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3/7/2013

SOLDABILIDADE DOS AÇOS


Fundamentos de metalurgia da soldagem

INOXIDÁVEIS FERRÌTICOS

Prof. Valtair Antonio Ferraresi

METALURGIA DA SOLDAGEM DOS AÇOS INOXIDÁVEIS FERRÍTICOS

A temperatura ambiente os aços inoxidáveis ferríticos são formados


basicamente por uma matriz de ferrita (α), isto é, uma solução sólida de
Fundamentos de metalurgia da soldagem

cromo e outros elementos de liga em ferro, com estrutura cristalina cúbica


de corpo centrado (CCC). Como esta fase pode conter muito pouco
carbono e nitrogênio (elementos intersticiais) em solução, estes ficam
principalmente na forma de precipitados (em geral, carbonetos e nitretos
de cromo). Uma vez que o elemento de liga fundamental destes aços é o
cromo, um ponto inicial para o seu estudo é o diagrama de equilíbrio

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Fundamentos de metalurgia da soldagem Fundamentos de metalurgia da soldagem

Aços inoxidáveis ferríticos


Aços inoxidáveis ferríticos

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Aços inoxidáveis ferríticos

Neste diagrama, alguns pontos principais podem


ser ressaltados:
- O cromo estabiliza a ferrita (α) e tende a reduzir
ou suprimir o campo de existência da austenita;
- A faixa de temperatura de existência da
Fundamentos de metalurgia da soldagem

austenita diminui rapidamente para teores


superiores a 7% de Cr e, para teores acima de
13%, a austenita não mais se forma;
- Para teores de cromo entre cerca de 12 e 13%,
o material sofre somente a transformação parcial
da ferrita, permanecendo bifásico entre
temperaturas de 900 e 1200 C.

Estas considerações são válidas para ligas binárias Fe-Cr puras, o que não é o caso
dos aços inoxidáveis, que possuem outros elementos em pequena quantidade em sua
composição. A presença de elementos gamagênios, particularmente C e N, expande o
campo de existência da austenita para maiores teores de cromo .
Desta forma, dependendo do balanço entre as quantidades de elementos alfagênios e
gamagênios, aços inoxidáveis ferríticos com teores de cromo superiores a 13%
poderão sofrer a transformação parcial da ferrita a alta temperatura (tipicamente entre
900 e 1200 C) e apresentar, nesta faixa de temperaturas, uma estrutura bifásica
(austenita + ferrita).

Aços inoxidáveis ferríticos


Fundamentos de metalurgia da soldagem

A austenita apresenta uma alta temperabilidade e, quando o material for


resfriado, pode facilmente se transformar em martensita, causando uma forte
perda de tenacidade e ductilidade do material. Entretanto, se o aço tiver
adições de certos elementos estabilizantes da austenita, particularmente Ni e
Mn, a formação de martensita pode ser inibida e o aço tenderá a apresentar, à
temperatura ambiente, uma estrutura de austenita e ferrita. Neste caso, o
material é considerado como um aço austeno-ferritico ou “duplex".

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Aços inoxidáveis ferríticos

Uma estrutura completamente não transformável (ausência de austenita) é favorecida


por maiores teores de cromo, menores teores de intersticiais (C e N) e pela presença de
elementos com alta afinidade por C e N (como nióbio e titânio por exemplo). Em um aço
com 17% Cr, teores de intersticiais superiores a 0,03% já possibilitam a formação de
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austenita a temperaturas elevadas. Por outro lado, pequenas adições de Nb e Ti


(inferiores a 1%) suprimem esta formação.
A baixas temperaturas, devido à sua baixa solubilidade na ferrita, os elementos
intersticiais ficam, em grande parte, em precipitados de carbonetos, (Cr,Fe)7C3,
(Cr,Fe)23C6 e nitretos, Cr2N, que podem ser tanto intra como intergranulares.

