Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
CONCRETO I
Exemplo clássico: elemento fletido (mesma seção transversal tem tensões de compressão e
tração). Para aumentar a resistência do elemento fletido (viga): concreto associado com aço,
por ser este um material com boa resistência a tração.
O concreto armado só está cumprindo sua razão de ser, quando a tensão de tração atingir a
resistência do aço.
Como temos concreto ao redor do aço que está trabalhando dentro de sua resistência, e o
concreto viu ser ultrapassada sua resistência à tração, este vai estar obrigatoriamente
fissurado. Ou seja, o concreto foi feito para trabalhar fissurado (melhor dizer microfissurado).
A finalidade do aço, na realidade, é impedir que o concreto se abra demais com os esforços.
Elementos estruturais são peças que compõe uma estrutura geralmente com uma ou duas
dimensões preponderante sobre as demais: vigas, lajes, pilares, ...
Sistema estrutural é o modo como os elementos são arranjados.
Normas
A NBR 6118 desde sua versão de 2003 cancela e substitui a NBR 6119: Cálculo e execução de
lajes mistas e a NBR 7197: Projeto de estruturas de concreto protendido; além de gerar
revisões na NBR 7187: Projeto e execução de pontes de concreto armado e protendido e a
NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas.
Como a NBR 6118 aborda apenas o projeto estrutural, foi necessário também elaborar uma
nova norma que tratasse especificamente da etapa executiva, a NBR 14931.
Concreto fresco
Consistência
Maior ou menor capacidade que o concreto tem de se deformar.
Depende do fator água/cimento, granulometria dos agregados e presença de produtos
químicos.
Em elementos com alta taxa de armadura é necessário um concreto com menos consistência,
pela dificuldade de adensamento.
Abatimento ou slump: a determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone é
regulamentada pela NBR 7223.
Trabalhabilidade
Um concreto com slump alto é, em geral, fácil de ser lançado e adensado e, portanto,
considerado de boa “trabalhabilidade”.
Para alguns casos é possível utilizar concretos “auto adensáveis”, que são quase fluidos e não
necessitam, em princípio, de nenhuma energia de adensamento. Esses concretos são obtidos
com a incorporação de aditivos e não com o aumento do fator água/cimento.
O efeito da relação água/cimento na qualidade do concreto está claro na NBR 6118, item 7.4.2.
Existe uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a resistência do concreto e
sua durabilidade.
Homogeneidade
Quanto mais uniformes (regulares), dispersos na massa e totalmente envolvidos pela pasta os
agregados graúdos se apresentarem, melhor será a qualidade do concreto.
Os cuidados que se deve ter no transporte, lançamento e adensamento do concreto estão
definidos nos itens 9.5 e 9.6 da NBR 14931.
Adensamento
O adensamento deve fazer com que o concreto preencha todos os recantos das formas.
Processo mais simples e usual é a vibração mecânica.
Existe uma série de recomendações técnicas para o uso de vibradores mecânicos que pode ser
encontrada no item 9.6.2 da NBR 14031.
Cura do concreto
Após o inicio da pega, a hidratação do concreto desenvolve-se com grande velocidade, e nesse
período a água existente na mistura tem a tendência de sair pelos poros do material e
evaporar. Essa evaporação pode comprometer as reações de hidratação do cimento, fazendo
com que o concreto sofra uma diminuição de volume (retração) maior que o usual; essa
retração é parcialmente impedida pelas formas e armaduras, gerando tensões de tração que
podem ser resistidas pelo concreto, principalmente por causa de sua pouca idade, causando
fissuras que levam à diminuição da resistência final que deveria ser atingida pelo concreto.
Dessa maneira é necessário tomar medidas que evitem a evaporação precoce da água, ou até
mesmo medidas que forneçam água ao concreto, de modo a conservar a umidade necessária
para as reações de hidratação, até que as propriedades esperadas para esse concreto sejam
atingidas. Ao conjunto dessas medidas dá-se o nome de cura.
Na NBR 14931, item 10.1, encontram-se algumas indicações para cura e proteção do concreto
que ainda não tenha atingido endurecimento satisfatório.
Concreto endurecido
Resistência à compressão
A principal característica do concreto é sua resistência à compressão, a qual é determinada
pelo ensaio de corpos de prova submetidos à compressão centrada; este ensaio também
permite a obtenção do módulo de elasticidade.
A compressão é medida pela tensão:
força 𝑁𝑟𝑢𝑝
tensão = ⟹ 𝑓𝑐𝑗 =
área 𝐴
No Brasil são utilizados corpos de prova cilíndricos, com diâmetro da base de 15 cm e altura
de 30 cm e também corpos com base de 10 cm e altura de 20 cm. A resistência à compressão
do concreto deve ser relacionada à idade de 28 dias (NBR 6118, item 8.2.4) e será estimada a
partir do ensaio de determinada quantidade de corpos de prova. A moldagem dos cilindros é
especificada pela NBR 5738, e o ensaio deve ser feito de acordo com a NBR 5739.
Características do aço
A norma NBR 7480 define os tipos, as características e outros itens sobre as barras e os fios de
aço destinados a armaduras de concreto armado.
A norma atual eliminou a categoria CA-40 (CA = concreto armado; 40 = resistência de
escoamento mínima, em kN/cm²). Mantendo as categorias CA-25 e CA-50.
Na NBR 7480 também foi eliminada a divisão dos aços em classes A e B, pois erroneamente
entendia-se que o aço classe A apresentava patamar de escoamento, e o classe B não. Na
verdade, a separação em classes correspondia ao processo de fabricação: para laminação à
quente o aço era chamado de classe A, e para laminação à frio ou trefilado era denominado
classe B.
Na NBR 7580 está definido que todo material em barras, caso do CA-25 e CA-50, deve ser
obrigatoriamente fabricado por laminação à quente, e que todos os fios, característicos do CA-
60, devem ser fabricados por trefilação ou processo equivalente, com estiramento ou
laminação à frio. Os fios tem diâmetro nominal inferior a 10 mm.
As características mecânicas mais importantes para a definição de um aço, obtidas em ensaios
de tração, são:
Limite de resistência
É a força máxima suportada pelo material, e com a qual ele se rompe, ou seja, é o ponto
máximo de resistência da barra, sendo seu valor obtido pela leitura direta na máquina de
tração. A tensão máxima é determinada pela relação entre a força de ruptura e a área da seção
transversal inicial da amostra.
Alongamento na ruptura
É o aumento do comprimento do corpo de prova correspondente à ruptura, expresso em
porcentagem, ou seja,
𝑙1 − 𝑙0
𝜀= . 100
𝑙0
Em que 𝑙0 e 𝑙1 são os comprimentos inicial e final, respectivamente, de um trecho
(normalmente central) do corpo de prova; 𝑙1 deve ser medido depois de a carga ser retirada.
Estados limites
Os estados limites considerados no cálculo das estruturas de concreto são: estados limites
últimos (ELU) e estados limites de serviço (ELS).
O item 10.3 da NBR 6118 esclarece que a segurança das estruturas de concreto deve sempre
ser verificada em relação aos seguintes estados limites últimos:
Este item 10.4 ressalva que a segurança das estruturas de concreto pode exigir a verificação
de alguns estados limites de serviço definidos na Seção 3 da NBR 6118, como, por exemplo,
estado limite de formação de fissuras, estado limite de abertura de fissuras, estado limite de
deformações excessivas.
O cálculo, ou dimensionamento, de uma estrutura deve garantir que ela suporte, de forma
segura, estável e sem deformações excessivas, todas as solicitações a que está submetida
durante sua execução e utilização.
De acordo com o item 14.2.1 da NBR 6118, o objetivo da análise estrutural é determinar os
efeitos das ações em uma estrutura, com a finalidade de efetuar verificações de estados
limites últimos e de serviço. A análise estrutural permite estabelecer as distribuições de
esforços internos, tensões, deformações e deslocamentos em uma parte ou em toda a
estrutura.
Nas condições analíticas de segurança, a NBR 6118 (item 12.5.2) indica que:
As resistências não podem ser menores que as solicitações e devem ser verificadas em relação
a todos os estados limites e todos os carregamentos especificados para o tipo de construção
considerada, ou seja, em qualquer caso deve ser respeitada a condição:
𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑
Para a verificação do estado limite último de perda de equilíbrio como corpo rígido, 𝑅𝑑 e 𝑆𝑑
devem assumir os valores de cálculo das ações estabilizantes e desestabilizantes
respectivamente.
Os valores característicos 𝑓𝑘 das resistências são os que, num lote de material, tem
determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavorável para a
segurança.
