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Por volta do final do final do século 19, a Psicologia começa a constituir-se como
ciência independente, embalada principalmente pelas pesquisas de Wilhelm
Wundt.
Essencial ao surgimento e desenvolvimento de uma ciência é a definição de seu
objeto de estudo e seu método. Nessa época, após Wundt, difundiu-se a ideia que
esse objeto era a consciência, e o método eleito a introspecção experimental
Em completa oposição à psicologia de Titchener e em relativa oposição ao
funcionalismo – mas devendo a ele alguns pressupostos básicos – surgiu, no
começo do século XX, um outro projeto de psicologia científica: o Behaviorismo.
BEHAVIORISMO é palavra de origem inglesa, que se refere ao estudo do
comportamento:"Behavior", em inglês.
O Behaviorismo surgiu como uma proposta para a Psicologia, para tornar como
seu objeto de estudo o comportamento, ele próprio, e não como indicador de
alguma outra coisa, como indício da existência de alguma outra coisa que se
expressasse através do comportamento.
Em 1913, John Broadus Watson publica “O manifesto behaviorista”.
Argumentava que uso da introspecção experimental falhou em estabelecer a
Psicologia como ciência - não utilizava fenômenos que ocupam lugar no tempo e
espaço e não permitia a replicabilidade dos resultados produzidos.
Watson propôs como principais objetivos:a previsão e o controle do
comportamento. E o objeto de investigação o comportamento observável.
1 - Observação, pois, tornou-se um termo e uma operação fundamental para o
Behaviorismo: ela define a categoria "comportamento", seu objeto de estudo.
2 - Comportamento é observável e, por definição, observável pelo outro, isto é,
externamente observável. É importante que haja a concordância de observadores,
e portanto, a necessidade de um treino rigoroso nos procedimentos de registro e
análise.
3 - Esta ênfase no procedimento de medida levou mais tarde à denominação de
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO.
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
• estudar o comportamento;
• opor-se ao mentalismo e ignorar fenômenos como consciência, sentimentos e
estados mentais;
• usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a instrospecção;
• realizar experimentação controlada;
• evitar a tentação de recorrer ao sistema nervoso para explicar o
comportamento;
• Originalmente, Behaviorismo Metodológico foi uma denominação usada porque
afirmavam que fatos da experiência consciente existem, mas não servem a
tratamento científico.
• A compreensão desse behaviorismo écaracterizada por duas asserções: a
mente, enquanto substância imaterial existe, mas a observação direta do
comportamento é o único método seguro para se produzir conhecimento
científico em psicologia.
Mas o que é comportamento?
Comportamento é uma função do organismo vivo, e que se realiza em seu contato
com o ambiente em que vive.
Dentro de uma visão mecanicista da época, todo fenômeno devia ter uma causa e
como Watson rejeitava a mente como causa, se a causa do comportamento não
poderia ser a mente, então esta deveria ser algo externo ao organismo, a saber, o
Ambiente.
1 - Essa mudança observável no organismo biológico seria para o behaviorista
o comportamento.
2 - A manipulação experimental por excelência seria a reprodução desse
modelo: a operação S → R (onde S operacionaliza o Ambiente; R, o
Comportamento; e a flecha, a ação desencadeante, ou Causa).
3 - Esta sequência experimental a tal ponto marcou esta posição que o
Behaviorismo Metodológico ficou sendo conhecido como “a Psicologia S-R.
Enquanto organismo, o ser humano se assemelha a qualquer outro animal e é por isto
que essa forma de conceber a psicologia cientifica dedica uma grande uma grande
atenção aos estudos com seres não humanos, como ratos, pombos e macacos, entre
outros.
1. O modelo causal do Behaviorismo Metodológico foi retido por alguns
Behavioristas que, não obstante, rejeitaram o ambiente como o locus da ação
causal, colocando esta causa de novo no próprio organismo.
2. Para esses autores o modelo S → R do Behaviorismo clássico parecia
inadequado, pois o estímulo e as respostas nem sempre ocorriam de maneira
tão mecânica e preditiva. Certamente que variáveis do organismo, como sua
fisiologia, sua neurologia, e a própria percepção desses estímulos era
importante. Entre estes autores se destacaram Hull e Tolman, dentre outros.
Eles representam uma tentativa de incluir na proposta behaviorista variáveis do
organismo que mediariam a relação S → R, isto é, variáveis que não seriam
diretamente observáveis mas que eram necessárias para uma explicação mais
abrangente do comportamento.
Edward Tolman
Formou-se me Engenharia em Massachusetts, psicólogo, PHD pela Harvard em
1915. No verão de 1912, Tolman estudou na Alemanha com o psicólogo da
Gestalt, Kurt Koffka. No ultimo ano da graduação conheceu o behaviorismo de
Watson e declarou que foi um enorme estimulo e alívio.
Foi professor, conduziu pesquisas sobre aprendizagem nos ratos, depois, não
mais satisfeito com a teoria de Watson começou a desenvolver a sua.