Os carbonetos e nitretos se dissolvem quando o material é aquecido acima de


cerca de 1000 C, o que coincide, quando o teor de intersticiais for
suficientemente elevado, com a formação de austenita. Quando o aço é
resfriado, mesmo que rapidamente, os carbonetos e nitretos voltam a se
formar se o teor de intersticiais for superiora 0,01%.
O tamanho, quantidade, distribuição e condições de formação destes
precipitados têm um importante efeito nas propriedades mecânicas e
químicas destas ligas.

Aços inoxidáveis ferríticos

Em aços que contêm adições de Nb ou Ti (aços estabilizados), os


carbonetos e nitretos de cromo são parcial ou completamente substituídos
por carbonitretos de nióbio, Nb(C,N), ou de titânio, Ti(C,N).
Estes precipitados são mais estáveis que os de Cr, apresentando menor
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solubilidade e só se dissolvendo, na matriz ferrítica, a temperaturas bem


elevadas (superiores a 1200 C).
Ao limitar a dissolução de C e N na ferrita a altas temperaturas, adições de
Nb ou Ti reduzem o efeito austenitizante dos elementos intersticiais e
limitam ou impedem a formação de austenita entre 900 e 1200 C.
Aços adequadamente estabilizados tendem a manter uma estrutura
completamente ferrítica a qualquer temperatura até a sua fusão. Inibe-se,
também, a formação de carbonetos e nitretos de cromo, os quais podem
causar problemas de corrosão intergranular no material após sua exposição
a uma temperatura elevada.
Existem, contudo, indícios de que a adição de Nb ou Ti a um aço inoxidável
ferrítico pode afetar negativamente a sua ductilidade e tenacidade pela
formação de precipitados duros e, no caso do Ti, de formato angular, que
agem como concentradores de tensão na matriz ferrítica.
Resultados mais recentes sugerem que a estabilização dupla (Nb+Ti)
permite a obtenção de melhores propriedades mecânicas.

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Aços inoxidáveis ferríticos


Estabilização
Fundamentos de metalurgia da soldagem

Diagrama esquemático da formação de precipitados

Aços inoxidáveis ferríticos

Um cuidado especial deve ser tomado para a adição da quantidade correta de elementos
estabilizantes. Uma quantidade muito baixa permite a formação de precipitados de cromo e
o aparecimento de problemas de corrosão. Um excesso destes elementos tende a piorar a
deterioração das propriedades mecânicas. Para uma resistência adequada à corrosão
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intergranular de zona termicamente afetada de aços inoxidáveis ferríticos, o seguinte


relação é a adequada:

%(Nb + Ti) = 0,08 + 8%(C + N)

Uma primeira estimativa para o teor mínimo de Ti ou Nb para a estabilização simples


de um aço é dada pela multiplicação do seu teor de elementos intersticiais (C+N) pela
relação entre a massa molecular do carbonitreto correspondente e a média das
massas atômicas do C e N, isto é:

% Nb 8,1%(C N)

%Ti 4,7%(C N)

Para a estabilização com Ti, a norma ASTM A240/A240M recomenda um teor mínimo
deste elemento igual a seis vezes o teor de (C+N) e um teor máximo de 0,50% de Ti.

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Soldagem dos aços ferríticos

Transformação martensitica
Fundamentos de metalurgia da soldagem

Ferritico Estabilizado (Ti e Nb) Ferritico não estabilizado (temperado)

Aços inoxidáveis ferríticos

A temperaturas muito elevadas, acima de 1200 C, o material tende a apresentar


uma estrutura monofásica, completamente ferrítica. Nestas condições ocorre um
rápido crescimento de grãos, que tende a ser menor em aços estabilizados
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devido à maior estabilidade de seus precipitados que retardam mais efetivamente


o crescimento do grão

Variação do tamanho de grão médio


em função de tratamento para dois
aços inoxidáveis ferríticos com
17%Cr: (a) sem nióbio; (b) com
0,6% de Nb e 0,08% de (C+N).

