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A traqueia na linha média desenvolve duas projeções laterais, os brotos pulmonares. O brônquio pulmonar direito se
divide em três ramos, os brônquios lobares e o esquerdo em dois brônquios lobares. O brônquio fonte direito é mais
vertical e exibe um alinhamento mais direto em relação a traqueia. Acompanhanado as vias aéreas ramificadas está o
suprimento arterial duplo para os pulmões, ou seja as aa pulmonares e brônquicas.
Bronquiolos- ausência de cartilagem e glândulas submucosas em suas paredes. Bronquiolos terminais. Parte do pulmão
localizada distancialmente ao bronquíolo terminal = ácino (bronquíolo respiratório + ductos alveolares + sacos alveolares-
paredes são formadas por alvéolos, locais de trocas gasosas).
Grupo de 3 a 5 ácinos= lóbulo pulmonar.
Toda a árvore repiratória é formada por epitélio pseudoestratificado alta, colunar e ciliada. Células caliciformes secretoras
de muco e glândulas submucosas nas paredes da traqueia e dos brônquios.
As paredes alveolares são compostas de endotélio capilar, membrana basal e tecido intersticial vizinho (separa as células
endoteliais das células epiteliais de revestimento alveolar). O epitélio alveolar é formado por dois tipos de células:
pneumocitos tipo 1 (achatados pavimentosos e tipo 2 arredondados). As tipo 2 secretam surfactante. Macrofagos
alveolares presos frouxamente as células epiteliais ou livremente nos espaços alveolares. As paredes alveolares são
perfuradas por poros de Kohn, permitem a passagem de bactérias e exsudato entre alvéolos adjacentes.
MECANISMOS DE DEFESA PULMONAR: tosse, broncoconstrição, secreção de muco e outras substâncias citoprotetoras,
transporte mucociliar
- sistema muco ciliar
- imunidade inata (sinal de alerta)
- resposta adaptativa (celular e humoral)
Anomalias congênitas
- Hipoplasia ou agenesia dos dois pulmões, de um pulmão ou de lobos isolados.
- Anomalias da traqueia e dos brônquios
- Anomalias vasculares
- Hiperinflação lobar congênita (enfisema)
- Cistos do intestino anterior
- Malformação congênita das va pulmonares
- Sequestros pulmonares
FIBROSE CÍSTICA
Doença de herança autossômica recessiva
Mutações no gene regulador da condutância transmembranosa da fibrose cística CFTR
O corpo produz muco 30 a 60 vezes mais espesso que o normal
Sistema digestivo (impossibilidade de liberação de enzimas da digestão)- incapacidade progressiva e geralemente
morte precoce – vias respiratórias (grave)
o Secreções espessas
o Obstrução dos ductos do pâncreas
o Impedem a liberação das enzimas para o tubo digestivo
o Digestão e absorção prejudicadas
o Desnutrição e alterações no ritmo intestinal
Tratamento: repor as enzimas através de medicamentos junto as refeições
Os pulmões são seriamente afetados, pois o espessamento da secreção mucosa dos alvéolos pulmonares causa
obstrução das vias respiratórias e facilita o aparecimento de infecções pulmonares frequentes e o
desenvolvimento de bronquite crônica
CFTR- a proteína codificada pelo gene regula o transporte bidirecional de Cl através da membrana epitelial
Teste do pezinho realizado entre o 3 e o 5 dia após o nascimento. Gota de sangue colatada no calcanhar do bebê. Em
locais onde a fibrose cística n~~ao é incluída no exame do teste do pezinho, a suspeita da doença é feita através dos
sintomas apresentados pelo indivíduo e da sua história familiar, confirmando-se o diagnóstico através do teste do suor.
Diagnóstico precoce da doença, garantindo assim ao paciente oi tratamento o quanto antes.
- pele de sabor muito salgado
- tosse persistente, muitas vezes com catarro
- infecções pulmonares frequentes, como pnm e bronquite
-chiados no peito ou falta de folego
- baixo crescimento ou aumento de peso, apesar do bom apetite
- fezes volumosas e gordurosas, e dificuldade no movimento instestinal (poucas idas ao banheiro)
- surgimento de pólipos nasais (pequenas bolsas de tecido inflamado que crescem na camada interna do nariz)
Fisiopatogenia- a presença de dois alelos com mutações no gene da FC provoca ausência da atividade ou funcionamento
parcial da CFTR causando redução da excreção de cloro e aumento da eletronegatividade intracelular, resultando em
maior fluxo de Na para preservar o equilíbrio eletroquímico e secundariamente, de água para a célula por ação osmótica.
