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Araújo NCF, Palhão DMR, Silva VC, Ávila JOL, Cardoso CF, Santos ERF, Lomba FCMS,

Carvalho IRA, Souza BQ e Polizel CG. Avaliação da Adesão ao Tratamento em Condições


Crônicas de Saúde por Meio do Cuidado Farmacêutico. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde
8(3): 37-41, 2017.

RESENHA CRÍTICA

Hilka Santos Batista1

Lalessa Monteiro de Farias2

Solange Mendes Silva3


Uma análise descritiva é o que se apresenta a seguir, cujo texto fonte foi o artigo
científico “Avaliação da Adesão ao tratamento em Condições Crônicas de Saúde por Meio do
Cuidado Farmacêutico”, publicado na Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de
Saúde, de autoria de ( ...................).
O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento, tem passado por uma
alteração no perfil dos problemas relacionados à saúde pública assim, o presente artigo tem
como objetivo avaliar o processo de adesão ao tratamento farmacoterapêutico em condições
crônicas de saúde por meio do cuidado farmacêutico. O mesmo reforça que é imprescindível a
participação de forma integrada dos profissionais de saúde e dos usuários para o seu controle
efetivo, haja vista que tal condição pode provocar alto grau de limitação, além de impactos
econômicos e sociais. Neste contexto, os autores colocam que o trabalho do profissional
farmacêutico era tido, essencialmente, nas atividades de gerenciamento e de entrega dos
medicamentos nas unidades, com pouca inserção ou participação do farmacêutico no cuidado
efetivo dos usuários. Em consequência disso, vê-se a necessidade de um novo olhar dos
profissionais de saúde em especial do farmacêutico como o próprio artigo coloca, olhar esse
que centralize o paciente ofertando uma ação mais integrada visando promoção, proteção e
recuperação da saúde, além da prevenção de agravos. Deve-se ressaltar que os serviços
farmacêuticos devem estar voltados para um atendimento mais humanizado, garantir mais
clareza sobre o uso correto de medicamentos, garantir maior adesão e eficácia aos tratamentos
recomendados, a fim de gerar um atendimento de qualidade que pode ser individual ou
compartilhado com a equipe de saúde. Propiciando assim, uma participação mais efetiva no