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Aços inoxidáveis ferríticos

Em um aço inoxidável ferrítico, que não pode ser recozido ou normalizado como um aço
carbono, a granulação grosseira resultante só poderá ser refinada por deformação
plástica, seguida por tratamento térmico de recristalização, o que não é, em geral,
possível em uma peça acabada.
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O tamanho de grão aumenta a temperatura de transição ao impacto, isto é, diminui a


tenacidade do aço.
Durante a soldagem, como o tempo de permanência a alta temperatura depende
fortemente da energia de soldagem, o tamanho de grão final da ZTA aumenta
fortemente com esta energia.

Aços inoxidáveis ferríticos

Os aços inoxidáveis ferríticos podem também ter a sua tenacidade reduzida pela
exposição a temperaturas entre cerca de 820 e 320 C durante longos períodos de
tempo (algumas horas ou dias). Esta fragilização está associada à formação de fase σ
(fragilização por fase σ), entre cerca de 820e 510 C, e de fase α ' (fragilização a
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475 C), entre cerca de 550 e 320 C.

A fase σ é um composto intermetálico, de composição nominal Fé-Cr, que é duro,


não magnético. A precipitação desta fase é acompanhada por um aumento de dureza
e intensa perda de dutilidade. A sua formação requer, em geral, exposição às
temperaturas indicadas por tempos de centenas de horas.

A fragilização a 475 C é associada com a precipitação da fase α', que é uma fase
rica em Cr e com estrutura CCC que se forma como precipitados extremamente finos.
A fragilização pela fase α ' ocorre mais rapidamente em torno de 475 C, sendo
que o tempo necessário para seu início em um aço com 18% Cr pode variar de duas
até milhares de horas.

Devido ao tempo muito longo necessário para a ocorrência das reações de


precipitação, as fragilizações por fase σ e a 475 C não são geralmente consideradas
como um problema para a soldagem de aços inoxidáveis ferríticos, mas a sua
ocorrência é importante para peças que trabalham nas faixas indicadas de
temperatura.

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Aços inoxidáveis ferríticos

A microestrutura da região da solda dos aços inoxidáveis ferríticos pode ser


separando em dois grupos:
1 - Aços parcialmente transformáveis:
2 - Aços não transformáveis:
Fundamentos de metalurgia da soldagem

1 - Aços parcialmente transformáveis: Corresponde aos aços não


estabilizados e cujo teor de elementos intersticiais é suficiente para causar a formação de
austenita à alta temperatura. Nestes materiais, a solda (ZF e ZTA) apresentará as
seguintes regiões:

Formação da microestrutura da
solda de um aço inoxidável
ferrítico que atravessa o campo
binário (α + γ). MB – metal de
base. A – região bifásica (ZTA). B
– região de crescimento de grão
(ZTA). ZF – zona fundida.

Aços inoxidáveis ferríticos

Região bifásica: corresponde à porção da ZTA que foi aquecida até o campo de
coexistência da austenita e da ferrita. A austenita se forma preferencialmente nos
contornos de grão da ferrita e, após resfriamento nas condições usualmente encontradas
em soldagem, se transforma em martensita;
Fundamentos de metalurgia da soldagem

Região de crescimento de grão: corresponde à região da ZTA aquecida acima do


campo de coexistência da austenita e da ferrita. É caracterizada por um intenso
crescimento de grãos e pela dissolução e posterior reprecipitação dos carbonetos e
nitretos presentes. Durante o resfriamento, pelo afastamento da poça de fusão, esta
região da ZTA atravessa o campo bifásico, de modo que austenita é formada
preferencialmente nos contornos de grão, em geral com estrutura de placas do tipo
"Widmanstatten" (coma morfologia de agulhas ou placas). A temperatura mais baixa, esta
austenita pode se transformar em martensita;

Zona fundida: caso a composição química da zona fundida seja igual a do metal de
base, esta apresentará uma estrutura semelhante à da região de crescimento de grão,
tendo entretanto grãos colunares.

De uma maneira geral, a solda é caracterizada por uma estrutura de granulação


grosseira, apresentando uma rede de martensita junto aos contornos de grão e
precipitados finos de carbonetos e nitretos nos contornos e no interior dos grãos.

