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Campus Académico de Silves

Escola Superior de Saúde Jean Piaget – Algarve


Fisioterapia/Osteopatia/ Enfermagem

ANATOMOFISIOLOGIA II – SISTEMA DIGESTIVO

Docente: Catarina Abreu


e-mail: abreuvieira.c@gmail.com Ano Letivo 2017-2018
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SISTEMA GASTROINTESTINAL
Constituição
Tubo digestivo
Glândulas anexas
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Constituição
Tubo digestivo (estende-se da boca ao ânus) – O termo
tubo gastrointestinal (TGI) só se refere ao estômago e
intestinos mas é muitas vezes utilizado como sinónimo
de tubo digestivo
1.Boca ou cavidade oral
2.Faringe
3.Esófago
4.Estômago
5.Intestino delgado
6.Intestino grosso
7.Ânus
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Constituição

Glândulas anexas (segregam fluidos para o


tubo digestivo)
1.Glândulas salivares e amígdalas

2.Glândulas tubulares

3.Fígado, vesícula biliar e pâncreas


FUNÇÕES

Ingestão – Introdução dos alimentos sólidos e líquidos na boca.

Mastigação – Alimentos são triturados pelos dentes

Mistura e Propulsão – Movimentos de contração e relaxamento alternados das fibras


musculares lisas das paredes do TGI misturam os alimentos e secreções e
impulsionam-nas em direção ao ânus.

Peristaltismo
FUNÇÕES
FUNÇÕES

Secreção – As células da parede do tubo digestivo e órgãos anexos secretam um total


diário de 7 L de água, ácidos, tampões e enzimas no TGI.

Digestão – Conjunto de processos mecânicos e químicos que transformam os alimentos


em moléculas mais pequenas que possam ser absorvidas.

Absorção – Passagem dos produtos digeridos do TGI para o sangue e linfa.

Eliminação – Processo através do qual os resíduos da digestão são removidos do


organismo.
ABSORÇÃO E TRANSPORTE
PASSAGEM DE MOLÉCULAS RESULTANTES DA DIGESTÃO
ATRAVÉS DO EPITÉLIO QUE REVESTE A MUCOSA
DIGESTIVA PARA OS VASOS SANGUÍNEOS E LINFÁTICOS.
ABSORÇÃO E TRANSPORTE
◦ Mecanismos de difusão, difusão facilitada, osmose e transporte
activo.

◦ Cerca de 90% da absorção é feita a nível do intestino delgado e


10% ocorre no estômago e no intestino grosso.
ABSORÇÃO E TRANSPORTE
◦ Uma vez absorvidos, os nutrientes são transportados a
diferentes partes do organismo por duas vias diferentes:

• A água, iões e os produtos hidrossolúveis (como a glicose e aa)


entram no sistema porta e são conduzidos para o fígado.
• Os produtos do metabolismo dos lípidos são revestidos e
transportados para o sistema linfático
REGULAÇÃO
REGULAÇÃO NERVOSA

Reflexos locais – mediados pelo SNE que consiste no plexo intramural


(submucoso e mioenterico) que consiste em neurónios entéricos (sensitivos,
motores e interneurónios) situados na parede do TD.

Reflexos gerais – mediados pelo SNA, através do N. vago


REGULAÇÃO

REGULAÇÃO QUÍMICA

O TGI produz diversas hormonas que participam na regulação da secreção das


glândulas anexas
HISTOLOGIA
Mucosa
• Mais interna
• Composta por 3 camadas:
- epitélio mucoso interno (estratificado pavimentoso na boca, orofaringe, esófago e
canal anal; cilíndrico simples no restante tubo digestivo)
- lâmina própria (tecido conjuntivo laxo)
- mucosa muscular (camada fina e externa de músculo liso)
Regula movimentos da túnica mucosa e a
vasoconstrição dos vasos sanguíneos
Submucosa (camada espessa de tecido conjuntivo) Enerva células secretoras das glândulas mucosas

• Contém nervos (plexo submucoso ou de Meissner), vasos sanguíneos e pequenas


glândulas
HISTOLOGIA
Muscular
•Boca, faringe, partes superior e média do esófago e esfíncter externo do ânus contém
músculo esquelético  deglutição e controlo da defecação voluntários
•No resto do TGI – músculo liso disposto em 2 camadas: interna circular e externa
longitudinal (à exceção do esófago e estômago)
•Entre as 2 camadas encontra-se o plexo nervoso mioentérico ou de Auerbach

Serosa ou adventícia (tecido conjuntivo)


• Mais externa Motilidade do TGI
Frequência e força de contração da túnica muscular
PERITONEU
As paredes da cavidade abdominal e dos órgãos nela contidos estão revestidas
por membranas serosas. Estas segregam um fluido seroso que forma uma
película lubrificante entre os seus folhetos. A sua função é reduzir a fricção
entre os órgãos durante os seus movimentos no abdómen e mantê-los em
posição.

