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Marcelo Moura | Resumos gráficos de direito do trabalho

 CAPÍTULO 13 – Alteração do contrato de trabalho

Requisitos para A norma inserida no art. 468 da CLT98 prescreve, além do requisito da impossibilidade de alteração
contratual in pejus (em prejuízo do empregado), a necessidade de mútuo consentimento para sua validade.
a alteração Em verdade, a consensualidade é um requisito secundário, pois, mesmo que a alteração receba concordância
contratual do empregado, será considerada nula sempre que em prejuízo para o empregado.

Alterações
unilaterais pelo
empregador

Russomano99 classifica as alterações permitidas em três espécies: I – Relativas à função; II – Relativas ao salário;
jus variandi III – Relativas ao lugar da prestação de serviço. Acrescentamos a estas a alterações relativas ao horário e as
alterações do regulamento empresarial.
1

98 CLT, art. 468. “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta
ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.”
99 RUSSOMANO, Mozart Víctor. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho, cit., p. 484-486.

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CAPÍTULO 13 – Alteração do contrato de trabalho

Quanto à primeira (função), o parágrafo único do art. 468100 autoriza ao empregador a reversão do empregado
para sua função de origem, deixando o exercício da função de confiança, com perda salarial da respectiva
gratificação inerente à função; esta perda só não é observada quando o empregado exerceu a função de Alteração da
confiança por pelo menos 10 anos, hipótese em que não perderá a gratificação paga pelo seu exercício. Isto não
significa que o empregador está impedido de exercer seu jus variandi, retirando o empregado da função (neste função
sentido a Súmula no 372 do TST, prevendo a manutenção da gratificação após 10 anos de exercício da função
de confiança).

Quanto à segunda (salário), a Constituição da República, art. 7o, VI, permite a redução salarial mediante negociação Redução
coletiva com a participação do sindicato. salarial

Alterações
Quanto à terceira (prestação de serviço), nos reportamos ao estudo da transferência de empregados, disciplinada no local de
nos arts. 469 e 470 da CLT, tratado logo a seguir. prestação de
serviço

100  CLT, art. 468, parágrafo único. “Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anterior-
mente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.”

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Alteração de Quanto à quarta (duração do trabalho), se insere no jus variandi do empregador a possibilidade de transferência para o
horário diurno (Súmula no 265 do TST), mesmo com perda do adicional noturno. Esta alteração, mesmo com prejuízo
horário para o salário do empregado, visa a proteger sua saúde, bem jurídico de valor mais elevado que o patrimônio material.

Como quinta possibilidade de alteração unilateral merece destaque a supressão ou alteração de direitos previstos Alteração do
em regulamento empresarial. A alteração do regulamento em prejuízo das condições anteriormente fixadas só é Regulamento da
válida para os empregados admitidos após a modificação (Súmula no 51 do TST). Empresa

O dispositivo do art. 469 da CLT101 cuida somente das transferências que ocorram dentro do Brasil.
A transferência de trabalhadores para o exterior é disciplinada pela Lei no 7.064/1982. A referida lei, em seu art. 4o,
Transferência do dispõe que o adicional de transferência será fixado mediante “ajuste escrito” entre empregado e empregador.
empregado para Na falta do ajuste, aplica-se subsidiariamente o percentual de 25% previsto no § 3o do art. 469 da CLT, desde
outro país que a legislação do país de destino não estabeleça percentual mais favorável. O art. 3o, II, da referida lei garante
“a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta
lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada matéria”.

101 CLT, art. 469. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando
transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1o Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita
ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
§ 2o É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3o Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do
artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia
naquela localidade, enquanto durar essa situação.
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CAPÍTULO 13 – Alteração do contrato de trabalho

A transferência é espécie de alteração contratual e, como tal, depende da concordância do empregado,


que pode pretender em juízo sua reversão liminar, quando abusiva, diante da previsão do art. 659, IX, da
CLT102. Transferência de
Só se considera transferido o empregado quando a alteração da local de trabalho provocar, localidade dentro
necessariamente, a mudança de seu domicílio. do Brasil
A simples alteração do local de prestação de serviços, como a mudança do empregado de uma filial para
a outra, dentro do mesmo município, não se constitui transferência, sendo, portanto, permitida.

