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Leila Angélica de Mattia

RELATÓRIO DE ESTÁGIO I

ENGENHARIA CIVIL
2013/02

Professoras orientadoras:
Débora Felten
Janaína Bedin
Karina Sanderson
Ligia Eleodora Francovig Rachid
Maria Vânia Peres
Thalyta Mayara Basso

Cascavel – PR
2013
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................................... 5
2.1 TERRAPLENAGEM ...................................................................................................... 5
2.2 LOCAÇÃO DA OBRA .................................................................................................. 8
2.3 EXECUÇÃO DE ESTACA ESCAVADA ...................................................................... 9
2.4 EXECUÇÃO DE VIGAS BALDRAME ..................................................................... 12
2.4.1 Execução das fôrmas .......................................................................................... 12
2.4.2 Colocação da Armadura ...................................................................................... 13
2.4.3 Execução da concretagem das vigas .................................................................... 14
2.4.4 Impermeabilização das Vigas .............................................................................. 16
2.5 MONTAGEM DE ESTRUTURA METÁLICA DE COBERTURA............................ 17
2.6 EXECUÇÃO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCO CERÂMICO ............ 23
2.7 INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÃO DE ESGOTO INDUSTRIAL ............................. 26
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 31
4.REFEFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 32

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1.INTRODUÇÃO

A realização deste estágio foi na Cooperativa Agroindustrial Consolata – Copacol,


com sede em Cafelândia. Com mais de 4,8 mil associados e mais de 7,2 mil colaboradores,
a Cooperativa abate hoje 340 mil aves e mais de 30 toneladas de tilápia ao dia, além de
proporcionar a seus associados e colaboradores qualidade de vida e crescimento
profissional.
Ao longo de sua história, a Cooperativa vem ampliando seus negócios em busca da
sustentabilidade. A empresa conta desde 2009 com o seu Propósito Estratégico chamado
G.P.S. 2.5.25. Nele a Copacol traçou metas de crescimento em cinco anos, considerando
três pontos centrais: Geração de Receitas, com meta de alcançar R$ 2 bilhões em
faturamento; Produtividade, com meta de obter a rentabilidade de 5%; e Sustentabilidade,
com meta de capacitar e treinar 25 mil participantes em programas de desenvolvimento.
Com o objetivo traçado, a Copacol vem, diariamente ampliando seu mix de
atividades e produtos. Dentre seus principais projetos, a Cooperativa colocou em atividade
em agosto de 2013 a obra do Incubatório de Pintainhos, localizada na cidade de Goioerê,
Paraná, o Incubatório terá capacidade para produzir mais de 14 milhões de pintainhos por
mês, esta obra serviu como base para a realização deste relatório de estágio.
As atividades desenvolvidas durante o período de estágio foram as seguintes:
acompanhamento da execução de terraplenagem, da locação da obra, da execução de
estacas escavas, da execução de vigas baldrame, da montagem de estrutura metálica da
cobertura, da execução da alvenaria, de tubulação de esgoto industrial. As obras realizadas
no Incubatório serão: guarita, rodolúvios, Sistema de tratamento de efluentes, cabine de
entrada de energia e base para reservatório metálico.
O responsável e líder do projeto é o engenheiro civil Marcelo Rodrigues, que
desempenhou também a função de supervisor de estágio. A Figura 1 mostra o organograma
do setor de engenharia e projetos da Cooperativa Agroindustrial Consolata, ele representa a
estrutura funcional do departamento.

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Figura 1 – Organograma do Setor de Engenharia e Projetos da Copacol

No topo do organograma estão o supervisor e o encarregado pelo setor, ambos


possuem as mesmas funções que é de supervisionar e coordenar equipe de engenharia e
projetos para que a mesma tenha condições de sustentar o crescimento da Copacol previsto
em seu planejamento estratégico através dos serviços de engenharia (civil, mecânica,
elétrica e automação), gerenciamento de projetos e gestão de investimentos.
Abaixo dos cargos anteriores seguem os cargos subordinados de secretária,
estagiário, analista de gestão de projetos e desenhista. O analista de projetos tem a missão
de orientar e dar suporte aos líderes de projetos permitindo-os desenvolver seus projetos de
maneira mais eficiente e eficaz, exercendo as funções de: suporte administrativo,
construção e divulgação de métodos e padrões, treinamento e acompanhamento dos líderes
de projetos no desempenho de suas atividades. O desenhista tem como função executar
tarefas voltadas a elaboração de desenhos referentes a obras, dispositivos, equipamentos,
instalações e produtos, utilizando instrumentos apropriados e baseando-se em
especificações técnicas, para estabelecer as características dos referidos projetos e as bases
de sua execução. A secretária tem a função de dar suporte a todo departamento e o
estagiário auxilia na realização de tarefas requeridas pelos engenheiros do setor e no
acompanhamento e controle de obras.

