prática.
Fator 3: Carreira
107
5) Eu não me sinto
emocionalmente vinculado a esta
organização. 20,5% 43 40,0% 84 11,4% 24 19,5% 41 8,6% 18 2,56 1,25
6) Esta organização tem um
imenso significado pessoal para
mim. 4,8% 10 12,4% 26 16,2% 34 41,4% 87 25,2% 53 3,70 1,12
Total 156 330 195 387 192
Média 3,10
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
108
seria um fator de impedimento para deixá-la. O desvio padrão 1,24 é bem alto e representa
divergência em torno da média, porém, a maioria dos entrevistados não estaria disposta a
dedicar o resto da carreira na mesma organização.
Analisando a assertiva 3 ―Eu não me sinto como uma pessoa de casa nesta
organização‖, verifica-se como resultado o grau de ―discordância parcial‖ na afirmação, com
média 2,71. Os dados revelam que os entrevistados se sentem identificados com a empresa
(caracterizado aqui como uma ―pessoa de casa‖), levando-os à percepção de pertencimento na
organização. Nesta afirmativa o desvio padrão 1,27 é bem alto, porém, a maioria dos
entrevistados expressa o sentimento de familiaridade com o ambiente organizacional.
Analisando a assertiva 4 ―Eu não sinto um forte senso de integração com esta
organização‖, verifica-se como resultado o grau de ―discordância parcial‖ na afirmação, com
média 2,61. Os dados denotam que os entrevistados sentem-se como ―parte integrante do
ambiente organizacional‖. A afirmativa apresenta o desvio padrão 1,21 que é bem alto,
indicando desconcentração ao redor da média, mas a maioria dos respondentes sente-se
integrada à organização.
109
Analisando a assertiva 5 ―Eu não me sinto emocionalmente vinculado a esta
organização‖, verifica-se como resultado o grau de ―discordância parcial‖ na afirmação, com
média 2,56. Tal resultado indica que os muitos sujeitos da pesquisa estabelecem vínculo
emocional com a empresa, na qual estão vinculados. Na afirmativa, o desvio padrão 1,25 é
bem alto, indicando divergência em torno da média.
110
12) Uma das poucas
consequências negativas de
deixar esta organização seria 10,0% 21 26,2% 55 18,6% 39 34,8% 73 10,5% 22 3,10 1,19
a escassez de alternativas
imediatas.
Total 127 400 203 364 166
Média 3,04
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
111
analisado nessa pesquisa. Na afirmativa o desvio padrão 1,26 é bem alto e indica uma
desconcentração em torno da média.
Botelho e Paiva (2011) discorrem sobre aspectos que são levados em consideração
pelos funcionários quanto às incertezas em permanecer no ambiente de trabalho, alguns se
referem à convicção da perda dos esforços empregados para chegarem no ponto estão na
empresa, tempo de dedicação e investimentos para o desenvolvimento de suas capacidades
para chegarem aos seus status atuais. Analisando a assertiva 11 ―Se eu já não tivesse dado
tanto de mim nesta organização, eu poderia pensar em trabalhar num outro lugar‖ verifica-se
como resultado uma ―discordância parcial‖ na afirmação, com média 2,52. Para a maioria dos
entrevistados os esforços dispendidos como: tempo, dedicação e o desenvolvimento de suas
competências em prol dos resultados não seriam impeditivos para deixar a empresa. O desvio
padrão 1,09 é bem alto e indica desconcentração em torno da média, mas para a maioria dos
respondentes, mesmo com os investimentos pessoais dirigidos para o trabalho, eles iriam
trabalhar em outro lugar.
113
18) Eu devo muito a esta
6,2% 13 16,7% 35 26,7% 56 36,2% 76 14,3% 30 3,36 1,11
organização.
Total 140 303 250 401 166
Média 3,12
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
A menor média apresentou o resultado de 2,59 e refere-se à assertiva número 15: ―Eu
me sentiria culpado se deixasse esta organização agora‖, com maior concordância entre as
respostas, sendo a escala mais assinalada ―discordo parcialmente‖. Pode-se inferir que, se
surgisse uma oportunidade de sair da organização, a pessoa consideraria esta possibilidade.
