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I Derivada
1 Derivadas e Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1 A Derivada 7
I
Derivada
part.1
1 Derivadas e Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1 A Derivada
1. Derivadas e Limites
1.1 A Derivada
Seja x = f (t) uma equação horária do movimento de uma partícula sobre a reta real x. Então
f (t) descreve a posição da partícula no instante t, para cada t ∈. A velocidade média da partícula
entre os instantes t0 e t é dada por
f (t) − f (t0 )
v(t0 ) = lim . (1.1)
t→t0 t − t0
Logo, a velocidade instantânea, v(t0 ), é o limite, quando t → t0 , das velocidades médias da partícula
entre os instantes t0 e t. Verifiquemos este fato intuitivamente.
6 f
Tt
f (t) r T
f (t) − f (t0 )
f (t0 ) r
t − t0
-
t0 t t
Para cada t, a reta Tt que passa por (t0 , f (t0 )) e (t, f (t)) e tem coeficiente angular mt , pode
ser descrita pela equação
y − f (t0 ) = mt (s − t0 ), s ∈ R,
onde
f (t) − f (t0 )
mt = .
t − t0
Assim, o coeficiente angular da reta Tt determina a velocidade média da partícula entre os instantes
t e t0 .
Notemos que, quando t se aproxima de t0 , a reta Tt “tende" à posição da reta T , ou seja,
quando t → t0 , o coeficiente angular, mt , da reta Tt tende para o valor do coeficiente angular, m, da
reta T . Logo
f (t) − f (t0 )
t → t0 =⇒ → m,
t − t0
ou seja
f (t) − f (t0 )
lim = m.
t→t0 t − t0
Isto mostra que a velocidade instantânea da partícula dada pelo coeficiente angular da reta T é, de
fato, o limite das velocidades médias dadas por mt .
Fazendo a mudança de variável t = t0 + h, temos
t → t0 ⇐⇒ h → 0.
f (t0 + h) − f (t0 )
v(t0 ) = lim .
h→0 h
f 0 (p) = L .
Neste caso,
Por definição
f (h) − f (0) 2h2
f 0 (0) = lim = lim = lim 2h = 0,
h→0 h h→0 h h→0
h−0 −h − 0
lim+ =1 e lim− = −1.
h→0 h h→0 h
f (h) − f (0)
Portanto não existe lim , ou seja, não existe f 0 (0).
h→0 h
Conforme vimos, podemos interpretar a derivada como a inclinação da reta tangente ao gráfico
de uma função.
Definição 1.1.1 — Reta Tangente e Reta Normal. A equação da reta tangente a uma curva
10 Capítulo 1. Derivadas e Limites
y − f (p) = f 0 (p)(x − p)
. Definimos a reta normal a uma curva y = f (x) no ponto (p, f (p)) como a reta que é
perpendicular à reta tangente nesse ponto.
6 f
f (p)
-
p x
1
Se f 0 (p) 6= 0, então o coeficiente angular da reta normal é − e sua equação
f 0 (p)
1
y − f (p) = − (x − p).
f 0 (p)
Exemplo 1.3 Seja f (x) = 2x2 − 3. Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f nos
pontos
(a) (0 , f (0)); (b) (2 , f (2)).
(b) Já vimos que f 0 (2) = 8. Portanto, a equação da reta tangente é y − 5 = 8(x − 2) e a equação
1
da reta normal é y − 5 = − (x − 2).
8
Exemplo 1.4 Mostre que a razão incremental para a função linear f (x) = mx + n (cujo gráfico
é uma reta) é m para todo ponto x = a. Em consequência, seu limite, com h → 0, é também m.
Interprete esse resultado geometricamente.
Solução:
f (a + h) − f (a)
lim = lim m = m.
h→0 h h→0
Calcule os declives dos gráficos das funções dadas nos Exercícios 2 a 11 nos valores dados de
x, e encontre as equações das retas tangentes correspondentes. Faça os gráficos.
2x2 2
Problema 1.1 f (x) = x2 − 2 em x = − 3x,em x = −1, x = e x = a qualquer.
3 3
Sol.:
Problema 1.17 Determine a reta tangente à Problema 1.19 Determine a reta normal à
x3 8
curva y = x3 , com declive m = 12. Faça um curva y = − , com declive m0 = . Faça um
6 9
gráfico. gráfico.
Problema 1.18 Determine a reta normal à Problema 1.20 Encontre as retas tangente e
√ √
curva y = − x, com declive m0 = 2. Faça um normal à curva y = 5 x + 1 − 2 em x = −1. Faça
gráfico. um gráfico.