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XXXVII ENEMP

18 a 21 de Outubro de 2015
Universidade Federal de São Carlos

ESTUDO NUMÉRICO DE UM LEITO FLUIDIZADO BORBULHANTE UTILIZANDO


UM CÓDIGO COMBINADO CFD-DEM

F. C. COLMAN1*, M. J. ALBA2,3**, P. R. PARAÍSO2, A. M. S. COSTA1, L. M. M. JORGE2


1
Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Mecânica
2
Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Engenharia Química
3
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Apucarana, Departamento de Física
e-mails: *fccolman@uem.br; **marceloalba@utfpr.edu.br

RESUMO

Leitos fluidizados são usados em indústrias nas operações de separação, mistura, secagem
e combustão. Este trabalho analisa o comportamento de um leito fluidizado com o código
livre MFIX-DEM, desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Tecnologias Energéticas
(NETL-USA). Nesse código, as fases sólida e gasosa são tratadas numa abordagem
euleriana-lagrangeana. Para a fase gasosa, foram resolvidas as equações da continuidade
e da conservação de quantidade de movimento. Para as partículas, ou a fase sólida, foi
utilizado o Método dos Elementos Discretos (DEM), que descrevem os fenômenos de
contato e colisão entre as partículas com o conceito de mola-amortecedor-atrito, por meio
de uma abordagem numérica explícita. Uma malha bidimensional, com injeção de gás na
região inferior do leito, foi utilizada. Grãos de soja foram o material granular analisado.
A velocidade do gás foi variada para determinar a influência na perda de carga do leito e
a curva da velocidade de mínima fluidização. Também foram analisados leitos
preenchidos com diferentes alturas iniciais (0,08 m, 0,115 m e 0,150 m). Os resultados
obtidos por diferentes correlações de arrasto foram comparados com curvas de
fluidização experimentais.

1 INTRODUÇÃO grãos através da injeção de ar aquecido. Em


contato com os grãos, o ar eleva a temperatura
Leitos fluidizados são extensivamente do ambiente proporcionando a evaporação da
utilizados em diversas áreas industriais como umidade contida nos grãos. Este processo é
as de agroindústria, químicas e farmacêuticas fundamental para permitir o armazenamento
(KUNII e LEVENSPIEL, 1991). Em geral, os dos grãos por longos períodos, sem que eles
leitos fluidizados possibilitam melhorias sofram deterioração por microrganismos.
consideráveis nas trocas térmicas e de massa, Soponronnarit et al. (2001), afirma que os
o que representa redução de espaço e custos grãos de soja são colhidos com alto teor de
nas indústrias. Atualmente, muitos estudos humidade (25–33% em base seca) e que o
tratam também da análise de sistemas gás- armazenamento seguro requer a diminuição
sólido, com um amplo crescimento no uso de rápida da umidade para preservar a qualidade.
recursos computacionais para previsão dos Os leitos de jorros são preferencialmente
comportamentos de trocas de calor, massa e utilizados na fluidização dos grãos de soja,
quantidade de energia. devido à classificação das partículas no grupo
Especificamente para o caso dos grãos de D de Geldart. Apesar disto, leitos fluidizados
soja, os leitos fluidizados e também os leitos de podem ser utilizados em situações especiais,
jorro são utilizados para transferir calor para os como aqueles onde o equipamento já existe
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para secagem de outros tipos de grãos ou resultados da simulação é o método de


