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1-INTRODUÇÃO
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O Estudo foi realizado de forma exploratório, na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Mário Queiróz do Rosário no município de Bragança-Pa, na
turma 6°Ano do Ensino Fundamental.
Alunos e alunas do 6º Ano do Ensino Fundamental do turno da tarde cuja faixa
etária é entre 10 a 14 anos.
Para coleta de dados foram utilizados de instrumentos padronizados do tipo
questionário, uma vez que este possibilita coletar os dados desejados com mais
precisão, e também para conhecer a perspectiva dos alunos em relação a aprendizagem
de conteúdos matemáticos e consequentemente a elaboração de mecanismos de
intervenção para melhorar o ensino da matemática na educação básica.
O questionário foi aplicado a 28 discentes da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Mário Queiróz do Rosário, composto por indagações de múltiplas
escolhas, a aplicação dos mesmos deu-se a partir de abordagem pessoal.
Em relação ao esboço da pesquisa, ela foi classificada como pesquisa de campo,
pois se coletou informações precisas a cerca de um determinado grupo de alunos, tais
informações foram relevantes ao ponto de responderem aos questionamentos levantados
neste estudo. Na concepção de Marconi & Lakatos (2009, p.169), pesquisa de campo
tem como objetivo maior: “[...] conseguir informações e/ou conhecimento acerca de um
problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queria
comprovar, ou ainda, de descobrir fenômenos ou as relações entre eles”.
Esta pesquisa caracteriza-se ainda do tipo quantitativo e qualitativo. Do tipo
quantitativo porque objetivou a transformação dos dados colhidos da pesquisa, em
números para assim chegar-se a obtenção de resultados estatísticos. E do tipo
qualitativo, visto que a mesma buscou analisar informações de maneira indutiva, a partir
da interpretação de seus elementos. Para Neves (1996, p.2): “[...] os métodos
qualitativos trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma mistura de
procedimentos de cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para a melhor
compreensão dos fenômenos”.
Para estratificação dos dados, utilizou-se das ferramentas do programa Excel,
onde se fundamentou um banco de dados e daí iniciou-se a apuração. Pois, é necessária
a utilização de elementos estatísticos, a partir do volume de informações a serem
trabalhados neste estudo, pois como citou Cervo et.al (2010, p. 36): “Tendo em
consideração as pesquisas que manipulam grande quantidade de dados e informações e
que, para a sua melhor análise precisam de uma base quantitativa de dados [...]”, ou
seja, a partir da transformação dos dados em elementos estatísticos é que se puderam
apurar os dados deste estudo de forma racional.
4 ANÁLISE DOS RESUTADOS
A questão da dificuldade no âmbito educacional que os alunos encontraram está
relacionada a não compreenderem de certos assuntos em matemática e a diversos fatores
que dificultam a apropriação dos mesmos.
Contudo, conforme foi verificada na pesquisa de campo a maior concentração de
dificuldades foi encontrada entre os alunos que cursam o 6º Ano do Ensino
Fundamental em obter o domínio nas operações básicas.
Amostragem da pesquisa foi composta de 28 alunos (10 masculino e 18
feminino), na faixa etária de 10 a 14 anos que cursam o 6º Ano do turno vespertino da
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Mário Queiróz do Rosário, localizado
no município de Bragança- PA.
Os resultados obtidos foram 100% dos alunos que consideram a disciplina
Matemática importante no Ensino Fundamental. Contudo, 61% afirmaram que possuem
dificuldades em aprender matemática e enquanto 39% não possuem. O ensino da
Matemática foi e ainda é, caracterizado nos meios oficiais, por um currículo comprido,
uma lista de tópicos a ser estudada e não como uma forma de pensar.
As dificuldades de aprendizagem em matemática podem ser trabalhadas com
êxito a partir de trabalho com professores, pais, alunos e apoio do sistema de ensino. O
relacionamento com as pessoas que o cercam pode influenciar bastante no
desenvolvimento das atividades requeridas para eles, bem como a formação, método de
ensino e avaliação podem auxiliar ou prejudicar o processo de ensino-aprendizagem do
individuo.
Ressalta-se que não existe uma causa única que justifique as bases das
dificuldades com a linguagem matemática, que podem ocorrer por falta de aptidão para
razão matemática ou pela dificuldade em elaboração do cálculo. Essa dificuldade não se
relaciona com a ausência das habilidades básicas de contagem, mas sim com a
capacidade de relacioná-las com o mundo. Espera-se que aluno consiga desenvolver, a
capacidade de resolução de problemas e de aplicar os conceitos e habilidades
matemáticas para desenvolverem na vida cotidiana, o que muitas vezes não ocorre
quando são avaliadas habilidades e competências adquiridas pelos alunos em relação a
esta disciplina.