- Ocorre então desidratação das secreções mucosas e aumento da viscosidade, favorecendo a obstrução dos ductos, que
se acompanha de reação inflamatória e posterior processo de fibrose.
MUTAÇÃO NO GENE DA FIBROSE CÍSTICA- DEFEITO NO TRANSPORTE IONICO- DIMINUIÇÃO DA SECREÇÃO DE FLUIDOS-
AUMENTO NA CONCENTRAÇÃO DE MACROMOLÉCULAS- TUBULOPATIA OBSTRUTIVA- PULMÕES, PANCREAS, INTESTINOS,
FÍGADO, TESTÍCULOS
Diagnóstico diferencial
PULMONARES – asma, síndrome do lactente chiador, DPOC, AIDS, tuberculose, pneumopatias crônicas de
etiologia não definida, pneumonias recidivantes, bronquite crônica não atópica, bronquiectasia, atlectasia,
bronquiolite obliterante
DIGESTIVAS- síndrome da má absorção, prolapso retal, íleo meconial, edema, icterícia prolongada no período
neonatal, doença do refluxo gastroesofágico
NUTRICIONAIS- baixo ganho pondero estrutural, desnutrição, baixa estatura
OUTROS – infertilidade
ATELECTASIA
Expansão incompleta dos pulmões ou colapso do pulmão previamente inflado, produzindo áreas de parênquima
pulmonar sem ar. A atelectasia adquirida pode ser dividida em atelectasia por reabsorção (obstrução), compressão e
contração.
- Diagnóstico:
* Insuficiencia respiratória de instalação aguda (ate uma semana após agressão clínica conhecida)
* Opacidades bilaterais na rx
* Edema pulmonar de causa não hidrostática
* Hipoxemia
- Morfologia: no estado agudo, os pulmões estão encharcados, vermelhos e firmes. Congestão, edema intersticial e intra
alveolar, inflamação, depósito de fibrina e lesão alveolar difusa. As paredes tornam revestidas de membranas hialinas
de aspecto céreo. As membranas hialinas constituem de um liquido de edema rico em fibrina misturado com resíduos
citoplasmáticos e lipídicos de células epiteliais necróticas. No estagio de organização, pneumocitos tipo 2 sofrem
proliferação e ocorre uma resposta com tecido de granulação nas paredes alveolares e espaços alveolares. Algumas
vezes ocorre espessamento fibrotico dos septos alveolares causado pela proliferação de células intersticiais e depósito
de colágeno.
Hipoxemia: Relação de pressão parcial de oxigênio arterial e fração inspirada de oxigênio
Discreta- 200 e 300 mmhg
Moderada- 100 e 200 mmhg
Grave- menor que 100 mmhg
SARA – Aumento da permeabilidade da barreira alvéolo- capilar
Hipoxemia- discreta/moderada/grave
São muitas e variadas as causas
- mecanismos envolvidos na lesão da barreira alvéolo-capilar na patogênese do dano alveolar difuso
- FASE PROLIFERATIVA- inicia-se no final da primeira semana da doença e é caracterizada pela organização e fibrose do
exudato intra-alveolar, com intensa proliferação de fibroblastos e formação de tecido de granulação.
- FASE FIBROTICA- inicia-se após três a quatro semanas do início do quadro e corresponde a evolução da fase proliferativa,
com amadurecimento e remodelamento do processo cicatricial, com áreas nodulares de fibrose e formação
bronquiectasia por tração.
Fisiopatologia
O surfactante pulmonar é uma mistura de fosfolipideos e lipoproteinas, secretado por pneumocitos tipo 2. Ele diminui a
tensão da superficie do filme aquoso que forma os alvéolos e, portanto, diminui a tendência dos alvéolos de colabarem
e o trabalho necessário para insuflá-los
Com a deficiencia de surfactante, é necessária maior pressão para abrir os alvéolos. Sem pressão adequada das vias
respiratórias, s pulmões apresentam atelectasia difusa, propiciando inflamação e edema pulmonar.
Como o sangue que passa pelas áreas de atelectasia não é oxigenado (forma-se uma derivação intrapulmonar da direita
para a esquerda), o recem nascido torna-se hipoxemico. Como há diminuição da complacencia pulmonar, segue-se
aumento do esforço respiratório. Nos casos graves, surge acidose respiratória diante da fadiga dos mm intercostais e do
diafragma e retenção de CO2.
