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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS

BLUMENAU

RESENHA CRÍTICA I: OFERTA E DEMANDA

Guilherme Dias Zarur

Prof.ª Dr.ª Selene de Souza Siqueira Soares

Microeconomia

Blumenau,

Abril, 2019
Síntese do artigo:

Numa retrospectiva de 2018 quanto ao consumo de gás natural bem como a sua demanda, observa-se que
houve uma redução brusca ao comparar com o ano anterior, tal como o recuo de 31,2% no comparativo do mês de
dezembro de 2017 com o de 2018.

Esse recuo é explicado por dois fatores, sendo um a alteração da demanda do gás para a produção
energética, devido ao fato de ser variado o combustível para as termoelétricas, visando um custo menos oneroso.
Isto pois, no processo produtivo, há uma variação de volume nos reservatórios das hidroelétricas, fato que reflete
diretamente no uso do gás com fim energético. Como fator seguinte tem-se o recuo do consumo feito pelo setor
industrial, ligado ao pequeno acréscimo do valor do PIB brasileiro comparado ao ano passado de 2017.

No entanto, mesmo com os fatores em baixa, houve um aumento no consumo exercido pelo setor
automobilístico. A demanda pela mudança no automóvel é fomentada pelo aumento dos valores dos combustíveis
tradicionais oferecidos nos postos. Isto, pois o gás natural veicular (GNV) é uma alternativa barata, porém com
consequências diretas de gás imediato, desvalorização de venda e perda de espaço no carro.

Para o ano de 2019, as perspectivas quanto a oferta é de que se continue tendo um crescimento na
produção do gás natural, no entanto, há o fator limitante de logística deficitária e a falta de capacidade de
armazenamento. Tais empecilhos, somados ao efeito da unidade de processamento de gás (UPGN) ficar funcional
apenas em 2020, torna o país ainda dependente do consumo de gás importado.

Já para o consumo do gás em 2019, em fins industriais, tem-se uma relação direta com a atividade
econômica do Brasil; e de acordo com a projeção feita por economistas, é esperado um avanço de 2,48% no PIB
neste ano. Tal variação no produto interno bruto do país acarreta no aumento de consumo industrial. Porém, com as
fábricas de fertilizantes nitrogenados (FAFENs) terem sido postas em “Stand-by”, o volume de gás demandado para
fins industriais pode decrescer, apesar da recuperação econômica.

Nos demais setores, de produção elétrica e GNV, são esperados um crescimento e um redução de uso,
respectivamente. Isso, pois com os baixos volumes atuais dos reservatórios das hidroelétricas, espera-se um
impulsionamento no uso de gás nas termoelétricas. No entanto, para o uso veicular é esperada redução de uso ao
longo do ano, mesmo com crescimento leve atual, devido ao barateamento dos combustíveis tradicionais.
Reflexão Crítica quanto ao Artigo e Implicações:

É possível notar que, apesar do recuo do despacho térmico, i.e., o uso direcionado do gás para a produção
energética, tem-se o uso deste em outros segmentos que podem animar o setor, tal como o setor industrial.
Relacionando o artigo “Retrospectiva de oferta e demanda de gás natural no brasil em 2018 e perspectivas para
2019” publicado por Fábio Rezende e Jaine Gomes no meio de notícias Mercados Agrícolas (11/03/2019), com o
artigo publicado no segmento Economia da UOL (Estadão) “Com menor geração de energia, consumo de gás natural
cai 7,87% em janeiro” por Luciana Collet (25/03/2019), é possível notar diferentes pensamentos quanto ao fim que
será dado o produto em questão.

O primeiro põe que a perspectiva no ano de 2019 é um crescimento na aplicação do gás na produção
energética, seguida de uma redução no uso como combustível veicular (GNV), além de um decréscimo no setor
industrial. Já para Luciana, o gás está em baixa para o setor de aplicação energética, visto que a situação hídrica no
início do ano já apresentou boa perspectiva – Fato contraditório entre um artigo e outro, visto que um cita a baixa
do setor energético hidroelétrico, enquanto o outro fala do crescimento. Tal fator de crescimento hidroelétrico traz
os valores postos por COLLET, 2019, uma redução de 25,89% de gás destinado ao despacho energético no primeiro
mês do ano ante o primeiro mês do ano anterior. Além do crescimento no setor industrial, que se mostra com um
crescimento de demanda de 3,12% - valor 7,46% maior ao mês de dezembro do ano de 2018. Dessa forma fica
evidente que quem escreve o artigo deve apresentar fatos irrefutáveis como, por exemplo, números. Isto, pois,
REZENDE, 2019 põe que o menor consumo de gás se deu pelo recuo do setor industrial, fato refutado por COLLET.

