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SINTESE

MUSEOLOGIA

As raízes do Museu encontram-se no coleccionismo. É ele que define a sua razão


ontológica

Entendemos por “colecção” o conjunto de objectos que mantendo-se em total ou


definitivamente fora dos circuitos da actividade económica se encontra sujeito a uma
protecção especial com a finalidade de ser exposto permitindo a sua visibilidade aos
homens. Esta actividade de coleccionador desenvolveu-se ao longo de todas as
históricas considerando-se assim como o fenómeno que deu origem aos museus actuais.
E uma actividade tão antiga como a da noção da propriedade individual fomentada por
todo o tipo de personalidades culturas ou instituições tanto no âmbito privado como no
público.

Alguns autores definem uma ordem hierárquica de interesses dentro do mundo do


coleccionismo

1. Os curiosos do Sec XVI que reuniam coisas raras e insólitas


2. Os amadores que aparecem um pouco mais tarde, cujo critério de
selecção é oseu próprio prazer ou pelo menos a contemplação da beleza
do objecto
3. O coleccionista propriamento dito que reúne series de colecções
buscando objectos que completam essas mesmas colecções. Este
encontra-se num nível mais avançado mais culto e mais especializado.

O que importa perceber é que o que era antes apanágio da Igreja da aristocracia ou da
realeza em pleno Sec XX se tornou um fenómeno mais amplo onde a burguesia
endinheirada toma um lugar preponderante e progressivamente mais importante. A
grande diferença no modo de olhar estas peças liga-se também a profunda mudança nos
meios culturais e financeiros que transformaram peças de prestigio pessoal de
ostentação e fascínio em mercadorias de alto valor comercial e que agora são olhadas
também como importantes oportunidades de investimento.
1.

O COLECCIONISMO NA ANTIGUIDADE

a. Alguns autores querem fazer remontar o coleccionismo aoAntigoOriente


dando como exemplo o Palacio de Nabucodonosor, na Babilonia, descrito
num documento de 1176 aC ano do saque dessa cidade como “o gabinete de
maravilhas da antiguidade”

Na Grecia começa a utilizar-se pela primeira vez o termo MUSEON


aplicado a templos, a academia de ensino, escolas filosóficas ou de
investigação cientifica ou a santuários consagrados as musas. O Thesaurus
local onde se encontravam os tesouros dos templos pode ser considerado
como o primeiro lugar de núcleos museológicos, que surgem de forma
espontânea como consequência da religiosidade popular. Os seus sacerdotes
eram autênticos conservadores de museus. Nestes locais levavam-se a cabo
tarefas ligadas à inventariação e conservação e restauro de todas as peças
nele contidas à imagem das praticas actuais. No fundo o conceito era
aplicado a autênticos centros de cultura levados ao seu expoente máximo na
época helenística, onde alem de se reservarem os tesouros se tratar da sua
conservação e manutenção também se leccionava aprendia e se desenvolvia
conhecimento.

b. Em Roma o termo nunca foi aplicado para a designação de uma colecção de


obras de arte e sim para designar uma villa uma casa particular onde tinham
lugar reuniões filosóficas contribuindo para prestigio social do proprietário

