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II UNIDADE

Trabalho: Equipes de 7 pessoas. Cada equipe vai pesquisar decisões sobre o tema
escolhido. 35 minutos. Explicar a decisão correlacionando com o assunto visto em aula.
Cada membro apresenta uma decisão (7 decisões por equipe). Data à confirmar, a priori
seria 30/04.

AULA 09/04/2019
NOVO LIVRO – PLANO DA VALIDADE
A análise de validade envolve a análise da perfeição dos ato jurídico lato sensu. Faz uma
checagem dos requisitos desses atos jurídicos.
Enquanto os elementos de existência não passam pela analise do qualidade do objeto ou sujeitos
(olha apenas a sua presença ou não); na validade analisamos se esse sujeito e objeto atendem a
certos requisitos.
Pensando nos atos anuláveis fica clara a necessidade de diferenciar invalidade de existência, pois
o anulável produz efeitos. Em síntese são planos distintos cada um com sua importância e com
seu papel.
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE
*Não é novidade, estão ligadas a temas já vistos em aula.
Estão presentes no CC/2002 no art. 104
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Para existir basta a presença do agente, mas ser válido o agente precisa ser capaz. Com o objeto
e forma vale a mesma regra.
1º Pressuposto -> Capacidade do agente. O fato do sujeito ser incapaz não torna o ato inexistente.
Ex: Uma criança realizando negócio jurídico (nulo ou anulável).

 Hoje o único absolutamente incapaz é o menor de 16 de anos (Deve ser


representado pelos pais ou tutor. O menor não pode praticar o ato por si, se
praticar o ato é nulo. Os pais ou representantes realizam em nome do menor.
 Relativamente incapaz, eles próprios praticam o ato mas precisam de um
Assistente: pais, tutor (menor de 18) e curador (no caso dos outros).
o Ébrio Habitual
o Viciado em Tóxico
o Pródigo
o Aqueles que por causa transitória não poderem exprimir sua vontade.
(Problemático: como alguém em coma vai realizar um ato, se não
consegue exprimir sua vontade?). Muitas vezes usa-se esse artigo para
tornar incapaz quem possui alguma deficiência (errado), isto só vai
acontecer se a deficiência impedi-la de exprimir sua vontade. Existe a
possibilidade da pessoa com deficiência ser submetida a curatela, para
isso o Juiz precisa dar a decisão afirmando quais atos o sujeito está
incapacitado (e não declarando de forma ampla como absolutamente ou
relativamente incapaz), lembrando que só vale para aspectos
patrimoniais esta curatela.
Capacidade x Legitimação -> Capacidade está vinculado ao status do sujeito, ex: atender ou não
a determinados requisitos, que ele vai ser capaz, incapaz. A legitimação não fala do estado, mas
sim da posição do sujeito em relação a certo objeto. Ou seja, a falta de legitimação não pode ser
para realizar compra e venda, mas sim de compra e venda de um bem especifico (venda por non
domino).
A exteriorização da vontade embora não citado no art. 104, pois o fato de ser capaz não quer dizer
necessariamente que sua exteriorização de vontade será válida. Existem situações em que a
vontade é exteriorizada de forma consciente, porém essa vontade é causa de invalidade: Ex:
Sujeito realizando negócio jurídico sob coação (Defeito).

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra
em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso,
for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum

Se relaciona com o Art. 177 (legitimidade para alegação da invalidade). Percebemos no art. 105 como a
incapacidade relativa deixa mais claro o beneficio para o relativamente incapaz, logo, só ele ou o assistente
vai poder alegar invalidade. Mas se maliciosamente o relativamente engana outrem esse benefício é retirado
dele, pois não pode mais anular o negócio com base na sua incapacidade.

2º PRESSUPOSTO -> Objeto lícito, possível, determinado ou determinável.


Lícito -> A licitude é mais simples, pois se o ordenamento chama certos objetos de ilícitos é obvio
que negócios jurídicos realizados com esses objetos. O objeto ilícito torna o negócio jurídico
invalido (Ato ilícito invalidante). Ex: Alguém tentar pedir dinheiro de volta pois o matador de
aluguel não matou.
Possível -> Possibilidade pode ser I) fática ou II) jurídica. Ex: Venda de pedaço do céu. Art.
106 fala que:
Impossibilidade Fática: Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for
relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

A impossibilidade no art. 104 é absoluta e perdura. Ora, a impossibilidade relativa não gera invalidade do
negócio, mas sim o inadimplemento.