Peritoneu visceral Peritoneu parietal


(Reveste os órgãos) (Reveste a face interior do corpo)
PERITONEU
Os órgãos que estão em contacto direto com a parede abdominal (não têm
mesentérios) são denominados retroperitoneais:

▪ Duodeno
▪ Pâncreas
▪ Cólon ascendente e descendente
▪ Reto
▪ Rins NOTA: Mesentério- bainhas
▪ Glândulas supra-renais de tecido conjuntivo que
mantém a posição de
▪ Bexiga e ureteres muitos dos órgãos da
cavidade abdominal.
PERITONEU
Os órgãos da cavidade peritoneal estão ligados à parede e entre si por pregas do
peritoneu e que, conforme os casos, tomam o nome de meso, epíplon ou
ligamento:

Meso (une os órgãos à parede abdominal) (geralmente designado por


Mesentério propriamente dito):

•Mesocólon transverso e sigmoideu

•Mesoapêndice
PERITONEU

Epíplon (pregas ligadas ao estômago)

Pequeno epíplon (pequena curvatura do estômago e porção proximal do


duodeno – fígado e diafragma)

Grande epíplon (grande curvatura do estômago – cólon transverso)


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SECREÇÃO SALIVAR
SECREÇÃO SALIVAR
o PRODUÇÃO: glândulas salivares dispersas ao longo da submucosa da cavidade oral
oParótidas
oSublinguais
oSubmandibulares

o COMPOSIÇÃO (pH 6,35-6,85)


99,5% água
0,5% solutos (sódio, potássio, cloreto, bicarbonato, fosfato)
substâncias orgânicas (ureia, ácido úrico, muco, Ig A, lisozima, amilase salivar, lipase
lingual, etc)
SECREÇÃO SALIVAR

o FUNÇÕES: Ação lubrificante, protetora, anti-microbiana


o REGULAÇÃO: SNA (estímulos gustativos e táteis provenientes da língua, visualização e
cheiro de alimentos)
ESÓFAGO

▪ Tubo muscular colapsável que se situa atrás da traqueia


▪ 25 cm comprimento
▪ Termina parte superior do estômago
▪ Secreta muco e transporta alimento para o estômago
▪ Não produz enzimas digestivas e não participa na absorção
▪ Movimentos peristálticos
ESTÔMAGO
ESTÔMAGO
- Segmento dilatado do tubo GI localizado na parte superior esquerda do abdómen
- Forma de J (pequena e grande curvatura)
- Liga o esófago ao intestino delgado
- O esófago abre-se no estômago atraves do esfíncter esofágico inferior

- É dividido em: fundo, corpo e antro


- Comunica com o ID através do piloro (circundado por um anel de tecido muscular –
esfincter pilórico)
ESTÔMAGO
FUNÇÕES:

- Apesar de ocorrer alguma digestão e absorção no estômago, este órgão é


fundamentalmente uma câmara de armazenamento e mistura
- Absorção ligeira de água, ácidos gordos de cadeia curta, aspirina e álcool
- Início da digestão enzimática das proteínas
- Proteção das células epiteliais
HISTOLOGIA

Mucosa - Apresenta orifícios tubulares – aberturas das glândulas gástricas


Submucosa
Muscular - 3 camadas (externa – longitudinal; media – circular; interna – oblíqua)
Serosa - Peritoneu visceral
HISTOLOGIA

GLÂNDULAS GÁSTRICAS (situadas na mucosa):


Secretam Suco gástrico (2 a 3L/dia)

Cél. Mucosas (glandulares, da superfície* e colo) - Produzem muco


Cél. Principais (zimogénicas) – Produzem enzimas
Cél. Parietais (oxínticas) – Produzem ácido clorídrico e factor intrínseco
Cél. Endócrinas – Produzem gastrina
SECREÇÕES GÁSTRICAS
Bicarbonato
Muco
Ácido clorídrico NOTA: Os alimentos misturam-se com as
secreções gástricas formando o quimo.
Gastrina
Histamina
Fator intrínseco
Pepsinogénio
SECREÇÕES GÁSTRICAS