A transferência é qualificada como alteração contratual, mas as exceções do § 1o do art. 469 da CLT –
cargo de confiança e condição contratual – independem da concordância do empregado, pois se inserem
nas possibilidades de o empregador alterar o contrato unilateralmente (jus variandi). O empregado será
removido mesmo que não seja de sua vontade.
Para a validade da transferência do empregado referido no § 1o do art. 469 da CLT, sem sua concordância, Cargo de confiança
o empregador precisa demonstrar a real necessidade de serviço na localidade para a qual pretende e disposição
removê-lo (Súmula no 43 do TST). contratual
Considera-se abusiva a transferência e, portanto, ilegal, caso o empregador não demonstre a real necessidade
do serviço do empregado. Arnaldo Süssekind dá o seguinte exemplo: “Um servente não deve ser transferido
contra a sua vontade, pois em qualquer cidade fácil será contratar trabalhador para este mister”103.

102   CLT, art. 659. “Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste Título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribui-
ções: [...] IX – conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do
art. 469 desta Consolidação.”
103   SÜSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010, p. 339.

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O empregado que se negar à transferência diante da extinção do estabelecimento no qual trabalhava poderá
ter o contrato de trabalho rompido por prática de justa causa, consubstanciada na regra do art. 482, h, da CLT.
O empregado estável pode optar entre concordar com a transferência ou, recusando-a, receber indenização
Extinção do dobrada pela extinção do estabelecimento (art. 492 da CLT). Exceção feita para extinção do estabelecimento por
estabelecimento motivo de força maior, pois, neste caso, a indenização só será devida pela metade de seu valor (art. 502 da CLT).
O dirigente sindical, como não pode ser transferido (art. 543, § 1o, da CLT), também fará jus à indenização
correspondente a seu período de garantia no emprego, mas sem qualquer dobra do valor devido, pois não há
previsão legal para tanto.

A interpretação quanto à transitoriedade da transferência surge da seguinte expressão, contida no § 3o do


art. 469 da CLT: “enquanto durar essa situação”, que consta do final do parágrafo ora referido.
Adicional nas São dois os requisitos da transferência provisória: a) pagamento de adicional salarial de 25%, enquanto
transferências perdurar a transferência; b) demonstração da real necessidade do serviço.
provisórias A jurisprudência exige o pagamento do adicional mesmo para os ocupantes de cargo de confiança, ou que
se sujeitem à cláusula contratual de transferência, desde que seja provisória (neste sentido a OJ no 113 da
SBDI1 do TST).

O custeio das despesas com o deslocamento do empregado e de sua família, para outra localidade, é obrigação
do empregador, tanto nas transferências provisórias como nas definitivas, na melhor interpretação do art. 470
da CLT: “As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador”.
Despesas com a
O pagamento das despesas tem clara natureza indenizatória e não se confunde com o adicional de transferência.
transferência
O adicional é devido, como parcela salarial, enquanto o empregado permanecer transferido (§ 3o do art. 469
da CLT). O custeio das despesas não se integra ao salário, diante de sua natureza indenizatória, e só é devido
por ocasião da transferência e no retorno do empregado.