O 104 fala do objeto que não poder ser realizado (alvo de negócio jurídico) de forma alguma.

O art. 106 fala por exemplo do imóvel vendido na planta, ou compra e venda de safra futura, temos um
objeto que inicialmente é impossível, mas vai existir, e é totalmente válido os negócios jurídicos com esse
objeto. Não é este o alvo do 104, pois o 104.

A impossibilidade jurídica (não se confunde com a ilicitude), o objeto em si não é ilícito, mas sim
é criada uma restrição sobre aquele negócio. Ex: pessoa recebe pensão alimentícia com
fundamento prover as necessidades do destinatário; mas a pessoa que recebe não pode realizar o
negócio jurídico com essa pensão alimentícia. Então como existe norma proibindo comercializar
este objeto ele se torna juridicamente impossível.
3º Pressuposto - Determinado ou Determinável -> Não precisa estar determinado desde o
início, mas na realização do ato precisa estar presente os requisitos que permita determinar o
objeto. Ex: Em obrigações existe obrigação alternativa, v.g. entregar notebook ou celular, ou seja,
ainda não se sabe qual será o objeto, mas temos elementos que permite determinar o objeto.
4º Pressuposto - Forma prescrita ou não defesa em Lei -> A regra é a liberdade de forma, mas em
alguns momentos (art. 108) a lei exige forma especifica; o descumprimento dessa forma gera invalidade.

ATO NULO X ATO ANULÁVEL

 EFICÁCIA DO ATO INVÁLIDO


 EXTINÇÃO DA INVALIDADE
 LEGITIMAÇÃO PARA ALEGAR INVALIDAÇÃO
 DESCONSTITUIÇÃO DO NEGÓCIO INVÁLIDO
 CONVERSÃO

. Eficácia do ato inválido:

O ato nulo não tem efeito/eficácia. Existe exceções como o casamento putativo, e também o
art. 48 do cc/2002 – onde a violação da lei é caso de nulidade, porém embora nulo produz
efeitos.

Pode acontecer de ele gerar alguma situação que juridicamente seja eficaz. Ex: o menor que faz
contrato de compra e venda, o contrato é nulo, mas imaginando que o dinheiro foi entregue a
pessoa e a pessoa entregou a coisa ao menor, do ponto de vista jurídico não envolve transmissão
de propriedade, PORÉM, o menor está na POSSE do bem, e posse é um efeito jurídico. Então
não é o negócio que produz efeito, mas o ato-fato que produz o efeito da posse. No anulável a
regra é que se produza os efeitos, a anulabilidade ocorre quando se reclama.

. Extinção da invalidade:

Ao falar em extinção, a invalidade está deixando de existir. Quando falamos em nulidade, não é
possível extinguir a invalidade (é nulo para sempre, e não tem como aproveitar). O anulável
temos como extinguir a invalidade:

1) Sanação: A rigor, a extinção só ocorre na sanação, pois vai se resolver a causa de


invalidade, esta pode se dar tanto por um ato de:

A) Confirmação que é o próprio sujeito – que poderia alegar invalidade –


confirma o negócio que ele praticou [Sujeito que realizou o negócio com 16
anos, depois de completar 18 confirma o negócio] ou [Compra e venda em erro
de relógio dourado como de ouro, mesmo depois do erro descoberto o sujeito
confirma o negócio. Ou,

B) Assentimento posterior, ou seja, o ato precisava do assentimento de um


terceiro, e aí esse terceiro vem e faz o assentimento posteriormente ex: o
assistente do menor posteriormente dando seu assentimento, sobre um
negócio que o menor realizou sozinho.

Art. 172 e 173

Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade
expressa de mantê-lo.

A sanação afasta então a invalidade.

2) CONVALIDAÇÃO: O código traz um período decadencial para se alegar a invalidade.


Ou seja no ato anulável extinguiu-se a invalidade pois houve a perda do prazo para se
alegar a invalidade. Geralmente o próprio artigo da invalidade traz esse prazo. O art. 178
traz alguns prazos de forma mais geral.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio
jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se
realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

Inciso III O prazo começa a contar a partir do dia que cessa a capacidade
Inciso I e II temos o defeito do negócio jurídico, No inciso I a contagem começa a contar
ao fim da coação não necessariamente se encerra quando o negócio é feito, pois, é
possível que a coação perdure. Então enquanto durar a ameaça/coação não existe
começa a contagem.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo
para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do
ato.

