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ética

Aula 01

Prof. Rafael Novais

www.concursovirtual.com.br
ética

AULA 01

Pessoal do on-line, bom dia, boa tarde, boa noite.


Pessoal de presencial, boa tarde para vocês, isso é tão bom quando a gente está gravando em
turma presencial, vocês nem imaginam como é frio vocês gravar dentro de um estúdio, então
eu adoro gravar aqui em turma presencial, sejam todos muito bem vindos.
Para quem não me conhece, meu nome é Rafael Novais, sou professor de direito tributário,
processo tributário e de ética também, sou hoje especialista, tenho pós graduação em direito
e processo tributário, também tenho pós graduação em direito público, também tenho
pós graduação em justiça internacional pela universidade de Pizza, na Itália, e sou também
mestrando em direito numa universidade católica do meu estado, estado de Pernambuco,
de onde eu venho para dar aula para vocês, longe para caramba. sou também autor de obras
jurídicas, eu tenho hoje um livro de direito tributário pela editora Método: Direito tributário
facilitado; tenho um livro de prática tributária pela editora Saraiva , que é o Prática tributária;
tenho também um livro para a primeira fase da OAB com o Marcelo da Rocha, marido da Tati
aí também pela editora Saraiva, vai estar sendo lançado agora um pela Ridel, e daqui a 6 meses
vai estar sendo lançado outro pela Ius Pudium em direito tributário e em ética.
Sou professor de concursos públicos, pós graduação e também exame da OAB nessas duas
disciplinas: tributário e ética.
Dar aula de ética eu digo a vocês que parte do muito do pressuposto que você já tem uma certa
noção do que seria o aspecto ético, ou seja você já compreender aquilo que eu acho que desde
criancinha seu paizinho, sua maezinha já passava para vocês, seus avós, seus parentes… dio
que é certo e do que é errado, do que está correto do que não está correto mas, tratando-se
de concursos públicos uma coisa também precisa ficar bem esperto para vocês: e é a ideia de
que até a ética que tem esse elemento extremamente subjetivo, para fins de concurso público,
ela vai vir normatizada, é impressionante, o nosso país ele vive isso… foi uma discussão até
que teve, discussão no sentido positivo, lá na qualificação do meu mestrado que aconteceu
recentemente, que no Brasil existe uma cultura do Positivismo, ou seja, tudo para estar certo
tem que estar previsto em lei, em um decreto, em uma resolução, porque parece que nosso
país tem o hábito de respeitar as coisas só se elas estiverem realmente escritas, e isso também
não foge da matéria de ética,apesar de ser uma disciplina subjetiva, nós vamos encontrar,
basicamente aqui os dois decretos que nós vamos trabalhar, disciplinando esses aspectos , e
para sua banca, banca CESPE, como é que vai ser cobrado esse tipo de matéria? Bom, acreditem
gente, apesar da banca CESPE ter uma grande tradição de cobrar jurisprudência, de cobrar
entendimentos doutrinários, aqui na nossa matéria ela vai cobrar o que está realmente nos
decretos, ela vai cobrar o preto no branco.

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Aí quando você encontra uma banca tão inteligente como a CESPE dando uma de FCC. Como
assim? Copiando e colando esses dispositivos e trocando uma palavrinha, trocando uma
letrinha, às vezes são coisas tão ridículas que você olha assim, responde a questão achando que
está certa e depois vai conferir e vê que ela está errada, e percebe então que o capiroto pairou
naquele momento ali exatamente para mudar uma palavrinha.
Tipo, mudar a palavra legalidade por honestidade, por exemplo, e você quando está lendo
no embalo uma questão dessas ela passa desapercebida. Então é preciso que vocês tenham
atenção triplicada para que, dentro de uma matéria tão subjetiva com é a ética, você ter que se
ater a uma literalidade, então é importante que vocês acompanhem comigo também. A bem
da verdade, eu não sabia que ia dar aula aqui para vocês dessa vez que eu vim para cá, e aí eu
esqueci também de pedir esse alerta: era para vocês trazerem também os decretos, pelo visto
ninguém trouxe, o meu Deus, enfim, mas deixa eu falar uma coisa que vai talvez aliviar: eu
coloquei todos eles aqui no slide, então se você não trouxe, fica esperto aqui comigo.
Ah eles deram para vocês. Me perdoem a vergonha.
Também deixar para vocês minhas redes sociais, então hoje eu estou lá no Facebook, então
quem quiser dicas, tirar dúvidas, pessoal do online, tem o espaço EAD aqui do curso, mas se
vocês estiverem com outras dúvidas e quiserem passar essa dúvida também por rede social, eu
respondo, meu telefone eu fico o tempo todo conectado com essas redes sociais, eu costumo
responder no prazo máximo de 24 horas, eu respondo sua dúvida.
Lá no Face você encontra meu perfil o Rafael Novais, lembrando que o meu Novais é Novais com
I, Novaes é o cantor de arrocha sertanejo, o Israel Novaes, o meu Novais e Novais com I (...) e lá
no meu Face já está lotado os dois primeiros perfis, tem o terceiro perfil lá, então Rafael Novais
III; tem também a minha página no Face que é o Professor Novais; e tem também o meu Insta,
que é inclusive a ferramenta que eu uso mais, que é o @professornovais. Lá no meu instagram
eu gosto muito de passar dicas, usar muito do humor, eu gosto de colocar uma cena engraçada
e depois dar uma dica daquela cena engraçada, trabalhando exatamente esses temas de ética,
de direito tributário, vai que eventualmente vocês precisem um dia de… em outro concurso, de
direito tributário, faço também sorteios de livros meus, é uma boa ferramenta; e tem também
o Periscope que eu costumo dar dicas por lá: profe.rafaelnovais; e faltou o meu e-mail, olha,
se você quer material alguma coisa, uma dúvida por e-mail ou não tem rede social, você me
encontra no profe.rafaelnovais@hotmail.com.
Então essas são minhas redes sociais.
Nesse nosso material eu separei para vocês o que nós precisamos estudar, o que nós vamos
fazer por aqui? Nós vamos ler inciso por inciso, dispositivo por dispositivo, e a gente vai ficar
aqui na verdade interpretando.

E o que é que eu preciso estudar?


Primeiro a introdução, a importância da disciplina para o concurso. gente, na verdade, na prova
passada nós encontramos apenas 2 questões dessa nossa disciplina, só que, tratando-se de
banca CESPE, essas questões foram divididas em várias assertivas, então essas foram duas
questões, mas cada uma com 3 assertivas para você julgar se estaria correto aquilo ali, ou se
estaria errado, e tratando-se da banca a gente sabe né, que, por mais que vocês entenda: “ah,
são apenas duas questões, seis itens, vou deixar isso aqui em branco”, não faça isso não porque

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você pode estar exatamente incorrendo em um grande erro, qual é o erro? Você ser aprovado
mas não ser nomeado, você até conseguir ser aprovado mas não passar numa classificação
boa, quantas vezes eu já encontrei com vocês, até nem comentei isso com vocês, eu também
sou servidor público, eu sou hoje assessor de magistrado lá no Tribunal de Justiça do estado
de Pernambuco eu já prestei uma porrada de concursos públicos, de cabeça eu conto 17
concursos, e vez ou outra eu ainda tento fazer alguma coisinha, quando eu tenho agenda, aí
dá tempo de achar mais concursos de magistratura, para procuradorias, enfim, então eu sou
prova viva disso, eu fui concurseiro raíz, aquele que estudava sempre e para provas como essa
da CESPE, eu não costumava deixar em branco porque eu sei que, se você deixar questão em
branco porque está em dúvida, eu deixaria metade da prova em branco, porque metade da
prova eu tenho dúvida, é algo natural. (...)
Então não dá para a gente utilizar esse formato com a banca CESPE, só aquela que realmente
você está percebendo, no conjunto de questões que você fez que você fez uma boa pontuação,
tudo bem, você poderia deixar uma ou outra ali em branco, mas não vá simplesmente optar por
deixar 6 itens sem assinalar. E tratando-se dessa matéria a importância dela é maior, porque
acreditem, é copiar e colar, a CESPE, eu repito, não vai estar cobrando jurisprudência dentro
disso aqui, não, então se você vai encontrar por exemplo jurisprudência, por exemplo, direito
previdenciário, tem alguns casos, algumas situações pontuais e aí você pode encontrar algum
tipo de doutrina também a respeito, mas aqui você tem a literalidade, então é importante que
você se preocupe em responder também esses 6 itens, no máximo deixar um em branco, mas
acho que não vai ser preciso isso, então é importante essa matéria porque ela pode lhe dar um
salto grande para que você consiga uma boa classificação bem como também ela é uma matéria
enxuta, vamos estudar aqui dois decretos, daqui a pouco vou mencionar para vocês, então pelo
amor de Deus gente, não tem mistério não. Vocês vão ter essa aula aqui comigo, pode pegar
material on-line também, se você rever essas aulas na semana da prova, se você der duas lidas
nesses decretos eu aposto que você, lógio é ler com atenção, tenho certeza que você consegue
gabaritar essas aí. Eu até costumo também fazer algumas zueras, vocês vão ver lá no Instagram
também, que é o chamado yeyética, que é uma hashtag que eu uso para chamar atenção dos
alunos #YEYÉTICA. E o que é o yeyética? É a pegadinha do malandro. Essa situação da ética
gente começou lá com Sergio Mallandro, eu dando aula de ética certa vez eu estava num aulão,
aulão de delegado de Pernambuco e eu participei na verdade lá, teve o concurso de delegado
de Pernambuco, fui chamado para dar essa disciplina lá e participei de 4 aulões em lugares
diferentes um foi pelo Espaço Jurídico, um foi pelo Saber Direito, outro foi pelo Supremo TV,
e teve também outro acho que foi do ATF, enfim, participei de 4 aulões no mesmo dia lá em
Pernambuco, e todo aulão desse, essa aula lotada lá 500 pessoas pelo menos em cada aulão
desse, tinha muito mais do que isso, o aulão do Supremo acho que tinha 800 pessoas e cada
aulão desse eu falava: pessoal vamos mandar energia positiva aqui, vamos lá, na hora vai ser…
aí todo mundo começou a fazer yeyética para fugir do yeyé, para fugir da pegadinha da prova,
da pegadinha do concurso. E eu postei esses vídeos na minha rede social, quando foi no outro
dia eu abri meu Instagram, estava lá uma porrada de comentários, o pessoal marcando nos
comentários, eu não entendia o que acontecia, o Sergio malandro pegou meus vídeos e saiu
repostando na rede social dele, e aí começou uma relação até de amizade, hoje relação minha
com ele, minha noiva também com ele, enfim, uma coisa bem legal, ele é um ser humano
fantástico, uma pessoa do bem, e eu uso essa ideia até hoje, yeyética para afugentar essas
pegadinhas nas provas de ética.
(...)

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É importante vocês marcarem o material de vocês aí, então nossa metodologia de estudo vai ser
basicamente essa, vai ser ler inciso por inciso e interpretar aquilo que costuma cair na prova, eu
já dou aula há um tempo sobre esse tema, então a gente tem uma porrada de conhecimentos,
como que a banca já cobrou e outro detalhe eu não coloquei só questões da CESPE aqui,
nosso foco é a CESPE mas eu não coloquei apenas questões dela, questões de outros temas
que por exemplo eu acho relevantes, importantes eu coloquei dentro do nosso material. Então
metodologia de estudo vai ser ler aqui comigo, slide e também no material de vocês, o método
é ler inciso por inciso e interpretar.
Bibliografia não tem. O que você pode encontrar são aqueles livrões “Livrão para técnico do INSS”
eles colocam todo o conteúdo ali, aí tu vai lá empolgado e compra, vai olhar a matéria de ética,
quando tu olha lá, sabe o que que o livrão faz? Pega o decreto, copia e cola ou seja, não há doutrina,
aí você vai ficar revoltado com o órgão organizador do livro, da apostila “pô, que absurdo, como é
que fazem um negócio desses? Está enganando o consumidor!” Está não gente, porque não tem
doutrina, ele vai fazer o que se está tudo ali, se ele é auto-explicativo, ele vai quer estar doutrinando
uma coisa que não existe? Então já vou te dizer aqui: não perca tempo adquirindo livro. “Rafael mas
eu tenho uma apostila que tem aqui uma doutrina que fala, que tem um resuminho.” Use! massa!
Agora, você comprar um livro para trabalhar esse tema é desnecessário.
Bom, avançando o que devo estudar, agora sim, por partes.

O QUE DEVO ESTUDAR?


Decreto nº 1.171/94 (Código de Ética Profissional do Servidor
Público Civil do Poder Executivo Federal;

Decreto nº 6.029/2007 – vide resolução nº 10, de setembro de 2008


(Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal);

Questões;

Então basicamente nós vamos encontrar esses dois decretos que nós vamos ler e interpretar
um a um, item por item, e responder questões, questões, questões. Não adianta você ficar
lendo apenas esses dispositivos sem realizar questões e isso eu digo para qualquer tipo de
prova que você vai fazer, eu costumo até fazer uma analogia bem idiota: imagine que o sujeito
é um lutador de boxe, um pugilista, imagina então que ele tem uma luta daqui a 2 meses, o
treinador vira para ele e diz: eu tenho aqui um DVD com os melhores momentos de luta de seu
adversário, você agora vai ficar trancado oito horas por dia assistindo somente as lutas que seu
adversário fez, para que você saiba como é o tipo de luta que ele trabalha. Consegue para você
os DVDs, o lutador vai lá e fica 2 longos meses assistindo, quando chegar no dia da luta, vocês
acham que ele vai ganhar essa luta? Óbvio que não. Porque ele não treinou, não adianta você
ficar apenas assistindo a luta, você vai ter que calçar as luvas e vai ter que dar porrada, vai ter
que treinar. É a mesma coisa para concurso público, tem muita gente até hoje que não sabe
como se estuda, especialmente quem está começando agora, que pensa que para estudar para
concurso público primeiro você vai passar logo no primeiro que abre a ideia é essa.

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(...)
É preciso continuar estudando (...) não vá achando que você vai passar sem estudar, tem
que estudar muito meu amigo, por um critério que se chama concorrência, a concorrência é
elevadíssima, você erra uma questão dessas você sai do bolo. A gente sabe que INSS não tem
muita gente, beleza, mas ainda assim é muita gente fazendo esse concurso, então é importante
que você tenha essa vontade de querer vencer, se querer passar, não adianta às vezes também
você passar e não ser nomeado.
É preciso você vestir as luvas, você tem que estar fazendo questões e muitas questões, de
preferência da banca CESPE. E tem questões sobre esse tema? Tem uma porrada, você tem uns
sites especializados em questões hoje na internet, você acha uma porrada de questões sobre
o tema. Claro coloquei só algumas no nosso material, e também algumas das provas passadas,
para vocês verem o nível de cobrança .
Tem uma porrada de questões que você olha, e até quem não estudou nada tem uma noção de
que aquilo não é certo. (...) Por exemplo “você acha correto utilizar a impressora da repartição
pública para imprimir um trabalho da sua faculdade?” Você acha que isso é ético? Claro que
não. Precisava você estudar para saber isso? Não. Mas tem gente que faz isso? Mas muito, mas
não é ético, mas acontece.
Tem questões que você vai ler, vai pensar que isso ali está errado, mas está certo. Por exemplo:
fila para repartição pública no INSS, tu acha que a mera formação de uma fila seria capaz
de gerar um dano moral gente? Dano moral é dano que interfere na intimidade do sujeito,
no íntimo, constrangido, será que isso gera um dano moral, uma fila? Todo mundo enfrenta
fila, você vai para um show de rock hoje, um show de pagode, um estádio de futebol você
enfrenta fila. Dano moral? gera dano moral é o que está no decreto. Veja que são coisas que
você bate o olho e diz “isso aqui é moleza, é fácil” e não é, é o grande yeyética, então tem que
tomar cuidado com tudo isso, então não adianta ficar no campo do decreto, tem que também
trabalhar questões, questões, questões. Eu vou trabalhar apenas algumas aqui com vocês, mas
isso não impede que em casa vocês façam também muitas questões.
Bom, vamos começar com nosso decreto nº 1171 Código de ética do servidor público civil do
poder executivo federal, vejam lá o comecinho do decreto: Aprova o Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI,
e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho
de 1992,
Ele só está expondo os motivos nesse momento, vejam que é importante destacar que o
primeiro motivo que ele menciona aí é a ideia que envolve o poder do Presidente da República,
que você aprende no direito constitucional; Presidente da República que vai exatamente
emanar os decretos na esfera federal, vai falar que ele vai ser também o responsável por gerir
toda essa administração enfim, nós vamo ter aí essa concepção quando ele vem também e fala
sobre o artigo 37 da Constituição a LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
eficiência, isso que todo mundo sabe que não se cobra mais em concurso público, todo mundo
decorou e ninguém cobra.
Enfim, está aí a exposição dos motivos, o que importa é a partir de agora.