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

 CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

Na suspensão, como também na interrupção, o contrato de trabalho continua vigorando, mas as obrigações
principais não são exigíveis, ou só são exigíveis em parte. É elemento comum aos dois fenômenos contratuais a
suspensão da principal obrigação do empregado: o trabalho.
Na interrupção permanece a obrigação de pagar salário, mesmo não havendo trabalho, bem como a contagem
do tempo de serviço para fins do contrato de trabalho.
Na suspensão contratual o empregador não tem obrigação de suportar o pagamento de salário, e o tempo de Suspensão e
afastamento não é computado para fins contratuais; em alguns casos esta segunda característica é relativizada, interrupção
como no acidente de trabalho e serviço militar, que são hipóteses de suspensão contratual, mas com contagem do
tempo de afastamento para fins do contrato de trabalho. O acidente só se torna suspensão contratual a partir do
16o dia de afastamento, mas o serviço militar desde o início se caracteriza como suspensão.
Prevê o art. 471 da CLT que “ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta,
todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa”.

Suspensão do contrato de trabalho

O afastamento do empregado pela prestação de serviço militar obrigatório, – para os homens com 18 anos
Serviço militar ou
de idade –, ou pelo exercício de outro encargo público, está previsto no art. 472 da CLT: outro encargo
público

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“Art. 472. O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo
público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.
§ 1o Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências
do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por
telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.”
Serviço militar ou
O serviço militar obrigatório é hipótese de suspensão atípica, pois, embora não haja pagamento de salário
outro encargo (art. 60, § 1o, da Lei no 4.375/1964), permanece a obrigação de recolher o FGTS durante o afastamento (art. 28, I,
público do Decreto no 99.684/1990 – regulamento do FGTS), além da contagem do tempo de serviço para fins do
contrato de trabalho (art. 4o, parágrafo único, da CLT).
A expressão legal: “outro encargo público”, referida no caput do art. 472, significa que existem outras
espécies de afastamento que também resguardam o emprego por ocasião da volta do empregado; todavia,
não significa que tais afastamentos sejam também definidos como suspensão contratual; por exemplo: os
dias abonados quando o empregado comparecer como mesário em dia de eleição ou como jurado no Tribunal
do Júri (art. 441 do CPP) é hipótese de encargo público caracterizado como interrupção contratual.

Há uma aparente contradição entre a regra do art. 132 da CLT104, que condiciona o direito à apresentação do
empregado em 90 dias da baixa, e a regra do art. 472, § 1o, que exige a notificação ao empregador em 30
Serviço militar dias da baixa.
e efeito sobre a
Não há real contradição entre os dispositivos dos arts. 132 e 472, § 1o, ambos da CLT. O empregado deve
aquisição das comunicar o empregador de sua intenção em retornar ao emprego no prazo de até 30 dias depois da baixa,
férias mas a contagem do período contratual anterior ao ingresso no serviço militar só ocorrerá se este reassumir
o emprego em 90 dias do ato de baixa.
1

104   CLT, art. 132. “O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça
ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa.”

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

Suspensão Auxílio-
disciplinar doença

A expressão auxílio-doença já indica, por si só, que o empregado


não está mais recebendo seu salário, e sim o benefício previdenciário
respectivo. A CLT, em seu art. 476105, se utiliza de terminologia
A suspensão do empregado, por no máximo 30 dias, é uma ultrapassada. Os termos “seguro-doença” e “auxílio-enfermidade”,
das hipóteses de punição, como decorrência do poder diretivo utilizados na norma celetista, denotam a concessão de benefícios
do empregador. Sua previsão consta do art. 474 da CLT, em previdenciários. Atualmente estas locuções são representadas pelo
interpretação inversa: “A suspensão do empregado por mais beneficio de auxílio-doença, previsto na Lei no 8.213/1991, arts. 59
de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do a 63 e Decreto no 3.048/1999, arts. 71 a 80.
contrato de trabalho”.
O afastamento por doença pode se dividir em dois momentos:
O legislador, através da norma contida no artigo referido, criou ao a) até o 15o dia, como hipótese de interrupção contratual, cujo
menos um critério objetivo para sua aplicação: o limite temporal pagamento é suportado pelo empregador; b) a partir do 16o dia,
de 30 dias. A punição que ultrapassar este limite presume-se como hipótese de suspensão contratual, pois não é devido salário,
abusiva. passando o empregado à qualidade de beneficiário da Previdência
Social, recebendo, portanto, o correspondente benefício de auxílio-
-doença.