HCO3-
• Secretado ao nível das células epiteliais da superfície
• Função protetora da mucosa (permite criar um pH local de 7.0)
• Secreção estimulada pelo N. vago e presença de ácido no lúmen gástrico
SECREÇÕES GÁSTRICAS
MUCO
• Sintetizado pelas células mucosas
• Funções de lubrificação e proteção da parede contra os efeitos nocivos da pepsina,
ácido, sais biliares e etanol
• Constituição: mucina, fosfolípidos, eletrólitos e água.
• Mecanismos de regulação estimulados pelo N. Vago e irritação da mucosa (física ou
química) mas ainda pouco conhecidos
SECREÇÕES GÁSTRICAS

FATOR INTRÍNSECO
• Secretado pelas células parietais
•Glicoproteína que se liga à Vit. B12, facilitando a sua absorção no íleo
• Vit. B12 importante na síntese de ADN
SECREÇÕES GÁSTRICAS

ÁCIDO CLORÍDRICO
• Produzido pelas células parietais
• Responsável pelo pH gástrico 1-3
• Elimina bactérias ingeridas com os alimentos
• Ativa o pepsinogénio em pepsina
• Secreção estimulada por acetilcolina, gastrina e histamina.
• Secreção inibida principalmente por somatotastina. Também as prostaglandinas e
a presença de gordura, ácido e soluções osmolares no duodeno atuam como
inibidores, estimulando a produção de secretina (duodeno).
Bomba de protões
SECREÇÕES GÁSTRICAS
SECREÇÕES GÁSTRICAS

GASTRINA
• Produzida por células endócrinas da mucosa gástrica
• Estimula a secreção gástrica

ENZIMAS
• Pepsina (digere proteínas em peptídeos e atua num meio altamente ácido
– pH 2.0, tornando-se inativa num pH acima de 5.0)
• Lipase gástrica (atua sobre a tributirina)
• Amilase gástrica (ação na digestão do amido)
SNA (SNP: estimulação |SNS: inibição)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA


Fase cefálica Fase gástrica Fase intestinal
SNA (SNP: estimulação |SNS: inibição)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA


SNA (SNP: estimulação |SNS: inibição)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA


SNA (SNP: estimulação |SNS: inibição)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO GÁSTRICA


MOTILIDADE
As ondas de mistura misturam o conteúdo do estômago com as secreções gástricas
para formar o quimo
As ondas peristálticas propulsionam o quimo para o duodeno

REGULAÇÃO:
A gastrina e a distensão gástrica estimulam o esvaziamento do estômago
A entrada de quimo no duodeno inibe os movimentos do estômago através de reflexos
nervosos e libertação de hormonas
INTESTINO DELGADO
Comprimento: 4.6 m a 9 m
Local onde ocorre a maior parte da
digestão e absorção

Divide-se em 3 regiões:
Duodeno (aprox. 25cm)
Jejuno (aprox. 2,5m)
Íleo (aprox. 3,5m)
INTESTINO DELGADO
DUODENO
• Forma um arco de quase 1800, no qual se apoia a cabeça do pâncreas
• Pequena e Grande Papila duodenal
• Esfincter de Oddi (regula a abertura da ampola de Vater)
• As glândulas anexas principais (pâncreas e fígado), encontram-se ligadas ao duodeno
INTESTINO DELGADO

O jejuno e o íleo são estruturalmente semelhantes ao duodeno, sendo a única


diferença o facto de, à medida que se progride no intestino existe uma
diminuição gradual de diâmetro bem como da espessura da parede.
É no duodeno e no jejuno que a absorção de nutrientes é mais intensa, embora
ocorra também , até certo ponto, ao longo do íleo.
A junção ileocecal (local de união entre o íleo e o intestino grosso) é
circundada por um anel de músculo liso que forma o esfíncter ileocecal e
possui uma válvula unidirecional, a válvula íleocecal.
ÂNGULO DE TREITZ
Ângulo formado ao nível da junção do
duodeno e jejuno, onde fica fixo o
intestino, que limita o tubo digestivo
alto.

