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[Cadernos (In)formativos]1
Cadernos (In)formativos PERTURBAÇÕES DO COMPORTAMENTO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA: SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO
ÍNDICE
PERTURBAÇÕES DO COMPORTAMENTO NA INFÂNCIA E NA ADOLESCÊNCIA …………………………………………………………………………………………………. Pág. 2
A - PERTURBAÇÃO DE OPOSIÇÃO E DESAFIO ………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Pág. 2
CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… Pág. 2
CAUSAS ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Pág. 3
EVOLUÇÃO ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… Pág. 3
B - PERTURBAÇÃO DA CONDUTA ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. Pág. 4
CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… Pág. 4
CAUSAS ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Pág. 5
EVOLUÇÃO ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………… Pág. 5
SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO ……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Pág. 6
REFERÊNCIAS ………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….. Pág. 7
CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO
É uma perturbação em que (ainda) não é possível recorrer a provas laboratoriais ou a métodos tecnológicos de diagnóstico. O diagnóstico é realizado a partir de dados
colhidos através de entrevistas com a criança, com a família, com os Docentes. Metodologias como estas permitem caraterizar os comportamentos e as atitudes destas
crianças. Não admira portanto que se afirme que para efetuar o diagnóstico desta perturbação é necessária uma equipa multidisciplinar que observe diferentes áreas de
avaliação, recorrendo a diferentes Instrumentos.
A Perturbação pode confundir-se com má educação, maldade e/ou teimosia, possíveis de observar na generalidade das crianças e adolescentes. Contudo as diferenças
residem na frequência, durabilidade e gravidade destes comportamentos: o comportamento destas crianças com a Perturbação de Oposição e Desafio (POD) é
permanentemente hostil, não cooperante, desafiante para a figura da autoridade, e, pela sua intensidade e frequência, acaba por interferir no seu normal funcionamento,
assim como no funcionamento de todos quantos as rodeiam.
Geralmente estas crianças ou jovens despertam nos outros sentimentos de antipatia, pois há muito de destrutivo nos seus comportamentos, especialmente no que diz
respeito à sua relação com os outros.
Consumos;
Perturbações
orgânicas
Perturbação
PHDA de Ansiedade
POD e Depressão
CAUSAS:
Hereditárias ou devidas ao meio, pensa-se que ambas poderão dar o seu contributo em proporções variáveis conforme cada criança. Alguns estudos levam-nos a supor que
estas pessoas utilizam “partes” erradas do cérebro quando pretendem controlar os impulsos e interpretam mal, como as crianças autistas, os sinais não-verbais. No caso
concreto das POD tendem a interpretar como hostis os sinais neutros. Apesar da falta de clareza a este nível, embora estes casos apresentem prognósticos complexos, prevê-
se sempre alguma eficácia para as intervenções que visem estruturar o meio em que a criança ou o jovem se insere.
EVOLUÇÃO:
A evolução desta perturbação, depende de diversos fatores. Quanto mais intensas e precoces forem as manifestações de POD, pior o quadro evolutivo.
Nos casos em que se reúnem bastantes fatores desfavoráveis, no início da idade escolar a POD aparece associada a baixa autoestima. Posteriormente surgem manifestações
de comportamentos disruptivos, competências sociais pobres e atraso na aprendizagem. A manterem-se aquelas manifestações, surgem retenções, suspensões e expulsões
escolares. Há ainda tendência para o abuso de substâncias psicoativas e para assumirem comportamentos de risco. Tendem bastante a surgir associadas perturbações
emocionais e dificuldades de aprendizagem complexas. Nos casos em que a evolução é ainda menos favorável tende a instalar-se a Perturbação da Conduta.
CARATERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO
É mais grave do que a Perturbação de Oposição e Desafio (POD), da qual parece ser uma versão mais intensa. Contudo os jovens com Perturbação da Conduta (PC) podem
ter melhores competências sociais que os que possuem a POD. Por sua vez tendem a ter piores resultados académicos.
Esta perturbação surge como o que parece ser um padrão repetitivo e persistente de desprezo pelos direitos dos outros e pelas regras de convivência social.
Uma vez mais o diagnóstico é realizado a partir de dados colhidos através de entrevistas com a criança, com a família, com os Docentes. Metodologias como estas permitem
caraterizar os comportamentos e as atitudes destas crianças. É necessária uma equipa multidisciplinar que observe diferentes áreas de avaliação, recorrendo a diferentes
Instrumentos.
Consumos;
Álcool,
tabaco
Perturbação
PHDA de Ansiedade
PC e Depressão
POD
CAUSAS:
Pensa-se que estas pessoas terão um funcionamento anómalo do cérebro, no que diz respeito à estruturas responsáveis pelas questões da empatia e do remorso,
indispensáveis a uma eficaz cooperação entre as pessoas. Considera-se que tanto os fatores ambientais como os genéticos poderão dar o seu contributo em proporções
variáveis conforme cada criança.
EVOLUÇÃO:
Cerca de 1/3 dos rapazes com PC ao crescerem serão adultos com perturbações da personalidade.
No caso das raparigas o mais comum é evoluírem para perturbações de humor ou ansiedade.
Há ainda tendência para o abuso de substâncias psicoativas e para assumirem comportamentos delinquentes.
70% das crianças com PC serão adultos sem essa Perturbação. Contudo isso não significa a ausência de outras perturbações psiquiátricas.
SUGESTÕES DE INTERVENÇÃO
O tipo de intervenção é muito semelhante na POD e na PC.
Deverá ser Coerente e Multidisciplinar, tanto mais se tivermos em
conta que estes casos tendem a dividir os diferentes intervenientes na
sua vida, incluindo os próprios pais.
REFERÊNCIAS
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Kapa
APA (2002) DSM-IV-TR – Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Lisboa. Climepsi.
ESTRELA, M. T. (1994). Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula. Porto: Porto Editora.
PERRENOUD, P. (1995). Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar. Porto: Porto Editora.
PICADO, Luís (2009). A Indisciplina em Sala de Aula: Uma abordagem Comportamental e Cognitiva. Porto: ISCE.
SAMPAIO, Daniel (2000) Indisciplina: Um signo geracional? Coleção: Cadernos de Organização e Gestão Curricular. Editora: Instituto de Inovação Educacional.
SAMPAIO, D. (1996). Voltei à escola. Lisboa: Editorial Caminho.
SANTO, Bruno; NASCIMENTO, Daniela; SILVA, Maria João Silva; Antunes, Nuno Lobo (2012). Seminário Perturbações de Comportamento na Infância e Adolescência. PIN -
Progresso Infantil. Núcleo de Défice de Atenção e Hiperatividade, Perturbações do Comportamento e Humor. Hospital Privado da Boa Nova. 28 de setembro de 2012.