105   CLT, art. 476. “Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício.”

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Suspensão do
Aposentadoria empregado
por invalidez estável para
apuração de
falta grave

Para fins trabalhistas, o legislador classificou a aposentadoria por


invalidez como suspensão contratual106, não estando o empregador O empregador que tiver a intenção de rescindir o contrato de
obrigado ao pagamento de salário no prazo da suspensão, nem trabalho do empregado estável poderá suspendê-lo pelo prazo
a contar o tempo de serviço para fins do contrato de trabalho. de 30 dias (art. 853 da CLT), propondo, neste intervalo, o
Contudo, o prazo de suspensão do contrato de trabalho, diante Inquérito Judicial para apuração da falta grave.
da aposentadoria por invalidez, estará sempre vinculado às leis A suspensão do empregado é facultativa e tem a finalidade de
previdenciárias, conforme regra descrita no caput do art. 475 da CLT. impedir sua interferência na colheita das provas que virão a
Em razão da atual legislação previdenciária, que regulamenta a fundamentar o inquérito.
concessão da aposentadoria por invalidez, particularmente da regra Durante a suspensão contratual não haverá pagamento de
do art. 42 da Lei no 8.213/1991, o benefício será concedido enquanto salários e tal condição perdurará até a solução definitiva do
perdurar a incapacidade para o trabalho, não existindo mais a inquérito, ou seja, até o trânsito em julgado da sentença.
limitação temporal de cinco anos prevista na legislação anterior.

106   CLT, art. 475. “O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efe-
tivação do benefício.
§ 1o Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria,
facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabili-
dade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497.
§ 2o Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido
ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.”
107   CLT, art. 494. “O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a
procedência da acusação.
Parágrafo único. A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo.”

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

Prisão
Greve
cautelar

Não cabe ao empregador e tampouco à Justiça do Trabalho


analisar os aspectos que envolvem a prisão do empregado, mas
seu afastamento provoca, naturalmente, a impossibilidade de
cumprimento do contrato de trabalho. A prisão pode até mesmo
ser injusta e, ao final, o Judiciário decidirá pela soltura do acusado.
O legislador infraconstitucional, no art. 7o da Lei no 7.783/1989
Contudo, não há como se restituírem os sujeitos do contrato de
(Lei de Greve), assim dispôs: “Observadas as condições previstas
trabalho ao status quo ante, nem tampouco se pode impor ao
nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de
empregador qualquer ônus decorrente desta prisão, razão pela qual
trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período,
não haverá pagamento de salários neste período, caracterizando-
ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da
-se o afastamento do empregado como suspensão contratual.
Justiça do Trabalho” (grifei).
Mauricio Godinho Delgado tratando da prisão provisória, explica que:
A suspensão contratual resulta em sustação de pagamento
“(...) a prisão meramente provisória não extingue o contrato, embora
dos salários durante a greve, mas nada obsta que os sujeitos
inviabilize seu cumprimento pelo empregado; em consequência,
envolvidos negociem o pagamento deste período, convolando o
ocorre aqui suspensão do pacto empregatício (art. 472, caput, e
fenômeno em interrupção contratual.
§ 1o, combinado com art. 483, § 1o, ab initio, da CLT)”108.
Alice Monteiro de Barros, no mesmo sentido, defende que:
“o período em que o empregado ficou afastado, aguardando
julgamento na Justiça Comum ou Militar ou respondendo a
inquérito, é de suspensão contratual”109.
108   DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho, cit., p. 1100.
109   BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho, cit., p. 879.

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Eleição para O empregado eleito para ocupar cargo de direção, na Sociedade Anônima na qual trabalha, tem seu contrato de
diretor de S/A trabalho suspenso, segundo a posição consolidada na Súmula no 269 do TST.