Músculo suspensor do duodeno

(Ligamento de Treitz)
HISTOLOGIA
Mucosa, sub-mucosa, muscular e serosa

A superfície do ID apresenta várias modificações que aumentam a área de


absorção disponível:
- Pregas circulares: pregas perpendiculares ao eixo do TGI, formadas pela
mucosa e sub-mucosa
- Vilosidades: pequenas evaginações em forma de dedo com uma rede de
capilares sanguíneos e um capilar linfático no seu interior
- Microvilosidades: extensões citoplasmáticas da maioria das células a
superfície das vilosidades. Formam uma bordadura em escova.
HISTOLOGIA
HISTOLOGIA
O epitélio da mucosa é constituído por 4 tipos diferentes de células (produzidas nas
glândulas intestinais (criptas de Lieberkuhn) e glândulas duodenais (glândulas de
Brunner):
Cél. de Absorção (Produção de enzimas e absorção)
Cél. Caliciformes (Produção de muco)
Cél. Granulares/Paneth (Proteção contra bactérias)
Cél. Endócrinas S, CCK e K (Produtoras de secretina, colecistoquinina e péptido
inibidor gástrico (GIP))
SECREÇÕES DO INTESTINO DELGADO

A maior parte das secreções que entram no ID são produzidas pela mucosa intestinal,
mas as secreções produzidas pelo fígado e pâncreas também são lançadas no ID e
desempenham um papel essencial na digestão
Muco, eletrólitos e água (protecção contra a acção das enzimas e ácidos gástricos)
Enzimas digestivas (ligadas às membranas das microvilosidades das células de
absorção):
 Dissacaridases: dissacarídeos  monossacarídeos
 Peptidases: Hidrolisam as ligações peptídicas entre pequenas cadeias de aa
 Nucleases: Fraccionam os ácidos nucleicos
GLÂNDULAS ANEXAS

PÂNCREAS E FÍGADO
PÂNCREAS
• Retroperitoneal, situado atrás da grande curvatura do estômago
• 12-15 cm comprimento
• 3 zonas:
Cabeça
Corpo
Cauda
PÂNCREAS EXÓCRINO
Ácinos (produção de suco pancreático)

Os conjuntos de ácinos formam lóbulos


que estão ligados por canais
intercalares a canais intralobulares,
que abandonam os lóbulos para formar
os canais interlobulares, que por sua
vez se ligam ao Canal pancreático
principal (ou de Wirsung) que por sua
vez se une ao canal colédeco na ampola
hepatopancreática.
SUCO PANCREÁTICO
Constituição do suco pancreático (1.2-1.5
L/dia)
» Água
» Sais
» Bicarbonato sódio ( pH 7,1-8,2)
» Enzimas:
SUCO PANCREÁTICO
» Enzimas: produzidas sob forma inativa (para não destruírem os próprios tecidos onde são produzidas)
- Amilase pancreática (digestão de carbohidratos)
- Tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidase
(digestão de proteínas)
- Ribonuclease e desoxirribonuclease (digestão
de ácidos nucleicos)
- Lipase pancreática (digestão de lípidos)
- Elastase (digestão de proteínas)
- Estearase do colesterol (digestão de lípidos)
SUCO PANCREÁTICO
REGULAÇÃO
Mecanismos nervosos
Durante as fases cefálica e gástrica são
transmitidos impulsos ao pâncreas pelo
nervo vago (X) que estimulam a produção
de suco pancreático
SUCO PANCREÁTICO
REGULAÇÃO
Mecanismos hormonais
Durante a fase intestinal as células
endócrinas do intestino delgado secretam
colecistoquinina e secretina para o sangue,
que estimulam a secreção de suco
pancreático.
PÂNCREAS ENDÓCRINO
Ilhéus pancreáticos|Ilhéus de Langerhans

Células alfa (20%)


Segregam glucagina

Células beta (70%)


Segregam insulina

Células Delta
Segregam somatostatina
Células F
Sem insulina não é detetada
nem captada glicose. O
resultado é uma sensação de
fome apesar da glicemia
elevada.