1
Universidade Federal do Maranhão
2
Universidade Federal do Maranhão
3
Universidade Federal do Maranhão
gerenciamento integrado, originando um controle mais eficiente das doenças, maior segurança
para o usuário e contribuindo para a melhoria na sua qualidade de vida.
A metodologia é embasada em um estudo observacional, descritivo e com abordagem
quantitativa, realizado no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2017 em cinco
Unidades Básicas de Saúde (UBS), incluindo Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF),
todas localizadas no município de Campo Grande/MS. Nesse cenário, os critérios de inclusão
de usuários frequentadores das farmácias das unidades de atendimento na pesquisa foram:
idade igual ou superior a 18 anos, portador de pelo menos uma condição crônica de saúde e
concordância em participar do estudo por meio da assinatura no Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCE). A ferramenta utilizada para o estudo foi um questionário
elaborado pelos autores, tendo como base as sugestões do Ministério da Saúde.
Os dados obtidos de uma amostra de 85 indivíduos com idade média de 62 (±11,24)
anos, sendo a maioria do sexo feminino, idoso, sedentário e com baixa escolaridade, acusou
diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemias como as DCN mais
prevalentes. Além disso, a quantidade de medicamentos prescritos por indivíduo foi 5,05.
Analisando os dados obtidos, vários problemas que dificultam a adesão ao tratamento
e ao autocuidado são expostos, tais como baixo nível socioeconômico, o tabagismo
(relacionado a alterações metabólicas), consumo abusivo de álcool, falta da prática de
exercícios físicos, a polifarmácia (uso de cinco ou mais medicamentos), quantidade de
tratamentos realizados, complexidade de tratamentos, deficiências cognitivas e visuais e
esquecimento ( verificadas principalmente em idosos).
Levando-se em conta esses aspectos a adesão é um determinante primário da
efetividade do tratamento e consiste em um processo dinâmico, multideterminado e de
corresponsabilidade, onde o paciente precisa compreender e aceita o plano de cuidado
recomendado. Tendo assim, um impacto positivo no estado de saúde de pacientes com
doenças crônicas, maiores taxas de adesão trazem benefícios econômicos relacionados ao
menor uso de serviços de saúde em função da exacerbação e/ou complicação de doenças, o
que pode ser atribuído a melhores desfechos clínicos e à preservação da qualidade de vida do
paciente.
Logo o aconselhamento acerca do uso racional de medicamento é uma prática
importante para a população em geral, em especial para os portadores de doenças crônicas,
em função da presença frequente de múltiplas patologias, requerendo terapias diferentes, as
quais podem resultar no uso concomitante de vários medicamentos, assim a participação do
farmacêutico é de grande valia na adesão ao tratamento e na minimização de erros quanto á
administração dos medicamentos, já que esse profissional reafirma as orientações quanto ao
uso suscitado pelos prescritores e avalia os aspectos farmacêuticos e farmacológicos.
A ferramenta empregada na mensuração da adesão ao tratamento, Beliefs about
Medicines Questionnaire, não garante isso, mas sim a tendência do paciente a ela. Supõe-se
que os resultados de não adesão ao tratamentoestejam superestimados, em razão do perfil dos
pacientes idosos, uma vez que apresentam baixo nível de escolaridade, polimedicados,
possuem algum tipo de limitação e apresentando dificuldades autorrelatadas relacionadas aos
medicamentos que utilizam, uma vez que tais fatores elevam o risco de falhas terapêuticas,
interações medicamentosas, reações adversas e outros problemas relacionados a
medicamentos, que contribuem com a não adesão ao tratamento.
Como fazer o estudo utilizando com o instrumento BaMQ? Como aplicar este
questionário? Como os próprios autores revelam: tal instrumento “mensura as crenças e avalia
as necessidades e preocupações dos indivíduos sobre medicamentos”, porém, quais são essas
crenças, necessidades e preocupações? Qual a sensibilidade desse método? O próprio artigo
revela a necessidade do uso de outras escalas para aumentar a sensibilidade dos resultados.
Em razão disso, os autores poderiam utilizar outra ferramenta como o teste de Morisky, da
língua inglesa Morisky Medication Adherence Scale-4 (MMAS-4)? Segundo o artigo Métodos
de avaliação da adesão farmacêutica adotados no Brasil, publicado na revista Infarma, o
método é composto de quatro questões, em que uma resposta positiva (sim) classifica o
paciente como não aderente e tem sido o instrumento de medida de adesão mais utilizado
pelos pesquisadores.1 Desta forma, haveria diminuição dos resultados superestimados de
adesão?
O trabalho desenvolvido pelos autores é de notória importância, visto que aborda a
importância do profissional farmacêutico, inserido ou não dentro de uma equipe
multidisciplinar, em promover a adesão terapêutica e o autocuidado em doenças crônicas por
meio da educação em saúde, orientação farmacêutica, dispensação, atendimento farmacêutico,
acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico, registro sistemático das atividades,
mensuração e avaliação dos resultados.2 Além disso, apesar de haver inconsistência nos dados
obtidos na pesquisa, o artigo contém uma linguagem técnico-científica de fácil entendimento,
destinada a farmacêuticos e também a outros profissionais da área da saúde. O profissional ou
estudante de farmácia poderá conhecer conceitos acerca de sua área de atuação, muito mais
sobre adesão a terapias e aspectos a ela relacionados. Também irá perceber o quanto existem
barreiras capazes de dificultar a adesão do paciente a terapias farmacológicas e não
farmacológicas.
1
TRAUTHMAN, Silvana Cristina; BIUDES, Marcela Ferro; MELLO, Alexandra Ferro; ROSA, Fernanda
Santana;PETERS, Carla Antunes, GALATO, Dayani . Métodos de avaliação da adesão farmacoterapêutica
adotados no Brasil. Infarma-Ciências Farmacêuticas. v.26.n 1(2014)
2
IVAMA, Adriana Mitsue. [et al] Consenso brasileiro de atenção farmacêutica: proposta . Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.

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