Usualmente é de interesse a resistência característica inferior 𝑓𝑘,𝑖𝑛𝑓 , cujo valor é menor
que a resistência média 𝑓𝑚 , embora por vezes haja interesse na resistência
característica superior 𝑓𝑘,𝑠𝑢𝑝 , cujo valor é maior que 𝑓𝑚 .
Para os efeitos desta norma, a resistência característica inferior é admitida como sendo
o valor que tem apenas 5% de probabilidade de não ser atingido, pelos elementos de
um dado lote de material.
Para o estado limite último (ELU), os valores base para verificação são:
Para elementos estruturais pré-moldados e pré-fabricados, deve ser consultada a NBR 9062.
Admite-se, nas obras de pequena importância, o emprego de aço CA-25 sem a realização do
controle de qualidade estabelecido pela NBR 7480, desde que o coeficiente de segurança para
o aço seja multiplicado por 1,1.
Portanto, para obras usuais e situações normais em geral, tem-se, para o concreto e aço no
estado limite último (ELU), os valores respectivos das resistências de cálculo:
𝑓𝑐𝑘 𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑐𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 = (2.1)
1,4 1,15
No caso específico da resistência de cálculo do concreto (𝑓𝑐𝑑 ), alguns detalhes adicionais são
necessários, conforme descrito a seguir:
a) Quando a verificação se faz em data 𝑗 igual ou superior a 28 dias, adota-se a expressão:
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐
Nesse caso, o controle da resistência à compressão do concreto deve ser feito aos 28
dias, de forma a confirmar o valor de 𝑓𝑐𝑘 adotado no projeto;
𝑓𝑐𝑘𝑗 𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 = ≅ 𝛽1 (2.2)
𝛾𝑐 𝛾𝑐
Sendo:
Essa verificação deve ser feita aos 𝑡 dias, para as cargas aplicadas até essa data.
Ainda deve ser feita a verificação para a totalidade das cargas aplicadas aos 28 dias.
Nesse caso, o controle da resistência à compressão do concreto deve ser feito em duas datas:
aos 𝑡 dias e aos 28 dias, de forma a confirmar os valores de 𝑓𝑐𝑘𝑗 e 𝑓𝑐𝑘 adotados no projeto.
Para estudar a data em que o escoramento de uma estrutura de concreto pode ser retirado
deve-se usar, em caso de a idade do concreto ser inferior a 28 dias, os valores da resistência
expressos nas duas fórmulas acima.
Destaca-se na norma NBR 6118 a preocupação com qualidade e durabilidade das estruturas.
Na seção 5 a norma apresenta “Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação da
conformidade do projeto” e na seção 6 “Diretrizes para a durabilidade das estruturas de
concreto”.
A Norma estabelece, no item 5.1.1, que as estruturas de concreto devem atender os seguintes
requisitos mínimos de qualidade, durante a construção e utilização, classificados em três
grupos distintos definidos no item 5.1.2:
No seu item 5.2 a NBR 6118, estabelece que, a solução estrutural adotada em projeto deve
atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas técnicas, relativos à capacidade
resistente, ao desempenho em serviço e à durabilidade da estrutura.
Em relação à durabilidade a NBR 6118 item 6.1 menciona que as estruturas de concreto sejam
projetadas e construídas de modo que, sob as condições ambientais previstas na época do
projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem sua segurança,
estabilidade e aptidão em serviço durante o prazo correspondente à sua vida útil.
Por vida útil de projeto, entende-se, conforme item 6.2 da NBR 6118, o período de tempo
durante o qual se mantém as características da estrutura de concreto, sem intervenções
significativas, desde que atendidos os requisitos de uso e manutenção prescritos pelo
projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.3, bem como de execução dos reparos
necessários decorrentes de danos acidentais.
Partes da estrutura que mereçam consideração especial, com vida útil diferente do todo,
devem ser contempladas, como aparelhos de apoio, juntas de movimento etc.
Elementos estruturais que possam influir no processo de deterioração das estruturas, como
chapins, rufos, contrarrufos, instalações hidráulicas e impermeabilizações, devem ser
vistoriados periodicamente.
Agressividade do ambiente
Classe de
Classificação geral do tipo de Risco de deterioração
agressividade Agressividade
ambiente para efeito de projeto da estrutura
ambiental
Rural
I Fraca Insignificante
Submerso
Marinho ¹
III Forte Grande
Industrial ¹ ²
Industrial ¹ ³
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
¹ Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível
acima) para ambientes internos secos: salas, dormitórios, banheiros, cozinhas, áreas de
serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto
revestido com argamassa e pintura.
² Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em
regiões de clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura
protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde chove
raramente.
O responsável pelo projeto estrutural, de posse de dados relativos ao ambiente em que será
construída a estrutura, pode considerar classificação mais agressiva que a estabelecida na
Tabela 2.2.
De acordo com o item 7.4.7 da NBR 6118, para o cobrimento deve ser observado:
O cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de
todo elemento considerado;
Tabela 2.4, extraída da NBR 6118 – Correspondência entre a classe de agressividade ambiental
e o cobrimento nominal para ∆𝒄 = 10 mm
Laje ¹ 20 25 35 45
Concreto
Viga/pilar 25 30 40 50
armado
Elementos estruturais
30 40 50
em contato com o solo ³
¹ Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso,
com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e
acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros,
as exigências desta Tabela podem ser substituídas por 𝑐𝑛𝑜𝑚 ≥ 𝜙 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎, respeitado um
cobrimento nominal ≥ 15 mm.
³ No trecho dos pilares em contanto com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura
deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm.
Os requisitos das Tabelas 2.3 e 2.4 são válidos para concretos executados com cimento
Portland que atenda, conforme seu tipo e classe, às especificações das NBR 5732, 5733, 5735,
5736, 5737, 11578, 12989, 13116, com consumos mínimos de cimento por metro cúbico de
concreto de acordo com a NBR 12655.
Classificação e dados sobre o concreto armado conforme item 8.2 da NBR 6118
Esta Norma se aplica aos concretos compreendidos nas classes de resistência dos grupos I e II,
NBR 8953, até a classe C90.
A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva e a classe C25, ou
superior, ao concreto com armadura ativa.
A classe C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais,
conforme NBR 8953.
Massa específica
Conforme já apresentado anteriormente, no tópico referente às ações decorrentes do peso
próprio; se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar
para o concreto simples o valor 2.400 kg/m³ e para o concreto armado, 2500 kg/m³ (NBR
6120).
Resistência à compressão
As prescrições desta norma referem-se à resistência à compressão obtida em ensaios de
corpos de prova cilíndricos, moldados segundo NBR 5738 e rompidos como estabelece a NBR
5739..
Quando não for indicada a idade, as resistências referem-se à idade de 28 dias.
Resistência à tração
A resistência á tração indireta 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 e a resistência à tração na flexão 𝑓𝑐𝑡,𝑓 devem ser obtidas
em ensaios realizados segundo as NBR 7222 e NBR 12142, respectivamente.
A resistência à tração direta 𝑓𝑐𝑡 pode ser considerada igual a 0,9𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 ou 0,7𝑓𝑐𝑡,𝑓 ou, na falta de
ensaios para obtenção de 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 e 𝑓𝑐𝑡,𝑓 pode ser avaliado o seu valor médio ou característico
por meio das seguintes equações:
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7 𝑓𝑐𝑡,𝑚
Módulo de elasticidade
O módulo de elasticidade (𝐸𝑐𝑖 ) deve ser obtido segundo o método de ensaio estabelecido na
NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação tangente inicial, obtido
aos 28 dias de idade.
Quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade
inicial usando as expressões a seguir:
𝑓 1⁄3
𝑐𝑘
𝐸𝑐𝑖 = 21,5 ∙ 10³ ∙ 𝛼𝐸 ∙ ( 10 + 1,25) para 𝑓𝑐𝑘 de 55 MPa a 90 Mpa (2.7)
Onde
𝛼𝐸 = 1,2 para basalto e diabásio
𝛼𝐸 = 1,0 para granito e gnaisse
𝛼𝐸 = 0,9 para calcário
𝛼𝐸 = 0,7 para arenito
𝐸𝑐𝑖 e 𝑓𝑐𝑘 são dados em Megapascal (MPa)
O módulo de deformação secante pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido na
NBR 8522, ou estimado pela expressão:
A tabela 2.5, extraída da NBR 6118 apresenta valores estimados arredondados que podem ser
usados no projeto estrutural.