A instituição de programa de qualificação profissional, introduzido no art. 476 por intermédio da MP no 2.164-
41/2001, trouxe para o direito positivo, ainda que em caráter provisório (MP), nova modalidade de suspensão
contratual. Trata-se de suspensão, pois, ainda que seja feito algum pagamento ao empregado, sob a forma de
auxílio ou bolsa de estudos, esta retribuição não terá natureza salarial, como se observa da redação do art. 476-A,
§ 3o, da CLT110, também acrescentado pela MP antes mencionada.
Os efeitos da suspensão no contrato de trabalho serão disciplinados pela negociação coletiva, salvo as regras já
estabelecidas neste art. 476 e seus parágrafos, como o prazo de dois a cinco meses, a renovação da suspensão,
Qualificação obrigações dos contratantes etc.
profissional A suspensão do contrato de trabalho pode ocorrer com o mínimo de dois meses e o máximo de cinco, conforme
prevê o § 2o do art. 476-A da CLT111. A norma se inspira no critério geral de prorrogação dos contratos a termo, previsto
no art. 451 da CLT: somente é aceita uma prorrogação da suspensão do contrato para qualificação profissional no
prazo de 16 meses. O art. 451 é regramento aplicável para regular os efeitos da prorrogação, em caráter supletivo,
diante de eventual omissão da norma coletiva que instituir a suspensão para qualificação profissional. Assim sendo,
prorrogada por mais de uma vez a suspensão, no prazo de dezesseis meses, passará a paralisação a ser interpretada
como interrupção contratual, que é a regra. Este resultado (interrupção contratual) também é previsto no § 6o do
art. 476-A da CLT, mas por outra circunstância.
1

110   CLT, art. 476-A. “O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação
profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal
do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação.”
111   Art. 476-A, § 2o “O contrato de trabalho não poderá ser suspenso em conformidade com o disposto no caput deste artigo mais de uma vez no período de dezesseis meses.”

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

O texto do § 7o do art. 476-A da CLT 112 permite a prorrogação da suspensão para além dos cinco meses previstos
no art. 476-A, caput. Durante a prorrogação o empregado não fará mais jus à bolsa de qualificação custeada pelo
Qualificação
Estado, nos termos da Lei no 7.998/1990, art. 3-A. O pagamento do auxílio ficará sob o encargo do empregador, mas
isto não torna a retribuição um salário; o pagamento tem a finalidade de ajuda de custo e não de contraprestação profissional
pelo trabalho que continua suspenso.

A Lei no 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), a fim de proteger a integridade física da mulher vítima de violência
doméstica e familiar prevê, no art. 9o § 2o, que “o juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e
familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: [...] II – manutenção do vínculo trabalhista, quando
necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses.” Violência
O legislador se omitiu quanto à obrigação de pagamento de salário durante o afastamento. Há de prevalecer, doméstica
portanto, a regra geral: na quebra da bilateralidade, com ausência de trabalho, não subsiste a obrigação patronal de
pagamento de salário. No mesmo sentido, acrescenta Sergio Pinto Martins: “como o legislador não fez distinção,
o intérprete não pode querer ver na lei determinação no sentido de mandar pagar salários”113.

Nada obsta a existência de cláusula contratual autorizando o afastamento de qualquer empregado, sem remuneração, Licença não
caracterizando a licença não remunerada. Para o dirigente sindical, contudo, existe previsão expressa neste sentido, remunerada:
conforme regra do art. 543, § 2o, da CLT: “Considera-se de licença não remunerada, salvo assentimento da empresa
ou cláusula contratual, o tempo em que o empregado se ausentar do trabalho no desempenho das funções a que se dirigente
refere este artigo”. sindical
1

112   CLT, art. 476-A, § 7o “O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado,
desde que o empregador arque com o ônus correspondente ao valor da bolsa de qualificação profissional, no respectivo período.”
113   MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho, cit., p. 373.