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DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, que com este baixa.
Ou seja, dá seu acordo. Primeiro detalhe que vocês têm que entender gente, nós estamos
falando do servidor público civil, ou seja, não aplica isso aqui para a esfera militar, isso aqui
acho que já é óbvio também, a seara castrense, nós sabemos, que ela tem uma série de
determinações, de passagens que são extremamente diferentes da esfera cível. O militar pode
até ser preso se, por exemplo, desrespeitar algum tipo de norma de um superior hierárquico, é
algo diferente. Cuidado porque eu já vi professores argumentaram que esse artigo primeiro não
tem nem importância para a prova. Tem, ele poderia argumentar por exemplo, não acredito
que chegue nesse nível de falar que esse decreto se aplicaria… fica aprovado o Código de Ética
profissional do servidor público em geral do poder executivo federal, ou querer trabalhar de
todos os poderes, ou seja, querer aqui alargar para executivo federal, estadual, municipal,
quando na verdade é apenas na esfera federal. Se estivéssemos diante dos outros entes, cada
um tem que criar o seu meu amigo, então o aspecto executivo municipal tem o seu, executivo
estadual tem o seu, aqui eu estou falando do aspecto federal, que é o que é exigido para vocês
futuros servidores do INSS. Então o primeiro artigo é importante para que você consiga extrair
a ideia de que seria apenas na esfera cível, civil, não enquadraria a esfera militar, bem como
também a ideia de que seria apenas no âmbito federal e não nos demais.
Bom, o artigo segundo diz:
Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão,
em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive
mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou
empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Essa ideia que envolve a comissão nós vamos falar mais a frente quando eu for falar no segundo
decreto, mas por enquanto eu quero que você entenda que com a vinda desse decreto foi
determinado o prazo de 60 dias para que a Administração Pública direta e indireta, cada uma
formasse então suas comissões de ética. O detalhe é: quem vai compor então essa comissão
de ética? Aí vai depender de qual órgão você está mencionando, se você estiver diante de
servidores, serão servidores ali estatutários; ou então empregados públicos, aquele regime
então da CLT; agora, é importante que você perceba que, em ambos os casos, tem que ser com
essa ideia do emprego permanente. Não cabe aqui a ideia de falar o temporário, às vezes nós
vemos seleções simplificadas para contratação de empregados de forma temporária, não., tem
que ser permanente. Ele não fala se precisaria ou não estar respeitando, o servidor público, o
estágio probatório, então isso aí não seria necessário, o sujeito pode estar em estar em estágio
probatório? Pode, não tem problema nenhum, agora tem que ser cargo efetivo, não pode ser
ele temporário, então cuidado com isso: cargo efetivo estatutários ou emprego permanente a
ideia dos celetistas. Em até 60 dias para formar a ideia da comissão de ética, a constituição da
comissão de ética deles.
(...)
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da
Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros
titulares e suplentes.

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Então essa comissão tem que ser informada exatamente à Secretaria da Administração
Federal da Presidência da República, por que à secretaria dela? Não é o próprio Presidente da
República, isso aqui é o lógico também, não vai dizer lá, chegar no presidente e dizer “olha aí
Temer, toma aí…” não, vai ser a Secretaria da Administração Federal e não o próprio Presidente;
Presidente porque nós falamos aí que é o chefe do Poder Executivo, está bom? E aí vai ser o
seus 3 titulares, bem como também os seus suplentes, mas eu repito, o nosso Decreto nº 6.023
ele vai trabalhar de maneira mais específica, como é que vai funcionar essas comissões.
(...)
Olha como ficou a estruturação, só para que vocês vissem como ficaria isso visualmente.

Lembrando sempre, tem que ser permanentes e não servidores temporários.


(...)
Como é que ficou a distribuição desse decreto? O decreto 1.1171 ele é dividido em

DECRETO nº 1.171/94
Capítulo I
Seção I – Das regras Deontológicas
Seção II – Dos principais deveres do Serv. Púb.
Seção III – Das vedações ao Serv. Púb.
Capítulo II – Das Comissões de Ética
Então ele divide lá em 3 seções ( o capítulo I) primeiro a ideia de questões deontológicas,
ou seja, a ideia do dever ser, o que que o servidor público pode, o que ele não deve fazer,
como ele deve se portar. Os deveres, o que ele deve realizar, a ideia da obrigação de fazer, que
que ele deve realizar em prol. E o que ele não pode, a obrigação de não fazer, as vedações,
o que ele também teria que cumprir. Vejam, de tudo isso aqui, ele vai trazer primeiro essa
ideia que envolve as regras deontológicas, deveres e vedações do servidor, e, em seguida vai
falar da parte formal, parte estrutural, como que funciona essa ideia das comissões de ética.
Lembrando que qualquer tipo de infringência ao que determina esses decretos vai acarretar
como penalidade máxima apenas a censura, somente censura, a gente vai trabalhar isso mais

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a frente também. Mas, se por acaso, aquilo que o servidor realizou também consistia em outro
tipo de penalidade, como um crime, ele também vai ter que responder? Vai! mas quem vai
então realizar esse tipo de análise não é mais a ideia da matéria de ética e sim os poderes
públicos, não é verdade? (...)
Regras deontológicas, como que nós podemos identificar uma regra deontológica?

Das regras deontológicas

CARACTERÍSTICAS:
Regras de DEVER/SER;
Regras de comportamento;
Servidor visto dentro de um conjunto;
Princípios, regras básicas e primados maiores;
Elemento ético na conduta (OBRIGATÓRIO);
Dever da verdade, publicidade, cortesia, comprometimento com o serviço público...
Como que o servidor deve se postar o servidor. Servidor visto dentro de um conjunto,
conjunto de que? O conjunto de… pelo aspecto pessoal dele, o conjunto também pelo
aspecto profissional. Quando você olha para um servidor público, a própria denominação do
servidor público ela serve muito para ajudar, você está ali para servir o público, infelizmente
nós sabemos que muitos servidores públicos quando ingressam no poder pensam que aquilo
ali pertence a ele, eu digo isso porque eu vejo isso no meu cotidiano, eu trabalho no Poder
Judiciário do estado de Pernambuco como já falei para vocês e é comum você encontrar
servidores, geralmente servidores mais antigos, que já vem de uma cultura anterior que
pensam que aquela repartição pertence verdadeiramente a eles. Tratam mal um sujeito que vai
lá querer uma informação sobre um processo dele; tratam mal advogados, enfim, então ainda
existe esse tipo de cultura do servidor público, que é uma lástima, é realmente algo que não
deveria ser assim, mas existe esse tipo de cultura, quando na verdade você está ali para servir
o público, você está ali para dar o seu melhor, é você associar: se você estivesse atuando no
comércio, fosse um mero comerciante, se você estivesse lá como comerciante você, para poder
atender o seu público, você atenderia ele de forma correta, eficaz? Claro, o cliente tem sempre
razão; aqui é a mesma coisa, o servidor público deveria atuar desse modo na sua atividade
pública, na verdade a gente sabe que ele acaba não atuando assim. Então são regras de dever
ser; regras de comportamento, como ele deve se postar perante a Administração, perante os
terceiros, perante o público em geral; servidor visto dentro de um conjunto, conjunto de regras
e o conjunto dever ser também interessante. A gente vai trabalhar aqui, por exemplo, o tema
que envolve embriaguez. Vejam: o sujeito pode trabalhar embriagado? Óbvio que não. O sujeito
pode embriagar-se quando não está dentro do serviço público? Por exemplo, está em casa com
sua esposa e resolve tomar uma grande cachaça, como a gente chama lá no nordeste (...) tomar
uma pinga, tomar um goró, sair com os amigos, fazer um churrasco e depois (...) que tomou
aqueles goró todinho lá, que que faz? Bota no Instagram a foto, ou então bota no Instagram
o que? A música bêbado cantando lá cantando um vanerão (...) gente, ele está atuando no

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serviço público nesse momento? Não, direito ao lazer é um direito constitucional, o artigo 6°
da Constituição diz isso, é direito social direito ao lazer, pode cara se divertir; pois acreditem no
que eu vou te falar: não pode. “Não pode Rafael?” Não, embriagar-se habitualmente, dentro
ou fora do serviço constitui infração ética. “Rapaz então vou-me embora Rafael, oxe, estou
estudando para isso?”
(...)
Eu por exemplo, meu cargo público, depois que eu assumi como servidor lá no estado de
Pernambuco, eu não bebo mais, cortei geral (...) mas enfim gente, não pode, é impressionante
isso, porque o servidor está sendo visto dentro de um conjunto: conjunto de sua vida
profissional e de sua vida pessoal. A gente sabe que no duro, no duro ninguém vai respeitar
isso, eu acho que isso é o que é mais desrespeitado de todos.
Bom, princípios, regras básicas e primados maiores, primado de você prestar um bom serviço
público, tratar bem as pessoas, não deixar formar fila, não ir trabalhar bêbado, é você também
não se ausentar do serviço público, tudo isso nós vamos ver. Vejam que é muito do elemento
ético, vejam falei agora, elemento ético na conduta obrigatório, você tem que ter uma conduta
dessas obrigatória respondendo esses deveres éticos; dever de verdade, nós vamos ver que o
servidor ele não pode mentir, ainda que ele tema desagradar quem lhe perguntou, ele não pode
mentir, imagine então que você recebe lá um sujeito que passou a vida toda dele trabalhando
e não contribuiu e agora quer ir lá pedir para se aposentar e aí você tem que, na cara dele,
olhar bem fundo nos olhos dele e dizer: “olha, infelizmente você não vai conseguir se aposentar
porque você ainda não passou esse período” mas você está com pena dele, tadinho trabalhou
tanto (...) e você vai ter que falar a verdade para ele: “olha, sinto muito, mas não dá não. Você
vai ter que dar um não. “Rapaz, você não pode dar uma cópia para mim para eu levar ?” “Não.”
“Por que não?” “porque isso aqui é equipamento público, não posso te dar esse tipo de coisa
não, não posso permitir esse tipo de coisa não”. “Mas me ajuda por favor, eu vim de 600km,
vim do interior (...) e agora tu vai me negar esse papel?” “Vou.” Mesmo que a pessoa se sinta
chateada com isso.
Publicidade isso daqui você aprende também lá nas aulas de direito constitucional, direito
administrativo a Tati fala sobre isso, a publicidade, os atos tem que ser públicos, você está
dentro de uma repartição pública como essa trabalhando atos de forma sigilosa, isso também
não é permitido. Tem que tratar com cortesia, é interessante, você também tem que ser cortês,
ser gentil (...)
Comprometimento com o serviço público, isso aqui também, muita gente pensa, quando vai
prestar um concurso público… primeira coisa que a pessoa olha para um concurso público e
não adianta mentir, é o salário. “Meu sonho é ser técnico do INSS” não, é o salário que você
está de olho. “Meu sonho é fazer um concurso em tribunais” não, você está de olho no salário
dele também. Segunda coisa que se pensa em concurso público é a estabilidade, (...) então
gente, estabilidade, salário, nada disso é realmente importante para o serviço público, o que
é importante é você ter o aspecto de servir o público, de ajudar ao próximo, é por isso que eu
estou vindo aqui (...) e todos vocês estão vindo aqui por esse interesse, se não pagassem a
vocês vocês viriam do mesmo jeito, não é? Claro! Porque essa é a ideia maior que todos aqui
buscam, tá certo.

Vamos começar agora as regras do anexo, o anexo começa as regras deontológicas, já no


primeiro inciso olha a quantidade de coisas que ele coloca ali:

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(...)
I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados
maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora
dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos
e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
Obs.: exemplo para toda a sociedade; vida privada ligada à vida profissional.
Vejam o bocado de coisa que ele já disse no começo: a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e
a consciência dos princípios morais. Você quase chora quando termina de ler uma coisa dessas,
que coisa linda e é isso que você vai ter que levar para dentro do serviço público; e ele falou
tanto dentro como fora; exemplo para toda a sociedade, vida privada ligada a vida profissional
por isso não adianta você estar dentro de sua repartição pública, dentro do INSS trabalhando
de forma correta, de forma proba, de forma eficaz, e no final de semana você ir no show do
Wesley Safadão descer até o chão, não pode, e filmarem isso e colocarem isso nas redes; não
dá Rafael, isso não pode não, vai ferir a dignidade, vai ferir o zelo, vai ferir a sua imagem, não
façam isso. “Rafael, mas eu já fiz, coloquei até no meu instagram” “tirem! Ainda dá tempo de
apagar.”
Mas olha gente: “no exercício da função ou fora dele” então tem que ter todo esse tipo de
consciência, regras comportamentais direcionadas para a preservação dessa honra, dos valores
tradicionais, enfim…
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal. (improbidade
adm.)
Obs.: observar com atenção os paralelos: Legal x ilegal; justo x injusto; conveniente x
inconveniente; oportuno x inoportuno; HONESTO X DESONESTO.
Veja, quando nós falamos aqui 37 caput é exatamente aqueles princípios: legalidade, impes-
soalidade, moralidade, e a eficiência, esses princípios básico que todos nós já sabemos para
concursos públicos também devem ser anotados, mas quando ele vai no §4° desse artigo 37 ele
está também falando da ideia de improbidade administrativa, se ele não age assim ele pode es-
tar incorrendo inclusive em improbidade, e ele então determina que o servidor tem que respei-
tar tudo isso, veja que eu coloquei tudo em cores diferentes; e então na sua atividade, na sua
conduta decidir o que é legal ou ilegal. Bom, as leis estão ali para serem cobradas, para serem
exigidas, para serem seguidas, ele não pode atuar de forma ilegal. Bom, isso aqui tranquilo, dá
para você entender fácil. Justo e o injusto, é interessante porque se você parar para perceber,
existem normas legais que são injustas, e aí vai prevalecer o que? A legalidade, salvo se o Su-
premo Tribunal Federal determinar a inconstitucionalidade de alguma lei dessas, você vai ter
que aplicar a lei, vejam que ele vai trabalhando como se fossem situações graduais, gradativas.
Primeiro você verificou que aquilo ali é algo legal, agora deixa eu ver se é justo ou injusto, aí
trabalha conveniente ou inconveniente, se vale ou não realmente à pena aquilo ali para o servi-
ço público, se é conveniente eu atar dessa forma, se é conveniente eu prestar essa informação
quando aquele determinado sujeito me procura, se aquela informação não está resguardada
sob sigilo, se aquilo ali não tem interesses maiores, se aquele sujeito realmente vai ter acesso
amplo às informações quando existir esse tipo de investigação, sigilos decretados, como a gen-