A Lei diz que o negócio é anulável, mas não disse nada sobre o prazo -> então segundo
este artigo 179 o prazo é 2 anos.

. Legitimação para alegar a invalidade

Nulo, é algo que o ordenamento não pretende excepcionar, por esse motivo os legitimados são
diferentes a depender se for nulo ou anulável:

Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado,
ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.

Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio
jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda
que a requerimento das partes.

Qualquer interessado = sentido mais comum > qualquer sujeito que esse negócio
jurídico lhe afete. Assim como também o MP nos processos em que participe, e o Juiz
também pode (deve) de ofício decretar a nulidade ao decretar que o contrato foi feito
por Sujeito absolutamente incapaz. Aqui temos um maior amplitude de interessado.
Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de
ofício; só os interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo
o caso de solidariedade ou indivisibilidade.

Não pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz. O sentido de interessado neste artigo é
mais restrito, pois restringe-se ao sujeito protegido pela clausula de anulabilidade. Ex:
art. 496, (não está determinado o prazo, logo 2 anos) art. 550 doação já traz quem seria
o interessado.

Em regra, para desconstituir um ato nulo ou anulável é preciso entre com ação. Mas quando é
nulo as vezes não precisa. Sempre no caso de anulável é preciso desconstituir, pois a regra é que
ela produza efeitos, logo, enquanto não for desconstituído produzirá efeitos. (Art. 177, a
anulabilidade não efeito antes de julgada por sentença.

Um negócio anulável envolvendo várias partes, e o sujeito incapaz alega a invalidade, só poderá
anulável para quem alega; para o outro, que é capaz, continua válido. (visa aproveitar a parte
válida do negócio > Princpio da conservação dos negócios jurídicos).

. Conversão -> Será aplicada no caso de negócios jurídicos nulos, art. 170:
Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando
o fim a que visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a
nulidade.

As pessoas celebraram um negócio jurídico que tem requisito formais nulo, porém existe outro
negócio jurídico com menos requisitos formais (geralmente está ligado a forma). É preciso que
se presuma o interesse das partes em celebrar aquele negócio jurídico da conversão. Ex: Nota
promissória (titulo de crédito) que é um titulo de crédito que constitui a dívida; a Lei enumera
requisitos da nota promissória, e a pessoa falhou em algum dos requisitos. Enquanto nota
promissória é nulo. Mas existe outro instrumento chamado confissão de dívida, com menos
requisitos. A nota promissória nula, se converte em confissão de dívida válida.

Colar aqui.

AULA 23/04/2019

A Fraude Contra Credores é um vício social, pois o problema não em exteriorizar a


vontade de forma que não queria. Aqui não há vicio na exteriorização, pois o sujeito
exterioriza aquilo que ele queria. A anulabilidade surge para proteger terceiros ->
credores deste sujeito e não para proteger o sujeito.
Situações:
Art. 158 e 159
158 – NJ só traz diminuição do patrimônio. Ou trata-se de negócio de transmissão gratuita
de bens, ex: doação. Ou remissão (perdão de dívida).
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se
os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda
quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como
lesivos dos seus direitos.
O sujeito está insolvente (ou mesmo caso se torne insolvente ao realizar o negócio) e não
tem como pagar tudo que ele deve para todo mundo. Logo, uma doação, ou remissão de
dívida é fraude.
Obs: O conhecimento do sujeito da insolvência ou da fraude é irrelevante. Pois, se isto
compusesse o suporte fático o credor teria dificuldade em provar.
Não é qualquer credor que poderá anular, mas só o quirografário (aquele que não tem
nenhuma garantia especial: geralmente a garantia geral é o patrimônio da pessoa, mas
pode ter garantias especiais como hipoteca, fiança e etc..; logo, os quirografários que é
aquele que não tem garantia especial, logo não está protegido por uma garantia.
Contudo, mesmo o sujeito que tiver garantia especial pode pedir anulação, se a garantia
especial se tornar insuficiente (Ex: acréscimos de multas e juros sobre o principal supera
o valor da garantia especial):
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

Outra coisa, o novo credor não pode pedir anulação de doação anterior, pois quando a
doação foi realizada pelo sujeito, ele ainda não era credor. Em síntese, para pedir anulação
do negócio da doação ou remissão o credor precisa já estar na condição de credor no
momento da realização do negócio:
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear
a anulação deles.