Segundo Siqueira e Gomide Jr. (2004), a ação do funcionário está em torno da crença
em estar em consonância com o que é aceito e correto pelo meio em que está inserido. O
114
conjunto de valores partilhados representa a força para normatizar procedimentos e os atos de
conduta e violar o dever moral que gera sentimento de culpa.
Analisando a assertiva 14 ―Mesmo se fosse vantagem para mim, sinto que não seria
certo deixar esta organização agora‖, verifica-se como resultado uma ―discordância parcial‖
na afirmação, com média 2,90. Analisando os dados, denota-se que na percepção dos
respondentes: deixar a empresa não passaria pelo julgamento de certo ou errado em relação à
consonância com a empresa e sim um comportamento do que seria mais favorável para eles.
A afirmativa tem o desvio padrão 1,21, que é bem alto em relação à média, porém, a maioria
dos entrevistados levaria em consideração o que é mais vantajoso para si.
115
assertiva 17―Eu não deixaria esta organização agora, porque tenho uma obrigação moral com
as pessoas daqui‖, verifica-se como resultado uma ―discordância parcial‖ na afirmação com
média 2,80. A análise dos dados indica que na percepção do entrevistado ele não sente
obrigação moral em permanecer na empresa. Pode-se inferir que ele tem mais consciência do
seu papel enquanto funcionário da empresa e não é totalmente influenciado pelo ambiente. A
afirmativa tem desvio padrão 1,22 que é bem alto e indica uma divergência em torno da
média, porém, para a maioria dos respondentes, permanecer na empresa não está vinculado à
obrigação moral.
116
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
117
Por outro modo, as cinco assertivas, que tiveram o maior grau de concordância entre
as escalas ―discordo parcialmente‖ e ―discordo totalmente‖, foram: ―w11‖ ―Se eu já não
tivesse dado tanto de mim nesta organização, eu poderia pensar em trabalhar num outro
lugar‖, com 60% das respostas e refere-se ao indicador ―Comprometimento Instrumental‖;
―w15‖ ―Eu me sentiria culpado se deixasse esta organização agora‖, com 56% das respostas e
refere-se ao indicador ―Comprometimento Normativo‖; ―w5‖ ―Eu não me sinto
emocionalmente vinculado a esta organização‖, com 60% das respostas e refere-se ao
indicador ―Comprometimento Afetivo‖; ―w4‖ ―Eu não sinto um forte senso de integração
com esta organização‖, com 57% das respostas e refere-se ao indicador ―Comprometimento
Afetivo‖ e ―w17‖ ―Eu não deixaria esta organização agora, porque tenho uma obrigação
moral com as pessoas daqui‖, com (45%) das respostas e refere-se ao indicador
―Comprometimento Normativo‖.
119
A análise do Teste T para amostras independentes revela que houve diferença
estaticamente significativa na média das pessoas empregadas e desempregadas na dimensão
Comprometimento Normativo. Uma das razões pode ser pelo fato do respondente estar
desempregado.
120
Tabela 45 - Teste T da Variável Outra Atividade Empresarial e Indicadores de
Comprometimento
Outra Atividade Indicadores Comprometimento Comprometimento Comprometimento
Empresarial Médias Afetivo Instrumental Normativo
Média Média Média
Sim 54,64 17,96 17,96 18,72
Não 55,65 18,70 18,23 18,71
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
121
Tabela 48 - ANOVA da Variável Tempo de Serviço e Indicadores de Comprometimento
Tempo de Indicadores Comprometimento Comprometimento Comprometimento
Serviço Médias Afetivo Instrumental Normativo
Média Média Média
0 a 1 ano 56,03 18,88 18,22 18,93
2 a 3 anos 54,55 18,40 18,13 18,02
4 a 6 anos 53,76 17,88 17,74 18,15
7 a 9 anos 55,88 18,42 19,06 18,39
Mais de 10 anos 57,31 19,31 17,92 20,08
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
122
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Tabela 52 - Fatores
Fator Fator
Assertivas 1 2
5 Eu não me sinto emocionalmente vinculado a esta organização. 0,828 0,507
2 Eu realmente sinto os problemas da organização como se fossem meus. 0,808 0,506
3 Eu não me sinto como uma pessoa de casa nesta organização. 0,792 0,668
4 Eu não sinto um forte senso de integração com esta organização. 0,738 0,599
6 Esta organização tem um imenso significado pessoal para mim. 0,709 0,495
1 Eu seria muito feliz em dedicar o resto de minha carreira nesta organização. 0,688 0,401
8 Mesmo que eu quisesse, seria muito difícil deixar esta organização agora. 0,681 0,912
Na situação atual, ficar nesta organização é, na realidade, uma necessidade mais do que um
7 0,667 0,878
desejo.