Foi publicado, em 1932, o livro Comportamento Proposital em Animais e Homens,
da autoria de Tolman, onde ele propõe um novo modelo behaviorista se baseando
em alguns princípios da teoria de Watson.
Esse modelo apresentava um esquema S-O-R (estímulo-organismo-resposta)
onde, entre o estímulo e a resposta, o organismo passa por eventos mediacionais,
ou seja, processos internos, que Tolman chama de variáveis intervenientes.
O behaviorismo intencional foi um sistema de Tolman, que combina o estudo
objetivo do comportamento com a ponderação da intenção ou a orientação do
propósito no comportamento.
O comportamento está impregnado de intenção e visa atingir um objetivo ou
aprender a forma de alcançar a meta. Os watsonianos criticaram a atribuição de
intenção ao comportamento. Para eles, a intenção implicava o reconhecimento
dos processos conscientes
Tolman é considerado um precursor da Psicologia Cognitiva, pela aceitação dos
processos mentais e proposição da intencionalidade do comportamento como
objeto de estudo.
Tolman aceitava os processos mentais, e os utilizava efetivamente no estudo do
comportamento. Para ele, todo comportamento visa alcançar algum objetivo do
organismo, e o organismo persiste no comportamento até o objetivo ser
alcançado.
HULL E O BEHAVIORISMO MEDIACIONISTA
Clark Leonard Hull (1884 - 1952) foi um influente psicólogo norte-americano.
Formou-se como Engenheiro e psicólogo PhD nas Universidades de Michigan e
Wiscousin.
Doutorou-se nesta última em 1918 e foi professor até 1929. Hull era dotado de
espantoso domínio da matemática e da lógica formal, e as aplicava à teoria
psicológica. A forma de behaviorismo de Hull era mais complexa e sofisticada do
que a de Watson.
Clark Hull desenhou sobre as ideias e pesquisas de uma série de pensadores,
incluindo Pavlov e Watson.
Hull defendia a ideia de uma análise do comportamento baseada na ideia de
variáveis mediacionais, como Tolman, entretanto, para ele, essas variáveis eram
caracterizadamente intra organismo, neurofisiológicas. Esse é o principal ponto de
discordância entre eles: enquanto Tolman trabalhava com conceitos mentalistas
como memória e cognição, Hull rejeitava os conceitos cognitivistas em nome de
variáveis mediacionais fisiológicos.
Hull empregava termos mecanicistas e considerava o comportamento humano
automático e possível de ser reduzido e explicado na linguagem da física.
O espírito mecanicista do século XVII, representado pelas figuras mecânicas,
pelos relógios, pelos robôs vistos na Europa, incorporou-se perfeitamente no
trabalho de Hull. Ele era objetivo, reducionista e mecanicista.
BEHAVIORISMO RADICAL – SKINNER
Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na
possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-
americano BurrhusFrederic Skinner (1904-1990).
Seu sistema é sob muitos aspectos um reflexo das suasprimeiras experiências de
vida. Ele considerava a vida um produto de reforços passados e afirmava que sua
própria vida fora tão predeterminada, organizada e ordeira quanto seu sistema
ditava que todas as vidas humanas fossem.
Há uma distinção drástica entre o behaviorismo de Skinner, denominado
Behaviorismo Radical, e o Behaviorismo praticadopor alguns de seus
contemporâneos, Behaviorismo Metodológico.
No BehaviorismoRadical, há o reconhecimento de que eventos psicológicos
privados (p. ex., pensamento, consciência etc.) devem fazer parte do objeto de
estudo de uma ciência do comportamento e podem ser estudados com o mesmo
rigor científico que eventos públicos.
Outra característica do Behaviorismo Radicalé a proposição que eventos ou
comportamento privados são tão físicos quanto os eventos públicos (ou
comportamentos públicos), isto é, são de mesma natureza.
O behaviorismo metodológico,o mundo está dividido em eventos públicos e
privados; e a Psicologia, para atingir os critérios de uma ciência, acabou se
confinando ao estudo dos primeiros.
É por issoque o behaviorismo metodológico (que adota a primeira) é bem
diferente do behaviorismo radical
Assim, o Behaviorismo de Skinner émonista (entende eventos privados e
públicos como sendo de mesma natureza);
Toma oseventos privados como legítimos objetos de estudo, resgatando a
introspecção e o estudo da consciência, não como método, mas como
comportamentos.
Outra característica é em relação ao modelo explicativo do Behaviorismo
Radical:o modelo de seleção pelas consequências
Skinner baseia-se em dois processos: variação e seleção, que explicama origem
das diferentes espécies de seres vivos, bem como diferenciações de uma
mesma espécie.
Cada indivíduo de uma dada espécie é único, no sentido de ser diferente,em
maior ou menor grau, de outros membros da mesma espécie. Essas diferenças
referem-se a características anatômicas,fisiológicas e comportamentais, é a
variação ou variabilidade entre membros de uma mesma espécie.
