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Material de Apoio – Leitura Necessária e Obrigatória


Mironga de Baianos
Desenvolvido e Ministrado por Thiago Augusto
ICA - Instituto Cultural Aruanda I Bauru-SP

AULA 01 BLOCO 01 - Versão Digitada

Rodrigo Queiroz: Salve, Salve irmãos estamos aqui na plataforma Umbanda EAD,
trazendo esse curso que é muito esperado por todos nós que é um Workshop gratuito, um
curso de 15 dias, duas semanas. Estaremos com o nosso irmão Thiago Augusto que criou o
curso, que vem desenvolvendo há alguns anos de forma presencial, junto do Instituto
Sete Porteiras do Brasil, dirigido pelo nosso irmão conhecido por todos nós o Jorge
Scritori. E o Mironga de Baianos é um presente para todos nós tê-lo aqui, ampliando mais
o acesso a esse conteúdo, a essa experiência, que o Thiago desenvolveu. Que nós
possamos se aproximar ainda mais justamente da linha de Baiano, se não é tão comum
para a grande maioria dos umbandistas essa linha vem crescendo absurdamente de tempo
em tempo. É disso que nós vamos um pouco aqui, antes de iniciar as práticas. Thiago seja
muito bem vindo a plataforma Umbanda EAD estamos muito felizes com a sua chegada
aqui na equipe, para poder levar a sua experiência, seu conhecimento a esse nosso grupo
ai. Nós somos hoje, nesse momento que nós estamos gravando mais de 27 mil usuários
dentro da plataforma. Espalhados pelo Brasil inteiro e fora do Brasil, falar de Baiano é
sempre um alegria né?
Thiago Augusto: É sempre uma alegria, olá meus irmãos e minhas irmãs,
primeiramente é um prazer estar aqui com vocês, com o Rodrigo, com o pessoal da
plataforma Umbanda EAD. Vamos dar início e falar um pouco sobre baianos, mostrar
algumas práticas de trabalho, algumas firmezas, algumas rezas, algumas oferendas e
destrinchar um pouco desse conteúdo pra nossa vida e dia-a-dia.
Rodrigo Queiroz: A linha de baiano o povo de baiano dependendo do lugar que
está chamando, nós vemos que eles são realmente mirongueiros, por isso o título do
curso. Nenhuma consulta passa despercebida, simplesmente uma conversinha, sempre a

   
 

pessoa sai com alguma coisa na mão ou com alguma missão, alguma coisa para fazer. A
característica deles, essa relação bem mais material com a reza, com o acesso.
Thiago Augusto: É nós vemos muito né? Vai no terreiro, e trabalho de baiano você
muito baiano utilizar alguns elementos, o coco. O coco entra como uma ferramenta
principal da linha de trabalho. Todo baiano que está no terreiro você vai ver um coco
verde ou seco do lado, ele trabalhando, mirongando, fazendo a reza em cima do coco,
em um atendimento ou até mesmo na firmeza.
Rodrigo Queiroz: E nós vemos até no ponto riscado o coco desenhado.
Thiago Augusto: O ponto riscado tem o coqueiro, com os coquinhos ou o círculo
simbolizando apenas os cocos fora do coqueiro. O coqueiro é conhecido como a árvore da
vida, o fruto dele o coco gera muito sobre os alimentos. O coqueiro junto com o coco, é
utilizado os quatro elementos dentro dos nossos trabalhos: o ar, a água, a terra e o fogo.
Pelo tempo de frutificação dele, pela altura, pelo solo, pela exposição ao sol, pela
exposição ao vento. Esse elemento, ele carrega os quatro elementos ativos que nós
trabalhamos e manipulamos no trabalho.
Rodrigo Queiroz: Até as propriedades dele, a água é o soro natural, a fruta cheia
de vitamina, rico em vitamina, se faz um monte de coisa na área da cosmética,
alimentação. Agora, o óleo é a moda, fritura com óleo de coco é o mais saudável.
Thiago Augusto: Agora é o que está de melhor, e o que nós acabamos
manipulando, trabalhando e conseguindo interagir melhor com esses elementos que são
trabalhados dentro da Umbanda.
Rodrigo Queiroz: É importante trazer a reflexão do entendimento, que a linha do
baiano, nós abordamos isso no curso de arquétipos, os baianos, a questão mais histórica e
espiritual. E é uma linha de trabalho que surge dentro da Umbanda, com mais força entre
a década de 50 e 60 pó revolução industrial no país. Começa a ter aquela migração do
camponês para a zona urbana, cidade, em busca de melhores condições, mas no entanto
com muita incerteza e dificuldade. Havia ali, estava tendo uma oferta de emprego
acontecendo, a oportunidade ela estava existindo de fato. E ai chega esse camponês
cheio de uma religiosidade misturada, plural. Não se consideravam católicos
propriamente, eles rompiam com o dogma católico. Iam na igrejinha, capela católica,
mas se o problema pegasse, desse algum problema na pele, uma virada de bucho na