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Aços inoxidáveis ferríticos


Fundamentos de metalurgia da soldagem

Aços inoxidáveis ferríticos


Fundamentos de metalurgia da soldagem

ZF - Aço inoxidável não estabilizado – E430 e MB – 439 (Ti e Nb)

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Aços inoxidáveis ferríticos

2 - Aços não transformáveis: Aços inoxidáveis ferríticos com teor mais elevado de
cromo, com menor teor de elementos intersticiais e/ou adições de elementos
estabilizantes podem ter um balanço entre elementos alfagênios e gamagênios tal que
a austenita não se forme em nenhuma temperatura.
ZTA formada essencialmente por uma região de crescimento de grão e a ZF
Fundamentos de metalurgia da soldagem

apresentará uma estrutura grosseira e colunar, com precipitados finos intra e


intergranulares.
Aços estabilizados com Nb ou Ti, o crescimento de grão pode ser reduzido
parcialmente pela maior estabilidade dos carbonitretos destes elementos em relação
aos de cromo.

ZF - Aço inoxidável ferrítico MB 439 (Ti e Nb ) E430LNb

Aços inoxidável ferríticos


Crescimento de grão
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Crescimento de grão ao longo da ZAC de um aço 409

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Aços inoxidáveis ferríticos

Soldabilidade dos aços ferríticos

Baixa soldabilidade - comparados com os austeníticos.


Fundamentos de metalurgia da soldagem

A solda é caracterizada por ductilidade e tenacidade baixas além de


sensibilidade à corrosão intergranular. Trincas de solidificação também
podem ocorrer na zona fundida. Estes problemas de soldabilidade têm
limitado, até recentemente, a aplicabilidade destes aços em estruturas
soldadas.
De uma maneira geral, a fragilização da solda é mais intensa em
aços com maiores teores de cromo e elementos intersticiais e a
sensibilização à corrosão intergranular é maior com maiores teores de
elementos intersticiais e menores teores de cromo.
Aços inoxidáveis ferríticos com cerca de 12-13%Cr (AISI409) podem,
em geral, ser soldados de forma a se obter propriedades adequadas. Já
aqueles com teor de cromo mais elevado (AISI430, 442, 446, etc.) são
mais sensíveis a problemas de fragilização durante a soldagem. Este
efeito é mais pronunciado em aços com maiores teores de elementos
intersticiais.

Aços inoxidáveis ferríticos


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Aços inoxidáveis ferríticos

A fragilização da região da solda é atribuída a três fatores principais:


- Formação de uma rede de martensita ao longo dos contornos de grão ferríticos (no
caso de ligas com maiores teores de intersticiais).
- Granulação grosseira nas regiões de crescimento de grão da ZTA e na zona fundida
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(quando a ZF for também aço inoxidável ferrítico).


- Ocorrência de "fragilização a alta temperatura", proposta por Thielsch em 1951 e
relacionada com a reprecipitação de carbonitretos em uma forma muito fina após
soldagem.

Os aços inoxidáveis ferríticos podem sofrer problemas de corrosão intergranular.


Precipitação de carbonetos de cromo nos contornos de grão da matriz. Ocorre quando
o material é exposto a uma dada faixa de temperaturas por um tempo suficientemente
longo, causa o empobrecimento de cromo nas regiões imediatamente adjacentes a
estes contornos. Como resultado, estes se tornam mais sensíveis à corrosão que o
restante do material. Quando este é exposto a um meio agressivo, a corrosão se
processará rapidamente ao longo dos contornos causando o desprendimento dos
grãos.