Os membros dessa espécie vivem, geralmente, em um mesmo ambiente,e suas
características são favoráveis à vida neste ambiente, isto é, a espécie está
adaptada. Enquanto esse ambientese mantiver inalterado, as características
dessa espécie manter-se-ão inalteradas.
No entanto, se houver mudançasno ambiente, aqueles cujas características
mostrarem-se mais adequadas ao novo ambiente terão mais chances de
sobreviver e passar seus genes adiante. Diz-se queo ambiente selecionou uma
característica, ela se tornou mais frequente.
A seleção por consequências, chamada pela Biologia de seleção natural, é o que
faz com que a espécie evolua ao longo dos anos.
Skinner fez uma analogia com dois processos de aprendizagem de sua teoria:
para que o comportamento seja repetido em condições diferentes das quais
nasceu é necessária a evolução do condicionamento respondente (involuntário,
reflexos) e do condicionamento operante (voluntário) que levariam juntos à
adaptação às novas situações.
SegundoSkinner (1981/2007), o comportamento dos organismos é suscetível aos
acontecimentos que ocorrem após sua emissão, isto é, certas consequências do
comportamento podem fortalecê-lo e tornar sua ocorrência mais provável.
Enquanto a seleçãonatural produz as diferenças entre espécies, as mudanças
físicas ocorridas (selecionadas); já a seleção operante estabelece as diferenças
de comportamento individuais e as mudanças comportamentais ocorridas
durante a vida de um indivíduo.
Imagineas diversas interações que ocorrem na vida de todos nós. Se
examinarmos essas interações, perceberemos que a reação dos outros ao que
pensamos, falamos ou fazemos influencia bastante a nossa maneira de nos
comportar - essas reações são consequênciasdos nossos comportamentos e
os selecionam, pois tornam alguns de nossos comportamentos mais frequentes e
outros menos.
Obviamente,nosso comportamento também funciona como consequência
para o comportamento das pessoas com as quais interagimos, e também
seleciona certos comportamentos dessas pessoas.
Interação- retroalimentação. Cada interação com o ambiente altera o modo
como as interações seguintes ocorrerão, um processo dinâmico e complexo.
A Psicologia, ocupa-se dos fenômenos relacionados com o segundo nível de
seleção pelas consequências (ontogenia). À partir deste entendimento, pode-
se explicar:
1. como a personalidade de um indivíduo é formada,
2. como surge boa parte das psicopatologias,
3. como aprendemos a falar, escrever, descrever nossos sentimentos;
4. como surgem nosso temperamento e uma infinidade de outros
comportamentos e processos psicológicos.
A seleção natural, ou filogenia, nos ajuda a entender a origem das diferenças
entre as espécies; a seleção operante, ouontogenia, nos ajuda a entender a
origem das diferenças comportamentais entre os indivíduos e, embora este
segundo nível de seleção nos permita explicar uma infinidade de
comportamentos e processos psicológicos, há ainda uma lacuna para a
adequada compreensão do ser humano.
SegundoSkinner (1981/2007), essa lacuna é preenchida por um terceiro nível de
seleção pelas consequências: o nível de seleção cultural.
Da mesma forma, a variabilidade nas práticas culturais de um grupo permite o
surgimento de novas práticas culturais, isto é, a mudança na cultura.
As práticas culturaisde um povo, segundo Skinner, produzem certas
consequências para esse grupo. Esse efeitosobre o grupo como um todo é que
mantém a ocorrência dessa prática. Neste sentido, diz-se que esta consequência
selecionou aquela prática cultural. Práticas culturais são transmitidas entre
gerações porque aqueles que as transmitem são reforçados por fazê-lo.
Exemplo: Se a maioria dos indivíduos de um determinado grupo de ribeirinhos
emite regularmente comportamentos que mantém o rio limpo, e observamos esse
hábito por meio das gerações nesse grupo, dizemos que constitui uma prática
cultural daquele grupo.
Portanto, ter o rio limpo e água potável, é uma consequência da prática cultural, e
esta consequência, esse efeito sobre o grupo que mantem a ocorrência dessa
prática. Assim, esta consequência selecionou aquela prática cultural.
CAUSALIDADE E EXPLICAÇÃO NO BEHAVIORISMO RADICAL
Um traço bastante característico do comportamento humano: queremosexplicar
tudo o que acontece ao nosso redor, principalmente aquilo que as pessoas (ou
nós mesmos) fazem ou deixam de fazer.
Emum sentido amplo, explicar significa apontar as causas de alguma coisa.
Quando fazemos a pergunta “por que fulano agiu daquela forma?”, estamos
perguntando “o que causou aquele comportamento?”.
Duranteum curso de Psicologia, por exemplo, boa parte do que os professores
ensinam refere-se às causas dos comportamentos dos indivíduos; por que
pensam o que pensam? Por que sentem o que sentem? Por que falam o que
falam? Por que fazem o que fazem? Ou por que deixam de fazê-lo?