Sobre a metodologia utilizada pelo professor na sala de aula, 82% dos alunos
caracterizaram como teórica; 7% prática, mais teórica e menos prática 7% e 4% mais
prática e menos teórica (fig.01). Muitos professores acreditam, para serem bons
professores, é necessário apenas que conheçam o conteúdo a ser ensinado, sem
preocupações com outras dimensões de um processo tão complexo que é o processo de
ensino e de aprendizagem.
Enfatizando que o professor não pode mais reproduzir os modelos educacionais
que ele próprio vivenciou como aluno, pois mudaram o mundo, os objetivos e a
concepção de ensino, portanto, precisa mudar também o professor. Sugere-se que o
professor é quem tem o papel de levar o aluno a reconstruir modelos matemáticos que
ele compreenda em outras situações, representá-los de e utilizá-los em uma variedade de
situações que lhe deem significados.
82%
38%
62%
Sim
Não
5% 2% 3% 5%
22%
63%
18% Somar
64% Subtrair
Multiplicar
Dividir
Figura 04: Na resolução dos cálculos na sala de aula, os dados mostram o domínio dos
alunos do 6° ano das operações dos números naturais.
Neste sentido proposto em sala de aula questões desafiantes para que a turma
busque possíveis soluções (fig.05), situações – problemas que possibilitou identificar
suas dificuldades nos cálculos. Nas questões sugeridas ainda, muitos alunos
demostraram dificuldades na multiplicação, tais como resolução de cálculos com
números muito grandes, na divisão as dificuldades se mostraram mais intensas mesmo
contextualizadas as situações-problemas.
Por isso, é necessário que trabalhe em sala de aula as resoluções de problemas de
modo que a prática possa desenvolver no aluno o pensamento e raciocínio matemático
em situações que envolvam o dia-dia de uma forma que o incentive a construir soluções
dos problemas e interpretar o problema por si próprio. Apresentar aos alunos situações
em que os mesmos resolvam problemas que poderão proporcionar uma visão mais
aberta quanto à importância de se aprender matemática. A resolução dessas questões
trazem desafios para os alunos e permitem desenvolver a capacidade de construção e de
ampliar seus conhecimentos.
Figura 05: Cadernos dos alunos com as resoluções das operações.
Autor da imagem: Tobias
5 CONCLUSÃO
Os resultados alcançados com o desenvolvimento deste estudo, possibilita
indicar que os conteúdos matemáticos envolvendo noções de cálculos trabalhados nas
séries iniciais (1° a 5°Ano) do Ensino Fundamental não possibilitou o pleno domínio
desses conteúdos pelos informantes, sendo necessário revisá-los no 6°Ano do Ensino
Fundamental.
Os informantes demonstraram dificuldades na compreensão de conceitos que
envolvem aritméticas. Quanto aos interesses dos alunos pela disciplina matemática os
mesmos demonstraram interesse, sobretudo, para obterem compreensão relativa ao
conteúdo de cálculos. Essas barreiras que são encontradas nas quatro operações com
números naturais pelos alunos são elementos que devem ser aprofundados nas séries
finais do Ensino Fundamental.
A formação dos professores de matemática das séries finais deve abranger
conhecimentos dos conteúdos matemáticos desenvolvidos nas séries iniciais do Ensino
Fundamental, uma vez que são eles os responsáveis pela aprendizagem exitosa dos
conteúdos matemáticos, pois, as dificuldades relacionadas com operações básicas
(subtrair, somar, dividir e multiplicar) podem resultar em problemas futuros, com a falta
de interesse, motivação e raciocínio lógico, já que o aluno não obtém satisfatoriamente
noções de habilidades básicas que serão importantes posteriormente.
A partir dessas observações realizadas na pesquisa, é fundamental retomar os
conceitos matemáticos sobre as quatro operações adição, subtração, multiplicação e
divisão para alunos nas series finais do fundamental e sendo também necessário refletir
sobre a importância de se criar estratégias que favoreçam a superação das dificuldades
acima descritas, pois, o domínio e aplicação desses conceitos são fundamentais para que
o aluno possa prosseguir na construção dos conhecimentos matemáticos.
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