Como posto pelo então presidente executivo da Abegás (Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Gás Canalizado), Augusto Salomon, “Ao longo do último ano, o consumo de gás natural indica
uma retomada gradual e consistente da indústria, em patamares acima do crescimento do PIB”. Este ainda cita o
crescimento do setor de consumo comercial de 9% em comparativo ao primeiro mês de 2019 ante o primeiro mês
de 2018 – onde deve ser considerado a sazonalidade de período de férias. No entanto, como esperado dos últimos
anos, o verão tem se mostrado mais quentes frente aos verões passados, o que reflete a uma menor procura por gás
residencial de uso em chuveiros, por exemplo, além da, também, sazonalidade.

Para a questão de gás veicular, acredito que se trata de um crescimento estável de início de ano, procura
relacionada com o menor gasto de combustível. No entanto, em minha opinião, é esperado que ocorra uma retração
desta procura, i.e., um recuo na busca do uso do kit gás, relacionado com as baixas de combustível tradicionais e
com a, cada vez mais presente, consciência ecológica, onde as pessoas têm buscados soluções menos poluentes (ir
caminhando, bicicletas, patinetes) e ainda o menor uso de carros, fazendo o então uso coletivo (blablacar, uber,
99taxi), entre demais questões, que vêm acarretar numa, mesmo que breve, redução pela busca do uso do GNV.
RETROSPECTIVA DE OFERTA E DEMANDA DE GÁS NATURAL NO BRASIL EM 2018 E PERSPECTIVAS
PARA 2019 (Disponível em: https://www.mercadosagricolas.com.br/energia/retrospectiva-de-oferta-e-
demanda-de-gas-natural-no-brasil-em-2018-e-perspectivas-para-2019/). Escrito por: Fábio Rezende e Co-
escrito por Jaine Gomes

Retrospectiva 2018

O consumo de gás natural no Brasil totalizou 60,57 milhões de metros cúbicos por dia (Mm³/d) em dezembro do
ano passado, de modo que a demanda anual totalizou uma média de 78,85 Mm³/d.

Esse volume representa uma queda de 11,1% com relação ao mês imediatamente anterior. Em relação ao mesmo
mês do ano anterior, o consumo gás natural no Brasil recuou 31,2%. Na média, o balanço final para o ano de 2018
indicou uma demanda média de 78,85 Mm³/d, representando uma redução de 7,8% frente ao acumulado de 2017.

A redução no montante demandado no ano pode ser explicada essencialmente por dois motivos. O primeiro deles
foi a recorrente variação da demanda de gás para geração elétrica, a qual saiu de um consumo de 34,25 Mm³/d em
2017 para 27,69 em 2018. A variação no uso do combustível nas termoelétricas ocorre em função de determinações
do ONS quanto ao uso das diferentes matrizes geradoras de energia, tentando alcançar o mix menos custoso possível.
As matrizes brasileiras são principalmente duas: a hidroelétrica e a termoelétrica. Assim, o uso das termoelétricas
mostra-se inversamente proporcional à capacidade de geração de energia das hidroelétricas brasileiras.

Deste modo, as variações do volume dos reservatórios refletiram-se claramente no uso de gás natural para geração
elétrica – entre os meses de julho e outubro, do ano passado os reservatórios na região sudeste estavam em níveis
muito baixos, coincidindo com o aumento do consumo de gás, em sentido oposto, com o aumento do volume hídrico
na região Sudeste/Centro-Oeste a partir de outubro o volume demandado do gás natural se reduziu.

O segundo fator principal à redução do consumo de gás natural foi o recuo do consumo do setor industrial, o qual
está ligado ao tímido crescimento do PIB brasileiro no ano passado assim como à desaceleração que a Petrobrás
começou a impor ao funcionamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (FAFENs) dado a recorrência de
suas operações deficitárias.