Entretanto, o aluno, já no primeiro semestre do curso, depara-se com um
“problema” que o acompanhará até o final do curso ou mesmo depois de
formado:existem diversas abordagens em Psicologia e cada uma aponta
diferentes causas para os comportamentos das pessoas.
Essa “confusão” ocorre por um simples motivo: existem diversos modelos
explicativos na Psicologia -e nas ciências em geral. Ummodelo explicativo refere-
se ao modo como se explicam as causas de um dado fenômeno.
Skinneraborda algumas causas gerais utilizadas comumente para se explicar
o comportamento, apontando alguns problemas em se utilizar tais causas.
Oproblema de se atribuir certas causas ao comportamento não é a causa em
si, mas a falta de evidências que atestem que aquele evento, de fato, exerce
alguma influência sobre o comportamento de alguém.
Outra explicaçãoque as pessoas geralmente usam para explicar o comportamento
é a hereditariedade. Partedo comportamento dos organismos é fruto da seleção
natural, ou seja, é determinado geneticamente. Entretanto, explicar as
diferençasde comportamento, personalidade e aptidões de indivíduos a partir da
hereditariedade pode constituir um equívoco.
A hereditariedade desempenha um papel na explicação dos comportamentos de
uma pessoa, no entanto, é comum exagerar-se na importância desse papel;
muitas vezes há um desconhecimento dos efeitos da aprendizagem.
Além da falta de dados conclusivos ou evidênciasde que esses fatores são
causas (ou influências) legítimas do comportamento, há um problema ainda
maior: quanto mais o comportamento de uma pessoa for explicado por esses
fatores, menos o papel do psicólogo será necessário (Skinner, 1953/1998).
Se a'"causa” da timidez de alguém for hereditária, por exemplo, isso significa dizer
que é genética, logo, essa pessoa estaria “condenada” a ser tímida pelo resto de
sua vida.
Devemos reconhecer que a hereditariedade possa explicar parte do
comportamento de uma pessoa, mas devemos nos concentrar mais na
aprendizagem e na interação do que na hereditariedade.
Skinner (1953/1998) aponta ainda um outro conjunto de causas - equivocadas
— do comportamento:
•Causas neurais
•Causas internas psíquicas e conceituais.
Explica-se o comportamento a partir de causasneurais quando utiliza-se
expressões como “fulano estava com os nervos à flor da pele” e “sicrano tem
miolo mole ou não bate bem da bola”. Podemosusar termos mais técnicos
também, como, por exemplo, “fulano está deprimido porque seus níveis de
serotonina estão baixos”.
Skinner(1953/1998) faz considerações importantes acerca da atribuição de
causas neurais: condições específicas do nosso sistema nervoso não são as
causas de um dado comportamento; são parte do comportamento do indivíduo.
Por exemplo, quando dizemos que uma pessoa está deprimida, estamos dizendo,
que ela pode estar tendo pensamentos recorrentes de morte ou suicídio e também
que seus níveis de serotonina podem estar baixos. A causa relevante da
depressão, para opsicólogo, estará em acontecimentos da vida da pessoa (p.
ex., perda de um ente querido).
Osdois outros tipos de causas internas (psíquicas e conceituais) são
circulares e expressam a ideia de outro ser ou agente que habita nossos corpos
e causa nossos comportamentos.
Exemplos de expressões:“fulano tem uma personalidade desordenada”, “sua
consciência é seu guia”, “fulano fuma demais porque tem o vício do fumo” ou
“ela briga por causa do seu instinto de luta”. Esses dois tipos de explicação são o
mentalistas,isto é, nos dão a falsa impressão de estarmos explicando algo
quando, na verdade, não estamos.
Tomemos como exemplo a frase citada anteriormente: “fulanofuma demais
porque tem o vício do fumo”. Quandodizemos essa frase, estamos querendo
explicar por que alguém fuma demais, ou seja, estamos apontando a causa do
“fumar demais”.
Estamos tão acostumados com este tipo de explicação que muitas vezes não
percebemos um errológico inerente a ele: causa e efeito não podem ser a
mesma coisa, o mesmo evento (p. ex., “cair água do céu” não pode ser a
explicação de por que está chovendo).
Outro tipo de tipode explicação falaciosa para o comportamento tem acontecido,
a partir do grande avanço das neurociências. É a chamada falácia mereológica
(Bennette Hacker, 2003), e consiste em atribuir ao cérebro ações que só fazem
sentido quando atribuídas a um indivíduo íntegro, como um todo, e não a partes
desse indivíduo (p. ex., o cérebro decide; o cérebro escolhe; o cérebro sente,
interpreta etc.).
Dizer que o cérebro fez issoou aquilo implica o mesmo erro apontado por
Skinner (1953/1998) de dizer, por exemplo, “minha consciência decidiu”.