Uma das poucas consequências negativas de deixar esta organização seria a escassez de
12 0,407 0,868
alternativas imediatas.
9 Se eu decidisse deixar esta organização agora, minha vida ficaria bastante desestruturada. 0,565 0,861
13 Eu não sinto obrigação de permanecer nesta organização. 0,352 0,860
18 Eu devo muito a esta organização. 0,650 0,856
10 Eu acho que teria poucas alternativas se deixasse esta organização. 0,492 0,791
Se eu já não tivesse dado tanto de mim nesta organização, eu poderia pensar em trabalhar
11 0,528 0,773
num outro lugar.
123
Eu não deixaria esta organização agora, porque tenho uma obrigação moral com as pessoas
17 0,670 0,827
daqui.
16 Esta organização merece minha lealdade. 0,701 0,798
15 Eu me sentiria culpado se deixasse esta organização agora. 0,402 0,719
14 Mesmo se fosse vantagem para mim, sinto que não seria certo deixar esta organização agora. 0,398 0,678
Fonte: Dados da Pesquisa, 2017.
Fator 1: Envolvimento
Os sujeitos deste fator estão mais atentos ao processo envolvimento nas organizações.
A assertiva 5 denota que a grande maioria estabelece um vínculo emocional com a
organização, levando-os a, em muitos momentos, perceberem os problemas da empresa como
se fossem seus, observado na assertiva 2.
124
Alguns expressam o sentimento de pertencimento e integração ao ambiente
organizacional, demonstrado pelas assertivas 3 e 4. Assim, como apresentado na assertiva 6,
para muitos a empresa tem um significado pessoal.
Fator 2: Permanência
Para muitos, deixar a empresa faria com que sua vida pessoal ficasse desestruturada,
como demonstrado na assertiva 12. Esta percepção não se relaciona com o sentimento de
obrigação em permanecer, haja vista a assertiva 13.
3) A empresa, onde
trabalho, é ética com os
funcionários. 2,4% 5 10,0% 21 12,9% 27 48,1% 101 26,7% 56 3,87 1
4) A empresa, onde
trabalho, é ética com os
públicos externos. 1,4% 3 7,6% 16 15,2% 32 48,6% 102 27,1% 57 3,92 0,93
Total 35 93 139 388 185
Média 3,71
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
127
Analisando a assertiva 2 ―A empresa, onde trabalho, mantém transparência das
informações com os públicos externos‖ avaliou essa transparência com o público externo. O
resultado foi uma ―neutralidade‖ na afirmação, média 3,52. O desvio padrão é 1,11 é alto e
representa divergência em torno da média. Esses dados indicam que os colaboradores não
percebem essa transparência com os colaboradores e nem ao mesmo da empresa com o
público externo.
O indicador é composto por duas assertivas. A assertiva número 6: ―Na empresa onde
trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de sua atuação com os
stakeholders‖ com maior concordância entre as respostas, com a maior média de 3,42. A
escala mais assinalada foi ―neutro‖.
128
funcionários‖, com maior concordância entre as respostas, sendo a escala mais assinalada
―concordo parcialmente‖.
Os dados das assertivas 5 e 6 denotam que os entrevistados têm pouca percepção sobre
o quanto os agentes de governança prestam contas de sua atuação aos agentes . Pode ser pelo
fato de ter pouco conhecimento sobre as responsabilidades de trabalho das demais áreas da
empresa, dessa forma, tenha pouca clareza de que esta ação ocorre na empresa pelas áreas
designadas.