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
𝑬𝒄𝒊
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
𝑬𝒄𝒔
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)
𝜶𝒊 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 O,93 0,95 0,98 1,00 1,00
O módulo de elasticidade em uma idade menor que 28 dias pode ser avaliado pelas
expressões a seguir:
𝑓 0,5
𝐸𝑐𝑖 (𝑡) = [ 𝑓𝑐𝑘𝑗] ∙ 𝐸𝑐𝑖 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 de 20 MPa a 45 MPa (2.10)
𝑐𝑘
𝑓 0,3
𝐸𝑐𝑖 (𝑡) = [ 𝑓𝑐𝑘𝑗] ∙ 𝐸𝑐𝑖 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 de 50 MPa a 90 MPa (2.11)
𝑐𝑘
Onde
𝐸𝑐𝑖 (𝑡) é a estimativa do módulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 e 28 dias;
2. O concreto tem uma resistência maior para as cargas aplicadas rapidamente, o que
ocorre com os ensaios para a determinação da resistência a compressão, e as peças de
concreto, na prática, estão submetidas a cargas permanentes que atuam durante toda a
vida da estrutura. Se um corpo de prova for submetido a um carregamento
permanente, à medida que o tempo aumenta a resistência à compressão do corpo de
prova, diminui (efeito Rüsch).
Importante ressaltar que afirmar “que a resistência do concreto aumenta com o
tempo” não está errado. No entanto, neste caso tem-se a condição “sob carga
permanente”.
Para projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado ela NBR
7480, com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e
CA-60.
A capacidade aderente entre o aço e o concreto está relacionada ao coeficiente 𝜂1 , cujo valor
está estabelecido na Tabela 2.6, extraída da NBR 6118.
Tipo de superfície 𝜼𝟏
Lisa 1,0
Entalhada 1,4
Nervura 2,25
Massa específica
Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7.850 kg/m³.
Módulo de elasticidade
Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço
pode ser admitido igual a 210 GPa.
3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO
Elementos estruturais, tais como: lajes, vigas e pilares, fazem parte das edificações e são
dimensionados de modo que suportem as solicitações às quais são submetidos.
As lajes são definidas como elementos estruturais bidimensionais, que apresentam espessura
bem menor que as outras duas dimensões. De maneira geral elas são responsáveis por
transmitir a carga normal da edificação às vigas, que a transmitem aos pilares, e estes às
fundações. As vigas e os pilares são elementos lineares ou de barras, sendo as vigas
dimensionadas para suportar esforços como momentos fletores, cortantes e momentos
devido à torção, e os pilares calculados para suportar esforços de flexocompressão ou
compressão centrada.
De acordo com a NBR 6118, para seções parcialmente comprimidas, ocorre ruptura do
concreto quando, em sua fibra mais comprimida, chega-se ao encurtamento-limite último
𝜀𝑐𝑢 = 2,6%𝑜 + 35%𝑜[(90 − 𝑓𝑐𝑘 )⁄100]4. Já quanto ao aço, considera-se que houve ruptura à
tração quando se chega ao alongamento-limite último 𝜀𝑠𝑢 = 10%𝑜.
Na análise dos esforços resistentes de uma seção de viga ou pilar, devem ser consideradas as
seguintes hipótese básicas (extraídas do item 17.2.2 da NBR 6118).
Para estudo das tensões no concreto em uma seção retangular, pode-se adotar o diagrama
retangular, representado na figura a seguir.
Onde:
ℎ= altura da seção retangular;
𝑏= base da seção retangular;
𝐿𝑁 = linha neutra
𝑥= profundidade da linha neutra para o diagrama parábola-retângulo;
𝑦= profundidade da linha neutra para o diagrama retangular;
𝜆= parâmetro de redução obtido pelas equações:
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 𝛼𝑐 ∙ (3.3)
𝛾𝑐
Onde:
Para concretos de classe até C50:
𝛼𝑐 = 0,85 (3.3.1)
𝑓𝑐 ∙𝑏∙𝑑
𝐴𝑠1 = (1 − √1 − 2𝐾′) (3.5)
𝑓𝑦𝑑
𝑓𝑐 ∙𝑏∙𝑑 𝐾−𝐾′
𝐴𝑠2 = ∙ (3.6)
𝑓𝑦𝑑 1−(𝑑′⁄𝑑)
Em que:
𝑓𝑦𝑑 = tensão de escoamento de cálculo;
𝐾 e 𝐾′ = parâmetros adimensionais que medem as intensidades dos momentos fletores
externo e interno, respectivamente.
A altura útil da seção retangular (𝑑) é obtida pela equação:
𝑑 = ℎ − 𝑑′ (3.7)
𝜙𝐿
𝑑 ′ = 𝑐𝑛𝑜𝑚 + 𝜙𝑡 + (3.8)
2
Em que:
𝑐𝑛𝑜𝑚 = cobrimento nominal
𝜙𝑡 = diâmetro da barra de armadura transversal (estribo);
𝜙𝐿 = diâmetro da barra de armadura longitudinal.
𝑀𝑑 1,4𝑀
𝐾= = (3.9)
𝑓𝑐 ∙𝑏∙𝑑² 𝑓𝑐 ∙𝑏∙𝑑²
𝐾 ≤ 𝐾𝐿 → 𝐾 ′ = 𝐾
{ (3.10)
𝐾 > 𝐾𝐿 → 𝐾 ′ = 𝐾𝐿
𝛼𝐿
𝐾𝐿 = 𝐾′𝐿 = 𝛼𝐿 (1 − ) (3.11)
2
𝑦 𝑥
𝛼𝐿 = ( ) = 𝜆 ( ) (3.12)
𝑑 𝐿 𝑑 𝐿
Para um adequado comportamento dúctil em vigas e lajes, a NBR 6118 estabelece para
posição da linha neutra no ELU os limites:
Classe 𝝀 (𝒙⁄𝒅)𝑳 𝜶𝑳 𝑲𝑳
≤C50 0,8000 0,45 0,360 0,295
C55 0,7875 0,35 0,276 0,238
C60 0,7750 0,35 0,271 0,234
C65 0,7625 0,35 0,267 0,231
C70 0,7500 0,35 0,263 0,228
C75 0,7375 0,35 0,258 0,225
C80 0,7250 0,35 0,254 0,222
C85 0,7125 0,35 0,249 0,218
C90 0,7000 0,35 0,245 0,215
A relação 𝑑′⁄𝑑 é obtida por meio da equação a seguir, utilizada para cálculo do nível de tensão
na armadura comprimida (𝜙), que é sempre menor ou igual a 1:
𝑥 𝑑′
𝜎′𝑠𝑑 ( ) −( ) 𝜀 ∙𝐸
𝑑 𝐿 𝑑 𝑐𝑢 𝑠
𝜙= = 𝑥 ∙ ≤1 (3.15)
𝑓𝑦𝑑 ( ) 𝑓𝑦𝑑
𝑑 𝐿
Onde:
Classe ≤C50 C55 C60 C65 C70 C75 C80 C85 C90
CA-25 0,317 0,234 0,224 0,218 0,214 0,212 0,211 0,211 0,211
CA-50 0,184 0,118 0,099 0,085 0,077 0,073 0,072 0,071 0,071
CA-60 0,131 0,072 0,049 0,032 0,023 0,018 0,016 0,016 0,160
Para casos nos quais haja 𝐴𝑠2 , deve-se calcular a armadura de compressão 𝐴′𝑠 pela equação:
𝐴𝑠2
𝐴′𝑠 = (3.16)
𝜙
Seção T ou L
Nas estruturas de concreto armado, mostra-se muito frequente a utilização de seções
geométricas em T, figura a seguir, ou L.
Essas seções são compostas por uma nervura ou alma de largura 𝑏𝑤 e uma mesa de largura 𝑏𝑓 .
No entanto, essas estruturas só podem ser consideradas como seções T ou L se a mesa estiver
comprimida. Nos casos em que ela não demonstrar tal comportamento, a seção se comportará
retangular de largura 𝑏𝑤 .
Para casos nos quais a profundidade da linha neutra seja menor ou igual à altura da mesa
(𝑦 ≤ ℎ𝑓 ), a seção é considerada como retangular de largura 𝑏𝑓 .
Para obtenção da área de aço 𝐴𝑠 necessária para a armadura, utiliza-se a mesma equação (3.4)
empregada para seções retangulares.
