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Em Teoria Geral do Estado, para quem tem formação jurídica e passou pela Faculdade
Povo,
Território,
Poder Soberano e
Finalidade Pacífica.
dirigido a uma finalidade pacífica de convívio social. Desse modo, terá o papel de
Sua ideia, ao longo dos anos, vem merecendo uma sofisticação teórica. Alguns
pensadores começaram a desenvolver raciocínios mais complexos, sobre o que deve ser
maneira em prova de concurso. Por esse motivo, faz-se importante saber os elementos
essa temática.
A constituição deve representar a soma dos fatores reais de poder. Significa que
Logo, existe o empregador e empregado, os pais em relação aos filhos. Para que
dessas relações de poder. Portanto, deve ser a soma dos fatores reais de poder de uma
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sociedade.
em outros artigos como do 6 ao 8, sobre os direitos dos trabalhadores dentro dos direitos
sociais.
Por fim, segundo Lassale, se por acaso a constituição não representa essa soma dos
OBSERVAÇÃO: uma dica é associar o "s" do sociológico com o "s" de Lassale, a fim
de facilitar a memorização.
A constituição não precisa representar a soma de fatores reais de poder, mas trata-
se de um elemento político, é uma decisão política fundamental. Significa que é posta
para ser cumprida a determinado povo e sociedade, por quem detém o poder. Pouco
importa se, no momento em que é instituída, está ou não de acordo os fatores de poder,
não importa o aspecto sociológico. Organizará o Estado, trará as regras de convívio social,
finalidade pacífica.
essencialmente constitucionais, contudo, ao mesmo tempo, pode haver normas que não
detém conteúdo material de constituição, porque não versa sobre aspectos de
organização de Estado e direitos. Todavia, o autor diz que, se por acaso, deparar-se com
essas normas, não podem ser chamadas de constitucionais e serão meras Leis
constitucionais.
constitucionais.
Por outro lado, existem normas que não deveriam estar na constituição porque não tem
Exemplo: O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na
órbita federal.
CRFB/88.
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação
desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com
recursos públicos.
Não precisaria estar na constituição, mas em uma Lei, ato infralegal, Decreto, portaria
etc.
O próximo conteúdo seria o Sentido Jurídico de Hans Kelsen, sendo o mais relevante e
importante, o que é cobrado em prova, além de ser o que mais explica o modo de como o
ordenamento jurídico brasileiro está construído. Portanto, o professor separou um bloco para
esse tema.
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Sentido jurídico: Hans Kelsen foi responsável por proporcionar virada (mudança de
olhar, ótica de paradigma) no modo como se estudava o Direito. Segundo o autor, o Direito
deve ser uma ciência autônoma, não devendo preocupar-se com o aspecto sociológico ou
político, apenas com o direito (aspecto jurídico), o qual se resume em dois elementos:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem
o machucasse, também seria um fato com repercussão jurídica, visto que poderia ser
processado.
Código Penal.
Art. . 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Portanto, o Direito deve ser interpretado de forma simples, a partir desses dois
gera repercussão jurídica, visto que existem normas jurídicas prevendo que a destruição do
patrimônio alheio precisará pagar por esse dano, não sendo permitido quebrar o que desejar,
EXEMPLO: Caso o professor, após ter jogado a caneta em outro professor, tivesse
prosseguido e o assassinado com essa caneta, seria processado criminalmente por assasinato,
conforme o artigo 121, do Código Penal que descreve um comportamento que gera repercussão
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Código Penal
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Nesse contexto, o direito é um fato que se subsume a uma norma, isto é, com
Direito. Kelsen justifica que, visto que o direito é fato e norma, é necessária a estruturação
das normas, uma vez que os fatos ocorrem, normalmente, a partir de ações humanas,
enquanto as normas precisam ser produzidas e organizadas sob uma orientação piramidal.
infraconstitucionais, que são as leis, e abaixo delas, estão os atos infralegais, a exemplo
os atos administrativos.