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E abaixo destes, estão os engenheiros civis, mecânicos, eletricistas, de automação,
arquiteto e técnicos de obras.
Todos os cargos citados acima tem a missão de elaborar, executar e orientar
projetos de engenharia, preparando especificações, desenhos, técnicas de execução,
recursos necessários e outros requisitos, para possibilitar a construção, montagem,
funcionamento, manutenção e reparo de instalações e equipamentos.

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período de estágio as atividades desenvolvidas foram: o


acompanhamento da execução de terraplenagem, da locação da obra, de estacas escavadas
da execução de vigas baldrame, da montagem de estrutura metálica da cobertura, execução
de alvenaria e instalação de tubulação de esgoto industrial.
As atividades posteriormente citadas serão descritas de acordo como a literatura as
caracteriza, como foram realizadas na obra e serão então comparadas com a teoria e a
prática para análise dos resultados, se estes estão ou não de acordo com o que dever ser
seguido.

2.1 TERRAPLENAGEM

A primeira atividade acompanhada foi a realização da terraplenagem.


Azeredo (1997) considera terraplenagem como:

Obra de terra que tem por fim modificar o relevo natural de um terreno e que
consiste em 3 etapas distintas, ou seja, escavação, transporte e aterro. A
terraplenagem aplicada em preparo do terreno para edificações, geralmente de
pequeno vulto, comparada com a aplicada em estradas, barragens, etc. Adota-se
a expressão movimento de terra explicitamente na área de construção de
edifícios, onde a preocupação maior é a saída e entrada de terra no canteiro,
deixando em segundo plano como é feita a escavação, carregamento, caminho
seguido para o aterro ou escavação. Movimento de terra é a parte da
terraplanagem que se dedica ao transporte, ou seja, entrada ou saída de terra do
canteiro de obras.

A empresa responsável pela terraplenagem, primeiramente definiu os locais onde


deveriam ser feitos os cortes e o aterro no terreno sempre utilizando um pontalete de
madeira para identificar a atividade a ser realizada e também a espessura da camada a ser

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escavada ou aterrada. Feito isso, a empresa começou o processo de corte das áreas
demarcadas, com o auxílio de máquina retroescavadeira.
A empresa transportou o solo escavado para os locais que necessitavam de aterro,
obtendo assim um bom aproveitamento do material dentro do próprio canteiro de obra. O
transporte de terra foi feito com o auxílio de um caminhão caçamba.
Após a movimentação de terra, executou-se então a compactação do solo, sendo
esta mecanizada e sempre em camadas entre 40 e 50 centímetros até atingir a cota zero,
esta, estabelecida nos pontaletes. Para a compactação do solo utilizou-se o rolo pé de
carneiro.
Concluídos estes três passos citados anteriormente, corte e aterro, transporte e
compactação do solo, obteve-se então a execução da terraplenagem.
A estagiária acompanhou toda a execução da terraplanagem, procurando sempre
fiscalizar se o trabalho estava sendo executado adequadamente, e se as cotas estabelecidas
estavam sendo seguidas. O mesmo realizou a anotação de todas as atividades observadas e
passou-as para o líder do projeto, para que o mesmo pudesse avaliar o serviço e realizar o
relatório de andamento e controle da obra.
De acordo com a teoria, a terraplenagem foi executada de forma adequada,
seguindo todas as etapas descritas por Azeredo (1997). O serviço executado pela empresa,
foi avaliado como de boa qualidade pelo líder do projeto, como mostra o Anexo A.
As Figuras 2 e 3 mostram a execução da terraplenagem, tanto para a construção do
barracão principal do incubatório como do pátio ao entorno do mesmo.

