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Saúde mental:
- Área muito extensa e complexa do conhecimento.
- Campo (ou área) de conhecimento e de atuação técnica no âmbito das políticas públicas
de saúde → complexo, plural, intersetorial e com transversalidade de saberes.
Este modelo médico implica em uma relação com a doença enquanto objeto abstrato e
natural, e não com o sujeito da experiência da doença.
Alienação mental:
- Era conceituada como um distúrbio no âmbito das paixões, capaz de produzir
desarmonia na mente e na possibilidade objetiva de o indivíduo perceber a realidade.
- O conceito nasceu associado à ideia de periculosidade.
- Contribuiu para produzir uma atitude social de medo e discriminação para com as
pessoas identificadas como tais.
O hospital pineliano funcionava como um laboratório, o que fez com que o princípio do
isolamento se associasse à própria produção do conhecimento no campo do alienismo.
O hospital, enquanto instituição disciplinar, seria ele próprio uma instituição terapêutica.
Trabalho terapêutico: meio de reeducação das mentes desregradas e das paixões
incontroláveis; uma das estratégias do tratamento moral.
Experiências de reforma:
Comunidade Terapêutica e Psicoterapia Institucional → acreditavam que o fracasso
estava na forma de gestão do próprio hospital e que a solução, portanto, seria introduzir
mudanças na instituição.
Psiquiatria de Setor e Psiquiatria Preventiva → acreditavam que o modelo hospitalar
estava esgotado, e que o mesmo deveria ser tornado obsoleto a partir da construção de
serviços assistenciais que iriam qualificando o cuidado terapêutico, ao mesmo tempo em
que iriam diminuindo a importância e a necessidade do hospital psiquiátrico.
Antipsiquiatria e Psiquiatria Democrática → o modelo científico psiquiátrico e suas
instituições assistenciais são colocados em xeque.
Comunidade Terapêutica:
- Processo de reformas institucionais que continham em si mesmas uma luta contra a
hierarquização ou verticalidade dos papéis sociais.
- Processo de horizontalidade e democratização das relações, que imprimia em todos os
atores sociais uma verve terapêutica.
- Reuniões para discutir/debater todos os aspectos relacionados à instituição.
Psicoterapia Institucional:
- Primado da escuta polifônica (busca de uma ampliação dos referenciais teóricos); noção
de acolhimento (importância da equipe e da instituição na construção de suporte e
referência para os internos no hospital).
- A noção de “trabalho terapêutico” foi resgatada (possibilidades de participação e de
assunção de responsabilidades por parte dos internos.
- Clube Terapêutico.
- Ateliês ou oficinas de trabalho e arte.
- Transversalidade.
Psiquiatria de Setor:
- Percepção da necessidade de um trabalho externo ao manicômio, da adoção de
medidas de continuidade terapêutica após a alta hospitalar.
- Foram criados centros de saúde mental (CSM) distribuídos nos diferentes “setores”
administrativos das regiões francesas → Regionalização
- Subdivisão do espaço interno do hospital (cada setor em uma enfermaria).
- Acompanhamento pela mesma equipe dentro e fora do hospital.
- Equipe multiprofissional.
Antipsiquiatria:
- A experiência dita patológica ocorre não no indivíduo enquanto corpo ou mente doente,
mas nas relações estabelecidas entre ele e a sociedade.
- Crítica à adoção pela psiquiatria do modelo de conhecimento das ciências naturais.
- O hospital psiquiátrico radicalizaria as mesmas estruturas opressoras e patogênicas da
organização social.
- Conceito de duplo vínculo.
- Permitir que a pessoa vivencie sua experiência; terapeuta auxilia a vivenciar e a suportar
este processo.
Psiquiatria Democrática:
- Pensamento e prática institucional voltados para a ideia de superação do aparato
manicomial (estrutura física do hospício + conjunto de saberes e práticas).
- Experiência de Trieste → referência para o processo da reforma psiquiátrica brasileira.
- Fechamento de pavilhões ou enfermarias psiquiátricas + criação de serviços e
dispositivos substitutivos ao modelo manicomial.
Visavam tomar o lugar das instituições
psiquiátricas clássicas.
- CSM não funcionavam em mão dupla; atuavam no território, onde eram integralmente
responsáveis pelas questões relativas ao cuidado no campo da saúde mental.
- Inclusão social: cooperativas de trabalho; residências para ex-internos.