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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
(INDE)

Programas do
Ensino Primário
Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física

1º Ciclo
(1ª e 2ª Classes)

Julho de 2015
Prefácio

Caro Professor!

É com prazer que colocamos, nas suas mãos, os Programas do 1º Ciclo do Ensino Primário, das
disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Educação Física.

Os presentes Programas resultam da revisão pontual do Plano Curricular e dos respectivos Programas de
Ensino Básico introduzidos em 2004, com o objectivo de incrementar a qualidade do Ensino Primário
em Moçambique, traduzida no desempenho qualitativo dos alunos na literacia, numeracia e nas
habilidades para a vida.

Esperamos que estes Programas revistos possam auxiliá-lo na execução da sua tarefa diária de
proporcionar aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes - com vista a
enfrentarem, de forma adequada, os desafios que lhes são colocados no dia-a-dia - para que se tornem
cidadãos participativos, reflexivos e autónomos, contribuindo, deste modo, para a melhoria da sua vida,
da vida da sua família, da sua comunidade e do País.

É nossa pretensão, também, que os alunos sejam educados dentro do espírito patriótico, versado pela
preservação e desenvolvimento da cultura moçambicana, pela preservação da unidade nacional, pela
cultura de paz, pelo aprofundamento da democracia e respeito pelos direitos humanos.

Importa ainda salientar que os Programas são abertos e flexíveis, podendo ser adaptados à realidade dos
alunos e da escola.

Estamos certos de que os Programas serão um instrumento de base para as discussões pedagógicas na
sua escola, planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e
elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o seu desempenho profissional – que,
afinal, é um direito seu.

O Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano

Professor Doutor Luís Jorge Manuel António Ferrão

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Ficha Técnica

Título original: Programas das Disciplinas do 1º Ciclo do Ensino Primário

Edição: INDE/Ministério da Educação e do Desenvolvimento Humano

Autor: INDE/MINEDH

Capa: INDE

Arranjo gráfico: INDE

Impressão:

Tiragem:

No. De Registo:
Índice

Introdução ....................................................................................................................................................... 1

Programa de Língua Portuguesa do 1º Ciclo ................................................................................................ 11

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Língua Portuguesa .................................... 14

Porgrama de Língua Portuguesa 1ª Classe .......................................................................................... 27

Programa de Língua Portuguesa 2ª Classe .......................................................................................... 86

Programa de Matemática 1º Ciclo ...............................................................................................................115

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Matemática ………................................. 118

Programa de Matemática 1ª Classe ....................................................................................................120

Programa de Matemática 2ª Classe ....................................................................................................146

Programa de Educação Física 1º Cíclo ........................................................................................................165

Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo da Disciplina de Educação Física ...................................... 167

Programa de Educação Física 1ª Classe ............................................................................................ 168

Programa de Educação Física 2ª Classe .............................................................................................172


Introdução

O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças, na


aquisição de conhecimentos, habilidades e valores/atitudes fundamentais para o desenvolvimento
harmonioso da sua personalidade. Esta afirmação é também fundamentada por Seepe (1994), para quem
“as crianças de amanhã devem não só estar preparadas para se adaptarem ao mundo em mudança,
mas também devem preparar-se para criar novas mudanças em benefício da humanidade”.

Em 2004, foi introduzido o Currículo do Ensino Básico, cujo objectivo principal era tornar o ensino
mais relevante, no sentido de responder às diferentes demandas socioculturais, económicas e
políticas, formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua
família, da sua comunidade e do país, dentro do espírito da preservação da unidade nacional,
manutenção da paz e estabilidade nacional, aprofundamento da democracia e respeito pelos
direitos humanos, bem como da preservação da cultura moçambicana.

Volvidos mais de dez anos da implementação do Currículo do Ensino Básico, os resultados da


avaliação no âmbito do SACMEQ (2007) e da Avaliação da implementação dos programas do 1º e 2º
ciclos do Ensino Básico (INDE, 2010) revelam que grande parte de alunos do Ensino Primário termina
o 1º ciclo sem saber ler nem escrever. Estas constatações levaram o Ministério da Educação e
Desenvolvimento Humano, através do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Educação, a
desencadear o processo de revisão pontual do Plano Curricular e dos Programas de Ensino, com vista a
incrementar a qualidade de ensino.

A revisão pontual do Plano Curricular do Ensino Básico incidiu, essencialmente, sobre a:

• Alteração da designação do Plano Curricular do Ensino Básico (PCEB), passando a designar-se


Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP).
• Alteração do Plano de Estudos, que compreendeu a redução do número de disciplinas através
da integração de competências e de conteúdos:
 1º ciclo: 1ª e 2ª classes, de 6 para 3 disciplinas;
 2º ciclo: 3ª classe, de 8 para 3 disciplinas, tomando a 3ª classe as características das
classes do 1º ciclo, sendo, por isso, uma classe de consolidação;
 4ª e 5ª classes, de 9 para 6 disciplinas;

1
 3º ciclo: 6ª e 7ª classes, de 11 para 9 disciplinas.

• Reorganização dos Programas das diferentes disciplinas:

 Integração de algumas disciplinas;

- No 1º ciclo, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e


Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática.
- No 2º ciclo, a 3ª classe apresenta as mesmas características das classes do 1º ciclo,
sendo a classe de consolidação das competências de leitura e escrita iniciais e
numeracia.
- Na 4ª e 5ª classes, as competências das disciplinas de Educação Visual, Ofícios e
Educação Musical foram integradas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências
Sociais, Matemática e Ciências Naturais.

 Elaboração das competências por ciclos e respectivas evidências de desempenho;

 Especificação da carga horária;

 Reorganização dos tempos lectivos, de forma a permitir que os alunos possam adquirir,
desenvolver e consolidar a literacia e a numeracia no Ensino Primário.

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Guia de Leitura
Os Programas do Ensino Primário revistos enquadram-se nos princípios básicos que nortearam a
transformação curricular do Ensino Básico, especificamente:

 A concepção da escola como agente de transformação, e não apenas como meio de


transmissão de conhecimentos;
 O reconhecimento da necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a que as
diferentes disciplinas sejam abordadas em uma perspectiva integrada;
 Exigência de Programas flexíveis facilmente adaptáveis à realidade: características locais,
pontos de partida e ritmos de aprendizagem diversificados e;
 O predomínio dos aspectos relativos ao desenvolvimento das capacidades de análise, síntese e
ao estímulo da criatividade, da livre crítica, do sentido de responsabilidade e da capacidade de
integração em grupo.
Com estes Programas do Ensino Primário, pretende-se tornar o ensino relevante , de modo a
responder às reais necessidades do aluno e da sociedade moçambicana. Esta relevância fundamenta-
se na percepção de que a Educação é fundamental para o desenvolvimento do capital humano e, por
conseguinte, deve ter em conta a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, para que se torne um
factor por excelência de coesão social e não de exclusão, formando cidadãos capazes de se
integrarem na vida, aplicando os conhecimentos adquiridos em benefício próprio e da comunidade.

Neste contexto, os Programas do Ensino Primário são uma fonte de estudo e de orientação dos
professores para o desenvolvimento de um ensino de qualidade, um ensino que permite que os alunos
desenvolvam as competências determinadas nos diferentes ciclos de aprendizagem e as utilizem para
a resolução dos diferentes problemas do dia-a-dia, da sua comunidade, distrito, província, país, bem
como para responder aos desafios da globalização.

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I - Estrutura dos Programas
Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os conteúdos,
as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação

a) Introdução
Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que está
por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.

b) Plano temático
Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de ensino-
aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:
Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências Parciais Carga
Temática O aluno deve ser capaz de: O aluno: Horária

 A primeira coluna do plano temático apresenta a unidade temática a ser abordada em cada fase.
Para abordar a unidade temática, o professor deverá fazer a leitura completa de toda a linha, para
ter uma ideia global sobre o tratamento da matéria proposta.
 Na 2ª coluna, são apresentados os objectivos especificos. O professor tomará os objectivos
específicos definidos para cada tema como metas a atingir durante e no fim do processo de
ensino-aprendizagem. Cada professor poderá desdobrar os objectivos específicos se o processo
de condução das aulas assim o exigir.
 Na 3ª coluna, são apresentados os conteúdos que indicam ao professor as matérias e noções
concretas que devem ser abordadas em cada tema. É necessário verificar, para cada tema, a
relação dos conteúdos propostos com os propostos nas outras disciplinas curriculares, para
estabelecer a ligação conveniente.

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 Na 4ª coluna, temos as competências parciais que indicam os principais estágios de aprendizagem
atingidos pelo aluno em um determinado tema. As competências parciais referem-se a estágios de
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes atingidos pelo aluno no processo de ensino-
aprendizagem.
 A 5ª coluna apresenta a carga horária. Apesar de servir de indicativo para o professor, esta carga
horária não deverá ser tomada como tempo rígido de abordagem da unidade temática. O professor
deverá ser flexível em relação à carga horária, podendo compensar as perdas e ganhos de tempo
entre os diferentes conteúdos. Cabe ao professor fazer a planificação analítica das aulas, com base
no plano temático e no ritmo de aprendizagem da turma.
o A carga horária aqui apresentada corresponde a 80% da carga horária total, pois, os
restantes 20% estão reservados para o Currículo Local.

c) Sugestões Metodológicas
Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor poderá
usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a
desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema. Nas
Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de abordagem
metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o professor cumprir
mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua actividade, como facilitador
do processo de ensino e aprendizagem.

d) Avaliação
Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios de Progressão por
Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte do processo de ensino-
aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados das actividades desenvolvidas
pelos alunos correspondem às competências preconizadas no Programa de Ensino.

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II - Currículo Local
O que é Currículo Local?
O Currículo Local (CL), é uma componente do currículo nacional correspondente a 20% do total
do tempo previsto para a leccionação de cada Disciplina. Esta componente é constituída por
conteúdos definidos localmente como sendo relevantes, para a integração da criança na sua
comunidade.

Qual é o espaço que se considera local?


É o espaço onde se situa a escola que pode ser alargado até à Zip, distrito e mesmo província.

Quem define os conteúdos relevantes a nível local?


A definição dos conteúdos relevantes, a nível local, é feita por todos os intervenientes na
educação da criança, isto é, todos os elementos que fazem parte da comunidade onde se situa
a escola, nomeadamente:
• Professores;
• Alunos;
• Encarregados de educação;
• Líderes e autoridades locais;
• Representantes das diferentes instituições afins;
• Organizações comunitárias.

Este processo é coordenado pela Direcção da Escola e pelo Conselho de Pais a quem cabe a
planificação das actividades que culminarão com elaboração de um Programa do CL para a
escola. Estas acções incluem a realização de encontros com as comunidades para a recolha de
informação que deverá ser sistematizada pelos professores obtendo assim o conjunto de con
teúdos do CL a serem leccionados na escola.
Nesta fase cabe aos professores enquadrar os conteúdos nas diferentes classes e disciplinas (na
respectiva área temática) de forma lógica e coerente, tendo em conta o nível dos alunos.

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Como é feita a integração de conteúdos definidos localmente?
Após a elaboração do Programa do Currículo Local para a escola, segue-se a fase de integração
nos Programas de cada disciplina, que é feita de duas formas:
a) aprofundamento de conteúdos já previstos no Programa;
b) inserção de novos conteúdos de interesse local, no Programa de ensino.

Caso haja conteúdos de interesse local que o professor não domine, este, em coordenação com a
Direcção Pedagógica e do Conselho de Pais da sua escola, poderá solicitar a colaboração de pais,
encarregados de educação ou outros membros da comunidade para a sua leccionação.

Avaliação
Sendo o CL uma componente do Currículo Nacional, a sua avaliação poderá ser feita de forma
integrada, isto é, algumas questões relativas ao CL poderão ser integradas nas diferentes
avaliações previstas.

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III - Competências do Ensino Primário e Evidências de Desempenho
A reforma do sistema educacional em Moçambique remete-nos para uma nova abordagem por
competências e evidênciasde desempenho. A competência é definida como “evidência de
conhecimentos, habilidades e atitudes na realialização de uma actividade, tarefa ou função ou a forma
de encarar com sucesso qualquer situação. A competência manifesta-se, portanto é observável.

Evidênciasde desempenho são factos observáveis que permitem medir ou avaliar o nível de alcance ou
do desenvolvimento das competências.

1. Competências do Ensino Primário


a) Comunica claramente em Língua Portuguesa (usando frases complexas coordenadas e
subordinadas), tanto na oralidade como na escrita;
b) Comunica em Língua Inglesa, no nível elementar;
c) Comunica, através da arte, de forma criativa;
d) Demonstra o gosto pela leitura de obras diversas;
e) Resolve problemas elementares de aritmética e geometria em diferentes situações da
vida real;
f) Age, de forma crítica e autónoma, em diversas situações da vida;
g) Valoriza a sua cultura através da língua, tradições e padrões de comportamento;
h) Manifesta atitudes de amor e orgulho pela pátria moçambicana e unidade nacional;
i) Manifesta atitudes de preservação da paz;
j) Reconhece os direitos e deveres da criança;
k) Interpreta os fenómenos naturais, usando conhecimentos científicos para o bem-estar
pessoal e colectivo.

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2. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário e respectivas Evidências de Desempenho

Tabela1: Competências e Evidênciasdo 1º Ciclo do Ensino Primário

Competências Evidências de Desempenho


Exprime-se, oralmente, adequando a língua  Responde a mensagens orais relacionadas com
portuguesa e/ou moçambicana a diferentes diversas situações do quotidiano;
situações básicas de comunicação.  Produz mensagens orais com sequência lógica,
pronúncia correcta, vocabulário básico
relacionado com as áreas temáticas em estudo,
adequando-as às situações básicas de
comunicação.
Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), Lê pequenos textos (7 a 10 frases simples), com tom
em letra de imprensa e cursiva. de voz audível, pronunciando correctamente (sem
soletrar) as palavras e respeitando os sinais de
pontuação e acentuação.
Interpreta pequenos textos, orais e escritos (7  Responde, oralmente ou por escrito, a
a 10 frases simples), com vocabulário questionários de compreensão de pequenos
familiar. textos (7 a 10 frases simples) lidos ou ouvidos,
extraindo a informação explícita;
 Reconta, oralmente, histórias lidas ou ouvidas,
tendo em conta a sequência lógica e o conteúdo
do texto original, usando as suas próprias
palavras.
Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases Escreve frases e pequenos textos (5 a 8 frases
simples), aplicando regras básicas de simples), em letra cursiva, caligrafia legível e sem
organização e funcionamento da língua. borrões, obedecendo a uma sequência lógica,
correcção ortográfica e regras básicas de pontuação
(ponto final, ponto de interrogação e vírgula).
Resolve problemas em diferentes situações do
 Conta os números naturais oralmente, de forma
dia-a-dia, usando números naturais até 100.
progressiva e regressiva, por etapas, até 100;
 Ordena e compara números naturais, em
situações concretas e abstractas, até 100;
 Adiciona e subtrai números naturais, em
situações concretas da vida, até 100;
 Multiplica e divide números naturais até 50, em
problemas concretos do dia-a-dia;
 Mede comprimentos de objectos reais, em
centímetros, até 100;
 Compara capacidade e volume de objectos de
uso quotidiano, relacionados com sólidos
geométricos.

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Usa diversos materiais e técnicas de expressão  Relaciona a imagem à palavra;
plástica para o desenvolvimento psicomotor e  Ilustra as áreas temáticas em estudo;
do gosto pelo belo.  Representa, livremente, imagens, de acordo com
a sua percepção da realidade e com a sua faixa
etária.
Distingue sons de diferentes fontes para o  Compara os diferentes sons da natureza;
desenvolvimento da percepção auditiva.  Imita diferentes sons de animais e objectos;
 Distingue sons fortes, fracos, altos e baixos.
Reconhece os símbolos da pátria, o dia da  Toma a posição correcta no içar da Bandeira
Independência Nacional e dos Heróis Nacional e na entoação do Hino Nacional;
Moçambicanos.  Relaciona a data da Independência Nacional e
dos Heróis Moçambicanos, com Samora Machel
e Eduardo Mondlane, respectivamente;
 Realiza actividades alusivas à data da
Independência Nacional e aos Heróis
Moçambicanos.
Participa em actividades de conservação e  Rega e cuida das plantas;
preservação do ambiente.  Mantém a sala e o recinto escolar limpos;
 Conserva o mobiliário e o material escolar.
Pratica exercícios físicos, para o seu  Pratica exercícios físicos de orientação espacial e
desenvolvimento integral. lateralidade, de acordo com a idade;
 Apresenta-se limpo e asseado;
 Relaciona-se bem com os outros;
 Pratica actividades etnoculturais (danças e jogos
tradicionais moçambicanos).

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Programa de Língua Portuguesa

1º Ciclo

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1. INTRODUÇÃO
Em Moçambique, a adopção do Português como língua de ensino impõe que se considere a
realidade linguística nacional, onde o Português, Língua Oficial e de Ensino, coexiste com
outras línguas e não é dominado pela maioria da população.

Tomando como base a diversidade de contextos em que o sistema educacional se integra, há a


considerar três situações de aprendizagem do Português: a) em que é língua materna (L1); b)
em que é língua segunda (L2); e c) em que tem características de língua estrangeira (LE).
Tendo em conta a situação linguística do país, desde 2004, no Ensino Primário coexistem duas
modalidades de ensino: Monolingue em Português e Bilingue (línguas Moçambicanas e
Português).

O presente Programa revisto destina-se ao ensino monolingue em Português, mantendo-se a


perspectiva de LE, em conformidade com o Sistema Nacional de Educação (SNE). Nesta
modalidade, a língua de ensino é o Português.

O êxito da implementação deste Programa depende de uma preparação adequada do professor,


para o gerir, na perspectiva de ensino de Português como LE, usando metodologias apropriadas
para diferentes situações de aprendizagem. Assim, o professor poderá implementar o
Programa, ajustar as estratégias de ensino, de modo a satisfazer as necessidades comunicativas
dos alunos que têm o Português como L1, L2 ou mesmo LE.

O Programa de Língua Portuguesa guia-se pelos princípios pedagógicos culturalmente


sensíveis, orientados para a comunicação funcional.

À luz destes princípios, espera-se que o ensino acomode e potencie a vivência cultural e, no
caso específico da língua, a experiência linguística que a criança traz de casa. Deste modo, a
aula de língua deve ser um espaço em que, com o auxílio do professor, a criança adquire
“ferramentas” que lhe permitam organizar e usar a língua, de acordo com as suas necessidades
comunicativas.

Os conteúdos retratados no Programa têm como ponto de partida a realidade mais próxima do
aluno (família, escola, comunidade e ambiente). Assim, o Programa está organizado em
unidades temáticas, tais como: família, escola, comunidade, ambiente, corpo humano, saúde e
higiene e outras, que percorrem todas as classes do Ensino Básico, diferindo apenas na
extensão e profundidade do tratamento.

As competências parciais foram definidas em função dos novos estágios do saber, saber fazer,
saber ser e saber estar, que o aluno deve alcançar, como resultado do processo de ensino-
aprendizagem.

Deste modo, as estratégias de ensino devem basear-se numa metodologia que torne o processo
de ensino-aprendizagem agradável, divertido e útil, dando uma grande relevância à interacção
professor/aluno, aluno/aluno, aluno/comunidade. Esta forma de abordagem proporciona aos
alunos a possibilidade de ouvir, falar, ler e escrever, tendo em conta que só se aprende a ouvir,

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ouvindo; a falar, falando; a ler, lendo e a escrever, escrevendo.

O Programa revisto mantém os seguintes aspectos:


 O desenvolvimento da oralidade, em função das necessidades comunicativas dos
alunos;
 O ensino de todas as letras do alfabeto, maiúsculas e minúsculas, na 1ª classe;
 A perspectiva de ensino da leitura e escrita iniciais com base no método analítico-
sintético, com ênfase no ensino da letra, em vez do som. Assim, deve-se dar um maior
enfoque ao percurso da síntese, exercitando a combinação de letras para a formação de
novas sílabas e palavras.

Entretanto, o presente Programa apresenta as seguintes alterações:


1. Introdução (no plano temático) de dois domínios resultantes das 4 habilidades
linguísticas: ouvir e falar; ler e escrever;
2. No que diz respeito à carga horária, o ensino de cada letra terá um fundo de tempo
correspondente a 10 aulas. Entretanto, o professor deve adequar o tempo disponível ao
ritmo da aprendizagem dos alunos;
3. Na 2ª classe, as competências do conteúdo Formas de Objectos e Medidas, foram
transferidas para a disciplina de Matemática;
4. O programa mantem o ensino do nome da letra (grafema) e não o som da mesma
(fonema), continuando-se a usar o Método Analítico-Sintético com base na letra;
5. O Método Analítico Sintético só é válido na 1ºclasse. Neste sentido, na 2ª classe, a
introdução das combinações grafémicas será feita a partir de frases e pequenos textos;
6. Os ditongos nasais foram transferidos para a 2ª classe.

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Visão Geral dos Conteúdos do 1º Ciclo

1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática

 Expressões para cumprimentar  Datas festivas e comemorativas


 Expressões de despedida  Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/
 Canções de saudação ilustrações
6  Redacção de frases sobre datas 18
tempos comemorativas/festivas tempos
 Canções e danças sobre datas festivas e
comemorativas
 Jogos
 Expressões para identificar  Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas e jogos
10 8
 Intervenientes da escola  Ilustração
tempos tempos
 Canções de identificação.
 Expressões para informar sobre o estado de saúde Funcionamento da Língua
6 6
 Canções sobre o estado de saúde  Artigos definidos e indefinidos
tempos tempos
 Flexão em género e em número
 Expressões para indicar tamanho  Introdução do duplo s
 Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos 12  Introdução do s no final de palavras 18
 Modelagem de objectos para indicar tamanhos tempos  Introdução de am, em, im, um, om tempos
 Expressões para indicar o peso
Pré –leitura
6 • Imagens 6
 Exercícios de coordenação sonora  Ilustrações
tempos tempos
 Danças.
Ouvir e falar 4
 Normas de convivência escolar tempos
 Expressões para indicar o nome da escola:
ESCOLA  Espaços da escola. 6
 Função dos espaços escolares. tempos
 Canções sobre a escola.
 Vocabulário sobre material escolar
12
 Mobiliário escolar
tempos
 Expressões para identificar os objectos escolares

14
 Canções sobre material escolar
 Expressões de lateralidade 10
 Localização do som tempos
Pré-leitura
 Exercícios de coordenação psico- motora
10
 Manuseamento do material escolar
tempos
 Jogos
 Recorte, colagem e dobragem
Ouvir e falar
 Vocabulário sobre instruções de controlo
 Instruções simples 10
 Expressões para dar instruções tempos
 Expressões para perguntar e responder
 Canções sobre instruções.
 Pedido de licença/ permissão
 Resposta a pedido de licença
6
 Pedido de desculpas
tempos
 Resposta a pedido de desculpas
 Canções sobre pedido de licença/permissão
 Expressões de lateralidade 6
tempos
Pré-escrita
6
 Grafismos semi-livres
tempos
Ouvir e falar 8
 Expressões e palavras para indicar a posição tempos
 Dias de semana
 Dias úteis. 4
 Fim-de-semana tempos
 Canções
 Expressões para formular pedidos de desculpas
 Expressões para reagir a pedidos de desculpas 10
 Expressões para formular pedidos tempos
 Expressões para reagir a pedidos
 Expressões para agradecer 4
 Expressões para reagir a agradecimentos tempos
 Expressões para felicitar 2
Expressões para reagir a felicitações tempos
 Expressões para exprimir dor 2 tempos
15
 Expressões para manifestar preferências 2 tempos
Pré-escrita
 Desenho/pintura
 Grafismos orientados para as letras c, d, v, b, r, g
Ler e escrever
 Introdução de: c, d, v, b, r, g 4 tempos
 Letras minúsculas e maiúsculas. 60
 Letra de imprensa e cursiva tempos
 Sílabas (Dez
 Palavras aulas
 Frases para
 Cópia cada
 Ditado letra)
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra, frase
 Desenho/pintura

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1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática

 Desenho dos membros da família  Expressões para dar ordens/instruções 10


 Membros da família  Expressões para manifestar preferências tempos
 Expressões para indicar com quem vive 8 tempos
 Expressões para indicar o nome
 Canções sobre membros da família
 Partes do corpo humano  Expressões para manifestar interesse e desinteresse 7
 Instruções relacionadas com as partes do corpo 12  Expressões para manifestar desejo
 Canções sobre as partes do corpo humano tempos tempos

 Direcção e sentido (revisão)  Expressões para manifestar alegria e satisfação: 7


4 tempos
 Expressões para manifestar medo: tempos
 Peças de vestuário  Expressões para dar sugestões e conselhos:
 Perguntas para identificação das peças de vestuário 10
6
 Cor do vestuário tempos
tempos
 Canções sobre as peças de vestuário
 Espaços interiores da casa Funcionamento da Língua:
 Espaços exteriores da casa  Pronomes pessoais
6 tempos 14
 Função dos espaços da casa  Frases imperativas
tempos
 Desenho da casa.  Canções
 Mobiliário da casa Ler e escrever
8
 Expressões de tamanho: grande/pequeno 6 tempos  Ditongos nasais: ão, ãe, õe
tempos
 Modelagem do mobiliário da casa  Palavras, frases, pequenos textos
 Utensílios domésticos  Imagens
 Expressões de comparação: igual/diferente 16  Cópia 16
 Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio, vazio tempos  Ditado tempos
 Modelagem de utensílios domésticos  Caligrafia
 Actividades domésticas Ouvir e falar
 Membros da família 8
6 tempos
FAMÍLIA  Desenho sobre membros da família tempos
 Canções
 Alimentos  Ocupação dos membros da família
6
 Cuidados com os alimentos. 6 tempos  Tipos de casa: palhota, alvenaria
tempos
 Recorte e colagem sobre imagens de alimentos.
17
 Canções sobre alimentos.
 Períodos do dia: manhã, tarde e noite  Objectos e utensílios de uso doméstico
 Relação sol/dia, lua/noite  Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico
6
 Refeições: pequeno almoço/mata-bicho, almoço, lanche 6 tempos  Modelagem tempos
e jantar  Canções