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Figura 2 – Execução da Terraplenagem

Figura 3 – Execução da Terraplenagem

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2.2 LOCAÇÃO DA OBRA

A locação da obra foi observada em outra etapa, sendo esta a locação da guarita do
incubatório. Para esta foi utilizada a locação do tipo tábua corrida ou tabeira.
Conforme Azeredo (1997), a obra deverá ser locada com rigor, observando-se o
projeto quanto à planimetria e à altimetria. A locação será executada após observação da
planta de fundação e utilizando-se quadros com piquetes e tábuas niveladas (“tabela”,
“curral”) e fixados para resistirem a tensão dos fios sem oscilação e sem sair da posição
correta. A locação será por eixos ou face de parede e centro das estacas.
Primeiramente, com o auxílio da planta de locação da guarita, cotada, fez-se a
locação das estacas da obra por meio de tábuas de aproximadamente 1’’ de espessura e
pontaletes de 3’’ x 3’’. As tábuas foram colocadas seguindo o projeto, sempre conferindo
nivelamento, ortogonalidade e prumo. Depois de terminada a colocação das tábuas e já
pregadas, foram sendo esticadas as linhas duas a duas. Após isso, foi realizada também a
locação das fundações seguidas da colocação das fôrmas das mesmas.
Nesta fase a estagiária apenas acompanhou a execução da locação, auxiliando na
conferência da ortogonalidade, nivelamento e prumo e observando o serviço.
Após as observações concluiu-se que a locação da obra foi realizada em
conformidade com os conceitos de locação de Azeredo (1997), observou-se sempre o
nivelamento das tábuas e das linhas, garantindo desta forma, uma perfeita locação. A
locação por tábua corrida é geralmente utilizada em obras de maior dimensão, portanto
tratando-se da guarita, poderia ter sido utilizada a locação por cavaletes, que é utilizada
para obras menores, porém como pode ser observado na Figura 4, por existir a locação da
fundação, a locação por tábua corrida foi mais aconselhável pois é uma locação que
permite melhor precisão já que as tábuas percorrem todo o entorno da obra, e as linhas são
colocadas nelas, e no caso da colocação das fôrmas da fundação, como as linhas são todas
travadas nas tábuas, o risco de deslocamento das linhas niveladas é minorado.

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Figura 4 – Locação da Obra da Guarita

2.3 EXECUÇÃO DE ESTACA ESCAVADA

A fundação executada nesta obra foi do tipo estaca escavada com trado mecânico.
“Estacas Escavadas são perfuradas mecanicamente e moldadas no local após a escavação
do solo. Os diâmetros de perfuração variam de 25 cm a 150 cm e a profundidade pode
chegar a 25,00m, podendo ser utilizadas como tubulões a céu aberto, a partir do diâmetro
de 70 cm” (GEOESP, 2013).
Na obra, foram executadas 21 estacas com o auxílio da máquina perfuratriz, estas
possuíam diâmetros de 40 centímetros e profundidade de 10 metros, foram utilizadas na
fundação de uma base de um reservatório de água metálico com capacidade para 300.000
litros.
A perfuratriz foi operada por um funcionário capacitado, devidamente assegurado
com equipamentos de proteção, como capacetes, luvas e protetor auricular. O operador
possuía um ajudante que auxiliava na conferência da profundidade da estaca e também na
conferência e execução da umidade do solo para escavação.

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As estacas foram executadas metro a metro até a profundidade desejada de 10
metros. As Figuras 5 e 6 mostram a execução das estacas escavadas com a utilização de
trado mecânico, para a realização da base do reservatório metálico de capacidade de
300.000 litros.

Figura 5 – Execução de Estaca Escavada com Trado Mecânico

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Figura 6 – Execução de Estaca Escavada com Trado Mecânico

Como é possível observar na Figura 7, a armadura para execução da concretagem já


se encontrava no local, e próximo as estacas, facilitando assim sua colocação.
Todas estas atividades foram acompanhadas e fiscalizadas pela estagiária da obra,
procurando sempre conferir a profundidade, a qualidade do serviço e se a técnica utilizada
estava em conformidade com a teoria.
Após as observações e acompanhamento, pôde-se perceber que a execução das
estacas foram feitas exatamente como diz a teoria, com diâmetros entre 25 e 150
centímetros e profundidade inferior a 25 metros, vale ressaltar que o local da fundação
estava devidamente sinalizado e locado evitando assim futuros acidentes. O serviço foi
qualificado como de ótima qualidade.

