Sei sulla pagina 1di 5

RADIOATIVIDADE

De que são feitas as coisas, a terra, as plantas, a gente? A pergunta é a mesma desde há muito tempo! A
resposta é que vem mudando à medida que mais conhecimento se acumula sobre o assunto permitindo
novas interpretações de fenômenos que eram supostamente conhecidos.

No tempo de Aristóteles dizia-se que eram quatro os elementos que compunham todo o tipo de matéria:
terra, ar, fogo e água. Mas mesmo neste tempo já se sabia da existência de outras substâncias como
cobre, prata, ouro e enxofre, que não podiam ser decompostas em nenhum dos quatro elementos
propostos como fundamentais. Estas substâncias, cobre, ouro, prata, ferro, chumbo e mercúrio,
conhecidas desde há muitos milhares de anos, são hoje reconhecidas como sendo elementos. Embora o
número de elementos seja relativamente pequeno, o número de combinações que se pode fazer com eles
é muito grande e é isto que origina o número tão grande de substâncias diferentes.

Mas se um elemento não pode ser separado em constituintes mais simples, o que ocorre se dividirmos
um pedaço de um dado elemento, ouro por exemplo, em pedaços cada vez menores? O último pedacinho
que ainda é ouro é chamado de um átomo de ouro e, portanto, átomo é o menor pedaço que ainda
guarda as propriedades do elemento.

Mas de que são constituídos os átomos? A resposta mais atual e acessível diz que um átomo é
constituído por um núcleo cercado por um envoltório de elétrons. E este núcleo é composto por prótons e
neutrons. Estes constituintes dos átomos são chamados por nomes diferentes porque possuem
propriedades diferentes.

A pergunta pode continuar, mas muitas respostas ainda não foram encontradas. Existe um ramo da física
chamado de Física de Partículas, que é especializado neste tipo de perguntas e trabalha febrilmente na
obtenção das respostas.

Resumindo: de acordo com as teorias modernas dizemos que a matéria é formada por elétrons, prótons e
neutrons. A diferença entre um elemento químico e outro é determinada pelo número de prótons que seu
núcleo possue. Se dois átomos tiverem mesmo número de prótons mas diferente número de neutrons,
eles são do mesmo elemento, mas não são a mesma coisa. Quando isto ocorre dizemos que são
isótopos. As vezes é interessante se referir aos diferentes tipos de núcleos chamando-os de nuclídeos.

Vamos agora, finalmente, falar sobre radioatividade e veremos que com ela iremos responder também à
pergunta: de que são feitos os neutrons?

RADIOATIVIDADE é um processo no qual um núcleo com Z prótons e N neutrons pode se transformar


em outro núcleo com Z e N diferentes. Esta transformação é chamada desintegração nuclear, sendo
acompanhada por emissão de radiação. Por este motivo, estes núcleos instáveis são chamados
radioativos.

As duas principais maneiras de um núcleo se desintegrar são através da emissão de uma partícula alfa
ou de uma partícula (ß). Esta última é um elétron que sai do núcleo com uma grande velocidade. Este
elétron origina-se no núcleo quando um neutron (carga 0) se desintegra transformando-se em um próton
(carga +), em um elétron (carga -) e num neutrino (que é uma partícula sem massa e sem carga muito
difícil de ser detectada), (eis a resposta para a pergunta: De que são feitos os neutrons?). O próton
permanece no núcleo e o elétron é ejetado.

O número de massa A é definido coo a soma do número de prótons e neutrons; portanto a emissão de
uma partícula beta não muda o número de massa do nuclídeo que desintegrou.
No entanto o número de prótons do núcleo (número atômico Z) aumentou e como é o número de prótons
que caracteriza um dado elemento, quando um nuclídeo emite um beta ele se transforma em um nuclídeo
de outro elemento.

Exemplificando: o Cs-137 tem A = Z + N = 137, isto é, tem 55 prótons e 82 neutrons. Quando ele emite
um elétron (partícula beta) passa a ter Z = 56 e N = 81 continuando com o mesmo número de massa.
Quem tem Z = 56 é o elemento Ba-137. Diz-se então que o Cs-137 ao emitir uma partícula beta decai
para Ba-137.