Indicador - Equidade
DT DP N CP CT
Média DP
Item % N % N % N % N % N
7) Na empresa onde trabalho, o
tratamento é justo e igualitário 11,0% 23 20,0% 42 16,7% 35 41,4% 87 11,0% 23 3,21 1,2
com todos os funcionários.
8) Na empresa onde trabalho, o
tratamento é justo e igualitário 4,3% 9 12,4% 26 24,3% 51 41,4% 87 17,6% 37 3,56 1,1
com os públicos externos.
129
Total 32 68 86 174 60
Média 3,39
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
O indicador é composto por duas assertivas. A assertiva número 8: ―Na empresa onde
trabalho os agentes de Governança Corporativa prestam contas de sua atuação com os
stakeholders”, com maior concordância entre as respostas, com a maior média de 3,56. A
escala mais assinalada foi ―concordo parcialmente‖.
130
maioria dos entrevistados nem sempre têm a percepção de tratamento justo e igualitário com
os stakeholders.
131
por intermédio de tecnologia e melhoria da qualidade de vida por meio de ações educativas,
culturais, assistenciais e de defesa do meio ambiente).‖, com maior concordância entre as
respostas, sendo a escala mais assinalada ―concordo parcialmente.
133
Governança Corporativa‖. Pode-se inferir que os respondentes não participaram ou tiveram
pouca participação na implantação ou, quando foram contratados os processos, estavam
implantados.
Por fim, visando facilitar a informação dos dados agregados na variável ―Princípios de
Governança Corporativa, o gráfico 3 mostra o grau de concordância obtido na pesquisa.
Observa-se à esquerda, os números das assertivas precedidos da letra ―z‖. Em seguida à
esquerda, a parte em laranja, representa o grau de discordância. Logo após, em verde, à
direita, o grau de concordância sobre os Princípios de Governança Corporativa.
Por outro modo, as cinco assertivas, que tiveram o maior grau de concordância entre
as escalas ―discordo parcialmente‖ e ―discordo totalmente‖, foram: ―z6‖ ―Na empresa onde
trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de sua atuação com os
stakeholders‖, com 14% das respostas e refere-se ao indicador ―Prestação de Contas‖. Esta
assertiva também teve um alto índice na escala ―neutro‖ com 39% das respostas; ―z5‖ ―Na
empresa onde trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de sua atuação
com os funcionários‖, com (22%) das respostas e refere-se ao indicador ―Prestação de
Contas‖. Essa assertiva também teve um alto índice na escala ―neutro‖ com 30% das
respostas; ―z7‖ ―Na empresa onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com todos os
funcionários‖, com 31% das respostas e refere-se ao indicador ―Equidade‖; ―z8‖ ―Na empresa
onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com os públicos externos‖, com 17% das
respostas e refere-se ao indicador ―Equidade‖ e ―z2‖ ―A empresa, onde trabalho, mantém
transparência das informações com os públicos externos‖, com 31% das respostas e refere-se
ao indicador ―Transparência‖. Os dados denotam que os colaboradores têm pouca ciência de
que a empresa disponibiliza as informações e o tratamento imparcial.
Nas tabelas de 60 a 70 serão apresentadas as análises das médias dos indicadores dos
Princípios de Governança Corporativa, a saber: Transparência (TR); Prestação de Contas
(PC); Equidade (EQ) e Responsabilidade Corporativa (RC), com as variáveis
sociodemográficas (faixa etária; gênero; estado civil; vínculo empregatício; formação; com
quem reside; dependentes econômicos; atividade remunerada paralela; ramo de atividade;
135
último cargo; tempo de serviço; se teria outro trabalho; e pessoas que residem com o
respondente) para verificar se há ou não diferença estatisticamente significativa entre as
médias dos indicadores dos Princípios de Governança Corporativa e as variáveis. Para isso
foram realizados os testes de Análise de Variância (ANOVA unidirecional) e o Teste T para
as amostras independentes.
136
Tabela 62 - ANOVA da Variável Estado Civil e Indicadores dos Princípios de
Governança Corporativa
Estado Governança Transparência Prestação Equidade Resp.
