Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Pensei estarmos completando trinta e cinco anos da primeira publicação trans no Brasil, "A queda para o alto" de
Anderson Herzer (1982), mas isso porque eu ainda não conhecia a pioneiríssima Ruddy Pinho, mulher trans que já
publicou sozinha sete livros, o primeiro dos quais em 1980, "Eu Ruddy", com anúncio no famigerado Lampião da
Esquina. Diante disso, resolvi fazer um levantamento dessas publicações e, embora faltem ainda muitas obras (se
souberem de novas, me informem e vou adicionando aqui), já dá pra perceber que não viemos a passeio pra esse
mundo da literatura e das reflexões acadêmicas.
Percebam também que, somente em 2017, vieram a lume treze dessas quarente e sete publicações e que, de 2014
pra cá, foram vinte e nove, mais da metade do total. Sinal de que estamos conquistando nossa voz, sinal de que
finalmente estão se permitindo ouvir o que só nós mesmos e mesmas pra dizer. E que venham cada vez mais
obras!
............................................................................
ANOS 1980
- ÁDREON, Loris. Meu corpo, minha prisão: Autobiografia de um transexual (Marco Zero, 1985).
............................................................................
ANOS 1990
- ALBUQUERQUE, Fernanda Farias de & JANNELLI, Maurizio. Princesa (Sensibili alle foglie, 1994; primeira
edição em português pela Nova Fronteira, 1995).
- BABY, Jovana & ONG ASTRAL. Diálogo de bonecas (PIM / ISER / Ministério da Saúde / AIDSCAP, 1995).
- FREITAS, Martha C. Meu sexo real: A origem somática, neurológica e inata da transexualidade (Vozes, 1998).
- RUDDY. Liberdade ainda que profana (Razão Cultural, 1998).
............................................................................
ANOS 2000
- PINHO, Ruddy. Nem tão bela, nem tão louca (Nova Razão Cultural, 2007).
- WONDER, Claudia. Olhares de Claudia Wonder: Crônicas e outras histórias (GLS, 2008).
............................................................................
ANOS 2010
- NERY, João W. Viagem solitária: Memórias de um transexual trinta anos depois (LeYa, 2011).
- PACHECO, Lua Telles. Histórias que não são em quadrinhos (Ed. Assaré, 2012).
- ANDRADE, Luma Nogueira de. Travestis na escola: Assujeitamento e resistência à ordem normativa
(Metanoia, 2015).
- LANZ, Letícia. O corpo da roupa: A pessoa transgênera entre a conformidade e a transgressão das normas de
gênero (Transgente, 2015).
- GLÜCK, Leonarda. A Perfodrama de Leonarda Glück: Literaturas Dramáticas de uma Mulher (Trans) de
Teatro" (Dybukk, 2016).
- GUIMARÃES, Amanda. Meu nome é Amanda (Fábrica231, 2016).
- MOIRA, Amara. E se eu fosse puta. Prefácio de Indianara Alves Siqueira, tirinhas da Laerte (hoo editora, 2016).
- ALVES, Ave Terrena. O corpo que o rio levou: dois barbantes trançados, primeira parte do Mural da Memória
(Giostri, 2017).
- BRANT, T.; MOIRA, Amara; NERY, João W. & ROCHA, Márcia. Vidas Trans: A coragem de existir. Prefácio
de Laerte Coutinho e Jaqueline Gomes de Jesus (Astral Cultural, 2017).
- D'ALESSANDRO, Porcina. Trinta anos de reclusão e as memórias de Porcina D'Alessandro (Literatrans, 2017).
- OLIVEIRA, Megg Rayara Gomes de. O diabo em forma de gente: Coexistências de gays afeminados, viados e
bichas pretas na educação (Prismas, 2017).
- TRANSCRITAS COLETIVAS (grupo autor). Nós trans: Escrevivências de resistência (Literatrans, 2017).
- LEAL, Dodi; DENNY, Marcelo (org). Gênero expandido: Performances e contrassexualidades (Annablume,
2018).
- MORENA, Luana. A revolta dos feios (Buriti Editora, 2018).
............................................................................
Obs: Estamos construindo também uma pasta no Google Drive, constantemente atualizada, onde reunimos toda a
produção acadêmica conhecida de pessoas trans (ótimo para quem quer estudar sobre gênero ou especificamente
sobre a nossa comunidade):
https://drive.google.com/drive/folders/0B2YsDCQBGX-ubzIyMzBFQ3A2aDA?usp=sharing