159 – Não necessariamente traz prejuízo para o credor. O negócio jurídico ocorre a título
oneroso.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor
insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser
conhecida do outro contratante.
Aqui o sujeito do outro polo também tem ônus, por esse motivo a regulamentação é
diferente. Pois no 158 o outro polo da relação só recebia doação ou remissão, sem
nenhuma contraprestação.
Logo, o sujeito além de insolvente, a insolvência precisa ser notória ex: decretação
judicial de falência, insolvência e etc...; Ou um sujeito que tem como ter conhecimento
da insolvência: sócio, amigo, etc...
Porém assim como na lesão e no erro, existe a possibilidade de evitar a anulação: Se o
sujeito que realizou o negócio ainda não pagou para o devedor insolvente, e o negócio
ocorreu pelo preço normal, então ao invés de pagar ao devedor insolvente, ele poderá
depositar em juízo e avisar aos credores (tudo via ação judicial -> vai ocorrer pagamento
em consignação mediante autorização do Juiz):
Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver
pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á
depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.
Podem também evitar anulação, se o valor do negócio foi abaixo do regular, ele pode
evitar a doação depositando o que seria o valor real do negócio:
Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens,
poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.

Outra situações:
Pagamento do Sujeito Devedor ao credor quirografário de dívida ainda não vencida. Esse
valor precisa ser devolvido. Porém o valor devolvido é para o acervo dos credores e não
para o devedor. O código tira a autonomia do sujeito de pagar dívida não vencida:
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o
pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em
proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores,
aquilo que recebeu.
É anulável também como o devedor insolvente constituir garantia em favor de algum
credor, pois isto seria privilegiar um devedor em detrimento dos outros. Anula-se apenas
a garantia. O código tira autonomia do sujeito de privilegiar algum dos credores.

A ação de anulação pode ser proposta contra o devedor insolvente, mas também contra
os adquirentes de má-fé (contra qualquer um dos dois):
Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada
contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação
considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido
de má-fé.

EXCEÇÕES -> NÃO SÃO FRAUDE:


Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários
indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou
industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
Se o devedor tem um negócio que ainda gera lucro, logo a manutenção deste negócio é
útil para os credores. Quanto a subsistência da família temos: Dignidade da Pessoa
Humana; Mínimo Existencial etc.
AULA 30/04/2019

CAUSAS DE NULIDADE:

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; => Situação em que
excepcionalmente se analisa o motivo. Pois o normalmente o que importa é a causa, e o motivo
não integra a estrutura do negócio. Já vimos no Erro - anulabilidade. E a agora na causa de
nulidade temos este inciso. Dificilmente temos um caso prático sobre isso, pois dificilmente ainda
vai colocar no contrato que se trata de motivo ilícito ex: locação de casa para fins de venda de
drogas ou prostituição. Por esse motivo é difícil ser provado, e encaixar caso prático. É difícil
provar na verdade que ambos sabiam do motivo determinante ilícito. Ex: para o locador saber
que o locatário utilizará a casa para vender drogas.

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; => Fraude à Lei. Primeiro precisa diferenciar fraude
a lei de simulação (ambos causa de nulidade). No caso do inciso: temos uma lei cogente
proibindo algo, e os sujeito desejam realizar um negócio para fraudar esta Lei. Ex: o Art.497 fala
que os tutores não podem comprar bens do seu tutelado. Imagine que o tutor queira comprar o
bem do tutelado e sabendo que a compra é nula. O tutor vende pra terceiro, e depois compra
desse terceiro, porém essa operação foi feita para fraudar a proibição legal. Logo este negócio
será nulo.

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção

*A Nulidade pode existir por sanção explícita, ou quando a Lei não disser nada e a consequência
será a nulidade

Fraude a Lei => O negócio acontece e isoladamente considerado é lícito. Inclusive se não se
caracterizar o negócio fraudulento, não haverá nulidade.

Simulação => fingimento. Aparência um negócio que na verdade é outra coisa. O dissimulado é
o negócio verdadeiro que se tenta esconder.

Simulação absoluta: Trata-se de uma situação em que não há exteriorização real de vontade.
Ex: professor dando exemplo na aula. Causa de inexistência, pois não há exteriorização de
vontade.

Simulação relativa: Negócio jurídico real, com característica escondida pelo negócio jurídico
simulado. Relativa pode ser: A) nocente, b inocente

A) Nocente-> é feita com intuito de burlar alguma proibição legal. Ex: Art. 550 da doação de
cônjuge ao amante (anulável). Neste caso a pessoa faz um contrato afirmando ser de
compra e venda, mas na verdade é uma doação -> Aqui tudo será nulo.

