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INTRODUÇÃO
O processo penal seria um processo sem partes. O MºPº (ou acusadores nos
termos em que a lei o permite) e o arguido ou réu seriam, tal como o juiz, simples
sujeitos processuais, que se limitavam a colaborar na investigação e na descoberta da
verdade objectiva, com vista à realização do fim do processo, isto é, à concretização do
direito penal, mediante a individualização da pena.
O MºPº, na instrução preparatória, tem que efectuar não só as diligências que conduzem
à prova da culpabilidade do arguido mas também as que concorram para demonstrar a
sua inocência e irresponsabilidade (art.º 12º, § 1.º do Decreto-Lei n.º 35.007); deve
abster-se de acusar, se verificar que não há crime ou que a prova não é suficiente (art.º
25º e 26º); e até interpor recurso, no interesse da defesa (art.º 647º/1 do CPP).
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TENENTE EDIVALDO FARO
Em sentido estrito e técnico, que é o que agora nos interessa, sujeitos processuais
são apenas «aqueles participantes a quem competem direitos e deveres processuais
autónomos», no sentido de que, através das suas próprias decisões, podem determinar,
dentro de certos limites, a concreta tramitação do processo. Entretanto, são sujeitos
processuais:
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Magistrado que tem por função ministrar a justiça. O juiz no exercício das suas
funções tem de realizar os interesses de todo o povo, decidindo com imparcialidade,
com justiça e fundamentando as suas decisões.
A legitimação dos juízes para o exercício do poder jurisdicional passa pela sua
neutralidade política.
Os juizes são irresponsáveis pelas suas decisões (art. 179°/3 CRP e art. 8°/1
EMJMºPº)
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TENENTE EDIVALDO FARO
Noção de suspeito
Conceito de arguido
A lei não estabelece qualquer sanção para o arguido que, prestando declarações
sobre os factos que lhe forem imputados, falte à verdade.
sua qualidade de ofendido ou de especiais relações com o ofendido pelo crime ou pela
natureza do crime.
LESADO: Sendo aquele que sofreu danos com o crime, pode coincidir e coincide
muitas vezes com o ofendido e, por isso, pode também constituir-se assistente, não
por ser lesado mas por ser ofendido.
Em razão da sua qualidade de lesado pode apenas intervir no processo como parte civil,
no pedido de indemnização.