Vejamos agora a partícula alfa: ela é composta por 2 prótons e 2 neutrons tendo, portanto, a mesma
constituição do "núcleo de hélio". Quando um elemento emite uma partícula alfa, tanto o número de
massa quanto o número atômico diminuirão (o primeiro de 4 unidades e o segundo de 2 unidades).

Exemplificando: o U-238 92 prótons e 146 neutrons, isto é, tem Z = 92 e A = 238. Quando emitir uma
partícula alfa passará a Ter Z = 90 (pois perdeu dois prótons) e A = 234 (pois perdeu dois prótons e dois
neutrons). O elemento que possui Z = 90 é o Th-234. Diz-se então que o U-238 ao emitir uma partícula
alfa decai para Th-234.

Em muitos núcleos o decaimento através de partículas alfa e beta é seguido da emissão de energia em
forma de uma onda eletromagnética. Esta onda é chamada radiação gama ( ).

Quanto à natureza esta radiação é do mesmo tipo da radiação X (raios X) ou da radiação luminosa, por
exemplo. Comparando sua energia, no entanto, verifica-se que é muito maior do que a luz visível e em
muitos casos maior do que a dos raios X. Não é, no entanto, sua energia que a caracteriza e sim sua
origem. Isto significa que se observarmos uma radiação X e uma radiação gama de mesma energia não a
diferenciaremos fisicamente; sua caracterização é feita somente se soubermos se ela se originou no
núcleo ou no envoltório eletrônico. A figura 1 mostra os três tipos de radiação acima descritos.

Figura 1: TIPOS DE RADIAÇÕES [Hey & Walters - 87]

Porque alguns núcleos são estáveis e outros radioativos?

No interior do núcleo, os prótons e os neutrons interagem muito intensamente, disso resultando uma força
chamada nuclear. Para esta interação não existe diferença entre prótons e neutrons, estas partículas
interagem de maneira indistinta e as vezes as chamamos simplesmente de núcleons. Devido ao curto
alcance destas forças somente núcleons muito próximos interagem entre si.

Existe, também no núcleo, uma interação entre partículas com carga (prótons) dando origem às forças
elétricas que são muito fracas se comparadas às forças nucleares; no entanto, sua atuação é de um
alcance muito maior. Quando prótons e neutrons estão no núcleo existe uma competição entre estas
forças: as forças nucleares de curto alcance querem manter os núcleons juntos e a força elétrica quer
separar os prótons (partículas com carga) e portanto tenta desmanchar o núcleo. Para muitos núcleos a
força nuclear sai vencedora, mas para núcleos pesados há um delicado balanço entre as duas forças
opostas. Para núcleos com muitos prótons e muitos neutrons, a força elétrica continua atuando sobre os
prótons mas a força nuclear, por ser de curto alcance, não atinge todos os núcleons atuando apenas
sobre alguns núcleons muito próximos. Estes núcleos com A grande e instáveis podem se transformar em
núcleos com núcleons mais fortemente ligados através de um decaimento alfa ou beta.

Fonte: www.if.ufrgs.br

RADIOATIVIDADE
Ameaça Nuclear

Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino
Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus
sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O primeiro deles, na usina russa de
Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas.

O mais grave, em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e
forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa. O número de pessoas contaminadas é
incalculável. No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos.
Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em Goiânia, em 1987: o Instituto
Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento
radiológico. Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a
contaminação de duzentas.

Submarinos nucleares afundados durante a 2a Guerra Mundial também constituem grave ameaça. O mar
Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram esse tipo de sucata.

Radiação

A ausência de comunicação imediata de problemas em usinas nucleares preocupa militantes ecológicos e


cientistas no mundo inteiro. Isso também acontece no Brasil. Em março de 1993, o grupo Greenpeace
denuncia: a paralisação de a Usina Nuclear de Angra I, em Angra dos Reis (RJ), provoca um aumento
anormal de radiatividade no interior de seu reator. Pressionada, a direção da usina confirma a informação,
mas garante que o problema não é preocupante. No caso de Angra, o incidente serviu de alerta para o
fato de ainda não se ter estabelecido um plano eficiente para a população abandonar a cidade em caso
de acidente grave.

A poluição radiativa tem-se tornado motivo de grande preocupação desde a última guerra mundial, uma
vez que seus efeitos podem causar sérios danos às populações vegetais e animais nas diversas regiões
da Terra.