Pré-escrita Ler e escrever


 Grafismos orientados.  Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas 10
6 tempos
 Representação gráfica do som.  Jogos tempos
 Ilustração
Ler e escrever Ouvir e falar; ler e escrever
 Introdução das vogais: i, u, o, e, a. Funcionamento da Língua
 Modelagem de vogais 50  Pronomes demonstrativos
 Canções sobre vogais tempos  Flexão em género e em número
(Dez
 Vogais em letra maiúscula e minúscula 8
tempos
 Cópia tempos
para
 Ditado cada
 Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao, ei. vogal)
 Modelagem
 Desenho, pintura e recorte de vogais
Ouvir e falar Ler e escrever
 Vocabulário relacionado com higiene corporal:  Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira
 Desenho/pintura  Introdução do duplo r
10 16
 Normas de higiene corporal Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa
tempos tempos
 Canções sobre higiene corporal
 Palavras que exprimem tempo
 Canções contendo expressões de tempo
 Normas de convivência familiar  Imagens
 Cópia 18
4 aulas
 Ditado tempos
 Caligrafia
 Normas de prevenção de acidentes domésticos
4 aulas
 Canções sobre prevenção de acidentes domésticos
 Histórias e adivinhas 6 aulas
Pré-escrita
 Grafismos orientados para as letras (m, p, t, l, n) 2 aulas

Ler e escrever 50
 Introdução de m, p, t, l, n. tempos
18
 Letras: cursiva e de imprensa (Dez
 Sílabas tempos
 Palavras para
 Frases cada
 Cópia letra)
 Ditado
 Caligrafia
 Relação palavra-gravura.
 Recorte e colagem de letras
 Desenho/pintura
 Canções

19
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Unidade Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática Habilidades: Ouvir e falar (consolidação)
Ouvir e falar  Cópia
 Lugares públicos  Ditado 16
6 tempos
 Função dos lugares públicos  Caligrafia tempos
 Desenho dos lugares públicos
 Actividades comunitárias Ouvir e falar
 Profissões/ocupações  Locais/instituições públicas 8
8 tempos
 Relação profissão/ instituição (lugar)  Recorte, colagem, dobragem, desenho e pintura tempos
 Canções sobre profissões  Canções
 Histórias, adivinhas e lengalengas Ler e escrever
 Meios de transporte
8
6 tempos  Regras básicas de segurança rodoviária.
tempos
 Redacção
 Ilustrações
 Canções típicas da comunidade  Meios de comunicação 10
 Danças típicas da comunidade 2 tempos  Redacções tempos
 Ilustrações, recorte, dobragem e colagens
 Meios de transporte  Contos, fábulas, lengalengas, poemas e jogos
COMUNIDADE  Meios de transporte e as vias de circulação Funcionamento da Língua
18
 Utilidade dos meios de transporte 6 tempos  Pronomes demonstrativos:
tempos
 Modelagem dos meios de transporte  Flexão em género e em número
 Desenho/pintura dos meios de transporte  Palavras antónimas
 Regras de prevenção de acidentes:  Introdução de: al, el, ul, ol, il;
 Cuidados a ter com o fogo, com as minas e com os  Introdução de: an, en, in, on, un; 18
4 tempos
carros  Palavras, frases, pequenos textos; tempos
 Cuidados a ter com o lixo  Imagens.
 Datas festivas e comemorativas: • Cópia
 Canções sobre datas festivas e comemorativas • Ditado 16
6 tempos
 Danças • Caligrafia tempos
 Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura
Pré-escrita
4 tempos
 Grafismos orientados para as letras s, j, f, z, h, q, x

Ler e escrever 70

20
 Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x tempos
 Letra cursiva e de imprensa (Dez
 Sílabas tempos
 Palavras para
 Frases cada
 Pequenos textos letra)
 Cópia
 Ditado
 Caligrafia
 Relação imagem-palavra

21
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática

 Elementos do ambiente  Elementos do ambiente


6
 Canções sobre o ambiente 4 tempos  Conservação do ambiente
tempos
 Cores do ambiente
 Adjectivos avaliativos (revisão).  Animais domésticos
 Cores  Animais selvagens 8
6 tempos
 Estampagem tempos
 Pintura  Utilidade dos animais domésticos
 Expressões para avaliar a temperatura: quente, frio,  Contos, fábulas, lengalengas, e poemas;
8
gelado 2 tempos  Dramatização
tempos
 Jogos.
 Cuidados a ter com o ambiente  Cópia
10
2 tempos  Ditado
tempos
 Caligrafia
 Pronomes indefinidos
 Animais domésticos
 Animais selvagens 10 6
AMBIENTE  A importância dos animais domésticos. tempos tempos
 Fontes sonoras
 Desenho/pintura
 Plantas.
 Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto
 Frutos
 Cores: verde, vermelho, amarelo, azul, branco, preto,
10
castanho
tempos
 Sabores: doce, azedo, amargo e picante
 Relação árvore/fruto
 Cuidados a ter com as plantas
 Canções sobre cores
Ouvir e falar
 Fontes de água 4 tempos
 Sabor da água.
 Água limpa e água suja
4 tempos
 Utilidade da água

22
Ler e escrever
 Introdução de k, w, y 30
 Letra cursiva e de imprensa tempos
 Sílabas (Dez
 Palavras tempos
 Frases para
 Pequenos textos cada
 Cópia letra e
 Ditado seis
 Caligrafia aulas
 Relação imagem-palavra para a
 Pontuação: ponto final, vírgula; ponto de interrogação; consolid
 Acentuação: til ação)

Banda Desenhada (BD)

 Redacção

Tema transversal: Prevenção de acidentes 39


tempos
Funcionamento da língua:
 Vocabulário relacionado com o tema Ambiente
 Família de palavras
 Sinonímia
 Antonímia
 Concordância dos elementos na frase
- Flexão dos nomes em género
- Flexão dos nomes em número

23
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Unidade Conteúdos
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Ouvir e falar
 Corpo humano: cabeça, tronco e membros
8
 Timbres corporais
tempos
 Higiene corporal
 Canções
Ler e escrever
 Contos, fábulas, lengalengas
 Poemas 16
 Canções tempos
 Jogos
 Ilustrações
Ler e escrever
CORPO
Funcionamento da Língua
HUMANO 6
 Concordância nome/adjectivo
tempos
 Pronomes indefinidos
 Pronomes possessivos
Ler e escrever
 Introdução de combinações grafémicas: ch, nh; ce, ci; 20
ar, er, ir, or, ur tempo
 Imagens.
Ler e escrever
 Cópia
16
 Ditado
tempos
 Caligrafia
 Imagens

24
1a CLASSE 2a CLASSE
Conteúdos
Conteúdos
Unidade Habilidades: Ouvir, falar, ler e escrever
Habilidades: Ouvir e falar Tempo Tempo
Temática

Ouvir e falar
 Peças de vestuário
10
 Regras básicas de higiene do vestuário
tempos
 Regras de higiene alimentar
 Canções
 Limpeza do meio 4
tempos
Ler e escrever
 Contos
6
 Fábulas
tempos
 Lengalengas
 Poemas
Funcionamento da Língua
 Tempos verbais
20
 Canções
tempos
 Expressões interrogativas:
 Pronomes possessivos
SAÚDE E  Introdução de combinações grafémicas: lh; az, ez, iz,
HIGIENE 20
oz, uz; gi; ge
tempos
 Imagens
 Cópia
16
 Ditado
tempos
 Caligrafia
Funcionamento da Língua
8
 Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí.
tempos
 Frases imperativas
 Introdução de combinações grafémicas: br, cr, dr, fr,
20
gr, pr, tr; bl, cl, fl, gl, dl, pl
tempos
 Imagens
Ler e escrever
 Cópia 16
 Ditado tempos
 Caligrafia

25
Funcionamento da Língua
 Expressões interrogativas 8
 Pronomes indefinidos tempos
 Pronomes demonstrativos
 Introdução de combinações grafémicas: que, qui,
qua, quo 24
 Introdução do x com os cinco valores fonéticos. tempos
 Imagens
 Cópia
 Ditado
18
 Caligrafia tempos
 Redacção

26
Programa de Língua Portuguesa

1ª Classe

27
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. ESCOLA 7 112

II. FAMÍLIA 9 144

III. ESCOLA 5 80

IV. COMUNIDADE 6 96

V. AMBIENTE 3 48

Sub-total 30 480

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128

TOTAL 38 608

28
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões para cumprimentar Ouvir e falar
e para se despedir;  Expressões para cumprimentar:
 Cantar canções sobre - Bom dia/boa tarde/boa noite/olá
cumprimentos. - Como está/estás/estão? 7
- Estou/estamos bem, obrigado(a) tempos
 Expressões de despedida:
- Adeus/até amanhã/até logo
ESCOLA
 Expressa-se, com boa educação
 Usar expressões apropriadas para Ouvir e falar e cortesia em contacto social
perguntar e responder sobre o  Expressões para informar sobre o estado de saúde: inicial.
estado de saúde;  Como estás de saúde?
 Como está de saúde?
 Estou bem. Obrigado (a). 7
 Como te sentes? tempos
 Como se sente?
 Cantar canções sobre o estado de  Sinto-me bem. Obrigado (a).
saúde.  Canções sobre o estado de saúde

29
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Dizer o seu nome e o do seu  Expressões para identificar:
professor; - Eu chamo-me…/ o meu nome é…/ eu sou…
 Perguntar pelo nome dos seus - O meu professor chama-se/é…
colegas; - A minha professora chama-se/é…
- Como te chamas?
 Dizer o nome dos seus colegas; - Como se chama o(a)...
- Qual é o teu nome?  Identifica-se e identifica outros
10
 Usar expressões para identificar - Quem é este(a)/aquele(a) menino(a)? intervenientes, em situações
tempos
os intervenientes da escola. - Este(a) chama-se.../o (a) menino (a) chama-se... sociais.
- Ele(a) chama-se…/ o(a) menino(a) chama-se…
- Ele(a) é o senhor(a) director(a).

 Intervenientes da escola: alunos, professores, Director da


Escola, serventes, guardas, etc.

 Comparar tamanhos; Ouvir e falar


 Distinguir objectos leves dos  Expressões para indicar tamanho: grande, pequeno, alto,
ESCOLA
pesados. baixo, gordo, magro, curto, comprido, fino, grosso, largo,
estreito, maior, menor
 Descreve objectos em função do 12
 Desenhar objectos de diferentes  Desenho/pintura de objectos para indicar tamanhos
seu tamanho e peso. tempos
tamanhos;  Modelagem de objectos para indicar tamanhos
 Expressões para indicar o peso: leve/pesado
 Modelar objectos de diferentes
tamanhos;
Pré –leitura
 Identificar sons de diferentes  Exercícios de coordenação sonora:
fontes; - Canções educativas  Distingue sons de diferentes
6
 Cantar canções educativas. - Fontes sonoras (vozes de pessoas, animais, sons de fontes sonoras;
tempos
máquinas; objectos, som do sino da escola, etc.)
- Jogos de identificação de sons

30
Habilidades: Ouvir e falar

OBJECTIVOS
UNIDADE ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz CONTEÚDOS O aluno:
de:
Ouvir e falar
 Aplicar as regras  Normas de convivência escolar:
básicas de convivência - Levantar-se para cumprimentar o professor
na escola; - Levantar a mão para pedir para falar;
 Cantar canções sobre - Ficar na formatura antes de ir para a sala de aula  Convive de forma harmoniosa no 4
normas de convivência - Ficar em sentido para cantar o Hino Nacional ambiente escolar. tempos
escolar. - Cantar o Hino Nacional, em sentido
- Limpar, arrumar e ornamentar a sala de aula
ESCOLA - Colocar o lixo no local adequado

 Dizer o nome da sua  Expressões para indicar o nome da escola:


escola;  A minha escola é…
 A minha sala é…;
 Demonstra evidências de
 Usar expressões para  Espaços da escola: sala de aula, casa de banho, pátio, etc. conhecimento dos diferentes 6
identificar a escola e
contextos sociais que fazem parte tempos
seus espaços;  Função dos espaços escolares. do seu quotidiano.
 Usar expressões para
indicar a função dos
espaços da escola;

31
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear materiais, objectos e Ouvir e falar
mobiliário escolar;  Vocabulário sobre material escolar:
 Caderno, lápis, livro, borracha, afiador, pasta escolar,
quadro, giz, apagador, etc.

 Mobiliário escolar:
 carteira, cadeira, banco, secretária, armário, etc.

 Expressões para identificar os objectos escolares:  Demonstra evidências de


ESCOLA
 Fazer perguntas sobre  O que é isto? conhecimento dos diferentes 12
materiais, objectos e contextos sociais que fazem parte tempos
 Isto é um lápis.
mobiliário escolar; do seu quotidiano.
 O que é aquilo?
 Usar o material escolar em  Aquilo é um lápis.
contextos apropriados.  O que é isso?
 Isso é um lápis.

 Esta carteira é minha.


 Essa carteira é minha.
 Aquela carteira é minha.

32
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões de lateralidade para indicar a Ouvir e falar
posição dos objectos, materiais e mobiliário  Expressões de lateralidade:
escolar; - ao lado/para o lado
 Fazer perguntas de identificação da posição
- à frente/atrás
dos objectos, materiais e mobiliário escolar;
 Posicionar-se segundo instruções; - para frente/ para trás
 Orienta-se em diferentes espaços.
10
 Movimentar-se segundo instruções; - à direita/ à esquerda
tempos

 Identificar a proveniência do som; - para dentro/para fora


 Localizar a proveniência do som. - em cima/em baixo

ESCOLA  Fazer traços livres, rabiscos, garatujas e Pré-escrita


desenhos livres;  Exercícios de coordenação psico- motora:
- Segurar correctamente o lápis
- Traços livres
- Rabiscos e garatujas
 Manuseiar o material escolar: cadernos, livros - Desenhos livres
e folhas de papel;  Realiza com destreza diferentes
10
 Manuseamento do material escolar (folhear actividades manuais, preparatórias
tempos
cadernos e livros; enrolar folhas de papel ou para a escrita.
 Realizar jogos que envolvem movimento; jornal)
 Jogos: neca, jogo de pedrinhas e outros
jogos tradicionais
 Recortar, cortar e dobrar formas simples de  Recorte, colagem e dobragem
sua criação ou desenhadas pelo professor.

33
Habilidades: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Responder às instruções de Ouvir e falar
controlo de presença;  Vocabulário sobre instruções de controlo:
- Presente/ausente

 Instruções simples:
-Levantar/sentar, abrir/fechar, entrar/sair,
perguntar/responder, ir/vir, dizer, andar,
 Obedecer a instruções simples;
correr, saltar, parar, dançar, cantar, jogar, desenhar,
varrer, limpar
ESCOLA  Demonstra evidências de
 Expressões para dar instruções: 10
 Dar instruções; compreensão de instruções
- Levanta-te/senta-te, entra/sai, vai/vem, abre/fecha, tempos
 Reagir a instruções; simples.
diz, anda, corre, joga, desenha, limpa, varre,
pergunta/responde

 Expressões para perguntar e responder


 Usar expressões para
- O que tu fazes?
perguntar e responder sobre
instruções várias; - (Eu) abro a porta.
- O que faz o João?
- O João abre a porta.

34
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões para pedidos de Ouvir e falar
permissão e de desculpas;  Pedido de licença/ permissão:
- Com licença/Posso entrar?
- Senhor(a) professor(a), posso sair?
 Reagir a pedidos de permissão e de - (Senhor(a) professor(a)), posso ir à casa de
desculpas; banho?
 Resposta a pedido de licença:  Convive de forma harmoniosa no 6
- Sim, podes. ambiente escolar. tempos
- Não podes.
 Pedido de desculpas:
- Desculpa/Peço desculpas!
ESCOLA  Resposta a pedido de desculpas:
- De nada! /Não faz mal!

 Usar expressões de lateralidade para Ouvir e falar


indicar a posição dos objectos,  Expressões de lateralidade:
materiais e mobiliário escolar; - Dentro/fora; perto/longe; em cima/em baixo
 Fazer perguntas de identificação da 6
 Orienta-se em diferentes espaços.
posição dos objectos, materiais e tempos
mobiliário escolar;
 Posicionar-se segundo instruções;
Movimentar-se segundo instruções.
 Traçar linhas em diferentes sentidos; Pré-escrita
6
 Fazer círculos de diferentes tamanhos.  Grafismos semi-livres  Escreve grafismos.
tempos

35
Habilidades: Ouvir e falar

OBJECTIVOS ESPECIFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Indicar as pessoas com quem Ouvir e falar
vive;  Membros da família: mãe/pai; irmão/irmã; tio/tia;
avô/avó, etc.
 Expressões para indicar com quem vive
 Dizer o nome dos membros da
-Com quem vives?
FAMÍLIA sua família;
-Eu vivo com…  Identifica os membros da sua
-Ele(a) vive com… família em situações sociais. 3
 Expressões para indicar o nome: tempos
- Como se chama a tua mãe?
- A minha mãe chama-se…
- A mãe dele(a) chama-se…
 Cantar canções sobre os
- Como se chama o teu pai?
membros da família.
- O meu pai chama-se...

36
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear as partes do corpo humano; Ouvir e falar
 Partes do corpo humano:
- Cabeça, cabelos, olhos, boca, dentes,
nariz, orelhas, braços, mãos, dedos, unhas,
barriga, pernas, pés
 Usar expressões relacionadas com as
partes do corpo;  Instruções relacionadas com as partes do  Reage a instruções relacionadas com
6
 Segue instruções relacionadas com as corpo: as partes do corpo;
tempos
partes do corpo; - Levanta a mão .
FAMÍLIA
- Levanta o pé
- Bate palmas
- Abre a boca
 Cantar canções sobre as partes do - Abre o olho
corpo humano. - Fecha a boca
- Fecha o olho
 Seguir instruções de direcção e  Direcção e sentido (revisão):
sentido; - para frente/para trás
 2
Usar expressões para dar instruções de
- para a direita/ para a esquerda  Orienta-se em diferentes espaços.
direcção e sentido. tempos
- para cima/ para baixo

37
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear as peças de vestuário mais usadas na Ouvir e falar
sua comunidade;  Peças de vestuário:
- Saia, blusa, vestido, capulana, bata,
calções, calças, camisa, camisete,
camisola, lenço…
 Fazer perguntas de identificação das peças de
vestuário;
 Perguntas para identificação das peças  Descreve o vestuário em função das
de vestuário: 3
 Responder a perguntas de identificação das cores;
tempos
peças de vestuário; - Que roupa é que o João usou?

- Que roupa é que ele usou?


FAMÍLIA
- Que roupa é que a Amina usou?
- Que roupa é que ela usou?
- O João usou…
 Identificar a cor de diferentes peças de - A Amina usou…
vestuário;
 Cantar canções sobre as peças de vestuário.  Cor do vestuário
 Nomear os espaços interiores e exteriores de  Espaços da casa interiores: quarto, sala,
uma casa; cozinha, casa de banho
 Exteriores: varanda, quintal, latrina  Descreve os espaços exteriores e
capoeira e outros espaços… interiores de uma casa, indicando as 3
funções de cada espaço. tempos
 Usar expressões que indicam a função de cada  Função dos espaços da casa
um dos espaços de uma casa;
 Desenha e pinta uma casa.  Desenho da casa

38
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear o mobiliário existente na Ouvir e falar
sua casa;
 Mobiliário da casa:
 Usar expressões para indicar o cadeira, banco, mesa, cama, armário e sofás
tamanho dos diferentes objectos; 2
 Expressões de tamanho: tempos
grande/pequeno
 Modelar objectos, representando
mobiliário da casa.
 Modelagem do mobiliário da casa
 Nomear os utensílios domésticos  Utensílios domésticos:
existentes em sua casa; prato, copo, caneca, chávena, pires, colher,
 Usar expressões para indicar a colher de pau, garfo, faca, bacia, panela,
utilidade dos utensílios domésticos; fogão, cestos, peneira, pilão, coador, chaleira,  Descreve e identifica utensílios,
pote, bilha, cabaça, ferro de engomar mobiliário e actividades domésticas;
FAMÍLIA  Usa adequadamente as expressões
de comparação e de quantidade;
 Usar expressões para comparar  Expressões de comparação:  Modela utensílios domésticos.
7
utensílios domésticos de diferentes igual/diferente
tempos
tamanhos;
 Expressões de quantidade: muito, pouco, cheio,
 Usar expressões para indicar vazio
quantidades;
 Modelagem de utensílios domésticos
 Modelar objectos representando
utensílios domésticos.
 Usar expressões para indicar  Actividades domésticas:
2
actividades domésticas. Cozinhar, pilar, varrer, limpar, lavar, estender a
tempos
roupa e engomar

39
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear os alimentos mais comuns; Ouvir e falar
 Alimentos:
farinha de milho, mapira, mandioca,
 Indicar os cuidados a ter com a amendoim, ovos, peixe, carne, couve,
 Nomea os alimentos;
alimentação; alface, leite e frutos
 Identifica os alimentos; 2
 Cuidados com os alimentos
 Descreve os cuidados a ter com os tempos
alimentos.
FAMÍLIA  Compor imagens de alimentos a partir
de recorte e colagem;
 Cantar canções sobre alimentos.

 Nomear os períodos do dia;  Períodos do dia: manhã, tarde e noite


 Relação sol/dia, lua/noite
 Indicar os nomes das refeições;  Refeições: pequeno almoço/mata-bicho,  Relaciona os períodos do dia com as 2
almoço, lanche e jantar principais refeições. tempos
 Identificar os períodos do dia em que
se tomam as diferentes refeições.

40
Habilidade: Pré-escrita

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Desenhar grafismos orientados Pré-escrita
para as vogais;  Grafismos orientados.
2
 Representar a duração do som tempos
através de tracinhos curtos e  Representação gráfica do som.
longos.
 Identificar as vogais; Ler e escrever
 Ler vogais;  Introdução das vogais: i, u, o, e, a.
 Escrever vogais;
 Modelar vogais;  Modelagem de vogais
 Cantar canções sobre vogais;  Canções sobre vogais
FAMÍLIA  Lê e escreve as vogais;
 Escrever as vogais em letras  Vogais em letra maiúscula e minúscula
 Lê e escreve ditongos orais.
- Cópia 50
minúsculas e maiúsculas;
tempos
 Escrever as vogais ditadas; - Ditado
(Dez
- Ditongos orais: ai, oi, ui, ia, au, eu, ao,
tempos
 Ler ditongos formados por ei
para
diferentes vogais; cada
 Modelagem
vogal)
 Escrever ditongos formados por  Desenho, pintura e recorte de vogais
diferentes vogais;
 Modelar as vogais para formar
ditongos;
 Desenhar, pintar e recortar
vogais para formar ditongos.

41
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomear objectos usados na Ouvir e falar
higiene corporal;  Vocabulário relacionado com higiene corporal:
- escova de dentes, mulala, pasta dentífrica,
 Desenhar e pintar objectos pente, sabão, sabonete e toalha
usados na higiene corporal;  Desenho/pintura
 Usar expressões para indicar os  Normas de higiene corporal:
cuidados de higiene corporal; - tomar banho
- lavar as mãos
- escovar os dentes
 Fala sobre as principais regras de
 Cantar canções sobre higiene - pentear o cabelo
FAMÍLIA higiene;
corporal; - cortar as unhas 3
- lavar a roupa  Cumpre com as regras de higiene
tempos
corporal.
 Construir frases usando as - engomar a roupa
palavras que exprimem o tempo;
 Responder a perguntas sobre os
períodos do dia em que se  Palavras que exprimem tempo:
realizam as principais - antes, agora e depois
actividades no ambiente - ontem, hoje e amanhã
familiar;

 Cantar canções contendo


expressões de tempo.

42
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões para  Normas de convivência familiar
cumprimentar e despedir-se dos
familiares.

 Cumprir as normas de prevenção  Normas de prevenção de acidentes domésticos: ter


de acidentes domésticos; cuidado com objectos cortantes, fogo e produtos
 Aborda as principais formas de
inflamáveis e/ou tóxicos
prevenção de acidentes domésticos;
5
FAMÍLIA  Conta pequenas histórias;
 Cantar canções sobre normas de  Canções sobre prevenção de acidentes domésticos tempos
prevenção de acidentes domésticos.  Reconta histórias e adivinhas
relacionadas com a família.
 Recontar, oralmente, histórias e  Histórias e adivinhas
adivinhas ouvidas, relacionadas
com a família;
 Contar pequenas histórias,
fábulas, adivinhas, relacionadas
com a família.

43
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Desenhar grafismos orientados para as Pré-escrita
letras em estudo.  Grafismos orientados para as letras (m, p, 2
t, l, n) tempos

 Identificar letras em estudo; Ler e escrever


 Ler sílabas, palavras e frases;  Introdução de m, p, t, l, n
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases,
com caligrafia correcta;  Letras:
 Interpretar palavras e frases; - Letra cursiva e de imprensa
 Usar letras maiúsculas e minúsculas na
escrita de letras, palavras e frases;  Sílabas  Lê e escreve palavras e frases, com
 Relacionar letra cursiva com a de as letras já aprendida; 50
FAMÍLIA imprensa;  Palavras  Distingue a letra cursiva da letra da tempos
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases  Frases imprensa; (Dez
ditadas;  Cópia  Usa na sua escrita a letra cursiva. tempos
 Identificar letras, palavras a partir de  Ditado para
imagens;  Caligrafia cada
 Relacionar imagens com letras, palavras e letra)
frases;  Relação palavra-gravura.
 Recortar e colar letras para formar
palavras;  Recorte e colagem de letras
 Desenhar imagens relacionadas com as  Desenho/pintura
palavras formadas;
 Cantar canções relacionadas com as  Canções
palavras formadas.

44
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar a posição relativa à Ouvir e falar
escola, ao material escolar, aos  Expressões e palavras para indicar a
alunos e ao professor; posição: à volta de, ao lado de, dentro de,
 Posicionar-se seguindo instruções; perto de, longe de, aqui, ali, lá,
 Responder a perguntas de próximo/afastado  Orienta-se em diferentes espaços. 4
identificação da posição da escola, - O aluno está perto da janela. tempos
do material escolar, dos colegas e - A menina está ao lado da porta.
do seu professor. - Os meninos estão dentro da sala.
- A árvore está longe da sala.
ESCOLA
 Identificar os dias de semana;  Dias de semana: Segunda-feira, Terça-
 Constrói frases usando os dias de feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-
semana; feira, Sábado e Domingo
 Dias úteis: Segunda, Terça, Quarta, Quinta
 Descreve as actividades que realiza nos 2
e Sexta
diferentes dias de semana. tempos
 Cantar canções relacionadas com  Fim-de-semana: Sábado e Domingo
os dias de semana.

