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CONCESSÃO DA EXPLORAÇÃO E GESTÃO DO SISTEMA

INTEGRADO DE DESPOLUIÇÃO DO VALE DO AVE


(SIDVA)

Análise do Relatório de Avaliação Funcional do ISQ


ETAR – Rabada
BURGÃES – SANTO TIRSO

Abril 2019
CONTEÚDO

1. Introdução ..............................................................................................................................................................................3

2. Classificação das responsabilidades das situações anómalas...................................................................................................7

3. Comentários ao Relatório de Avaliação Funcional do ISQ........................................................................................................8

4. Situações não consideradas no Relatório de Avaliação Funcional, mas já relatadas à Concedente ........................................15

5. Considerações Finais.............................................................................................................................................................16

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento pretende analisar o Relatório de Avaliação Funcional realizado pelo ISQ, aos equipamentos e instalações
elétricas, mecânicas e hidráulicas das Estações de Tratamento de Águas Residuais de Rabada.

Tendo por base o diagnóstico realizado pelo ISQ, este trabalho tem como um dos objetivo a atribuição de responsabilidade de
financiamento e execução das intervenções que as partes entendam realizar.

Este trabalho pretende também prestar alguns esclarecimentos acerca dos procedimentos de manutenção implementados na
TRATAVE, que a Concedente conhece e que o ISQ não teve em conta ao longo da análise que realizou nas ETAR, tendo produzido
afirmações falsas.

São ainda levantadas algumas situações que entendemos erradas para que a Concedente possa solicitar os devidos
esclarecimentos ao ISQ.

Foi ainda introduzido um quarto capítulo 4, com algumas situações não consideradas no Relatório de Avaliação do ISQ, mas já
relatadas à Concedente e que colocam em causa o bom funcionamento das infraestruturas e o cumprimento do serviço público.

Enquadramento contratual

Contratualmente o artigo 14º define os trabalhos de Reparação e Manutenção, referindo que todas as construções,
equipamentos e outros bens afetos à Concessionária, necessários à boa execução da exploração, serão mantidos em bom estado
de funcionamento e reparados se necessário, qualquer que seja a dimensão da reparação, pela concessionária que suportará os
respetivos custos.

No ponto 2, do mesmo artigo define que são considerados trabalhos de manutenção e reparação aqueles que se referem a:

a) Equipamentos mecânicos, eletromecânicos, elétricos e eletrónicos e acessórios hidráulicos das estações de elevatórias,
estações de tratamento e sistemas de tratamento e deposição final de lamas;
b) Construção civil das estações elevatórias, estações de tratamento e sistemas de tratamento e deposição final de lamas,
no que respeita a:
i. Estanquicidade,
ii. Impermeabilização e pinturas;
iii. Redes interiores e água, eletricidade, esgotos e outras, bem como todos os outros trabalhos de conservação
global
iv. Espaços verdes e vedações.
c) Quanto aos coletores serão considerados trabalhos de manutenção e reparação da responsabilidade da Concessionária
os seguintes:
i. Intervenção para reparações de coletores que não incluam substituições de tubagens em comprimentos
superiores a 60 metros ou entre caixas, nas redes de efluentes,
ii. Intervenção para limpeza de tubagens,
iii. Reparações correntes de acessórios hidráulicos ou substituição dos mesmos em casos de rotina.

O ponto 3, do artigo 4º diz ainda que são considerados trabalhos de manutenção e reparação aqueles que como tal sejam aceites
por acordo entre as partes.

Segundo o Regulamento n.º 594/2018 do ERSAR, entende-se por “Renovação” qualquer intervenção física que prolongue a vida
do sistema ou que melhores o seu desempenho, no seu todo ou em parte, mantendo a capacidade e função inicial, e que pode
incluir a reparação. Entende por “Reparação” a intervenção destinada a corrigir anomalias localizadas. O mesmo Regulamento
define ainda “Reabilitação” como sendo trabalhos associados a qualquer intervenção física que prolongue a vida de um sistema
existente e/ou melhores o seu desempenho estrutural, hidráulico e/ou a qualidade da água, envolvendo uma alteração da sua
condição ou especificação técnica: a reabilitação estrutural inclui a substituição e a renovação; a reabilitação hidráulica inclui a

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substituição, o reforço e, eventualmente a renovação; a reabilitação para efeitos de melhoria da qualidade da água inclui a
substituição e a renovação.