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Interrupção
Durante o afastamento do empregado classificado como interrupção contratual o empregado deixa de trabalhar, recebe
do contrato seu salário, ao mesmo tempo em que este período é computado para o tempo de serviço para todos os efeitos legais.
de trabalho

a) o repouso semanal remunerado, de 24 horas consecutivas, nos domingos e feriados (arts. 7o e 9o da Lei no 605/1949);
b) as férias na proporção do art. 130 da CLT;
c) os intervalos intrajornadas remunerados pelo empregador, conforme previsão dos arts. 72, 253 e 298 da CLT;
d) lock out, assim entendido como a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, para frustrar as negociações ou
dificultar o atendimento das reivindicações dos empregados, gerando o direito à percepção de salários durante este período (art.
17 e parágrafo único da Lei no 7.783/1989);
e) salário-maternidade pago pelo empregador durante os 120 dias de licença-maternidade (vide estudo sobre a proteção do
trabalho da mulher);
Hipóteses de f) o aborto não criminoso (art. 395 da CLT);
interrupção g) as duas horas por dia, ou os últimos 7 dias do aviso prévio trabalhado, que o empregado pode se ausentar para buscar outro
emprego, na forma do art. 488, parágrafo único, da CLT;
h) a participação dos representantes dos empregados nas reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social (art. 3o, § 6o, da
Lei no 8.213/1991) e no Conselho Curador do FGTS (art. 3o, § 7o, da Lei no 8.036/1990);
i) o art. 98 da Lei no 9.504/1997 prevê o descanso, em dobro, dos dias trabalhados como mesários, ou nas juntas eleitorais, por
ocasião das eleições, vedada a conversão destes dias em pagamento em dinheiro;
j) o afastamento por nove dias do professor, por motivo de gala ou luto, nas hipóteses do art. 320, § 3o, da CLT;
k) o comparecimento em juízo como testemunha (art. 822 da CLT);
l) os primeiros 15 dias de acidente do trabalho (art. 59 da Lei no 8.213/1991) e por doença;

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

m) a licença-maternidade (art. 392 da CLT);


n) a licença-paternidade (art. 10, II, § 1o, do ADCT);
o) factum principis, entendido como ato de autoridade que provoque a paralisação dos serviços, conforme o art. 486 da CLT; Hipóteses de
a indenização, na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, ficará a cargo do governo responsável, mas o salário durante a
interrupção
paralisação é devido pelo empregador;
p) motivo de segurança nacional: o afastamento por motivo de segurança nacional (§§ 3o a 5o do art. 472 da CLT114); a doutrina
considera inconstitucional esta regra.

Na hipótese de falecimento de parente ou dependente, do inciso I do art. 473


da CLT, chamada de licença nojo, só se pode interpretar que o afastamento
de dois dias ali previsto diz respeito aos dias imediatamente seguintes ao
falecimento; estes dias são utilizados pelo empregado para a “guarda dos
Hipóteses do
mortos”, para o luto e para se recuperar psicologicamente. Sergio Pinto
Martins115 estende o direito de afastamento em razão do filho natimorto. Falecimento de parentes art. 473 da CLT
A lei não autoriza a ausência no dia do falecimento, mas é praxe o
empregador dispensar este dia, considerando-se que são parentes ou
dependentes muito próximos do empregado. A contagem do afastamento se
faz em dias corridos, mesmo que se inicie num final de semana.

114   CLT, art. 472, § 3o “Ocorrendo motivo relevante de interesse para a segurança nacional, poderá a autoridade competente solicitar o afastamento do empregado do serviço
ou do local de trabalho, sem que se configure a suspensão do contrato de trabalho.
§ 4o O afastamento a que se refere o parágrafo anterior será solicitado pela autoridade competente diretamente ao empregador, em representação fundamentada com audiência
da Procuradoria Regional do Trabalho, que providenciará desde logo a instauração do competente inquérito administrativo.”
§ 5o Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o empregado continuará percebendo sua remuneração.
115   MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho, cit., p. 354.