Isso não quer dizer que para o Behaviorismo Radical os processos interiores, a
consciência e personalidade não existam.
Esta teoria apenas diz que as causas dos comportamentos não devem ser
atribuídas a processos ou estruturas internas que fazem parte do próprio
comportamento. As explicações para o que as pessoas fazem ou sentem devem
ser buscadas na sua história de interações com outras pessoas.
Modelo causal na perspectiva behaviorista radical é o modelo de seleção pelas
consequências, nos três níveis em que ocorre:
Filogenético (parte docomportamento e capacidades da espécie humana é
selecionado e passado aos descendentes);
Ontogenético (ohomem aprende com suas interações com o mundo, constrói
sua história de vida) e
Cultural (muitas pessoasem um grupo social fazem e gostam de coisas
parecidas, têm crenças e valores semelhantes. Essa similaridade entre os
comportamentos de um grupo é chamada de cultura, e é transmitida de geração
para geração) (Skinner, 1981/2007).
QUESTÕES
Quais as características do Behaviorismo metodológico?
Como podemos diferenciar o Behaviorismo Metodológico do Mediacional?
Quais as características do Behaviorismo Radical?
Explique o que é seleção por consequências e em quais processos da Biologia
se apoia.
Explique o modelo causal na perspectiva behaviorista.
O REFLEXO INATO
Comportamentos reflexos inatos:
Categoria de resposta mais natural que um organismo emite;
quando a luz incide sobre sua pupila, ela se contrai;
quando você ouve um barulho alto e repentino, seu coração dispara;
quando você entra em uma sala muito quente, você começa a suar.
Há algo em comum em todos eles: há sempre uma alteração no ambiente que produz
uma alteração no organismo (no corpo do indivíduo).
Todas as espécies animais apresentam comportamentos reflexos inatos. São uma
“preparação mínima" que os organismos têm para começar a interagir com seu
ambiente e sobreviver
Se você espetar o pé de um bebê, ele contrairá sua perna, afastando seu pé do objeto
que o está ferindo. Esses e inúmeros outros reflexos fazem parte do repertório
comportamental de animais humanos e não-humanos desde o momento de seu
nascimento (e até mesmo da vida intrauterina); por isso, são chamados reflexos
inatos.
No dia-a-dia, utilizamos o termo reflexo em expressões como "aquele goleiro tem um
reflexo rápido”, “o reflexo da luz cegou seu olho por alguns instantes” ou ‘‘você tem
bons reflexos". O termo também foi empregado por alguns psicólogos e fisiologistas
para falar sobre comportamento.
REFLEXO, ESTÍMULO E RESPOSTA.
Na linguagem cotidiana utilizamos o termo reflexo como um sinônimo de resposta,
ou seja, aquilo que o organismo fez. Em Psicologia, quando falamos sobre
comportamento reflexo, o termo não se refere àquilo que o indivíduo fez, mas,
sim, a uma relação entre o que ele fez e o que aconteceu antes de ele fazer.
Reflexo, portanto, é uma relação entre estímulo e resposta, é um tipo de interação
entre um organismo e seu ambiente.
Para compreendermos o que é reflexo, é necessário que antes saibamos
claramente o que é um estímulo e o que é uma resposta: estímulo é uma parte ou
mudança em uma parte do ambiente; resposta é uma mudança no organismo.
Estímulo (S) Resposta (R)
Nesta descrição de reflexos, o reflexo "fogo próximo à mão -+ contração do
braço", "fogo próximo à mão" é uma mudança no ambiente (não havia fogo; agora
há), e "contração do braço" é uma mudança no organismo (o braço não estava
contraído; agora está) produzida pela mudança no ambiente. Portanto, quando
mencionamos "reflexo", estamos nos referindo às relações entre estímulo e
resposta onde determinada mudança no ambiente produz determinada mudança
no organismo
Estímulo ----------------► Resposta
fogo próximo à mão --------► contração do braço
martelada no joelho -----------► flexão da perna
alimento na boca -----------► salivação
barulho estridente-----------►sobressalto
E comum em ciência termos símbolos para representar tipos diferentes de
fenômenos, objetos e coisas. Em uma ciência do comportamento não seria
diferente. Para falar de comportamento reflexo, utiliza-se letra S para representar
estímulos e a letra R para representar respostas. A relação entre estímulo e
resposta é representada por uma seta
Dizemos, nesse caso, que S elicia R , ou que a batida de um martelo no joelho
elicia a resposta de flexão da perna.
S -----► R
EVENTO S OU R
• Cisco no olho
• Sineta no jantar
• Ruborizar
• Arrepio
• Som da broca do dentista
• Situação embaraçosa
• Cebola no olho
• Piscada
• Comida na boca
LEI DO LIMIAR
Para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do estímulo necessária para
que a resposta seja eliciada. Um choque elétrico é um estímulo que elicia a
resposta de contração muscular. Segundo a lei do limiar, existe uma intensidade
mínima do choque que é necessária para que a resposta de contração muscular
ocorra. O som que, para eliciar alguma resposta em humanos deve ser emitido à
uma frequência superior à 20Hz. O suor só começa a ser produzido a partir de
determinada temperatura corpórea.