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te vai trabalhar também, também tem isso, a regra é a publicidade. Decidir também entre o
que é oportuno e inoportuno de ser feito, será que realmente é algo oportuno, dentro do meu
horário de expediente eu estar lá respondendo whatsapp, isso acontece? Isso vai acontecer
com vocês? De forma nenhuma, na repartição vocês vão desligar o telefone e vão colocar numa
gavetinha e só vão pegar no final do expediente, eu digo isso por experiência própria, não res-
pondo whatsapp durante o meu trabalho. Gente, só um minuto que mandaram um zap aqui.
Bom, brincadeiras à parte olha, também isso deve ser levado em consideração, mas principal-
mente entre o honesto e o desonesto. Eu já vi prova cobrar exatamente esses tipos de princí-
pios aí, esses pilares, retirando ou mudando. Como assim retirando? Ele vem e fala: legal ou
ilegal; conveniente ou inconveniente; oportuno e inoportuno; honesto ou desonesto. Ele foi
e pulou o justo ou injusto e fala “apenas” ainda, para deixar exatamente você perdido, então
percebam que aqui são 5 pilares que você estaria enfrentando: primeiro legal ou ilegal; justo ou
injusto; conveniente ou inconveniente, oportuno e inoportuno; honesto e desonesto.
Obs.: observar com atenção os paralelos: Legal x ilegal; justo x injusto; conveniente x incon-
veniente; oportuno x inoportuno; HONESTO X DESONESTO.
Então cuidado também com esse tipo de aspecto gente, nem sempre o que a gente pensa que
estaria certo condiz com aquela verdade, tipo o que Rafal, dê mais exemplos. Ora, imaginem en-
tão que o sujeito, servidor público já lá do INSS, ele vá lá tirar suas férias, no cálculo do valor das
suas férias, ele percebeu que teria que voltar a trabalhar imediatamente numa sexta-feira, bom,
ele deve voltar a trabalhar numa sexta-feira, ou ele deve empurrar para voltar a trabalhar só na
segunda? Isso parece algo justo? Isso parece algo legal? Vejam todos os aspectos...esse exemplo
que eu dei ele se enquadra em todos os aspectos. Primeiro não é legal, é ilegal; também não é
justo, os outros colegas que estão lá trabalhando normalmente, você já gozou suas férias, passou
30 dias em casa, agora você tem que voltar a trabalhar, também não é conveniente para o serviço
público você estar fora porque o fato de você estar fora acaba aumentando a quantidade de filas
e acaba deixando o trabalho atrasado também, isso também é oportuno? Não, não é oportuno,
você já teve a oportunidade de gozar aquilo ali no momento certo; isso é honesto? Não, você está
sendo um servidor desonesto também. Mas na prática as pessoas fazem isso? Na prática a situa-
ção é bem diferente, olhem como já caiu isso na prova na CESPE, vamos lá:

1. (2018 – COPERVE – UFSC – UFSC – Administrador)


Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas do trecho abaixo,
retirado do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal,
Capítulo I, Seção I.
O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ______________ de sua
___________. Assim, não terá que decidir somente entre o ___________ e o _____________,
o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principal-
mente entre o ______________ e o ________________, consoante as regras contidas no art.
37, caput e § 4º, da Constituição Federal.
a) ético – ação – moral – amoral – pessoal – impessoal
b) administrativo – conduta – factual – ilegal – transparente – sigiloso
c) ético – ação – legal – ilegal – controle – descontrole
d) administrativo – função – moral – imoral – público – privado
e) ético – conduta – legal – ilegal – honesto – desonesto

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(...) Não foi CESPE essa aí, me perdoem, mas vamos lá:
Sinceramente, me desculpem, mas decoreba, estão percebendo a decoreba? Se você somente
lembrou de um desses aspectos, você já conseguiria matar, vê: se eu lembrei que ele finalizou
com honesto e desonesto, tanto é que eu já deixei honesto e desonesto em caixa alta, já para
que você percebesse (...) então se você lembrar só do honesto e desonesto você já conseguiria
matar essa questão porque a única que traz isso, exatamente esse tema foi a letra E.
Então o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput e § 4º, da Constituição Federal.
Rafael, mas isso não cai na minha prova não Rafael, sou tão azarado que na minha prova só cai
aquelas questões mais difíceis. Eu costumo falar que quando você sai na rua todo limpinho,
todo arrumadinho, todo cheirosinho e o pombo caga na sua cabeça, pronto, parece que
acontece isso com a gente, não parece? (...) Mas gente, pelo amor de Deus, essa questão foi até
relativamente tranquila, vocês vejam o tipo de cobrança. Vai ficar mais difícil que isso? Vai não,
não vai ficar mais difícil que isso não. “Rafael, é uma besteira dessas?” É uma besteira dessas
gente, juro por Deus, prova de ética aqui é decoreba, só com o primeiro dispositivo a gente já
conseguiu responder essa questão, então vamos lá, avançando, próxima questão:

2. (2018 – UECE-CEV – DETRAN-CE – Vistoriador)


Em relação à prática do serviço público, o estabelecimento dos valores universais referentes à
fidelidade ao interesse público é determinado
a) por parecer da Procuradoria do Estado.
b) pela consciência do servidor.
c) pela reflexão sobre a conduta ética.
d) por autoridade religiosa.
Também não é da nossa banca CESPE (...)
Gente, pela consciência do servidor, e se ele não for um sujeito muito consciente das coisas, me
diga, seria complicado, não? Isso aqui tranquilo demais, alternativa correta letra C de chocolate.
E a letra E: por autoridade religiosa, ou seja, o que o líder religioso falasse é o que ele deveria
levar para a repartição pública, bom, também não é assim que funciona, inclusive porque o
nosso Estado brasileiro, nós temos no artigo 19, inciso I da Constituição que é um Estado laico,
não professante de uma religião oficial, nós sabemos que igreja e Estado não se misturam,
nosso país na verdade protege todas as religiões, há uma pluralidade de religiões hoje no nosso
país, e a igreja não se mistura com isso… há inclusive imunidade tributária para as igrejas, que
não pagam impostos.
III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade
do ato administrativo.
Obs.: moral equivale à certo, enquanto imoral equivale à errado.
(...)

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Funcionário público a ideia é que você sempre proteja o público, o bem de todos, a mais valia
coletiva, ajudar todos eles.
Então ele tem que sopesar todos esses valores: a ideia da legalidade, a ideia da finalidade
também, tudo isso tem que ser levado a sério. Então moral é equivalente a certo enquanto
imoral equivale a errado. Vejam que aqui também não tem muito o que se discutir, tem que
ter o equilíbrio entre esse aspecto da legalidade e a finalidade, aí você tem que lembrar o
que? Existe a previsão legal, o que a lei diz, mas a finalidade também, qual é a finalidade? A
finalidade é sempre o bem comum. Então também tem que ser feito esse equilíbrio, sopesar
esses valores, entre o que seria a legalidade e a finalidade desse ato público.
IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente
por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua
finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.
Deixa eu contar um segredinho para vocês: os tributos correspondem a principal fonte de receita
para que União, estados, DF e municípios paguem suas contas; tributo é considerado receita pública,
nós pagamos tributos exatamente para que o poder público possa pagar suas despesas públicas. Por
exemplo, União, estado, DF e municípios vai contratar alguém por meio de uma licitação pública
vai por exemplo, contratar um prestador de serviço, vai nomear um servidor, então o salário que
nós recebemos como servidores públicos são pagos pelos tributos. Aí o que ele pretende aqui por
meio desse dispositivo é quase dando uma característica da iniciativa privada; é como você parar
para pensar: peraí, se eu compro um relógio eu tenho o direito a exigir que esse relógio funcione. Se
eu contrato alguém para me prestar um serviço, por exemplo, manutenção do ar-condicionado do
meu imóvel eu espero que essa pessoa preste aquele serviço, então eu estou pagando por isso, eu
tenho direito a exigir, é mais ou menos o que esse dispositivo diz, quando ele começa falando que
serviço público é ser financiado pelos tributos que é pago pelo servidor e o próprio servidor e que
exatamente por tal motivo é que deve então se integrar à ideia de moralidade no direito, elemento
indissociável da sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de
legalidade. Então custeado por todos, tem o direito de exigir.
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o
êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
Ora, aqui eu poderia afirmar que se eu planto o bem eu vou colher o bem, se eu presto um
bom serviço público, óbvio que todos vão ganhar e eu também vou ganhar. Se eu sou um
servidor diligente, seu eu faço as coisas certas é até aquela ideia de que se ele faz o bem,
acaba até contagiando as outras pessoas a fazerem o bem. Nesse tempo que eu estou como
servidor público eu passei por muitas coisas, eu peguei já uma colega de trabalho que tinha
uma função gratificada também, eu sei porque eu tenho lá, e que essa colega de trabalho ela
simplesmente tratava muito mal o público e quem era subordinado a ela,- graças a Deus eu não
era subordinado a ela, trabalhávamos juntos no mesmo ambiente mas eu não era subordinado
a ela-quem era subordinado dela acabava refletindo exatamente as mesmas coisas que ela
fazia. Se alguém ia lá pegar algum tipo de informação, se alguém ia lá pegar algum tipo de
dado, muitas vezes tratava mal, e os outros servidores tinham o hábito de também chegar lá
e tratar mal. Resultado? ela saiu da nossa unidade, não sei nem onde ela está agora, mas faz
um tempo já isso, mas para você ter ideia, o que você planta de bem acaba indo bem, agora
se você chega para aquela pessoa, você é um servidor público, você dá um sorriso para ela,

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dá um bom dia uma boa tarde, as mas você está arretado com alguma coisa, o internacional
levou uma porrada, o grêmio levou uma porrada aí, (...) imagina a pessoa está chateada com
alguma coisa que aconteceu na sua vida pessoal, ele pode levar aquilo para a repartição para
tratar mal alguém? Não pode, infelizmente você tem que saber diferenciar isso, para que não
prejudique sua atividade pública, então é mais ou menos isso que esse dispositivo diz: a partir
do momento que o servidor tem a consciência que através de seus atos ele vai estar fazendo
uma mais valia pública, vai estar ajudando o próximo, ele também pode receber esse tipo de
tratamento, ele vai estar fazendo a coisa certa, então é o que esse dispositivo tenta falar, vejam
que há muito nessas provas de ética o elemento romântico, romantismo, um ideal, eu diria que se
você pegar esse código de ética, se você conseguir preencher 80% do que ele diz você é um bom
servidor, o ideal é preencher 100% mas coisas que realmente a gente não consegue, por mais que
se esforce, tem coisas que não dá para vocês...estar sempre bem, sempre legal com a vida.
VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
Obs.: Novamente o elo de ligação da vida privada e pública
Gente ele está mais uma vez falando na integração entre a vida privada e a vida pública, então
se integra a vida particular de cada servidor.
Então é novamente você perceber, imaginem aquele sujeito que todo fim de semana sai para
tomar uma e na segunda-feira ele chega ressacado na repartição pública para trabalhar, será
que ele vai conseguir dar o mesmo rendimento se ele não tivesse tomado uma no final de
semana, ou pelo menos tivesse maneirado? Imagina aquele sujeito que -aqui vale o ditado
que minha mãe fala: me diz com quem tu andas que te direi quem és. Aquele ditado que ela
lhe diz, no momento certo quando ela quer dar um esporro em você, ou então diz: quem anda
com porcos, farelo come, já ouviram esse? Ou o pior de todos, você está preparado para sair,
combinou com todo mundo, combinou com a gata, combinou com o gato (...) todo mundo vai
(...) aí você fala para sua mãe: mãe vou sair. E ela diz “você não vai não”; “não, vou sim, todo
mundo vai”. Aí ela vira para você e diz: “você não é todo mundo”. (...)”Enquanto você estiver
na minha casa, comendo da minha bóia, vai ser do jeito que eu digo”. Aí você fica arretado da
vida, mas no final das contas, conforme você começa a envelhecer você enxerga que ela estava
coberta de razão. è o que está acontecendo hoje comigo, lá vai um desabafo meu agora, vou
casar final desse ano, e hoje minha mãe sabe que não tem mais como me controlar em casa,
não tem mais como me controlar na força, que que ela faz? Apela para o lado sentimental: “é,
você vai casar, vai abandonar sua mãe, você não vai mais me ver” vai e chora. Aí eu fico: “mãe,
pare com isso” drama, drama. Mãe é tudo igual, só muda o endereço. (...)

3. (2011 – CESPE – EBC – Técnico – Administração)


A respeito do disposto no Decreto nº 1.171/1994, que instituiu o Código de Ética do Servidor
Público Civil, julgue os itens seguintes.
Fatos e atos relativos à conduta do servidor no dia a dia de sua vida privada não podem ser
considerados para acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional, em razão de
terem ocorrido ou sido praticados fora do local de trabalho.
( ) Certo   ( ) Errado

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Errado né gente, vejam que a questão ela tenta induzir a um acerto no final quando diz: em razão
de terem ocorrido ou sido praticados fora do local de trabalho. Eu não comecei falando isso aqui
também quando comecei? Ó fora, vida privada, lazer, claro que pode tomar um goró. Não, deixe
para tomar um goró depois que for nomeado, mas até lá você vai ter que utilizar isso aqui.

4. (2016 – CESPE – ANVISA – Técnico Administrativo)


Acerca da ética no serviço público, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Um agente público que exerce atividade de fiscalização de trânsito, durante
período de folga do trabalho, foi detido em uma blitz e submetido a teste de alcoolemia que
constatou a ingestão de bebida alcoólica em índice que justificou a autuação do condutor
pelo cometimento de infração de trânsito gravíssima. Assertiva: Nessa situação, não se pode
cogitar que a conduta descrita repercuta na esfera ética do agente público, pois se trata de uma
infração comum cometida fora do horário e do ambiente de trabalho.
( ) Certo   ( ) Errado
Errado. Veja que para qualquer outra pessoa que não for servidor público, de boa, beleza,
vai ter que cumprir essas normas de trânsito aí, vai ter que ficar com a carteira suspensa,
pagar uma multa alta e agora com essa modificação que teve na lei vai preso; mas aqui para
servidor público ele não vai apenas repercutir na esfera privada não, vai repercutir na sua vida
profissional, na sua vida pública. Então questões como essa gente, tranquila, vejam depois você
vai pegando aí esse macete inicial, as coisas ficam mais fáceis.

Publicidade do ato adm.


VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do
Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,
imputável a quem a negar.
Gente cuidado viu, esse inciso aqui é um dos campeões de prova em concurso, mas se cobra
muito esse dispositivo aí, e se cobra em que aspecto? Ele é campeão por qual motivo? Porque ele
envolve também o princípio da publicidade, que você aprende lá no artigo 37 da Constituição,
lá com a professora Tati que está dando direito administrativo para vocês. Bom, estamos diante
da ideia de um serviço público que tem ser prestado para todos e todos poderiam também
fiscalizar e verificar os fatos que ocorreram. Dificilmente alguma coisa estaria certa se ela não
tivesse esse critério de publicidade aplicável; quando você encontra alguma coisa que não foi
publicada, alguma coisa que foi feita a portas fechadas na repartição pública, é porque aquilo
ali está sendo feito de maneira errada, então é exatamente para retirar essa possibilidade
ou diminuir essa possibilidade, combater a corrupção ou combater qualquer outro tipo
de elemento que possa influenciar no bom andamento do serviço público é designado que
esses atos têm que ser públicos, essa é a nossa regra, princípio da publicidade de um ato
administrativo, da publicidade dos atos da Administração Pública. Entretanto, em algumas
situações, existe sim a possibilidade do sigilo. Direito constitucional você já aprende também

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isso, quem é que está dando constitucional para vocês? Andre Vieira. Vocês aprenderam aquela
ideia que...o elemento...direito à intimidade, segurança pública, tudo isso já tem também lá
na Constituição que algumas situações poderia ser dado também essa restrição esse sigilo,
quando você vai, por exemplo, trabalhar em questões que envolvem tribunais, quem aí já fez
concurso em tribunais sabe que os atos de uma vara de família que dizem respeito a menores,
a crianças, a separação e divórcio são todos eles dados apenas sigilosos apenas para as partes;
quando você envolve investigações policiais, a depender do contexto daquela investigação,
esses atos também da investigação policial serão sigilosos, imagina uma pessoa que violentou
uma criança, um pedófilo, ou mesmo a ideia de violência doméstica, então às vezes é preciso
ser sim preservada aquela identidade, até para não ocorrer o mal maior para outras pessoas.
Então já existe essa ideia, então retirando essas características, tem que ser público. Percebam
que o próprio dispositivo ele trabalha de trás para a frente, porque se você parar para pensar,
a regra é a publicidade, só que vocês têm que lembrar do “salvo” e o que é que significa um
salvo? É uma exceção, então ele está dizendo “salvo”... não seria aplicável em quais situações?
Segurança nacional, investigações policiais, interesse superior do Estado e da Administração
Pública. Ah beleza, então nesses casos sempre será sigiloso? Não, sempre não, ele está trazendo
os casos, mas tem que ser previamente declarados sigilosos. Como é Rafael? gente, uma
investigação policial (...) claro que deve ser declarado previamente sigiloso. Você sabia que um
auto de investigação, em regra as investigações, policiais ou não, a investigação em regra, elas
também têm que ser públicas. Agora, em algumas situações, se a pessoa tiver acesso àquelas
informações e o acesso à informação prejudicar a investigação, aí sim seria declarado sigiloso.
Para você entender o que eu estou falando, imagine se um delegado de polícia estivesse
querendo realizar uma batida lá na boca de fumo, então vamos lá, vamos sair lá quebrando
tudo, pegando o pessoal com a boca na botija, já está tudo organizado no inquérito policial,
se qualquer parte tiver acesso a essa informação gente, você não acha que aquilo ali podia ser
prejudicado não? Vão passar um rádio para a boca de fumo: sai daí que a casa vai cair. Então
gente, algumas informações, se forem previamente declaradas sigilosas, é que estariam então
enquadradas como exceção (...).