45
Habilidades: Ouvir e falar

OBJECTIVOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
ESPECIFICOS CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno:
O aluno deve ser capaz de:
 Usar expressões para Ouvir e falar
formular pedidos;  Expressões para formular pedidos de
desculpas.
 Reagir a pedidos. - Desculpa .
- Peço desculpa.
 Expressões para reagir a pedidos de desculpas:
- Não faz mal!
- Estás (está) desculpado!
- Está bem. Eu desculpo!
- Não tem de quê!  Expressa-se com boa educação e cortesia
 Expressões para formular pedidos: em situações de formulação de
- Posso falar? Pedidos;
6
ESCOLA - Podes falar mais alto/baixo?  Reaje com boa educação e cortesia em
tempos
- Pode explicar melhor? situações de formulação de
- Podes repetir? Pedidos.
- Diz outra vez.
- O que é que eu faço?
- Posso abrir o livro/ caderno?
- Por favor, podes ajudar-me a abrir a pasta?
- Podes ajudar-me a carregar a carteira/ limpar
a sala, etc.?
 Expressões para reagir a pedidos:
- Sim, posso ajudar!
- Com certeza!
- Desculpa, não posso!

46
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões para agradecer; Ouvir e falar
 Usar expressões para reagir a  Expressões para agradecer:
agradecimentos. - Muito obrigada(o)!
2
 Expressões para reagir a agradecimentos
tempos
- De nada!
- Não tem de quê!
- Não tem nada que agradecer.
 Usar expressões para felicitar;  Expressões para felicitar:
 Usa expressões para reagir a - Parabéns! 1
felicitações.  Expressões para reagir a felicitações  Expressa-se com boa educação e cortesia tempo
ESCOLA - Obrigada (o)! em situações de agradecimento,
 Usar expressões para manifestar  Expressões para exprimir dor felicitação e manifestação de dor e
dor. - Dói (muito)! preferência. 1
- Sinto muita dor. tempo

 Usar expressões para manifestar  Expressões para manifestar preferências:


preferências. - Gosto mais do galo do que do pato.
- Gosto mais da girafa do que do elefante
2
etc.
tempo
- Prefiro o gato.
- Escolho a manga.

47
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Desenhar e/ou pintar imagens relacionadas com Pré-escrita
os grafismos;  Desenho/pintura
2
 Cobrir os grafismos tracejados;  Grafismos orientados para as letras
tempos
 Desenhar correctamente grafismos orientados c, d, v, b, r, g
para as letras em estudo.
Ler e escrever
 Ler letras, sílabas, palavras e frases;  Introdução de: c, d, v, b, r, g.
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases, com  Letras minúsculas e maiúsculas.
caligrafia correcta;  Letra de imprensa e cursiva.
 Interpretar palavras e frases;
ESCOLA  Lê e escreve sílabas;
 Usar letra maiúsculas e minúsculas na escrita de  Sílabas 60
 Lê e escreve palavras e frases, com as
(continuação) letras, palavras e frases; tempos
letras já aprendidas.
 Relacionar letra cursiva com letra de imprensa;  Palavras (Dez
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases  Frases tempos
ditadas;  Cópia para
 Identificar letras e palavras a partir de imagens;  Ditado cada
 Relaciona imagens com letras, palavras e frases;  Caligrafia letra)
 Relação imagem-palavra, frase

 Desenhar/pintar imagens que representam as  Desenho/pintura


palavras aprendidas.

48
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


Conteúdos CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os principais lugares públicos; Ouvir e falar
 Lugares públicos:
- Escola
- Hospital
 Usar expressões para indicar a função - Mercado/loja/ barraca/feira
dos lugares públicos; - Igreja/mesquita
 Desenhar imagens relacionadas com os - Jardim
lugares públicos. - Campo de jogos
 Função dos lugares públicos
 Desenho dos lugares públicos  Descreve os lugares públicos e as
6
 Identificar as profissões/ ocupações mais Ouvir e falar actividades da sua comunidade;
tempos
comuns na sua comunidade;  Actividades comunitárias: agricultura,  Descreve as profissões existentes na
 Construir frases empregando profissões; pastorícia, pesca. sua comunidade.
 Profissões/ocupações:
 Relacionar as profissões com as - Professor
COMUNIDADE instituições/lugares; - Enfermeiro
- Camponês
(continuação) - Agricultor
 Cantar canções sobre profissões. - Comerciante
- Padre/Maulana/Pastor
 Relação profissão/ instituição (lugar).

 Recontar histórias, adivinhas e Ouvir e falar


lengalengas ouvidas, relacionadas com a  Histórias, adivinhas e lengalengas.
sua comunidade;
 Contar pequenas histórias, adivinhas e
lengalengas relacionadas com a sua  Manifesta-se culturalmente através de
4
comunidade.  Canções típicas da comunidade danças e hostórias típicas da sua
tempos
 Cantar canções típicas da sua  Danças típicas da comunidade comunidade.
comunidade;

 Praticar danças típicas da sua


comunidade.

49
Habilidades: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os meios de transporte mais Ouvir e falar
comuns;  Meios de transporte: bicicleta, motorizada,
carro, avião, barco e comboio
 Relacionar os meios de transporte com  Meios de transporte e as vias de circulação
 Descreve os meios de transporte e a 5
as vias de circulação; (Terrestre, aéreo e marítimo)
sua função. tempos
 Mencionar a utilidade dos meios de  Utilidade dos meios de transporte
transporte;  Modelagem dos meios de transporte
 Modelar os meios de transporte;  Desenho/pintura dos meios de transporte
 Desenhar os meios de transporte.
 Indicar as regras de prevenção de Ouvir e falar
acidentes;  Regras de prevenção de acidentes:
 Depositar o lixo nos lugares - Cuidados a ter com o fogo, com as minas e  Assume atitudes de prevenção de 2
apropriados; com os carros acidentes. tempos
COMUNIDADE  Evitar brincar com o lixo. - Cuidados a ter com o lixo (deitar o lixo em
lugares apropriados.)
(continuação)
Ouvir e falar
 Mencionar alguns Heróis  Datas festivas e comemorativas:
Moçambicanos (Eduardo Mondlane, - Dia dos Heróis Moçambicanos: 3 de
Samora Machel e Josina Machel); Fevereiro
 Demonstra evidências de
 Cantar canções sobre datas festivas e - Dia do pai: 19 de Março
conhecimento das datas festivas e
comemorativas; - Dia da Mulher Moçambicana: 7 de
comemorativas;
 Praticar danças da comunidade Abril
 Expressa-se sobre o significado de 5
 Utilizar diferentes materiais para - Dia da Mãe: 2º domingo de Maio
datas festivas e comemorativas. tempos
fazer objectos simples alusivos às - Dia da Criança: 1 de Junho
datas festivas e comemorativas. - Dia da Independência Nacional: 25 de
Junho
 Canções sobre datas festivas e
comemorativas.
 Danças

50
Habilidade: Pré-escrita

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Desenhar grafismos orientados para as Pré-escrita
letras em estudo.
4
 Grafismos orientados para as letras s, j,
tempos
f, z, h, q, x

 Ler sílabas, palavras, frases e pequenos Ler e escrever


textos;  Introdução das letras: s, j, f, z, h, q, x
 Escrever letras, sílabas, palavras, frases e  Letra cursiva e de imprensa
pequenos textos, com caligrafia correcta;  Sílabas 70
COMUNIDADE  Lê e escreve as letras, as sílabas,
 Interpreta palavras e frases, pequenos  Palavras tempos
palavras e frases simples e pequenos
(continuação)
textos;  Frases textos com as letras já aprendidas.
(Dez
 Relacionar letra cursiva com letra de  Pequenos textos tempos
imprensa;  Cópia para
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases  Ditado cada
ditadas;  Caligrafia letra)
 Identificar letras, palavras a partir de  Relação imagem-palavra
imagens;
 Relacionar imagens com letras, palavras
e frases.

51
Habilidade: Ouvir e falar

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Elaborar frases sobre a utilidade dos Ouvir e falar
elementos do ambiente;  Elementos do ambiente: areia, água,
 Identificar elementos que compõem o pedras, plantas e animais 3
ambiente; 4 tempos
 Cantar canções relacionadas com os
elementos do ambiente.
 Usar expressões para descrever os elementos  Adjectivos avaliativos (revisão): grande,
do ambiente; pequeno, alto, baixo, gordo, magro,
 Descreve o ambiente, referindo-se aos
curto, comprido, fino, grosso, largo,
seus elementos e preservação; 4
estreito, igual, diferente, maior, menor.
AMBIENTE  Usa no seu discurso oral e escrito os tempos
 Fazer estampagem dos elementos do  Cores
adjectivos avaliativos; as expressões
ambiente;
de temperatura.
 Pintar paisagens.
 Usar expressões para distinguir diferentes  Expressões para avaliar a temperatura: 2
estados de temperatura dos corpos. quente, frio, gelado tempos
 Explicar os cuidados a ter com o ambiente;  Cuidados a ter com o ambiente:
 Aplicar os cuidados a ter com o ambiente. - Evitar queimar as plantas
2
- Evitar pisar a relva
tempos
- Deitar o lixo em locais apropriados

52
Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os animais domésticos mais Ouvir e falar  Identifica os anumais domésticos;
comuns;  Animais domésticos: galinha, pato,  Descreve animais domésticos e
 Identificar os animais selvagens mais gato, cão, cabrito, boi, burro e pombo selvagens, e sua utilidade.
conhecidos;  Animais selvagens: macaco, girafa,
 Distinguir os animais domésticos dos gazela, elefante, hipopótamo, cobra e
selvagens; leão

 Usar expressões para indicar animais


próximos e afastados;
AMBIENTE
 A importância dos animais domésticos: 9
- a galinha dá-nos ovos e carne tempos
 Indicar a utilidade dos animais domésticos; - a vaca dá-nos carne, leite e pele
- o cão guarda a casa

 Identificar os nomes dos animais através da


sua voz;  Vozes de animais

 Desenhar/pintar animais.

53
Habilidade: Ouvir e falar
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as plantas do seu meio; Ouvir e falar  Identifica as plantas e as suas partes;
 Identificar as partes de uma planta;  Plantas  Descreve as plantas, suas cores,
 Nomeiar os frutos mais comuns no seu  Partes da planta: raiz, folha, flor e fruto sabor dos frutos e formas de
meio;  Frutos protecção.
 Descrever os frutos em função da sua cor e  Cores: verde, vermelho, amarelo, azul,
sabor; branco, preto, castanho
 Sabores: doce, azedo, amargo e picante: 8
- a laranja é doce tempos
 Relacionar a árvore com o fruto; - o limão é azedo
 Cuidar das plantas; - o piripiri é picante
 Cantar canções sobre frutos e cores. - o paracetamol é amargo
AMBIENTE  Relação árvore/fruto
.
 Cuidados a ter com as plantas (regar, não
(Continuação)
queimar, etc.)

 Nomeiar as fontes de água; Ouvir e falar  Fala sobre a importância da água.


 Distinguir os sabores da água;  Fontes de água: poço, fontenária, rio e 3
lago tempos
 Sabor da água: doce, salgada
 Distinguir a água limpa da água suja;  Água limpa e água suja
 Usar expressões sobre a utilidade da água.  Utilidade da água:
3
- Consumo
tempos
- Higiene
- Rega

54
Habilidade: Ler e escrever

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Ler sílabas, palavras, frases e pequenos Ler e escrever
textos;  Introdução de k, w, y  Lê e escreve frases e pequenos
 Escrever letras, sílabas, palavras, frases e textos;
pequenos textos, com caligrafia correcta;  Letra cursiva e de imprensa  Identifica a pontuação e a
 Interpretar palavras, frases e pequenos acentuação. 30
textos;  Sílabas tempos
 Relacionar letra cursiva com a de imprensa; (Dez
 Escrever letras, sílabas, palavras e frases  Palavras tempos
ditadas;  Frases para
 Identificar letras e palavras a partir de  Pequenos textos cada
AMBIENTE imagens;  Cópia letra e
 Relacionar imagens com letras, palavras e  Ditado seis
frases;  Caligrafia aulas
 Usar pontuação adequada em frase;  Relação imagem-palavra para a
 Usar acentuação adequada em frases.  Pontuação: consoli
- Ponto final; dação)
- Vírgula;
- Ponto de interrogação
 Acentuação
- Til

Currículo Nacional: 480 tempos


Currículo Local: 128 tempos
Total: 608 tempos

55
Sugestões Metodológicas

1ª CLASSE

Em Moçambique, como já nos referimos, a situação linguística das crianças que entram pela primeira
vez na escola, apresenta três cenários principais: crianças que falam Português como língua materna
(L1), crianças que falam Português como língua segunda (L2) e crianças que não falam Português.
Neste contexto, as sugestões que a seguir se apresentam têm em conta os três cenários e visam o
desenvolvimento de competências da Língua Portuguesa relativas aos domínios de ver, ouvir, falar,
ler e escrever.

1. Período de Ambientação

A chegada da criança à escola tem para ela um significado muito especial, pois representa uma
mudança de meio a que está habituada para outro totalmente diferente e desconhecido: a escola.

Torna-se importante que, nos primeiros momentos de contacto entre a criança e a escola, se propicie
um ambiente e clima favoráveis à sua socialização. Para tal, durante o período de ambientação, a
escola deve proporcionar à criança actividades próprias desta fase, tais como jogos, danças e canções
da região, canções acompanhadas de mímica - do seu agrado - manuseio de materiais com que
rabisca, desenha, pinta e recorta.

Nesta faixa etária, as actividades de recorte devem ser realizadas com as mãos, ou com instrumentos
que não constituam perigo para as crianças, como por exemplo, tesouras para papel com pontas
arredondadas. Importa referir que o professor deve valorizar estas práticas, porque são muito
importantes para o desenvolvimento da destreza manual (libertação dos dedos) e da motricidade fina
(delicadeza no manuseio dos materiais).

A criança ainda pequena aprende a desenhar. Mesmo que para os adultos sejam simples rabiscos,
essa forma de expressão da criança é uma descoberta das suas capacidades. O desenho da criança
revela a sua expressão afectiva, porque representa as suas vivências e os seus sonhos. Nesta classe,
todo o desenho do aluno é bom. O professor não deve comparar os desenhos das crianças com os dos

56
adultos, pois os desenhos infantis não são fiéis à realidade. Deste modo, deve ter o cuidado de não
criticá-los, mas sim motivá-los a continuar.

O professor não deve dizer algo que, mesmo vagamente, decepcione a criança, porque pode diminuir
ou anular o seu nível motivacional em relação à escola. Por isso, o professor deve respeitar e estar
atento, porque essas representações criarão um importantíssimo meio de comunicação entre elas.
Assim como na comunicação verbal, a comunicação através da imagem acompanha um processo
mental que percorre todas as etapas do desenvolvimento da criança.

Os desenhos livres podem constituir oportunidades para o desenvolvimento da oralidade. Por isso, o
professor, à medida que vai acompanhando os trabalhos dos alunos, poderá pedir-lhes que falem
sobre o seu conteúdo.

A observação directa de vários sectores da escola pode constituir momentos para conhecer diferentes
espaços da escola, tais como: a sala de aulas, o recreio, o campo de jogos, o jardim, a horta e a casa
de banho/latrina.

Na fase de ambientação, a criança, integrada na sua turma, deverá ser levada a desenvolver pequenas
actividades, a saber: recolha de diversos materiais da natureza e de outro tipo, tais como pauzinhos,
folhas, pedrinhas, assim como pode limpar e embelezar a sala de aulas, conservar o jardim, a horta,
etc. Estas actividades podem contribuir para se estabelecer uma ambientação das crianças à escola,
aos companheiros e, sobretudo, ao professor.

Durante esta fase, é normal que a maioria das crianças, sobretudo nas zonas rurais, não saiba
comunicar em Português. Para contornar esta situação, sempre que se afigure necessário, o professor
pode recorrer ao uso da(s) língua(s) moçambicana(s).

Importa frisar que a língua local só pode ser usada, como recurso, em último caso, isto é, depois de se
usar os meios concretizadores, tais como o cartaz, o desenho, a mímica, os gestos, entre outras
alternativas que possam levar o aluno a entender o que se diz.

57
2. Oralidade

A comunicação oral é o primeiro estágio do ensino-aprendizagem de uma língua. Esta forma de


comunicação, em Português, deve ser uma preocupação constante da escola, em geral e, do professor,
em particular.

Na primeira classe, a oralidade deve percorrer todo o processo de ensino-aprendizagem do Português,


quer dizer, desde a fase de ambientação até à produção de palavras, frases e pequenos textos.

Na fase de aquisição de pré-requisitos da leitura e escrita, a oralidade será feita a partir de actos de
fala/expressões linguísticas. As expressões linguísticas são frases ou sequência de frases que
reportam variadas situações da vida real ou imaginária. Tais situações, como já foi referido, estão
integradas nos conteúdos das diferentes unidades temáticas.

A repetição das palavras durante a aprendizagem da oralidade constituiu um aspecto importante.


Neste caso, o uso da música pode tornar esta actividade mais prazerosa, pois as crianças gostam de
cantar e, por isso, não sentirão o possível desconforto que a repetição pode provocar. Além disso, o
carácter lúdico da música facilita a aprendizagem, pois desenvolve a imaginação, a memória, a
concentração e a auto-disciplina. As canções devem, sempre que possível, ser utilizadas como
estratégias de aprendizagem ou consolidação das competências definidas no Programa de Ensino,

No início da aprendizagem do Português, como língua segunda (L2), deve existir uma etapa de
iniciação à oralidade que antecede a introdução da leitura e da escrita. Assim, propõe-se um fundo de
tempo equivalente a 116 tempos lectivos para a oralidade inicial. Porém, na 1ª classe, a oralidade está
presente em todas as aulas.

A oralidade inicial destina-se, entre outros fins, à aprendizagem de formas elementares de


comunicação. A duração desta fase prévia deve estar de acordo com o nível de domínio da Língua
Portuguesa pelos alunos.

O fundo de tempo proposto foi calculado considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos
que chegam à escola sem falar a Língua Portuguesa.

No caso das crianças que já falam a Língua Portuguesa antes de frequentarem a escola, o professor
pode encurtar o período da oralidade inicial e começar a aprendizagem da leitura e escrita.

58
Normalmente, nas turmas, o professor é confrontado com a coexistência de três contextos
linguísticos:

Alunos que têm o Português como L1, uns que têm o Português como L2 e outros ainda que têm o
Português como LE. Neste caso, o professor deve trabalhar com todos, aproveitando os alunos que já
falam Português para apoiarem os que ainda não falam esta língua, pois os alunos sentem-se
motivados quando são ensinados ou apoiados pelos colegas, ansiando um dia virem a usar tão bem a
língua, quanto os colegas. Podem ainda trabalhar aos pares, ou em grupos.

Durante o processo de ensino-aprendizagem da oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes


aspectos:

 Verificar, sistematicamente, o domínio do vocabulário aprendido através de diálogos, jogos,


simulações, leitura de imagens, canções, dramatizações, etc.

 Retomar o vocabulário anterior quando se introduzem novos vocábulos, como forma de


consolidação permanente.

 Consolidar uma expressão de cada vez, antes de se introduzir a outra. Ex: as expressões
“Adeus, até amanhã, até logo” não podem ser ensinadas todas no mesmo dia.

 Sequenciar a ordem de introdução do vocábulo em função do que existe na escola e à sua


volta.

No momento em que os alunos iniciam a aprendizagem da Língua Portuguesa, o professor deve:

a) Ter consciência de que os alunos possuem uma tendência natural para a oralidade, isto é, a
facilidade que as crianças têm para aprender línguas;
b) Assegurar, tanto quanto possível, a apresentação dos objectos a que se faz referência em
Português;
c) Aproveitar ao máximo todas as formas de comunicação (os gestos, as imagens, as canções , as
danças, os jogos, etc.) como contributo para a compreensão do que diz;
d) Recorrer a vivências dos alunos e sua cultura, como base da comunicação oral adequada, útil
e eficaz.

59
2.1. Oralidade Inicial para os alunos que não falam a Língua Portuguesa
A oralidade inicial é uma fase crucial para as crianças que não falam a Língua Portuguesa quando
chegam à escola e dela depende o sucesso da aprendizagem da leitura e da escrita. Nesta fase, o
ensino da língua, torna-se mais alegre e menos monótono, combinando actividades de ambientação e
de desenvolvimento psico-motor. Em seguida, apresentam-se algumas sugestões (que completam as
que se encontram no Programa):

 Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades


temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.

 Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:


cumprimento: simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”; na
família “Boa tarde, mamã”; na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.

 Manter os vocábulos ou expressões em estudo até à sua consolidação. Ex: ao praticar as


expressões “Como te chamas? / Eu chamo-me...” não se deve ao mesmo tempo usar as outras
expressões alternativas, tais como: “Qual é o teu nome? / Quem és tu?”

 Ornamentar a sala de aula e outros espaços da escola com imagens, cartazes, recortes de
revistas e jornais, dizeres em Português e desenhos ou objectos produzidos pelos alunos para
o treino da oralidade. O professor deve actualizar as imagens de acordo com o conteúdo
programático em estudo.

 Contar, histórias alegres que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem palavras ou expressões que já conhecem.

 Incentivar os alunos a ouvir a rádio ou ver a televisão, para o contacto com o Português, pelo
menos 10 minutos por dia.

 Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor: folhear, tactear, rabiscar, entre


outros.

 Realizar exercícios de reconhecimento de sons semelhantes e diferentes através de jogos,


canções, pequenos poemas (imitar vozes de animais, sons da natureza e de objectos, ruídos
diversos, toques, batidas, timbres corporais, etc.).

60
2.2. Oralidade inicial para os alunos que já falam a Língua Portuguesa

Os alunos que já falam a Língua Portuguesa também devem desenvolver uma oralidade inicial
orientada para o desenvolvimento de um vocabulário básico e para a familiarização com diferentes
formas da língua, ao mesmo tempo que se integram no novo ambiente escolar e realizam exercícios
de desenvolvimento psico-motor. Eis algumas sugestões:

 Exercitar o vocabulário básico através de pequenos diálogos, simulações, jogos de papéis, etc.

 Usar constantemente o vocabulário aprendido em diferentes situações de comunicação. Ex:


cumprimento - simular situações de cumprimento na escola, “Bom dia, senhor professor”, na
família “Boa tarde, mamã”, na comunidade “Boa noite, senhor enfermeiro”, etc.

 Realizar exercícios para o desenvolvimento psico-motor tais como folhear, tactear, rabiscar,
etc.

 Contar histórias engraçadas que incluam os vocábulos em estudo e pedir aos alunos que
identifiquem as palavras ou expressões que já conhecem e a moral da história.

Por exemplo: ao ensinar as expressões para cumprimentar, o professor pode contar a seguinte
história:

Era uma vez, um menino chamado Malumbe que se esquecia de cumprimentar os pais, ao acordar.

Numa manhã, antes de ir à escola, pediu à mãe que lhe desse pão ou mandioca para o lanche na
escola.

A mãe, muito triste, respondeu-lhe:

- Bom dia! O meu filho ainda está a dormir, pois quando ele acordar, a primeira coisa que vai fazer
será cumprimentar-me dizendo, “Bom dia, mãe!”

O menino ficou envergonhado, pediu desculpas à mãe e prometeu mudar.

Daquele dia em diante, o Malumbe passou a ser um menino educado e cumprimentava toda a gente
dizendo: bom dia, boa tarde, boa noite, conforme o período do dia.

Fonte: Grupo de Lingua Poruguesa do INDE ( 2013)

61
2.3. Desenvolvimento da oralidade

O desenvolvimento da oralidade deve ser permanente. Após a aquisição do vocabulário básico, o


professor deve continuar com as actividades que permitam o enriquecimento do vocabulário, tais
como:

 Exercitar novas palavras, recorrendo a objectos e imagens, fazendo sempre relação com a
realidade e com as letras já aprendidas.

 Recontar pequenas histórias ouvidas (do professor, de colegas, de familiares), lidas ou


vividas.

 Realizar jogos de identificação de objectos, dentro e fora da sala de aula.

 Exercitar o uso do vocabulário básico (palavras ou expressões) previsto nas unidades


temáticas, através de simulações, imagens, dramatização, mímica, canto, dança, jogos, etc.

 Ordenar as acções de uma história desordenada, em grupos, para estimular o uso da língua
entre os alunos.

 Fazer exercícios de identificação de palavras do mesmo grupo ou não. Ex: dar um conjunto de
palavras para que os alunos identifiquem a palavra que não faz parte do grupo, ou as que
formam um grupo. Ex: banana, laranja, cão, manga.

Na continuação do processo de ensino-aprendizagem, o desenvolvimento da oralidade deve convergir


com o desenvolvimento da leitura, da compreensão e da produção escrita.

Nesta classe, para o desenvolvimento da expressão oral, propõem-se, de entre outras, as seguintes
actividades:

 Ouvir;
 Falar;
 Agir segundo orientações;
 Observar e descrever imagens;
 Narrar pequenas histórias com o apoio de imagens;
 Recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
 Recitar poemas;
 Fazer jogos orais;

62
 Dramatizar situações do dia-a-dia;
 Cantar canções educativas.

O canto é um elemento que auxilia no desenvolvimento da oralidade. Quando as crianças cantam


ampliam o seu vocabulário básico. Enfim, ajuda no desenvolvimento da comunicação e da
linguagem, condição essencial para a sobrevivência da pessoa humana.
As canções para a aprendizagem devem ser pequenas e estar de acordo com o tema em tratamento.
No ensino e aprendizagem das canções, apela-se à criatividade do professor, bem como ao uso de
métodos adequados, de forma a satisfazer as necessidades de cada aprendizagem.

Antes de começar a canção, o professor deve preparar psicologicamente os seus alunos, motivando-
os para a actividade que irão realizar em seguida.

É importante que o professor cante primeiro a canção do princípio ao fim, de modo a expô-la
completamente aos seus alunos.

O refrão ou coro numa canção é a parte mais fácil e mais repetida; por isso, aconselha-se que seja a
primeira a ser ensinada, antes das estrofes.

Neste nível, aconselha-se que o professor cante um extracto de uma frase e logo de seguida peça aos
alunos para repeti-lo e, assim, sucessivamente, até ao fim da canção.

Para finalizar a aprendizagem da canção, o professor deve cantá-la toda, estrofe por estrofe e depois
pedir aos alunos para realizarem a mesma actividade.

Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:

 Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;


 Partir do nível de conhecimento dos alunos como base para as aquisições orais seguintes;
 Respeitar os ritmos de aprendizagem individual dos alunos;
 Utilizar exercícios de repetição de frases, palavras e sílabas, como meio de treino do aparelho
fonador (órgão responsável pela fala), sempre que necessário;
 Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da correcta e
fluente, evitando correcções sistemáticas.