B) Inocente -> embora haja simulação, não tem nenhum impedimento. O sujeito que faz a
mesma coisa porém para enganar a namorada. Aqui se anularia a compra e venda e
aproveita a doação (pois é válida na substância e na forma). Isto é a extraversão ->
Aproveitamento do ato simulado inocente, ou seja, quando não há nenhum impedimento.

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na
substância e na forma.

§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:

I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se


conferem, ou transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.=> Mudar data também é


simulação. Ex: na proibição de vender sendo insolvente, eu (insolvente) desejo mudar a data da
venda para evitar a fraude contra credores, ou seja, coloco a data em momento que o credor
ainda não era credor.

§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico


simulado. => Visa proteger o sujeito de boa fé. Ex: amante (que recebeu doação em negócio
nulo por conta de simulação) vende o bem para um terceiro de boa fé, que não sabe nada sobre
a situação. Protege-se o terceiro de boa fé. O negócio original continua sendo nulo, e a amante
junto com o cônjuge devem indenizar os prejudicados com a situação. Mas o terceiro de boa fé
continua com o bem.

Os inicisos não comentados é porque segundo Requião já foram alvos de explicação


anteriormente.

PLANO DA EFICÁCIA JURÍDICA

Sobre o livro: Não ler sessão 2 do capítulo 5 onde vai explicar coisas que já conhecemos.

 NOÇÕES GERAIS
 IRRADIAÇÃO DE EFICÁCIA (LIMITES)
 MODOS DE EFICÁCIA
o TOTAL E PARCIAL
o PLENA E LIMITADA
o DEFINITIVA RESOLÚVEL E INTERMISTICA
o INSTÂNCIA SUCESSIA E PORTRAÍDA
o PROPRIA, ANEXA E REFLEXA
o EX TUNC, EX NUNCA, E MISTA
o PUTATIVA

Noções Gerais: Como falamos em eficácia jurídica => efeitos decorrentes do fato. Para ser eficaz
não necessariamente precisa ser válido. A fonte da eficácia é o fato jurídico. É preciso que tenha
acontecido o fato para que se desenvolva o seu efeito.

LIMITAÇÃO
Limitação Pessoal - O efeito do fato, normalmente, se aplica ao sujeito que participaram do fato
(contrato).

Limitação em decorrência da própria natureza – Testamento. Só surte o efeito depois da morte


do de cujus.

Pode ocorrer que o ato de vontade do sujeito limite os efeitos do fato (vamos falar em condição
– evento futuro e incerto; termo – futuro e certo; encargo – ônus para o outro).

O limite pode ser territorial – cada nação é soberana, os efeitos se produzem quando realizados
dentro do ordenamento, exceto em caso de negócios internacionais.

MODOS DE EFICÁCIA

 TOTAL E PARCIAL => Verificar se os todos os efeitos, ou parte deles, se realizaram. Ex:
Contrato em que a obrigação de um sujeito se tal condição se realizar. O fato do contrato
é existir já existir é um efeito. Mas a eficácia total só vai existir se a condição se realizar.
Contudo, na compra de lanche na faculdade a eficácia total.

 PLENA E LIMITADA => Se relaciona com o exercício da eficácia. Limitada só tem uma
parte dos efeitos.

 DEFINITIVA, RESOLÚVEL E INTERIMÍSTICA => Definitiva-> Não vai haver o fim do


efeito. Compra e venda efeito definitivo. RESOLÚVEL é o exemplo de empréstimo, pois
o efeito de estar na posse do bem vai deixar de existir. Contrato de locação: pagamento
do aluguel é definitivo. Mas a locação em si é resolúvel. INTERISMÍSTICA => Eficácia
provisória, que pode se tornar definitiva (faz parte da lógica do ato anulável). Como existe
a possibilidade de convalidação e a anulabilidade não pode mais ser alegada, então essa
eficácia provisória pode se tornar definitiva.