Sinais e sintomas
Respiração rapida, dificil e ruidosa, que surge imediatamente ou poucas horas após o parto, acompanhados de
retrações supra e subesternal e batimentos de asas do nariz
As atelectasias e a insuficiencia respiratoria progridem, os sintomas pioram, com cianose, letargia, respiração irregular e
apneia
Neonatos com peso menor que 1000 g podem ter mulmões tão rigidos que se tornam incapazes de iniciar ou manter
respirações na sala do parto
Ao exame, os sons pulmonares estão diminuídos. Os pulsos periféricos estão fracos, com edema das extremidades
perifericas e oligúria
PNEUMONIA
Infecções pulmonares – ocorre quando as defesas do organismo são incapazes de impedir a colonização e a proliferação
de microorganismos, que ocorre quando há alterações de qualquer um dos mecanismos de defesa.
- Quadro de infecção do parênquima pulmonar com expressão clínica
- Bronquiolos respiratórios/ alvéolos --- preenchidos por exsudato inflamatório- comprometimento da troca gasosa
- Agente infeccioso: ar inalado, corrente sanguínea- pulmão
- O desenvolvimento do quadro infeccioso: patogenicidade do agente, mecanismo de defesa, capacidade de resposta do
hospedeiro. Além disso, uso de antibiótico de amplo espectro pode estar envolvido no aumento da patogenicidade dos
agentes circulantes, especialmente pela seleção de microorganismos resistentes/ Ampliação de procedimentos
diagnósticos e terapêuticos invasivos que criam portas de entrada para os microorganismos por redução da barreira física/
situação de imunossupressão associadas a certas doenças.
- CLASSIFICAÇÃO
Origem (hospitalar ou comunidade), etiologia (bactérias, vírus, fungos), lesões morfológicas (específicas ou inespecíficas),
distribuição anatômica
Distribuição das lesões no território pulmonar
Intersticial
Lobar
Broncopneumonia
PNM bacteriana
Precedida de colonização agressiva antes da doença invasiva
A maioria é resolvida sem deixar cicatrizes
Normalmente a fibrina intraalveolar é digerida pelas enzimas proteolicas das células inflamatórias degeneradas, sendo os
detritos remanescentes absorvidos ou eliminados com escarro
Alguns casos pode resultar em fibrose
Se o agente infecciosos pode formas abcessos e cicatrizes
PNM crônica- no paciente imunocompetente, com ou sem envolvimento dos linfonodos regionais
Dois padrões de colonização- por organismo virulentos, substituindo a microbiota normal em individuos saudáveis/ por
organismos de vários níveis de virulência em indivíduos imunossuprimidos
Streptococcus pneumoniae
Não produz toxinas
PNM lobar/broncoPNM
- colonização- transmissão-invasão- aspiração (pnm)/bacteremia (meningite)
Klebsiellla pneumoniae
Causa mais comum de pnm em alcoolatras com higiene oral precária
AGUDA- distribuição lobar das lesões, em mais de um lobo, com aparência mucoide. São comuns pleurite fibrosa
e necrose extensa proporcional a duração da doenças. Nas áreas de necrosa forma-se abcessos, comuns nesse
tipo de PNM.
CRONICA- firose extensa e múltiplos abscessos contendo bacilos viáveis, que muitas vezes evoluem para
bronquiectasia
Dilatação e distorção irrevesivel dos brônquios, em decorrência da destruição dos componentes elásticos e
muscular da parede.
HAemophylus influenzae
Atinge crianças, podendo causar meningite. Em adultos, esta é a causa mais comum de pnm aguda adquirida na
comunidade. 5% são encapsuladas. Tipo B: emcapsulada, causa mais frequente de doenças invasivas grave.
Pode agir de 3 formas
o Secreta uma protease- degrada IgA
o Pêlos na superfície- aderência ao epitélio espiratorio
o Secretam um fator – desorganiza o batimento ciliar
Sobrevive na corrente sanguina por causa da cápsula- impede a opsonização pelo complemento e a fagocitose
Vacina HIb conjugada – 8 anos ??
Pnm estafilococica
Seccundaria em crianças e adultos saudáveis após doença viral- sarampo, vírus da influenza
Alta incidência de complicações
PNM por Legionella
PNM por pseudômonas
ABCESSO PULMONAR
Descreve processo supurativo local dentro do pulmão, caracterizado por necrose do tecido pulmonar
Agressão e destruição tecidual com formação de cavidade onde se cumula secreção purulenta constituída por restos
alimentares, micoorganismos e células inflamatórias
Anaeróbios da microbiota bucal
Agentes causadores de pnm
Coleção de PUS