Os aços inoxidáveis ferríticos podem apresentar ainda tendência à formação de


trincas durante a solidificação. Segundo Kahe Dickinson, o enxofre seria o elemento
mais prejudicial para a resistência à fissuração em um aço tipo AIS1430
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Aços inoxidáveis ferríticos

Métodos para reduzir a fragilização em soldas de aços ferríticos


convencionais
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Tratamentos térmico pós-soldagem: Se a região da solda apresentar a


rede de martensita nos contornos de grão, um tratamento pós-soldagem entre
750 e 850 ºC pode ser utilizado para revenir esta martensita e reduzir o seu
efeito negativo nas propriedades mecânicas. Este tratamento também pode
coalescer os precipitados, reduzindo a fragilização de alta temperatura. A
granulação grosseira da estrutura entretanto não pode ser refinada.
Utilização de metal de adição austenítico: permite obter uma ZF dútil e
tenaz. Incapaz de resolver problemas na ZTA.
Escolha do processo ou procedimento de soldagem: O crescimento de
grão e a largura da ZTA podem ser reduzidos pela utilização de uma baixa
energia de soldagem.

SOLDABILIDADE DOS AÇOS


Fundamentos de metalurgia da soldagem

INOXIDÁVEIS MARTENSÍTICOS

Instrumentos cirúrgicos

Facas de mesa

Facas profissionais

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Soldagem dos aços martensíticos


403 431 Aplicação Tipo turbina:
C 0,15 Aplicação Tipo turbina: para C 0,20 melhores propriedades
Cr 11,5/13 lâminas forjadas ou usinadas de Cr 15/17 mecânicas e resistência à
Si 0,50 turbina e compressor. Ni 1,25/2,5 corrosão dentre os tipos
Mn 1,00 Si 1,00 martensíticos ou endurecíveis.
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410 Aplicação Tipo turbina: aço inox 420


Aplicação Tipo cutelaria:
C 0,15 de baixo custo para aplicações C 0,15
instrumentos cirúrgicos,
Cr 11,5/13,5 gerais, na forma de peças Cr 12/14
mancais de esfera, válvulas,
Si 1,00 temperadas ou chapas e tiras Si 1,00
etc.
Mn 1,00 recozidas. Mn 1,00

414
ACE 498
C 0,15
DIN 1.4110 Aplicação Maior dureza,
Cr 11,5/13,5 Aplicação Tipo turbina: para
C 0,42/047 resistência ao desgaste, facas
Ni 1,25/2,50 molas, lâminas de facas, etc.
Cr 13/13,5 profissionais.
Si 1,00
Mo 0,50/0,55
Mn 1,00

416 440A- C 0,6/0,75


Aplicação Tipo cutelaria e
C 0,15 440B- C 0,75/0,95
resistente ao desgaste: dureza
Cr 12/14 440C- C 0,95/1,20
Aplicação Tipo turbina, de elevada; para cutelaria,
P,S ou Se 0,07 Cr 16/18
usinagem fácil. instrumentos cirúrgicos,
Mo ou Zr 0,6 Mo 0,75
válvulas, mancais anti-fricção,
Si 0,50 Si 1,00
etc.
Mn 1,00 Mn 1,00

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos


Fundamentos de metalurgia da soldagem

alfagênio

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

similar ao dos aços carbono temperáveis.


Podem ser austenitizados quando aquecidos a uma temperatura
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suficientemente alta.
Ao serem resfriados, a austenita se transforma em produtos cuja
natureza depende da velocidade de resfriamento.
Para uma velocidade suficiente baixa, ferrita e carbonetos são
formados, para velocidade elevada a martensita é formada.

•Estes aços são vendidos no estado recozido, com estrutura


ferrítica, baixa dureza e boa ductilidade.

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

O cromo altera o diagrama Fe-C, resultando em um deslocamento do ponto eutetóide


para menores teores de carbono e para maiores temperaturas, reduzindo a solubilidade
deste elemento e podendo causar a formação de carbonetos diferentes da cementita.
Esta é comum em ligas com menores teores de cromo. Para teores maiores, aparecem
Fundamentos de metalurgia da soldagem

carbonetos do tipo (Cr,Fe)7C3 e (Cr,Fe)23C6. Como resultado, as propriedades destes


aços dependem fortemente dos teores de carbono e cromo e, também, dos tratamentos
térmicos utilizados.