Quanto às parcelas para cálculo do 𝐴𝑠 (𝐴𝑠1 𝑒 𝐴𝑠2 ), utiliza-se para 𝐴𝑠2 a equação (3.6) (com
𝑏 = 𝑏𝑤 ) e para 𝐴𝑠1 a equação:
𝑓𝑐 ∙𝑏𝑤 ∙𝑑 𝑏𝑓 ℎ𝑓
𝐴𝑠1 = [(1 − √1 − 2𝐾′) + ( − 1) ] (3.17)
𝑓𝑦𝑑 𝑏𝑤 𝑑
Em que:
𝑓𝑐 = resistência final de cálculo do concreto;
𝑑 = altura útil da seção retangular;
𝑓𝑦𝑑 = tensão de escoamento de cálculo;
𝑏𝑓 = largura da mesa;
𝑏𝑤 = largura da nervura;
ℎ𝑓 = altura da mesa;
Para estabelecimento da área mínima de aço da seção, devem ser respeitadas as taxas
mínimas de armaduras de flexão para vigas estipuladas pela Tabela 3.3 e 3.4, extraídas da
NBR 6118.
¹ Os valores de 𝜌𝑚í𝑛 estabelecidos nesta Tabela pressupõem o uso de aço CA-50, 𝑑 ⁄ℎ = 0,8,
𝛾𝑐 = 1,4 e 𝛾𝑠 = 1,15. Caso esses fatores sejam diferentes, 𝜌𝑚í𝑛 deve ser recalculado.
¹ Os valores de 𝜌𝑚í𝑛 estabelecidos nesta Tabela pressupõem o uso de aço CA-50, 𝑑 ⁄ℎ = 0,8,
𝛾𝑐 = 1,4 e 𝛾𝑠 = 1,15. Caso esses fatores sejam diferentes, 𝜌𝑚í𝑛 deve ser recalculado.
Espaçamento
Quanto ao espaçamento, seguem-se as seguintes determinações estipuladas pela norma no
item 18.3.2.2:
Em que:
𝑏𝑤 = largura da alma da viga;
𝑐𝑛𝑜𝑚 = cobrimento nominal
𝜙𝑡 = diâmetro da barra de armadura transversal (estribo)
𝑎ℎ +𝑏ú𝑡𝑖𝑙
𝑛𝜙⁄𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 ≤ (3.28)
𝑎ℎ +𝜙𝐿
Em que:
𝑛𝜙⁄𝑐𝑎𝑚𝑎𝑑𝑎 = número de barras por camada.
Na equação (3.27), arredonda-se o valor encontrado, quando houver casas decimais, para o
número inteiro inferior ao calculado;
𝑎ℎ = espaçamento na direção horizontal;
𝑏ú𝑡𝑖𝑙 = largura útil da seção da viga retangular;
𝜙𝐿 = diâmetro da barra de armadura longitudinal.
Armadura de pele
Segundo o item 17.3.5.2.3 da NBR 6118, as armaduras de pele são utilizadas para controlar a
abertura das fissuras nas regiões tracionadas da viga, visando evitar uma fissuração
exagerada na peça. Ainda de acordo com a norma, as armaduras de pele, indicadas para vigas
de altura superior a 60 cm, são calculadas independentemente das armaduras de tração e
compressão e devem ser de barras de aço CA-50 ou CA-60. A armadura mínima de pele, ou
armadura mínima lateral, para cada face da alma da viga, deve ser obtida pela equação:
20 𝑐𝑚
𝑠 ≤ { 𝑑 ⁄3 (3.30)
15𝜙𝐿 (𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎)
Em que:
𝑑 = altura útil;
𝜙𝐿 = diâmetro da barra de armadura longitudinal.
4. CISALHAMENTO E FISSURAÇÃO
𝑉∙𝑄
𝜏= (4.1)
𝑏𝑤 ∙𝐼
Em que:
𝜏 é a tensão de cisalhamento;
𝑉 é a força cortante que atua na seção transversal;
𝑄 é o momento estático de uma área (também chamado momento de primeira ordem);
𝐼 momento de inércia da seção;
𝑏𝑤 largura da alma da viga.
No início do século XX, Ritter e Mörsch, criaram um modelo de treliça para fazer analogia com
uma viga fissurada. Mörsch afirmava que uma viga de seção retangular biapoiada, após
fissuração, comportava-se de maneira similar a uma treliça.
Com base em ensaios, observou-se que essa analogia, para ser considerada, necessitava de
algumas correções.
Verificação do concreto
Primeiro calcula-se a tensão convencional de cisalhamento de cálculo pela equação a seguir,
para verificação do não esmagamento do concreto para as diagonais comprimidas da treliça:
𝑉𝑑 1,4𝑉
𝜏𝑤𝑑 = = (4.2)
𝑏𝑤 ∙𝑑 𝑏𝑤 ∙𝑑
Em que:
Em que:
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 = (1 − ) (4.4)
250
Utilizando-se as equações apresentadas, chega-se às Tabelas 4.1 e 4.2 para os valores de 𝜏𝑤𝑑2 .
Tensão máxima convencional de cisalhamento de cálculo (𝝉𝒘𝒅𝟐 ) com 𝒇𝒄𝒌 ≤ 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂 (kN/cm²)
Tabela 4.2 – Valores de 𝝉𝒘𝒅𝟐 dos concretos com 𝒇𝒄𝒌 > 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
Tensão máxima convencional de cisalhamento de cálculo (𝝉𝒘𝒅𝟐 ) com 𝒇𝒄𝒌 > 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂 (kN/cm²)
𝐴𝑠𝑤 = 𝜌𝑤 ∙ 𝑏𝑤 (4.6)
𝜏𝑤𝑑 −𝜏𝑐0
𝜌𝑤 = 100 ( ) (4.7)
39,15
Em que:
2 3⁄
𝜏𝑐0 = 0,009𝑓𝑐𝑘 (4.8)
Utilizando-se as equações apresentadas, chega-se às Tabelas 4.3 e 4.4 para os valores de 𝜏𝑐0 .
Tabela 4.4 – Valores de 𝝉𝒘𝒅𝟐 dos concretos com 𝒇𝒄𝒌 > 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
De acordo com o item 17.4.1.1 da NBR 6118, todos os elementos lineares que estiverem
submetidos à força cortante necessitam de armadura transversal mínima (𝐴𝑠𝑤,𝑚í𝑛 ).
Prof. MSc. Luiz Cezar Sakr - Engenheiro Civil
Universidade do Contestado - Canoinhas (SC)
Engenharia Civil - Concreto I – 2018-1 34
Sendo a taxa mínima de armadura transversal (𝜌𝑤,𝑚í𝑛 ) obtida pelas equações a seguir:
2 3⁄
𝜌𝑤,𝑚í𝑛 = 0,012 ∙ 𝑓𝑐𝑘 (4.11)
Taxa mínima de armadura transversal dos concretos (𝝆𝒘,𝒎í𝒏 ) com 𝒇𝒄𝒌 ≤ 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
Tabela 4.6 – Valores de 𝝆𝒘,𝒎í𝒏 dos concretos com 𝒇𝒄𝒌 > 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
Taxa mínima de armadura transversal dos concretos (𝝆𝒘,𝒎í𝒏 ) com 𝒇𝒄𝒌 > 𝟓𝟎 𝑴𝑷𝒂
De acordo com o item 18.3.3.2 da NBR 6118, o diâmetro da barra utilizada para estribo (𝜙𝑡 )
deve ser obtido por:
𝜙𝑡 ≥ 5 𝑚𝑚
{ 𝑏𝑤 (4.13)
𝜙𝑡 ≤ 10
Para barras lisas, o diâmetro não deve ultrapassar 12 mm, já para estribos de telas soldadas,
admite-se um diâmetro mínimo de 4,2 mm.
Quanto ao espaçamento, deve haver uma distância mínima para passagem do vibrador, sendo
estipuladas, pela norma, as seguintes condições para o espaçamento máximo (𝑠𝑚á𝑥 ).
𝜏𝑤𝑑
𝑠𝑒 𝜏𝑤𝑑2
≤ 0,67 → 𝑠𝑚á𝑥 = 0,6𝑑 ≤ 300𝑚𝑚
{ 𝜏𝑤𝑑 (4.14)
𝑠𝑒 > 0,67 → 𝑠𝑚á𝑥 = 0,3𝑑 ≤ 200𝑚𝑚
𝜏𝑤𝑑2
Em que:
𝑑 é a altura útil;
𝜏𝑤𝑑 é a tensão convencional de cisalhamento de cálculo;
𝜏𝑤𝑑2 é a tensão máxima convencional de cisalhamento de cálculo.
Segundo a NBR 6118, item 13.4, devido ao fato do concreto não apresentar boa resistência aos
esforços de tração, um fato inevitável é a ocorrência de fissurações ao longo das estruturas em
concreto armado. No entanto, deve-se atentar para que elas não se mostrem excessivas, o que
pode levar ao comprometimento da durabilidade do material ou perda da segurança.
No caso de fissuras que afetam a funcionalidade da estrutura, devem ser adotados limites
menores para a abertura de fissuras.