Valores abaixo do limiar não eliciam respostas, enquanto valores acima do limiar
eliciam respostas.
LEI DA LATÊNCIA
Latência é o tempo decorrido entre apresentação do estímulo e a ocorrência da
resposta. A lei da latência estabelece que, quanto maior a intensidade do
estímulo, menor a latência entre a apresentação desse estímulo e a ocorrência da
resposta. Barulhos altos e estridentes (estímulos) geralmente nos eliciam um
susto (resposta). Segundo a lei da latência, quanto mais alto for o barulho, mais
rapidamente haverá contrações musculares que caracterizam o susto.
Além da latência entre apresentação, estímulo e ocorrência da resposta, a
intensidade do estímulo também possui uma relação diretamente proporcional à
duração da resposta: quanto maior a intensidade do estímulo, maior a duração da
resposta.
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS DA RESPOSTA: HABITUAÇÃO E
POTENCIAÇÃO
Outra característica importante dos reflexos são os efeitos que as eliciações
sucessivas exercem sobre eles. Quando um determinado estímulo, que elicia uma
determinada resposta, é apresentado ao organismo várias vezes seguidas, em
curtos intervalos de tempo, observamos algumas mudanças nas relações entre o
estímulo e a resposta.
Quando um mesmo estímulo é apresentado várias vezes em curtos intervalos de
tempo, na mesma intensidade, podemos observar um decréscimo na magnitude
da resposta.
Chamamos esse efeito na resposta de habituação.
Para alguns reflexos, o efeito de eliciações sucessivas é exatamente oposto da
habituação. À medida que novas eliciações ocorrem, a magnitude da resposta
aumenta. É a potenciação do reflexo.
OS REFLEXOS E O ESTUDO DE EMOÇÕES
Um aspecto extremamente relevante do comportamento humano são as emoções
(medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc.). Você já deve ter dito ou
ouvido falar a seguinte frase: "Na hora não consegui controlar minhas emoções".
Já deve ter achado estranho e, até certo ponto, incompreensível por que algumas
pessoas têm algumas emoções, como ter medo de pena de aves ou de baratas,
ou ficar sexualmente excitadas em algumas situações no mínimo estranhas.
Muitas dessas emoções que sentimos são respostas reflexas a estímulos
ambientais. Por esse motivo, é difícil controlar uma emoção; é tão difícil quanto
não "querer chutar" quando o médico dá uma martelada em nosso joelho.
Os organismos, de acordo com suas espécies, nascem de alguma forma
preparados para interagir com seu ambiente. Assim como nascemos preparados
para contrair um músculo quando uma superfície pontiaguda é pressionada contra
nosso braço, nascemos também preparados para ter algumas respostas
emocionais quando determinados estímulos surgem em nosso ambiente.
Inicialmente, é necessário saber que emoções não surgem do nada. As emoções
surgem em função de determinadas situações, de determinados contextos. Não
sentimos medo, alegria ou raiva sem motivo; sentimos essas emoções quando
algo acontece. Mesmo que a situação que causa uma emoção não seja aparente,
isso não quer dizer que ela não exista.
1. Outro ponto importante a ser considerado é que boa parte daquilo que
entendemos como emoções diz respeito à fisiologia do organismo. Quando
sentimos medo, por exemplo, uma série de reações fisiológicas estão
acontecendo em nosso corpo: as glândulas suprarenais secretam adrenalina, os
vasos sanguineos periféricos contraem-se, e o sangue concentra-se nos músculos
(ficar branco de medo), entre outras reações fisiológicas.
2. Da mesma forma, quando sentimos raiva, alegria, ansiedade ou tristeza, outras
mudanças em nossa fisiologia podem ser detectadas utilizando-se aparelhos
próprios.
Esse aspecto fisiológico das emoções fica claro quando falamos sobre o uso de
medicamentos (ansiolíticos, antidepressivosetc). Os remédios que os psiquiatras
prescrevem não afetam a mente humana, mas, sim, o organismo, a sua fisiologia.
Quando nos referimos às emoções (sobretudo às sensações), estamos falando,
portanto, sobre respostas dos organismos que ocorrem em função de algum
estímulo (situação).
Os organismos nascem preparados para ter algumas modificações em sua
fisiologia em função de alguns estímulos. Por exemplo, se um barulho alto e
estridente é produzido próximo a um bebê recém-nascido, poderemos observar
em seu organismo as respostas fisiológicas que descrevemos anteriormente como
constituintes do que chamamos medo.
Não há dúvidas hoje de que boa parte daquilo que conhecemos como emoções
envolve relações (comportamentos) reflexas, ou seja, relações entre estímulos do
ambiente e respostas (comportamento) dos organismos.