Para teores de cromo acima de cerca


de 13%, uma quantidade de carbono
deve ser adicionada para garantir a
formação de uma estrutura
completamente austenitica em uma
faixa de temperatura. Para tal, quanto
maior o teor de cromo, maior deve ser
ode carbono. Estas considerações e a
necessidade de um teor de cromo
superior a cerca de 12%, para garantir
a inoxibilidade da liga, definem os
limites usuais de composição dos
aços inoxidáveis martensíticos.

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Devido ao teor de cromo elevado, os aços inoxidáveis martensíticos têm uma grande
temperabilidade, podendo ser endurecidos com um resfriamento ao ar a partir de
temperaturas superiores a 820 C, exceto para peças de grande espessura. A figura 3
mostra um diagrama TTT de um aço AISI 410 que ilustra esta característica. Pode-se
Fundamentos de metalurgia da soldagem

observar que, na temperatura em que a decomposição da austenita é mais rápida (700 C),
são necessários mais de 3 minutos (200s) para a reação se iniciar. Para um aço com
0,12%C e 12%Cr, as temperaturas Ms e Mf, se situam, respectivamente, entre 300-350 C e
150-180 C. Estas temperaturas diminuem quando o teor de cromo ou de outro elemento de
liga é aumentado.

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Os aços inoxidáveis martensiticos são normalmente utilizados na condição temperada e


revenida ou na condição recozida (figura 4). No primeiro caso, a têmpera induz uma
estrutura dura e frágil, que é amaciada pelo revenimento o qual leva à precipitação de uma
fina dispersão de carbonetos. A escolha das temperaturas de têmpera e, particularmente,
revenido, permite a obtenção de diferentes combinações de propriedades mecânicas. Na
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condição recozida, obtida por resfriamento em forno, o aço apresenta uma estrutura de
ferrita e carbonetos mais macia e com menor resistência á corrosão

Estado recozido
Estado temperado

Matriz ferrítica Carbonetos de cromo Matriz martensítica

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Além de Fe, Cr e C, os aços inoxidáveis rnartensiticos podem ter adições de pequenas


quantidades de outros elementos como Mo, W, V, ou Ni, usados principalmente para
Fundamentos de metalurgia da soldagem

melhorar a resistência à fluência a alta temperatura.


Outros elementos estabilizadores da austenita podem ser usados em substituição
parcial ao carbono, para melhorar a soldabilidade destes aços. É o caso da utilização de
2 a 4% de Ni para a obtenção de um aço totalmente temperável, com 16 a 20% de Cr e
apenas 0,1% de C. Neste caso, consegue-se um aço com melhor soldabilidade, devido
ao baixo teor de carbono, e com melhor resistência à corrosão, devido ao seu elevado
teor de cromo e baixo teor de carbono.

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Formação da Estrutura da Zona Fundida e da ZTA


Para uma composição típica de um aço inoxidável martensítico, a poça de fusão se
Fundamentos de metalurgia da soldagem

solidifica como ferrita, que se transforma em austenita no resfriamento. A


transformação completa da ferrita ocorre somente se os teores de Cr, C e outros
elementos de liga estiverem corretamente ajustados. Elementos como Si, Mo e AI
estabilizam a ferrita. enquanto Nb e V, que formam carbonetos muito estáveis, têm
efeito comparável a uma redução no teor de carbono. A presença destes exige uma
redução no teor de Cr para garantir a formação de uma estrutura totalmente
austenítica durante o resfriamento.
Mesmo que a liga tenha uma composição adequada para a transformação de toda
a ferrita em austenita em condições próximas do equilíbrio, esta transformação
pode não ser completa devido a uma velocidade de resfriamento elevada, como
ocorre comumente em soldagem, A ocorrência de segregação, na solidificação fora
do equilíbrio, pode estabilizar a ferrita tanto no centro das dendritas (devido à
rejeição de carbono pelo sólido) como nas regiões inter-dendriticas (pela
concentração de elementos estabilizadores da ferrita no último líquido a se
solidificar).