partículas. Além disto, a secagem por meio de obtenção de dados. O método de obtenção e
leitos fluidizados é reconhecida como uma análise de resultados de simulação, bem como,
tecnologia de secagem rápida, devido à ampla a definição das propriedades do leito, tais
área de contato do produto com o ar, quando como propriedades de bolha e expansão do
comparado aos leitos estáticos, sendo isso leito, variam amplamente entre as pesquisas e
consequência da fluidização, da velocidade do pouca atenção foi dada por muitos deles
ar e das temperaturas elevadas (ASEGEHEGN et al., 2011). O método de
(SOPONRONNARIT et al., 2001). Os grãos aquisição de dados influi nos resultados e no
de soja também permitem boa aproximação do processo de validação de forma similar à
modelo numérico aqui utilizado para a fase utilização de diferentes modelos de equações
sólida, o Método dos Elementos Discretos constituintes. Por exemplo, HULME et al.
(DEM) (CUNDALL e STRACK 1979; TSUJI (2005) mostraram que diferentes valores de
et al., 1993). A soja tem boa circularidade e entrada para a fração volumétrica de sólidos
esfericidade e uma baixa variabilidade no para definir as condições de fronteira da bolha,
tamanho dos grãos, o que a torna propícia para levou a diâmetros de bolha diferentes da
o uso comparativo entre métodos média. Na literatura também é possível
experimentais e métodos numéricos. encontrar diferentes formas para definição da
A aplicação de CFD (Dinâmica dos razão de expansão do leito (LOFSTRAND et
fluidos computacional) nas indústrias de al., 1995; GELDART, 2004; TAGHIPOUR et
processo tem levado a reduções nos custos dos al., 2005). Estas diferentes formas de aquisição
produtos e nas atividades de desenvolvimento e definição de parâmetros de entrada podem
e otimização, reduzindo a necessidade de ocasionar diferentes desvios entre os
experimentação física, aumentando a resultados experimentais e numéricos e podem
confiabilidade em melhorias de projeto, e não representar o problema em questão de
aumento das conversões e rendimentos. Os forma consistente.
benefícios econômicos trazidos pela utilização Outro parâmetro de grande influência
de CFD têm sido substanciais, embora sobre os resultados de simulação é o período
raramente sejam relatadas análises econômicas médio para análise das propriedades do leito
detalhadas (GIDASPOW, 1994). fluidizado de acordo com a sua média
Há duas abordagens sendo utilizadas temporal. PATIL et al. (2005), por exemplo,
para simulações de escoamentos multifásicos: demonstraram que para diferentes períodos de
Euler–Lagrange e Euler–Euler. A primeira, simulação ocorreram diferentes diâmetros
que envolve o balanço de forças que atuam médios de bolha. O intervalo de período de
sobre a partícula, requer esforços amostragem depende de diferentes parâmetros,
computacionais consideráveis. A abordagem como geometria do leito e velocidade
Euler-Euler considera a fase dispersa como superficial e torna-se, portanto, difícil prover
contínua e baseia-se nas equações de Navier- um valor geral para todas as geometrias e
Stokes aplicadas em cada fase (WEN e YU, condições de operação. Sabe-se que longos
1966; ANDERSON e JACKSON, 1967; períodos de simulação determinam bons
SYAMLAL e O’BRIEN, 1989; GIDASPOW resultados, por outro lado, demandam de
et al., 1992; TAGHIPOUR et al., 2005; grande capacidade computacional.
DUARTE et al., 2009; ASEGEHEGN et al., Um dos parâmetros mais importantes
2011). que caracterizam um leito fluidizado é a
Um aspecto importante e que possui velocidade de mínima fluidização (umf). Sua
considerável influência sobre a acuidade dos determinação é de extrema importância, apesar
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de poucos processos operarem na condição de possuía um diâmetro de 0.007 m e densidade


mínima fluidização. Segundo Law e de 1200 kg/m3.
Mujumbar (2006), leitos fluidizados operam,
normalmente, com velocidades de gás Figura 1 - Malha do leito fluidizado
equivalentes entre 2 e 4 umf.
Neste estudo nós revisitaremos o
fenômeno de fluidização de um leito gasoso,
formado por partículas de grãos de soja. Serão
abordadas três configurações de altura de leito
para cinco correlações de coeficientes de
arrasto. O código aberto de dinâmica dos
fluidos computacional empregado foi o MFIX-
DEM (Multiphase Flow with Interphase
eXchange coupled with Discrete Element
Method). Os resultados serão comparados com
os dados experimentais de Soponronnarit et al.
(2001).