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Marcelo Moura | Resumos gráficos de direito do trabalho

O inciso II do art. 473 da CLT cuida da licença gala, destinada às bodas, nos dias seguintes à
celebração do casamento. Para algumas religiões, como a judaica, os nubentes passam vários
dias em festa. Na tradição católica a celebração só se realiza em um dia e os outros dois de
afastamento autorizados por lei podem ser utilizados para a viagem de núpcias.
O próprio dia da união civil não é dispensado, ainda que, na prática, o empregador acabe
também liberando este dia. O casamento religioso terá efeito civil (art. 226, § 3o, da CF).
Também tem a proteção do Estado a união estável entre homem e mulher (art. 226, § 4o,
da CF). Todavia, a união estável não possui um dia específico para celebração. Aliás, sua
Hipóteses do caracterização depende de convivência com status definitivo, razão pela qual é inaplicável o
Casamento afastamento de três dias.
art. 473 da CLT
Ainda que não haja expressa previsão constitucional, muito se tem debatido quanto à extensão
dos direitos acima previstos para as uniões homoafetivas (entre pessoas do mesmo sexo).
Esta tendência se baseia em respeito aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa
humana e do pluralismo (art. 1o, III a V, da CF), a promoção do bem de todos sem preconceito
(art. 3o, IV, da CF), o princípio da isonomia (art. 5o da CF), além da própria diretriz mencionada
no preâmbulo da Constituição, no qual a liberdade e igualdade são consideradas como valores
supremos para a construção de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos116.
Uma vez reconhecida, judicialmente, a união homoafetiva, os empregados poderão pleitear
em seus empregos o direito ao afastamento previsto neste inciso.

116  CUNHA Jr., Dirley da; NOVELINO, Marcelo. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 para concursos. Salvador: JusPodivm, 2010, p. 744.

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

O afastamento do inciso III do art. 473 da CLT é denominado licença-paternidade. Este um


dia, previsto na norma, era destinado ao registro civil da criança. Com o advento da
Constituição da República o repouso passou a ser de cinco dias, como estabelecem os
arts. 7o, XIX, e 10, § 1o, do ADCT. Os cinco dias são posteriores ao nascimento; isto porque
se o afastamento por um dia ocorria ao longo da semana, os cinco dias previstos na
norma constitucional devem ser interpretados da mesma forma. Caso não seja liberado
do trabalho no dia do nascimento de seu filho, o empregado deverá trabalhar neste dia.
Querendo se ausentar sem a concordância do empregador, pode se valer de um dos seus
Nascimento de filho
cinco dias de afastamento previstos no art. 10, § 1o, do ADCT.
A licença também é devida ao pai adotante, casado ou solteiro, pois tanto o pai quanto
a mãe podem exercer o poder familiar, que veio a substituir o pátrio poder.
A legislação trabalhista já promoveu ampla equiparação entre a mãe biológica e Hipóteses do
adotiva, mas falta fazê-lo quanto ao homem; enquanto não ocorrer a equiparação art. 473 da CLT
formal, cabe ao intérprete tal função. O que já se percebe é a possibilidade de
concessão de licença-maternidade ao homem adotante117.

A norma do inciso IV do art. 473 da CLT estimula a doação de sangue, mas ao mesmo
tempo tem o cuidado de prevenir o comércio de sangue por doadores. Sabe-se que
existem práticas ilegais, muitas vezes utilizadas por bancos de sangue, de fazer
algum pagamento para fins de doação. O abono de somente um dia a cada 12 meses Doação de sangue
demonstra a cautela do legislador. Caso se descubra que a doação não foi gratuita, o
empregado poderá ser descontado do dia de trabalho, sem prejuízo de outras sanções
que lhe possam ser aplicadas.