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Em geral, a presença de muita ferrita δ na zona fundida é indesejável, pois esta fase não
pode ter suas propriedades controladas por tratamentos térmicos realizados após a
soldagem. Ainda, a ferrita δ pode ser frágil e prejudicar a tenacidade da solda.
Devido à elevada temperabilidade, tanto a zona fundida quanto a região da ZTA
Fundamentos de metalurgia da soldagem

austenitizada durante a soldagem apresentam uma microestrutura de martensita após o


resfriamento. A dureza destas regiões dependerá primariamente da composição quimica,
particularmente do teor de carbono, enquanto o procedimento de soldagem e o tratamento
térmico inicial peça terão pouca influência. Dependendo de suas temperaturas Ms e Mf e
da presença de segregação, a microestrutura destas regiões poderá ser formada por
martensita, por martensita e ferrita δ ou por martensita (ou martensita com ferrita δ ) e
austenita retida.

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

MICROESTRUTURA DA REGIÃO SOLDADA

• Solidificação da poça de fusão


Fundamentos de metalurgia da soldagem

 A poça de fusão se solidifica na forma de ferrita


que, com o resfriamento transforma-se em austenita
e depois em martensita.

• Metais de adição austeníticos (308, 309 ou 310)


 Zona fundida não endurecível;
 Boa tenacidade e ductilidade na condição soldada.
Entretanto, para o seu uso, deve-se considerar cuidadosamente
as possíveis conseqüências devidas a diferenças de
propriedades mecânicas, físicas e químicas entre a zona
fundida e o metal base.

• Características da ZAC
 Devido à sua elevada temperabilidade a região da
ZAC se transforma em martensita no resfriamento.

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

MICROESTRUTURA DA REGIÃO SOLDADA


Fundamentos de metalurgia da soldagem

Metal Base: 420


Metal Base: 420 Metal de Adição: 316L
Metal de adição: 430

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Fissuração Devida à Formação de Martensita


A martensita é uma fase dura e frágil, cuja fragilidade aumenta como teor de
carbono. A presença deste constituinte, juntamente com tensões residuais,
concentradores de tensão e hidrogênio em solução, pode levar à formação de
Fundamentos de metalurgia da soldagem

trincas. Estas trincas podem se propagar rapidamente através de toda a solda e


levar à falha do componente.
As trincas podem se formar tanto na ZF quanto na ZTA.
O risco de fissuração é maior com o aumento da dureza da martensita, a qual
depende fortemente do teor de carbono do material (Tabela VIII).
Aços inoxidáveis martensiticos com teor de carbono superior a 0,30% não são
geralmente soldados devido à sua alta dureza. Contudo, quando esta operação
for necessária, é fundamental adotar um procedimento de soldagem cuidadoso,
envolvendo o uso de pré-aquecimento, pós-aquecimento e, eventualmente, de
tratamentos térmicos após a soldagem, para se evitar a formação de trincas.

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Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

• Trincamento a frio pelo hidrogênio


Fundamentos de metalurgia da soldagem

 Baixa solubilidade de hidrogênio na martensita.


 Hidrogênio difunde em temperaturas próximas TA.
Trincamento pode ocorrer em um tempo longo com relação ao
momento da soldagem.

 Formas de evitar o trincamento a frio pelo hidrogênio


 Controle da micropureza (teor de H no aço)
 Pré aquecimento de 200 a 250oC -> possibilita que o
hidrogênio absorvido na soldagem seja liberado;
 Energia de soldagem elevada -> TTAS (difusão do hidrogênio)
evitando a queda da temperatura até a ambiente.
 Utilização de metal de adição austenítico

Soldagem dos Aços Inoxidáveis Martensíticos

Tratamento Térmico Pós-Soldagem


As funções do tratamento térmico pós-soldagem são:
Fundamentos de metalurgia da soldagem

(a) revenir ou recozer a zona fundida e a ZTA para diminuir a


dureza ou melhorar a tenacidade e (
(b) b) diminuir as tensões residuais associadas com a soldagem.

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