Publicidade do ato
•• O inciso VII traz suas exceções, e só depois a regra;
•• Requisito de eficácia;
•• É regra/dever do Estado;
•• Não é absoluta; admite exceções:

•• SEGURANÇA NACIONAL;
•• INVESTIGAÇÃO POLICIAL;
•• INTERESSE SUPERIOR DO ESTADO / ADM. PÚBLICA

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Veja: se você estivesse vendo direito constitucional, na parte do direito constitucional você
poderia encontrar ainda direito à intimidade, você poderia encontrar a ideia de segurança do
Estado, outros casos, mas para o nosso estudo de ética, o yeyética, seriam essas as exceções
trabalhadas pelo nosso decreto.

Direito à verdade
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão
ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma
Nação.

NÃO TEM EXCEÇÃO!!!!!

Obs.: obrigação do servidor, ainda que contrarie quem fez o pedido. O servidor NÃO tem
faculdade/ possibilidade/ conveniência.
Então primeiramente ele está dizendo exatamente isso, o direito à verdade, o servidor público
ele não é falsiano, não é falsiane, ele não pode mentir, ele tem que falar a verdade das coisas
que ele tenha informação, então há o dever legal, tem que falar a verdade, não pode mentir,
doa a quem doer, venha a ser ruim para a própria Administração ou venha a ser ruim para
quem fez esse tipo de pergunta.
Eu também já trabalhei como servidor, já fui servidor público na secretaria de saúde lá em
Pernambuco, fiz concurso para caramba, eu lembro que tinha um servidor que era bonzinho
demais, sabe o virgem de 40 anos aquele filme? Ele era bem bonzinho daquele jeito, ele parecia
o personagem, ele era aquele cara que era capaz de você pisar no pé dele e ele pedir desculpa,
muito bonzinho. E aí às vezes as partes chegavam para conversar com ele lá na secretaria,
iam falar com ele e ele sabia que não tinha direito aquilo, aí ele ficava enrolando, enrolando,
enrolando, para que a própria pessoa chegasse à conclusão de que não tinha direito (...) não
brigava com ninguém, absolutamente ninguém mas ele também acabava sendo omisso, tem
que falar, doa a quem doer, ele não pode mentir para a parte, mesmo que ele saiba que vai
desagradar, era uma atitude nobre, pelo caráter dele, ele querer ser bonzinho, não dizer um
não para a pessoa, mas infelizmente, dentro de sua atividade, dentro do funcionalismo público
ele vai ter que falar não, infelizmente uma hora dessas vai chegar, enfim, não tem exceção,
então cuidado com isso.
Segunda parte é quando ele diz lá: Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a
dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
Ele está dizendo ali: olha, não pode ter essa ideia de corrupção, essa ideia do erro, opressão,
mentira, aniquilam tudo. Tá vendo isso aqui, “corruptivo”? (...) Cuidado gente, nesse material
aqui, essa marcação foi feita por minha letra mesmo, se você colocar lá esse decreto 1171 que
nós estamos trabalhando, no Google, a primeira opção que vai abrir para você imprimir é essa

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que está na minha mão, fiz donwload em casa, estudando em casa, olha o que diz: nenhum
Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corretivo do hábito do erro, da opressão,
ou da mentira que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma
Nação.
Vocês percebem que aqui no meu material está escrito de maneira errada? Se você for no site
do Planalto que é o que importa, está a palavra final: corruptivo. Dizem as más línguas que
ocorreu um erro na hora da edição do decreto, que na verdade eles queria ter dito a palavra
corruptivo e na hora quando colocaram saiu “corretivo” aí você pode hoje encontrar material
que vai ter o nome corretivo, mas o que vale é corruptivo, que é o que está no site do Planalto.
Eu não sei se a banca está percebendo isso, mas vai que ela cobre, “opa tem material errado
rolando por aí, então vamos colocar corretivo aqui só para pegar você” então cuidado com isso.
Ele tem que atuar com a verdade, sob pena de caracterizar uma corrupção que vai afetar até
uma nação, ele faz um drama gigantesco quanto a isso aqui.

Cortesia
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam
o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma
ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade
que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.
Obs.: relacionado à tratamento com educação e gentileza.
Cuidado com isso gente, primeira característica que ele está falando aqui é a ideia de dano
moral; “paga seus tributos”, ele está novamente tentando dramatizar aqui: olha, a pessoa paga
ela tem direito a receber aquele bom tratamento, só que é como se eu estivesse novamente
no aspecto do âmbito do comércio, você vai até o comércio e paga o produto você quer que
aquele produto venha a ser bem feito, você paga por aquele serviço e quer que seja bem feito,
a população como um todo paga seus tributos, direta ou indiretamente, como assim direta ou
indiretamente? O IPTU você paga diretamente, pega o boleto e paga, mas e essa camisa que
você está vestindo, e esse relógio que você comprou, esse sapato que você comprou? Também
incidiram impostos: o ICMS, o IPI, que você pagou indiretamente, mas pagou, então você tem
direito, como consumidor mesmo, por ter pago aquele tributo a ter uma boa prestação de um
serviço público, sob pena de isso causar dano moral. “Rafael na prática o Judiciário aceita esse
tipo de dano moral?” Não, a gente não está falando aqui do poder judiciário, estamos falando
de um decreto para você que vai ser servidor no INSS, você precisa então compreender o que
está nessa merda aqui, não pode sair desse campo não, cuidado também viu, da mesma forma
que causa esse dano “patrimônio público deteriorado”, descuido, má vontade, vê: imagina
que você chegou lá na repartição do INSS e você está lá – e eu já trabalhei com gente assim
viu- seu ambiente de trabalho todo limpinho, todo bonitinho, você olha para o ambiente do
lado, o cara toma café, derrama café no teclado e não limpa, fica aquela coisa gordurosa, toma
chimarrão, deixa tudo sujo lá na repartição, ou então, acontece muito sabe o que? Recadinhos,
fica aquele bolo de papel, parece um lixão, sabe como é? Um ambiente nojento. ou então outra
coisa também que as meninas gostam de fazer isso adesivo no computador da repartição, aí

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bota adesivo…não, tem que ter zelo com aquilo ali, zelo com aquele equipamento, zelo com
aquele ambiente de trabalho; eu não estou proibindo, eu estou dizendo que haveria apenas
a ideia de manter o zelo, uma coisa limpa e não deixar aquilo ali às moscas; isso acontece
muito sabe porquê também, deterioração? Viatura da polícia, já viu? Reportagem: quebrou
uma peça “deixa lá” abandona a viatura, daqui a pouco vem uma reportagem na televisão ölha
que absurdo, quarenta veículos aqui parados” “por que que quebrou?” Não, quebrou apenas o
câmbio aqui uma coisa abaixo, daria com 300 reais para você consertar aquilo ali. A gente sabe
que tem todas as amarras, muitas vezes tem que ter licitação pública, mas muitas vezes aquilo
ali é deixado ali por desleixo mesmo. Sabe que quebrou? Vamos informar logo, informar no
mesmo dia ao órgão responsável por esse tipo de procedimento licitação para consertar logo
essa merda, vamos logo agilizar isso aí, vamos depois cobrar resultado do ofício que a gente
enviou, vamos ver se ele não consegue de outro veículo, outro veículo que está ali prejudicado
igual sucata, você não consegue tirar aquilo ali, ter um zelo e consertar logo e colocar essa
bexiga na rua de novo? Então a gente sabe que a cultura (...) .
Então gente cuidado, tem que usar a cortesia, a boa vontade, o cuidado, o tempo dedicado ao
serviço caracteriza o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta
ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os
homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus
esforços para construí-los.
“Suas esperanças~, vê que ele dá também um drama né, “que investiram suas esperanças”quando
você vai construir um bem você… é um negócio meio viajado né. Para a prova ele pode mudar
alguma coisa dessa aí, pode vir lá e colocar né... na segunda parte aqui, ele pode vim e falar “da
mesma forma causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o,
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações
ou ao Estado. Aí para aqui, essa parte mais romântica aí “boa vontade dos que dedicaram seu
tempo, sua esperança”isso também acontece em provas. Então relacionado ao tratamento
com educação e gentileza.
Bom, olha aí como eu queria que vocês percebessem isso, vê, gente, esse X é de muita
importância porque na prática a gente vê o desrespeito dele, vê muito e pensa que é algo
comum.
X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie
de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave DANO MORAL aos usuários dos serviços públicos.
Atenção: fila é antiética, desumana e gera grave dano moral!!!
O que ele está dizendo aqui é: procrastinar, deixar de atender quando você pode atender só
para ver a formação de filas. Primeiro que isso é ato de desumanidade, e vocês em especial
vão ver muito isso, quando vocês forem nomeados lá no INSS< vocês vão ver muita gente idosa
procurar vocês. Vocês acham que pessoas idosas têm a mesma saúde que nós temos de ficar
longas horas em uma fila, óbvio que não tem, mas infelizmente não tem condições, imagina
aquele dia inteiro, foi todo mundo idoso, alguém vai acabar ficando em pé, então você tem que
evitar isso. Eu não estou aqui falando que o fato de existir isso no INSS, porque a gente sabe
que existe isso, eu não estou dizendo que é porque o INSS procrastina, é porque o volume de

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trabalho é muito grande, tanto é que, cá para nós, concurso do INSS tem sempre, é um concurso
que sempre abre, passa o tempo dele de validade e vem outro, essa é a parte boa, porque está
sempre precisando de gente, porque tá sempre gente se aposentando aí, não sei agora com
essas reformas previdenciárias, mas, não é apenas a aposentadoria como um todo, é também
os benefícios. Então, o que eu quero que vocês compreendam é que eu não estou afirmando
que as filas que existem hoje é por culpa de quem está lá não, mas talvez uma parcela de culpa
até exista de quem está lá também, então tem que tomar esse cuidado, é ato de desumanidade,
além também de corresponder à ideia do dano moral, então formação de fila. Agora tem isso
também “ou qualquer outra espécie de atraso” mais uma vez eu vou trazer minha experiência,
lembra a primeira pessoa que eu falei que tratava mal todo mundo, a chefe lá e tal, pronto, falar
a mesma coisinha aqui: existia lá também na repartição em que eu trabalhava a ideia simples
de expedição de alvará, para quem não sabe, por meio de um alvará se levanta dinheiro que
está dentro de um processo judicial, dinheiro, verba, a parte ganhou o processo, ganhou a ação,
ia lá pedir um alvará, gente eu não estou falando de alvará de milhões de reais não, eu estou
falando de alvará de mil, dois mil reais, uma coisa que simplesmente se ela sentasse, abrisse o
computador e redigisse não levaria mais do que 15 minutos porque o juiz já deu a decisão, eu
sou assessor do juiz, eu sabia o que estava fazendo, eu chegava lá e dizia ëstá aqui o processo, o
juiz já deu a decisão, ele já assinou, vá lá, faça o alvará” entregava, a parte chegava lá “faça meu
alvará” e se agendava para se fazer o alvará, como assim? Ela podia fazer naquela mesma hora,
não ia levar 15 minutos, a parte não pensou na parte, no interessado, na pessoa que foi usar
o serviço público, que pegou dois transportes públicos, dois ônibus, que pegou um metrô, que
deixou de estar em outro lugar, deixou de estar trabalhando, conseguiu liberação do trabalho
às duras penas do chefe para ir lá para resolver um problema, estava ali, o que custa? Não tem
serviço público pendente, não tem nada urgente anteriormente, abra o computador e faça e
entregue aquilo logo para aquela pessoa para que ela possa então resolver sua vida.
– Não, estamos agendando.
– Para que?
– Daqui uma semana você volta,
Aí sabe o que acontecia? A pessoa voltava em uma semana e ela ainda esquecia que tinha
agendado, aí ela dizia:
– Ah, foi pra hoje! Já está pronto.
Mentira, ia lá dentro e fazia na hora. Então são coisas desse tipo que são consideradas
inadmissíveis, não é apenas a ideia da formação da fila, mas é também qualquer outra espécie
de atraso desnecessário, isso gera também dano moral, pelo menos para fins do que diz o
decreto; então não associem apenas à formação da fila, mas a qualquer outro tipo de atraso
de cunho desnecessário, se você chegasse para mim e dissesse: “não, mas aquela servidora
estava com outra missão mais importante que o juiz mandou”, Tipo o que Rafael? Tipo redigir
um ofício para que a parte que estava li no hospital precisando de uma cirurgia pudesse então
fazer logo essa cirurgia, caso de vida ou morte; guarda de menor, uma criança que está ali, o
pai tá querendo levar ou a mão está querendo levar para fora do país, sabe que está fugindo,
percebeu que estava fugindo, pegaram o cara, vai liberar ou não vai liberar… Fosse assim tudo
bem, mas não havendo urgência, para que fazer isso gente? Isso também constitui dano moral.
Então a fila é antiética, desumana e gera grave dano moral.
É interessante também , vou até fazer um destaque, me permitam fazer um destaque nisso
aqui (grave) faz um destaque na palavra “grave”, grave dano moral, não gera dano moral não,

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gera grave dano moral esse tipo de atraso, esse de procrastinação, a formação dessa fila,
combinado? Guarda isso porque eu já vi prova falar: “gera simples” ou “gera pequeno” ou “gera
normal” só para querer pegar a palavra grave, então cuidado com isso aí também. (...)
Perfeito, ele quando traz o ”longas filas”(...) o dispositivo fala “longas filas”então você pode
pensar “Espera aí Rafael, e se na prova colocar só ‘filas’?” Rapaz, sinceramente, se a prova colocar
só “filas” é porque está querendo marcar aquilo ali como errado, é para você entender que a
ideia não é de uma fila comum “longas filas”. Só que geralmente como é que ele fala se ele quiser
pegar por aqui: “constituiu-se uma pequena fila, vai gerar dano moral” aí você: não! Então ele vai
querer trazer um opositor àquela palavra de força, muito boa sua pergunta, então cuidado com
isso gente, cuidado “longas filas” não é só por causa de uma fila. foi o que eu havia dito, o INSS
muitas vezes tem fila, não tem como você evitar, isso, por si só vai gerar esse dano? Não. Agora,
longas filas, sabendo que foi por efeito procrastinatório do servidor vai gerar dano moral. (...)

5. (2016 – CESPE – FUB – Auxiliar em Administração)


Acerca de regras e deveres profissionais que orientam a atividade do servidor público, julgue o
item a seguir.
Constitui grave dano moral aos usuários dos serviços públicos o atraso na prestação do serviço
solicitado.
( ) Certo   ( ) Errado
Gente, vê, esse grave dano moral é apenas para a formação de longas filas? Não, é também
quando gera exatamente a ideia de atraso (...) então cuidado, o atraso também já configura,
então esse item é considerado correto, pode marcar aí como certo.

XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam
até mesmo imprudência no desempenho da função pública.
É outro campeão de concursos, a verdade ele vai estar trazendo ali duas ideias viu, cuidado,
primeira parte ele traz até aqui (negligente) uma ideia, olha a ideia que ele traz aqui: O servidor
deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente
por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente.
Vê bem, se a pessoa mandar você colocar a cabeça no trilho do trem, tu vai botar a cabeça lá?
Se ela for teu superior tu vai colocar a cabeça lá? Também não, desculpa o exemplo idiota, mas
só para que vocês entendam que vocês devem cumprir as ordens consideradas legais, se você
ver o seu superior hierárquico mandando você fazer uma coisa que é indevida, que é ilegal,
óbvio que você não deve fazer, você deve na verdade representar ao superior do seu superior,
para que ele então, nos termos do direito administrativo, tome as medidas cabíveis, então
cuidado, eu já vi prova afirmar que “constitui atividade antiética do servidor que não atende
quaisquer decisões dos seus superiores hierárquicos” aí tem gente que diz: “rapaz, é mesmo
né, eu acho que é, isso aqui não vou deixar em branco não, vou marcar, isso aqui está certo”.
Está errado, então cuidado gente, são ordens consideradas legais, vejam que , pela lógica até,
você conseguiria compreender isso que a banca vai querer mudar umas coisinhas aí, então a
primeira informação é essa.

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Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir
e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. Vejam: primeiro
que ele está trazendo uma ideia que não é absoluta porque ele está dizendo: “repetido erros,
descaso, acúmulo de desvios tornam-se, às vezes difíceis de corrigir” ele não está dizendo
que não dá para corrigir não, então alguma besteira aí, um erro que você fez talvez dê para
corrigir, mas você está errando sempre, talvez não de mais para corrigir, então você tem que
estar sempre atuando de maneira séria, de maneira diligente, você tem que estar percebendo
realmente o que está sendo feito ali, tem que estar sempre atento para que não ocorra uma
ideia de uma imprudência naquela sua atividade, então tomem muito cuidado também com
isso por exemplo preenchimento de formulários lá no INSS quando você estiver lá “ah não, isso
aqui eu nunca preenchi” essa ideia aqui do, sei lá, se tiver lá para preenchimento obrigatorio
o tipo sanguíneo da parte “isso aqui acho que é informação desnecessária, o endereço está
bom, mas isso aqui não vou colocar não”. Aí de repente vai lá o seu chefe e diz “quero verificar
aqui um novo tipo de doença que está gerando agora aposentadoria mas que só dá em tal
tipo sanguíneo, puxa aí o relatório” tu já há cinco anos trabalhando nunca preencheu, se
ferrou. Diz: “chefe, na verdade eu nunca preenchi isso não chefe, isso aqui eu não sabia que
era obrigatório”. Criatura, se estava ali para tu preencher deixa de ser preguiçoso, faça a coisa
certa, tem que ser diligente, olha aí, o efeito vai ser difícil de ser corrigido, então cuidado com o
desvio, descaso também, todas essas características tem que ficar bem espertos.
1. negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência, omissão ou inobser-
vância do dever, em realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias;
2. imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade;
3. imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção. Algo que se deveria
prever, porém, não previu
“Rapaz, se eu não preencher isso aqui, isso pode dar uma bronca para mim depois, eu vou
começar a preencher esse danado aqui”, “ah, não vou não, não quero, estou nem aí” então
vejam são conceitos também extremamente teóricos.
XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização
do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
Veja: a ausência do servidor público, primeira característica é:existe um estigma de que servidor
público não trabalha, vocês sabem disso, tem muita gente que pensa isso “ah, fulano está bem,
está ótimo, servidor público trabalha nada não”isso é verdade gente? Não, depende né. Se é
verdade eu não sei, mas se é certo, isso eu tenho certeza que não é. Infelizmente nós sabemos
que tem pessoas que quando passam num concurso público pensam que aquilo ali é…”minha
vida agora, tô de boa, não vou mais estar me matando para trabalhar para ninguém não”
acontece muito isso, mas muito mesmo. “Rafael tu é um exemplo disso, porque é servidor lá de
Pernambuco e está dando aula para gente aqui agora” não gente, na verdade eu estou de férias
do Tribunal de Justiça de Pernambuco e eu também sou um dos servidores que já aderiram
ao teletrabalho, eu posso trabalhar em qualquer lugar que eu estiver hoje e a qualquer hora,
então por ser assessor de juiz eu tenho esse tipo de benefício lá no Tribunal de Justiça o juiz
confia em mim, deferiu ele quer produção, não tenho mais hoje também amarras a horários.
Mas se eu por acaso tivesse inventado uma dor de dente lá e viesse aqui para o Rio Grande
do Sul para estar dando aula agora, vocês acham que isso seria ético? Claro que não. E se eu
realmente estivesse com uma dor de dente? Estou mesmo com dor de dente, está doendo para
caramba o dente aqui, inclusive o dentista me deu um parecer dele lá dizendo que eu estou

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com dor de dente, eu vou colocar lá no Tribunal de Justiça dizendo que estou com dor de dente,
mas de noite eu pego um avião e venho dar aula aqui, tô com dor de dente. Isso está correto
gente? Também não, vejam que a minha ausência não está justificada por aquele atestado não
porque se eu tenho capacidade de estar dando aula eu também teria capacidade de estar na
repartição até mais do que aqui, porque lá eu trabalho calado, aqui eu trabalho falando, então
para entender o que nós estamos aqui querendo externar, cuidado, não é qualquer ausência,
é a ausência injustificada que vai gerar. Agora, se realmente, imaginem que o sujeito está com
febre, como assolou boa parte do nosso país, febre amarela, o sujeito está com uma gripe, e
a gripe também está pesada, lá em Pernambuco mataram um bocado já de gripe, acreditem.
Então gripe, a pessoa está lá… a pessoa está moribunda, está doente, está tendo calafrio, está
mal caramba, ela não tem condições de sair não, ele vai se ausentar do serviço, não vai? Vai!
Esse tipo de ausência vai gerar desordem da relação humana? Não, porque é uma ausência
justificada, nem vai desmoralizar, então tem que se tomar também esse tipo de cuidado para
que não se considere, como a prova vai fazer “toda e qualquer tipo de ausência”porque soa
bonita, veja, se você fecha o olho para pensar “toda e qualquer tipo de ausência do servidor do
seu local de trabalho é causa de desmoralização” não, é ausência injustificada.
XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.
Está falando de questão que envolve harmonia, vai receber colaboração, pode receber
colaboração de todos, enfim, então também é um dispositivo que cai até relativamente. Com
isso nós terminamos as regras deontológicas, acabou já gente regras deontológicas. “Rafael
tem mais o que agora?” Agora vai partir para o próximo tema, o próximo passo ainda aqui
dentro, falar sobre os principais deveres do servidor para então depois partir para a terceira
sessão. Vamos antes responder uma questão:

6. (2016 – CESPE – ANVISA – Técnico Administrativo)


José, servidor público estável de órgão do Poder Executivo federal, durante o período de
doze meses, faltou intencionalmente ao serviço por cinquenta dias consecutivos, sem causa
justificada. A administração pública, mediante procedimento disciplinar sumário, enquadrou a
conduta de José como abandono de cargo.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal, a conduta de José é fator de desmoralização do serviço público.
( ) Certo   ( ) Errado

Vejam que essa questão aqui ela poderia ser abordada pela CESPE tanto na prova de direito
administrativo, tá vendo? Quanto na de ética, porque isso aqui também tem a ver com direito
administrativo. Aí ele vai lá: a respeito da situação julgue o item que segue: De acordo com o
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a conduta de
José é fator de desmoralização do serviço público.
Certo. Claro gente, porque ele faltou injustificadamente meu filho a tudo isso, como a gente viu
também é fator de desmoralização desse serviço.

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7. (2018 – CESPE – PC-MA – Escrivão de Polícia)
Julgue o item que se segue, a respeito das atitudes do servidor público no desempenho das
suas funções.
I – O fato de um servidor público deixar qualquer pessoa à espera de solução que compete ao
setor em que ele exerça suas funções, acarretando atraso na prestação do serviço, caracteriza
atitude contra a ética, mas não grave dano moral ao usuário dos serviços públicos.
II – Tratar mal uma pessoa que paga seus próprios tributos significa, direta ou indiretamente,
causar-lhe dano moral.
III – Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios por parte do servidor público tornam-
se, às vezes, difíceis de corrigir e podem caracterizar negligência no desempenho da função
pública, mas não imprudência.
IV – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização
do serviço público.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Item I está errado porque também vai gerar sim (dano moral) Nesse tipo de prova eu, na
minha época que prestava muito concurso público, eu nesse tipo de prova eu já ia direto para
a assertiva, para já ir eliminando, porque às vezes eu tinha certeza no item I, aí no item II eu
estava com uma dúvida, aí às vezes quando você vai marcando aqui as alternativas você já
chega na resposta, acontece com vocês também? Acontece né, então primeiro, se o item I
está errado, e olha o outro detalhe: quase eu me esqueço também prova do capiroto, CESPE
C de capiroto, às vezes sabe o que ele bota? “Estão incorretos” maior maldade, aí se você foi,
acontece muito isso, então você lá respondendo não sei quantas questões da CESPE, chegou
naquela questão… tudo ele perguntava o que era correto, correto, correto, chega na oitava
questão ele pede incorreto, você seguiu no embalo do correto aí vai feito um abestado, chega
lá na hora e vai marcar o correto então cuidado(...).
Então o item um estava errado, ele quer errado, então eu já mato a letra A, já mato letra B, já
mato letra D. Uma coisa eu tenho certeza, o item 2 está certo e o item IV também está correto,
só tenho que ver o item III está certo: III Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios
por parte do servidor público tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e podem caracterizar
negligência no desempenho da função pública, mas não imprudência. Errado. Cuidado, você
começou a ler aqui: “ Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios por parte do
servidor público tornam-se, às vezes” aí você: “às vezes?” Isso aqui está certo, até aqui está
certo, é “às vezes” ... difíceis de corrigir e podem caracterizar IMPRUDÊNCIA ele colocou o que?
Negligência, mas não imprudência, então gente isso aqui está errado, qual é nossa alternativa
portanto? Letra C de chocolate.
O item IV está certo porque diz assim: Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público. Certo ou errado? Certo, certíssimo.

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E voltando para o item II, ele diz o seguinte: Tratar mal uma pessoa que paga seus próprios
tributos significa, direta ou indiretamente, causar-lhe dano moral. certo também, tudo isso nós
já trabalhamos.
(...)
Bom, avançando: dos principais deveres do servidor público.
Gente, veja, quando nos falamos em deveres estamos falando de uma ação do servidor público,
e a ideia de um dever, estamos diante aqui de obrigações de fazer, o que deve o servidor público
realizar. É interessante que lá na terceira sessão nós vamos ver as infrações, ou seja, a ideia do
não fazer, nós vamos ver as situações que ele não deve realizar, então nesse momento são
situações que envolvem ações por parte do servidor público, e na outra situação a gente vai
ver que são situações que envolvem não fazer, a ausência dessa mesma ação, pois bem, vamos
aqui avançando. Então olha aí ele não trouxe outro artigo, ele traz isso como se fosse outro
inciso ainda:
XIV – São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja
titular;
Gente então ele está falando: desempenhar a tempo, ele está falando exatamente da ideia da
tempestividade, ou seja, você deve sempre tomar cuidado também com o tempo que você
desenvolve suas atividades, você não pode ficar procrastinando... Vejam que muitas coisas que
nós vamos falar aqui já foi dito antes do intervalo nas regras deontológicas, ele só vai aqui
repetir e determinar como se fosse o caráter de um dever.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições, com o fim de evitar DANO MORAL ao usuário;
Vejam primeiro, cuidado, ele está falando que você tem que desenvolver com rapidez, mas
não é para você fazer a coisa a bolo não, fazer de qualquer jeito não, “ah, tem que ser rápido,
vamos fazer produção, produção” não, porque às vezes, nem sempre aquilo que é tão rápido
set rona realmente correto, eficaz, e é feito de maneira certa, por exemplo: imagina lá um
sujeito como eu, que trabalha como assessor de magistrado, se eu chego lá em Pernambuco
e quero fazer várias sentenças num dia eu consigo fazer várias sentenças em um dia em favor
lá do juiz que eu trabalho, mas talvez essas sentenças não saiam com uma qualidade boa, vai
sair uma coisa ruim, duas páginas, mal fundamentado, mal explanado, que depois alguém vai
recorrer daquela minha sentença. É melhor que eu faça, ao invés de realizar dez em um dia,
que eu faça duas bem feitas, bem fundamentadas, com oito laudas, argumentando, mostrando
os prós, mostrando os contras, mostrando porque foi dado procedente, porque foi dado
improcedente. A mesma coisa aí quando você for fundamentar por exemplo a não concessão
de uma aposentadoria para alguém que fosse se consultar com vocês lá na repartição, eu
poderia fazer várias indeferimentos num dia, mas será que aquilo ali não vai gerar um recurso
administrativo contra sua decisão, levando para uma instância superior dentro do órgão. Então
você pode pegar poucos casos, mas fazer a coisa de forma bem feita. Lógico, é você também
utilizar o tempo, não é você: “ah então se tem que fazer coisa bem feita vou fazer um por dia;
ou então vou começar a fazer um a cada dois dias” aí já está se tornando preguiça mesmo do

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servidor. Então é voc6e fazer aquela ponderação, fazer com rapidez sim, mas tem que ter o
que? Perfeição. Então olha, rapidez como falei, perfeição, tem que ser feito de forma perfeita e
rendimento né, ou seja, tem que render aquilo que se espera de você como servidor, mas tem
que ser feito de maneira perfeita e tem que ser feito também com a velocidade que permita
que tudo isso aí de maneira correta.
“Pondo fim, ou procurando resolver prioritariamente situações procrastinatórias” sabe aqui
o que pode acontecer? Pode acontecer de fosse acabar de ser nomeado, ir lá para aquela
respectiva unidade, e você se deparar exatamente com o servidor que você entrou para
substituir que deixou ali na gaveta dele uma porrada de casos para serem deferidos. Ele estava
procrastinando, atrasando tudo. Você entrou lá, você tem que fazer o que? Colocar aquilo ali
em dia essa é a lógica, quando eu fui inclusive, quando eu fui transferido para Recife porque eu
era de Jaboatão, da região metropolitana, quando eu fui transferido para Recife, para a capital,
cheguei lá e me deparei com uma situação de uma vara que tinha um dos maiores acervos
porque estava muita coisa atrasada, tem coisas bobas, bestas, tem muitos processos para
mandar para o arquivo, já tinham sido resolvidos e estavam lá ainda constando nos sistemas
da unidade. O que que nós fizemos? Um mutirão, vamos fazer um mutirão aqui para poder
baixar logo tudo isso, ou seja, resolvemos as coisas procrastinatórias, atrasadas, e é o que
pode acontecer com você, tomara que não aconteça, porque você está fazendo o trabalho dos
outros, que deveria ter sido feito, é tão bom quando você chega numa unidade e já está tudo
bonitinho, tudo funcionando perfeitamente, isso até ajuda você dar mais atenção aos novos
casos que estão entrando lá no INSS. Mas imagina então que tem coisas pendentes, que que
você vai fazer? Faz aí então dando prioridade a isso porque tem pessoas esperando há bem
mais tempo do que aqueles novos casos que estão chegando.
“Principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos
serviços” a gente já falou nesse tema, que gera dano moral a ideia da fila, ou qualquer outro
tipo de atraso, lembrando que aqui ele fala em fila, e lá nós falamos em longas filas, mas aqui
também já dá a ideia de filas. “Pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar
DANO MORAL ao usuário”. Então mais uma vez aí ele falando do dano moral, lembrando que
lá nós falamos de longas filas e falamos também de grave dano moral, aqui ele só falou em
dano moral mas, enfim. Muitas informações se repetem, é para você entender que se repetem
a ideia das filas, se repetem as ideias de atraso, se repete a ideia de procrastinatório, a ideia
de ter um rendimento, uma celeridade, tudo isso se repete muito agora aqui como deveres do
servidor.
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo
sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum;

"DEVER DE MORALIDADE"