2 DESCRIÇÃO DO MODELO

O MFIX é um código computacional


aberto desenvolvido pela NETL (Laboratório
Nacional de Tecnologias Energéticas) com o
propósito geral de descrever a fluidodinâmica,
transferência de calor e reações químicas em
sistemas sólido-fluido. O MFIX resolve Fonte: Os autores (2015)
equações diferenciais parciais de conservação
de massa, momento, espécies e energia para Do ponto de vista de interação entre
múltiplas fases e promove resultados partículas, existem três tipos de escoamento
transientes em três dimensões para pressão, classificados em: (1) Escoamento livre de
velocidade, temperatura e frações mássicas de colisões; (2) Escoamento dominado por
espécies químicas. colisões; (3) Escoamento dominado por
A Figura 1 representa o domínio para as contatos. O terceiro tipo ainda se subdivide em
simulações numéricas. Os pontos para aqueles cujo efeito do fluido é negligenciado e
medição da pressão estão localizados em os que este efeito é considerado (TSUJI, 2007).
y = 0,0 m/s (entrada de ar) e y = 1,0 m/s (saída Seguindo esta classificação, os leitos
de pressão). As simulações foram baseadas nos fluidizados estão inseridos no caso (3) em que
experimentos de Soponronnarit et al. (2001) o efeito do fluido é considerado.
em um leito gasoso formado por grãos de soja, Uma segunda classificação proposta por
operado para três diferentes alturas do leito: Tsuji (2007), baseia os métodos de análise
0,080 m, 0,115 m e 0,15 m. Uma malha em numérica a partir da escala de tamanho, onde
plano cartesiano bidimensional foi empregada as partículas e o fluido são classificados nas
com um arranjo de 20 x 100 células. Foram escalas micro, meso e macro. As fronteiras
consideradas 13 velocidades para o gás sendo entre estas escalas dependem dos objetivos da
que este distribuído uniformemente pela seção pesquisa e dos pontos de vista do pesquisador,
transversal inferior do leito. A partícula de forma que, em geral, os macro modelos são
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mais empíricos e o micro modelos mais numericamente como um trio atrito-mola-


teóricos. Para o estudo aqui proposto, será amortecedor, onde é possível estabelecer como
utilizado o método E, onde modelos de micro- as partículas interagem entre si.
partícula e de meso-fluido são considerados. Devido ao conceito numérico existente,
Este método é conhecido pelo rastreamento foi necessário estabelecer quais são as
das partículas (particle tracking) da propriedades dos materiais com relação ao
abordagem lagrangeana, e para o fluido coeficiente de atrito, a rigidez da mola e
conhecido como método das médias locais coeficiente de amortecimento. Estas e outras
(local averaging) da aboradagem euleriana. informações, como a densidade dos grãos de
soja e o coeficiente de restituição tiveram seus
2.1 Método dos elementos discretos (DEM) valores aproximados pelos dados apresentados
O DEM, também conhecido por método por Boac et al. (2009). Na Tabela 1 são
dos elementos distintos, inicialmente proposto apresentadas as propriedades do material
por Cundall e Strack (1979), é um método granular e do gás utilizadas no MFIX-DEM.
numérico capaz de descrever o comportamento As simulações foram feitas com
de conjuntos de discos e esferas. Baseado no velocidades que variaram de 0,45 m/s até
uso de um esquema numérico explícito, o 3,5 m/s com 13 incrementos não uniformes.
método monitora a interação das partículas Para cada velocidade, o tempo de simulação
contato por contato e o movimento das foi de 3 s.
partículas é modelado partícula por partícula. As partículas foram dispostas no leito de
Este método é também conhecido como forma aleatória. Para tanto, as partículas foram
abordagem por esfera macia (do inglês soft- posicionadas com espaços em intervalos não
sphere). regulares, o que levou a uma elevação da altura
Cundall e Strack (1979) compararam os do leito. Quando a simulação se iniciou, sob
resultados do método dos elementos distintos ação da força da gravidade, as partículas
com resultados experimentais. Os caíram de suas posições iniciais, preenchendo
experimentos foram realizados utilizando-se a altura do leito especificada no trabalho
de materiais opticamente sensíveis descritos Soponronnarit et al. (2001).
como materiais fotoelásticos, que permitem
uma determinação precisa das forças de 2.2 Equações governantes: fase gasosa
contato, assim como dos deslocamentos e No MFIX–DEM, as equações
rotações individuais dos discos, porém a um governantes da fase gasosa para conservação
elevado custo temporal. Concluíram que, de massa e de quantidade de movimento são
apesar da comparação realizada ser qualitativa similares àquelas tradicionais da fase gasosa de
e, portanto, subjetiva, houve uma CFD, mas com termos adicionais devido ao
correspondência suficientemente boa entre os arrasto da fase sólida. A fase sólida é modelada
resultados para concluir que o DEM é um utilizando as partículas discretas. As equações
instrumento válido para a investigação do governantes da continuidade e da quantidade
comportamento de conjuntos granulares. de movimento, implementadas no MFIX
Ainda hoje, softwares livres e comerciais (Syamlal et al., 1993), para a fase gasosa são:
recorrem ao método para descrever
dinamicamente o movimento de partículas em 0 (1)
colisão, o que inevitavelmente ocorre no
escoamento de partículas sendo fluidizadas.
Estes contatos e choques são descritos
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Tabela 1 – Propriedades físicas, condições experimentais e condições iniciais e de contorno usadas nas
simulações CFD-DEM.
Propriedades Valores da literature Valores utilizados
Partícula-partícula 0,267; 0,55(1) 0,45
Coeficiente de atrito estático, μs
Partícula-parede(4) 0,30(1) 0,30
Partícula-partícula 0,5; 0,7(1) 0,6
Coeficiente de restituição, e
Partícula-parede(4) 0,6; 0,7(1) 0,6
Diâmetro da partícula (x10-3 m) 7(3)
Comprimento da partícula (x10-3 m) 7,0 – 8,2(1) --
Largura da partícula (x10-3 m) 6,1 – 6,7(1) --
Espessura da partícula (x10-3 m) 5,5 – 5,9(1) --
Densidade do sólido, (kg/m3) 1130 – 1325,2(1) 1200
Altura das partículas no leito, (x10-2 m) 8,0; 11,5; 15,0(2) 8,0; 11,5; 15,0
Altura do leito (x10-2 m) 100(2) 100
Largura do leito (x10-2 m) 20(2) 20
Densidade do gás (ar), ρg (kg/m3) 1.205
Variação das velocidades de entrada do ar, vg (m/s) 0,45 – 3,5(2) 0,45 – 3,5
(1) Boac et al. (2009) (3) Considerada esférica
(2) Soponronnarit et al. (2001) (4) Acrílico