   
 

criança, ou até mesmo com o plantio, com o pasto, ia no benzedor. O benzedor é uma
figura mística, contraditória para aquela dogmática da igreja. E o baiano surge dentro do
ritual nesse momento histórico do país, para acolher o camponês que está tímido,
constrangido com aquela realidade que ele está encontrando que é muito novo para ele,
muito difícil. Ir na igreja católica não era tão agradável, porque eram estruturas mais
suntuosas, a igreja era onde o patrão ia, onde os mais abastados estavam, as famílias
estavam, ele se sentia mais constrangido. Embora estivesse lá como a casa de Deus,
aberta ao povo, mas na prática não é assim que eles conseguiam se relacionar. E ai o
terreiro de Umbanda vira um porta voz dessa religiosidade. Ele entra dentro do terreiro
de Umbanda e vê um altar que lembra a religião dele, lembra o altar do benzedor, a fé
dele original, e ele se sente a vontade e bem ali. O baiano é aquele cara que vem e vai
falar a mesma língua dele, vai tratar dos assuntos que ele está acostumado a tratar, de
uma forma muito alegre, de uma forma muito despachada. Mostrando que ele é o
camponês que já está adaptado a zona urbana, é o mesmo que ele, mas agora ele já está
aqui adaptado e contextualizado no campo de fé. Muito curioso em um processo histórico
do surgimento das linhas dos baianos, se desenvolveram dentro do ritual e o motivo pelo
qual que no plano espiritual a estratégia de acolhida das pessoas que estão chegando na
religião vai funcionar. Sabia Thiago, que hoje, nós estamos em 2015, for lá na Tenda
Nossa Senhora da Piedade, onde surgiu a Umbanda, e perguntar para os netos do Zélio,
sobre a linha dos baianos eles negam. Eles não reconhecem, não acreditam nessa
legitimidade da linha dos baianos, porque lá existe uma proposta de resistência original,
da forma como o Zélio fazia. Na época do Zélio não existia a linha dos baianos mesmo,
essa característica inclusiva da Umbanda, ela vai sempre acolher novos espíritos, novos
agrupamentos. Nós vemos nas linhas dos baianos, sempre uma referência dessa
pluralidade, tem a questão da homenagem a origem do Brasil que surge em Salvador, na
Bahia. Mas, não quer dizer que quem está se manifestando na linha dos baianos, é baiano
de fato, nasceu e viveu na Bahia. Tanto é que nós vemos, por que eles são tão
mirongueiros? Porque eles são compostos em sua maior parte em ex’s sacerdotes,
religiosos, médiuns que desencarnaram e estão retornando continuando um trabalho
espiritual. Um sacerdote de macumba carioca, de quimbanda, Umbanda não porque é

   
 