2. O COLECCIONISMO NA IDADE MEDIA


Com a queda do Imperio Romano tem inicio uma nova época da historia do
coleccionismo. A Igreja toma o lugar de instituição governativa e a si
cabemagora as tarefas inerentes ao seu poder Os tesouros antes pertencentes aos
imperadores e senadores romanos passam para as suas mãos iniciando-se um
verdadeiro processo de eclesiar os tesouros antigos de que oIMperiode
CarlosMagno éperfeito exemplo.
A Igreja que se converte no centro produtor e receptador do mundo artístico
absorve o que antes eram tesouros com valor prestigiante de aparato para os
transformar em objectos simbólicos com um profundo significado religioso
tornando-se simbolo da igreja Foi a acção de entesourar mais do que coleccionar
que criou a base dos museus eclesiásticos de toda a Europa.
A partir do Sec XV começou a abandonar-se ideia de que estes tesouros apenas
tem valos simbólico ou material para se salientar o seu valor histórico cultural
artístico e documental Exemplo: Colecção do Duque de Berry
3. O COLECCIONISMO NO RENASCIMENTO
Ao revalorizar-se o Mundo Classico e todas as culturas antigas, época em que
todas as colecções e obras de arte se tomam como elementos de prestigio,
criadas por todas as importantes famílias da altura como os Medici os Rucella ou
os Strozzi Tambem os papas se convertem nos maiores coleccionadores de arte
do Mundo, aproveitando os resultados de importantes escavaçºoes feitas na zona
de Roma antiga, levando a cabo verdadeiros saques de monumentos romanos
que serviram para construir diversos edifícios e palacios
Em Italia o coleccionismo desenvolvia-se tanto com objectos do mundo natural
como de obras de arte. Eram respectivamente a “naturalia” a “artificialia” sndoo
primeiro a base dos museus naturais.
Os ecos do esplendor artisticoe cultural italiano depressa chegam a França onde
a actividade do coleccionismo tem inicio em Francisco I que seinteressa
primeiro pela pintura depois por antiguidades clássicas italianas criando uma
enorme colecção no Palacio Fontainbleu quer pelo seu conteúdo por ser
considerada uma colecção renascentista,mas que devido ao tipo de exposição é
um preludio da época aneirista que seimpora na segunda metade do Sex XVI
com os gabinetes de curiosidades

4. O COLLECCIONISMO MANEIRISTA

O movimento renascentista expande-se pela Europa, tendo consequências


imediatas no centro e norte da Europa.Foram vários os personagens que
fomentaram o aparecimento de colecções das mais variadas possíveis: armarias
bibliotecas camaras artísticas etc pode considerar-se que é um conceito
verdadeiramente maneirista e que reúne numa só colecção três tipos de artigos
diferentes, divididos conforme as suas especificidades; o gabinete de arte o
gabinete de curiosidades naturais e um gabinete, caracteristicamente germanico
de armaduras e roupas de parada. Foram assim inúmeros os nomes e as
colecções desse tempo mas o mais importante e que se sabia que eram
colecções muito variadas constituídas por arte e natureza, formando
coleccionismo ecléctico, que tem aqui o seu momento áureo. Instalam-se m
grandes palacios classificam-se e organizam-se podendo assim considerar-se que
e no Sec XVI que surgem os primeiros grupos de património artístico nacional
na Europa em torno das suas casas reais e onde germinaram os grandes museus
europeus. Paralelamente desenvolve-se um importante coleccionismo particular
quantitativamente muito inferior mas de grande qualidade quando observado a
partir dos seus conteúdos funções e técnicas expositivas
5. O COLECCIONISMO DURANTE O SEC XVII. O Museu de Oxford

Epoca de consolidação das grandes colecções monárquicas europeias do seculo


anterior em que ocorrem importantes alterações Sucedem-se compras, trocas,
surgindo no palco de toda esta actividade frenética uma nova classe social a
burguesia. Endinheirada e interessada em prestigiar um nome novo,surgem
numa primeira fase,na Holanda mimetizam em tudo o que podem a realeza e a
nobreza. Possuem grandes casas, onde pretendem incluir colecções de peças
importantes como facto da ascenção social. Desde a pintura às jóias passando
pelas esculturas desenho e gravuras tudo tentam comprar criando gabinetes de
arte semelhantes aos da alta sociedade. É neste seculo que tem inicio uma
importante actividade comercial ligada aos meios artísticos. Os seus agentes
actuavam como intermediários havendo mesmo coleccionadores que se
encarregavam dos seus próprios negócios surgindo também agora a questão das
falsificações Pode dizer-se que o Sec XVII encerra uma das importantes etapas
da histora do coleccionismo cujas características mais importantes são a
actividade comercial e as grandes movimentações das obras de arte que por
vezes afectam colecções inteiras devido a compras e trocas que se fazem entre
embaixadores nobres e reis. São apenas duas as colecções em que nada foi
mudado desde a sua origem: a do Vaticano e da Familia Medici
A Arte passa a ser vista como mercadoria e aparece a figura do marcand de arte.
O mercado e inundado de falsificações desenvolve-se a actividade especulativa
de tal forma que a arte pode valer mais do que o ouro
Em 1683 surge o primeiro Museu organizado como instituição publica com base
na colecção da família Tradescant de Oxford cujo conteúdo era muito ecléctico
reunindo pedras animais plantas e instrumentos cientifcos. A colecção foi
adquirida pela família Ashmolean que mais tarde o doou a Universidade de
Oxford segundo o desejo da família Tradescant
Em 1713 cria-se um regulamento que contempla uma serie de normas que se
referiam à administração do museu a elaboração de catálogos e inventários as
funções de conservador as horas de visita e preços de entrada
Foi uma instituição muito importante no percurso de desenvolvimento dos
museus e que teve importantes repercuções na criação do Museu doLouvre um
seculo mais tarde.
6. O COLECCIONISMO DURANTE O SEC XVIII. A CRIAÇÂO DO MUSEU
DO LOUVRE