Também nós falamos já desses elementos lá no começo, a ideia de atividade com probidade,
já falamos no comecinho, o primeiro artigo inclusive deste anexo disse isso, olha o primeiro
artigo: ” a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia, a consciência…” então tudo isso meio que se
repete novamente quando aqui ele vem e diz que tem que desempenhar de forma a ser probo,
reto, a ser leal, a ser justo. O que é probo? É você agir de maneira correta, reta, agir sempre do

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lado certo, ser leal, não querer prejudicar alguém, ser justo com os casos que são apresentados,
“demonstrando toda a integridade do seu caráter escolhendo sempre, quando estiver diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum” cuidado viu ele não falou
aqui “para a Administração pública” ele falou “mais vantajosa para o bem comum”, ou seja, a
ideia também de coletividade, é um dever de moralidade pelo direito administrativo né, está lá
também dentro do nosso LIMPE a ideia de moralidade administrativa.
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
Então ele tem que prestar contas, principalmente aqueles que trabalham exatamente com
verbas públicas, com dinheiro público, imagine que você fosse lotado para o setor de licitação
pública lá do INSS ou de qualquer outro órgão, você tem que prestar contas públicas também,
você tem empenhos, dotações orçamentárias ou coisas desse tipo… “condição essencial a
gestão de bens”claro a ideia de prestação como um todo.
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação
e contato com o público;
Vejam que aquela minha servidora no exemplo que eu havia dado, ela não estava tratando
bem o público, ela não tinha essa comunicação por dois motivos: primeiro por tratar mal,
segundo por procrastinar o serviço, mandando apenas que as pessoas retornassem lá dias após
e sem resolver o problema delas, então também tem que procurar sempre essa ideia de tratar
cuidadosamente os usuários, até voc6es que vão ter que ter uma paciência gigante gente, olhe,
INSS eu acho que até pela televisão voc6es já tem uma noção de como é que funciona né,
chega gente muitas vezes do interior, sem formação, pessoas que não sabem falar, pessoas
que não sabem assinar, que não tiveram estudo, que assinam lá com a digital ainda, pessoas
mais do interior, não sei como que é aqui, mas lá no Pernambuco lá é o sujeito andando com
uma galinha, já viram pessoas andando com galinha na rua? Sai com a galinha viva e vai lá
na repartição, coloca a galinha do lado e vai tomar informação lá com você. E sabe o que é
interessante? Às vezes ele quer até dar um agrado, e não pode, a gente vai ver isso; aí chega
lá e diz “volta tal dia” “ah, volto tal dia?” Aí chega no outro dia, a pessoa chega lá e diz “olha, 6
ovinhos, minha galinha botou ovinhos tome para você levar” que não pode receber qualquer
tipo de vantagem em relação a isso, a gente vai falar sobre isso ainda hoje, mas acontece viu
gente, acreditem, acontece, mas vamos lá.
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos;
Eu tenho o que falar disso? Tem o que explicar? Não tem, gente, é o que nós estamos falando
desde o começo… “princípio ético, serviço público, tem que ser ético” não tem, é autoexplicativo
isso aqui essa alínea.
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as
limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político
e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes DANO MORAL;
Aqui é quase o exemplo que eu havia dado, olha, você tem que ter disponibilidade, estar
tratando todos bem, até quando eu comecei, no começo da nossa aula de hoje eu disse:
olhe, se você conseguir alcançar 80% do que diz isso, você já se considere um bom servidor

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porque, querendo ou não, nem todo o dia a gente está bem, tem dia que a gente está com a
cabeça quente e não pode levar isso para dentro da repartição, tem que estar sempre disposto.
Agora o interessante é que, infelizmente nós sabemos que existem pessoas preconceituosas,
e o preconceito ele não se externa apenas em relação a raça, mas ele também se externa em
relação à política “quem é do partido tal… do partido democrático, do partido verde, do partido
do trabalhador, quem não é” começam a polarizar, e hoje em dia existe muito esse critério da
polarização da política brasileiro, pessoas que pensam que um é bom e o outro malvado, e às
vezes o bom não é tão bom, é um malvado também, enfim, não quero entrar nesse aspecto,
mas também questão de raça, de g6enero, de time de futebol, imagina que você daqui do Rio
Grande do Sul torce para o Grêmio, aí chega o cara com uma camisa do Internacional para
ser consultado com você lá no INSS, você pode se esquivar de atendê-lo? Não, não pode,
você vai ter que atender ele independentemente do time que ele torce, independentemente
da ideologia política dele, desde que ele lhe respeite, claro, você também… ele vai ter que
lhe respeitar para ser merecedor do seu respeito; como também essas questões que eu falei
das pessoas mais carentes que é a realidade de vocês, pessoas doentes, pessoas com idade
avançada, pessoas que não sabem falar muitas vezes, são pessoas do interior que tem erros
de português, que falam errado, você tem que atender do mesmo modo do que fosse o pós
doutor fora do país que fosse ali também ser atendido por você, você tem que dar o mesmo
tipo de tratamento. A gente sabe que no duro, no duro mesmo, existe, por parte da população,
esse preconceito também, se a pessoa anda mal vestida a gente já dá uma olhada meio
enviesado para aquela pessoa ali, e muitas vezes a pessoa que está mal vestida é uma pessoa
de um caráter excepcional, não é o traje dela que vai externar realmente quem ela é. Às vezes
a pessoa bem vestida é podre por dentro, uma pessoa ruim, uma pessoa do mal que cresce
pisando nos outros, que fala mal de voc6e nas suas costas, e tudo isso a gente tem também
que tomar muito cuidado, tá bom? Quem vê cara não vê coração, como já diz também minha
mãe, isso também existe muito, é exatamente o que ele está falando, então qualquer tipo,
questão de sexo, imagina que um homossexual, um heterossexual, hoje também existem novas
denominações, o transsexual, existe hoje, tem uma nova também estou pesquisando agora,
que é como se fosse um assexuado, mas não é… é uma nova categoria que estão estudando, eu
não… olha, não sei nem se eu falei a palavra certa categoria, gênero, enfim, tem que respeitar
todos iguais, então isso também deve ser levado em consideração. Ah, o cara é machista, ou a
mulher é machista, também existe isso, ou o homem é feminista, a mulher é feminista… nada
disso deve ser levado também em consideração. Nacionalidade se é um gringo ou não, a idade
“ah esse aí já é um velho; ou esse aí é um novinho ainda” tem que tratar do mesmo modo;
religião, cunho político, posição social, “abstendo-se dessa forma de causar-lhe dano moral”
eu, por exemplo, tenho uma pessoa na minha família, uma prima que ela é, a gente chama de
“especial” mas sabemos que hoje o nome é “pessoa com deficiência” e ela é inclusive mais
velha do que eu, e ela hoje tem seus provimento lá pelo INSS também, então ela merece todo
respeito e carinho como se qualquer outra pessoa fosse… meu Deus como qualquer outra
pessoa que não tivesse a debilidade dela, vocês entenderam né, ela é uma pessoa amada, a
gente ama tanto ela que chega aquele momento que você convive com ela e você esquece
que ela tem a especialidade dela; convive com a gente, beija a gente, é amorosa, vai ser minha
madrinha de casamento, enfim, minha querida prima Tati.
(...)

30
Bom, dano moral, olha aí os casos de dano moral que a gente falou. Dano moral. Tratamento
sem cortesia gera dano moral – tudo isso é pelo que está nos decretos viu- fila e atraso gera
dano moral? Gera dano moral, lembrando que quando a gente fala do asterisco aqui é porque
pelo inciso X ele diz que é “grave dano moral” só para que você lembrasse viu. Aqui no XIV, b
ele só falou “dano moral” mas no X lá ele falou em “grave dano moral” inclusive. Preconceito
ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e condição social:
dano moral também. E procrastinar ou dificultar, dano moral.
Vejam que isso aqui gente, apesar de não ser muito a cara das provas de concurso, geralmente
eles pegam todo o inciso, como a gente viu, e sai tirando uma coisa, mudando outra, mas
imaginem que eles trazem uma questão que diz: “nos termos do decreto gera dano moral”,
ele não vai querer que você pegue um inciso só, ele vai querer que você saiba onde que está o
dano moral dentro do inciso IX, dentro do X, do XIV, b, dentro do XIV, g, dentro do XV, d, então
percebam que ele pode cobrar uma questão só com o gênero, “gera dano moral nos termos
do decreto” e aí você vai ter que saber tudo isso aqui, então aqui foi só uma forma de tentar
facilitar para vocês visualmente, quando você estiver em casa estudando novamente essa
matéria, é importante, eu estou contando que pode cair uma questão de forma genérica assim.

Dever de representação
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;
Gente, presta atenção: lembra que eu falei para vocês que o servidor, ele é obrigado aí, nos
termos do decreto, a respeitar as ordens da autoridade se elas forem legais, estão lembrados
disso? Aí eu disse: “se for uma ordem legal, se mandar você botar a cabeça no trilho você vai
botar? Não vai”; você está vendo que aquilo ali está mandando você não conceder, você viu que
aquela pessoa tem todos os requisitos para se aposentar mas o chefão chamou você no canto
e disse ‘olhe, essa pessoa aí uma vez, é meu vizinho, brigou comigo, indefira, não conceda não,
você está vendo que aquilo ali é manifestamente ilegal, você vai cumprir aquela ordem? Claro
que não gente, inclusive você tem que representar contra ela. Bom, então aqui tranquilo, isso
aqui se vê também no direito administrativo.

31
8. (2016 – CESPE – INSS – Técnico do Seguro Social)
Acerca do disposto nos Decretos nº 1.171/1994 e nº 6.029/2007, julgue o item subsequente.
Embora deva respeitar a hierarquia, o servidor público está obrigado a representar contra ações
manifestamente ilegais de seus superiores hierárquicos.
( ) Certo   ( ) Errado

Olha aí, INSS, é o cargo de vocês, é bom que a gente já vê como é que ele cobra mesmo.
Gente, tem que respeitar a hierarquia? tem. Agora, ele, respeitando a hierarquia, vai cumprir
normas ilegais? Não. O servidor está obrigado a representar contra ações manifestamente
ilegais de seus superiores? Sim. O que pode talvez ocasionar o medo é quando a questão vem
e coloca isso aqui: “obrigado”; alguém pode pensar “não, obrigado ele não está não, tem que
representar, mas o brogado ele não está não”; tu acha que é certo ver o teu superior hierárquico
fazer um bocado de coisa errada e tu ficar omisso? Tu está sendo conivente pelo menos com
isso, então tem que representar sim, viu gente? Então certo esse item aí do material.

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e


outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência
de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
Ele só faz corroborar o entendimento que já foi dado na alínea anterior, tem que também
denunciá-las e não pode ceder a pressão, tem que aguentar a pressão e ainda assim peitar.
“Rafael, mas se eu fizer isso eu vou responder a algum tipo de represália política, meu chefe
aqui não vai dar nada para ele, ele vai me colocar lá no interior, Coronel Bicaco”. Bom, não pode
gente, então vejam, não pode ceder a essa pressão não, tem que denunciá-la sim.

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da


segurança coletiva;
Traduzindo: você tem direito de greve? Tem, agora, esse direito de greve não pode trazer
prejuízos para as pessoas, isso aqui é óbvio né, estado de caos. Certa vez, isso deve ter o que?
Uns dois anos, lá em Pernambuco a Polícia Militar entrou em greve, foi decretada ilegal e
tudo, que que aconteceu? Um caos no estado meu amigo, eu acho que isso foi reportagem
nacional, chegou aqui não foi? Virou um estado lá que voc6e não estava saindo na rua. Chegou
ao ponto de pessoas populares, pessoas com ficha limpa, que nunca fizeram nada, começaram,
naquele efeito manada, a ingressar nas lojas e roubar televisão, furtar né, microondas… teve
uma cena que ficou famosa o cara nas costas levando o fogão meu amigo, o cara saindo lá com
o fogão, virou meme da internet e tudo. Fazem tudo isso, estado de caos, “ah, a Polícia está
de greve” então pronto. Vejam, a Polícia decidiu tirar todo o efetivo, eu sei que esse estatuto
não é do militar, é do civil, mas é para você poder entender que o efeito de greve, se é dado
de forma absoluta, se não garantir o estado de caos vai prejudicar todo mundo, do mesmo
modo quando ele fala a ideia da defesa da vida, médicos por exemplo, meu amigo, se eu não
estiver atendendo aquilo ali as pessoas vão morrer, casos emergenciais, então cuidado com
isso. INSS… vê: se tu deixa de deferir a aposentadoria para um velhinho, para uma velhinha,
tu não acha que isso vai prejudicar a vida dele não? Tu não acha que vai estar em risco a vida
dele não? Ele está tirando dali a subsistência dele. Vamos supor que estivesse em época de
recadastramento, o Governo foi e cortou ali e agora só recebe se for lá se recadastrar, entrou
em greve, a pessoa está sem receber, e agora? ela vai viver de que? Fotossíntese? Vai olha para

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o sol todo dia e vai se alimentar do sol, não dá, já ganha um salário mínimo que não dá para
pagar nem os remédios de uma pessoa idosa gente, nós sabemos disso. Só para concluir essa
história lá de Pernambuco, sabe o que aconteceu depois? As pessoas foram voluntariamente
nas delegacias devolver os bens porque começaram a identificar, “foi fulano, foi sicrano”, os
vizinhos começaram a denunciar “foi fulaninho” as pessoas foram lá devolver, claro, tudo já
machucado, arranhado, arrebentado, e estão respondendo até hoje lá, acho que não vai dar
em nada, no final das contas, para quem devolveu, para quem furtou e foi identificado, vai
tomar no (...), mas para isso tu toma cuidado. Cuidado aí com esse yeyética: tem o direito de
greve mas não pode retirar a defesa da vida e da segurança coletiva.
Obs.: mesmo no direito de greve, deve preservar a vida e a segurança coletiva.
Isso aqui também faz muito sentido, e cobra gente, isso aqui cai em prova, cai quando ele
omite, ele vai colocar: ”em qualquer situação, independentemente da segurança, vai trazer
coisas idiotas que você vai perceber que não estariam certas. (...)
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
Claro, se ele falta de forma justificada, aí você não teria que aplicar essa previsão, que a gente
já viu também antes do intervalo, aqui eu estou falando das ausências injustificadas, elas vão
acabar trazendo problema, a sua ausência vai acabar provocando danos ao trabalho, refletindo
negativamente em todo o sistema. Então tem que ser assíduo, tem que ser frequente, lá no
direito administrativo você aprende até sabe o que? Que o ato de concessão de umas férias,
como eu estou agora gozando de férias, ele é ato discricionário ou é vinculado? Discricionário,
porque talvez naquele momento não é importante, não é oportuno ou conveniente ao servidor
tirar férias porque já tem um outro colega de férias naquele momento, ou porque houve um
aumento da demanda. Agora, a partir do momento que o sujeito tem esse direito às férias, e
não está havendo qualquer tipo de problema, deve a autoridade, sim, claro, preencher e dar o
direito dele de férias, então cuidado com isso.
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao
interesse público, exigindo as providências cabíveis;
Ou seja, o X9, o dedo duro, você está vendo que o colega seu está fazendo besteira, voc6e
deve ficar conivente com ele? Não, você tem que informar para as autoridades que irão tomar
as providências cabíveis, todo e qualquer fato contrário ao interesse público deve sim ser
determinado exigindo as providências cabíveis. Aqui eles também mudam muito isso viu: “todo
e qualquer ato contrário ao interesse privado”ou então “qualquer ato”ele sai mudando algumas
coisas aí também, então tem que tomar cuidado com isso.
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais
adequados à sua organização e distribuição;
Estão lembrados daquele servidor que come chocolate teclando o teclado e derrama café e não
limpa é uma seborréia aquilo ali; eu já peguei colegas de trabalho que você tinha que dizer para
eles: “fulano, faz uma faxina isso está um lixo” e o cara ainda fica chateado com você, sabia?
Ainda fica com raiva, mas você tem que dizer: “cara, inadmissível um negócio desses, não dá”.
O que acontece muito comigo, vou fazer minha mea culpa aqui, é receber bilhetinho, a gente
chama lá inclusive de bilhetinho do amor, chega um parte e diz lá “despacha o meu processo”
aí o pessoal da secretaria vai, vem lá no meu gabinete e fica me dando bilhetinho, aí vai fazendo