63
3. Pré-Leitura e Pré-Escrita

A pré-leitura e a pré-escrita constituem uma fase que antecede a iniciação da leitura e da escrita.

É o momento em que o aluno adquire os pré-requisitos intelectuais e motores que o habilitarão, mais
tarde, a enfrentar, com sucesso, a aprendizagem da leitura e da escrita. O desenvolvimento das
actividades preparatórias da leitura e da escrita devem estar intimamente ligadas à oralidade.

A pré-leitura e a pré-escrita devem ser traduzíveis em acções cuja materialização implique a


interacção professor/aluno, aluno/aluno, com base em situações de comunicação autênticas,
reportadoras de contextos próximos, conhecidos e motivadores da criança.

Nesta fase, o aluno, sob a orientação do professor, deve desenvolver:

Exercícios de coordenação motora - exercícios para ensinar a criança a controlar (coordenar) os


seus movimentos e que desenvolvem a destreza manual e a motricidade fina.

A destreza manual é a capacidade de as mãos e os dedos fazerem movimentos coordenados. Em


crianças, a destreza manual, normalmente, é desenvolvida através de actividades que exigem também
a coordenação motora e visual.

A motricidade fina é a capacidade de executar movimentos finos com controlo e destreza, como por
exemplo, usar com delicadeza uma tesoura ou um lápis. Esta constitui uma das competências-chave a
ser desenvolvida desde tenra idade, possibilitando, à posterior, bons resultados na escrita e na
matemática.

É importante desenhar, rasgar, recortar, colar, modelar e pintar, pela necessidade natural que a
criança tem de se comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.
Estas actividades contribuem para o desenvolvimento infantil e a criatividade, melhorando
consideravelmente a motricidade fina.

Os jogos rítmicos populares (batimento de palmas e pés, estalos com os dedos das mãos, etc.)
permitem o desenvolvimento da psicomotricidade, preparando, assim, a destreza manual da criança.

Exercícios de lateralidade - exercícios para desenvolver a capacidade de orientação no espaço: à


esquerda, à direita, em cima, em baixo, ao lado. A aquisição destes pré-requisitos habilitará o aluno a

64
saber, por exemplo, que, em Língua Portuguesa, se escreve da esquerda para direita e de cima para
baixo; distinguir o b do d, o p do q, o n do u; o t do f; o j do i; e o n do m.

Exercícios de percepção auditiva - exercícios que ensinam as crianças a reconhecerem e a


distinguir os diferentes sons. Esta capacidade levá-la-á, posteriormente, a distinguir a pronúncia das
letras, sílabas e palavras, na aprendizagem da leitura e escrita.

No ensino e aprendizagem da leitura inicial, exige-se que a criança conheça e identifique os sons das
letras e das palavras. Neste aspecto, a música pode ajudar no desenvolvimento das capacidades
auditivas que, por sua vez, facilitarão a fixação e memorização dos sons que constituem as letras e
palavras em estudo.

Exercícios de percepção visual - exercícios que ensinam as crianças a distinguir, através da vista, a
forma, a cor e o tamanho de objectos, seres, figuras/imagens. Esta capacidade é importante para o
aluno distinguir, na aprendizagem da leitura e da escrita, a configuração das letras e das sílabas.

Grafismos - os grafismos, como exercícios preparatórios, constituem actividades psicomotoras para


a iniciação da leitura e escrita. Para o sucesso deste trabalho, os grafismos devem:

a) Ser repetidos e retomados antes da iniciação à escrita de cada letra;


b) Ser aproveitados para motivar as actividades de compreensão e de expressão orais;
c) Estar relacionados com o sentido, direcção e a forma desses elementos;
d) Ser explorados em diferentes dimensões, amplitudes e ligações;
e) Evoluir de grafismos livres para dirigidos, sem se deixar de praticar os primeiros;
f) Ter formas ligadas aos movimentos dos seres reais que a criança conhece, por exemplo:
pingos de chuva, fumo, guarda-chuvas abertos e fechados, curvas (de uma estrada ou
caminho), sol, bola, lua, ondas, cobras, ziguezagues, saltos do coelho, montes, etc.

Sugere-se, como exercício de pré-escrita de grafismos e letras, os seguintes passos:

 1° com o dedo no ar;


 2° com o dedo no tampo da carteira;
 3º com um pauzinho no chão;
 4° com giz no quadro;
 5° com o lápis no caderno.

65
4. Leitura e Escrita

A aprendizagem da leitura e da escrita, como a de qualquer outra habilidade, passa por três fases: a
fase cognitiva, a fase de domínio e a fase de automatização.

Na fase cognitiva, o aluno apercebe-se da funcionalidade da leitura e dos meios de que se vai servir
para se beneficiar dessa funcionalidade. Para o efeito, o aluno deve ser confrontado com diferentes
tipos de texto (literatura infantil, revistas, jornais, etc.), com e sem imagem, para que se sinta
motivado a conhecer o conteúdo dos mesmos, através da leitura. Em presença de textos interessantes,
cuja mensagem só lhe chega através da leitura do professor, o aluno vai “descobrir” a funcionalidade
da leitura e adquirir a capacidade de ler com maior facilidade.

Na fase de domínio, o aluno deve treinar e aperfeiçoar a realização das actividades necessárias para
atingir a funcionalidade da leitura. Este treino é efectuado a partir de exercícios de pré-escrita, de pré-
leitura e de grafismos.

Na fase de automatização, o aluno tem já habilidades suficientes que lhe permitem ler e escrever,
sem que realize um controlo consciente do acto de ler e de escrever.

A aprendizagem da leitura e escrita deve estar assente na competência comunicativa e ser


desenvolvida por um processo integrado, em que:

 a aprendizagem da leitura e da escrita seja simultânea;


 a aprendizagem da leitura e da escrita da palavra não se desligue de todo um concreto que é
a frase, relacionada com uma situação de comunicação, criada ou aproveitada;
 a frase em situação deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada, de acordo com o
objectivo principal da aprendizagem de uma língua: a comunicação;
 o método deve privilegiar a leitura e a interpretação da frase e da palavra, de acordo com a
apreensão sincrética da criança;
 a análise e a síntese da palavra devem estar ao serviço da escrita e da relação visual-sonora
dos seus elementos constituintes: as sílabas e as letras;
 a palavra-chave deve ser a base da formação e da leitura de novas palavras, com vista ao
alargamento da aprendizagem da leitura e escrita do vocabulário;

66
 as palavras, frases e textos aparecem em letra de imprensa e cursiva no livro de leitura e
caderno de exercícios, mas o aluno só vai escrever em letra cursiva.

Na fase inicial da leitura, é muito importante que o professor oiça a leitura de cada aluno, a fim de
poder apoiá-lo nas dificuldades que eventualmente enfrente. Para o efeito, os alunos devem, com
bastante frequência, ler letras, sílabas, palavras e frases e relacionar palavras com imagens.

O professor precisa de estar atento à escrita dos alunos para verificar a sua correcção em termos de
caligrafia, ortografia, sentido do traço das letras e a ligação entre elas.

A canção, por exemplo, pode, também, ser um importante recurso na aprendizagem da leitura.
Através do uso de canções apropriadas, o professor pode ensinar vogais e consoantes para além da
exercitação da pronúncia, dicção e articulação das palavras.

É de realçar que a canção é uma fonte inesgotável no auxílio da aprendizagem, pois, através dela, o
professor primário pode introduzir e ensinar quase todas as matérias das disciplinas curriculares desse
nível como a Matemática, Ciências Naturais e outras. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem
sobre os animais domésticos, o professor pode começar por ensinar ou cantar uma canção que retrata
estes animais com os seus alunos, para depois fazer a abordagem sobre os mesmos.

Em seguida, apresenta-se um exemplo de introdução da letra “i”, em 10 aulas.

67
Leitura e Escrita - Proposta de aula Exemplificativa

Introdução da vogal i

Frase- chave: É uma ilha.

Ilustração de Moisés Utui

68
1ª Aula
 Observação da imagem pelos alunos (em silêncio).
 Interpretação da imagem com base nas seguintes perguntas:
- O que é que vê na imagem?

- O que é que há na ilha?

- O que é que tem à volta da ilha?

- Alguém já viu uma ilha?

 A partir destas perguntas, o professor leva os alunos a construírem oralmente a seguinte frase-
chave: É uma ilha.

Caso os alunos não consigam chegar à frase-chave, o professor terá de dizê-la: É uma ilha.

 Os alunos repetem em coro, aos pares e individualmente a frase-chave: É uma ilha.


 Destaque oral da palavra ilha.
 Os alunos, sob orientação do professor, pronunciam devagar a palavra destacada.
 Sob orientação do professor, os alunos dividem oralmente a palavra-chave em sílabas: i – lha.
 Os alunos repetem i - lha em coro, aos pares e individualmente.
 O professor pergunta aos alunos, o que se ouve primeiro quando se diz: ilha

O professor deve deixar que os alunos descubram sozinhos a letra que se ouve em primeiro lugar.

Caso os alunos não consigam dizer que se ouve primeiro o “i”, o professor pronuncia pausada e
repetidamente a letra em estudo: “i”

 Os alunos repetem “i”, quantas vezes forem necessárias:


a) Toda a turma;
b) Em filas de carteiras;
c) Aos pares;
d) Individualmente.

2ª Aula

69
 Jogo oral de identificação de palavras que têm “i”.

O professor diz uma série de palavras umas contendo i e outras não. Cada vez que ele disser uma
palavra com i, os alunos gritam: iiii (tem iiii).

 O professor escreve o “i” no quadro e diz esta letra chama-se“ i”. E repete “i” quantas vezes
forem necessárias.
 Os alunos identificam o “i” em palavras escritas. Exemplo: milho, pilha, fita, pilão, pipoca,
livro, afiador através de:
- circundagem;

- sublinhação;

- marcação de um x ou traço.

 Identificação da letra “i” numa sopa de letras.


 Correcção dos exercícios pelo professor.
 O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:

Eu leio o “i”
Tu também podes ler.

Eu leio o “i”
Tu também podes ler.
Não custa nada
É só dizer o “i”.

 TPC: Desenho livre.

3ª Aula
 Correcção do TPC.
 O professor inventa uma canção sobre o“ i” e canta com os alunos.
 Treino do grafismo conducente à escrita do “i”:

70
- no ar;

- no tampo da carteira;

- no quadro;

- no chão;

- na folha desperdício;

- no caderno diário;

- no livro – caderno.

 Exercícios de escrita de grafismos, com a configuração do “ i”, no livro - caderno.


 Correcção dos exercícios pelo professor.

71
4ª Aula

 Treino da escrita do “i”:

- Escrita da letra “i” no ar:

Para a escrita da letra “i” no ar, o professor posiciona-se do lado esquerdo do quadro preto.
Levantando o braço direito, escreve a letra no ar, como se estivesse a escrever no quadro. Ele faz a
demonstração do movimento para a escrita da letra “i”. Os alunos devem observar o movimento.

Em seguida, o professor pede aos alunos para levantarem o braço direito. O professor deve controlar
se todos os alunos levantaram o braço direito e não o esquerdo.

Finalmente, os alunos escrevem a letra “i” no ar: Os alunos acompanham o movimento do braço do
professor, ao mesmo tempo que escrevem a letra ”i” no ar, dizendo: ” para cima, para baixo,
curvamos, pintinha.” Este exercício deve ser repetido cinco vezes.

NB: O professor deve estar atento aos alunos “canhotos” e se tiver a certeza de que são canhotos, não
deve obrigá-los a escrever com a mão direita.

- Escrita da letra ”i” no tampo da carteira: este exercício deve ser realizado caso a escola tenha
carteiras. Nas escolas sem carteiras, escreve-se a letra no chão, com um pauzinho.

- Escrita do “i” no quadro (sobre o tracejado ou escrita gorda).

O professor fica do lado esquerdo do quadro preto e escreve a letra ”i” manuscrita, bem grande e, à
medida que o aluno vai observando, o professor repete a escrita da letra “i” no quadro, várias vezes e
em diferentes tamanhos.

Em seguida, vários alunos vão ao quadro de forma individual para escrevem o “i” no quadro e, os
colegas, com ajuda do professor avaliam a escrita de cada aluno.

O professor elogia os alunos que tiverem escrito correctamente e apoia e encoraja os que ainda
apresentam dificuldades.

72
- Escrita da letra “i” na areia
O professor orienta os alunos para que no dia seguinte levem um pauzinho à escola. Contudo, o mais
aconselhável seria o professor preparar pauzinhos para distribuir aos seus alunos e, no fim da aula
recolher.

O professor organiza os alunos em grandes círculos. Caso se trate de uma turma numerosa, deve
formar-se dois círculos, de modo que os alunos tenham um espaço suficiente para escrever.

Os alunos escrevem a letra ”i” 10 vezes. O professor deve ter em conta que cada aluno tem o seu
ritmo de aprendizagem. Logo, nem todos vão atingir o número de vezes recomendado.

N.B. O professor deve controlar o exercício de escrita, elogiando os alunos que escrevem
correctamente: “Estás de parabéns, teu i é muito bonito!”, e apoiando os que apresentam
dificuldades: “O menino, deve melhorar, falta pouco para o teu i ficar bonito, escreve mais ”i.”

 Treino da escrita da letra “ i” no livro - caderno


- sobre o tracejado;

- sobre o ponteado;

- com base no modelo.

O professor leva os alunos a recordar algumas regras sobre o uso do caderno e lápis, nomeadamente:

- Que o caderno tem linhas e margens;

- Que se escreve da esquerda para a direita;

- Que se escreve de cima para baixo;

- Que se pega no lápis com a mão direita.

O professor deve pedir aos alunos que indiquem: as linhas e margens; a direcção da escrita; como se
pega o lápis, enquanto respondem. É impotante que o professor seja persistente na realização deste
tipo de actividade.

O professor indica aos alunos a página e a linha onde devem escrever o “i” no livro-caderno. Chama
a atenção dos alunos que a letra deve assentar na linha de baixo e tocar a linha de cima.

73
O professor deve circular pelas carteiras, elogiando os que escrevem correctamente e apoiando os que
apresentam dificuldades.

O professor poderá apoiar-se nos alunos que tiverem escrito correctamente o “i”, para ajudar os que
ainda têm dificuldades.

 TPC: Escrita da letra ”i” no caderno diário, enchendo três linhas.

N.B. O professor deve escrever uma linha com a letra i no caderno de cada aluno, para servir de
modelo.

5ª Aula

 Correcção do TPC.
 Treino da escrita do “i” no caderno diário.
 Correcção dos exercícios pelo professor.
 TPC: Escrita do “i” no caderno diário.

6ª Aula

 Correcção do TPC
 Recapitulação da imagem
 Identificação dos pormenores da imagem:
O que é que há na ilha?

O que é que tem à volta da ilha?

Alguém já viu uma ilha?

 O professor canta com os alunos, uma canção sobre a letra “i”. A letra é esta:

Eu escrevo o “i”

Tu também podes escrever.

74
Eu escrevo o “i”

Tu também podes escrever.

Não custa nada

É só assim, assim (fazendo o gesto da escrita do “i”).

 A partir de uma sopa de letras (vogais), cada aluno selecciona a letra “i” e coloca-a no quadro
de pregas, ou fixa-a numa esteira/papelão/cartolina.
 Exercício de cópia do “i” no quadro e no caderno diário.
 Correcção dos exercícios pelo professor.

7ª Aula

 Jogo de Identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” outras sem ele. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos batem
palmas.

Depois faz o mesmo exercício para:

- pequenos grupos;

- pares de alunos;

- alunos, individualmente.

 Exercício de modelagem do “i”.


 TPC: Escrita do “i” no caderno diário.

8ª Aula

 Correcção do TPC.
 Canto: canção relacionada com o “i”.
 Identificação do “i” num quadro alfabético constituído por vogais através de:

75
- circundagem;

- sublinhação;

- marcação de um x ou traço.

 A partir de uma sopa de palavras, cada aluno selecciona aquelas que tiverem “i”, e coloca-as
no quadro de pregas ou fixa-as numa esteira/papelão/cartolina.
 TPC: Desenho livre.

9ª Aula

 Correcção do TPC.
 Exercício de cópia do “i” no:
- quadro;

- caderno diário.

 Correcção do trabalho.
 Na correcção do trabalho, o professor deve estar atento aos seguintes aspectos:
- Se os alunos escrevem bem o “i” e se as letras são bonitas;

- Se as letras tocam a linha superior( de cima) e “assentam“ na linha inferior( de baixo);

- Se as cinco letras de cada linha estão organizadas em colunas, por baixo uma da outra.

 Desenho e pintura da letra “i” em tamanho grande.

10ª Aula

 Jogo de identificação de palavras que têm “i”: o professor diz um conjunto de palavras, umas
com “i” e outras, sem “i”. Cada vez que disser uma palavra com “i”, todos os alunos dizem iii.
 Depois, faz o mesmo exercício para:
- pequenos grupos;

- pares de alunos;

- alunos individualmente.

76
 Exercício de recorte e colagem do “i”.
 TPC: Escrita do “i” no caderno diário. Os alunos escrevem a letra “i” enchendo 10 linhas.

4.1.Métodos de leitura e escrita


A aprendizagem da leitura e da escrita será feita através do método Analítico-Sintético.

Esta aprendizagem parte da análise de uma frase para se chegar à identificação dos grafemas (letras
do alfabeto) e não à pronúncia/leitura do fonema (som da letra).

Cada letra é tratada, como grafema, de maneira sistemática, da análise para a síntese e vice-versa,
obedecendo os seguintes passos:

Análise

 Exploração (história, conversa, interpretação de imagens, jogos, canções, etc);


 Destaque da frase-chave (cujas letras sejam do conhecimento do aluno);
 Interpretação da frase-chave;
 Leitura da frase-chave;
 Destaque da palavra - chave;
 Interpretação da palavra;
 Análise/decomposição/divisão da palavra-chave em sílabas;
 Leitura das sílabas;
 Destaque da letra-chave;
 Identificação/leitura da letra-chave.

Síntese

 Formação da sílaba-chave;
 Leitura da sílaba-chave;
 Leitura da sílaba-chave noutras palavras;
 Formação da palavra-chave;
 Leitura da palavra-chave;

77
 Grafismos;
 Escrita da letra-chave;
 Formação de sílabas variantes fonéticas com base na letra em estudo;
 Escrita de sílabas variantes fonéticas;
 Formação de novas palavras com variantes fonéticas;
 Leitura das palavras formadas;
 Interpretação das palavras formadas;
 Formação de frases com as novas palavras;
 Leitura e interpretação das frases formadas;
 Escrita das frases formadas.

O facto de se apresentar o percurso completo dos passos do método analítico sintético para a leitura e
a escrita iniciais, não significa que qualquer unidade programada, ou qualquer aula, passe,
necessariamente, por todas as etapas que aqui se referem.

Nota: Apesar de o Programa recomendar o uso do método analítico-sintético, os


professores podem recorrer a outros métodos, desde que facilitem e garantam o
desenvolvimento das competências de leitura e escrita no 1º ciclo.

No início da escolaridade, o aluno não é capaz de realizar todo o percurso apresentado. À medida que
o processo de iniciação for abarcando mais letras, abre-se a possibilidade de se fazer uma exploração
maior das etapas.

Os alunos só devem escrever ditado de palavras, frases e pequenos textos cujas letras já sejam do seu
conhecimento.

4.2.Alfabeto
Ao terminar a 1ª classe, o aluno deve saber ler (identificar) e escrever o alfabeto em ordem, mas isso
não significa que, no processo da iniciação da leitura e da escrita, siga tal ordem. O que se pretende é
que, findo o processo de iniciação, haja uma sistematização de todo o alfabeto.

78
A introdução dos grafemas, maiúsculos e minúsculos em simultâneo, durante o processo de iniciação
à leitura e escrita, obedecerá às seguintes etapas e ordem:

1ª Etapa: I, U, O, E, A

2ª Etapa: M, P, T, L, N

3ª Etapa: C, D, V, B, R, G

4ª Etapa: S, J, F, Z, H, Q, X

5ª Etapa: K, W, Y

Como se pode verificar, no conjunto das 26 letras que constituem o alfabeto, estão incluídos os
grafemas (letras) Y, K, W. Mas, por serem pouco usadas, em Língua Portuguesa, elas devem ser
introduzidas na última etapa.

5. Funcionamento da Língua

No primeiro ciclo, o ensino e aprendizagem da gramática é feito, predominantemente, de forma


implícita, pois está ao serviço da comunicação em Língua Portuguesa.

Basicamente, o ensino e aprendizagem da gramática no 1º ciclo, consiste no seguinte:

a) Uso da língua em situações de comunicação;


b) Prática intensiva de exercícios orais e escritos que vão permitir aos alunos dominar as
estruturas do funcionamento da língua;
c) Apreensão intuitiva de aspectos básicos de funcionamento da língua.

Na 1ª e 2ª classes, os alunos não devem memorizar as regras gramaticais. Não é por saber, de cor, as
regras de gramática, que o aluno aprende a comunicar correctamente.

O facto de as sugestões metodológicas relativas ao funcionamento da língua estarem separadas da


oralidade e da leitura e escrita, não significa que os aspectos gramaticais devem ser tratados de forma
isolada. O ensino e aprendizagem da gramática tem de ser feito associado à oralidade, leitura e
escrita.

79
Durante as aulas de oralidade, o professor, através de várias técnicas de ensino, vai introduzindo
material linguístico (actos de fala/expressões linguísticas, vocabulário e verbos) e trabalhando, de
modo a que os alunos possam usá-lo em situações do dia-a-dia. Este procedimento é também
extensivo às aulas de leitura e escrita.

6. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa no Ensino Básico

A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto educativo,


com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação permite:

 Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas no


Programa;

 Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais da
língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de ensino e
procurando (melhores) soluções para os problemas identificados;

 Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem, a fim de detectar


“falhas” e encontrar estratégias de recuperação em função das competências, conteúdos,
estratégias, materiais de ensino e da realidade da turma;

 Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do


processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.

A avaliação deve estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem, isto é, a


avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.

De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:


Diagnóstica, Formativa e Sumativa.

Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo, semestre,
ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo, colher informação sobre o nível inicial de
aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma determinada aptidão e
capacidade.

80
Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que garantam
que todos os alunos desenvolvam as competências previstas no Programa e, por outro, delimitar as
capacidades que o aluno possui para que possa enfrentar certo tipo de aprendizagens (conteúdos ou
temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter maiores ou menores resultados.

No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens:

 Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno para a
nova matéria, verificando-se o que foi aprendido anteriormente e a consequente recuperação e
consolidação das matérias que constituem pré-requisitos para a nova unidade temática;

 No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos de
proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior consolidação
e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor domínio de língua,
para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso, requerem uma maior atenção.

Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas especiais, de
modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.

O resultado da avaliação diagnóstica deve ser comunicado aos alunos, individualmente, embora não
se lhes atribua uma classificação.

Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-


aprendizagem. Esta tem uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível
de realização das competências definidas no Programa e incentiva o aluno a empenhar-se cada vez
mais nos estudos.

A avaliação formativa preocupa-se, igualmente, com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a
sua personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida social
e linguística. Este conhecimento pode permitir a compreensão dos progressos e fracassos, bem como
as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a diferentes tipos de alunos.

Neste tipo de avaliação, os critérios a adoptar incluem uma auscultação e uma ligação directa com os

81
pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas especiais, é
necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou relações entre o
passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deve preparar tarefas adicionais
e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é expressa numericamente.

Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma unidade de
ensino, ano lectivo ou curso.

Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem da língua


e ocorre geralmente após actividades relacionadas com a compreensão oral e escrita, por um lado, e
expressão oral e escrita, por outro.

É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como por
exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos intervenientes,
os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.

Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais e semestrais, é feita de acordo com
um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa quantitativamente,
numa escala de zero a vinte valores.

O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o


desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua, de acordo com as exigências de cada
ciclo.

A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes habilidades:

a) ouvir e falar;

b) ler e compreender;

c) escrever.

82
a) Ouvir e falar

A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno individualmente é capaz de:

 Fazer perguntas com: onde, quem, o que, quando,como;

 Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);

 Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);

 Usar vocabulário básico.

b) Ler e compreender

Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno é capaz
de:

 Ler entre dez a vinte palavras por minuto;

 Ler frases simples;

 Ler textos com 5 a 10 linhas;

 Compreender a informação contida em textos simples.

c) Escrever

O professor deve procurar saber se cada aluno é capaz de:

 Copiar palavras e frases;

 Escrever palavras e frases simples;

 Escrever palavras e frases ditadas;

 Legendar imagens;

 Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)

 Ordenar frases em sequência lógica.

83
A perspectiva de avaliação proposta deve permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe para
o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de aprendizagem, para
que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado ciclo, que lhes possibilita a
progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma progressão por ciclos de aprendizagem.

Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua, onde o


processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se obtenha uma
imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências parciais descritas
nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do processo de ensino-
aprendizagem.

Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.

De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a


permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em
coordenação com o Director da Escola e com os pais/encarregados de educação do educando, provar
que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.

O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.

84
Referências Bibliográficas

Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de Língua


Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.

Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian.

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Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do Grau


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Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico. Maputo.

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Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York: Phoenix
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Silva, R. M. V. (s/d). O Português São Dois: Variação, mudança, norma e a questão do ensino do
Português no Brasil. In Congresso Internacional Sobre o Português. pp 375 – 401.