INSULINA
Regulação da concentração sanguínea de glicose e
aminoácidos através do aumento da capacidade dos
tecidos alvo para captar e utilizar estas substâncias.
Os principais tecidos alvo da insulina são o fígado,
tecido adiposo, músculos e o centro da saciedade.
GLUCAGINA
Influencia sobretudo o fígado (apesar de ter algum
efeito no músculo esquelético e tecido adiposo)
Causa a degradação do glicogénio e aumenta a síntese
de glicose no fígado  Aumento glicémia
Também aumenta a degradação das gorduras
FÍGADO
-Maior órgão interno (1,4 kg)

-Localizado no quadrante

superior direito do abdómen,

apoiado contra a face inferior

do diafragma
FÍGADO

• Divide-se em 2 lobos principais (esquerdo e direito) e 2 mais pequenos


(quadrado e caudado)
• Revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo e por peritoneu visceral (exceto
numa pequena área rodeada pelo ligamento coronário, na face diafragmática,
na qual não existe peritoneu, a área descoberta)
• Os vasos, canais e nervos que entram e saem do fígado, confluem para o hilo
hepático (localizado na face inferior)
HISTOLOGIA - fígado

Lobo  lóbulos hexagonais


• Conjuntos de hepatócitos com uma veia central (unem-se para formar as veias
hepáticas, que vão drenar na VCI)
• Da veia central de cada lóbulo derivam os cordões hepáticos (dispostos como os raios
de uma roda), compostos por hepatócitos
• Os espaços entre os cordões são canais sanguíneos, os sinusóides hepáticos
(compostos por células endoteliais e por células fagocitárias – Kupffer)
• Entre as células de cada cordão existem os canalículos biliares
HISTOLOGIA - fígado
Em cada vértice têm um conjunto de 3
vasos (Tríade portal)
– um ramo da veia porta hepática;
– um ramo da artéria hepática;
– um canal biliar.
FUNÇÕES - fígado
BIOTRANSFORMAÇÃO DE NUTRIENTES
• Muitasvezes os nutrientes ingeridos não são proporcionais às necessidades dos tecidos e
o fígado tem a capacidade de converter alguns nutrientes noutros. (Ex proteínas em
lípidos ou glicose)
• Também pode transformar substâncias que não podem ser utilizadas pelas células noutras
mais facilmente utilizáveis

FAGOCITOSE
• As
células fagocitárias hepáticas (Kupffer), estão localizadas ao longo dos sinusóides
hepáticos, fagocitam GV e GB velhos e “desgastados”, algumas bactérias e outros detritos.
FUNÇÕES- fígado
SÍNTESE

• Muitas das proteínas sanguíneas: a albumina, o fibrinogénio, as globulinas, a heparina e


alguns fatores de coagulação, são produzidos no fígado.

ARMAZENAMENTO

• Os hepatócitos podem retirar açúcar do sangue e armazená-lo sob a forma de glicogénio.

• Podem também armazenar gorduras, vitaminas (A, B12, D, E e K), cobre e ferro.
FUNÇÕES -fígado
DESINTOXICAÇÃO

•O fígado constitui uma das primeiras linhas de defesa, desintoxicando muitas substâncias
através da sua alteração estrutural, tornando-as menos tóxicas ou mais fáceis de eliminar.

•A amónia (produto final do metabolismo dos aa), por exemplo, é tóxica e não é facilmente
eliminada da circulação através dos rins. Os hepatócitos removem-na da corrente
sanguínea e convertem-na em ureia
FUNÇÕES- fígado
PRODUÇÃO DE BÍLIS
Água, ácidos biliares, fosfolípidos (lecitina),
colesterol, pigmentos biliares (bilirrubina),
proteínas (albumina) e iões (Na, K, Ca, HCO3)

0,6 a 1 L/dia
pH 7,6-7,8
FUNÇÕES DA BÍLIS (embora não contenha enzimas
digestivas, a bílis desempenha papeis importantes na
digestão)

Emulsão das gorduras, facilitando a acção da lipase


pancreática e portanto a absorção de gorduras e
vitaminas lipossolúveis

Diluição e neutralização do ácido gástrico para níveis


adequados

Eliminar substâncias residuais do catabolismo celular


que não tem outra via de eliminação, tais como a
bilirrubina (produto de degradação da hemoglobina) e
o colesterol.
DIGESTÃO

Consiste no desdobramento das moléculas dos alimentos ingeridos noutras


suficientemente pequenas para poderem ser absorvidas para a circulação.
Inicia-se na cavidade oral e continua no estômago mas dá-se principalmente na porção
proximal do ID, especialmente no duodeno.