Para cada armadura utilizada para controle da fissuração, deve-se ter uma área de concreto
de envolvimento (𝐴𝑐𝑟𝑖 ) que possua lados com distância de no máximo 7,5 𝜙𝑖 do eixo da barra
da armadura, como mostra a figura a seguir., em que:
𝜙𝑖 é o diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada;
𝐴𝑐𝑟𝑖 é a área de concreto de envolvimento da barra 𝜙1 da armadura.
Segundo a NBR 6118, item 17.3.3.2, para o cálculo do valor da abertura máxima característica
(𝑤𝑘 ) das fissuras para cada parte da região envolvida, utiliza-se o menor dos valores
encontrados pelas equações:
𝜙𝑖 𝜎𝑠𝑖 3𝜎𝑠𝑖
𝑤𝑘 = ∙ ∙ (4.15)
12,5𝜂1 𝐸𝑠𝑖 𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜙𝑖 𝜎𝑠𝑖 4
𝑤𝑘 = ∙ ( + 45) (4.16)
12,5𝜂1 𝐸𝑠𝑖 𝜌𝑟𝑖
Em que:
𝜙𝑖 é o diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada;
𝜂1 é o coeficiente de aderência
(igual a 1,0 para CA-25, igual a 1,4 para CA-60 e igual a 2,25 para CA-50)
𝐸𝑠𝑖 é o módulo de elasticidade do aço da barra considerada, de diâmetro 𝜙𝑖 ;
𝑓𝑐𝑡,𝑚 é a resistência média a tração, obtida pelas equações (21) e (22);
𝜎𝑠𝑖 é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada;
𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐
𝜎𝑠𝑖 = ∙ (4.17)
𝛾𝑓 𝐴𝑠,𝑒𝑓
Em que:
𝑓𝑦𝑑 é a resistência de escoamento de cálculo do aço;
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 é a armadura de tração calculada;
𝐴𝑠,𝑒𝑓 é a armadura de tração efetivamente colocada;
𝛾𝑓 é o coeficiente de ponderação das ações
(em razão das considerações adotadas 𝛾𝑓 ≅ 1,4).
𝜌𝑟𝑖 é a taxa de armadura em relação à área da região de envolvimento 𝐴𝑐𝑟𝑖 .
𝐴𝑠𝑖
𝜌𝑟𝑖 = (4.18)
𝐴𝑐𝑟𝑖
Em que:
𝐴𝑠𝑖 é a armadura referente a uma barra 𝜙𝑖 ;
𝐴𝑐𝑟𝑖 é a área de concreto de envolvimento da barra 𝜙1 da armadura.
𝐴𝑠,𝑒𝑓
𝜌𝑟 = ∑𝜌𝑟𝑖 = (4.20)
𝐴𝑐𝑟
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐
𝜌𝑟,𝑐𝑎𝑙𝑐 = (4.21)
𝐴𝑐𝑟
Em que:
𝜌𝑟,𝑐𝑎𝑙𝑐 é a taxa de armadura calculada;
𝐴𝑐𝑟 é a área total de concreto de envolvimento das armaduras.
𝑓𝑦𝑑 𝐴
𝜎𝑠𝑖 = ∙ 𝜌𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 (4.22)
𝛾𝑓 ∙𝐴
𝑟 𝑐𝑟
𝑓𝑦𝑑 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐
∙
𝜙𝑖 𝛾𝑓 𝜌𝑟 ∙𝐴𝑐𝑟 4
𝑤𝑘 = ∙ ( + 45) (4.23)
12,5𝜂1 𝐸𝑠𝑖 𝜌𝑟𝑖
Analisa-se então o valor 𝑤𝑘 obtido pela equação (4.23), que se refere à área total de concreto
de envolvimento das armaduras, com o menor dos valores referentes às equações (4.15) e
(4.16), sendo permitida uma diferença de até 20% entre a abertura real e a estimada.
Após realizadas as verificações, caso a armadura não tenha sido suficiente para manter a
abertura de fissuras dentro dos valores-limite estabelecidos pela norma, deve-se aumentar a
armadura, adotando-se como coeficiente de majoração, o menor dos valores obtidos pelas
equações a seguir.
𝐴𝑠,𝑒𝑓 3𝛼𝑤 ∙𝑓𝑦𝑑
=√ ≥1 (4.24)
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝛾𝑓 ∙𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝐴𝑠,𝑒𝑓 4𝛼𝑤
= 22,5𝛼𝑤 + √(22,5𝛼𝑤 )2 + ≥1 (4.25)
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝜌𝑟,𝑐𝑎𝑙𝑐
𝜙𝑖 ∙𝑓𝑦𝑑
𝛼𝑤 = (4.26)
12,5𝜂1 ∙𝛾𝑓 ∙𝐸𝑠𝑖 ∙𝑤𝑘
𝜙
𝛼𝑤 = 5,26 × 10−5 ∙ 𝑤 𝑖 (4.27)
𝑘
Uma vez detalhada a armadura longitudinal nas seções transversais mais solicitadas de uma
viga de concreto armado e conhecido o diagrama de momentos fletores, é possível obter o
desenvolvimento da armadura ao longo de toda a viga.
O objetivo do detalhamento é usar as barras de aço com o menor comprimento possível, não
deixando de atender a todas as condições de segurança.
Método gráfico
Um dos métodos que se pode empregar para detalhar a armadura ao longo de uma viga é o
método gráfico.
Seja a viga da figura a seguir e seu respectivo diagrama de momento fletor.
Vamos supor que sejam necessárias 7 barras de 𝜙 = 12,5 𝑚𝑚 para resistir ao momento
atuante na seção do apoio B.
Ao observar o diagrama, vê-se que essas barras “negativas” seriam necessárias apenas no
trecho b.
Como os momentos decrescem (em módulo) à medida que se caminha do apoio central para
qualquer um dos apoios laterais, deduz-se que em uma seção intermediária S a quantidade de
aço necessária é inferior a essas sete barras.
Assim, inverte-se o problema inicial, ou seja, em vez de determinar quantas barras devem ser
usadas na seção S, procura-se, graficamente, a posição da seção na qual será preciso usar certo
número inteiro de barras.
Esse procedimento consiste, também, em admitir que exista linearidade entre o momento
fletor e a armadura de aço requerida em certa seção.
Essa relação (momento fletor/armadura) não é linear, entretanto, a favor da segurança, ela
pode ser tomada como linear, desde que sempre se fixe como referência o maior momento
fletor.
Exemplo:
Considere uma viga de seção retangular com as seguintes características: 𝑏𝑤 = 25 cm, d = 45
cm, aço CA-50 e 𝑓𝑐𝑘 = 20 MPa.
Calculando as áreas de aço necessárias para momentos de 100 kN.m e 50 kN.m, chega-se aos
valores de 𝐴𝑠 = 8,3 cm² e 𝐴𝑠 = 3,8 cm², respectivamente.
Se for considerado como referência o menor momento (50kN.m) tem-se para o de 100 kN.m
um 𝐴𝑠 = 2 ∙ (3,8) = 7,6 𝑐𝑚², quando é necessário 8,3 cm², estando, desta forma, contra a
segurança.
Portanto, pode-se usar a linearidade entre as áreas e os esforços desde que a referência seja o
maior valor do momento.
O momento no apoio B é dividido em sete partes iguais (k); as divisões devem ser, na verdade,
proporcionais à área de cada barra (ou grupo de barras) que compõe a área total. As retas
paralelas ao eixo da viga traçadas por esses pontos determinam, ao encontrar o diagrama de
momentos, os valores dos comprimentos mínimos das barras.
Na verdade, esses procedimentos devem ser feitos não com os diagramas de momento fletor,
mas sim com o diagrama de forças nas armaduras.
Há, também, questões práticas que devem ser consideradas, como a necessidade de que um
número mínimo de barras seja levado até os apoios extremos para ancorar as bielas do
concreto, além da necessidade de empregar, pelo menos, quatro barras (duas na face superior
e duas na inferior) trabalhando como “porta-estribos”.
Segundo o item 9.4 da NBR 6118, todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de
forma que as forças a que estejam submetidas sejam integralmente transmitidas ao concreto,
seja por meio de aderência ou de dispositivos mecânicos ou por combinação de ambos.
Ancoragem por aderência: acontece quando os esforços são ancorados por meio de um
comprimento reto ou com grande raio de curvatura, seguido ou não de gancho;
Ancoragem por meio de dispositivos mecânicos: acontece quando as forças a ancorar
são transmitidas ao concreto por meio de dispositivos mecânicos acoplados à barra. A
eficiência desse conjunto, se necessário, deve ser comprovada por ensaios.