pode gerar efeitos. Para isso, deve-se "olhar para cima", a fim de saber se um ato
a Constituição, sendo o guia a "bíblia" jurídica ou a "bíblia" política do Estado, nas palavras
de Canotilho.
pessoas podem se reunir pacificamente, sem armas, em local público, sem que seja
o objetivo de não frustrar uma reunião que tenha sido anteriormente convocada para o
Imagine a seguinte situação foi editada uma lei estabelecendo que para as pessoas
se reunirem no local aberto ao público, deverão pedir permissão ao Poder Executivo,
A lei será inválida por não estar de acordo com a Constituição. Essa impossibilidade
De acordo com Hans Kelsen, a Constituição tem um sentido jurídico, no entanto, pode
pressupõe existir, visto que toda teoria possui um furo e, para que isso não aconteça, é
estabelecida uma verdade, um pressuposto que ninguém pode questionar, sendo a norma
de si mesma.
Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 foi posta, em virtude de ter sido criada
pelo poder constituinte e, em seguida, legitimada pelas pessoas que a criaram. Trata-se
do fundamento máximo e conferindo a validade a tudo que está abaixo dela, sendo, ao
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cultura jurídica no Brasil que gerou consequências jurídicas ruins como o caso da lentidão
judiciária, a demora para a resolução de conflitos dentro do judiciário.
duração do processo, a fim de dizer que o judiciário possui a estrutura e que o Direito
epicentro.
visto que não se deve interpretá-la apenas a partir de lições de doutrinadores; devendo
estar no meio do povo, interpretada pela sociedade. A partir dessa perspectiva,
constituindo um elemento social. Esse sentido foi mencionado em prova recente da banca
Cespe.
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1. PODER CONSTITUINTE
O Poder Constituinte é o responsável por criar a Constituição. Considerando as questões
de concursos, faz-se necessário obter não apenas o conhecimento do conceito, assim como,
também, a "Ideia ou Teoria Clássica".
Tal teoria advém da época da Revolução Francesa (final no século XVIII), a qual é
marcada por garantir a liberdade (especialmente a liberdade política), a partir da qual o
povo obteve o direito de escolher seus governantes, haja vista que até então, na França
famílias reais (monarcas), sendo assim, se sucediam no poder a partir das linhagens
familiares, fato este que incomodava o povo francês que, em contrapartida, iniciou o
movimento, denominado Revolução Francesa.
que le tiers état?) "O QUE É O TERCEIRO ESTADO?", escrito pelo Abade Emmanuel Joseph
Governo Republicano, sem que o povo legitime o governo, o povo entenda que aquele
governo é o que melhor atende aos interesses de todas as pessoas daquele Estado.
camadas de poder no Estado), sendo assim, o povo, segundo o Abade Sieyès, seria um
Terceiro Estado, composto pelos mais pobres, a população que sofria com os desmandos
ideia, segundo a qual, a titularidade passava da Nação para o povo, isso porque "nação" é um
ATENÇÃO: Foi cobrado em prova a evolução conceitual acima narrada, no sentido que
GRAU)
poder de fato, isso porque este não é preconcebido, trata-se de uma força, uma energia,
Originário Pós-Fundacional.
a) Inicial: não existe nenhum poder anterior a ele, ainda que se trate da criação
de uma nova Constituição para o Estado já existente, isso porque, naquele momento
histórico, ainda que o Estado já contasse com outra Constituição, será iniciada uma nova
demais normas.
Vale ressaltar que tal ilimitação vem sofrendo alguns temperamentos nos últimos anos,
isso porque os Direitos Humanos que compõem a ordem internacional (que estão acima
de todos), de certa forma limitariam o Poder Constituinte Originário, não sendo,
consequentemente, ilimitado.