Fonte: Os autores (2015)

• ̿ (2) 2.3 Equações governantes: fase sólida

Na aproximação pelo DEM, a fase sólida


Em que, é a fração volumétrica da fase
mth é representada por partículas esféricas Nm
gasosa, a densidade da fase gasosa, o com cada partícula possuindo um diâmetro Dm
vetor velocidade para a fase gasosa, éo e densidade . As fases sólidas são
termo de quantidade de momento transferida diferenciadas baseadas em suas densidades e
entre a fase gasosa e a mth fase sólida, e ̿ é o diâmetros. Para o somatório de todas as fases
tensor tensão da fase gasosa dado por: sólidas m, o número total de partículas é igual
a:
̿ ̿ ̿ (3)

onde é a pressão para a fase gasosa. O tensor (6)


tensão no regime viscoso, ̿ , é assumido como
newtoniano e assume a seguinte forma: Estas N partículas são representadas em
uma abordagem lagrangeana com referência
̿ 2 ̿ (4) no tempo por:

e o tensor ̿ pode ser identificado como o tensor , , , , 1….. (7)


taxa de deformação para a fase fluida , dada
por: onde denota a posição da ith partícula,
e denotam as velocidades
1
(5) linear e angular, equivale ao diâmetro, e
2 representa a densidade.
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A posição e as velocidades angular e valor central de v é utilizado. Similarmente,


linear da ith partícula devem ser encontradas a é a velocidade média para a célula da mth
partir da Lei de Newton: fase sólida.
Se considerada uma aproximação de
(8) força de arrasto constante para todas as
partículas pertencentes a uma célula particular,
a transferência de momento da fase gás-sólido
(9) é estimada para a célula k como:

∈ , ε P x
(10)
(14)
β v x v x
(11)
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

em que é a aceleração da gravidade, ∈ , Os resultados foram obtidos com auxílio


é a força de arrasto total sobre a ith partícula da ferramenta POST do MFIX, cuja função foi
presente na kth célula e pertencente a mth fase calcular a média dos valores da pressão no leito
sólida, é o conjunto de forças de contato em intervalos de tempo regulares. A partir dos
devido ao contato com outras partículas, é a resultados obtidos foram elaboradas as curvas
soma de todos os torques agindo sobre a ith de perda de carga pela velocidade de entrada
do ar. Os pontos das linhas tracejadas
partícula, e é a soma total de todas as
representam os dados experimentais extraídos
forças atuando sobre a ith partícula. de Soponronnarit et al. (2001). Já os pontos das
Para o cálculo da força de arrasto, utiliza- linhas contínuas representam as médias dos
se do seguinte modelo: valores numéricos obtidos por meio das
∈ , simulações computacionais. Os valores
P x
médios foram obtidos considerando todos os
β ν passos de tempo simulados durante os 3 s para
v x (12)
ε cada velocidade de entrada do ar, conforme
v x mostrado na Figura 2, Figura 3 e Figura 4.
Na Figura 2 são apresentados resultados
onde Pg(xk) e vg(xk) são os campos pressão de perda de carga para diferentes coeficientes
média Pg e a velocidade vg da fase gasosa da de arrasto para a altura de leito estático de
kth partícula, é o volume da partícula, e 0,080 m. Pode-se verificar que os modelos
é a o coeficiente de transferência local da BVK e Koch-Hill-Ladd apresentam um
quantidade de movimento para a kth célula. comportamento fora do esperado,
O representa o coeficiente de apresentando mínima fluidização a uma
arrasto, com diferentes modelos velocidade de 2,3 m/s, sendo que para os
desenvolvidos, que pode ser escrito por: modelos de Gidaspow, Gidaspow-Blend e
Syamlal O'Brien a mínima fluidização ocorreu
∀ ∈ a uma velocidade de 1,9 m/s.
β ρ ,D , v x
(13) A mínima fluidização ocorreu a
v x ,ρ ,
velocidades superiores também para as alturas
de leito estático de 0,115 m e 0,150 m quando
onde x é o centro da célula k, v éa considerado os modelos de coeficientes de
velocidade média do gás na posição , um arrasto BVK e Koch-Hill-Ladd, isto pode ser
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observado na Figura 3 e na Figura 4. Nota-se No entanto, quando consideradas as


que a velocidade de mínima fluidização para velocidades de mínima fluidização não se
estes casos se mantém em 2,3 m/s enquanto evidencia a influência da altura do leito
que para os demais coeficientes de arrasto a estático. Isto se deve ao fato de que o diâmetro
fluidização ocorre entre 1,9 m/s e 2,0 m/s. médio de partículas utilizado foi o mesmo para
todos os grupos de simulação.
Figura 2 – Diagrama da Perda de Carga versus
Velocidade de Entrada do Ar para hleito = 0,080 m. Figura 4 – Diagrama da Perda de Carga versus
600
h=0.080 m - Experimental Velocidade de Entrada do Ar para hleito = 0,150 m.
Gidaspow 1200
500 Gidaspow Blend h=0.150 m - Experimental
Syamlal Gidaspow
Hill 1000 Gidaspow Blend
400 BVK Syamlal
Perda de carga (Pa)

Hill

800 BVK

Perda de carga (Pa)


300

600
200

400
100

200
0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Velocidade do ar (m/s)
0

Fonte: Os autores (2015) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50


Velocidade do ar (m/s)
3,00 3,50 4,00

Fonte: Os autores (2015)


Verificou-se nos resultados obtidos que
existe um aumento da perda de carga com o Na Figura 5 são mostrados os valores de
aumento da altura do leito estático de porosidade do leito pela velocidade de entrada
partículas. Isto é esperado, já que para uma do ar para a altura de leito estático de 0,080m,
aumentar a altura de leito estático é necessário considerando-se os coeficientes de arrasto de
um maior número de partículas, o que implica Syamlal O'Brien, BVK e Koch-Hill-Ladd.
em um maior peso do conjunto. Desta forma
faz-se necessária uma maior perda de carga Figura 5 – Diagrama da Porosidade versus
para equilibrar o peso aparente do leito. Velocidade de Entrada do Ar para o leito
preenchido com partículas até hleito = 0,080 m.
Figura 3 – Diagrama da Perda de Carga versus 0,70