85
Programa de Língua Portuguesa

2ª Classe

86
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA

UNIDADE TEMÁTICA SEMANAS TEMPO

I. FAMÍLIA 7 110

II. ESCOLA 3 52

III. COMUNIDADE 6 100

IV. AMBIENTE 2 28

V. CORPO HUMANO 4 60

VI. SAÚDE E HIGIENE 8 130

Sub-total 30 480

CURRÍCULO LOCAL (20%) 8 128

TOTAL 38 608

87
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE

UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS


CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Formular ordens e instruções; Ouvir e falar
 Reagir à formulação de ordens e (consolidação)
instruções;  Expressões para dar ordens/instruções:
7
 Usar expressões para manifestar - Levanta/baixa a mão.
tempos
preferências. - Abre/fecha a porta.
- Abre/ fechao livro.  Expressa-se com cortesia para
dar instruções e manifestar
preferências,
 Expressões para manifestar preferências:
I. interesse/desinteresse e
- Eu gosto mais de leite.
FAMÍLIA desejos.
- Prefiro jogar a bola.
 Usar expressões para manifestar Ouvir e falar
interesse/desinteresse sobre variadas  Expressões para manifestar interesse e desinteresse:
situações; - Estou interessado em estudar contigo. 6
 Usar expressões adequadas para - Agora não quero brincar. tempos
manifestar desejos;  Expressões para manifestar desejo:
- Gostaria de ir à escola
- Apetece-me ver a televisão
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Usar expressões para manifestar alegria e Ouvir e falar
satisfação;  Expressões para manifestar alegria e satisfação:
- Que bom!
- Ainda bem que vieste!  Expressa-se com cortesia para 7
- Gostei muito! manifestar alegria e satisfação, tempos
 Usar expressões adequadas para  Expressões para manifestar medo: expressar medo e dar sugestões
manifestar sentimento de medo. - Estou com medo! e conselhos.
- Mete medo.
 Usar expressões para dar conselhos. Ouvir e falar
7
 Expressões para dar sugestões e conselhos:
I. tempos
- É melhor fazer o TPC.
FAMÍLIA
- Seria bom não faltar à escola!
Ouvir e falar
 Construir frases simples usando pronomes Funcionamento da Língua
pessoais;  Pronomes pessoais:
- eu, tu, você, ele/ela  Expressa-se, oralmente, com
10
- nós, vocês, eles/elas correcção, usando pronomes
tempos
 Formular frases no imperativo;  Frases Imperativas: pessoais e frases imperativas.
- Lava as mãos …
- Arruma os livros
- Vai à escola
 Identificar ditongos nasais em palavras; Ler e escrever
 Ler palavras, frases e textos que contêm  Ditongos nasais: ão, ãe, õe
7
ditongos nasais;
tempos
 Escrever palavras e frases que contêm  Palavras, frases, pequenos textos
I. ditongos nasais.  Lê e escreve frases simples e
FAMÍLIA  Ler palavras, frases e pequenos textos; Ler e escrever pequenos textos contendo
 Interpretar palavras, frases, pequenos  Imagens ditongos nasais.
textos e imagens;  Cópia 10
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases  Ditado tempos
e pequenos textos com caligrafia correcta  Caligrafia
e legível;
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os membros da família; Ouvir e falar
 Membros da família: pai/ mãe, filho/filha,
 Construir frases usando vocabulário sobre irmão/irmã, avô/avó, neto/neta, tio/tia, primo/prima
os membros da família; 7
 Desenho sobre membros da família tempos
 Nomea os membros da sua
 Desenhar os membros da família;  Canções
família;
 Canta canções sobre os membros da
I.  desenha os membros da sua
família.
FAMÍLIA família;
 Construir frases usando vocabulário Ouvir e falar
 Descreve a situação sócio-
relacionado com as ocupações dos  Ocupação dos membros da família: camponês,
profissional da família.
membros da família; motorista, pescador, alfaiate e modista
6
 Identificar o tipo de casas da sua  Tipos de casa: palhota, alvenaria
tempos
comunidade;
 Construir frases usando vocabulário sobre
tipos de casa.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Nomeiar objectos e utensílios de uso Ouvir e falar
doméstico;  Objectos e utensílios de uso doméstico:
 Construir frases usando vocabulário sobre - prato, copo, chávena, pires, faca, bacia, chaleira,
objectos e utensílios domésticos; pote, alguidar, coador, ralador, cabaça, panela,
 Usar expressões sobre a utilidade dos colher, colher de pau, prato, peneira e fogão  Descreve a utilidade dos
6
utensílios domésticos;  Utilidade dos objectos e utensílios de uso doméstico utensílios em actividades
tempos
 Modelagem domésticas.
 Modelar diferentes tipos de casa e  Canções
utensílios domésticos;
I.  Cantar canções sobre os utensílios
FAMÍLIA domésticos.
 Ler contos, fábulas, lengalengas e poemas Ler e escrever
variados;  Contos, fábulas, lenga-lengas e poemas
 Interpretar contos, fábulas, canções,  Jogos
poemas variados;  Ilustração
 Lê e escreve frases simples e 7
 Dramatizar contos, fábulas, canções,
pequenos textos. tempos
poemas variados;
 Produzir pequenas histórias;
 Realizar jogos diversos;
 Ilustrar pequenas histórias.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
Ouvir e falar; ler e escrever
Funcionamento da Língua
 Formar frases, usando pronomes  Pronomes demonstrativos: Este/esta; estes/estas  Expressa-se, oralmente e por
8
demonstrativos;  Esse/essa; esses/essas escrito, com correcção, usando
tempos
 Flexionar, oralmente, palavras em género  Flexão em género pronomes demonstrativos.
e em número.  Flexão em número

 Ler palavras/frases que contêm o r Ler e escrever


I. intervocálico e rr;  Introdução do r intervocálico: are, ari, ura, uro, ira
FAMÍLIA  Redigir palavras, frases e pequenos textos  Introdução do duplo r 10
que contêm o s intervocálico.  Introdução do s intervocálico: ase, asa, usa  Lê e escreve frases simples e
tempos
pequenos textos contendo r
intervocálico, rr e s
 Interpretar palavras, frases, pequenos  Imagens
intervocálico. .
textos e imagens;  Cópia
12
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases  Ditado tempos
e pequenos textos com caligrafia correcta  Caligrafia
e legível.
 Participar em eventos comemorativos Ler e escrever
através de jogos e desenhos;  Datas festivas e comemorativas:
 Ilustrar palavras, frases, pequenos textos - Ano novo: 1 de Janeiro
com desenhos; - Dia dos Heróis moçambicanos: 3 de Fevereiro
 Fazer recorte, colagem e dobragem de - Dia do Pai: 19 de Março
brinquedos e bandeirolas; - Dia da Mulher Moçambicana: 7 de Abril
 Ler pequenos textos sobre datas - Dia da Mãe: 2º domingo de Maio
comemorativas/festivas; - Dia da Criança: 1 de Junho  Lê e escreve frases simples e
II.  Redigir pequenos textos sobre datas - Dia da Independência Nacional: 25 de Junho pequenos textos sobre datas 16
ESCOLA comemorativas/festivas; - Dia da Paz e Reconciliação - 4 de Outubro festivas e comemorativas. tempos
 Cantar canções sobre datas festivas e - Dia da Família: 25 de Dezembro
comemorativas;  Recorte/colagem/dobragem/desenho/pintura/cartaz/
 Praticar danças; ilustrações
 Praticar jogos.  Redacção de frases sobre datas
comemorativas/festivas
 Canções sobre datas festivas e comemorativas
 Danças
 Jogos
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas Ler e escrever
e poemas;  Contos, fábulas, lenga-lengas, poemas
 Dramatizar variados contos, fábulas,  Jogos
canções e poemas;  Lê e escreve frases simples e 8
pequenos textos. tempos
 Realizar jogos;
 Escrever pequenas histórias;
 Ilustrar pequenas histórias.
 Construir frases aplicando artigos Funcionamento da Língua
definidos e indefinidos;  Artigos definidos (o/a; os/as) e indefinidos (um/uma,  Expressa-se, oralmente e por
6
 Flexionar artigos em género e número. uns/umas) escrito, com correcção,
tempos
 Flexão em género usando artigos definidos.
II.  Flexão em número
ESCOLA  Identificar combinações grafémicas em Ler e escrever
palavras; Introdução de combinações grafémicas:
 Introdução do duplo s  Lê e escreve frases simples e
 Ler palavras e frases que contêm 16
pequenos textos com
combinações grafémicas;  Introdução do s no final de palavras: as, es, is, os, us tempos
combinações grafémicas.
 Escrever palavras e frase que contêm  Introdução de am, em, im, um, om
combinações grafémicas.
 Ler imagens, frases e pequenas histórias; Ler e escrever
 Interpretar frases e pequenas histórias; • Imagens
 Escrever palavras, frases e pequenas  Ilustrações 6
histórias; tempos
 Ilustrar palavras, frases e pequenas
histórias com desenhos;
NIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Interpretar palavras, frases, pequenos Ler e escrever
textos e imagens;  Cópia
 Fazer cópias e ditados de palavras,  Ditado  Lê e escreve frases simples e 14
frases e pequenos textos com caligrafia  Caligrafia pequenos textos. tempos
correcta e legível;
 Treinar caligrafia.
 Usar expressões sobre a utilidade dos Ouvir e falar
locais/instituições públicas existentes  Locais/instituições públicas: Hospital, Mercado,
na comunidade; Banco e Esquadra Policial  Descreve os lugares públicos 8
 Compor imagens sobre lugares da sua comunidade tempos
III.
públicos usando várias técnicas.
COMUNIDADE
 Cantar canções sobre lugares públicos.
 Identificar os meios de transporte; Ler e escrever
 Ler textos sobre regras de segurança  Meios de transporte: carro, barco, comboio, bicicleta,
rodoviária; avião, helicóptero
 Interpretar textos sobre regras de  Regras básicas de segurança rodoviária  Lê e escreve frases simples e
8
segurança rodoviária;  Redacção pequenos textos sobre os
tempos
 Elaborar redacções sobre meios de  Ilustrações meios de transporte.
transporte;
 Ilustrar textos sobre meios de
transporte.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar meios de comunicação; Ler e escrever
 Ler textos sobre meios de comunicação;  Meios de comunicação:
 Interpretar textos sobre meios de comunicação; - Rádio, televisão, telefone e jornal
 Lê e escreve frases simples e
 Elaborar redacções sobre meios de
 Redacções pequenos textos sobre os
comunicação; 8 tempos
meios de comunicação.
 Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com
desenho;  Ilustrações
 Fazer recorte, colagem e dobragem de
diferentes meios de comunicação.  Recorte/dobragem/colagem
III.  Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e Ler e escrever  Lê pequenos textos de
COMUNIDADE poemas;  Contos, fábulas, lengalengas, e poemas natureza diversa.
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e  Jogos.
canções;
 Realizar jogos; Funcionamento da Língua
 Formar frases, usando pronomes  Pronomes demonstrativos:  Expressa-se, oralmente e por 16 tempos
demonstrativos; - aquele/aquela escrito, com correcção, usando
 Flexionar pronomes demonstrativos em género - aqueles/aquelas pronomes demonstrativos.
e em número;  Flexão em género
 Usar palavras antónimas em frases.  Flexão em número
 Palavras antónimas
 Identificar combinações grafémicas em Ler e escrever
palavras;  Introdução de: al, el, ul, ol, il;
 Ler palavras e frases que contêm combinações  Introdução de: an, en, in, on, un;
grafémicas;  Palavras, frases, pequenos textos;
16tempos
 Escrever palavras, frases que contêm  Imagens.
combinações grafémicas;  Lê e escreve frases
III. simples e pequenos
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos;
COMUNIDADE textos com combinações
 Interpretar imagens.
grafémicas.
 Interpretar palavras, frases, pequenos textos e Ler e escrever
imagens; • Cópia
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e • Ditado 14 tempos
pequenos textos com caligrafia correcta e • Caligrafia
legível.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Indicar os diferentes elementos do ambiente; Ouvir e falar
 Elementos do ambiente:
 Mencionar as regras de conservação do - Água, pedra e ar (seres não vivos)
 Descreve, oralmente, o
ambiente; - Animais e plantas (seres vivos)
ambiente, distinguindo os
 Conservação do ambiente: 6 tempos
seres vivos dos não vivos e
 Indicar as cores dos elementos do ambiente. - Evitar sujar água
preservação.
- Evitar cortar árvores
- Evitar queimadas descontroladas
 Cores do ambiente
IV.
Ouvir e falar
AMBIENTE
 Usar os nomes de animais domésticos e  Animais domésticos: galinha, pato, boi,
selvagens para formar frases; cabrito, cão, gato, pombo, burro, perú,
 Mencionar os animais selvagens; ovelha, coelho.  Descreve os animais
 Diferenciar animais domésticos dos selvagens;  Animais selvagens: macaco, girafa, 8 tempos
domésticos e selvagens e sua
 Indicar a utilidade dos animais domésticos. utulidade.
elefante, gazela, leão, cobra, hipopótamo,
leopardo, tigre, crocodilo e cágado.
 Utilidade dos animais domésticos
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e Ler e escrever
poemas;  Contos, fábulas, lengalengas e poemas
 Interpretar pequenos textos;
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e
canções;  Dramatização  Lê e escreve frases simples e
pequenos textos;
 Praticar jogos;
 Jogos  Dramatiza contos e fábulas;
III.  Redigir pequenos textos; 16
 Reconta contos, fábulas;
COMUNIDADE  Ilustrar palavras, frases e pequenos textos com tempos
 Cópia  Declama e interpreta poemas.
desenhos.
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e  Ditado  Expressa-se, oralmente e por
pequenos textos com caligrafia correcta e  Caligrafia escrito, com correcção.
legível.  Pronomes indefinidos
 Ler frases com pronomes indefinidos;
 Escrever frases usando pronomes indefinidos.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar os elementos que constituem as partes do Ouvir e falar
corpo humano;  Corpo humano:
 Construir frases usando o vocabulário sobre as partes - Cabeça (cabelo, olhos, nariz, boca e
do corpo humano; orelhas);
 Produzir sons através do corpo; - Tronco (peito e barriga)
 Cumprir as regras básicas de higiene corporal; - Membros (braços e pernas)  Descreve o corpo humano e 8
 Cantar canções sobre o corpo humano.  Timbres corporais: sua higiene. tempos
Bater palmas, pernas, estalos através de
V. dedos e língua
CORPO  Higiene corporal: tomar banho, escovar os
HUMANO dentes, cortar unhas e pentear o cabelo

 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas; Ler e escrever


 Lê, interpreta e escreve frases
 Dramatizar variados textos, contos, fábulas e canções;  Contos, fábulas, lengalengas
simples e pequenos textos;
 Praticar jogos variados;  Poemas
 Reconta contos, fábulas e 16
 Redigir pequenos textos: histórias;  Canções
lenga-lengaa. tempos
 Ilustrar com desenhos palavras, frases e pequenos  Jogos
 Declama poemas.
textos.  Ilustrações
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Construir frases obedecendo as regras de Ler e escrever
concordância entre nomes e adjectivos; Funcionamento da Língua
 Ler frases construídas;  Concordância nome/adjectivo:
 Escrever frases, usando pronomes indefinidos;  Pronomes indefinidos:  Expressa-se, oralmente e por
6
 Usar pronomes indefinidos na construção de frases;  Alguém/ninguém; tudo/nada; escrito, com correcção,
tempos
 Formular frases usando pronomes possessivos. todos/todas; observando a conrcordância.
 Pronomes possessivos:
 meu/minha; meus/minhas; teu/tua;
teus/tuas.
 Identificar combinações grafémicas em palavras; Ler e escrever
 Ler palavras e frases que contêm combinações  Introdução de combinações grafémicas:
grafémicas; ch, nh; ce, ci; ar, er, ir, or, ur
V.  Escrever palavras/frases que contêm combinações  Imagens
CORPO grafémicas;
HUMANO  Interpretar, palavras, frases e pequenos textos; Ler e escrever
 Interpretar imagens;  Imagens
 Escrever textos contendo combinações grafémicas.  Cópia
 Lê e escreve frases simples e 36
 Interpretar palavras, frases, pequenos textos e  Ditado
pequenos textos com tempos
imagens;  Caligrafia
combinações grafémicas.
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos
textos;
 Escrever palavras, frases e pequenos textos com
caligrafia correcta e legível.
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as peças de vestuário; Ouvir e falar
 Constrói frases usando o vocabulário sobre as peças  Peças de vestuário: saia, blusa, vestido,
de vestuário; calças, calções, camisa, camisola, camisete,
casaco, gravata, laço, meias, capulana e  Descreve o vestuário e suas 10
lenço regras de higiene. tempos
 Usar roupa limpa e engomada;
 Regras básicas da higiene do vestuário: lavar
e engomar a roupa
VI.  Cantar canções sobre o vestuário;
SAÚDE E Ouvir e falar
HIGIENE  Mencionar as regras básicas de higiene alimentar;  Regras de higiene alimentar:
 Construir frases usando o vocabulário sobre as regras - lavar e cozer os alimentos
de higiene alimentar; - beber água limpa  Descreve regras de higiene 4
 Cantar canções sobre higiene alimentar.Mencione as  Limpeza do meio: alimentar e do meio. tempos
regras de limpeza do meio; - varrer e limpar
- enterrar o lixo ou colocar em locais
 Construir frases e pequenos textos sobre a limpeza do
apropriados
meio.
 Ler variados contos, fábulas, lenga-lengas e poemas; Ler e escrever
 Dramatizar variados textos, contos e fábulas;  Contos
 Lê e escreve frases simples e 6
 Escrever pequenas histórias.  Fábulas
pequenos textos. tempos
 Lengalengas
 Poemas
 Construir frases simples com os verbos ser e estar Ler e escrever
no presente, passado e futuro; Funcionamento da Língua
 Cantar canções sobre os tempos verbais; Verbos ser e estar
 Tempos verbais:
VI. - presente
 Formular perguntas usando expressões interrogativas;
SAÚDE E - passado (pretérito perfeito)
 Expressa-se, oralmente e por
HIGIENE - futuro
 Ler textos contendo expressões interrogativas; escrito, com correcção, uando
 Expressões interrogativas: 20
 Construir frases usando pronomes possessivos; - Quem?
diferentes tempos verbais,
tempos
 Produzir pequenos textos usando pronomes - O quê? expressões interrogativas e
possessivos. - Como? pronomes possessivos.
- Quando?
 Pronomes possessivos
- seu/sua; seus/suas
- nosso/nossa; nossos/nossas
- dele/dela; deles/delas
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Identificar as combinações grafémicas em palavras; Ler e escrever
 Ler palavras e frases que contêm combinações Introdução de combinações grafémicas:
grafémicas; - lh;
 Lê e escreve frases simples e
 Escrever palavras e frases que contêm combinações - az, ez, iz, oz, uz;
pequenos textos com
20
grafémicas; - gi; ge, tempos
combinações grafémicas.
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos; - Imagens
 Interpretar imagens.
VI.  Interpretar palavras, frases, pequenos textos e Ler e escrever
SAÚDE E imagens;  Cópia
HIGIENE
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos  Ditado  Lê e escreve frases simples e 16
textos;  Caligrafia pequenos textos. tempos
 Escrever palavras, frases e pequenos textos com
caligrafia correcta e legível.
 Construir frases usando os advérbios de lugar; Ler e escrever  Expressa-se, oralmente e por
 Cantar canções sobre os advérbios de lugar; Funcionamento da Língua escrito, com correcção, 8
 Escrever frases no imperativo.  Advérbios de lugar: aqui, ali, cá, aí. usando advérbios de lugar e tempos
 Frases imperativas frases imperativas.
 Identificar as combinações grafémicas em palavras; Ler e escrever
 Ler textos que contêm combinações grafémicas;  Introdução de combinações grafémicas:
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos; - br, cr, dr, fr, gr, pr, tr
 Interpretar imagens; - bl, cl, fl, gl, dl, pl
VI.
  Lê e escreve frases simples e 36
SAÚDE E  Escrever palavras e pequenos textos que contêm Imagens
pequenos textos com tempos
HIGIENE combinações grafémicas. combinações grafémicas.
 Cópia
 Fazer cópias e ditados de palavras, frases e pequenos  Ditado
textos com caligrafia correcta e legível.
 Caligrafia
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECIFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno:
 Formular perguntas usando expressões interrogativas; Ler e escrever (consolidação) Expressa-se, oralmente e por
 Construir frases e pequenos textos usando pronomes Funcionamento da Língua escrito, com correcção, usando
8
indefinidos e demonstrativos.  Expressões interrogativas expressões interrogativas,
tempos
 Pronomes indefinidos pronomes indefinidos e
 Pronomes demonstrativos demonstrativos.
 Ler textos contendo palavras com combinações Ler e escrever
fonéticas;  Introdução de combinações grafémicas:
 Identificar as combinações grafémicas em palavras; que, qui, qua, quo
VI.  Ler palavras que contêm combinações grafémicas;  Introdução do x com os cinco valores
SAÚDE E  Escrever palavras e pequenos textos que contêm fonéticos. na palavra xarope, (X: ch )
HIGIENE combinações grafémicas; - na palavra exame (X:z),
Lê e escreve frases simples e 42
 Interpretar palavras, frases e pequenos textos; - na palavra taxi (X:cs)
pequenos textos com tempos
 Interpretar imagens; - na palavra próximo (X: ss) e na
combinações grafémicas.
 Ler frases relacionadas com as imagens. palavra explica (X:eis)
 Fazer cópias e ditados de pequenos textos;  Imagens
 Escrever pequenos textos com caligrafia correcta e  Cópia
legível.  Ditado
 Caligrafia
 Redacção

Currículo Nacional: 480 tempos


Currículo Local: 128 tempos
Total: 608 tempos

101
Sugestões Metodológicas

2ª CLASSE

A aprendizagem da Língua Portuguesa, na 2ª classe, pretende dar continuidade e aprofundar as


competências desenvolvidas na 1ª classe, sobretudo no que concerne à leitura e escrita.

1.Oralidade

Nesta classe, a oralidade será desenvolvida tendo em conta os actos de fala/expressões


linguísticas, cujos suportes são imagens, frases sobre a introdução das combinações grafémicas,
histórias, jogos, pequenos poemas, lengalengas, fábulas, diálogos, dramatizações, desenhos,
canções e outros recursos que o professor pode providenciar, tendo em conta a situação da turma
e o tema que pretender tratar.

Os trabalhos feitos pelos alunos através das técnicas de recorte, colagem, pintura, desenho,
modelagem, estampagem são recursos importantes para o desenvolvimento da oralidade,
constituindo oportunidade para os alunos falarem sobre o seu conteúdo. Por exemplo, o aluno
pode descrever a imagem, falando sobre:

 o nome dos elementos constituintes da imagem;


 a quantidade e a forma desses elementos;
 a função desses elementos;
 as cores usadas na imagem;
 o tipo de material usado na elaboração do trabalho;
 a relação entre os elementos;
 a história relacionada com a imagem, etc.

Como já se referiu na primeira classe, a canção é uma fonte inesgotável de auxílio na


aprendizagem, pois através dela, o professor do Ensino Primário pode introduzir e ensinar quase
todas as matérias das disciplinas curriculares. Por exemplo, ao introduzir a aprendizagem acerca
dos animais domésticos, o professor pode começar por ensinar, ou cantar uma canção sobre
animais domésticos.

102
As canções podem ainda ser usadas para a exercitação da pronúncia, dicção, articulação das
palavras e para o desnvolvimento do sentido de audição e da memória, do ritmo, melodia e
harmonia.

A oralidade deve estar aliada à leitura e escrita, ao conhecimento de novas estruturas linguísticas
e ao alargamento do vocabulário, em prol de uma melhor competência comunicativa.

Para o desenvolvimento da expressão oral, tal como na 1ª classe, propõem-se também, as


seguintes actividades:

 ouvir;
 falar;
 narrar pequenas histórias com base nas imagens;
 recontar pequenas histórias ouvidas ou lidas;
 cantar;
 recitar poemas;
 fazer jogos orais.

Na realização das actividades de oralidade, o professor deve ter em conta os seguintes princípios
didácticos:

 Estimular os alunos para temas relacionados com as suas necessidades e interesses;


 Partir do nível de conhecimento dos alunos, como base para as aquisições orais
seguintes;
 Respeitar os ritmos de aprendizagem;
 Utilizar exercícios de repetição de frases , palavras, e sílabas, como meio de treino do
aparelho fonador, sempre que necessário;
 Fazer com que a linguagem oral dos alunos se aproxime, tanto quanto possível, da
correcta e fluente.

103
2. Leitura e escrita

Na segunda classe, a leitura e escrita, é feita com base na introdução de combinações


grafémicas, com recurso a palavras, frases e pequenos textos.

A sequência da introdução das combinações grafémicas obedecerá às seguintes etapas:

1ª Etapa: r intervolcálico: are, ari, ura; duplo r, s intervocálico: ase, asa, usa; duplo s;

2ª Etapa: as, es, is, os, us; am, em, im, om, um; al, el, il, ol, ul; an, en, in, on, un;

3ª Etapa: ça, ço, çu; gue, gui; ch; nh;

4ª Etapa: ce, ci; ar, er, ir, or, ur; az, ez, iz, oz, uz; lh;

5ª Etapa: ge, gi; br, cr, fr, gr; vr, pr; bl, cl, fl, gl, pl;

6ª Etapa: que, qui, qua; os cinco valores fonéticos do x (em palavras como xarope, exame,
táxi, explicação, próximo).

Finda a introdução das combinações grafémicas, o professor deve levar os alunos a


desenvolverem actividades que enriqueçam a compreensão e expressão escritas, com base na
leitura de frases e de pequenos textos que constam do livro de leitura.

2.1.Leitura

Na 2ª classe, o aluno vai começar a tomar contacto com textos como histórias, contos, fábulas,
lendas, pequenas bandas desenhadas, poemas, lengalengas e imagens. Alguns destes textos
constam do livro de leitura.

As actividades de leitura e interpretação desses textos podem ser as seguintes:

1° Análise de imagens do texto, ou de outras imagens relacionadas com o referido texto;

2° Interpretação de imagens, feita pelos alunos, com a ajuda do professor;

104
3° Leitura expressiva de textos feita pelo professor;

4° Levantamento de palavras de difícil compreensão;

5° Explicação das palavras de difícil compreensão, pelo professor;

6° Registo das palavras difíceis e do seu significado pelos alunos, nos cadernos diários;

7° Interpretação oral do texto;

8º Leitura oral por unidades lógicas (feita pelo professor e seguido pelos alunos);

9° Leitura oral feita pelos alunos:


 por toda a turma;
 por grupos;
 e individualmente.

Os passos aqui apresentados não incluem a leitura silenciosa, por se tratar de alunos que ainda
estão na fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita. Este tipo de leitura só poderá entrar na
3ª classe.

Na leitura oral, o professor deve prestar atenção aos seguintes aspectos:


 ouvir como cada criança lê e pronuncia as palavras;
 detectar as hesitações na leitura e suas causas;
 procurar descobrir:

- se lêem de cor, ou se são capazes de ler as palavras ou sílabas apontadas


salteadamente;
- se conhecem as combinações grafémicas;
- se entendem o significado do que lêem.

2.2. Escrita

O ensino-aprendizagem da escrita é feito através de exercícios sistemáticos variados, em que o


aluno faz o uso da língua em situações diversas, utilizando expressões linguísticas e vocabulário
adequados.

105
Para que o aluno da 2ª classe escreva, é preciso que lhe sejam criadas algumas condições,
nomeadamente:

 a necessidade de escrever;
 a oportunidade de escrever;
 a vontade de escrever.