Considera-se em boa situação quanto a aderência os trechos das barras que estejam em uma
das posições seguintes:
Horizontais ou com inclinação menor do que 45° sobre a horizontal, desde que:
Os trechos das barras em outras posições, e quando do uso de formas deslizantes, devem ser
considerados em má situação quanto à aderência.
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 0,7𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = (5.2)
𝛾𝑐 𝛾𝑐
Sendo que:
⁄
2 3
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘 (5.3) (2.4) (3.21)
Prolongamento retilíneo da barra ou grande raio de curvatura (item 9.4.2.1 da NBR 6118)
Com ou sem gancho nos demais casos, não sendo recomendado o gancho para barras
de 𝜙 > 32 𝑚𝑚 ou para feixe de barras.
𝜙 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = ∙ ≥ 25𝜙 (5.5)
4 𝑓𝑏𝑑
𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼 ∙ 𝑙𝑏 ∙ ≥ 𝑙𝑏,𝑚í𝑛 (5.6)
𝐴𝑠,𝑒𝑓
Onde:
0,3 𝑙𝑏
𝑙𝑏,𝑚í𝑛 ≥ { 10 ∅ (5.7)
100 𝑚𝑚
Há autores que afirmam que o comprimento de ancoragem necessário deve ser arredondado
para o múltiplo de 5 cm imediatamente superior.
Ganchos de ancoragem nas extremidades das barras (NBR 6118, item 9.4.2.3)
Na Norma, são previstos ganchos para ancoragem das barras tracionadas e estribos, os
ganchos possibilitam a redução do comprimento de ancoragem. No entanto, a Norma não
recomenda o gancho para barras de ∅ > 32 𝑚𝑚. Conforme já visto, as armaduras
comprimidas devem ser ancoradas sem gancho, o mesmo vale para as armaduras que tenham
alternância de solicitação, de tração e compressão.
Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de tração podem ser:
B – Em ângulo de 45° (interno), com ponta reta de comprimento não inferior a 4𝜙;
O diâmetro interno da curvatura dos ganchos das armaduras longitudinais de tração deve ser
pelo menos igual ao estabelecido na Tabela 5.1
Tipo de aço
Bitola mm
CA-25 CA-50 CA-60
< 20 4𝜙 5𝜙 6𝜙
≥ 20 5𝜙 8𝜙 -
Ancoragem de estribos
De acordo com o item 9.4.6 da NBR 6118, a ancoragem dos estribos deve necessariamente ser
garantida por meio de ganchos ou barras longitudinais soldadas.
Os ganchos dos estribos podem ser:
C – Em ângulo reto, com ponta de comprimento maior ou igual a 10𝜙𝑡 , porém não
inferior a 7 cm (esse tipo de gancho não pode ser utilizado para barras e fios lisos).
O diâmetro interno da curvatura dos estribos deve ser no mínimo igual ao valor dado na
Tabela 5.2, extraída do item 9.4.6.1 da NBR 6118.
Desde que a resistência ao cisalhamento da solda para uma força mínima de 𝐴𝑠 𝑓𝑦𝑑 seja
comprovada por ensaio, pode ser feita a ancoragem de estribos, por meio de barras
transversais soldadas, obedecidas as condições do item 9.4.6.2 da NBR 6118.
𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐
𝑙𝑏,𝑚í𝑛 ≥ { 𝑟 + 5,5 ∅ (5.8)
60 𝑚𝑚
Em que:
A ancoragem em apoios extremos é realizada na largura efetiva do apoio (𝑙𝑒𝑓 ), calculada por:
𝑏 = largura do apoio;
𝑐𝑛𝑜𝑚 = cobrimento nominal.
Se 𝑙𝑒𝑓 ≥ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 , pode-se realiza ancoragem por comprimento reto (sem gancho)
As ancoragens por aderência, com exceção das regiões situadas sobre apoios diretos, devem
ser confinadas por armaduras transversais ou pelo próprio concreto; neste último caso,
cobrimento de barra ancorada deve ser maior ou igual a 3𝜙, e a distância entre as barras
ancoradas também deve ser maior ou igual a 3𝜙.
Barras com 𝜙 ≥ 32 𝑚𝑚
Barras comprimidas
Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da
armadura transversal deve ser situada a uma distância igual a 4𝜙 além da
extremidade da barra.
Emendas de barras
Quando for preciso emendar uma barra de aço, devem ser respeitadas as prescrições
relacionadas no item 9.5 da NBR 6118.
Tipos:
Por transpasse;
Por luvas com preenchimento metálico, rosqueadas ou prensadas;
Por solda;
Por outros dispositivos devidamente justificados.
Quando a distância livre entre barras emendadas estiver compreendida entre 0 e 4𝜙, o
comprimento do trecho de transpasse para barras tracionadas deve ser:
Onde
0,3 𝛼0𝑡 𝑙𝑏
𝑙0𝑡,𝑚í𝑛 ≥ { 15 𝜙 (5.11)
200 mm
Quando a distância livre entre barras emendadas for maior do que 4𝜙, ao comprimento
calculado deve ser acrescida a distância livre entre as barras emendadas.
0,6 𝑙𝑏
𝑙0𝑡,𝑚í𝑛 ≥ { 15 𝜙 (5.13)
200 mm
o Ser capaz de resistir a uma força igual à de uma barra emendada, considerando
os ramos paralelos ao plano da emenda;
o Ser constituída por barras fechadas se a distância entre as duas barras mais
próximas de duas emendas na mesma seção for < 10𝜙;
o Concentrar-se nos terços extremos da emenda.
Barras comprimidas
Devem ser mantidos os critérios estabelecidos para o caso anterior, com pelo menos
uma barra de armadura transversal posicionada 4𝜙 além das extremidades da
emenda.
6. LAJES
Para calcular uma estrutura composta por lajes, vigas e pilares é necessário, primeiramente,
conhecer o tipo de pavimento ou de laje que será usada, para que seja possível determinar as
cargas e, posteriormente, detalhar as vigas e os pilares.
𝑏
< 0,5 (6.1)
𝑎
ou
𝑏
>2 (6.2)
𝑎
Quando armada em apenas uma direção, essa é realizada na menor delas. Para isso tem-se:
O cálculo de lajes armadas em duas direções não é simples, o que motivou o surgimento de
diversas tabelas, de diferentes origens e autores, com coeficientes que proporcionam o cálculo
dos momentos fletores e das flechas para casos específicos de apoios e carregamentos.
Condições de apoio:
Análise de engastamento:
Carregamentos
Cargas permanentes:
Peso próprio
Revestimentos
Alvenarias internas
Enchimentos
Impermeabilizações
(na falta de determinações experimentais, deve-se utilizar a Tabela 1 da NBR 6120)
Cargas acidentais:
Valores mínimos estipulados na Tabela 2 da NBR 6120
Para escolher a altura e a armadura de uma laje é preciso, inicialmente, conhecer as ações que
nela atuarão descritas a seguir.
𝒈 – carga permanente: este tipo de carga é constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo
peso de todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes. Na falta de
determinação experimental desses valores, deve-se utilizar a Tabela 1 da NBR 6120.
𝒒 – carga acidental: é toda aquela que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função
do seu uso (pessoas, móveis, utensílios, materiais diversos, veículos etc.). A Tabela 2 da NBR
6120 indica valores mínimos a serem considerados.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.3, no caso de armazenagem em depósitos e na falta de
valores experimentais, o peso dos materiais armazenados pode ser obtido através dos pesos
específicos aparentes que constam na Tabela 3.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.4, todo elemento isolado de coberturas (ripas, terças e
barras de banzo superior de treliças) deve ser projetado para receber, na posição mais
desfavorável, uma carga vertical de 1kN, além da carga permanente.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.5, ao longo dos parapeitos e balcões devem ser
consideradas aplicadas uma carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga
vertical mínima de 2 kN/m.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.6, o valor do coeficiente 𝜙 de majoração das cargas
acidentais a serem consideradas no projeto de garagens e estacionamentos para veículos deve
ser determinado do seguinte modo: sendo 𝑙 o vão de uma viga ou o vão menor de uma laje;
sendo 𝑙0 = 3 𝑚 para o caso das lajes e 𝑙0 = 5 𝑚 para o caso das vigas, tem-se:
a) 𝜙 = 1,00 quando 𝑙 ≥ 𝑙0
𝑙0
b) 𝜙 = 𝑙 ≤ 1,43 quando 𝑙 ≤ 𝑙0
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.7, quando uma escada for constituida por degraus
isolados, estes devem ser calculados para suportarem uma carga concentrada de 2,5 kN,
aplicada na posição mais desfavorável. Este carregamento não deve ser considerado na
composição de cargas das vigas que suportam os degraus, as quais devem ser calculadas para
carga indicada na Tabela 2.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.8, no cálculo dos pilares e das fundações de edifícios
para escritórios, residências e casas comerciais não destinados a depósitos, as cargas
acidentais podem ser reduzidas de acordo com os valores indicados na Tabela 4.