Por outro lado, o consumo do setor automotivo apresentou incremento no ano de 2018, registrando uma média de
6,06 Mm³/d, frente aos 5,40 Mm³/d consumidos no ano antecedente. A procura pela instalação veicular do
popularmente conhecido Kit Gás, geralmente é ampliada em períodos no qual o preço dos combustíveis tradicionais
está elevado. O GNV figura-se como uma alternativa mais barata se comparada com a gasolina e o etanol, todavia,
o preço de instalação, a desvalorização de revenda e a potencial perda de espaço de armazenamento no veículo são
fatores negativos à sua instalação. Assim, a elevação dos preços dos combustíveis observada no ano passado,
fomentou o aumento da demanda automotiva por gás natural.

A oferta nacional de gás natural caminha em linha com a demanda nacional, ao passo que a infraestrutura brasileira
de estocagem do combustível é limitada. A oferta média apresentada para 2018 foi de 84,12 Mm³/d, representando
uma redução de 6,4% em relação aos 89,83 Mm³/d registrados em 2017. Os principais fatores que contribuíram com
a redução da média diária no ano foram o uso do gás natural destinado à reinjeção nos poços associados, a qual se
elevou consideravelmente de um patamar de 27,61 Mm³/d para 35,10 Mm³/d, a fim de elevar a produtividade de
extração do petróleo e outro mecanismo utilizado para balancear o resfriamento da demanda foi a redução do volume
importado da Bolívia - no ano de 2017 importou-se em média 24,33 Mm³/d, frente aos 22,11 Mm³/d do ano anterior.
Cabe dar enfoque às médias de importação registrada nos últimos dois meses do ano do gás natural boliviano, os
quais registraram 17,89 e 13,55 Mm³/d respectivamente, montante muito inferior ao piso do acordo take-or-pay (24
Mm³/d) que a Petrobrás possui com o país vizinho.

Perspectivas 2019 - Oferta de gás natural

A produção brasileira de gás natural deve continuar em ritmo de crescimento, impulsionada por novos poços no
Pré-Sal. Todavia, o aproveitamento dessa produção continuará limitado pela logística deficitária e falta de
capacidade de armazenamento. Consequentemente, as taxas de reinjeção devem continuar avançar em 2019. A
produção do Pré-Sal poderá ser mais aproveitada a partir da construção do gasoduto “Rota 3”, que conectará a Bacia
de Santos ao COMPERJ. O gasoduto e a unidade de processamento de gás (UPGN) do complexo petroquímico,
contudo, deverão ficar operacionais somente a partir de 2020. A UPGN terá capacidade de 21 Mm³/d, enquanto que
o gasoduto terá vazão de escoamento de 18 Mm³/d.

Dessa maneira, o país continuará dependente de gás natural importado. Nessa parte do balanço, mudanças também
começarão a ser observadas ao longo de 2019. No final do ano, o contrato TCQ da Petrobras com a estatal boliviana
YPFB se expira. Como a Petrobras ainda tem volume a receber como parte do contrato, o fluxo deverá se manter
por mais tempo, mas como já foi observado em 2018 (especialmente nos últimos dois meses), o volume de gás
natural importado da Bolívia deve oscilar mais drasticamente. Eventualmente, o gasoduto Gasbol terá capacidade
ociosa de 18 Mm³/d, deixada pela expiração do contrato. A TBG, empresa proprietária e operadora da parte
brasileira do gasoduto (controlada pela Petrobras) ofertará a capacidade ao mercado por meio de chamada pública.
A contratação poderá ser feita na modalidade de entrada e saída, e permitirá que as distribuidoras comprem gás
diretamente dos produtores, sem participação da Petrobras.

A importação de gás natural liquefeito (GNL) deve crescer em 2019, diante dos preços competitivos no mercado
internacional, com crescimento da oferta dos EUA, Qatar e Austrália. Também cresce a capacidade de
regaseificação brasileira, com a inauguração dos terminais e FSRUs do Porto de Açu e Barra dos Coqueiros. Assim
como em 2018, as compras de GNL devem atingir seu pico entre junho e setembro, período de seca, para atender a
demanda sazonal das usinas termelétricas.