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bilhetinho, bilhetinho, quando eu vejo está uma montanha de bilhetinhos, aí o que eu faço?
Pego uma listinha, passo tudo a limpo, pego aquele bolo de bilhetinho e jogo fora e começo a
ir matando lá aquele lá, vou matando lá aquele lá, eu recebo muitos bilhetes não porque meu
trabalho é procrastinatório, é porque realmente tem uma demanda muito grande, só por causa
disso, mas eu vou matando lá devagarinho, vou despachando lá e vou fazendo as coisas.
Então a mesma coisa, tem que manter o ambiente limpo, sem um bocado de papalexinho, a
mulherada também cuidado com a limpeza visual. Uma das coisas que a mulherada geralmente
faz em repartição pública, a maioria, é colocar uma foto dos filhos; chega lá na repartição está
lá a foto dela, às vezes bota o marido mas nem tanto, mas os filhos bota, para todo o dia olhar
para a foto do filho, tudo bem. Mas tem umas criaturas que botam a foto do filho, a foto do
marido, a foto da mãe, a foto do gato e do cachorro. Espera aí meu amigo, faz uma foto só de
todo mundo aí e bota lá no negócio do que estar fazendo isso. Então aí está a ideia de manter
sempre limpo e em perfeita ordem esse local de trabalho, tá bom?
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de
suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;
Ele está falando de atualizações; isso inclusive vai ser utilizado para que voc6e possa progredir
na carreira. Como assim Rafael? Olha, voc6e vai ter que fazer cursos de aperfeiçoamento,
cursos profissionalizantes. Lá por exemplo no Tribunal de Justiça eu tenho, todo o ano, que
me submeter a um curso de 40 horas, esse curso pode ser presencial ou EAD na modalidade
online mas eu tenho sim para que eu possa progredir o plano de cargos e carreiras lá do
Tribunal de Justiça. Então é a ideia de você estar se aperfeiçoando, você depois de entrar lá
você fazer um curso de gestão de pessoas para que você possa atender melhor, pode fazer
um curso de idiomas, já que você também pode acabar atendendo algum estrangeiro, você
realizar uma pós-graduação em direito previdenciário, vê que coisa legal, para que voc6e saiba
um pouco mais; você participe de cursos profissionalizantes da própria instituição que vão lhe
ceder. Então tudo isso é importante, você estar sempre se aperfeiçoando para que você possa
então, dentro dessa ideia de estudos estar exercendo melhor suas funções, e é aquela coisa
né, alguma vez, certas funções só funcionam para quem realmente se esforça, para você ter
ideia, lá no Tribunal de Justiça eu sou Analista Judiciário de concurso, meu cargo é de analista
judiciário, mas hoje eu tenho uma função gratificada de Assessor de Juiz, de magistrado; essa
função, lá em Pernambuco cada juiz pode dar apenas para dois servidores, então imagina o
universo de uma Vara que tem, às vezes, oito, nove, dez servidores, ele vai escolher dois, tu
acha que ele vai escolher quem, aquele servidor que não procura estudar, não procura seu
aprimoramento? Não, ele vai procurar o servidor que se aprimora, como eu comecei aqui
falando para vocês do meu currículo, eu tenho um currículo hoje de pós graduações, estou
terminando meu mestrado agora, estão sempre buscando uma melhoria, e eu sei que isso aos
olhos do meu superior hierárquico é algo muito bem visto, então é importante também até
para que vocês possam galgar outras funções dentro do próprio órgão, é interessante também
estar sempre se preparando para isso, claro a porta de entrada é o próprio concurso, sem ele
não dá para se entrar, mas depois você está se aperfeiçoando em algo legal.

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9. (2016 – CESPE – FUB – Conhecimentos Básicos – Somente para os cargos 10 e 13)
Com relação à ética no setor público, julgue o item subsecutivo.
É dever fundamental do servidor comunicar a seus superiores ato ou fato contrário ao interesse
público.
( ) Certo   ( ) Errado
Certo. Caramba, vejam, ele trouxe a literalidade, se eu volto aqui para que você perceba, então
está certo. Vejam que ele tirou a palavra ïmediato”mas está certo, foi considerado certo.

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;


E quais são as vestimentas adequadas? Não, existe, é o caráter subjetivo, vai depender muito
do contexto, por exemplo, se você está diante, eu sei que esse estatuto não se aplica aos
militares, mas se você estivesse diante, por exemplo, e um sujeito que trabalhasse na praia,
bombeiro, seria conveniente que ele fosse de terno e gravata? Não, vai prejudicar no momento
que o sujeito for lá tomar um banho lá de boa viagem e um tubarão for lá pegar ele, então
não é conveniente que ele vá estar de terno lá. Mas em compensação, você vai em algumas
repartições públicas, também não dá para você chegar lá de sunga, não dá para voc6e chegar
lá desse jeito, isso é óbvio. No Tribunal de Justiça assim que eu chego lá tem um aviso bem
grandão: “é proibido entrar de bermuda ou short curto”, vejam: short não estaria sendo
proibido, vejam que lá foi proibido short curto, a minissaia. A gente sabe que trabalhar nesse
tema, falar sobre esse assunto talvez pode magoar alguém, minha intenção não é essa, mas nós
temos as feministas que dizem “é um absurdo não poder ir de minissaia, deveria ser possível, por
que não pode minissaia, a mulher não tem que estar se privando…” calma, o homem também
não pode ir de bermuda, é pelos mesmos motivos, por uma questão de respeito a determinado
ambiente e que não se comporta, se der para aquele ambiente não tem problema nenhum. Ou
o homem também para não falar apenas da mulher, ir de camisa regata, muitas vezes não dá,
não pode. Imagina voc6es aqui agora eu chegar para dar aula com uma camisa regata, vocês
iam olhar para mim e dizer: “oxe, que cara maluco, está vindo dar aula numa sala com camisa
regata” eu tenho tatuagem nesse braço todo, vocês iam olhar para minha tatuagem e dizer:
“oxe, esse cara é maluco para estar dando aula desse jeito?” Eu venho de polo, tentando me
comportar um pouco mais, dá vontade de colocar termo. Amanhã eu vou dar uma palestra de
terno porque vou estar dentro de um centro universitário, então cada lugar nós sabemos que
tem que ter a vestimenta adequada, pelo uso popular também, pelas condições do ambiente.
Então tem locais que você vai ser atendido que você poderia ir com uma roupa de praia, vai ser
atendido primeiros socorros no mar, o bombeiro que está ali na frente, coisas desse tipo até
daria, mas em outros locais tem que estar com a vestimenta adequada sim para as atribuições.
Eu por exemplo trouxe pouca vestimenta adequada para estar agora em Porto Alegre, porque
agora está… eu trouxe pouca roupa de frio, não sabia que iria estar tão frio aqui.
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao
órgão onde exerce suas funções;
Parece muito com a ideia de se qualificar no estudo que nós falamos. “Não entendi Rafael”.
Gente, no duro, vou dizer para vocês que 90% dos servidores não se preocupam com isso,
passou num concurso, assumiu “ah, para que vou me preocupar com isso?” Aí, de repente,
precisa de alguma coisa para o serviço dele “rapaz, como faz isso mesmo?” Äh tu não soube
não? Teve uma mudança agora”. Não entendi. Imagina que agora dentro do nosso decreto

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houve uma mudança, mudança de algum artigo, de algum dispositivo, era para você estar
atualizado, estar sempre lendo. “ah, mas eu li para passar no concurso, depois do concurso lixo,
não quero mais saber disso aqui não” ao contrário, você deveria estar sempre se atualizando. Na
prática nós sabemos que isso não acontece, se não atingir você diretamente no funcionalismo
você não vai acabar se atualizando naquilo ali depois você vai descobrir como se deu aquele
tipo de atualização, mas o correto é que você ficassem tempo todo se atualizando com aquelas
legislações que vão exatamente atuar nas suas funções.
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu
cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo
sempre em boa ordem.
Botar em boa ordem exatamente para evitar a procrastinação, para evitar exatamente o atraso,
agora vejam que ele também trouxe a ideia de que você também vai cumprir as instruções dos
superiores, lógico que se as instruções forem legais, como nós já falamos, é a ideia de que tudo
tem que ser feito com celeridade, com rapidez, mas se você faz tudo com aquela rapidez que
nós já falamos, nós sabemos que essa rapidez ela pode não ocasionar a ideia de um serviço bem
feito, então é com rapidez mas tem também que lembrar que ela tem que ser eficaz como nós
falamos, ela tem que ser feita de maneira correta para não prejudicar também seu trabalho.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
Imagina então que a corregedoria chega lá para atuar na unidade que você trabalha, aí você
começa a colocar embaraço…
– E esse armário aqui?
– Esse armário tá quebrado.
– Tá quebrado é?
– É, não consegue abrir não, essa chave aí não.
– Não consegue não? Então vamos para o computador, bora, coloca a senha aqui para a gente
poder ver os atos.
– Esqueci minha senha, não sei minha senha.
Você começa a colocar uma série de embaraços para quem tem de direito o dever de fiscalizar
aquelas atividades. Então não pode, ou a atividade de um colega, eu querer acobertar a
atividade de um colega, isso também vai acontecer viu gente. Durante a atividade de vocês,
você pode se deparar com um colega que vai dizer: “olha, fulano, fulana, eu vou precisar sair
mais cedo hoje porque eu vou viajar para o Rock in Rio, tem como tu segurar minhas pontas
aqui?” E você vai ficar naquela situação: “poxa, o cara está comigo todo o tempo, eu vou ter
que ficar com o cara. Que que você vai dizer para ele? “Rapaz, por que você não me disse que
eu ia junto?” Na prática a gente sabe que é diferente, você tem que dizer: “rapaz, não faça isso
não, não vá não”. Mas claro, tudo, como eu disse, não dá para você atingir a perfeição desses
decretos, apesar de ele estar bem estruturado mas não dá, tentou ser a perfeição mas não sei
se consegue.

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10. (2011 – CESPE – EBC – Técnico – Administração)
A respeito do disposto no Decreto nº 1.171/1994, que instituiu o Código de Ética do Servidor
Público Civil, julgue os itens seguintes.
O servidor que, por desconhecimento das atualizações legais, pratica ato de acordo com
normas e legislações já alteradas não age em desacordo com o referido código de ética.
( ) Certo   ( ) Errado
Vejam, poxa, o cara não sabia, ele não fez por maldade, ele não fez com dolo, mas ele foi pelo
menos negligente com a legislação, concordam comigo? Está certo esse item? Tá errado gente,
óbvio, outra questão lógica, também está errado, óbvio que está errado, ele age em desacordo
com o que diz o código.

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos;
Então ele tem que utilizar suas prerrogativas, agora ele vai usar exatamente de acordo com o
interesse público, é a ideia do interesse dos usuários e dos jurisdicionados administrativos, ele
não pode usar a repartição pública como se fosse dele.

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei; (“carteirada”)
Então ele está falando aqui gente, de forma absoluta também, olha o que ele diz: não
pode exercer sua função com finalidade estranha ao interesse público, agora, vê que coisa
interessante, ele está dizendo: não pode atuar com finalidade estranha ao interesse público,
mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa
à lei, então ele atuou em observância às formalidades legais, tipo o que? Ele é realmente
servidor. Não cometeu qualquer violação à lei, só que é antiético aquilo que ele fez porque não
está relacionado a sua vida pública. Eu coloquei ali “carteirada”, você chega numa boate por
exemplo e o fato de voc6e ser policial ou o fato de você ser auditor, o fato de você ser técnico
do INSS, analista, chega e diz:
– olha aqui, eu quero entrar.
– Mas você tem que pagar ingresso.
– Não, mas eu vim fiscalizar.
Está fiscalizando o que ali? Nada, vou aqui fiscalizar a quantidade de pessoas aposentadas que
estão aqui curtindo essa rave, não rola né gente, eu acho que isso aí não vai dar. Então vejam
que aqui é uma ideia de usar uma carteirada, isso não pode, isso é antiético também porque
você está utilizando uma finalidade estranha ao interesse.

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de
Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

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É para dizer para todo mundo: olha, existe um código de ética ali, a gente tem que cumprir,
temos que visualizar, temos que estimular a existência dele, então esse é a ideia que envolve os
deveres.

11. (2018 – CESPE – PC-MA – Investigador de Polícia)


Do ponto de vista atitudinal, o servidor público, no desempenho das suas atribuições,
a) deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar contra determinados
comprometimentos indevidos da estrutura em que se funda o poder estatal.
b) poderá, usando a própria faculdade, exercer as prerrogativas funcionais que lhe sejam
atribuídas, desde que sua atuação tenha foco no objetivo no bem comum.
c) poderá exercer sua função com finalidade estranha ao interesse público, desde que sua
atuação satisfaça interesse legítimo do destinatário da prestação de serviço.
d) deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato contrário ao
interesse público e exigir as providências cabíveis.
e) deve escolher sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa
para a administração pública.
Alternativa a: Ele deve tomar cuidado ou deve atuar, representar mesmo? Atuar.
Alternativa b: “Sua própria faculdade”? Ou ele tem que atuar nos ditames da lei? Nos ditames
da lei, nos ditames da ética, não é o que ele acha não, então o erro está aqui, não é na sua
faculdade, claro que isso aqui está errado, então cuidado com isso, não é b.
Alternativa c: pode atuar de forma estranha ao interesse público? Óbvio que também não, tá
gente?
Alternativa d: agora meu amigo, claro, óbvio, letra d então nossa resposta, nossa alternativa
correta.
Alternativa e: está certo isso? Não. Lembra que a gente falou sobre isso gente? É para a
função pública, é para a ideia de coletividade, nós falamos já disso eu eu disse “cuidado que
ele vai colocar lá ‘mais vantajosa para a Administração Pública’ quando não é, é para o bem
comum, essa é a ideia, não é para a Administração Pública, lembre-se: é para o bem comum,
a função pública que está sendo exercida ali e não para a Administração. Mas vejam, se você
está olhando isoladamente essa letra você pode ficar tendencioso querer marcar, porque ela
diz bem bonito: “deve escolher sempre, quando estiver na dúvida, a melhor e mais vantajosa,
princípio da economicidade da Administração Pública, que é aquilo que você aprenderia lá com
a professora Tati de Direito Administrativo, mas para a gente não é.
Está vendo que são questões que cobra a literalidade, muda uma palavrinha ou outra, é questão
do capiroto mesmo, cuidado com essa danada aí.

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DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO

Agora nós já abandonamos a seção I e a seção II, vamos começar aqui essa nossa seção III, que
vai trabalhar exatamente essa ideia de vedação ao servidor público.
Agora estamos diante da ideia de obrigação de não fazer, ele não pode, deve se abster, não deve
realizar aquilo, então vedação: não fazer. Lembrem sempre disso, são proibições, omissões. O
dever era uma ação de fazer, agora nós estamos diante das vedações, ele não deve realizar,
então cuidado com isso.
XV – E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem;
Nós já explicamos isso nos deveres também, vejam, ele está falando na ideia de advocacia
administrativa, gente isso acontece para caramba, você vai estar lá, de repente vai chegar
quem? Vai chegar o tio, a tia, um vizinho dizer “ah, o fulano trabalha lá, fala com fulano”e você
tem que ter o sangue frio de olhar para ele e falar: “rapaz, não posso fazer nada por ti”.
– Arruma uma senha aí, as senhas estão limitadas.
– Não posso, tu vai ter que ir lá amanhã mesmo pegar uma senha lá.
É tão difícil fazer isso, eu estou dizendo a vocês, na prática…Alguém aqui já é servidor? Mas
vocês vão experimentar isso, é tão difícil isso gente. O fato, por exemplo, de eu trabalhar no
Tribunal de Justiça, as pessoas pensam que eu tenho conhecimento até com o STF. Eles dizem:
“rapaz, desenrola para mim lá” e você tem que dizer que não, não dá, não posso. Ou eles
dizem “Rafael….” E aluno, eles dizem: professor estou com processo lá na sua unidade, na sua
vara em Recife, me ajude professor”. E eu digo: não posso. E é tão difícil dizer não, você nem
imagina. E às vezes são até pessoas queridas, alunos queridos que falam com a gente, mas
chega aquela hora e voc6e diz o “não”, torna-se seu inimigo para o resto da vida porque você
negou isso, e você negou de maneira correta, você não pode querer usar de sua posição para
facilitar a vida de ninguém. E na prática existe tanto isso, deixem a prática fora da prova, na
prova leve só realmente a teoria. Então olha só: não pode utilizar o cargo ou função para obter
favorecimento para si ou para outrem. Poderia ser o inverso também né: “rapaz estou com um
processo, caiu em tal Vara (...)
Aconteceu uma coisa comigo também, e eu posso falar disso sem nenhum temor, que meu
orientador do mestrado lá na Católica de Pernambuco ele também é juiz de direito e eu fui
lá na unidade dele para tirar uma dúvida com ele sobre a minha tese. Cheguei lá e fiquei no
balcão esperando, esperando, esperando, tem algo errado o servidor estava lá, me viu lá e eu
fiquei… daqui a pouco ele veio falar comigo. Ele disse:
– Boa tarde, tudo bem?
– Boa tarde.
– Diga o número do processo.
– Não, não sou advogado não, na verdade sou seu colega aqui, sou servidor aqui.
– Por que você não disse antes? Se dissesse que era servidor antes eu tinha vindo logo aqui
falar com você.