São inúmeros os factos que neste seculo tem lugar com repercuções directa na
actividade do coleccionismo que atinge a sua época aurea no tempo do
absolutismo, para rapidamente ceder lugar as exposições tornadas publicas
devido à grande necessidade que se sente de forma generalizada por toda a
Europa:

 1738: Inicio das escavações de Herculano que culminam com a criação


de um espaço de exposições o “HERCULNENCE MUSEUM” no
palácio Portici
 1748: inicio das escavações de Pompeia que impulsionam as descobertas
de artefactos antigos, despoletando o interesse geral nessa época
 Na segunda metade do século a criação de importantes academias que
seguem a orientação da Real Academia Francesa, desenvolvem o gosto
pelas exposições que atraem progressivamente um maior numero de
públicos Os seus fundos irão gerar a criação de alguns museus como a
Pinacoteca de Brera. As transformações sociais o desenvolvimento e
imposição da burguesia pões fim ao privilegio exclusivo de acesso à arte
apenas pela realeza
 Ao longo do seculo vão já surgindo outros museus e em 1727 é
publicado um tratado de nome “MUSEOGRAPHIA” Tratado teórico
onde constam orientação sobre classificação organização e conservação
de colecções
 São muitas as colecções monárquica que que se transformam em museus
públicos, como por exemplo a da Áustria que passa a estar exposta a
partir de 1778, com Jose II ou da família de Medicis, que por doação da
sua ultima representante passa a pertencer à Toscana, sob a única
condição de nunca ser dividida, o que explica que esta é a única colecção
intacta que chegou aos nossos dias.

Depois das duas primeiras etapas da historia dos Museus (Alexandria com a
criação do “MUSEON” e Renascimento com a proto historia do Museu chega
agora a terceira fase e fundamental: a da criação do Museu do Louvre, depois da
Revolução Francesa Este facto é exemplificativo do percurso desenvolvido pelas
colecções reais europeias no seguimento do que aconteceu com a colecção de
Francisco I em Fontainebleu. Depois deste monarca, Luis XIV, o seu ministro da
fazenda Colbert convertem a arte e a cultura em verdadeiros programas políticos
nos quais a arte era parte fundamental

Durante todo o Sec XVIII toda a sociedade francesa demonstra um enorme


interesse em contemplar ascolecções reais e o estado, segundo as teorias de
Voltaire e Diderot abre em 1750, no Palacio do Luxemburgo, uma exposição
com parte do acervo pertencente à colecção dos monarcas franceses, exposição
essa que dura até 1779. Com Luis XVI e Angivillier inicia-se uma nova fase no
desenvolvimento das exposições de obras de arte, mas que e interrompida pel
Revolução Francesa em 1789, acontecimento que acelerou a abertura do
primeiro museu publico em França.

7. O MUSEU DO LOUVRE

Este Museu nasce do Decreto datado de 10 de Agosto de 1793 e marca o


nascimento propriamente dito dos grandes museus públicos europeus.
Considera-se o resultado histórico de uma nacão que culmina com a Revolução
Francesa mas que não teria sido possível sem a acção coleccionista de todos os
monarcas que antecedem a sua criação. Por outro lado é fundamental ter em
conta que este museu nasce numa época em que se alteram profundamente os
conceitos de propriedade que dizem respeito ao património cultural de um país,
considerando-se agora o povo como o usufrutuário desse mesmo património

A pertir de 1795 tem inicio uma época de requisição de peças oriundas de países
conquistados por Napoleão mas que não tardaram em ser restituídas (1815). É
nessa época que o museu começa a ser organizado da forma como ainda hoje é
possível ver, apesar de ter sofrido inúmeras alterações ampliações e
melhoramentos.