Civil Médias Média de Contas Média Corporativa
Média Média
Solteiro 38.18 14.11 6.51 6.52 11.03
Casado 41.64 15.59 6.96 7.04 12.05
Separado 42.78 15.56 7.33 7.22 12.67
Viúvo 40.25 14.75 6.75 6.00 12.75
Significância * * *
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
137
resultados dos indicadores dos princípios de Governança Corporativa. Realizado o teste Post
Hoc Bonferroni constatou-se que em relação à Governança e à Transparência, as pessoas com
ensino médio e tecnólogo (2 ou 3 anos) tiveram resultado menor do que as pessoas que têm
pós-graduação.
138
Média Média
139
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
141
4.10 Análise Fatorial do Construto Princípios de Governança Corporativa
Tabela 72 - Fatores
Fator Fator
Assertivas
1 2
4 A empresa, onde trabalho, é ética com os públicos externos. 0,837 0,517
1 A empresa, onde trabalho, mantém transparência das informações com os funcionários. 0,811 0,543
2 A empresa, onde trabalho, mantém transparência das informações com os públicos externos. 0,805 0,673
3 A empresa, onde trabalho, é ética com os funcionários. 0,746 0,608
Na empresa onde trabalho, os agentes de governança corporativa prestam contas de sua
5 0,729 0,485
atuação com os funcionários.
Na empresa onde trabalho, os agentes de Governança Corporativa prestam contas de sua
6 0,65 0,913
atuação com os stakeholders.
7 Na empresa onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com todos os funcionários. 0,653 0,949
8 Na empresa onde trabalho, o tratamento é justo e igualitário com os públicos externos. 0,579 0,884
9 A empresa, onde trabalho, é comprometida com as questões sociais e ambientais. 0,482 0,815
Na empresa onde trabalho, os executivos e os conselheiros são comprometidos com a
10 0,535 0,801
perenidade da empresa e a sua sustentabilidade.
A empresa, onde trabalho, é comprometida com a função social (criação de riquezas,
oportunidades de emprego, qualificação e diversidade da mão de obra, estímulo ao
11 0,47 0,795
desenvolvimento científico por intermédio de tecnologia e melhoria da qualidade de vida por
meio de ações educativas, culturais, assistenciais e de defesa do meio ambiente).
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
Fator 1: Ética
Os sujeitos deste fator estão atentos à ética empresarial. Para muitos a empresa é ética
com o seu público externo, denotando credibilidade às partes interessadas, conforme assertiva
1.
Fator 2 Compromisso:
143
grau de concordância dos sujeitos pesquisados com o Fator 2.
DT DP N CP CT
Média DP
Item % N % N % N % N % N
6) Na empresa onde trabalho,
os agentes de governança
corporativa prestam contas de 5,7% 12 8,1% 17 39,0% 82 32,9% 69 14,3% 30 3,42 1,1
sua atuação com os
stakeholders.
7) Na empresa onde trabalho, o
tratamento é justo e igualitário 11,0% 23 20,0% 42 16,7% 35 41,4% 87 11,0% 23 3,21 1,2
com todos os funcionários.
8) Na empresa onde trabalho, o
tratamento é justo e igualitário 4,3% 9 12,4% 26 24,3% 51 41,4% 87 17,6% 37 3,56 1,1
com os públicos externos.
9) A empresa, onde trabalho, é
comprometida com as questões 2,9% 6 9,0% 19 14,3% 30 43,3% 91 30,5% 64 3,90 1,0
sociais e ambientais.
10) Na empresa onde trabalho,
os executivos e os conselheiros
são comprometidos com a 2,4% 5 9,5% 20 16,7% 35 41,0% 86 30,5% 64 3,88 1,0
perenidade da empresa e a sua
sustentabilidade.
11) A empresa, onde trabalho,
é comprometida com a função
social (criação de riquezas,
oportunidades de emprego,
qualificação e diversidade da
mão de obra, estímulo ao
2,9% 6 9,0% 19 17,6% 37 45,2% 95 25,2% 53 3,81 1,0
desenvolvimento científico por
intermédio de tecnologia e
melhoria da qualidade de vida
por meio de ações educativas,
culturais, assistenciais e de
defesa do meio ambiente).
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Legenda: discordo totalmente (DT); discordo parcialmente (DP); neutro (N); concordo parcialmente (CP);
concordo totalmente (CT) e desvio padrão (DP).
