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o Direito tem a sua origem nos fatos sociais, nos

acontecimentos da vida em sociedade. Todas as práticas e


condutas acabam refletindo nos costumes, valores, tradições,
sentimentos e cultura. Essa elaboração do Direito ocorre de
maneira lenta e espontânea da vida social.
O Direito não pode ficar alheio a esses fatos sociais por
ser um fenômeno decorrente do próprio convívio do homem em
sociedade. Chega-se a essa conclusão por uma razão bem
simples, o homem é um ser social, e não pode viver isolado. Os
homens são obrigados a viver necessariamente ao lado uns dos
outros, há uma necessidade clara de regras de como proceder,
normas que levem disciplina à vida em coletividade.
No artigo 187 do novo Código Civil a função social do
Direito é colocada como limite para o exercício de todo e
qualquer direito, além do qual se toma abusivo. Em outras
palavras, o exercício de todo direito subjetivo está condicionado
ao fim que a sociedade se propôs: a paz, a ordem, a solidariedade
e a harmonia coletiva, enfim, ao bem comum, porque o Direito,
repita-se, é o instrumento de organização social para atingir
essa finalidade.
Nesse sentido, o direito tem a função organizativa em dois
âmbitos, seja nas relações jurídico-públicas e nas relações
jurídico-privadas.
Para que o direito realize a justiça, é absolutamente
necessário o conhecimento dos direitos por parte dos cidadãos
e a existência de meios necessários para que tais direitos sejam
exercidos e reconhecidos. O Estado desempenha um papel
importante nesse processo, pois é responsável pela facilitação
do acesso ao ordenamento jurídico sem discriminação de
qualquer tipo.
LEGITIMAÇÃO DO PODER: Legitimidade deriva de legítimo,
que por sua vez se origina do latim, legitime (legitimus, a, um), que
significa, segundo as leis, licitamente. A legitimidade é decorrente do
sentimento expresso por uma comunidade de que determinada
conduta é justa, correta. Daí dizer-se que esta implica sempre
reconhecimento. Para o sociólogo e jurista alemão, Max Weber, o
poder tem que ser reconhecido e aceito pelos súditos para ser um
poder estável. Se o poder for reconhecido e aceito pela sociedade, o
poder se torna legítimo. Um poder só pode ser considerado legítimo
se quem o detém o exerce a justo título, ou seja, se foi derivado de
leis e normas, dentro da legalidade. Nas sociedades modernas, o
poder só terá legitimidade se tiver legalidade nele. A legitimidade
refere-se à obrigação política de obediência, pela qual as pessoas
aceitam e justificam um poder político. Em um Estado democrático
quem dá legitimidade ao poder é a Constituição de cada Estado.
Exemplo: Em Weber, os conceitos de “legitimidade” e de “forma de dominação”
estão intimamente ligados. Caso imaginemos que uma estrutura de dominação qualquer
esteja composta por um “senhor” (ou por um grupo de “senhores”) que detém o poder, de
um corpo de “funcionários” que o respaldam e por um conjunto de dominados, a
legitimidade aparece, então, como a validação da dominação, ou seja, o princípio segundo
o qual se funda a obediência dos funcionários em relação ao senhor e a dos dominados
em relação aos “funcionários” e ao “senhor”. Legitimar sua dominação é uma maneira,
para aquele que detém o poder, de auto justificar o controle do mesmo, bem como de
assegurar a obediência dos “funcionários” e dos dominados. Assim, a justificativa do
privilégio, que é a detenção do poder, pode repousar sobre a etnia, o “sangue”, ou alguma
vantagem “natural”. Cada uma dessas justificativas emana de um tipo diverso de
dominação.

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: A resolução de conflitos


constitui uma importante função do direito. O senso comum
admite ser esta uma função por excelência, do Direito, é sua
razão de existência. O conflito é um processo presente em todas
as sociedades e revela o choque de interesses, é a luta por valores
ou pretensão a posição, a poder ou a recursos. O Direito está
ligado e refere-se sempre a situações de conflito, o direto sempre
busca prevenir e solucionar os conflitos sociais.
Há várias formas do direito enfrentar os conflitos:
Reguladora: quando o que motivou o conflito encontra apoio
na opinião pública. Então o direito o aceita e absorve em novas
normas reguladoras.
Repressora: quando a razão do conflito não se ajusta ao
sentimento da sociedade democrática ou aos interesses da
maioria ou da classe dominante.
Orientadora: orienta e canaliza o conflito. Só orienta quando
não atenta os valores que vem de encontro ao direito instituído.

INSTITUCIONALIZAR A MUDANÇA SOCIAL: O direito


reconhece, direciona e consolida as mudanças da sociedade. As
mudanças que ocorrem na sociedade, apesar de levarem algum
tempo para serem absorvidas por ela, acabam sendo submetidas ao
ordenamento jurídico. Essas mudanças que ocorrem na sociedade,
muitas vezes são fontes de vários conflitos sociais, esses conflitos
acabam sendo levados ao poder judiciário para que haja resolução
do problema.
Quando o direito reconhece essas mudanças sociais, juntamente com
a sociedade, as mudanças que ocorreram ao longo do tempo acabam
por se consolidar. Tais mudanças só se legitimam e se positivam com
as normas jurídicas.

BIBLIOGRAFIA:
FILHO, Sérgio Cavalieri. Programa de Sociologia
Jurídica. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2006.
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia
compreensiva / Max Weber; tradução de Regis Barbosa e Karen
Elsabe Barbosa; Revisão técnica de Gabriel Cohn - Brasília, DF :
Editora Universidade de Brasília: São Paulo: Imprensa Oficial do
Estado de São Paulo, 1999. 586 p.

SABADELL, Ana Lucia. Manual de Sociologia Jurídica.


São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.

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