Além disso, existe outro princípio invocado ao tratar do tema, qual seja, o Princípio da
Vedação ao Retrocesso Social, sendo que, para respeitá-lo, faz-se necessário afirmar que
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o Poder Constituinte é juridicamente limitado, isso porque tal princípio preconiza que se um
direito já foi garantido para um povo de determinado Estado, este não poderá
deixar de ser garantido, ainda que uma nova Constituição seja criada.
que pratica escalada não pode voltar atrás, ou seja, apenas pode subir).
ATENÇÃO: Se o tema for cobrado em prova objetiva, afirmar que o Poder Constituinte
Originário é juridicamente ilimitado, enquanto que, na prova dissertativa, discorrer sobre o que
e) Permanente: por ser um poder de fato, uma força, uma energia, o Poder
Constituinte Originário nunca deixa de existir. Uma vez manifestado pelo povo, ficará em
Importante destacar que a criação da Constituição pode ser diretamente pelo povo e,
também, por meio de representantes (no caso do Brasil, através de uma Assembleia Nacional
Constituinte Originário, o qual, além de criar a primeira ou uma nova Constituição para o
Estado, realiza previsão na Constituição de sua reforma, incluindo com relação a quem realizará
as reformas.
o Poder Constituinte Derivado Reformador atua e funciona por meio das Emendas
Constitucionais (edita Emendas Constitucionais que alteram o texto da Constituição).
Originário considerado como juridicamente ilimitado, visto que se submete a uma série
não possui limitação temporal, por outro lado, a primeira Constituição do Brasil - a
Temporais, visto que o Estado de Defesa, de Sítio e a Intervenção Federal duram por
determinado lapso temporal, no entanto, esse tipo de limitação não pode ser qualificada
como Limitação Temporal, haja vista que a Limitação Temporal possui datas estabelecidas
mediante a votação de 3/5 (três quintos) dos membros de cada casa do Congresso
Nacional, em dois turnos de votação, isto é, haverá duas votações em cada casa do
Vale ressaltar que tais limitações materiais são denominadas cláusulas pétreas, são o
"núcleo duro" da Constituição Federal, não podendo ser alteradas.
ATENÇÃO¹: A obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea, haja vista que tal
exigência está presente no inciso I, do §1°, do artigo 14, da Constituição Federal que,
por não ser cláusula pétrea, pode ser alterado através de Emenda Constitucional.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
[...]
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
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artigo 5°, da Constituição Federal. É importante destacar que o examinador pode afirmar que
são cláusulas pétreas apenas os direitos e garantias fundamentais , assertiva essa incorreta,
haja vista que o inciso IV, do §4°, do artigo 60, da Constituição Federal menciona direitos e
e garantias individuais. De acordo com tal teoria, existem direitos e garantias individuais
que não estão presentes no artigo 5°, da Constituição Federal, que detém exatamente
5°, da Constituição Federal, determinados direitos esparsos na referida Carta Magna são
tributo, via de regra, não pode ser instituído, criado e cobrado no mesmo exercício financeiro.
Tal princípio foi reconhecido pelo STF como direito individual, portanto, considerado cláusula
pétrea, não podendo ser objeto de deliberação a proposta de Emenda Constitucional tendente
a aboli-lo.
Constituição Federal) não podem ser excluídas, isto é, de forma implícita tal artigo é,
sistema.
o Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Amazonas, Pará etc.
Tal Poder Constituinte não é juridicamente ilimitado, uma vez que deve respeitar os
Constituinte Derivado Decorrente para a criação das Constituições Estaduais, por outro
lado, os Municípios não possuem tal manifestação, haja vista que possuem Lei Orgânica
Com relação ao Distrito Federal, por possuir natureza jurídica própria (não ser
Estado, nem Município), este detém uma Lei Orgânica (ato normativo que organiza o
Distrito Federal) que, segundo o Supremo Tribunal Federal, ainda que formalmente seja
dada a um texto, a mudança de interpretação não altera o texto, sim a própria Norma.
Tais locais possuem a mesma proteção constitucional da casa, haja vista que, conforme
Sendo assim, qualquer compartimento fechado, de uso particular, cuja entrada não é
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
[...]
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Poder Constituinte.