Considerando que, na 2ª classe, o aluno ainda está na fase de aprendizagem da escrita, o


professor deve prestar atenção às actividades a desenvolver, isto é, não deve propor às crianças
tarefas de escrita que ultrapassem o seu nível de produção escrita.

As actividades de escrita, nesta fase, deverão obedecer, de entre outros, aos seguintes aspectos:

a) O exercício de escrita deve ser antecedido, acompanhado e seguido de actividades de


oralidade e de leitura, relacionadas com o que se escreve;
b) As palavras e as frases apresentadas como modelo devem relacionar-se com elementos
da vivência real dos alunos;
c) A designação dos seres ou dos objectos deve ser feita pela escrita da palavra ou da frase
correspondente e não pela escrita da letra/combinações grafémicas em estudo;
d) As actividades de escrita devem ser motivadas (desenho e interpretação de imagens,
leitura e interpretação de textos: histórias, contos, etc.);
e) O conteúdo dos textos que servirão de base para a produção escrita devem ser do
conhecimento dos alunos;
f) No desenvolvimento da escrita dos alunos a maior preocupação deve incidir no
aperfeiçoamento da caligrafia, ortografia e exercícios do funcionamento da língua.

2.3. Cópia e Ditado

A cópia e o ditado devem ser preparados e motivados, de acordo com o nível e o ritmo de
aprendizagem dos alunos. Para além da cópia e do ditado, os alunos devem desenvolver, de
entre outras, as seguintes actividades:

 Cópia de palavras, frases e textos;


 Escrita de palavras em frases lacunares;
 Escrita de frases a partir de palavras desordenadas;
 Escrita de frases/textos ditados;
 Escrita de frases, a partir de associação de expressões sugeridas.

106
 Escrita de palavras e frases adequadas a imagens;
 Escrita de palavras e frases, para dar resposta a perguntas;

Estas são algumas actividades que os alunos devem realizar, mas o professor poderá criar outras
estratégias que permitem maior diversificação de tarefas para o enriquecimento da escrita, nesta
classe.

É importante que os alunos continuem a desenhar, pintar, recortar, colar, modelar, explorando
diferentes tipos de materiais e técnicas. Estas actividades contribuem para o aprimoramento da
destreza manual e da motriciadde fina, para além de constituirem oportunidades para o aluno
descrever, por escrito, os trabalhos que realiza.

Os materiais produzidos pelos alunos, tais como: textos escritos, desenhos e pinturas
legendados, objectos feitos através de técnicas de dobragem, recorte, colagem, modelagem
deverão ser expostos, pois constituem um momento de crescimento para a criança, em que ela
se sente encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado. De igual modo, a criança
torna-se mais produtiva, se sentir que o seu trabalho merece o interesse do seu professor e dos
colegas.

3. Funcionamento da Língua

À semelhança do que acontece na 1ª classe, o ensino-aprendizagem da gramática deve limitar-se


à observação das normas elementares da organização/modificação de palavras/frases. O estudo
da gramática deve fazer-se a partir de:

a) palavras, frases e textos simples;


b) uso concreto da língua e não de exercícios de fixação de regras.

4. Sugestões metodológicas para o ensino-aprendizagem dos conteúdos de Educação Visual


e Ofícios, integrados na disciplina de Português

Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios integrados no domínio Ouvir e Falar
propiciam ao aluno o desenvolvimento da oralidade uma vez que este não se limita apenas a
desenhar, mas também a falar sobre o conteúdo do desenho. Se desenha ou modela a família,

107
por exemplo, deve indicar os elementos que fazem parte dela. A linguagem plástica da criança
revela a sua expressão afectiva porque ela representa as suas vivências e os seus sonhos e o
professor deve estar atento, porque essas representações permitirão um melhor relacionamento
com o aluno.

Desenhar, pintar, modelar, recortar, colar é importante pela necessidade natural que a criança
tem de comunicar através da imagem, explorando diferentes tipos de materiais e técnicas.

Os conteúdos das disciplinas de Educação Visual e Ofícios propostos para este domínio não só
concorrem para o desenvolvimento da libertação dos dedos (destreza manual) e para a
delicadeza no manuseamento dos materiais (motricidade fina), mas também para a concretização
e complementaridade dos conhecimentos adquiridos em Língua Portuguesa. Nesta idade, o
professor não deve comparar os desenhos do aluno com os dos adultos, por estes não serem
fiéis à realidade, mas sim motivá- lo a continuar. A realização de exposições dos trabalhos na
sala de aula, ou na escola, é um momento de crescimento para a criança, pois ela se sente
encorajada a progredir, porque vê o seu esforço compensado.

5. Avaliação na Disciplina de Língua Portuguesa

A avaliação é um instrumento através do qual se acompanha o desenvolvimento do acto


educativo com vista a apreciar a adequação dos diversos momentos do processo de ensino-
aprendizagem. A avaliação permite:

 Verificar se o processo docente-educativo ocorre em função das competências previstas


no Programa;

 Verificar até que ponto o aluno atinge os níveis estabelecidos nas competências parciais
da língua (ouvir/falar e ler/escrever), melhorando e/ou adequando as estratégias de
ensino e procurando soluções para os problemas identificados;

 Controlar o desempenho do aluno no processo de ensino-aprendizagem a fim de


detectar “falhas” e encontrar estratégias de recuperação, em função das competências,
conteúdos, materiais de ensino e da realidade da turma;

108
 Autoavaliar o desempenho do professor, de forma a detectar “falhas” na mediação do
processo de ensino e encontrar novas estratégias de correcção.

A avaliação deverá estar presente em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem,


isto é, a avaliação é uma actividade contínua, permanente e sistemática.

De uma forma geral, o processo de ensino-aprendizagem recorre a três tipos de avaliação:


diagnóstica, formativa e sumativa.

Avaliação Diagnóstica: realiza-se no início do processo educativo (início do ano lectivo,


semestre, ciclo, unidade temática, etc.) e tem por objectivo colher informação sobre o nível
inicial de aprendizagem dos alunos, como pré-requisito para o desenvolvimento de uma
determinada aptidão e capacidade.

Esta avaliação permite ao professor, por um lado, estabelecer as estratégias de ensino que
garantam que todos os alunos atinjam os objectivos definidos no Programa e, por outro,
delimitar as capacidades que o aluno possui, para que possa enfrentar certo tipo de
aprendizagens (conteúdos ou temas), indicando os aspectos fulcrais em que este poderá ter
maiores ou menores resultados.

No caso do ensino do Português, podem ser enumeradas as seguintes vantagens da avaliação


diagnóstica:

 Antes do início de uma unidade ou tema, esta avaliação permite a preparação do aluno
para a nova matéria, verificando o que tiver sido aprendido anteriormente e a
consequente recuperação e consolidação das matérias que constituem pré-requisitos
para a nova unidade temática;

 No início de um novo ciclo ou classe, ela permite também situar os alunos em termos
de proficiência linguística, de modo a determinar aspectos que necessitam de maior
consolidação e planificar acções que visam o aproveitamento dos alunos com melhor
domínio de língua, para auxiliar aqueles que demonstram dificuldades e, por isso,
requerem uma maior atenção.

Este tipo de avaliação fornece também dados sobre alunos com necessidades educativas
especiais, de modo a encontrar estratégias adequadas para cada caso, contexto e/ou turma.

109
Avaliação Formativa: tem uma função de regulação permanente do processo de ensino-
aprendizagem, uma função mais pedagógica, uma vez que informa o professor sobre o nível de
realização dos objectivos do Programa e impulsiona o aluno para que se empenhe cada vez mais
nos estudos.

A avaliação formativa preocupa-se com aspectos pessoais da vida do aluno, tais como a sua
personalidade, o seu ritmo de desenvolvimento e, no caso vertente, os aspectos da sua vida
social e linguística. Este conhecimento poderá permitir a compreensão dos progressos e
fracassos, bem como as presumíveis causas, de modo a desenhar as estratégias mais adequadas a
diferentes tipos de alunos.

Os critérios a adoptar neste tipo de avaliação incluem uma auscultação e uma ligação directa
com os pais ou encarregados de educação e, no caso dos alunos com necessidades educativas
especiais, é necessário um levantamento biográfico para a identificação das possíveis causas ou
relações entre o passado do aluno e o seu desempenho na escola. Assim, o professor deverá
preparar tarefas adicionais e específicas para cada caso. Neste contexto, esta avaliação não é
expressa numericamente.

Avaliação Sumativa: permite determinar o nível atingido por cada aluno no final de uma
unidade de ensino, ano lectivo ou curso.

Este tipo de avaliação é aplicado em diversos estágios do processo de ensino-aprendizagem de


língua e ocorre, geralmente, após actividades relacionadas com compreensão oral e escrita, por
um lado, e expressão oral e escrita, por outro.

É de referir a existência de outras componentes a equacionar neste processo de avaliação, como


por exemplo, a participação individual, a apresentação do material, o comportamento dos
intervenientes, os elementos fornecidos pela avaliação formativa, entre outras.

Esta avaliação, que inclui provas quinzenais, mensais, trimestrais, semestrais e anuais é feita de
acordo com um calendário escolar estabelecido no início de cada ano lectivo e é expressa
quantitativamente numa escala de zero a vinte valores.

O Programa de Português propõe uma avaliação contínua e sistemática, tendo em vista o


desenvolvimento integrado das quatro habilidades de língua de acordo com as exigências de
cada ciclo.

110
A avaliação sumativa no ensino-aprendizagem do Português deve incidir nas seguintes
habilidades:

a) ouvir e falar;

b) ler e compreender;

c) escrever.

a) Ouvir e falar

A nível do ouvir e falar, importa verificar se cada aluno, individualmente, é capaz de:

 Fazer perguntas com: onde, porque, quem, o que, como, quando;


 Formular frases curtas e simples (sujeito, predicado e complemento);
 Usar correctamente formas verbais (tempo presente, passado e futuro perifrástico);
 Usar vocabulário básico.

b) Ler e compreender

Em relação à compreensão escrita e à leitura, o professor deve procurar saber se, cada aluno,
individualmente, é capaz de:

 Ler entre dez a quinze palavras por minuto;


 Ler frases simples;
 Ler textos com 5 a 10 linhas;
 Compreender a informação contida em textos simples.

c) Escrever

O professor deverá procurar saber se cada aluno, individualmente, é capaz de:

 Copiar palavras e frases;


 Escrever palavras e frases simples;
 Escrever palavras e frases ditadas;
 Legendar imagens;
 Escrever pequenos textos (5 a 8 linhas)

111
 Ordenar frases em sequência lógica.

A perspectiva de avaliação proposta deverá permitir a transição dos alunos de um ciclo ou classe
para o/a outro/a. Porém, a mesma pressupõe que tenham sido criadas condições de
aprendizagem, para que todos os alunos atinjam as competências parciais de um determinado
ciclo, que lhes possibilita a progressão para estágios seguintes, na perspectiva de uma
progressão por ciclos de aprendizagem.

Estas condições assentam, fundamentalmente, numa avaliação predominantemente contínua,


onde o processo de ensino-aprendizagem está centrado no aluno e permite, por um lado, que se
obtenha uma imagem, o mais fiel possível, do desempenho do aluno em termos de competências
parciais descritas nos currículos e, por outro, servir como mecanismo de retroalimentação do
processo de ensino-aprendizagem.

Assegurada a avaliação contínua, o que significa que se tenha providenciado a recuperação dos
alunos com problemas de aprendizagem, existem condições de base para os promover para os
estágios seguintes, mesmo que ainda existam algumas dificuldades de percurso.

De acordo com o espírito da progressão por ciclos de aprendizagem, só se pode verificar a


permanência de um aluno numa determinada classe e/ou ciclo, depois de o professor, em
coordenação com o Director da Escola e os pais/encarregados de educação do educando, provar
que, de facto, o aluno não atingiu as competências mínimas exigidas.

O sucesso desta perspectiva de avaliação implica maior responsabilidade e trabalho por parte do
professor, o qual deve garantir que todos os elementos intervenientes no processo de ensino-
aprendizagem se relacionem de forma integrada.

112
6. Obras de Leitura Obrigatória e Complementar

O desenvolvimento do gosto pela leitura nos alunos constitui um dos desafios do Ensino
Primário. Deste modo, apresenta-se a seguir um conjunto de obras de leitura obrigatória e
complementar que devem ser lidas e interpretadas pelos alunos sob orientação do professor.

Lista das obras de leitura obrigatória seleccionadas por ciclo de aprendizagem

Livros de leitura Obrigatória


1º ciclo Obras de Leitura obrigatória
1. Mateus e Beatriz; Regras de trânsito, Plural editores. Maputo
2. Mateus e Beatriz; A escrever sem erros, Plural editores. Maputo
3. Ouana, Miguel; Os animais falam, Texto Editores.Maputo
4. Pereira Maria Vitória; A borboleta do Arco-ires, Moçambique Editora.

Lista das obras de leitura Complementar, seleccionadas por ciclo de aprendizagem

Livros de leitura complementar


1º ciclo Obras de Leitura Complementar
1. O meu Alfabeto, Plural editores, Moçambique: Av.24 de Julho, 414, Maputo.
2. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 1; Porto Editora, Rua da Restauração,
365 Porto – Portugal
3. Sebastião, Isabel; Fichas de Ortografia 2, Porto Editora, Rua da Restauração,
365 Porto – Portugal.
4. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 1, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice
Lumumba, 765.
5. Ramalho, Silvério; Sabe Tudo 2, Plural editores; Moçambique. Av. Patrice
Lumumba, 765.
6. Santos, Camila; Liquito, Conceição; Veiga, Rosalina; Caixinha de palavras;
Caixinha de palavras; Porto Editora, Rua da Restauração, 365 Porto –
Portugal.

113
Referências Bibliográficas

Bortoni, S. (1992). Educação Bidialetal – O que é? É possível?. In Revista Internacional de


Língua Portuguesa, 7, pp. 54 – 65.

Gomes, A. et all (1991). Manual do Professor de Língua Portuguesa, Vol I, 3º Nível. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian

Gonçalves, M.P. (2000). Introdução in Panorama do Português Oral de Maputo Vol. IV:
Vocabulário Básico do Português, Contextos e Prática pedagógica, pp 7 – 54, Maputo: INDE.

INDE (1996). Síntese dos Principais Problemas e Recomendações do SNE. Não Publicado.

Muchave, A. J. (1999). Propedêutica da Leitura e da Escrita. Monografia para a Obtenção do


Grau de Bacharelato em Ciências da Educação. Maputo: Universidade Pedagógica e Escola
Superior de Setúbal.

Ministério da Educação: DNEB. (2000). Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico.
Maputo.

Ministério da Educação e Cultura. (1979). O Ensino da Língua Portuguesa: Avaliação.


Documento apresentado no I Seminário Nacional sobre o Ensino da Língua Portuguesa. Maputo.

Nunan, D. (1995). Language Teaching Methodology: a textbook for teachers. New York:
Phoenix Elt.

114
Programa de Matemática

1º Ciclo

115
INTRODUÇÃO
A Matemática é uma disciplina que tem como missão desenvolver competências de resolução de
problemas, aplicando conhecimentos de contar, calcular, bem como competências de situar e
orientar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir grandezas, interpretar mensagens na
linguagem simbólica e gráfica, assim como recolher e organizar dados, em tabelas e em
gráficos.

A Matemática, como instrumento para o trabalho, deve ser apresentada tendo em as necessidades
do mercado. Ela tem como missão, entre outras, o trabalho com quantidades, medidas, formas,
operações e relações geométricas.

Actualmente, o ensino da Matemática apresenta resultados que preocupam a sociedade


moçambicana, no que concerne ao desenvolvimento de competências dos graduados do Ensino
Primário.

Neste contexto, o desenvolvimento de capacidades e habilidades mentais está ligada à aquisição


e à aplicação consciente de conhecimentos matemáticos na resolução de situação-problema do
dia-a-dia. Assim, há uma multiplicidade de actividades a realizar no ensino da Matemática que
permitem ao aluno desenvolver as requeridas competências.

O presente Programa do 1º ciclo está estruturado em quatro (4) Unidades Temáticas:


Vocabulário Básico; Números Naturais e Operações; Espaço e Forma; e Grandezas e Medidas,
cujos conteúdos têm em vista proporcionar às crianças o desenvolvimento do raciocínio,
comunicação e linguagem gráfica, que constituem uma ponte entre o real e as abstracções
matemáticas.

Os conteúdos serão abordados de forma cíclica, gradativa, interligada e integrada, acomodando


temas transversais, de um estágio ao outro.

As sugestões metodológicas apresentam-se no fim de cada unidade temática. Porém, estas não
devem limitar a iniciativa do professor; servem de base para lhe auxiliar na condução do
processo de ensino-aprendizagem da Matemática, de modo a garantir o desenvolvimento de
competências pelos alunos.

116
I - COMPETÊNCIAS GERAIS DO 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO, NA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Na Matemática, o aluno desenvolve competências de contar e calcular, usando as quatro
operações básicas na resolução de problemas, por um lado, e, por outro, desenvolve as
competências de observar, identificar, agrupar, distinguir, interpretar, analisar, estimar e medir.

1. Competências do 1º Ciclo do Ensino Primário, na disciplina de Matemática


No final deste ciclo, o aluno:
a) Conta números, até 100;
b) Lê e escreve números, até 100;
c) Calcula mentalmente e por escrito operações de adição e subtracção, até 100;
d) Relaciona as figuras planas e sólidas geométricas com objectos da vida real;
e) Resolve diferentes problemas da vida real, aplicando os números naturais e operações,
até 100;
f) Desenvolve o amor à pátria e conhece os símbolos nacionais.

117
VISÃO GERAL DE CONTEÚDOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA, 1º CICLO DO ENSINO PRIMÁRIO

Conteúdos Conteúdos
Unidade Temática Tempo Tempo
(1ª classe) (2ª classe)
VOCABULÁRIO Noções de: quantidade, tamanho, posição,
BÁSICO distância, direcção-sentido e massa-peso 40

NÚMEROS  Leitura e escrita


NATURAIS E  Leitura e escrita de números naturais  Operações de adição, subtracção, multiplicação e
280 260
OPERAÇÕES  Operações de adição e subtracção divisão

 Linhas curvas e rectas;


ESPAÇO E  Identificação de linhas e segmentos  Noção de segmento de recta;
FORMA  Identificação de figuras planas (quadrado,
rectângulo, triângulo e círculo)
20  Figuras planas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo); 80

 Noção de ponto.  Sólidos geométricos (bloco, cubo, esfera e cilindro);

 Medição de comprimentos (noção do metro)


GRANDEZAS E
 Noções elementares de medição de  Capacidades (noção do litro)
MEDIDAS
comprimentos, capacidades, volumes e  Massas (noção de quilograma)
40
massa.  Relógio: horas inteiras 40
 Calendário: dia, semana, mês e ano
 Dinheiro- o metical

380 380

118
CARGA HORÁRIA

A carga horária para o 1º ciclo é proposta em função de escolas com 2 turnos.


O 1º ciclo tem um total de 38 semanas X 10 tempos semanais = 380 tempos lectivos, contando com o
acréscimo de 38 tempos lectivos (1ª classe) + 40 tempos lectivos (2ª classe) = 78 tempos lectivos,
provenientes das disciplinas de Educação Musical, Visual e Ofícios. 380 Tempos lectivos serão
distribuídos no plano temático do Programa do 1º ciclo.
1. O VOCABULÁRIO BÁSICO tem 4 semanas lectivas: 4 semanas x 10 tempos semanais = 40
tempos.
2. OS NÚMEROS NATURAIS E OPERAÇÕES ocupam 30 semanas x 10 tempos semanais = 300
tempos lectivos.
3. GRANDEZAS E MEDIDAS têm 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.
4. ESPAÇO E FORMA ocupam 2 semanas x 10 tempos semanais = 20 tempos lectivos.
5. O CURRÍCULO LOCAL tem o seguinte fundo de tempo: 300 tempos lectivos x 20% do
Currículo local = 60 tempos. Quer dizer, o professor não pode planificar aulas somente sobre o
currículo local. Os seus conteúdos serão tratados de forma integrada.

119
Programa de Matemática

1ª Classe

120
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
UNIDADE CONTEÚDO PARCIAIS CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno
 Noção de quantidade:
 Muito e pouco
 Mais… do que, menos…do que
 Tanto… como
 Cheio e vazio 05
I  Comparar diferentes quantidades  Aumentar e diminuir  Usa noções de
e tamanhos de objectos;  Pôr e tirar. quantidade e
VOCABULÁRIO
tamanho para
BÁSICO  Comparar distâncias entre
 Noção de tamanho situações do seu dia
diferentes pontos;
 Grande e pequeno a dia
 Maior, menor e igual
 O maior e o menor
10
 Comprido e curto
 Largo e estreito
 Alto e baixo
 Grosso e fino

121
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIA PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
 Noção de posição
 À frente, atrás, à esquerda e à direita
 Antes e depois
10
 Primeiro, no meio, entre e último
 Dentro, fora e fronteira
 Em cima, em baixo, em volta, ao lado
 Noção de distância
I  Agrupar vários objectos - Perto e longe 05
- Aproximar e afastar
VOCABULÁRIO  Desenhar e pintar diferentes  Usa noções de posição,
 Noção de Direcção e sentido
BÁSICO distância, direcção-sentido,
objectos  Para a frente e para atrás
massa e peso para situações do
 Comparar massas de diferentes  Para a direita e para a esquerda
seu dia a dia
 Para dentro e para fora
objectos 05
 Para o interior e para o exterior
 Para o lado, para cima e para
baixo

 Noção de massa e peso


05
 Pesado e leve

TOTAL 40

122
Sugestões Metodológicas

a) Vocabulário Básico
O desenvolvimento do vocabulário e do seu significado é de extrema importância para o raciocínio

matemático. Portanto, deve ser conduzido, de forma contextualizada, para que os alunos compreendam a

sua aplicação na aprendizagem de Matemática. Se o aluno for capaz de entender e usar convenientemente

o vocabulário básico, ser- lhe-á fácil progredir na aprendizagem da Matemática, porque terá bases, não só

para interpretar os enunciados dos problemas, mas também para entender a estrutura das operações

aritméticas e a sua aplicação.

No caso de Moçambique, onde a maioria das crianças aprende na 2ª língua (Português), o tratamento do

vocabulário básico nas classes iniciais considera-se indispensável, para assegurar a aprendizagem dos

conceitos matemáticos. Estas noções de vocabulário devem ser ensinadas de forma concretizada

(visualizada). Isto é, a criança deve ser capaz de ver, por exemplo, a pedra grande em relação à pequena.

Vejamos alguns exemplos de ensino e aprendizagem de noções de vocabulário básico na Matemática:

1. Noção de quantidade: muito e pouco, mais… do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio,

aumentar e diminuir, pôr e tirar.

Sugere-se que o professor oriente os alunos para trazerem materiais, tais como: pedrinhas, sementes,

pauzinhos, cápsulas de garrafas e outros adequados para a concretização das noções.

Na aula, os alunos devem realizar várias actividades que os levem a desenvolver as competências de:

 Distinguir muitos objectos de poucos;

 Agrupar e quantificar vários objectos, de acordo com a quantidade solicitada;

 Desenhar/ e/ou pintar objectos, com diferentes quantidades.

123
Os alunos podem desenhar e/ou pintar objectos aplicando noções de quantidade. Os objectos escolhidos

devem reflectir conteúdos transversais. Por exemplo, equidade do género (rapazes e raparigas), meio

ambiente (diferentes quantidades de plantas).

Exemplo sobre:
1. Noção de quantidade: Muitos e poucos.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: pedrinhas, sementes, pauzinhos, cápsulas de garrafas
e outros.

Actividade

Usando a acção de tirar e pôr, os alunos formam diferentes grupos de objectos: muito e pouco, mais…
do que, menos…do que, tanto… como, cheio e vazio, aumentar e diminuir.

Numa 1ª fase, os exercícios práticos devem ser realizados ao nível da turma pelos alunos, sob a
orientação do professor. Na 2ª fase, os exercícios práticos são realizados em grupos e aos pares, sob a
orientação do professor.

2. Noção de tamanho: Grande e pequeno, maior e menor, igual, o maior, o menor, comprido e curto,
larga e estreito, alto e baixo, grosso e fino.
Sugere-se que sejam usados materiais, tais como: bolas, lápis, cordas, os próprios alunos, árvores, etc.
Na aula, devem ser realizadas várias actividades pelos alunos, que os levem a desenvolver as
competências de desenhar, pintar, modelar e comparar tamanhos de diferentes objectos reais.

3. Noção de posição: à frente, atrás, à esquerda e à direita; antes e depois; primeiro, no meio, entre e
último; dentro, fora e fronteira; em cima, em baixo, em volta, ao lado.
Para que os alunos desenvolvam as competências de situar diferentes objectos reais de acordo com
posições indicadas e de localizá-los em relação a si e aos outros, podem usar materiais existentes na sala
de aula (quadro, secretária do professor, etc.), ou na escola (secretaria, sala de professores,

124
latrinas/banheiros, jardim, campo de futebol, plantação de árvores, etc.), assim como os próprios alunos
podem servir de material concretizador (identificar a posição em que uns se sentam em relação aos
outros).

Exemplo:

O sinal da cruz vermelha está entre dois triângulos.

4. Noção de distância: perto, longe, aproximar, afastar

Com esta matéria, pretende-se que os alunos desenvolvam as competências de estimar distâncias em
relação à sua casa, à escola, à fontenária, ao hospital, ao mercado, à esquadra, etc.
O professor poderá orientar os alunos a situarem-se em diferentes posições e estimarem a distância
entre eles.

A B C
 A roda C está longe da lata de água A.
 A caixa B está perto da lata A.

5. Noção de direcção e sentido: para a frente e para trás; para a direita e para a esquerda; para dentro
e para fora; para o interior e para o exterior; para o lado; para cima e para baixo.

Para o desenvolvimento de competências dos alunos sobre a orientação no espaço, o professor pode
orientá-los a movimentarem-se em diferentes direcções e sentidos dentro e fora da sala.
Exemplo: utilizar a formatura dos alunos para cantar o hino nacional à frente da bandeira.

6. Noção de massa e peso: pesado e leve


Para que os alunos desenvolvam as competências de distinguir e estimar objectos pesados e leves,
podem usar materiais existentes na escola e na comunidade, através da observação e manuseamento.

125
O professor poderá orientar os alunos na realização das actividades de desenho e pintura de objectos de
diferentes massas.
Actividade
Apresentando pedras grandes e pequenas, o professor pede aos alunos para comparar o seu peso.