O movimento que vai converter em museus públicos as grandes colecções das


monarquias europeias que tem lugar a partir de do final do Sec XVIII sobretudo
entre 1793 e 1818 nos territórios conquistados por França iniciará a historia dos
museus nacionais europeus. Todos eles fortemente vinculados à politica cultural
napoleónica ainda que a sua consolidação definitiva como instituição publica se
tenha realizado de forma gradual e diversa ao longo de todo esse seculo.

8. CARACTERISTICAS DE MUSEUS AMERICANOS (America do Norte)

O coleccionismo norte americano e diferente do europeu desenvolvendo-se


quando o pais se converte numa grande potencia económica entre 1880 e 1925.
Nessa época surgem na Europa grandes coleccionadores provados americanos
com os quais a Europa não consegue competir com o intuito de dotar o seu pais
de colecções artísticas que não possuem devido à sua historia recente. Ao
contrario da Europa onde o Estado é o grande impulsionador das mais
impostantes colecções, aí essa tarefa está entregue aos provados que procuram
sobretudo obras primas únicas onde o gosto pessoal poucas vezes é levado em
conta. A sua intenção é tão forte que chega a promover o aparecimento de um
importante ambiente de falsificações

A ideia de um grande museu de pintura surge no decorrer da segunda Exposição


Universal em NY (1853) mas a sua configuração definitiva apenas se completa
em 1853, época em que se adquirem as primeiras peças de arte para o recém-
fundado Metropolitan Museum

Os museus americanos diferem dos europeus por um conjunto de factores:

 Estrutura jurídica ambígua pois é ao mesmo tempo uma instituição


publica aberta ao publico e ao seu serviço e um organismo privado com
estatuto próprio
 Forma de organização
 Sistema de financiamento, privado fundações e empresas
 Grau de inserção social
 Concepção ontológica do próprio museu

9. O SECULO XIX

O Sec XIX será testemunho da expanção por toda a europa deste tipo de
instituições e por outro lado do surgimento de uma série de teorias que irão
perdurar até aos nossos dias e que inclusivamente irão promover a crise do
próprio conceito de museu

A Alemanha será uma das nações que mais influenciará a sistematização e


organização dos museus através da figura de Goethe que expõe as suas teorias
sobre a função destes espaços de cultura Mas a partir da segunda metade do sec
XIX os críticos de arte começaram a por em duvida o valor e interesse destas
instituições e que dão o nome de “cemitério da beleza” Estes museus do seculo
XIX tem como objectivos fundamentais o incremento das suas colecções e a
guarda e custodia das mesmas com a finalidade de poderem ser expostas e
admiradas pelo publico em geral Sob o ponto de vista actual o seu grande
defeito advinha da enorme concentração de obras expostas e pela ausência de
meios didecticos nas exposições. Eram lugares que tinham um caracter quase
sagrado constituindo-se como simbolo de identidade cultural de um povo onde
se admiravam as obras de arte, a sua função era apenas a do deleite. E uma visão
romântica que não deve ser perdida pois constitui a essência do museu.

10. DEFINIÇÂO DO MUSEU

Como todo oe qualquer processo natural evoluem de uma etapa para outra: de
cemitérios de beleza para mausoléus, passam a importantes locais de
interpretação estudo e investigação Mais tarde os museus convertem-se em
centros de educação para depressa se tornarem focos lúdicos e recreativos.

Com o tempo as funções os métodos de organização e as técnicas aplicadas aos


mais diversos serviços foram sendo desenvolvidas e se por um lado encontramos
os públicos por outro temas as colecções e parece ainda não se ter encontrado
overdadeiro equilíbrio entre ambas. Sabemos que os museus converteram-se em
meios de comunicação de massas o que leva a que se pergunte o que é hoje um
museu?