Os sujeitos deste fator estão atentos ao compromisso da empresa com seus públicos. A
maioria percebe que a empresa presta contas sobre sua atuação de forma que os funcionários
compreendam suas ações, conforme assertiva 8.
O modelo teórico foi avaliado com base nos resultados empíricos conseguidos com a
pesquisa. Os três instrumentos foram analisados a partir de uma Análise Fatorial
Confirmatória (CFA), que é uma técnica de Modelo de Equação Estrutural (MEE).
16384.373
2886.846* 0.085 0.885 0.876 1.699
Fonte: Dados da pesquisa, 2017.
145
Fonte: Software Mplus7
A figura 4 apresenta o modelo empírico da pesquisa realizada.
146
Figura 4 - Modelo Empírico - Políticas Influenciando o Comprometimento
147
Por outro lado, a Política de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (-0,34)
influencia de maneira negativa o Comprometimento Instrumental. Porém, Política de
Remuneração e Recompensas (0,43) influencia positivamente o Comprometimento
Instrumental. Há uma indicação de que sendo o Treinamento bem realizado influenciará o
Comprometimento Afetivo e não o Comprometimento Instrumental, ou seja, em relação ao
Comprometimento Instrumental, treinar não é bom. Ao passo que a Política de Remuneração
e Recompensas influencia de maneira proporcional o Comprometimento Instrumental.
148
CONCLUSÕES
Esse estudo teve por finalidade responder à questão: Qual a influência das Políticas e
Práticas de Gestão de Pessoas no Comprometimento Organizacional em ambientes de
Governança Corporativa?
A partir dos resultados da Análise do Modelo, verifica-se que das seis Políticas
investigadas, na pesquisa, apenas três exercem certa influência em dois componentes do
Comprometimento, sendo que, caso a empresa tenha como objetivo treinar seus funcionários,
para que os mesmos permaneçam, não terá o resultado esperado. Nesse contexto, sugere-se
que a empresa identifique com clareza quais são seus objetivos e como eles serão
comunicados aos funcionários, quanto desafiadoras as atividades são para as pessoas e o
quanto percebem que seus esforços e desempenhos são valorizados pelos seus gestores e pela
organização como um todo.
151
profissional, também com o da organização nas relações estabelecidas com os diversos
públicos.
Tal resultado pode ser corroborado pela análise descritiva do item que verificou a
experiência do entrevistado atrelada à Governança Corporativa. Esse item se propôs a
verificar a percepção do entrevistado, observando que suas atividades estão ligadas aos
processos de Governança Corporativa; se participou do processo de implantação e se recebeu
treinamento específico para a execução das atividades. A média resultou em 3,15, classificada
em ―neutro‖ na escala, ou seja, baixa percepção de que suas atividades, em certa medida,
estão relacionadas à Governança Corporativa e que atendam aos objetivos principais da
organização.
Limitações
152
Entende-se que estudos nas organizações com governança corporativas beneficiam a
todos da sociedade, inclusive as próprias organizações, que conhecendo o seu status quo
podem promover ajustes em sua política, além de assegurar a estratégia de suas corporações.
Sugestões
153
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171
APÊNDICE A – Síntese Metodológica e matriz de amarração
Componentes Descrição e orientações metodológicas
Objetivos Geral Identificar a influência das políticas e práticas de
gestão de pessoas no comprometimento
organizacional em ambientes de governança
corporativa.
173
APÊNDICE B – Instrumento de Pesquisa
174
175
176
177
178
179
180
APÊNDICE C – Análise Fatorial Confirmatória para análise do Modelo de Equação
Estrutural
Envolvimento
A organização onde eu trabalho se preocupa com meu bem-
Y7 0,917 0,016 57,196 0
estar.
A organização onde eu trabalho me trata com respeito e
Y8 0,931 0,014 66,064 0
atenção.
A organização onde eu trabalho procura conhecer minhas
Y9 0,884 0,019 47,549 0
necessidades e expectativas profissionais.
A organização onde eu trabalho estimula a minha
Y10 participação nas tomadas de decisão e resolução de 0,806 0,026 30,95 0
problemas.