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Figura 7 – Armadura para fundação

2.4 EXECUÇÃO DE VIGAS BALDRAME

O baldrame é o tipo mais comum de fundação. Constitui-se de uma viga, que


pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado construída diretamente no
solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada em casos de cargas leves
como residência construídas sobre solo firme. O alicerce é a base que sustenta a
casa, dá solidez e transmite para o terreno toda carga (peso) da casa (paredes,
lajes, telhados, etc.). Um alicerce bem feito evita o surgimento de trincas nas
paredes, evita o surgimento de umidade na parte de baixo das paredes
(COMÉRCIO FK, 2013).

2.4.1 Execução das fôrmas

As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e painéis


das faces firmemente travadas por gravata, mãos-francesas e sarrafos de
pressão. Devemos certificar se as formas tem as amarrações, escoramentos e
contraventamentos suficientes para não sofrerem deslocamento ou deformações
durante o lançamento do concreto. E verificarmos se as distâncias entre
eixos (para o sistema convencional) são as seguintes:- para as gravatas : 0,50,
0,60 a 0,80m,para caibros horizontais das lajes : 0,50 m, entre mestras ou até
apoio nas vigas : 1,00 a 1,20m, entre pontaletes das vigas e mestras das lajes :
1,00m (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2013).

O primeiro passo da execução das vigas foi a escavação das valas para a colocação
das fôrmas e a confecção e instalação das mesmas, como mostra a Figura 8. As fôrmas

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foram confeccionadas com chapas compensadas plastificadas e as mesmas foram
devidamente travadas com o auxílio de sarrafos.
Após serem colocadas nas valas, apiloou-se o solo e espalhou-se um lastro de brita
no fundo das fôrmas para melhor aderência do concreto, como mostra a Figura 8.

Figura 8 – Execução das fôrmas

2.4.2 Colocação da Armadura

Fusco (2002) faz as seguintes afirmações a respeito da armadura:


A armadura do concreto com barras de aço, malhas de aço, telas ou malhas de
arame tem por finalidades vários objetivos, dentro eles podemos citar:
Absorver os esforços de tração em peças estruturais solicitadas à flexão e à
tração. As armaduras, portanto têm por função contribuir para a capacidade
resistente ou para a estabilidade da estrutura; Reduzir as fissuras do concreto ou
permanece-las na ordem de grandeza de capilares. Valores máximos para
aberturas de fissuras: em ambientes seco 0,3mm e em ambiente úmido 0,2mm;
Limitar a abertura das fissuras devido a estados de tensão produzidos por efeitos
de coação, tais como o impedimento à deformação, no caso de variação de
temperatura, de retração de estruturas hiperestáticas, etc; Aumentar a capacidade
resistente do concreto à compressão ( por exemplo, no caso de pilares) ou a
segurança de peças comprimidas esbeltas contra a flambagem, evitando ainda o
aparecimento de grandes fissuras ou o colapso devido à ação simultânea de

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momentos fletores; Evitar que o cobrimento de concreto das armaduras
principais se rompa devido à tensões de aderência ou em caso de incêndio.

Após a execução das fôrmas, realizou-se então a colocação da armadura de cada


viga, a armadura já cortada e dobrada na obra, como mostra a Figura 9.

Figura 9 – Colocação da Armadura

2.4.3 Execução da concretagem das vigas

“A concretagem é a etapa final de um ciclo de execução da estrutura e, embora seja a de


menor duração, necessita de um planejamento que considere os diversos fatores que
interferem na produção, visando melhor aproveitamento de recursos. Basicamente, as
etapas da concretagem podem ser resumidas em: transporte, lançamento, adensamento,
nivelamento, acabamento superficial e cura” (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO,
2013).
Posteriormente ao término da colocação das armaduras das fôrmas, fez-se então a
concretagem das vigas, esta foi feita manualmente pelos auxiliares de produção.

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Como as vigas estavam localizadas em um local de difícil acesso a caminhões de
concreto, o concreto era despejado em pás carregadeiras e transportado próximo ao local
de concretagem, desta forma, cada operário utilizando um recipiente metálico, enchia-o de
concreto e despejava o mesmo nas fôrmas. Vale ressaltar que a concretagem foi realizada
com o auxílio de vibrador de imersão, não ultrapassando o limite de imersão de 5 segundos
e sempre tendo cuidado com a armadura.
As Figuras 10 e 11 apresentam o processo de concretagem e adensamento do
concreto por meio de vibrador de imersão.