I. Concepções Teóricas

Paralelamente ao desenvolvimento dos museus desenvolveram-se


também inúmeras teorias sobre as realidades destas instituições. Por um
lado encontramos os que as defendem, que as consideram como
instituições positivas, inspiradas nas doutrinas de Kant e Leibniz que
concebem um museu como o novo lugar da arte Poroutro lado
encontramos os seus mais ferozes críticos para quem estas instituições
representam o fim e a morte da própria arte. Seguem as doutrinas de
quem é considerado comoo expoente máximo da critica aos museus
Independentemente destas discussões pode-se afirmar que o museu é
estruturalmente solidário do movimento nascido do Renascimento, que
se afirma com o correr do tempo e das variações sociais e culturais
Alguns autores referem que assistimos à passagem da noção de objecto à
noção de testemunho cultural que inclui todo o vestígio humano e à
extensão do conceito de colecção a todo o património.

II. Contribuições do ICOM

As primeiras definições oficiais de M>useu surgem já no Sec XX a partir


do comité Internacional de Museus, criado em 1946. Nos seus estatutos,
no artigo 3º. Proclama-se que se reconhece a qualidade de Museu a toda
a instituição permanente que conserva e apresenta colecções de objectos
de caractercultural ou cientifico com fins de estudo educação e deleite. É
uma definição que marca um momento importante no desenvolvimento
do museu moderno É a partir da década de 50 que se iniciam as
primeiras renovações museográficas com vista a fazer face a essas novas
normas e alterar a imagem do museu do seculo XIX.

Em 1974, o ICOM altera essa definição que é ratificada em 1989, em


cujo artigo se define o museu como “Instituição permanente, sem fins
lucrativos, ao serviço da sociedade que adquires conserva comunica e
apresenta com fim de estudo educação e deleite, testemunhos materiais
do homem e do seu meio” Nesta altura e respondendo a esta definição
mais alargada são criados inúmeros tipos de museus diferentes, tão
diversos que surgeo medo de que esteja a “musealizar” todo o Mundo.
De caracter sagrado os museus passam ao caratcer comercial onde o
museu-mercado ganha progressivamente maior importância As
exposições temporárias são vendidas para consumo imediato e rápido
As definições do ICOM determinam os eixos teóricos fundamentais por
onde se baseiam os museus modernos de hoje e servem de marco geral
de desenvolvimento dessas instituições noutros países. Cada pais deve
adaptar essas determinações da melhor maneira possível através dos seus
meios económicos e humanos

Dentro desta politica museista, o museu concebe-se como um conjunto


formado pelo seu conteúdo (colecção), o continente (edifício) e o seu
pessoal interno (especialista, administrativos, técnicos, subalternos, etc) e
pessoal externo (púbico)

III. Museologia e Museografia

Museologia segundo o ICOM, é a ciência aplicada, a ciência do Museu,


que estuda a sua Historia o seu papel na sociedade, os seus sistemas
específicos de busca, conservação, educação, organização, tendo também
em conta as relações com o meio físico e tipologia. Em sma preocupa-se
com a teoria do funcionamento do museu.

Museografia estuda o aspecto técnico e pratico do museu: instalação de


colecções, climatologia, iluminação, arquitectura do edifício aspectos
administrativos etc. É antes de mais uma actividade técnica e pratica,
podendo ser definida como a estrutura onde descansa a museologia

A museologia tradicional centrada no Museu, carece ainda hoje de


desenvolvimento teórico próprio. A formação museológica baseou-se
sempre na transmissão dos conhecimentos que se reduziam à
documentação da historia dos museus e das suas colecções e das suas
funções A primeira vez que se demonstra uma preocupação em formar
quadros preparados para executar as funções
museológicas/museográficas, ficou registada em 1882 na L´Ecole du
Louvre