Cálculo das reações de apoio: é realizado por meio da área de influência da laje.
𝑝∙𝐴𝑖
𝑅= (6.6)
𝑙
Sendo:
𝑅𝑎′ = 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑜
𝑅𝑎′′ = 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜
𝑅 = reação de apoio →
𝑅𝑏′ = 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑏 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑜
{𝑅𝑏′′ = 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑏 𝑒𝑛𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜
Cálculo dos momentos fletores: podem-se calcular esforços apenas na direção do menor vão.
Em que:
𝑀 = momento fletor positivo (𝑀𝑎 𝑜𝑢 𝑀𝑏 );
𝑋 = momento fletor negativo (𝑋𝑎 𝑜𝑢 𝑋𝑏 ).
𝑝∙𝑙2
𝑀= (6.9)
8
𝑝∙𝑙2
𝑀= (6.10)
14,22
𝑝∙𝑙2
𝑋= (6.11)
8
𝑝∙𝑙2
𝑀= (6.12)
24
𝑝∙𝑙2
𝑋𝐴 = 𝑋𝐵 = (6.13)
12
Para cálculo das reações de apoio das lajes armadas em duas direções, pode-se efetuar os
mesmos cálculos realizados para as lajes armadas em uma direção, ou utilizar a Tab. A1 com
as equações a seguir.
𝑅𝑎′ = 𝑟𝑎′ ∙ 𝑝 ∙ 𝑎
𝑅𝑎′′ = 𝑟𝑎′′ ∙ 𝑝 ∙ 𝑎
(6.14)
𝑅𝑏′ = 𝑟𝑏′ ∙ 𝑝 ∙ 𝑎
{𝑅𝑏′′ = 𝑟𝑏′′ ∙ 𝑝 ∙ 𝑎
Em que:
𝑎 = vão com o maior número de engastes. Caso o número de engastes seja igual para as duas
direções, adota-se como 𝑎 o menor dos vãos.
O cálculo dos momentos fletores para as lajes armadas em duas direções é efetuado utilizando
(no caso de regime elástico) a Tab. A3 com as equações a seguir.
𝑝∙𝑎2 𝑝∙𝑎2
𝑀𝑎 = 𝑒 𝑀𝑏 = (6.15 e 6.16)
𝑚𝑎 𝑚𝑏
𝑝∙𝑎2 𝑝∙𝑎2
𝑋𝑎 = 𝑒 𝑋𝑏 = (6.17 e 6.18)
𝑛𝑎 𝑛𝑏
Em que:
Vão efetivo
Quanto ao vão efetivo, a norma sugere, em seu item 14.7.2.2, a seguinte equação:
𝑙𝑒𝑓 = 𝑙0 + 𝑎1 + 𝑎2 (6.19)
Em que:
𝑙𝑒𝑓 = vão efetivo;
𝑙0 = vão livre (distância entre as faces dos apoios);
𝑎1 𝑒 𝑎2 seguem as condições:
0,3 ℎ 0,3 ℎ
𝑎1 ≤ { ⁄ e 𝑎2 ≤ { ⁄ (6.20)
𝑡1 2 𝑡2 2
Em que:
ℎ = espessura da laje;
𝑡1 𝑒 𝑡2 = largura dos apoios.
𝐴𝑠 𝐴𝑠
𝜌𝑠 = = 6.21
𝑏.ℎ 100.ℎ
Para armadura negativa:
𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 6.22
𝜌𝑠 ≥ 0,67𝜌𝑚í𝑛 6.23
𝜌𝑠 ≥ 0,67𝜌𝑚í𝑛 6.24
𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚í𝑛 6.25
𝜌𝑠 ≥ 0,5𝜌𝑚í𝑛 6.26
20% 𝐴𝑠,𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐
𝐴𝑠,𝑠𝑒𝑐 ≥ { 6.27
0,9 𝑐𝑚²⁄𝑚
Em que:
𝐴𝑠,𝑠𝑒𝑐 = área de aço da armadura secundária;
𝐴𝑠,𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐 = área de aço da armadura principal
ℎ
∅≤ 6.28
8
Sendo ℎ = espessura da laje.
Para a armadura principal de flexão, deve-se ter para espaçamento entre as barras:
2ℎ
𝑠≤{ 6.29
20 𝑐𝑚
Para a armadura secundária de flexão das lajes armadas em uma direção, esse espaçamento
não deve ser superior a 33 cm, e para a área de aço tem-se:
Armaduras positivas
As armaduras positivas são responsáveis por absorver os esforços dos momentos fletores
positivos, localizam-se próximas à face inferior da laje.
Seu comprimento, geralmente, estende-se, para cada lado, até a face externa da viga de apoio,
sendo descontado apenas o valor do cobrimento mínimo. Tem-se, então, para o comprimento
da barra:
𝐶 = (𝑙0 + 𝑡1 + 𝑡2 ) − 2 𝑐𝑛𝑜𝑚 6.30
Em que:
𝐶 = comprimento da armadura;
𝑙0 = vão livre (distância entre as faces dos apoios);
𝑡1 𝑒 𝑡2 = largura das vigas de apoio;
𝑐𝑛𝑜𝑚 = cobrimento nominal.
𝑙
𝑛 = ( 𝑜) − 1 6.31
𝑠
Em que:
Em que:
𝐶 = comprimento da armadura;
𝑙0 = vão livre (distância entre as faces dos apoios);
𝑡1 𝑒 𝑡2 = largura das vigas de apoio;
Armaduras negativas
As armaduras negativas são responsáveis por absorver os esforços dos momentos fletores
negativos, localizando-se próximas à face superior da laje. O seu comprimento total abrange o
comprimento reto e os ganchos das extremidades. Para cálculo do seu comprimento, tem-se,
estendendo para cada lado do apoio:
𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑐𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = 6.33
4
Em que:
𝑐𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 = comprimento para cada lado do apoio;
𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = maior dos menores vãos das lajes contíguas.
Da mesma forma que para as armaduras positivas, para determinar a quantidade de barras,
utiliza-se a equação (6.31).
Para garantir o posicionamento adequado das barras negativas, são colocadas barras na
direção transversal para amarração.
As armaduras negativas também podem ser alternadas. Para tal, estende-se, sobre os apoios,
alternadamente, um valor definido por:
1 𝑙 𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝑐𝑎 = ( 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 ) = 6.37
2 4 8
Em que:
𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = ´´e o maior dos menores vãos efetivos das lajes contíguas.
3 𝑙 𝑙𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝐶 = ( 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 ) = 3. 6.38
2 4 8
Lajes em balanço
As lajes maciças que possuem uma borda livre podem ser divididas em: armadas em uma
direção ou armadas nas duas direções. Para as armadas em uma direção, deve-se calcular
considerando-se essas lajes como vigas isostáticas (engastada-livre), já para as armadas em
duas direções, deve-se realizar o cálculo por meio de tabelas.
De acordo com a NBR 6120, item 2.2.1.5, para lajes em balanço que possuem parapeitos e
balcões, deve-se considerar uma carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma
carga vertical mínima de 2,0 kN/m.
A NBR 6118, item 13.2.4.1, estabelece que no dimensionamento das lajes maciças em balanço,
os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados devem ser multiplicados por um
coeficiente adicional 𝛾𝑛 , de acordo com o indicado na Tabela 6.1.
ℎ (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10
𝛾𝑛 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25 1,30 1,35 1,40 1,45
Onde
𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05ℎ;
ℎ é a altura da laje, expressa em cm.
Nota: O coeficiente 𝛾𝑛 deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nas lajes em
balanço quando de seu dimensionamento.
Para que a laje em balanço 𝐿2 , da figura a seguir, seja considerada engastada na laje contígua
𝐿1 , devem-se ter as seguintes condições, envolvendo os momentos negativos 𝑋1 e 𝑋2 :
Essas lajes são formadas por elementos pré-moldados chamados de vigotas (trilho de
concreto armado ou treliça), por elementos de enchimento chamados lajotas (geralmente
cerâmicas ou EPS) e por uma “capa de concreto” moldada no local.
A armadura do elemento tipo trilho é composta por barras retas colocadas na parte inferior
deste.
A armadura do elemento tipo treliça é uma treliça espacial de aço composta por três banzos
paralelos e diagonais laterais de forma senoidal, soldadas por processo eletrônico aos banzos.