Figura 10 – Concretagem das Vigas

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Figura 11 – Adensamento do concreto por vibrador de imersão

2.4.4 Impermeabilização das Vigas

Abrenhosa (2013) comenta sobre o objetivo da impermeabilização:


“Criar uma barreira impermeável sobre a viga baldrame (alicerce) e sobre o reboco interno
e externo evitando a chamada umidade de pé de parede. Esta umidade desplaca a tinta e
ainda geram os fungos e mofos que causam alergias e bronquites.”
Depois de concluída a concretagem e após o adensamento e cura, fez-se então a
impermeabilização das faces das vigas com uso de impermeabilizante á base de manta
asfáltica.
“Após a desforma da viga de concreto, aplique a massa impermeável sobre face de cima da
viga baldrame, descendo 15 cm nas laterais. Esta massa deve ter 1,5 cm de espessura”.
(ABRENHOSA, 2013)
Esta fase, importante da obra, foi observada criticamente e fiscalizada pela
estagiária. A estagiária acompanhou todos os passos da obra e identificou algumas falhas
no processo de impermeabilização. Como visto em sala de aula, a impermeabilização deve
ser feita em toda face superior da viga e aproximadamente 15 centímetros abaixo desta
face, fato este que não ocorreu na obra. As vigas foram impermeabilizadas, porém somente

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em sua face superior, as laterais não foram impermeabilizadas, o que facilita a subida de
umidade à face da viga prejudicando assim a sua utilização e acaba não viabilizando a
parte impermeabilizada superior, já que a umidade chegará a superfície da mesma maneira.
A partir desta colocação, chegou-se a conclusão de que as vigas foram executadas
conforme a teoria, porém, em partes, deixando assim a desejar quanto a qualidade do
serviço. A Figura 12 mostra as vigas já concluídas e impermeabilizadas.

Figura 12 – Viga Baldrame concluída

2.5 MONTAGEM DE ESTRUTURA METÁLICA DE COBERTURA

A cobertura metálica é composta por: telhas (elemento de vedação que isola e


protege o ambiente interno da edificação da ação de intempéries como sol,
chuva, vento, etc.), terças (estrutura secundária), vigas ou pórticos de cobertura
(estrutura primária), calhas e tubos condutores de águas pluviais,
complementados por rufos e arremates para garantir a estanqueidade. A
cobertura pode ainda ser dotada também de acessórios tais como: lanternins,
ventiladores e exaustores, para auxiliar na iluminação e ventilação interna da
edificação (NPE ENGENHARIA E PROJETOS; 2013).

Na obra a empresa contratada para a execução do serviço fabricou as peças


metálicas na sua própria indústria e após a fabricação, as peças foram transportadas para o

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local que deveriam ser montadas e utilizadas, portanto as peças já chegam prontas na obra
tendo apenas que serem montadas para formação da cobertura.
As peças são todas soldadas também na própria indústria e foram apenas
parafusadas na obra, não sendo muito comum a realização de soldas no local da montagem,
exceto em situações que não exista outra solução.
Segundo Quiñones (2006):
Uma boa montagem requer um bom planejamento de montagem, e para que
entendamos esse planejamento, deve-se proceder a estudos de viabilidade para a
escolha e definição do melhor processo, considerando para isso: acesso a obra,
condições topográficas locais, canteiro, prazo, soluções viáveis e econômicas e
equipamentos disponíveis e que devem ser usados. A definição do melhor
processo se dará principalmente pela magnitude da obra, considerando-se as
estruturas como leves, médias ou pesadas.

A primeira fase para montagem da cobertura metálica foi a montagem das tesouras.
Quiñones (2006) considera que as tesouras são as vigas principais da estrutura, recebem as
cargas devidas ao material de cobrimento, peso próprio das terças, vento, e eventuais
sobrecargas suspensas.
As tesouras foram transportadas da fábrica em seis peças separadas
individualmente, para que, como já foi explicado, sejam montadas na obra e também para
facilitar o transporte. Estas peças foram parafusadas umas nas outras de três em três peças
para consequentemente serem içadas com o auxílio de um caminhão muck e então
montarem a estrutura de cobertura.
Este içamento foi realizado de meia em meia tesoura, ou seja, a cada três peças
unidas forma-se uma meia tesoura, e essa meia tesoura é içada para a cobertura, tendo-se
então a cada duas meia tesoura, uma tesoura completa, sendo estas fixadas umas nas outras
e fixadas também nos pilares, ressaltando que os pilares já possuíam os chumbadores nos
quais as tesouras são fixadas e cuidando sempre na verificação do alinhamento das peças.