Em 1977, a museologia recebe um importante impulso fruto da criação


do ICOFOM comité de museologia criado pelo ICOM e que dá inicio a
novas teorizações desta ciência que havia ficado reduzida a uma série de
conhecimentos práticos ao lingo da evolução dos museus. Nesta ciência
dividem-se as opiniões umas que pensam que o museu é uma instituição
reduzida a si mesma com a sua própria teoria, com métodos e campos de
actuação próprios e outros que pensam que a sua concepção deve ser
mais ampla, podendo musealizar-se tudo.
IV. Novas orientações da Museologia
A literatura existente sobre o tema e algumas realizações praticas levam-
nos a crer que a museologia está a separar-se da instituição museu, até ao
ponto em que osprofissionais dos museus começarem a interrogar-se se
os técnicos de museologia em especial os membros do ICOM se
interessam sempre pela pratica museológica e se a museologia pode
apresentar um interesse pratico para os museus Este contexto leva-nos a
procurar as razões para este divorcio, que poderiam ser sintetizados da
seguinte forma:

 Estamos a assistir a uma serie de mudanças na teoria que não são


acompanhadas pelas realizações praticas sobretudo quando
aquelas se tentam aplicar a instituições antiquadas e cheias de
vícios antigos Tambem existe uma grande dificuldade em aplicar
estas teorias amuseus muito diferentes em tamanho, conteúdo ou
tipo de funcionamento Estas diferenças resultam muito mais
alargadas quando observadas a nível mundial.
 Deficiencias a nível da politicas oficiais em muitos países.
Escassez de pressupostos falta de pessoal técnico e cientifico são
algumas das lacunas que se tentam anular através das
participação de capitais privados.
 Finalmente pode referir-se o medo de se perder aquilo que para
muitos é essência do Museu enquanto santuário da obra de arte
Como disse Eugenio D´Ors “convem a um museu não mudar a
todo o instante” O Museu del Prado melhorou muito justamente
pelo facto de ter sido pouco alterado

V. A Nova Museologia
Nestes últimos anos temos assistido a algumas mudanças que provocado
uma verdadeira crise de identidade nos Museus Uma dessas
alteraçõestem lugar com a criação de uma nova museologia e com ela do
interesse centrado sobre o objecto que se vai destacando face à
comunidade dando lugar a aparição de um novo conceito de museu
entendido como um instrumento necessário ao serviço da sociedade. A
este tipo de instituições da-se o nome de eco-museu devido às suas
referencias com o meio natural e social situado dentro de um território
concreto e contanto com a participação dos seus próprios habitantes. A
criação de um museu deste tipo é o resultado de uma reflexão que
pretende associar a ecologia e a etnologia para conseguir um novo tipo
de juseu mais participativo e de autogestão É um museu do tempo do
espaço num laboratório in situ. Na America do sul surgemos museus
integrais que acabam por ser o equivalente aos eco-museus europeus.
Todos estes movimentos cristalizaram-se em 1984 com a declaração de
Quebec, na qual se proclama os princípios básicos da nova museologia,
reafirmando a projecção social do museu sobre as funções tradicionais
do mesmo
Para isso a museologia irá apoiar-se na interdisciplinaridade e nos meios
de comunicação actuais. O movimento tem como objectivo oferecer o
enfoque global dos problemas desde o ponto de vista cientifico ate ao
cultural social e económico.
A principal ideia da nova museologia e a de criar um museu que seja
visto como um ente social logo adaptado as necessidades de uma
sociedade em constante mutação. Tenta-se desenvolver museus vivos
participativos que se definem pelo contacto directo que mantem com o
publico e com os objectos que se mantem no seu contexto.
E a concepção extensiva do património que faz sair o museu dos seus
próprios muros, logo a sua aplicação aos grandes museus é praticamente
impossível Assim por exemplo a renovação do Louvre duplicou os seus
espaços ampliou os serviços públicos e reorganizou as colecções. Mas
esta renovação não foi acompanhada de um processo museológico novo,
antes segue esquemas tradicionais reformados, que tem uma flexibilidade
de acsso às diversas colecções atraves da pirâmide central. Mas o
conteúdo continua a ser enciclopédico quando a tendência actual é a do
museu especializado.