DIGESTÃO MECÂNICA
DIGESTÃO QUÍMICA
DIGESTÃO

DIGESTÃO MECÂNICA
Fraccionamento das partículas alimentares
Movimentos segmentares de mistura
 Movimento principal
 Contracção localizada em áreas contendo alimento, que agita o quimo para a frente
e para trás, misturando-o com os sucos digestivos
Movimentos peristálticos
 Propulsionam o conteúdo intestinal no sentido distal
 No intestino são muito fracas em comparação com as do esófago e estômago
DIGESTÃO

DIGESTÃO QUÍMICA
Realizada pelas enzimas digestivas que quebram as ligações covalentes das
moléculas orgânicas
As bactérias presentes no cólon finalizam a digestão
ABSORÇÃO DE ÁGUA

(Ingestão de líquidos cerca de 2L e secreções gastrointestinais 7L)

A água movimenta-se por osmose, através da parede do


intestino nos dois sentidos, dependendo do gradiente osmótico.
INTESTINO GROSSO
• Porção terminal do TGI (da junção
íleocecal até ao ânus)
• 1,5m comprimento
• Dividido em 4 regiões:
- Cego
- Cólon: ascendente, transverso,
descendente e sigmóide
- Recto
- Canal anal
CEGO
Porção proximal do IG
Local onde o ID e o IG se unem, na junção íleocecal
Estende-se inferiormente cerca de 6 cm
Ligado ao cego existe o apêndice vermiforme (pequeno tubo cego sacular com
cerca de 9 cm)
CÓLON
Divide-se em 4 partes:
Cólon ascendente
Estende-se superiormente ao cego ao
ângulo hepático junto ao bordo inferior
do fígado.
Cólon transverso
Estende-se do ângulo hepático ao
ângulo esplénico
CÓLON
Cólon descendente
Estende-se do ângulo cólico esquerdo
até à abertura superior da pequena
bacia
Cólon sigmoideu
Tubo em forma de S que se prolonga
para o interior da bacia e termina no
recto
RECTO
Tubo muscular () que começa na terminação do cólon sigmoideu e termina no canal
anal
Túnica espessa quando comparada com o restante TGI
CANAL ANAL
Corresponde aos últimos 2-3 cm do TGI, iniciando-se na terminação do recto e
terminando no ânus.
A camada de músculo liso do canal anal é ainda mais espessa que a do recto,
formando o esfíncter anal interno (porção superior)
O esfíncter anal externo é constituído por músculo esquelético
REFLEXO DE DEFECAÇÃO
Distensão da parede rectal  estímulo inicial
Reflexos locais  provocam contrações rectais fracas e o relaxamento do EAI
Reflexos PS  provocam contrações fortes do recto
EAE  Controlo voluntário. Impede o movimento das fezes para o exterior
HISTOLOGIA
• O revestimento mucoso do IG não forma
pregas ou vilosidades mas possui muitas
glândulas tubulares rectas, as criptas:
Células de absorção
Células caliciformes (predominantes)
Células granulares
HISTOLOGIA
• Nódulos linfáticos solitários na túnica mucosa
• Haustros (dilatações limitadas por sulcos
transversais)
• Faixas cólicas | Ténias (formações em fita que
correspondem a condensação da
musculatura longitudinal e percorrem o cólon
em quase toda a extensão)
• Apêndices epiplóicos (acúmulos de gordura
salientes na túnica serosa)
SECREÇÕES
• A mucosa do cólon apresenta muitas células caliciformes (dispersas e como
revestimento das criptas)
• O cólon segrega essencialmente muco, existindo pouca atividade enzimática
• O muco lubrifica a parede do cólon e ajuda a agregação da matéria fecal
• As fezes são constituídas por água, substâncias sólidas, microorganismos e
células epiteliais descamadas
DIGESTÃO QUÍMICA
O fim da digestão dá-se no cólon, devido à actividade de bactérias:
• Terminam a degradação dos alimentos
• Fermentam qualquer carbohidrato remanescente, libertando hidrogénio,
anidrido carbónico e metano
• Transformam proteínas remanescentes em aa e estes em substâncias mais
simples (ex indol, o escatol, o sulfito de hidrogénio)
• Decompõem a bilirrubina em pigmentos mais simples, como a estercobilina
que dá a cor castanha às fezes.
DIGESTÃO MECÂNICA
• A passagem para o cego é regulada pelo
esfíncter íleo-cecal.
• Imediatamente após uma refeição verifica-se
um reflexo gastro-ileal que força a passagem
do quimo para o cego.
DIGESTÃO MECÂNICA
• 2 tipos de movimentos:
o Segmentares| Mistura – misturam o conteúdo do
cólon (menos frequentes que no ID)
o Movimento de massa
– movimentos peristálticos fortes
– uma onda que começa a meio do cólon
transverso
– iniciado por um reflexo gastro-cólico, na presença
de alimentos no estômago.

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