117   Art. 392-C. “Aplica-se, no que couber, o disposto nos arts. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção.” (Incluído pela Lei no
12.873, de 2013)

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Marcelo Moura | Resumos gráficos de direito do trabalho

O art. 48 da Lei no 4.737/1965 (Código Eleitoral) é mais abrangente que a


norma do inciso V do art. 473 da CLT, pois permite a ausência do empregado,
com pagamento de dois dias, para fins de alistamento ou para requerer
Alistamento eleitoral
transferência. Entendemos que estas ausências devem ser autorizadas,
também, quando da necessidade de segunda via do título eleitoral, que exige o
comparecimento do empregado em sua zona eleitoral.

O inciso VI do art. 473 da CLT cuida do afastamento previsto no art. 65, c, da Lei no 4.375/1964,
que trata dos deveres do Reservista: “apresentar-se, anualmente, no local e data que forem
fixados, para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônia cívica do Dia do
Reservista”. Como se percebe do texto legal, não se trata do serviço militar inicial a que se
Hipóteses do sujeitam os homens, prestado por classes constituídas de brasileiros nascidos entre 1o de
Serviço militar janeiro e 31 de dezembro, no ano em que completarem 19 anos de idade, conforme art. 3o
art. 473 da CLT
da referida lei (hipótese de suspensão contratual).
Dispõe ainda o art. 60, § 4o, da referida lei que todo convocado matriculado em Órgão
de Formação de Reserva que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de
exercício ou manobras, terá suas faltas abonadas para todos os efeitos.

A previsão de abono dos dias faltosos quando o empregado estiver prestando exame
vestibular, referida no inciso VII do art. 473 da CLT, não se estende às provas de
ingresso em instituições de ensino fundamental ou médio, concursos públicos ou
Exames vestibulares
similares. Sendo assim, o empregador que abonar o dia em que o empregado estiver
realizando qualquer outro tipo de exame, que não será o vestibular, não fica obrigado a
continuar tal prática quando o empregado realizar outra prova.

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CAPÍTULO 14 – Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho

A CLT, desde sua redação original, já continha previsão que abonava o dia de
ausência para comparecimento como testemunha (art. 822 da CLT), mas antes da
inclusão do inciso VIII no art. 473, a CLT era omissa quanto ao comparecimento de
empregado como parte. A Súmula no 155 do TST118 também trata do tema.
Inclui-se no tempo gasto o deslocamento de ida e volta à audiência119.
Comparecimento em juízo
O CPC, no seu art. 419, parágrafo único, contém disposição semelhante à CLT,
liberando a testemunha para comparecimento em juízo, nos seguintes termos:
“O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público. A testemunha,
quando sujeita ao regime da legislação trabalhista, não sofre, por comparecer à
audiência, perda de salário nem desconto do tempo de serviço.”
Hipóteses do
art. 473 da CLT
A participação de dirigente sindical em evento internacional deve
estar relacionada à atividade sindical ou a outras de interesse
dos trabalhadores. Também serão abonadas as horas de ida e
volta, pois, em se tratando de evento internacional, o dispêndio
no deslocamento pode ser até mesmo maior que aquele gasto
na participação do evento. Evento internacional de dirigente sindical

A norma do inciso IX do art. 473 da CLT, introduzida pela Lei


no 11.304/2006, está de acordo com o princípio da liberdade
sindical, na vertente liberdade associativa, prevista no direito
nacional, ao menos em parte, pela Constituição de 1988, art. 8o.

118   Súmula no 155 do TST. AUSÊNCIA AO SERVIÇO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21/11/2003.
As horas em que o empregado falta ao serviço para comparecimento necessário, como parte, à Justiça do Trabalho não serão descontadas de seus salários (ex-Prejulgado no 30).
119   Também assim: MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT, cit., p. 472.

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