VI. Ampliação Conceptual do Museu


Da noção de objecto como valor artístico arqueológico etnográfico e
ehistorico passa-se à valorização do objecto como documento e reflexo
de uma sociedade e de uma cultura. Assim é o conceito de património
para alem do puramente material que caracterizou a politica de
aquisições dos museus que inclui mitos, poesias, emoções canções e
danças. Esta tendência da conceitualização leva a substituição de
objectos autênticos pela sua representação holográfica e reprodução de
objectos Uma destas manifestações são as exposições temáticas
consideradas como uma das mais extraordinárias ocorrências culturais da
nossa época dado que transmitem conhecimentos, suscitam uma tomada
de consciência e instruem através de da diversão – interpretative
exhibitions – Neste tipo de exposições o tema e o fio condutor
permitindo ao publico compreender a sua unidade.
Perante o museu tradicional antológico, Umberto Eco proproe diversas
alternativas: o museu didáctico o museu móvel o museu experimental de
ficção cientifica e ainda o museu lúdico e interactivo Os museus de arte
e sobretudo os de arte contemporânea tem incrementado as suas
colecções e ampliando-as a campos como a cinematografia vídeo
desenho e artes do espectáculo Tambem a arquitectura passa a estar
presente de forma permanente enquanto anteriormente apenas o fazia de
forma temporária.

VII. O Museu Descentralizado


Existe uma tendência a nível mundial que pretende projectar de tanytos
museus de médio tamanho quanto museus locais devido ao facto de estes
oferecerem uma maior rentabilidade e eficácia social. Os museus locais
estão numa fase de grande desenvolvimento tanto quantitativamente
como qualitativamente criados por iniciativa privada ou não Actuam
como verdadeiros centros sociais onde o cidadão temuma enorme
participação identificando-se com as colecções utilizando-as como uma
ligação entre o passado e o presente

VIII. Racionalização da gestão do Museu

É evidente que cada vez mais os museus demonstram a necessidade de se


reestruturarem internamente devido a maior especialização de
actividades que ai se desenvolvem e que obrigam a uma hierarquia bem
definida. A própria gestão do museu apresenta progressivamente uma
maior complexidade ao abarcar áreas tão diversas como as das colecções
da administração do pessoal etc. em alguns países surgiram já empresas
de out-sourcing especializadas em comunicações e engenharia cultural
que auxiliam os museus nessas tarefas tão variadas.

IX. O Museu Mercado


Segundo algumas orientações actuais o museu esta destinado a cada vez
menos a conservar expor os seus objectos As obras de arte estão a
converter-se em instrumentos financeiros Fala-se inclusivamente de
alguns directores que tratam as suas colecções como capital em activo e
chega a afirmar-se que a grande crise dos museus se deve à mentalidade
de livre mercado que se impos nos anos oitenta A noção de museu como
guardião do património publico é substituída pela noção do museu como
negocio com uns produtos altamente comerciais e um grande desejo de
expansão. Este tipo de politica seguida pelo director do Museu
Guggenheim, que mantem uma concepção muito comercial do Museu,
descreve-o como uma industria museista que requer fusões e aquisições
assim como uma boa gestão.Para ele as exposições colecções catálogos e
outras actividades são simples produtos de mercadorias que podem ser
comercializadas e conseguir no mercado mediante a abertura de
sucursais para a venda dos seus produtos eobter uma forte serie de
benefícios. Se bem que esta comercialização emais característica nos
museus americanos existem certas praticas de mercado que são comuns a
todos os museus do Mundo e que se relacionam com actividades
coimerciais levadas a cabo nas lojas livrarias e restaurantes ligados aos
museus na aplicação te técnicas de matketing no meio museal que
permitem e facilitam o desenvolvimento de um programa de actividades
musologicas ou de uma estratégia global de acessibilidade e promoção
que pretendem satisfazer as expectativas de ambas as partes museu e
publico Alem disso o marketing ajuda a alcançar uma visão integradora
da organização museista com o fim de aperfeiçoar a gestão e maximizar
a gestaão de recursos. Apesar de todas estas vantagens, existem reacções
negativas quando secompara com o mercado e consumo e com a
assimilação da cultura com o comercio e suas praticas mercantis

X. A Conservação IN SITU

A conservação in situ é mais uma demonstração da ampliação que sofre


o museu por fora dos seus muros de forma a contextualizar o meio físico
dos objectos tendência que se esta a transformar num dos objectivos
prioritários das politicas museistas de muitos países Tem a sua origem
nos museus ao ar livre cujo primeiro exemplo foi o de skansen
Estocolmo

(A continuar…)

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