39
– Não, tudo bem, só quero saber se o Dr. Fulano está aí porque eu quero falar com ele, sou
orientando dele.
– Está não, ele saiu.
Ou seja, eu passei pelo menos uns 10 minutos esperando para depois escutar uma dessas e não
estar lá. Gente, então nem isso poderia ser, mesmo o fato de eu ser servidor público, isso não
deveria me dar nenhuma vantagem, ele deveria, se eu fosse ou se não fosse, ter me atendido
logo com presteza, mas acontece muito isso.
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles
dependam;
gente, essa ideia aqui é interessante porque ela pode ser um prejuízo de cunho profissional
ou não, tipo o que? Imaginem que tem lá um servidor e você começa a chamar ele de
Rubinho Barrichelo. Vocês imaginam por quê? “Fala Rubinho, fala Rubinho” então voc6e
está prejudicando, você está primeiro apelidando o cara, segundo você está prejudicando ele
perante os demais colegas e perante o público. O público vai ficar: “por que Rubinho Barrichelo?
Esse bicho deve ser devagar.” Então gente, não pode fazer isso, isso é antiético, isso é feio, você
não ia gostar também, o cara ia virar para você e dizer “aí zureia, aí ventão, cachaceiro”enfim,
não dá, não pode ser feito isso, então não pode ser utilizado apelido não.
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
É o Nelsinho que eu falei aqui. O cara é tão gente boa… aquela ideia de solidariedade, de ajudar
os colegas, diz “ah, não vou falar não, fez coisa errada mas deixa para lá” fala baixo, então mesmo
que você goste da pessoa, goste ou não, você vai ter que atuar de forma proba, de forma reta,
é tão difícil isso aqui também, voc6e não pode ser conivente com erros senão você vai estar
também infringindo aí e pode levar, como já disse, uma censura que é o que diz esse código de
ética, então você está consentindo, quem cala aqui consente, então cuidado com isso.

12. (2012 – CESPE – MCT – Todos os Cargos)


Dos itens , é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com
base no Decreto nº 1.171/1994.
Daniel e Emília, servidores públicos, desempenham as suas funções no atendimento ao público.
Daniel tem conhecimento de que Emília tem muitas amizades e de que se utiliza de sua função
para obter facilidades para amigos, embora jamais tenha feito isso em favorecimento próprio.
Mesmo já tendo sido alertada por Daniel, Emília não mudou as suas práticas. Nessa situação,
embora o comportamento de Emília desrespeite o Decreto nº 1.171/1994, Daniel não deve
comunicá-lo aos seus superiores, em solidariedade à sua colega de trabalho.
( ) Certo   ( ) Errado
Claro que está errado, questão besta.

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d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe DANO MORAL ou MATERIAL;
Então primeiro detalhe aqui ele fala dano moral ou material, ideia de alternância, mas mais
uma vez ele falou de dano moral, mais uma vez ele está repetindo o que nós já falamos: a ideia
de procrastinar, dificultar, não pode.
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento
para atendimento do seu mister;
Do seu trabalho, do seu labor, você sabe que existe ali uma inovação tecnológica então você
vai tentar usar aquele avanço tecnológico para poder melhorar. Tipo o quê? Olhem, agora
foi determinado pelo Superior que agora todos os velhinhos e velhinhas terão que fazer o
cadastramento biométrico, então agora vai ser instalado e você tem usar isso, voc6e não pode
“ah, não vou usar nada, já estou tão acostumado com isso” não, tem que fazer isso agora. Agora
também foi disponibilizado para você uma webcam para você tirar foto para ver se aquele
sujeito é aquele sujeito mesmo que está dizendo que está indo todo mês lá pegar no banco
sua aposentadoria, então também vai estar lá ó “olha para cá uma foto, tira uma foto”, novo
software, um novo treinamento, então você tem que estar o tempo todo utilizando desses
meios aí, desses avanços técnicos e científicos.
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem
pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com
colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
O que ele está falando aqui é: imaginem vocês que aquele sujeito que foi lá ser atendido mais
uma vez, como eu já disse aqui, é o seu vizinho e você não gosta dele. Imagina que você é
gremista e o cara que foi lá ser atendido por você é colorado, ou vice-versa, você é colorado e o
cara gremista, você não pode deixar de atender o sujeito somente diante dessa situação, deve
deixar as paixões de lado “ah não, rapaz essa menina, eu não vou atender essa menina porque
essa menina na época que eu era mais nova tomou meu boy de mim, essa inimiga, não vou
atender”. Não pode, tem que atender. (...).
Como assim capricho? Imagina que a pessoa não quer atender o sujeito que ande todo de
branco, ou ande todo de preto, ou use as cores do colorado sem ser a camisa do colorado, ou
use as cores do grêmio, não pode também, claro que isso é um mero capricho, não pode ser
atendido.
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si,
familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar
outro servidor para o mesmo fim;
Gente ele está falando da propina, da ideia de eu receber vantagem, é corrupção, a gente sabe
que o nosso país sofre tanto com isso, a gente está tentando combater tanto isso hoje você vê
todo dia estoura um caso novo de corrupção falando na TV, então isso não pode, claro que vai
ser uma vedação para o servidor. Veja que ele começa com “pleitear” “eu faço mas eu quero
alguma coisinha aí para mim”. “Solicitar” estou pedindo para você, só faço se me der. Provocou
(...). Aí ele diz: “sugerir ou receber” vejam: “receber” talvez ele não tenha pedido, solicitado,
pleiteado, nada, mas simplesmente ele recebeu. Vou contar outra história para vocês: certa
vez – eu sou professor de concursos públicos e de Exame de Ordem também- um aluno meu

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passou na segunda fase da OAB em Direito Tributário comigo, Ronaldo o nome dele. E Ronaldo,
em agradecimento por ter sido aprovado, comprou um litro de whisky e me deu, como se eu
bebesse… Eu estava no gabinete e ele foi lá no fórum me entregar lá, estava eu lá no gabinete
sentado, de repente um colega meu falou:
– Rafael, tem um advogado aqui querendo falar contigo.
– É de processo?
– Não sei não, ele disse que te conhece.
Me levantei e fui lá, quando cheguei no balcão, tinha o balcão lá e no balcão estavam dois
advogados com seus processos abertos lendo seus processo lá e ele do lado todo de terno e
gravata e ele chegou no balcão com a garrafa de whisky, botou o whisky em cima do balcão
e disse: está aqui, não lhe prometi? Os outros advogados olharam com uma cara como se
dissessem: agora eu entendi porquê as coisas andam aqui. Aí eu fiquei do lado de cá, vejam a
minha situação gente, porque ele estava todo de terno, realmente, num ambiente como aquele
parecia que ele era um advogado que estava me pagando alguma coisa, aí virei para ele e não
tive como não constranger:
– Ronaldão, é tão bom quando um aluno meu passa na OAB, ainda bem que você passou meu
amigo, deixa eu ir aí te dar um abraço!
Aí saí do balcão, fui lá e dei um abraço nele para que os outros advogados escutassem bem
que aquilo ali estava sendo algo que não tinha nada a ver, nenhuma vinculação com minha
atividade
Isso foi o primeiro episódio que aconteceu, olha o segundo episódio que aconteceu:
Uma liminar de plano de saúde, a pessoa estava com câncer e o plano de saúde negou a liminar
e agora? Entraram na justiça, pediram liminar, e o nosso papel do judiciário é ver se haveria
realmente legalidade ou não naquilo, vimos que havia legalidade, demos a liminar, para que
o plano de saúde autorizasse emergencialmente que a pessoa ia morrer. Pois bem, a liminar
saiu no mesmo dia, o que, acreditem, algumas pensam que isso não deveria ser comum, e
deveria ser o comum, mas muitas vezes o juiz demora, tudo mais, tem aquela burocracia, que
não deveria existir, digo mais uma vez. Saiu a liminar, mandado foi para a rua e tal. No outro dia
chega a advogada do processo, já uma senhorinha e diz:
– Queria falar com os assessores.
– Sou eu e fulano.
– Olhe meu filho, olhe.
Aí ela pegou um envelope.
– O seu envelope e o seu envelope.
Aí a gente pegou o envelope assim, quando a gente abriu o envelope… 200 reais (...)
– Não não pelo amor de Deus, tome.
Ela fez:
– Não, não vou pegar mais.

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– Não, tome, é só para você poder comprar um presente.
A gente disse: a gente não pode receber. Porque vejam, em nenhum momento pleiteamos,
solicitamos, provocamos ou sugerimos, mas seu eu tivesse pego aquele envelope e tivesse
guardado no meu bolso e ido embora eu teria recebido, e aí estaria faltando ética mesmo que
eu não tenha tido essa ação ou essa intenção, então até receber isso não pode. Ficou claro isso
gente?
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; (SEM
EXCEÇÃO!!!)
Esse aqui também é campeão, não pode alterar o documento, o documento é público, não
pode alterar isso aí não.
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

Toda pessoa tem direito à verdade!

Então também não pode querer iludir, é regra deontológica, todo mundo tem direito à verdade,
nós falamos sobre isso, todo mundo tem direito a verdade.
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;
Imagina a autoridade lá do INSS vira para vocês e fala: minha mãe está doente, tem como levar
ela no hospital?
– Tenho serviço aqui.
– Não, larga o serviço aí, vai lá, leve minha mãe, me quebra esse galho.
Não pode.

13. (2012 – CESPE – MCT – Todos os Cargos)


Dos itens , é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com
base no Decreto nº 1.171/1994.
Heloísa, servidora pública, atua no setor de análise de documentos para a concessão de
benefícios. Por visivelmente trabalhar com dedicação e eficiência, um indivíduo, cujos
documentos estavam sendo analisados por Heloísa, deu-lhe de presente um notebook, sem
pedir qualquer coisa em troca, a título de prêmio por ela ter cumprido sua missão. Nessa
situação, aceitar o presente desrespeita o Decreto nº 1.171/1994.
( ) Certo   ( ) Errado
Desrespeita ou não? Foi quase o exemplo que eu dei há bem pouco tempo, a ideia do envelope
com 200 reais, então não dá.

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14. (2011 – CESPE – EBC – Técnico – Administração)
A respeito do disposto no Decreto nº 1.171/1994, que instituiu o Código de Ética do Servidor
Público Civil, julgue os itens seguintes.
É vedado ao servidor público alterar o teor de documentos recebidos e que devam ser
encaminhados para providências, ainda que motivado por seu espírito de solidariedade e com
a intenção de corrigir equívoco de forma ou de conteúdo.
( ) Certo   ( ) Errado
Também isso aqui está considerado correto, certo, ele não pode em caráter absoluto, como eu
já disse.

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público;
Percebam o que eu estou falando aqui, viu: retirar sem autorização, por exemplo: eu trabalho
como assessor de juiz, hoje a gente tem processo eletrônico por isso que eu posso trabalhar no
teletrabalho onde eu quiser, mas ainda existe processo físico, processo de papel, eu posso virar
para o juiz e dizer: Excelência, eu posso levar esse processo aqui para passar o final de semana
estudando ele?
E o juiz pode dizer: leve meu filho, leve e faça logo a sentença. Estou autorizado ou não estou?
Estou autorizado. Então percebam que aqui ele está falando em retirar sem estar legalmente
autorizado por quem tenha o poder de lhe autorizar, então o juiz vai dizer: faça a carga aí, anote
no caderninho da Vara, nos registros da vara que você vai levar e aí depois você traz. É o que
vai acontecer com vocês, viu? Vocês vão chegar lá no INSS, a jornada do INSS é o que? Oito
horas por dia? Seis ou oito. Então você vai dizer: chefe, já trabalhei 8 horas hoje, quero levar um
processo para casa para continuar trabalhando joe de noite, você me autoriza?
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; (“DEVER DE SIGILO”!!!)
Ele não pode então infringir esse dever de sigilo, está bom? Não pode trazer nem para
beneficiar alguém, então soube alguma informação boa, uma informação quente lá dentro…
isso acontece muito no judiciário também a ideia de leilões, como assim? “Eu estou sabendo
que vai ter um imóvel bom para ser leiloado aí, vai sair agora em hasta pública”aí sai informando
para as pessoas para ir lá participar daquela hasta pública lá, daquele leilão. Também isso pode
acontecer com vocês você ter informação de que um tipo de aposentadoria nova que pode
influenciar, e você querer fazer que seu amigo advogado começa a pegar essa clientela para
botar para dentro e lascar seu próprio órgão público, não deve, dever de sigilo.
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

Eu vou parar por aqui, mas deixa eu explicar.

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O que é habitualidade?
•• Algo costumeiro; que virou um hábito, um costume; em que há rotina;
•• Comum; que ocorre frequente e regularmente.
OBS.: o inciso nos traz duas vertentes: não ir trabalhar bêbado e nem fora do serviço.

Então relacionado aqui às cachaças, a pinga como nós falamos aqui. Então você quando
passar no concurso não pode beber habitualmente. Todo final de semana é habitualmente? É.
Também não pode não.
(...)

15. (2012 – CESPE – MCT – Todos os Cargos)


Dos itens , é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada com
base no Decreto nº 1.171/1994.
Francisco, servidor público, soube, no âmbito interno do seu serviço, como informação privilegiada,
que determinado condomínio irregular será rapidamente regularizado. De posse dessa informação,
Francisco aconselhou reservadamente o seu amigo George, pai de família, honesto e trabalhador,
que enfrenta grandes dificuldades financeiras por motivo de doença, a comprar um terreno nesse
condomínio, pois dentro de pouco tempo, com a regularização, o terreno duplicaria de valor. Nessa
situação, a atitude de Francisco não contraria o disposto no Decreto nº 1.171/1994, tendo em vista
que esse próprio decreto estabelece que “toda pessoa tem direito à verdade".
( ) Certo   ( ) Errado
Errado né gente, ele usou informações privilegiadas, óbvio que não estaria correto.

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;
Obs.: atentar contra moral -> ex: prostituição;
atentar contra a honestidade -> ex: boca de fumo;
atentar contra a dignidade da pessoa humana -> ex: trabalho escravo
Então tudo isso daí não seria, portanto, permitido, cuidado com essa ideia aí, não pode atentar
contra a moral, dignidade da pessoa humana. Trabalhando ainda no exemplo de Dona Nene
(...) teve uma novela um juiz que era sócio de um cabaré não teve? Imagina você ser técnico do
INSS e tem uma boca de fumo, claro que não pode.

Gabarito: 1. E 2. C 3. Errado 4. Errado 5. Certo 6. Certo 7. C 8. Certo 9. Certo 10. Errado 11. D  12. Errado 
13. Certo 14. Certo 15. Errado

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p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho
duvidoso.
Obs.: mais abrangente; ex: jogo do bicho.
Chegamos então ao final dessa primeira aula. Estamo no decreto 11, vamos terminar e depois
partir para o decreto 60.(...)
Tchau, até a próxima.

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