Pedra A Pedra B

A pedra A é mais pesada do que a pedra

126
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno
II Contagem progressiva e regressiva até
20.
NÚMEROS 1. Contagem progressiva
NATURAIS E (crescente), por etapas:
OPERAÇÕES  Contar, cantando, progressivamente 40
 1 a 5;
os números naturais até 20;  Conta os números naturais de
(1)  6 a 10;
 Contar, cantando, regressivamente  11 a 15; 1 a 20 e de 20 a 1
 16 a 20
os números naturais de 20 a 1; 2. Contagem regressiva
(decrescente), por etapas:
 5 a 1;
 10 a 6;
 15 a 11;
 20 a 16.

127
A contagem e a sua importância
As contagens progressivas (crescente) e regressivas (decrescente) têm como função preparar os alunos
para a iniciação da realização das operações de adição e subtracção até 50. O seu papel está reflectido
particularmente na aplicação das estratégias de cálculo mental e escrito.
O Programa de ensino sugere que a contagem progressiva e regressiva sejam treinadas desde o período
de ambientação, quando se estiver a tratar o vocabulário básico e, deve ser feita por etapas. Em geral, a
contagem deve ser realizada de forma individual para permitir que o professor avalie o seu domínio por
cada aluno.

128
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
UTEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Os Números Naturais de 1 a 5
Número natural 1
 Leitura e escrita do número 1
 Associação de objectos ao número
1 e vice-versa.

 Ler e escrever números de 1 a 5; Número natural 2


II  Contagem de objectos  Lê e escreve os números de
NÚMEROS  Identificar, pintando, números até  Leitura e escrita do número 2
NATURAIS E 1 a 5;
5  Associação de objectos ao número
OPERAÇÕES 2 (vice-versa)  Associar números às 35
 Moldar números até 5 Número natural 3
(1) quantidades de objectos.
 Associar quantidades de objectos  Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 3
ao número
 Associação de objectos ao número
3
Número natural 4
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 4
 Associação de quantidades ao
número 4

129
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
Numero natural 5
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 5
 Associação de quantidades ao
número 5
 Ordenação de números até 5

 Comparação dos números até


5, sem usar os símbolos (<, =
e >)
Ordenar números naturais até 5  Adição e subtracção de
II
números naturais
NÚMEROS Comparar números naturais até 5
 Adição até 5  Resolve problemas da vida
NATURAIS E Cont.
Adicionar números naturais até 5  Subtracção até 5 Comparação real até 5.
OPERAÇÕES
dos números até 5, sem usar
Subtrair números naturais até 5
(1) os símbolos (<, = e >)
 Adição até 5
 Subtracção até 5

Número natural 0
 Noção do número zero
 Leitura e escrita do número
Zero (0)
 Adição e subtracção até 5,
incluindo o zero (0).

130
Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números, de 1 a 5


Os números naturais de 1 a 5 são introduzidos com base em conjuntos com o mesmo número de
elementos. O professor selecciona vários conjuntos com o mesmo número de elementos,
independemente da forma e da cor (todos os conjuntos têm o mesmo número de elementos) Por
exemplo: O professor mostra um lápis, um caderno, uma caneta,… e explica que cada objecto
representa o número 1.
Os números 2, 3, 4 e 5 devem ser introduzidos da mesma maneira.
Antes de o professor fazer a demonstração da escrita de números (de 1 a 5), é importante que
ele explore os conhecimentos que os alunos trazem de casa sobre esta matéria.
A escrita de números deve ser demonstrada no quadro pelo professor. Ao simular a escrita do
número, é pertinente que o professor se coloque na mesma posição dos alunos e nunca ao
contrário. A seguir, os alunos podem simular a escrita desses números obedecendo os seguintes
passos: escrita no ar, no tampo da carteira, no chão (dentro e fora da sala), no quadro e no
caderno.
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de
números aprendidos, através de pintura e colagem no quadro da sala. Os alunos podem também
fazer a modelagem dos números de 1 a 5, para consolidação. Estes números devem ser escritos
em cartazes e colocados nas paredes da sala de aula, para permitir que os alunos os memorizem
facilmente.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e
históricas, até 5.
Exemplos: 1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro.

Adição até 5
O professor deve tratar a adição cuidadosamente, propondo aos alunos situações problemáticas
em diversos contextos, para que eles desenvolvam as competências requeridas.
Em uma primeira fase, na adição os alunos devem manusear objectos (juntando, aumentando e
acrescentando), de modo que adquiram a noção de adição.
Em uma segunda fase, o professor ensina os sinais: mais (+) e igual (=) e os seus significados, a
partir de uma situação concreta, usando a linguagem corrente e matemática:

131
“Duas laranjas mais três laranjas são cinco laranjas’.
“Dois mais três é igual a cinco”.

2 + 3 5

A subtracção até 5
Alguns autores reconhecem que as crianças podem usar três modelos de raciocínios de
subtracção, nomeadamente tirar, comparar e completar.
Na nossa escola, o modelo mais comum é o de tirar. Isto é, a maior parte das crianças aprende a
subtracção como sendo uma forma apenas de tirar.
a) Exemplo1: Comprei 6 lápis de cor . Dei 2 à minha irmã.
Com quantos lápis de cor fiquei?
Este modelo traduz-se da seguinte forma:

Simbolicamente escreve-se: 6 – 2 = 4. É importante que o professor, a partir desta situação


concreta, explique aos alunos os sinais de menos ( - ), igual (=) e os seus significados, usando
a linguagem corrente e matemática:

O modelo de tirar pode adequar-se a esta situação, pois de 6 posso tirar 2. Normalmente, as
crianças usam este modelo através da contagem de objectos concretos.
Entretanto, o tirar não responde a todos os problemas da vida relacionados com a subtracção.
temos ainda o completar e o comparar.
Exemplo de completar:
b) Tenho 2 lápis de cor, mas preciso de 6. Quantos lápis de cor faltam?
Nesta situação, é mais prático pensar no modelo de completar, isto é, tenho 2 e faltam-me (3),
(4), (5) e (6). São exactamente 4 passos:1 2 3 4
Logo, faltam 4 lápis de cor.
Exemplo de comparar:
c) Neste caso, a subtracção pode ser realizada através da relação (um para um) dos objectos.
Os triângulos que restam correspondem à diferença.

Portanto: 5 – 3 = 2

132
Introdução do número zero
Em uma primeira fase, o zero é introduzido na base de exemplos que demonstram a ausência de
elementos. Por exemplo, o professor pode usar uma lata vazia e mostrar aos alunos que não
contém nenhum elemento (está vazia).
Em uma segunda fase, o zero é introduzido com base na diferença de dois números iguais que
representam quantidades de dois conjuntos, com o mesmo número de elementos.
O número natural zero deve ser introduzido depois do número natural 5, para permitir que as
crianças realizem operações de adição e subtracção e resolvam problemas até 5.
Exemplo 1: desenhar bananas em um lado e, no outro, desenhar duas cascas de banana. O
professor poderá explicar a noção de zero, a partir de situações concretas da criança.
Exemplo 2: O professor poderá mostrar uma lata vazia e dizer aos alunos que ela não tem nada.
Não ter nada, significa ter zero.

Exemplo 3: Tínhamos dois copos e partiram-se os dois. Com quantos copos ficamos?

Ex: 2 - 2 = 0

133
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
O aluno
CH
 Identificar Linhas abertas, Figuras geométricas
fechadas, rectas e curvas;  Linhas abertas e fechadas
 Traçar linhas abertas, fechadas  Linhas rectas e curvas
III
rectas e curvas;  Noção de rectângulo,  Relaciona as figuras planas com as
ESPAÇO
20
E  Identificar figuras planas triângulo e círculo diferentes formas de objectos reais.
FORMA
 Desenhar e pintar figuras planas.  Noção do ponto.

134
Sugestões Metodológicas

Espaço e forma
Na abordagem dos conteúdos desta unidade temática, o professor poderá orientar os alunos para
trazerem algum material didáctico que esteja ao seu alcance, como caixinhas, pacotes de chá, de sumo,
de leite, de lápis de cor, latas de leite condensado, de azeite, o esquadro, sinais de trânsito, etc., cujas
faces permitirão observar a forma de algumas figuras planas (rectângulo, triângulo e círculo).
Através da observação e manipulação de objectos e de sólidos geométricos, pretende-se que os alunos
comecem a aperceber-se de certas semelhanças e diferenças existentes entre eles, utilizando material
de desperdício, como, por exemplo, caixas vazias, tubos e outros. Os alunos podem fazer diferentes
construções, o que contribuirá para o reconhecimento intuitivo das formas.
É importante que os alunos desenhem, pintem, façam dobragens, recortes, colagens e outras
actividades.
Os alunos podem identificar várias figuras geométricas (quadrados, triângulos, círculos, rectângulos),
em objectos da vida real.

Ainda nesta fase, os alunos, sob a orientação do professor, poderão desenhar e pintar figuras planas.
Os desenhos que os alunos fazem nos jogos de “necas”, “mathakudzana” (explicação), berlindes e
outros, podem ser relacionados com figuras planas.

135
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO PARCIAIS CH
O aluno
Números naturais de 6 a 9:

Número natural 6
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 6
 Associação de quantidades ao
número 6
 Conceitos de números antes e
depois, até 6

Ler e escrever números naturais até 9; Número natural 7


Associar quantidades aos números até 9;  Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 7
Ordenar e comparar números naturais até 9;
 Associação de quantidades ao
IV Adicionar números naturais até 9; número 7
NÚMEROS  Resolve problemas
Subtrair números naturais até 9; quotidianos que
NATURAIS E Número natural 8
OPERAÇÕE Identificar, pintando, os números naturais  Contagem de objectos envolvem 30
S  Leitura e escrita do número 8 números
até 9; naturais até 9.
 Associação de quantidades ao
(2) Modelar os números naturais até 9; número 8
Recortar e colar os números naturais, até 9. Número natural 9
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 9
 Associação de quantidades ao
número 9
 Ordenação de números até 9
 Comparação dos números
dentro do limite 9, sem usar
os símbolos (<, = e >)
 Adição e subtracção até 9
 Estratégias de cálculo mental de
adição até 9
 Estratégias de cálculo mental de
subtracção até 9.
136
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO PARCIAIS CH
O aluno
 Ler e escrever números naturais até 10;
Número natural 10
 Associar quantidades aos números até 10;  Contagem de objectos
IV  Ordenar e comparar números naturais até 10;  Leitura e escrita do número 10;
NÚMEROS  Associação de quantidades ao
NATURAIS E  Adicionar números naturais até 10;
número 10  Resolve problemas
OPERAÇÕES  Subtrair números naturais até 10;  Noção de dezena; quotidianos até 10
 Adição de números naturais até 10.
(2)  Identifica, pintando, os números naturais até
10;
10;  Subtracção de números
 Modela os números naturais até 10; naturais até 10.
 Recorta e cola os números naturais, até 10.

Sugestões Metodológicas
O tratamento de números de 6 a 10 deve ser feito na base de uso de objectos concretos e aplicação do conceito "depois" (+1),
adicionando-lhes a unidade: 6 + 1, 7 + 1, 8 + 1 e 9 + 1.
Exemplo: 5 + 1 = 6 (O aluno pensa no número depois do 5).
Os alunos devem ser orientados a realizarem actividades de identificação e ordenação de números aprendidos, através de pintura e
colagem no quadro da sala. Os alunos podem também fazer a modelagem dos números de 6 a 10, para consolidação.
O professor poderá explicar aos alunos a noção de dezena, que pode ser exemplificada com os dedos das duas mãos ou molhos de 10
pauzinhos.
O professor deve relacionar os números aprendidos com as datas festivas, comemorativas e\ou históricas, até 10.
Exemplos: 7 de Abril, Falar do dia da mãe, 7 Setembro….

137
Tabela 1. Adição até 9

Nesta tabela, existem 36 combinações de exercícios básicos de adição que devem ser calculados
mentalmente.
Os exercícios da coluna 1 + X e os da diagonal X + 1 formam ao todo 15 exercícios básicos, que
facilmente são calculados com a aplicação do conceito número depois.
Exemplo1: 2 + 1 é só pensar no número depois de 2, que é 3. Portanto: 2 + 1 = 3
Exemplo2: 1 + 7 = 7 + 1, è só pensar no número depois de 7, que é 8. Portanto: 1 + 7 = 7 + 1 = 8
Os restantes 21 exercícios são os que devem ser aprendidos de cor, ou poderão ser calculados na base
de aplicação do conhecimento de memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas vezes a
parcela menor.
Esta tabela pode ser trabalhada pelos alunos organizados em grupos, discutindo e comentando as
respostas ou soluções, sob a orientação do professor.

138
Tabela de subtracção até 9

Esta tabela é composta por 36 combinações de exercícios básicos de subtracção, que devem ser
calculados mentalmente.
Nas colunas X – 1 existem 8 exercícios básicos que facilmente são calculados com a aplicação
do conceito número antes.
Exemplo1: 4 - 1 é só pensar no número antes do 4, que é o 3. Portanto: 4 – 1 = 3.
As diagonais com exercícios do tipo diferença igual a 1 e diferença igual a 2 contêm mais 13
exercícios básicos, totalizando 21.
Os restantes 15 exercícios poderão ser aprendidos de cor, ou calculados na base de aplicação do
conhecimento de contar para:
a) a frente do diminuidor ao diminuendo;
b) atrás do diminuendo ao diminuidor
Se os alunos dominarem estas combinações, ser-lhes-á fácil generalizar o conhecimento 7- 3 = 4
para 17 – 3, 27 – 3, 37 – 3, etc.

139
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
 Ler e escrever números Números naturais 11 e 12
 Contagem de objectos
naturais até 20;
 Leitura e escrita dos números 11 e 12
 Associar quantidades aos  Associação de quantidades aos números 11 e 12
20
números até 20;  Composição e decomposição de números 11 e 12
 Noção de dúzia.
 Ordenar e comparar números  Cálculo mental e escrito de adição até 12
naturais até 20;  Cálculo mental e escrito de subtracção até 12
Números 13, 14 e 15
 Compor e decompor números  Contagem de objectos
IV naturais até 20  Leitura e escrita dos números 13, 14 e 15
NÚMEROS  Associação de quantidades aos números 13, 14 e
NATURAIS  Adicionar números naturais 15 40
E  Composição e decomposição de números até 15
até 20;
OPERAÇÕES
 Cálculo mental e escrito de adição até 15
 Subtrair números naturais até
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 15
(2) Resolve problemas que envolvem
20;
Números 16, 17, 18 e 19 números naturais até 20.
 Identificar, pintando, os  Contagem de objectos
números naturais até  Leitura e escrita dos números: 16, 17, 18 e 19
20.
 Associação de quantidades aos números 16, 17, 18 e
40
19
 Composição e decomposição de números até 19
 Cálculo mental e escrito de adição até 19
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 19
Número 20
 Contagem de objectos
 Leitura e escrita do número 20
 Associação de quantidades ao número 20
 Ordenação e comparação (sem uso de sinais <, = e >) 20
dos números, até 20
 Composição e decomposição de números, até 20
 Cálculo mental e escrito de adição até 20;
 Cálculo mental e escrito de subtracção até 20;

140
Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números de 11 a 19


O tratamento de números naturais de 11 a 19 pode ser feito de duas maneiras:
a) Manter a base 10 e adicionar sucessivamente 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10. Isto é, 10 + 1 = 11; 10 +
2= 12, 10 + 3 = 13, …., 10 + 9 = 19.
b) Manter a unidade, aplicando o conceito depois: 10 + 1 =11; 11 + 1 = 12; 12 + 1=13,… , 18 + 1 =
19
Recomenda-se, entretanto, que o professor explique a importância da formação de números a partir
da alínea a), pois os alunos adquirem o conhecimento do sistema decimal.
A noção de dúzia pode ser exemplificada com conjuntos de objectos com 12 elementos.
O professor deve proporcionar actividades que levem os alunos a treinar a escrita de números,
obedecendo as etapas do seu tratamento. O professor deve relacionar os números aprendidos com as
datas festivas e comemorativas até 19.
Exemplos: 12 de Outubro, 16 de Junho e outras.

Leitura e escrita do número natural 20


O professor orienta, por exemplo, a formação do número 20, a partir de dois feixes (molhos) de 10
pauzinhos cada. Depois da leitura e escrita do número, poderá explicar aos alunos que 20
corresponde a duas dezenas.
Exemplo: 10 + 10 =20

141
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
CONTEÚDO
O aluno
CH
 Traçar linhas de diferentes Comprimento, capacidade-volume e
comprimentos; massa
V  Noções intuitivas de medição de
GRANDEZAS  Medir comprimentos de objectos; comprimento  Resolve problemas que envolvem 20
E MEDIDAS  Comparar comprimentos, capacidade-  Noção do metro medições.
 Noções de capacidade-volume
volume e massa.  Noções de massa

142
Sugestões Metodológicas

GRANDEZAS E MEDIDAS
1. Medição de comprimentos
No tratamento de noções intuitivas de medição de comprimentos, os alunos devem comparar
comprimentos, classificar objectos segundo o comprimento e agrupá-los.
O professor deve orientar os alunos na medição de vários objectos (caderno, livro, carteira, lápis e
outros) e espaços (sala de aula, campo de jogos, jardim, horta), usando palmos da mão, pés e passos.
Estas actividades têm em vista mostrar que os resultados obtidos pelos diferentes alunos, ao medir o
mesmo espaço, não são iguais. Em seguida, dois (2) ou três (3) alunos usam o metro para medir o
mesmo espaço e verificarão que o resultado obtido é o mesmo. Assim, revela-se a necessidade da
existência de uma medida padrão, o METRO.

2. Capacidade-volume
No tratamento de noções intuitivas de medição de capacidade e volume, os alunos devem: classificar
recipientes, segundo a capacidade, verificando depois por transvasamento; e agrupar recipientes de
diferentes capacidades.
Enche-se um recipiente, servindo-se de outro mais pequeno e conta-se o número de vezes que foi
necessário para enchê-lo.
O professor pode seleccionar uma série de objectos: copos, jarras, latas, garrafas, pedras e água, para
dar a noção de capacidade e volume.
O professor mostra uma jarra com água e uma pedra. Em seguida, mostra o nível da água. Pede a
um(a) aluno(a) para mergulhar a pedra na jarra de água, enquanto os outros vão observando. Depois, o
professor pergunta aos alunos: O que aconteceu quando o(a) aluno(a) mergulhou a pedra na jarra?
Possíveis respostas: A água aumentou; a água subiu de nível, etc.
Com base nas respostas dadas pelos alunos, conclui-se que a pedra tem um volume determinado pelo
espaço que ocupa. Os alunos comparam diferentes volumes e capacidades.
O professor deve proporcionar aos alunos várias oportunidades de realizarem manipulações de
transvasamento de líquidos ou areia.

143
Por exemplo: O professor coloca à disposição dos alunos 3 copos (A, B e C), dos quais 2 copos (A e
B) devem ser iguais. A seguir, pede a um aluno para que os encha de água e que tinja um deles com
tinta.
Em seguida, o professor pede ao aluno que despeje o líquido contido em B, para um copo C mais
estreito e pergunta à turma:
Dos copos A e C, qual é que contém mais líquido?
Se os alunos ainda não possuírem a noção de conservação, dirão que há mais água no copo C.
O mesmo poderá acontecer, ao usar-se um copo D de maior secção; os alunos poderão responder que o
copo A é que tem mais água. Isto porque os alunos fazem uma leitura perceptiva, centrada apenas em
um aspecto.
É preciso que sejam realizadas várias experiênciais, para que os alunos possam compreender que a
capacidade se mantém, independentemente da forma do recipiente.

3. Massa
O professor deverá procurar saber se os alunos já viram alguém a pesar produtos na loja, talho,
supermercado, ou mercado.
A seguir, o professor poderá apresentar-lhes diferentes objectos, para eles observarem e decidirem qual
deles é que pesa mais, menos, ou igual. Por fim, os alunos poderão conferir as suas respostas, pesando
os produtos com as suas mãos, como se estas fossem uma balança.

Para o estudo das grandezas, é necessário material variado na sala de aula (réguas, cordas, bandas de
cartão) e recipientes, para a medição de volumes e capacidades.

144
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
COMPETÊNCIAS PARCIAIS
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO
aluno
CH

 Ler e escrever números


 Números de 21 a 50
naturais até 50
 Leitura e escrita dos números por
 Ordenar números naturais até etapas:
 De 21 a 30
50 NÚMEROS
 De 31 a 40
VI
 Comparar números naturais  De 41 a 50
NÚMEROS
 Associação de quantidades até 50.  Resolve problemas reais até 50.
NATURAIS até 50 45
E OPERAÇÕES  Ordenação e comparação de
 Adicionar números naturais números sem uso de sinais, até 50;
(3) até 50  Composição e decomposição de
números, até 50
 Subtrair números naturais até  Cálculo mental em adição e
50 subtracção, até 50

Consolidação dos principais conteúdos Resolve problemas do quotidiano,


REVISÃO 20
da 1a Classe aplicando os conhecimentos da 1a
classe.
TOTAL 380

Sugestões Metodológicas

Leitura e escrita de números naturais de 21 a 50


Os números 30, 40 e 50 são introduzidos através da formação dos múltiplos de 10.
Exemplo: 10 + 10 = 20; 20 + 10 = 30; 30 + 10 = 40, 40 + 10= 50.
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 .
Por exemplo: 31 = 30 + 1; 32 = 30 + 2; 33 = 30 + 3;38 = 30 +8; 39 = 30 + 9.

145
Programa de Matemática

2ª Classe

146
PLANO TEMÁTICO DA 2ª CLASSE
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
O aluno deve ser capaz de: CONTEÚDO CH
TEMÁTICA aluno
 Ler e escrever números naturais  Revisão
- Contagem, leitura, ordenação e comparação de
até 50 números naturais até 50;
 Ordenar números naturais até 50 - Composição e decomposição de números naturais
até 50;
 Comparar números naturais até  Resolve problemas que
I
NÚMEROS NA 50 - Cálculo mental e escrito de adição e subtracção até
50. envolvem números naturais até
TURAIS E 40
 Adicionar números naturais até 50.
OPERAÇÕES
50  Contagem e escrita de números naturais até 50
de:
 Subtrair números naturais até 50 - 2 em 2;
 Contar os números naturais até - 5 em 5;
- 10 em 10.
50.

147
Sugestões Metodológicas
Consolidação dos conteúdos da 1ª classe
A 2ª classe inicia com a consolidação dos principais conteúdos da 1ª classe, que servirão de pressupostos para o tratamento dos novos conteúdos:
a) Contagem progressiva e regressiva;
b) Cálculo oral (mental) e escrito;
c) Decomposição e composição em dezenas e unidades;
d) Determinação do sucessor e antecessor de um número dado;
e) Leitura, escrita, ordenação e comparação dos números naturais;
f) Adição e subtracção até 50.
O professor poderá usar as metodologias sugeridas na 1ª classe, para a consolidação.

Exemplo:
Na consolidação do cálculo mental de operações, tais como: 14 + 3; 7 + 12, os alunos poderão memorizar a parcela maior e contar para a frente, tantas
vezes a parcela menor, independentemente da posição das parcelas. Enquanto que, no que se refere à subtracção do tipo 13 – 9, se pode contar para a
frente a partir do diminuidor até ao diminuendo, ou contar para atrás, a partir do diminuendo até ao diminuidor. O mesmo já não seria aconselhável
para a subtracção do tipo 43 – 9 (onde o diminuendo é maior que 20 e o diminuidor seja um dígito).
Para estes casos, concretiza-se o diminuidor 9, contando para atrás, a partir do diminuendo.
Exemplo: 43, (42, 41, 40, 39, 38, 37, 36, 35, 34). o último número da contagem regressiva, portanto, o 34 é igual a diferença.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Os alunos poderão realizar actividades sobre a contagem 2 em 2, 5 em 5 e 10 em 10, até 50, sem o uso de objectos.

148
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS
UNIDADE
CONTEÚDO PARCIAIS CH
TEMÁTICA
O aluno deve ser capaz de: O aluno
Números naturais de 51 a 100
 Leitura e escrita de números naturais de:
 51 a 60
 61 a 70
 71 a 80
 81 a 90
40
 91 a 100
 Ler e escrever números naturais até 100
 Ordenar números naturais até 100  Ordenação (crescente e decrescente) de
II números naturais até 100;  Resolve problemas
NÚMEROS  Comparar números naturais até 100  Comparação de números, usando os sinais <, = que envolvem
NATURAIS E
 Adicionar números naturais até 100 e >. números naturais
OPERAÇÕES
Dezena e unidade até 100
 Subtrair números naturais até 100  Conceito de dezena e unidade
 Decomposição de números naturais em dezenas
e unidades
 Tabela de posição
60
 Adição na forma horizontal e vertical, até 100
 Subtracção na forma horizontal e vertical, até
100
 Leitura e escrita de números ordinais até 20º

149
Sugestões Metodológicas
Leitura e escrita de números naturais de 51 a 100
O professor poderá orientar o aluno para contar, progressivamente, de 10 em 10, até 100.
Sugere-se que a formação de números de 51 até 100 seja realizada da seguinte maneira:
50 + 10 = 60
60 + 10 = 70

... ... ...


90 + 10 = 100
Na formação de outros números que não sejam dezenas inteiras, adicionam-se sucessivamente às dezenas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Por exemplo: 51 = 50 + 1; 52 = 50 + 2; 53 = 50 + 3;58 = 50 +8; 59 = 50 + 9.

O aluno deve realizar actividades de recorte e colagem de números, para ordenação e comparação dos mesmos.
O professor explica ao aluno o preenchimento da tabela de posição, a partir da decomposição de números em dezena e unidade, até 100.
O aluno realiza as operações de adição e subtracção, usando números recortados.
O procedimento escrito de adição e subtracção deverá ser explicado na base de tabela de posição. É importante que o professor destaque que,
tanto na adição como na subtracção, a colocação dos algarismos na posição de dezenas e unidades deve ser respeitada. Neste sentido, o aluno
poderá realizar jogos que exijam, primeiro, a definição da ordem que cada algarismo ocupa.

150
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno
 O relógio
III  Ler e marcar horas inteiras;  Horas inteiras  Resolve problemas que envolvem
GRANDEZAS  Construir relógios;  O calendário medidas de tempo. 30
E MEDIDAS  Identificar dia, semana, mês e o ano.  Dia, semana, mês e ano.