 INSTÂNTANEA, SUCESSIA E PORTRAÍDA => Diferença entre direito existente e


exigível. INSTÂTANEA -> Acontece o fato e surge o efeito exigível: Nada impedindo a
exibilidade ex: sujeito que nasce e adquire personalidade. SUCESSIVA -> Surge o
Direito, mas a exigibilidade surge depois, ex: boleto vence 10 de maio, pois ao fazer a
compra eu passei a dever, contudo, só é exigível após o vencimento em 10 de maio. São
situações em que temos um termo. PORTRAÍDA -> Não tem Direito, nem exibilidade,
pois só surgem em momento posterior. Ex: testamento. Antes da parte do de cujus a
pessoa não tem direito, tanto que o testamento pode ser modificado antes do morte.

 PROPRIA, ANEXA E REFLEXA => PRÓPRIA: O fato em questão gerou o efeito que é
normal e regular dele. ANEXA: para os próprios envolvidos no negócio, além do efeito
regular tem um efeito anexo. Ex: casamento gera direitos e deveres para os noivos;
porém se a pessoa que tá casando tem 16 anos, vai ser gerada a o efeito próprio mais
o efeito anexo da emancipação. REFLEXA: Alguns efeitos do fato se estendem a
terceiro. Envolve situações contratuais dos garantidores.

 EX TUNC, EX NUNCA, E MISTA=> MISTA: alguns fatos podem parte de efeitos que
retroagem e partes que não retroagem. Ex: revogação de doação, pela prática de
ingratidão. A devolução do bem é um efeito ex tunc. Por outro lado o uso e goso do bem
não retroage, não precisa indenizar pelo uso do bem, sendo ex nunc.
 PUTATIVA => Precariedade/provisória. Só se mantem enquanto durar a putatividade.
Uma vez desconstituida a putatividade é que pare de produzir efeitos. No caso da boa
fé produz todos os efeitos do casamento normal. Quando se descobre e acaba a
putatividade, os efeitos deixam de existir dali para frente, ou seja, ex nunc.

AULA 14/05/2019

EFICÁCIA JURÍDICA

- ESFERA JURÍDICA

- CATEGORIAS EFICACIAIS

SITUAÇÃO JURÍDICA BÁSICA

SITUAÇÃO JURÍDICA SIMPLES

SITUAÇÃO JURÍDICA COMPLEX

UNILATERAL

RELAÇÃO JURÍDICA

Esfera Jurídica

Tem lógica parecida com a do patrimônio, pois toda pessoa só tem um esfera jurídica. Porém,
aqui é mais abrangente que patrimônio pois não se limita a avaliação patrimonial. Ex: proteção
ao corpo, faz parte da esfera jurídica e não é patrimonial.

Incolumidade das esferas jurídicas => um sujeito não pode interferir na esfera jurídica alheia sem
autorização da pessoa, pois fazer isso constitui ato ilícito.

Categorias Eficaciais

Tipos de efeitos que podem acontecer. Especies e diferentes tipos de efeito, mas só pode ser
um ou outro.

Situação jurídica básica: O simples evento do fato entrar no mundo jurídico já produz algum
efeito. Esse é o efeito da situação jurídica básica. Ainda que não seja os efeitos pretendidos, Ex:
atos nulos.

Porem o mais comum é que esta situação jurídica básica se desenvolva para outras. No caso da
nulidade só temos apenas a situação jurídica básica: o efeito de ser nulo.

Situação Jurídica simples: é também chamada unissubjetiva. Esse efeito se dá sem dependência
de nenhum outro sujeito, e se realiza na esfera jurídica de um único sujeito. São basicamente
Estados do Sujeito, como “Ser maior de idade”, “ser capaz”, “ser brasileiro”.

Situação Jurídica complexa ou intersubjetiva (é a mais importante), se caracteriza em:


necessidade de pelo menos dois sujeitos para se realizar.

Unilateral: Produz seu efeito para um dos sujeitos.


Relação jurídica: produz efeito para ambos sujeitos.

Ex: A proposta de venda (precisa ser feita a alguém) é situação jurídica complexa unilateral,
pois só o proponente vendedor está vinculado a proposta, o recebedor da proposta não está
vinculado a comprar.

Ex: A promessa de recompensa (precisa ser feita a alguém) também é situação jurídica complexa
unilateral.

Relação jurídica

1º Relação entre pessoas => sujeito x sujeito

2º Sobre algum objeto.

3º Correspectividade de Direitos e Deveres => O Direito de um se reflete no dever do outro. Não


confundir com contraprestação (Direito -> receber o valor X Direito -> receber a coisa -> errado).
O certo seria: Na compra e venda: Dever de pagar x direito de receber o dinheiro. Direito de
receber a coisa x Dever de entregar a coisa.

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