muito novo, mas de Candomblé e tudo mais, quando desencarna o cara sabe fazer muita
coisa.
Thiago augusto: Sabe fazer muito coisa, e acaba se afinizando com a roupagem
energética dessa linha e vem trazer um pouco dessa mironga, dessa macumba como o
povo gosta de brincar.
Rodrigo Queiroz: E continua evocando os mesmo poderes, que fazia encarnado.
Thiago Augusto: Extamente, continua rezando pro santo, Orixá, para aquilo que
todos acreditam, para Deus principalmente. Você vê na reza, Nosso Senhor do Bonfim,
Nossa Senhora das Candeias, que é o santo patrono dessa linha. Você vê que ele tem,
igual você acabou de citar, nem todos os baianos, são espíritos que viveram na Bahia,
igual Preto Velho, nem todos são Pretos e Velhos.
Rodrigo Queiroz: São espíritos que estão na mesma condição evolutiva, que tem
uma bagagem parecida, e que tem a oportunidade de voltar, através da mediunidade,
continuar um trabalho de caridade, de amor, de auxílio, de incentivo ao crescimento. Eu
sempre digo o seguinte, eles não precisam de nós. Os Baianos, os Cablocos, os Pretos
velhos não precisam de nós, mesmo o Exu não precisa. Quem precisa de quem nessa
relação somos nós deles. Nós que somos limitados, com visão limitada, percepção
limitada das coisas.
Thiago Augusto: E tem até uma ideia interessante, a linha de baiano dentro da
minha espiritualidade ela é uma linha muito ativa, eu tenho um contato muito direto com
esse guia, com essa linha. Ele costuma falar exatamente oque o Rodrigo acabou de citar,
faça as coisas, tendo na sua cabeça que quem precisa é você, eu não preciso da sua vela,
eu não preciso da sua bebida. Você não está me dando para beber, porque eu estou com
sede, não está deixando o charuto, o uso do cachimbo porque é o meu vício. Não, isso
tudo é revertido, toda firmeza é revertida em um lado magístico para a nossa
necessidade. Então, quem precisa são vocês.
Rodrigo Queiroz: Se eles não precisam de nós por que vem? Vem porque tem
amor, vem porque são espíritos que vivenciam o amor que nós tanto pregamos nas
religiões, o amor ao próximo, o amor incondicional a humanidade. Que nós não temos,
sejamos honestos. Não é por que você se compadece de um ou outro caso que chega até
você, que você de fato tem esse amor. Esse é um objetivo, não acredito que a maioria de

   
 

nós tenha isso já de cara. Nós estamos vivendo e aprendendo com a espiritualidade,
agora esses espíritos, sim. Eles vem porque eles tem amor, a humanidade, a nós, eles
querem mesmo ajudar, colaborar para o progresso do seu semelhante. Nós somos os
semelhantes deles, nós somos humanos, somos semelhantes humanos. Há uma teia
obviamente ancestral, que nos conecta com esses espíritos, que convive com nós no
terreiro e que estão em uma situação melhor e que querem nos impulsionar, por amor. E
isso já muda um pouco a relação, é só entender que é por amor que eles não precisam,
você começa a mudar sua postura.
Thiago Augusto: Entendendo que é por amor e não por obrigação. Não, porque
meu baiano ele tem que vir e fazer, nós ouvimos muito.
Rodrigo Queiroz: O pior, eu tenho que ir no terreiro porque meu guia tem que ir.
Thiago Augusto: Meu guia, tem que vir trabalhar, tem que evoluir. É uma
mentalidade nossa querer entender, colocar uma situação que nós precisamos doutrinar o
guia, evoluir o guia. Se eu não for trabalhar lá no terreiro, o meu o guia não vai
trabalhar. Uma mentalidade que precisa ser trabalhada.
Rodrigo Queiroz: E é uma inversão de papéis, porque o protagonista sou eu e não
o meu guia. Eu vou porque ele precisa de mim, não eu preciso dele. Eu vou porque ele
tem a necessidade de fazer a caridade por mim, através de mim. E não porque é o meu
ato de fé, eu comungo da minha religião e incorporar espíritos é consequência da minha
fé, o fato de eu ser médium. E começa a autoridade sobre entidade.
Thiago Augusto: Daqui a pouco não precisa mais de entidade e nós aqui estamos
passando trabalho para eles.
Rodrigo Queiroz: E nós vemos isso acontecer em outros segmentos. Esse Workshop
promete uma experiência prática, ele é mais voltado para ações práticas. O que temos de
teoria é por aqui, vai encerrando nesse bloco e fica essa reflexão. Mais uma vez eu quero
agradecer a sua participação, confiança e a busca junto do Umbanda EAD para o seu
crescimento espiritual e consciencial dentro da religião. Agradecer você Thiago por
aceitar o convite, estar aqui conosco, compartilhando essa experiência e desse
conhecimento. As próximas aulas, e blocos é com o Thiago e macumba, bumba na
Calunga.

   
 

Thiago Augusto: Quero agradecer todos os internautas que seguem o Umbanda


EAD. Agradecer também pelo convite, pela confiança de estar junto com essa equipe
maravilhosa, que faz um trabalho maravilhoso, expandindo o conhecimento e a linha de
raciocínio certa, correta, com bom senso que nós procuramos ter dentro da nossa
Umbanda e das nossas práticas. Muito obrigado Rodrigo.
Rodrigo Queiroz: Vamos para o próximo bloco, Saravá.

DIGITAÇÃO – Equipe Umbanda EAD


Este documento é uma transcrição literal do conteúdo da vídeo-aula

   

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