CONDICIONAMENTO REFLEXO
• Você começa a suar e a tremer ao ouvir o barulho dos aparelhos do dentista? Seu
coração dispara ao ver um cão? Você sente náuseas ao sentir o cheiro de
determinadas comidas? Você tem algum tipo de fobia?
• Muitas pessoas responderiam “sim" a essas perguntas. Mas, para todas essas
pessoas, até um determinado momento de sua vida, responderiam "não" a essas
perguntas; portanto, estamos falando sobre um tipo de aprendizagem chamado
Condicionamento Reflexo ou Pavloviano.
• Os reflexos inatos são comportamentos característicos das espécies,
desenvolvidos ao longo de sua história filogenética, e preparam para primeiro
contato com o ambiente.
• Uma outra característica das espécies animais também desenvolvida no decorrer
de sua história filogenética, de grande valor para sua sobrevivência, é a
capacidade de aprender novos reflexos, ou seja, a capacidade de reagir de
formas diferentes a novos estímulos.
A DESCOBERTA DO REFLEXO APRENDIDO: IVAN PETROVICH PAVLOV
• Ivan Petrovich Pavlov, um fisiologista russo, ao estudar reflexos biologicamente
estabelecidos (inatos), observou que seus sujeitos experimentais (cães) haviam
aprendido novos reflexos, ou seja, estímulos que não eliciavam determinadas
respostas passaram a eliciá-las. Pavlov descobriu acidentalmente que outros
estímulos além da comida também estavam eliciando salivação no cão.
• visão da comida
• som de suas pegadas;
• aproximação da hora que os experimentos eram realizados.
• Pavlov emparelhou (apresentar um e logo em seguida o outro), a carne (estímulo
que naturalmente provocava a salivação) e o som da sineta (estímulo que não
eliciava a resposta de salivação), medindo a quantidade de gotas de saliva
quando os estímulos eram apresentados.
• Após 60 emparelhamentos dos estímulos (carne e som da sineta), Pavlov
apresentou para o cão apenas o som da sineta, e mediu a quantidade de saliva.
Ele observou que o som da sineta havia eliciado a resposta de salivação no cão,
que havia aprendido um novo reflexo: salivar ao ouvir o som da sineta.
2. O que é resposta?
O QUE É MITO?
• O mito assume a forma de uma narrativa imagináriasobre a qual várias culturas
procuram explicar a ordem do universo, seu funcionamento, a origem dos
homens, o fundamento de seus costumes apelando para entidades sobrenaturais,
superiores aos homens; as forças e poderes misteriosos que definiram seu
destino. (Severino, 1992, p. 68)
CARACTERÍSTICAS DO MITO
• Sobrenatural
• Deuses, semideuses e heróis
• Narrativa fantástica
• Não permitia a dúvida
PENSAMENTOPRÉ-SOCRÁTICO
• : expressão do pensamento
• Econômica: moeda, artesanato, navegação
• Racionalidade: teorizar, suposições
DUAS FORMAS DE COMPREENDER O MUNDO
• Um grupo se preocupava com a natureza e tentava encontrar o elemento
básico (physis - natureza)
• Tales de Mileto
• Essência: Água
• Matemático, político, 1 pensador grego
• Princípio criador (Arché)
A ÁGUA
• “O quente vive com o úmido, as coisas mortas ressecam-se, as sementes de
todas as coisas são úmidas e todo alimento é suculento. Donde é cada coisa,
disto se alimenta naturalmente: a água é o princípio da natureza úmida e é
continente de todas as coisas, por isso supuseram que a água é princípio de tudo
e afirmaram que a terra está deitada sobre ela. (v. Pré-socráticos, p.7)
PENSADORES PRÉ-SOCRÁTICOS
• Heráclito de Éfeso:
• Essência: fogo - símbolo inquietude
• Anaxímenes
• Essência: ar
• Empédocles: água, terra, fogo e ar
• Demócrito: átomos
• Pitágoras: número
• Parmênedes
• Precursores da ciência e ciência psicológica
OS SOFISTAS
• Pensava o homem em sociedade, enfocava a importância do sujeito e designava-
os detentores de uma sophia
• Centra atenção na questão moral e política
• Ideal democrático dos comerciantes enriquecidos – classe em ascensão
• Instrumento: retórica
• Participação jovens debate público
PERÍODO SOCRÁTICO
• Século V a.C. – marca na humanidade
• Razão, percepção e observação
• Artes: escultura, literatura e teatro
• Nascimento da filosofia
SÓCRATES
• 470 a.C. – 399 a.C.