Sugestões Metodológicas

Medição do tempo

O RELÓGIO
O aluno constrói um relógio (mostrador e ponteiros), fixando os ponteiros com pauzinho, atache (fixador dos ponteiros), usando diversos materiais
recicláveis (cartões e caixas), sob a orientação do professor. Para a concretização desta actividade, sugere-se que se recortem cartões e caixas, de
modo a que cada aluno tenha o seu relógio.

O CALENDÀRIO
Trata-se, fundamentalmente, de iniciar os alunos na tomada de consciência da sucessão dos dias da semana, dos meses do ano e de os dotar de um
vocabulário útil, na vida corrente.
Os alunos começam por recordar os dias da semana.
O professor deve iniciar cada dia de trabalho, escrevendo no quadro a data desse dia e as crianças registam no caderno diário, assim como o dia da
semana.

151
Será útil a existência de um calendário na sala de aula. O professor pode orientar os alunos a construí-lo. Deste modo, os alunos familiarizam-se
com ele e tomarão consciência dos dias. Diariamente, os alunos deverão assinalar o dia da semana no calendário.
Em cada segunda-feira, pintam com a mesma cor o sábado e o domingo anteriores (dias em que não foram à escola).
Esta actividade deve manter-se ao longo do ano. Quando acaba o mês, os alunos afixam uma nova folha e começam o mês seguinte.
Uma actividade importante é assinalar, no calendário, os feriados, as datas comemorativas e, também, os aniversários das crianças.
Os alunos realizam vários exercícios de identificação dos feriados e datas comemorativas no calendário, nomeadamente:
1 de Maio, 1 de Junho, 3 de Fevereiro, 4 de Outubro, 7 de Abril, 7 de Setembro, 16 de Junho, 25 de Junho, 25 de Setembro, 12 de Outubro, 25 de
Dezembro, Dia da Mãe e do Pai (data variável).
O professor deve controlar os números das datas comemorativas, escritos pelos alunos no quadro e nos seus cadernos.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de: O aluno
 Interpretar o significado da multiplicação, Multiplicação até 50
 Noção de multiplicação
como adição de parcelas iguais;
 Números pares e ímpares
 Identificar números pares e ímpares;  Contagem de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100
60
 Multiplicação por 2, 3, 4 e 5
 Contar de 10 em 10 e de 20 em 20, até 100;
IV  Tábuas de multiplicação
 Resolve problemas que
NÚMEROS  Efectuar a divisão através de subtracções  O dobro, a metade e o triplo de um número envolvem multiplicação por 2, 3,
NATURAIS E
sucessivas; 4, 5 e 10 e de divisão até 50.
OPERAÇÕES Divisão até 50
 Noção de divisão
 Divisão partitiva como subtracções sucessivas
até 50, com os divisores 2, 3, 4 e 5 60
 A divisão como operação inversa da
multiplicação
 A divisão por 2, 3, 4 e 5

152
Sugestões Metodológicas

A multiplicação
O professor poderá seleccionar material concretizador para a aula, por exemplo, flores, lápis, cadernos e outros. Os próprios alunos poderão
servir de material concretizador.
Exemplo: o professor poderá formar três grupos de dois alunos cada e colocá-los em frente da turma, para permitir a observação dos outros.
Depois pergunta à turma:
 Quantos alunos estão à frente?
 Quantos grupos são?
 Quantos alunos estão em cada grupo?
A partir das respostas dadas pelos alunos, o professor explica o conceito de multiplicação através de adição sucessiva de parcelas iguais: 2 + 2
+2=6
Quantas vezes aparecem os dois (2)? 2 + 2 + 2 “São três vezes, os dois” 3 x 2 = 6. Analogamente, introduz-se a multiplicação por 3, 4, 5 e 10.
Os problemas e exercícios com distribuições rectangulares ajudam a realçar a estrutura multiplicativa. No nosso dia-a-dia, observamos diversas
distribuições rectangulares: uma embalagem, cartão ou favos de ovos, uma caixa de refrescos, uma janela rectangular com vários vidros e
outras.

Noção de divisão
A noção de divisão deve ser explorada a partir de situações-problema que envolvem raciocínios de divisão, relacionando com as três operações
já estudadas, tendo em conta que:
 A divisão está relacionada com a multiplicação, pois a divisão é a operação inversa da multiplicação;

 A divisão está também relacionada com a adição.


153
Vamos mostrar como resolver um problema, usando os diferentes raciocínios.
Problema: A Yolanda tem um pacote com 15 bolachas. Se comer 3 bolachas por dia, quantos dias leva para comer todo o pacote?

a) Raciocínio que envolve a adição:

b) Verificam-se quantos grupos de 3 se obtêm para completar 15.

A figura mostra claramente que se obtêm 5 grupos de 3. Portanto: 3 + 3 + 3 + 3 + 3 = 15; logo,


são 5 dias para comer todo o pacote.

c) Raciocínio que envolve a subtracção:

A partir de 15, vai subtraindo-se 3, até não ter nada.


15 – 3 = 12 12 – 3 = 9 9–3=6 6–3=3 3–3=0
    
1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia

Desta forma, é fácil concluir que o pacote dá para 5 dias.

154
d) Raciocínio que envolve a multiplicação:

Neste raciocínio, o aluno resolve a divisão, aplicando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação.
15: 3, pensa no número que, multiplicado por 3, dá 15. E neste caso, é o 5.
Assim conclui-se que, o pacote dá para 5 dias.
Numa primeira fase, o aluno tem a liberdade de escolher a estratégia que melhor se coadune com a sua forma de raciocinar e maior segurança lhe der.
Após a resolução de um problema, o professor deve pedir aos diferentes alunos para explicarem as estratégias no quadro, descrevendo o caminho
utilizado até chegar à solução.
Pouco a pouco, os alunos vão adquirindo a capacidade de escolher a estratégia que melhor se adapte à sua maneira de pensar.
Mais tarde, eles serão obrigados a resolver os problemas de divisão usando a sua operação inversa, portanto, a multiplicação, que é o ideal.

Para a consolidação da divisão, o professor poderá apresentar vários problemas, tais como:

Problema 1: O pai do João comprou 12 cadernos para oferecer aos seus 4 filhos.

Quantos cadernos receberá cada filho?

Problema 2: A Yolanda comprou 15 ramos de flores. Ela tem 5 vasos e quer colocar, em cada vaso, o mesmo número de flores.

Quantas flores vão ficar em cada vaso?

155
Objectivos Específicos
UNIDADE COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno deve ser capaz de:
O aluno
 Traçar linhas curvas e rectas;  Figuras e sólidos geométricos
 Identificar segmento de recta;
 Linhas curvas e rectas
 Distinguir figuras planas através de
decomposição de sólidos geométricos e  Noção de segmento de recta
V objectos;
ESPAÇO E  Desenhar e pinta figuras planas;  Figuras planas (quadrado,  Resolve problemas que envolvem
40
rectângulo, triângulo e círculo) figuras e sólidos geométricos.
FORMA  Moldar e modelar os sólidos
geométricos;  Sólidos geométricos (bloco, cubo,
 Relacionar as figuras e os sólidos esfera e cilindro)
geométricos com os objectos da vida
real.

Sugestões Metodológicas
ESPAÇO E FORMA
Em muitos lugares, tais como lojas, mercados, casas, podemos encontrar produtos em pacotes, caixas, latas, por exemplo caixa de fósforo,
pacote de chá, de margarina, de sumo, caixa de refrescos, uma lata de azeite e outros. Os alunos vão aprender as linhas curvas e rectas, as
figuras planas (rectângulo, quadrado, triângulo e círculo), a partir da decomposição de modelos de sólidos geométricos escolhidos para
identificação de faces rectangulares, quadrangulares, triangulares e circulares.

156
IDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS
CONTEÚDO CH
TEMÁTICA O aluno
O aluno deve ser capaz de:
 Identificar moedas e notas do dinheiro
moçambicano;
O Metical 20
 Decalcar e recorta moedas;  Moedas e notas do dinheiro moçambicano:
 Cantar canções que valorizam o  Moedas (1 MT, 2 MT, 5 MT e 10 MT)
 Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)  Resolve problemas do
metical. quotidiano, que envolvem
noções de comprimento,
VI  Medir pequenos comprimentos, capacidade e massa;
GRANDEZAS
usando unidades não padronizadas (o  Resolve problemas
E MEDIDAS
 Comprimento, capacidade e massa quotidianos de compra e
palmo, o pé e o passo) como base para
venda em estabelecimentos
 Noção de metro (m)
conhecer as unidades padronizadas. improvisados;
30
 Noção de centímetro (cm)
 Realizar experiências que
 Noção de quilograma (kg)
conduzam à noção de capacidade e
massa.  Noção de litro (l)

157
Sugestões Metodológicas

Dinheiro Moçambicano - o metical


O uso do dinheiro é uma prática social. Em princípio, é natural que os alunos já estejam familiarizados
com algumas moedas e notas em circulação.
Consideramos adequado para o 1º ciclo, o conhecimento das moedas e notas em circulação até 100 MT,
uma vez que o estudo dos números se processa até 100.
Na concretização das actividades, os alunos devem recorrer à manipulação de moedas e notas em
circulação (em simulação prática de processos de compra e venda).
 Identificar, em uma colecção de moedas e notas, as que têm determinado valor;
 Trocar moedas e notas por outras de maior, ou menor valor;
 Determinar o valor de uma dada colecção de moedas e notas;
 Fazer diferentes colecções de moedas e notas, de modo a perfazer uma determinada quantia;
 Brincar às lojas improvisadas.
As crianças, desde muito cedo, lidam com situações reais da vida que as obrigam a manusear moedas e
notas do dinheiro moçambicano:
a) Moedas (1 MT, 2 Mt, 5 MT e 10 MT)
b) Notas (20 MT, 50 MT e 100 MT)
A partir desta experiência que as crianças trazem da sua vivência para a escola, o professor poderá
preparar material didáctico com cartolina, para ilustração de moedas e notas. Os alunos poderão decalcar o
papel em diferentes moedas e pintar, usando diferentes cores. Poderão também desenhar diferentes
moedas e notas do dinheiro nacional.
A outra experiência que se pode aproveitar dos alunos, são as operações de compra e venda de produtos,
tais como rebuçados, bolachas, lápis, caderno escolar. Para tal, o professor poderá orientar os alunos, para
realizarem uma simulação de compra e venda de alguns produtos. No fim, poderá fazer a sistematização
segundo o conteúdo programado, dando ênfase à resolução de problemas simples de compra e venda
com/e sem troco.

Medição de comprimentos, capacidade-volume e massa


Medir uma grandeza é compará-la com a unidade de medida escolhida; associa-se à grandeza de um
número real.

161
A melhor maneira de aprender a medir é permitir, à criança, a sua máxima espontaneidade. Portanto,
colocado o aluno perante um problema de medição - por exemplo saber o comprimento da carteira – o
professor não lhe deve dar qualquer sugestão. Ele encontrará o seu próprio modelo.
Quanto mais variadas forem as experiências que tiver de realizar, mais profunda será a sua compreensão
do acto de medir e mais facilmente resolverá problemas que envolvam medidas. Neste caso, a interacção
entre alunos é muito importante para o desenvolvimento de competências individuais e colectivas.

Medição de comprimentos

1ª Actividade
Os alunos observam dois objectos, por exemplo dois lápis e, por comparação directa, sobrepondo-os,
verificam qual é o mais comprido.

2ª Actividade
O professor mostra dois lápis, de comprimentos sensivelmente iguais e coloca-os em dois sítios diferentes,
por exemplo, um em cada extremidade da secretária. O professor pede aos alunos que digam qual dos lápis
é mais comprido, mas sem os deslocar.
O professor deixa os alunos reagirem à vontade. O objectivo é fazê-los sentirem a necessidade de utilizar
um meio intermediário de comparação. Neste caso, já não é possível comparar os objectos directamente.

3ª Actividade
O professor propõe aos alunos que meçam o comprimento da carteira. É natural que eles recorram às mais
variadas unidades de medida: lápis, caneta, pau de giz, pauzinho, palmos e outros. Perante a diversidade
de soluções obtidas, é importante discutir a necessidade de utilizar a mesma unidade de medida por todos
os alunos.
Uma vez escolhida a unidade de medida - por exemplo, uma banda de papel - é importante que os alunos
verifiquem a impossibilidade de, por vezes, exprimir o resultado de uma medição por um só número. Daí a
necessidade de construir um sistema arbitrário de unidades, obtido, por exemplo, dobrando a banda de
papel, sucessivamente, em duas partes iguais.
A

162
C

Em seguida, estabelece-se uma relação entre as novas unidades de medidas.


Uma (1) banda A vale duas (2) bandas B e quatro (4) bandas C.
Deve-se também aprender a escolher as unidades, de acordo com o comprimento que se quer avaliar. Não
faria sentido medir o comprimento da sala de aula com palmos!

Medição de capacidades

A metodologia a seguir pode ser idêntica à adoptada para a medição de comprimentos.


Perante duas vasilhas de formas diferentes, se perguntarmos ao aluno qual leva mais água (ou areia), ele
não terá dificuldade em resolver o problema. Enche uma das vasilhas e despeja o conteúdo na outra.
É conveniente que os alunos realizem várias experiências de medição de capacidades. A certa altura, as
suas unidades de medida revelam-se insuficientes, pelo que os alunos sentirão necessidade de criar um
sistema arbitrário de unidades e estabelecer uma relação entre as novas unidades de medida.
Exemplo

A B C

A lata A vale 2 latas B.


A lata B vale 6 colheres C
Tal como dissemos para a medição de comprimentos, na medição de capacidades deve-se aprender a
escolher as unidades, de acordo com a capacidade que se quer avaliar. Não faria sentido medir a
capacidade de um balde de 5 litros com a colher.
A conservação de volumes só surge por volta dos 10 aos 11 anos. Por este facto, não se propõem
actividades de volumes de sólidos.

Medição de massa
Analogamente, o processo de trabalho com pesos pode ser idêntico aos anteriormente descritos. O aluno
começa por fazer comparações, servindo-se das mãos e da balança de braços iguais. Depois, passa a

163
utilizar unidades de medida, que começam por ser pouco rigorosas (pedras, por exemplo). O aluno
rapidamente apercebe-se de que a escolha tem que ser mais criteriosa. Escolhe, por exemplo, as tampinhas
das garrafas de refrescos. Se os alunos vivenciarem diversas experiências de medições de comprimentos,
capacidades e pesos, a passagem para o 2º ciclo, para as respectivas unidades do sistema métrico, far-se-á
facilmente.

164
Programa de Educação Física

1º Ciclo

161
Introdução

A Educação Física é um dos direitos fundamentais do cidadão, devendo ser garantida pelo
sistema educativo e por outras instituições sociais.

O presente programa tem como propósito imprimir uma dinâmica às aulas desta disciplina, na
perspectiva de, simultaneamente, desenvolver o sentido de cidadania, habilidades práticas,
ocupacionais e etnoculturais, isto é, valorizando os conhecimentos das práticas da comunidade
onde a escola está inserida.

A ideia central é começar por jogos e exercícios simples para desenvolver a motricidade e as
habilidades da criança, num período de adaptação e, gradualmente, ir aumentando o grau de
exigências de acordo com a idade do aluno.

Pretende-se que o Programa da disciplina de Educação Física assegure um desenvolvimento


contínuo das capacidades e habilidades motoras, praticando a actividade física nas condições em
que a escola se encontra, com vista a desenvolver um estilo de vida activo e saudável.

O Programa apresenta conteúdos que contribuem na organização e controlo integral do aluno,

nas duas classes, em forma de espiral, diferenciando-se no grau de exigências, segundo o nível
de desenvolvimento das capacidades motoras e da idade.

A abordagem em espiral visa fortalecer o desenvolvimento de competências parciais desta


disciplina, na classe e no ciclo de aprendizagem, que promovam hábitos motores consequentes,
o que requere tempo.

162
Visão geral dos conteúdos do 1º Ciclo
1ª CLASSE 2ª CLASSE
UNIDADE CONTEÚDOS CH CONTEÚDOS CH
TEMÁTICA
 Exercícios de organização e controlo Exercícios de organização e controlo
 Formatura básica com a marcação de distância Marcha no lugar em deslocamento seguindo a contagem
 Marcha seguindo o compasso e a contagem do Exercício de mudanças de formatura
professor Conversões (Giro)
 Exercícios de desenvolvimento físico geral Exercício de orientação espacial
 Jogos de orientação espacial através da contagem Conversões seguindo a orientação do professor
 Exercícios de orientação espacial Exercícios de coordenação motora
 Exercícios de orientação usando jogos de Exercícios de ordem seguindo a orientação
GINÁSTICA numeração
8 Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha 8
DE BASE  Exercícios de coordenação motora Exercício de baloiçar em objectos e equilibrar uma bola ou
 Jogos de corridas em diferentes velocidades objecto na cabeça
 Jogos de deslocamento em grupos  Exercícios de desenvolvimento físico geral
 Exercícios de equilíbrio portando objectos
 Exercícios de imitação de animais, ofícios entre
outros
 Jogos de lançamento e recepção
 Exercícios de agilidade
 Exercícios de coordenação motora
 Jogos com a bola  Passe e recepção da bola
 Jogos educativos  Jogos de passe e recepção com contagem
JOGOS
 Jogos com a bola feita pelos alunos  Jogo de neca
EDUCATIVO 12 12
 Jogos reduzidos  Jogo de mata-mata
S
 Exercícios de imitação de animais  Jogos educativos
 Jogos de lançamento de precisão
 Jogos e danças típicas da localidade onde a escola se encontra
JOGOS E
DANÇAS  Jogos e danças tradicionais
14 14
TRADICION  Jogos e danças da região
AIS

167
Programa de Educação Física

1ª Classe

168
PLANO TEMÁTICO DA 1ª CLASSE

UNIDADE OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH


TEMÁTICA ESPECÍFICOS
 Realizar formaturas  Exercícios de organização e controlo  Executa as formaturas básicas;
básicas;  Formatura básica com marcação de distância
 Efectuar a marcação da  Marcha seguindo o compasso e a contagem do  Executa a marcha no lugar, a marcha em
distância na formatura; professor deslocamento e os passos laterais em vários
 Marchar no lugar e em  Exercícios de desenvolvimento físico geral ritmos;
deslocamento;  Jogos de orientação espacial através da contagem
 Realizar jogos de  Exercícios de orientação espacial  Executa acções de coordenação óculo-
GINÁSTICA DE equilibrio  Exercícios de orientação usando jogos de numeração manual; 8
BASE
 Exercícios de coordenação motora
 Jogos de corrida em diferentes velocidades  Executa os exercícios de coordenação
 Jogos de deslocamento em grupos motora;
 Exercícios de equilíbrio portando objectos
 Exercícios de imitação de animais, ofícios entre  Realiza jogos de equilíbrio.
outros
 Jogos de lançamento e recepção
 Efectuar diferentes jogos  Jogos com a bola  Realiza jogos com a bola;
com a bola;  Jogos educativos  Obedece as regras do jogo;
JOGOS  Fazer uma bola de trapos e  Jogos com a bola feita pelos alunos  Reconhece os resultados do jogo; 12
EDUCATIVOS jogar; Exercícios de imitação de animais  Distingue o animal, a partir de gestos
 Realizar exercícios de imitatórios.
imitação de animais
 Pratica jogos tradicionais;
 Jogos e danças tradicionais  Reconhece o colega da equipa;
JOGOS E  Efectuar danças
DANÇAS tradicionais conhecidas
Jogos e danças da região  Pratica danças tradicionais; 14
TRADICIONAIS pelos alunos.  Pratica jogos da sua região;
 Respeita as regras de jogo.
Sugestões Metodológicas

Na disciplina de Educação Física o professor deve garantir as condições de higiene e segurança do


local da realização da aula, para se evitar lesões.

Os exercícios de organização e controlo devem estar presentes em todas as unidades temáticas,


devendo ser aplicados em qualquer parte da aula sempre que sejam necessários.

Ginástica de Base

Nas formaturas, o professor deve prestar maior atenção à correcção de erros de execução, assim
como às posições básicas necessárias para criar as rotinas organizativas que facilitam a
aprendizagem.

A marcha deve ser acompanhada por contagem marcada pelo professor, para permitir uma melhor
organização da turma, uma vez que os alunos seguirão o compasso da contagem para a sua
execução.

Os jogos de corridas devem ser alternados com marchas, para se evitar monotonia, e não devem
ser prolongados.

Os exercícios de desenvolvimento físico geral (flexões, torções, circunduções entre outros) não
devem ser de longa duração, e deve-ser realizados com canticos, que indicam a acção a realizar.

O vocabulário básico adquirido nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, relacionado


com a lateralidade, poderá ser acompanhado de canções relacionadas com a orientação espacial.

Nos exercícios de equilíbrio, deve-se usar material de fácil acesso, (pauzinhos, pedras pequenas,
entre outros). Estes exercícios de equilíbrio podem ser sobre uma perna, correr ou saltar com uma
perna, entre outros.

O espaço físico a utilizar para a aula deve ser limitado, de modo a permitir o controlo do
cumprimento das regras dos jogos e das diferentes formas organizativas.

A presença dos alunos nas primeiras aulas facilita a organização da turma e, sempre que possível,
os alunos devem formar da mesma maneira, para permitir maior aproveitamento do tempo na
organização das crianças.
No início de cada aula, o professor deve velar pela saúde dos alunos, os que estiverem com
alguma doença devem ser retirados da aula, podendo ser recomendados a velar pelo cumprimento
de regras.

Jogos Educativos

Os jogos com a bola não podem ser desportivos, e devem ser realizados por todos os alunos.

Nos exercícios de imitação de gestos e vozes de animais, o professor, para além de dizer o nome
do animal, poderá mostrar a imagem para o desenvolvimento da leitura.

Jogos e Danças Tradicionais

O ensino de jogos tradicionais deve começar pelos mais praticados na região, podendo ser
sugeridos pelos alunos.

A metodologia de leccionação de danças tradicionais é a mesma que a usada para jogos


tradicionais.

Na medida do possível, as danças tradicionais podem ser acompanhadas com uma música ou uma
canção para tornar a aprendizagem mais lúdica.

No final de cada aula, o professor deverá fazer uma pequena avaliação sobre o decurso da mesma,
devendo destacar os alunos que mais se dedicaram e encorajar que os outros sejam melhores para
as próximas aulas.

171
Programa de Educação Física

2ª Classe
UNIDADE OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS PARCIAIS CH
TEMÁTICA
 Marchar no lugar ao compasso do  Executa a marcha no lugar e em
professor;  Exercícios de organização e controlo deslocamento;
 Formar por ordem da altura;  Jogos de corrida a diferentes velocidades  Executa acções de abrir e fechar
 Marcha no lugar em deslocamento, seguindo a formaturas;
contagem  Executa a formatura para cantar o
 Jogos de orientação espacial através da Hino Nacional e o içar da
contagem bandeira.
 Formar fileiras e colunas  Exercício de mudanças de formatura  Orienta-se no espaço em diferentes
GINÁSTICA DE  Executar acções de orientação  Exercício de orientação espacial direcções (esquerda, direita, frente
8
BASE espacial  Exercícios de coordenação motora e atrás);
 Efectuar conversões simples  Exercícios de ordem, seguindo a orientação  Executa mudanças de formatura
no lugar, tomando os pontos do
recinto como referência.
 Caminhar sobre uma linha traçada  Exercícios de equilíbrio no lugar e em marcha  Realiza jogos de equilíbrio;
no solo, a pé cochinho;  Exercícios de baloiçar em objectos, equilibrar  Executa acções de coordenação
 Realizar exercícios de uma bola ou objecto na cabeça óculo-manual.
deslocamentos em diferentes  Exercícios de desenvolvimento físico geral
direcções
 Jogar a bola com as mãos e os pés;  Passe e recepção da bola  Joga a bola com qualquer parte do
 Realizar jogos de passes e recepção  Jogos de passe e recepção com a contagem corpo;
6
com contagem crescente e  Jogos de lançamentos por equipas de 6  Obedece as regras do jogo.
JOGOS decrescente até 10 elementos
EDUCATIVOS  Efectuar diferentes tipos de jogos  Jogo de neca  Colabora com os colegas; 6
conhecidos pelos alunos;  Jogo de mata-mata  Aceita o resultado do jogo.
 Jogos educativos
 Jogos de lançamento de precisão
 Cantar e dançar canções conhecidas  Jogos e danças típicas da localidade onde a  Respeita as regras de jogo;
JOGOS E
pelos alunos; escola se encontra  Pratica danças tradicionais da
DANÇAS 14
 Realizar jogos tradicionais região.
TRADICIONAIS
conhecidos pelos alunos.
Sugestões Metodológicas
Para a 2ª classe, o professor deve ter em conta o desenvolvimento das capacidades
motoras das crianças em relação a primeira classe, e por conseguinte o nível de exigência
deve ser maior. O professor poderá recorrer às sugestões metodológicas da primeira
classe, sempre que se julgar necessário.
Na medida do possível, o professor deve incluir os alunos com deficiência na aula, dando
tarefas que possam realizar na aula.

Ginástica de Base

Na ginástica de base, para a segunda classe, deve-se incluir algumas conversões simples
no lugar. Estas devem ser breves e não devem exceder mais de um tipo na mesma aula.
Na realização dos exercícios de coordenação motora, é importante que se preste atenção à
lateralidade e às conversões.
Os giros devem ser realizados no lugar e para esta classe recomenda-se que sejam
simples, ou seja de 90º para transformar colunas em fileiras e vice-versa. Ao mesmo
tempo que os alunos forem executando as converções, o professor deve ir explicando o
tipo de formatura adoptado antes e depois do giro.
Deve-se prestar atenção à correcção de erros de execução em todo o momento, mas para
se evitar a quebra do movimento ou exercício, os mesmos devem ser corrigidos de uma
forma geral para todos os alunos.

Jogos Educativos

Na realização dos jogos educativos, o professor deve ter em conta a consolidação das
competências desenvolvidas na primeira classe. O aluno realiza jogos que vão
aumentando de grau de complexidade, por exemplo, reduzindo o espaço do jogo ou
aumentando o número de jogadores.
O cumprimento das regras do jogo é de carácter obrigatório, pelo que o professor deve
prestar atenção a este aspecto.

Danças e Jogos Tradicionais


Os jogos e as danças a serem executados devem ser levados à aula pelos alunos.

174
Recomenda-se o seguimento das regras ou metodologias de ensino dos jogos e danças
tradicinais para que o professor possa facilitar a execução dos mesmos. Nos casos em que
o professor não conheça a dança ou o jogo, o aluno fará uma explicação sobre a forma de
execução, as regras e desta forma o professor poderá ensinar tendo em conta a
metodologia aplicada.

175

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