Conforme Quiñones (2006) a distância entre as tesouras é dada pelo espaçamento


entre colunas, que dependem da função a que se destina o galpão.
Nesta obra as tesouras foram montadas entre vãos de cinco metros como apresenta
a Figura 13. A Figura 14 mostra o término do içamento e da montagem das tesouras.

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Figura 13 – Içamento das tesouras para a cobertura

Figura 14 – Conclusão do içamento e montagem das tesouras

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Após a conclusão da montagem das tesouras, fez-então a colocação das terças. As
terças foram içadas logo após as tesouras, sendo aquelas colocadas perpendicularmente a
estas, como apresentado na Figura 15.
Enquanto uma equipe ia terminando a montagem das tesouras e das terças, outra
equipe ia realizando o aperto final dos parafusos nas peças.
Quiñones (2006) ao tratar sobre terças afirma:

Já as terças, são colocadas na cobertura e estão situadas entre vigas principais e


secundárias de pórticos ou tesouras, também com finalidade de suportar as
chapas de cobertura. Nas terças, além da solicitação de flexão dupla já vista, há
necessidade de verificação também na flexão simples, devido às cargas
acidentais, como, chuva, poeira, pessoas na cobertura.

Figura 15 – Término da montagem das terças sobre as tesouras

Após a montagem das terças foram colocados os contraventamentos, os


agulhamentos (tirantes), e colocadas as vigas de travamento ou também conhecidas como
vigas de rigidez, conforme Figura 16. A equipe responsável pela montagem, realizou a

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colocação das partes citadas anteriormente simultaneamente umas as outras obtendo assim
maior agilidade e produtividade no processo.
Conforme Bellei (2000) :

Os contraventamentos são essenciais para as estruturas metálicas, sejam elas de


pequeno, médio ou grande porte. Eles são responsáveis pela rigidez do
prédio/edifício metálico, devido às ações de ventos e aos esforços que a estrutura
recebe dos elementos que a compões, incluindo sobrecargas. Também têm a
finalidade de garantir estabilidade do conjunto durante a fase de montagem e
obviamente durante sua vida útil.

TESOURA

TERÇAS CONTRAVENTAMENTO

AGULHAMENTO

VIGA DE TRAVAMENTO

Figura 16 – Término de colocação dos contraventamentos, tirantes e vigas de travamento

A etapa final da execução da cobertura foi a colocação das telhas, que nesta obra
eram do tipo isotelha, telha esta que apresenta isolamento térmico com Pu (poliuretano), as
telhas foram içadas com auxílio de guindaste e foram simplesmente encaixadas umas nas
outras. Nesta obra utilizou-se três tamanhos de telhas diferentes para atender os vãos da
cobertura, sendo três telhas para cada meia tesoura.
A Figura 17 mostra parte da cobertura já finalizada.

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Figura 17- Finalização de parte da cobertura da estrutura metálica

Finalizando a cobertura, entre uma telha e outra foi colocado fita de vedação,
garantindo assim que não ocorra infiltração de água pela cobertura, posteriormente foi
realizada a colocação das cumeeiras já prontas e pré-pintadas, estas foram fixadas nas
telhas com parafuso autobrocante. Não foram utilizadas calhas nesta parte da obra, sendo
estas substituídas por acabamentos do tipo multidobra, os quais ainda não haviam sido
instalados na obra.
Nesta fase da obra a estagiária acompanhou todo o processo executivo, desde a
montagem das tesouras até a colocação das telhas, sempre conferindo o projeto da
cobertura, fotografando semanalmente o desenvolvimento da obra e supervisionando se o
fornecedor estava ou não atendendo as datas previstas em seu cronograma.
Por meio das observações realizadas e das citações das teorias pesquisadas, que
dizem que os métodos de montagem variam de acordo com a obra, conclui-se que o
processo executivo está de acordo com o que diz a teoria e que as peças montadas na obra
seguem as solicitações de projeto. O único problema em relação a montagem da estrutura

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foi o não cumprimento dos prazos estabelecidos pelo fornecedor da estrutura metálica de
cobertura, houve alguns atrasos no cronograma o que acabou prejudicando o andamento de
todo o restante da obra, já que outras atividades necessitavam da parte coberta para serem
realizadas.