Perspectivas 2019 - Consumo de gás natural

A demanda para consumo de gás natural no segmento industrial está associada ao nível de atividade econômica do
país. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a mediana dos economistas projeta um crescimento do PIB de
2,48% em 2019, que seria o maior desde 2013, apesar de ainda ser uma taxa de crescimento baixa para um país em
desenvolvimento. Historicamente, uma variação dessa magnitude no PIB se relaciona com um aumento de 4,1% no
consumo industrial de gás natural no Brasil, mantendo todos os demais fatores constantes. Isso representaria um
avanço médio de 1,63 Mm³/d.
Entretanto, após vários meses de delonga, a Petrobras hibernou as duas FAFENs do Nordeste, em janeiro. O
consumo de gás natural das duas juntas foi de 2,27 Mm³/d em 2018. A Petrobras iniciou, também em janeiro, pré-
qualificação de empresas para participação em licitação destinada ao arrendamento das FAFENs. Todavia, não há
qualquer expectativa de quando as fábricas voltarão a operar normalmente (se é que voltarão). Dessa maneira, apesar
da lenta recuperação econômica, o volume de gás demandado para fins industriais pode apresentar nova baixa em
2019, o que marcaria o quarto ano consecutivo de queda.

Por outro lado, o consumo de gás para geração de eletricidade, segundo mais importante segmento de uso do
combustível no Brasil, pode apresentar recuperação no ano. Os modelos de previsão climática de longo prazo
apontam para precipitação próxima da média histórica nas principais regiões brasileiras, porém os baixos volumes
atuais dos reservatórios das hidrelétricas devem impulsionar o consumo de gás das termelétricas. A inauguração de
novas usinas e seus bons desempenhos nos leilões de energia também sugerem que haverá crescimento da demanda
por gás para o segmento de geração elétrica em 2019.

O consumo de gás natural veicular (GNV), segmento que mais cresceu em 2018, tende a desacelerar no ano atual,
porém continuar crescendo. O barateamento dos combustíveis tradicionais nos últimos meses deve reduzir novos
investimentos em kit-gás. Os motoristas que realizaram a conversão em 2018, contudo, devem continuar a consumir
GNV, criando um piso ao consumo.
COM MENOR GERAÇÃO DE ENERGIA, CONSUMO DE GÁS NATURAL CAI 7,87% EM JANEIRO
(Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/03/25/com-menor-geracao-de-
energia-consumo-de-gas-natural-cai-787-em-janeiro.htm?cmpid=copiaecola). Escrito por: Luciana Collet.

O consumo de gás natural no País totalizou 55,99 milhões de metros cúbicos diários em janeiro, o que corresponde
a uma queda de 7,87% em relação a janeiro de 2018, em função do recuo do despacho térmico. Na comparação com
dezembro, o consumo do energético cresceu 13,38%. Os números fazem parte de levantamento estatístico da
Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) feito com concessionárias em 18
Estados.

Diante da perspectiva de melhor situação hídrica do País no início do ano, o volume de gás direcionado à geração
de energia caiu 25,89% ante o primeiro mês do ano passado, somando 16,146 milhões de metros cúbicos/dia. Frente
a dezembro, a alta foi de 48,22%. O volume direcionado à cogeração também diminuiu, 15,05% em um ano, para
2,463 milhões de metros cúbicos/dia.

Apesar da queda do volume consolidado, os volumes consumidos pela indústria animaram o setor. A classe
industrial apresentou crescimento de 3,12% na demanda, para 28,02 milhões de metros cúbicos diários, 7,46% acima
do anotado em dezembro.

"Ao longo do último ano, o consumo de gás natural indica uma retomada gradual e consistente da indústria, em
patamares acima do crescimento do PIB”, disse o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, que defendeu
medidas de curto e médio prazo que favoreçam o maior desenvolvimento da cadeia de gás natural.

A entidade também destacou o crescimento de 9% no consumo comercial, na comparação com janeiro de 2018,
como outro "sinal concreto da melhora da economia do País", embora na comparação com dezembro, houve retração
de 2,4% frente a dezembro, fruto da sazonalidade do período de férias.

Já o segmento residencial demandou 13,85% menos ante a janeiro do ano passado e queda de 29,42% em relação a
dezembro. A Abegás apontou que a retração reflete a elevação nas temperaturas, que leva a um menor uso de gás
nos chuveiros, e à sazonalidade do período de férias.

O consumo de gás natural veicular (GNV), por sua vez, apresentou um crescimento de 12,3% na comparação com
janeiro de 2018. Em relação ao mês de dezembro, o segmento foi influenciado pela sazonalidade do período de
férias em todo País e apresentou retração de 7,9%, disse a Abegás.

A entidade também salientou o número de clientes de gás natural no País, que ultrapassou 3,5 milhões de clientes,
incluindo indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.

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