Para a NBR 14859-1, item 3.1.1, as vigotas pré-fabricadas podem ser dos tipos:
c) Treliçadas (VT): com seção de concreto formando uma placa, com armadura treliçada
(conforme NBR 14862), parcialmente englobada pelo concreto da vigota. Quando
necessário, deverá ser completada com armadura passiva inferior de tração totalmente
englobada pelo concreto da nervura; utilizadas para compor as lajes treliçadas (LT).
Segundo a NBR 14859-1, item 4.1, as alturas totais das lajes (h):
Devem ser as indicadas no quadro a seguir, de acordo com as alturas dos elementos de
enchimento. Outras dimensões podem ser utilizadas, desde que sejam atendidas as
disposições da Norma e que fornecedor e comprador estejam de acordo.
A designação de altura padronizada da laje deve ser composta por sua sigla (LC, LP, LT),
seguida da altura total (ℎ), da altura do elemento de enchimento (ℎ𝑒 ), seguida do símbolo “+”
e da altura da capa (ℎ𝑐 ), sendo que todos os valores são expressos em centímetros, conforme
Tabela 6.3.
Tabela 6.3 – Designação da altura padronizada da laje
Genérico Exemplos
LC ℎ (ℎ𝑒 + ℎ𝑐 ) LC 11 (7+4)
LP ℎ (ℎ𝑒 + ℎ𝑐 ) LP 12 (8+4)
LT ℎ (ℎ𝑒 + ℎ𝑐 ) LT 30 (24+6)
Segundo a NBR 14859-1, item 4.2, os intereixos (i) mínimos das lajes:
Variam em função do tipo da vigota e das dimensões do elemento de enchimento, sendo os
mínimos padronizados os estabelecidos na Tabela 6.4.
No caso da utilização de vigotas treliçadas e ℎ ≤ 13,0 𝑐𝑚, permite-se adotar intereixo mínimo
de 40,0 cm.
Tabela 6.4 – Intereixos mínimos padronizados
Ainda segundo a NBR 14859-1, item 3.1.3, deve ser colocada uma armadura de distribuição
posicionada na capa, nas direções transversal e longitudinal, para a distribuição das tensões
oriundas de cargas concentradas e para o controle de fissuras.
Conforme o item 5.6, essa armadura deve ter seção de no mínimo 0,9 cm²/m para aços CA-25
e de 0,6 cm²/m para aços CA-50, CA-60 e tela soldada; contendo pelo menos três barras por
metro, conforme descrito na tabela a seguir.
Número de barras/metro
Aço Área mínima
𝜙 5,0 mm 𝜙 6,3 mm
CA 25 0,9 cm²/m 5 3
CA 50, CA 60 e
0,6 cm²/m 3 3
tela soldada
No caso em que se desejam nervuras longitudinais contínuas, deve ser disposta na capa, sobre
os apoios, nas extremidades da vigota e no mesmo alinhamento da nervura uma armadura
superior de tração segundo o item 3.1.3 da NBR 14859-1. Além de proporcionar a
continuidade das nervuras longitudinais com o restante da estrutura, também combate à
fissuração e auxilia na resistência ao momento fletor negativo.
Altura (ℎ𝑒 ) nominal 7,0 (mínima); 8,0; 9,5; 11,5; 15,5; 19,5; 23,5; 28,5
Largura (𝑏𝑒 ) nominal 25,0 (mínima); 30,0; 32,0; 37,0; 39,0; 40,0; 47,0; 50,0
Comprimento (𝑐 ) nominal 20,0 (mínimo); 25,0
Abas de ( 𝑎𝑣 ) 3,0
encaixe ( 𝑎ℎ ) 1,5
Etapa 2: colocação das vigotas, posicionando lajotas (ou outro material de enchimento) nas
extremidades como gabarito do espaçamento entre vigotas. Duas situações são possíveis:
Apoio das vigotas sobre estrutura de concreto armado: as vigotas devem apoiar-se
sobre as formas, após estas estarem alinhadas, niveladas, escoradas e com a armadura
colocada e posicionada; devem penetrar nos apoios pelo menos 5 cm e no máximo
igual a metade da largura da viga; a concretagem das vigas deve ser simultânea à
execução da capa.
Apoio das vigotas diretamente sobre alvenaria: neste caso deve-se respaldar a alvenaria
e distribuir uma ferragem sobre ela de modo a formar uma cinta de solidarização; as
vigotas devem penetrar nos apoio de modo semelhante ao anterior, e a concretagem da
cinta também deve ser simultânea à da capa.
Etapa 3: colocação dos elementos de enchimento (lajotas cerâmicas, blocos de EPS, ou outros),
tubulação elétrica, caixas de passagem, etc.; os blocos da primeira carreira podem ter um dos
lados apoiados diretamente sobre a parede e o outro sobre a primeira linha de vigotas.
Etapa 6: concretagem da capa de concreto, que deve ser acompanhada de alguns cuidados:
Colocação de passadiços de madeira para evitar que as lajotas quebrem.
Adensar o concreto suficientemente para que ele penetre nas juntas entre as vigotas e
os elementos de enchimento.
Efetuar boa cura, molhando bem a superfície da laje de concreto durante pelo menos
três dias após a concretagem.
Prof. MSc. Luiz Cezar Sakr - Engenheiro Civil
Universidade do Contestado - Canoinhas (SC)
Engenharia Civil - Concreto I – 2018-1 78
As lajes apresentadas aqui se caracterizam por nervuras (formadas pela vigota e pelo
concreto moldado no local até à meia distância entre duas vigotas adjacentes) alinhadas
segundo apenas uma direção, recebendo, portanto a denominação lajes nervuradas
unidirecionais. Há possibilidade de se usar vigotas e calhas pré-moldadas para obter uma laje
com nervuras em duas direções.
Recomenda-se considerar que aproximadamente 25% da carga total seja transmitida para
as vigas paralelas aos trilhos.
É importante destacar que, quando se considera uma fração da ação para as vigas em uma
direção, o valor para a outra direção é fixado automaticamente, pois a soma das ações em
todas as vigas deve resultar na ação total sobre o pavimento.
Assim se ao optar por um valor para a direção 𝑥, e se esse valor for a favor da segurança
(maior do que o real), na outra direção estará sendo considerada uma ação menor que a
real.
Sendo assim, podem-se usar dois tipos de procedimentos, chamados aqui de processo
simplificado e processo racional:
Prof. MSc. Luiz Cezar Sakr - Engenheiro Civil
Universidade do Contestado - Canoinhas (SC)
Engenharia Civil - Concreto I – 2018-1 79
o Processo racional: admite-se que as ações nas vigas das duas direções dependem
fundamentalmente das dimensões da laje. Assim, como valores limite, definidos em
função dos resultados encontrados no estudo:
(58+17.𝜆).𝑝.𝑙𝑥
𝑝𝑣𝑦 = (6.41)
200
(42−17.𝜆).𝑝.𝑙𝑦
𝑝𝑣𝑥 = (6.42)
200
𝑙
Com 𝜆 = 𝑙𝑦 , sendo 𝑙𝑥 o valor do vão na direção paralela às nervuras, 𝑙𝑦 o valor do
𝑥
vão na direção perpendicular às nervuras e 𝑙𝑦 ≥ 𝑙𝑥 ; para 𝑙𝑦 ≥ 2. 𝑙𝑥 , deve-se
considerar e 𝑙𝑦 = 2. 𝑙𝑥 .
Embora novas situações ainda mereçam ser estudadas, é evidente que não será possível
estabelecer valores que sejam corretos para qualquer caso; o ideal é que se faça uma
análise para cada caso.
O que é possível afirmar com certeza é que admitir que as vigas paralelas às nervuras não
recebam qualquer parcela de carregamento pode levar a resultados contra a segurança.
Para o projeto das lajes nervuradas, devem ser obedecidas as seguintes condições:
o Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm, pode
ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a verificação do cisalhamento
da região das nervuras, permite-se a consideração dos critérios de laje;
o Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110 cm, exige-se
a verificação da flexão da mesa, e as nervuras devem ser verificadas ao
cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento
entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das nervuras for maior que
12 cm;
o Para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm,
a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de vigas,
respeitando-se os limites mínimos de espessura.
CONVERSÕES DE UNIDADES
1 kgf = 9,8 N ≅ 10 N
1 Pa = 1 N/m²
1 kN = 100 kgf = 0,1 tf
1 MPa = 10 kgf/cm²
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Adão, F. X.; Hemerly, A. C. Concreto armado: novo milênio cálculo prático e econômico. 2 ed.
Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
Porto, T. B.; Fernandes, D. S G. Curso básico de concreto armado: conforme NBR 6118/2014.