2.6 EXECUÇÃO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCO CERÂMICO

Thomaz et al. (2009) considera alvenaria de vedação como sendo: “Parede


constituída pelo assentamento de tijolos maciços ou blocos vazados com argamassa, com a
função de suportar apenas seu peso próprio e cargas de ocupação como armários,
prateleiras ,redes de dormir, etc”
Segundo Thomaz et al. (2009); “Os blocos cerâmicos utilizados na execução das
alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos, devem atender à norma NBR 15270-1, a
qual, além de definir termos, fixa os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis
no recebimento”.
Na execução da alvenaria de vedação na obra, foram utilizados blocos cerâmicos de
seis furos segundo dimensões especificadas na norma que são: largura 11,5 centímetros,
altura de 14 centímetros e comprimento de 24 centímetros. Estes blocos foram assentados
sobre a viga baldrame com argamassa de assentamento mista de cimento e cal hidratada
preparada na obra, o traço utilizado foi de sete padiolas de areia para um saco de cimento e
quatro baldes de água, traço este definido pelo engenheiro responsável de execução da
obra.
O assentamento dos blocos foi feito com colher de pedreiro como mostra a Figura
18.

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Figura 18 – Assentamento dos blocos cerâmicos

Os blocos foram assentados de maneira escalonada, a partir da fiada mestre, sempre


com conferência de nível e prumo a cada três fiadas executadas. Para marcação da cota de
cada fiada foram utilizadas linhas bem esticadas, garantindo a altura da fiada e o prumo da
parede.
Após o assentamento dos blocos, deu-se inicio ao lançamento do chapisco nas
paredes, o traço utilizado foi de 1:3. O chapisco foi lançado na estrutura com o auxilio de
trolha (colher de pedreiro).
Posteriormente foi executado o emboço a fim de corrigir pequenas irregularidades,
com argamassa preparada na obra, e após o lançamento da argamassa sarrafeou-se a parede
com o auxílio de régua metálica como mostra a Figura 19.

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Figura 19 – Lançamento do chapisco e emboço nas paredes

A estagiária acompanhou a execução da alvenaria somente até a fase de lançamento


do emboço, a fase de acabamento da alvenaria será feita em outra etapa da obra. A
estagiária acompanhou a execução desta tarefa em diferentes partes da obra sempre
conferindo prumo e nível, acompanhando a execução da argamassa e conferência dos
traços utilizados.
De acordo com a teoria e com os conhecimentos obtidos em sala de aula, relatou-se
que o processo de assentamento e lançamento do chapisco e emboço estão em
conformidade com os conceitos teóricos e que os materiais utilizados atenderam as
especificações normatizadas.

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2.7 INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÃO DE ESGOTO INDUSTRIAL

Segundo o manual de obras de saneamento da Sanepar (2012): “O tipo de tubo a ser


utilizado deve ser o definido em projeto. Na execução dos serviços devem ser observadas,
além destas especificações, as instruções dos fabricantes, as normas da ABNT e outras
aplicáveis”.
O tubo utilizado para execução desta tubulação foi o de PVC – diâmetro 100 e 150
milímetros.
A Sanepar (2012): faz as seguintes considerações a respeito do assentamento de
tubos:
O assentamento da tubulação deve seguir paralelamente a abertura da vala. No
caso de esgotos, deve ser executado no sentido de jusante para montante, com a
bolsa voltada para montante. Sempre que o trabalho for interrompido, tanto
durante o período de trabalho, como no final de cada jornada diária, o último
tubo assentado deve ser tamponado, a fim de evitar a entrada de elementos
estranhos. O fundo da vala deve ser uniformizado a fim de que a tubulação se
assente em todo o seu comprimento, observando-se inclusive o espaço para as
bolsas. A descida dos tubos na vala deve ser feita manualmente ou
mecanicamente em função do tipo do material e do seu diâmetro, sempre com
muito cuidado, estando os mesmos limpos, desimpedidos internamente e sem
defeitos. Cuidado especial deve ser tomado com as partes que a ser conectadas
(ponta, bolsa, flanges, etc.) contra possíveis danos.

A execução da tubulação na obra foi iniciada com a abertura das valas com a
máquina retroescavadeira como mostra a Figura 20. A profundidade das valas foi realizada
seguindo o projeto, variando conforme a inclinação, começando com um metro e seguindo
com inclinação de um por cento.