A organização onde eu trabalho reconhece o trabalho que
Y11 faço e os resultados que apresento (ex: elogios, matérias em 0,811 0,026 31,779 0
jornais internos, etc.).
Na organização onde eu trabalho, os colaboradores e suas
Y12 chefias desfrutam da troca constante de informações para o 0,836 0,021 39,116 0
bom desempenho das funções.
Na organização onde eu trabalho, há um clima de
Y13 compreensão e confiança dos chefes em relação aos seus 0,805 0,025 32,311 0
colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, há um clima de confiança e
Y14 0,664 0,039 17,223 0
cooperação entre os colegas de trabalho.
Na organização onde eu trabalho, há coerência entre discurso
Y15 0,716 0,034 20,918 0
e prática gerenciais.
Treinamento, desenvolvimento e educação
181
Eu consigo aplicar no meu trabalho os conhecimentos e
Y17 comportamentos aprendidos nos treinamentos/eventos de que 0,915 0,017 54,674 0
participo.
A organização onde eu trabalho estimula a aprendizagem e a
Y18 0,916 0,018 52,144 0
produção de conhecimento.
Condições de trabalho
A organização onde eu trabalho preocupa-se com a minha
Y19 1,007 0,027 37,445 0
saúde e qualidade de vida.
A organização onde eu trabalho me oferece benefícios
Y20 básicos (ex: plano de saúde, auxílio transporte, auxílio 0,681 0,051 13,402 0
alimentação, etc.).
Avaliação de desempenho
A organização onde eu trabalho realiza avaliações de
Y24 0,857 0,031 27,632 0
desempenho e competências periodicamente.
Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho
Y25 e competências subsidia as decisões sobre promoções e 0,899 0,016 54,809 0
aumento de salário.
Na organização onde eu trabalho, a avaliação de desempenho
Y26 e competências subsidia a elaboração de um plano de 0,903 0,016 55,722 0
desenvolvimento dos colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados
Y27 da avaliação de desempenho e competências são discutidos 0,909 0,017 53,886 0
com os colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, os critérios e os resultados
Y28 da avaliação de desempenho e competências são divulgados 0,884 0,021 41,715 0
para os colaboradores.
Remuneração e recompensas
A organização onde eu trabalho me oferece remuneração
Y29 compatível com as minhas competências e 0,737 0,042 17,73 0
formação/escolaridade.
Na organização onde eu trabalho, recebo incentivos
Y30 (exemplo: promoções/funções comissionadas, 0,741 0,034 21,574 0
bônus/prêmios/gratificações, etc.).
Na definição de seu sistema de recompensas, a organização
Y31 onde eu trabalho considera as expectativas e sugestões de 0,813 0,031 26,023 0
seus colaboradores.
Na organização onde eu trabalho, minha remuneração é
Y32 0,767 0,033 23,254 0
influenciada pelos meus resultados.
182
Comprometimento Organizacional
W11 Se eu já não tivesse dado tanto de mim nesta organização 0,66 0,04 15,18 0,00
W13 Eu não sinto obrigação de permanecer nesta organização. 0,31 0,06 4,94 0,00
Mesmo se fosse vantagem para mim, sinto que não seria
W14 certo deixar esta organização agora. -0,79 0,03 -27,03 0,00
W15 Eu me sentiria culpado se deixasse esta organização agora. -0,72 0,04 -17,70 0,00
W16 Esta organização merece minha lealdade. -0,73 0,04 -17,70 0,00
W17 Eu não deixaria esta organização agora, porque tenho uma
obrigação moral com as pessoas daqui.
-0,75 0,04 -19,98 0,00
W18 Eu devo muito a esta organização. -0,64 0,05 -14,10 0,00
183
Princípios de Governança Corporativa
Item Princípios de Governança Corporativa Estimate S.E. Est./S.E. P-Value
A empresa onde trabalho mantem transparência das 0,608 0,041 14,671 0
Z1 informações com os funcionários.
A empresa onde trabalho mantem transparência das 0,738 0,03 24,3 0
Z2 informações com os públicos externos.
Z3 A empresa onde trabalho é ética com os funcionários. 0,781 0,026 30,359 0
184