• Filosofia Clássica
• Inserção método socrático
• Primeiro encontro do Homem-Razão com subjetividade
• Subjetividade: “condição daquilo que se refere à consciência enquanto polo
recebe as informações sobre os objetos nas relações que constituem as
experiências do homem frente aos vários aspectos da realidade”. Severino (1992,
pg. 39)
• Pai escultor
• Mãe parteira
• Caráter intrigante
• Personalidade forte
• Recebeu instrução formal de seu tempos
• Ficou conhecido após 45 anos
• Se tornou filósofo com 60
• Fiel a cultura de seu tempo, porém ousado intelectualmente
• Questões daquele tempo: democracia ateniense, moral discutidas pelos jovens
• Fé: questionamentos sobre os deuses
• Jovens perguntava a Sócrates sobre os fundamentos
• Não registrou suas ideias, mas desenvolveu método baseado na ignorância: “só
sei que nada sei”.
• Alma: “alma é virtude de conhecimento...conhecimento de si mesmo, é
autoconsciência despertada e mantida em permanente vigília”. Pessanha (1983,
p. 21)
MÉTODO
• Ironia (significa pergunta)
• Maiêutica (parto) – dá luz a ideias
• Nem sempre encontra respostas ou conclusões
• Busca de conceitos como coragem, moral, força em refletir sobre seus atos
• Qualquer indivíduo poderia chegar ao autoconhecimento: cidadãos e escravos
ACUSAÇÃO
• Ideias que iam contra aos critérios hierárquicos da democracia ateniense
• Liderança entre os jovens
• Nova crença religiosa
DEFESA E MORTE
• Falou sobre a imortalidade da alma
• Envenenamento por cicuta
PLATÃO
• 428 a.C. – 348 a.C.
• Família Aristocrática de Atenas
• Descendente de rei e legislador
• Cresceu entre os políticos num momento de grande efervescência política
• Foi atleta
• Nome verdadeiro: Arístocles
• Discípulo de Sócrates durante nove anos
• Tinha 28 anos quando Sócrates morreu
• Fundou uma Academia
• Seguidores tanto homens quanto algumas mulheres
• Registrava as ideias – tem 36 diálogos apoiados no pensamento socrático
• Diálogos: o Homem e a sociedade, o ato de conhecer a existência individual,
educação e organização política da sociedade..
• Obras de Platão divididas em duas vertentes:
• Contempla o conhecimento
• Contempla as relações político-sociais
• Duas fontes principais de conhecimento:
• Mundo sensível (dos fenômenos) - corpo
• Inteligível (da alma)
• Alma indivisível, possui a verdade, princípio do movimento, universal e
independente do corpo
• Mito da caverna - Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego
Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que
vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro
“mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos.
• Perspectiva política – homem e sociedade
• Modelo tripartido
• Artesãos – produção
• Soldados – defesa
• Guardiões – administração interna
• Como seria possível a aplicação do modelo social tripartite?
• Diluição da família no corpo mais amplo da sociedade
• Educação das crianças pela cidade
• Distribuição de trabalho por aptidão, sem distinção de sexo
• Governos exercidos por reis-filósofos escolhido dentre os guardiões de destaque
ARISTÓTELES
• 384 a.C. – 322 a.C.
• Origem da Macedônica
• Família ligada a pesquisa e medicina
• O fato de ser filho de médico marcou sua forma de estudar, discurso e a filosofia
• Chegou a Atenas com uns 18 anos(366 a.C.) para estudar
• Entres grupos de sofistas e Platão, escolheu Platão
• Estudou por 20 anos deixando a academia depois da morte de Platão
• Preceptor de Alexandre
• Fundou o Liceu em Atenas
• “Sou amigo de Platão, porém mais amigo da verdade”
• Para alcançar a certeza sobre algum fenômeno era preciso normas organizadas
de pensamento.
• Através da sistematização ofereceu alicerce para o pensamento científico
posterior
• Dicotomia corpo e alma:
• Alma esta ligada ao corpo pelas sensações e percepções, dependia do corpo
• Ela não esta presa lutando pra se livrar...
• A alma assegura a harmonia das forças vitais
• Estruturação da filosofia: registros dos experimentos e das aulas
• Características: sistematizados, técnicos, classificatórios
• As informações existentes na consciência foram previamente experimentada
pelos sentidos
• Ser humano tem condição inata para agrupar...
• Escritos se dividem em dois grupos:
• Exotéricos: destinados ao público –ideias, alma, bem, cosmo
• Esotéricos: base didática e destinados aos discípulos. Problemática filosófica e
ciências naturais
• Obras metafísicas – busca das causas primeiras
• Quatro causas determinam o ser e o devir das coisas
• Causa formal-forma ou essência das coisas
• Causa material ou matéria-aquilo de que é feito uma coisa
• Causa eficiente ou motora-aquilo de onde vem a mudança e o movimento das
coisas
• Causa final- o fim das coisas e ações
• Ato de potência
• Potência – capacidade que algo vive tem de se tornar ato e gerar nova potência.
• Um eterno movimento
• Esse ato transformador aponta para um elemento primeiro e originador - Deus
24 Quais as quatro causas que determinam o ser e o devir das coisas em Aristóteles?