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Figura 20 – Abertura das valas para o assentamento dos tubos

Após a execução das valas, foi feita a compactação do fundo das valas a fim de
regularizar a superfície para o perfeito assentamento dos tubos, considerando neste caso as
declividades também fornecidas em projeto.
A etapa seguinte foi o assentamento dos tubos nas valas, a Figura 21 mostra os
tubos sendo retirados das valas pois ocorreu erro de projeto, as posições foram corrigidas e
os tubos foram reassentados estando então em conformidade com o projeto. Após a
execução do assentamento foram instalados os conectores nos tubos para fazerem a descida
do líquido dos ralos para a tubulação.

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Figura 21 – Retirada dos tubos das valas devido a problemas de projeto

Feito isso, aterrou-se os tubos novamente e compactou-se novamente o solo com


auxílio do sapo mecânico, já preparando o solo para o recebimento do piso.
As Figura 22 e 23 apresentam a tubulação já executada.

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Figura 22 – Término da execução da tubulação

Figura 23 – Término da execução da tubulação

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Nesta fase da obra e na parte final do relatório, a estagiária apenas acompanhou
toda a execução da instalação da tubulação, sempre fotografando e realizando observações
importantes, como foi o caso de falta de sinalização ao entorno da execução do serviço e a
falta de cuidados com a segurança na execução do mesmo por parte dos operários.
A instalação foi feita segundo as especificações da teoria porém como já citado
anteriormente, faltaram cuidados com a segurança no trabalho, os funcionários não fizeram
uso de equipamentos adequados e nem realizaram sinalização de que existiam valas nos
lugares determinados da obra, o que poderia causar acidentes graves no canteiro. Como
citado ocorreu também problemas com o projeto da rede de esgoto, pois o mesmo teve que
ser alterado devido ao posicionamento incorreto dos ralos, o que impactou no serviço de
colocação dos tubos, pois os mesmos já haviam sido instalados conforme o primeiro
projeto realizado.
Outro fator importante especificado pela teoria foi a necessidade de tamponar os
tubos no final do serviço, o que não ocorreu em algumas fases, como pode ser percebido na
Figura 23.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização deste relatório de estágio pode-se concluir que esta foi uma etapa
essencial na vida acadêmica dos alunos de engenharia civil, pois contribuiu diretamente na
obtenção e na confirmação dos conhecimentos obtidos em sala de aula.
Por meio da realização do estágio curricular obrigatório foi possível chegar as
conclusões das quais tinha-se dúvida e a partir deste pode-se verificar se as técnicas
teóricas aprendidas são realmente realizadas da forma como é ensinada.
A obra de estudo deste relatório tratou-se da construção de um incubatório na
cidade de Goioerê e ainda está em andamento, com previsão de conclusão para o mês de
junho do ano de 2014. A construtora contratada para execução da mesma, executou a
maior parte das tarefas analisadas pelo estagiário em conformidade com a teoria, como
pode ser percebido na descrição das atividades desenvolvidas anteriormente; a empresa
trabalhou juntamente com outras empresas fornecedoras de materiais e equipamentos.
Houve atrasos na obra devido ao fato do atraso do cronograma da empresa
fornecedora da estrutura da cobertura metálica causando um impacto no planejamento final
da obra, concluindo-se então que o atraso de um fornecedor pode comprometer
diretamente nos serviços de outros.
A partir do exposto pode-se considerar que o planejamento da obra e o
cumprimento dos cronogramas pré-estabelecidos no início do projeto podem influenciar
significativamente todo o processo de execução da obra causando assim o atraso na entrega
da mesma.
Ao concluir este relatório a estagiária observou que os serviços realizados pela
construtora pode ser considerado como de boa qualidade e de que os serviços prestados
estão de acordo com as descrições existentes na teoria, concluiu também que é necessário a
observação, fiscalização e acompanhamento de todas as atividades realizadas, por meio de
registros fotográficos ou até mesmo descritos, mantendo desta forma um controle da
qualidade dos serviços e da produtividade dos funcionários, sendo este o principal papel do
engenheiro responsável pela obra.
Foi de fundamental importância para a estagiária o acompanhamento das atividades
pois foi a partir deste, que obteve-se todo o conhecimento prático que faltava para a
complementação da teoria aprendida em sala de aula.

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4.REFEFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Edgard Blucher,1997. 182 p.

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escavada/>. Acesso em 07/09/2013.

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http://www.npe.eng.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=65>
Acesso em 26/10/2013 ás 00:08.

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Paulo, 2006. 73 p.

BELLEI, Ildony Hélio; Edifícios Estruturais em aço. 3 Ed. São Paulo: Pini, 2000.

SANEPAR. Manual de Obras de Saneamento. 2012. 92 p.

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