Velocidade de Entrada do Ar para hleito = 0,115 m. SYAMLAL


BVK
900 0,65
Hill
h=0.115 m - Experimental
800 Gidaspow
Gidaspow Blend 0,60

700 Syamlal
Porosidade

Hill
0,55
600 BVK
Perda de carga (Pa)

500
0,50

400
0,45
300

200 0,40
1,8 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5
Velocidade (m/s)
100

Fonte: Os autores (2015)


0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
Velocidade do ar (m/s)

Fonte: Os autores (2015) Verifica-se que para as condições de


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leito fixo, ou seja, abaixo da velocidade de NOMENCLATURA


mínima fluidização de 1,9 m/s para Syamlal
O'Brien e de 2,3 m/s para BVK e Koch-Hill- Notação
Ladd, que os valores de porosidade D diâmetro da partícula, m
permanecem constantes e equivalentes a 0,49, taxa de deformação para a fase
0,46 e 0,47 respectivamente. Verifica-se fluida, s -1
também um comportamento adequado do Dm diâmetro da partícula
regime de fluidização, uma vez que, as F força, N
porosidades aumentaram quando as FC força de contato, N
velocidades foram superiores as de mínima FD força de arrasto, N
fluidização. Também é possível dizer que a FT força total, N
porosidade na mínima fluidização obtida pelos g aceleração da gravidade, m/s2
coeficientes de arrasto analisados apresentam h altura, m
valores próximos da porosidade experimental, I momento de inércia, kg/m2
obtida através do modelo de Ergun, com valor transferência de momento da fase
de 0,48. fluida/sólida, N/m3
Nm número de partículas esféricas
4 CONCLUSÕES P pressão, Pa
pressão para a fase gasosa, Pa
O método DEM acoplado ao CFD
̿ tensor tensão da fase gasosa, Pa
apresentou bons resultados para predizer a
velocidade de mínima fluidização dos casos T torque, N/m
estudados. Os valores numéricos resultantes umf velocidade de mínima fluidização, m/s
dos modelos de Gidaspow, Gidaspow-Blend e v velocidade, m/s
de Syamlal O’Brien, pouco diferem dos vetor velocidade para a fase gasosa, m/s
valores experimentais. Já os modelos de velocidade para a fase sólida, m/s
arrasto de BVK e Koch-Hill-Ladd, V velocidade linear, m/s
apresentaram velocidades de mínima volume da partícula, m3
fluidização maiores que os resultados X posição, m
experimentais do caso estudado.
Com relação aos valores de perda de Letras gregas
carga, as diferenças entre os valores numéricos coeficiente de transferência local da
e experimentais para são mais significativas, quantidade de movimento
apesar do comportamento das curvas ser fração volumétrica da fase gasosa
parecido. Isto pode estar atrelado ao fato de densidade, kg/m3
que muitas das variáveis foram baseadas em densidade da fase gasosa, kg/m3
dados da literatura e não do próprio material densidade da mth fase sólida, kg/m3
analisado experimentalmente. Além disso, a ̿ tensor tensão no regime viscoso, Pa
diferença nos resultados pode ser devido à velocidade angular, s-1
recirculação existente no leito, que altera a
pressão. Subscritos
c contato
d arrasto
g gás
s sólido
T total
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REFERÊNCIAS HULME, I., CLAVELLE, E., VAN DER LEE,


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Proceedings of the 7th Engineering WEN, C.Y., YU, Y.H. Mechanics of
Foundation Conference on Fluidization, p. fluidization, Chem. Eng. Prog. Symp. Ser.,
75-82, 1992. Vol. 62, p. 100–111, 1966.
XXXVII ENEMP
18 a 21 de Outubro de 2015
Universidade Federal de São Carlos

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a CAPES e a


Fundação Araucária pelo suporte financeiro e
o Centro Nacional de Supercomputação
(CESUP) da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul pela disponibilidade de recursos
e tecnologia para o desenvolvimento desta
pesquisa.

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