Os produtos radiativos podem ser lançados no meio ambiente através de:

- à explosões atômicas;
- à água utilizada para o resfriamento dos reatores de usinas nucleares;

- à detritos atômicos formados nessas usinas.

No rio Colúmbia (Estados Unidos, que recebe os efluentes da usina nuclear da Honfard, constatou-se que
a contaminação inicial de uma partícula radiativa na água passava de 35 nos invertebrados aquáticos
para 7.500 em patos, atingindo até 200.000 nos ovos das patas, acarretando a esterilização desses ovos.

Poluentes Radioativos

Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que, além de apresentar
uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado pelo organismo de forma semelhante ao
cálcio. (Meia-vida é o intervalo de tempo no qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a
capacidade de emitir radiatividade.)

A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar nos exemplos
abaixo:

- à iodo 131 - 8 dias;

- à iodo 129 - 10 milhões de anos;

- à estrôncio 90 - 28 anos.

Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de leite e ovos
contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade emitida pode alterar a atividade da
medula óssea na produção de células sangüíneas, com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia
ou mesmo a adquirir leucemia.

O iodo radiativo (I129; I131), outro perigoso poluente, aloja-se em especial na tireóide, reduzindo-lhe a
atividade, além de provocar processos de cancerização nessa glândula). Entende-se por que, depois do
vazamento da usina nuclear de Chernobyl (na Ucrânia, república da então União Soviética), em abril de
1986, foi proibido o consumo de leite natural e de determinados legumes não só na área diretamente
afetada, mas também em países vizinhos, como a Polônia e a Itália. Muitos europeus, para se
defenderem da radiação, passaram a ingerir iodo comum juntamente com a água. Essa substância aloja-
se na tireóide, "saturando-a" e diminuindo a possibilidade de concentração de iodo radiativo na glândula.

O perigo da radiatividade pôde ser tristemente comprovado no Brasil, em setembro de 1987. Uma bomba
de césio (equipamento usado para tratamento de câncer), abandonada nas antigas instalações de uma
clínica, no centro de Goiânia, foi aberta a golpes de marreta num ferro-velho. A fonte radiativa, uma
pequena pastilha, com pó de césio 137, ficou exposta durante vários dias e foi intensamente manuseada,
contaminando mais de duzentos pessoas. Cerca de vinte adoeceram gravemente algumas morreram.
Muitas áreas da cidade ficaram contaminadas e várias casas tiveram até de ser demolidas.

Os elementos radiativos, entretanto, quando bem manipulados, podem ser muito úteis ao homem. Por
exemplo, o césio 137 er o cobalto 60 são muito utilizados em tratamento de tumores cancerosos ou em
bombas que se prestam à esterilização de insetos nocivos à agricultura.

Chernobyl

O dia 26 de abril de 1986 foi marcado pelo mais grave acidente na história da energia nuclear: a explosão
de um reator da central atômica de Chernobyl, situada na Ucrânia (então república da União Soviética),
700 km a sudoeste de Moscou. Centenas de pessoas foram hospitalizadas com intoxicação radiativa,
muitas exibiam grandes queimaduras e outros tipos de lesões. Mais de 100.000 pessoas foram retiradas
da área da usina, num raio de aproximadamente 30 km. A nuvem radiativa que se formou em
conseqüência do incêndio do reator espalhou-se por grande parte da Europa. Em 1987, um balanço ainda
não definitivo das conseqüências do acidente revelava sua extrema gravidade para o meio ambiente e
para a saúde humana.
Nos países da Escandinávia, milhares de toneladas de produtos agrícolas tiveram de ser destruídos e
milhares de renas foram sacrificadas em função da contaminação radiativa; na Itália, Iugoslávia e Áustria,
entre outros países, foram suspensas as vendas de produtos hortigranjeiros, carne e leite das áreas onde
os níveis de radiações se mostraram elevados. Estima-se que muitas doenças hereditárias, provocadas
por mutações genéticas, atingirão milhares de bebês no futuro. O balanço trágico, portanto, evidencia que
o acidente nuclear de Chernobyl deverá ficar perpetuado por várias gerações no patrimônio genético da
humanidade.

Destruição de Chernobyl

Fonte: www.fisica.net

Potrebbero piacerti anche