Considera-se manutenção preventiva, o conjunto de intervenções planeadas periodicamente no tempo, por forma a reduzir a
probabilidade de avaria ou diminuição do rendimento de um determinado bem ou equipamento.

Considera-se manutenção corretiva o conjunto de intervenções efetuadas sobre um equipamento após avaria, em consequência
de ocorrências não detetadas pelas ações de manutenção programada, repondo o normal funcionamento do equipamento.

O artigo 15º, diz respeito a Ampliação, Extensão e Renovação das infraestruturas, referindo no ponto 1 que todos os trabalhos
de ampliação e extensão de novos coletores, assim como qualquer obra com o objetivo de aumentar a capacidade produtiva do
sistema, ou a capacidade de oferta do serviço, serão incluídas no âmbito dos investimentos associados ao Plano de Diretor de
Infraestruturas, financiada de acordo com o exposto no artigo 68º. O ponto 2 refere que os trabalhos de renovação respeitantes
aos equipamentos mecânicos, eletromecânicos, elétricos, eletrónicos e hidráulicos das estações de elevatórias, estações de
depuração, sistemas de tratamento e deposição de lamas e coletores, são da responsabilidade da concessionária, deverão ser
incluídas no Plano Diretor de infraestruturas e executada de acordo com o Plano de Execução Anual, sendo financiadas de acordo
com o disposto no artigo 68º.

Em carta datada de 4 de março de 2002, a AMAVE, Concedente que assinou Contrato com TRATAVE, escreve acerca da
interpretação do artigo 68º do contrato de concessão, referindo nomeadamente que:

i) O valor de investimento a que a TRATAVE se encontra obrigada e o seu destino preferencial: o tratamento de lamas
através da secagem térmica;
ii) A Concedente, diretamente ou veiculando subsídios especiais, obriga-se a disponibilizar os meios financeiros
necessários para dar cumprimento, nos prazos previstos, a todas as restantes obras consideradas no Plano Diretor
de infraestruturas. Refere igualmente que a Concessionária não poderá ser responsabilizada pelo incumprimento
dos prazos previstos no Plano Diretor de infraestrutura, se a concedente não assegurar, atempadamente, o
financiamento complementar que é da sua responsabilidade.
iii) No ponto 9 ainda é referido que, no caso da Concessionária assumir entretanto investimentos noutras
infraestruturas do Sistema, por comum acordo com a Concedente, ao montante inicial previsto para investimento
será deduzido o valor efetivamente consumidos nesses investimentos.

Com o Protocolo assinado entre a Concedente e a TRATAVE em 2004, a responsabilidade dos investimentos passou para a esfera
da Concedente.

Breve Perspetiva Histórica

A ETAR de Rabada foi construída entre dezembro de 1993 a julho de 1996, tendo sido inaugurada em setembro de 1997, com
uma capacidade nominal para tratar 30.240 m3 de água residual por dia.

O tratamento idealizado para esta ETAR englobava um Pré-tratamento constituído por um sistema de gradagem vertical, uma
estação elevatória inicial constituída por bombas submersíveis e um sistema de tamisagem, dois tanques de Homogeneização/
Equalização e uma estação elevatória intermédia para alimentar o sistema biológico. Antes do sistema secundário encontra-se
instalado um tanque de neutralização, onde originalmente estavam previstas a adição de ácido sulfúrico para correção de pH,
adição de ureia e fósforo como fonte de nutrientes, e de carvão ativado em pó para remoção de cor. Posteriormente o efluente
seguiria para 4 linhas de lamas ativadas, cada uma delas constituída por 8 arejadores de superfície, um reator de 7500 m3, e um
decantador secundário. Para afinação do efluente seguia-se um tratamento terciário constituído por um tratamento de
Coagulação Floculação, com doseamento de sulfato de Alumínio e polieletrólito, seguido de flotação. Para terminar o efluente
era ainda submetido a um tratamento de filtração por filtros de areia. A linha de lamas possuía um tratamento de espessamento
das lamas biológicas, por flotação e, um sistema de desidratação de lamas com filtros de banda e estabilização de lamas com
cal.

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A TRATAVE iniciou a operação das ETAR do SIDVA em finais de setembro de 1998. Rapidamente deparou-se com algumas
situações que acarretavam problemas de operação, e com sistemas de tratamento desajustados da realidade. Entre elas
salientam-se:

 O sistema de gradagem vertical era ineficiente, e devido a falta de capacidade da ETAR para tratar o volume de
afluente que chegava, grande parte do efluente não passava pelo sistema, causando problemas de operação das
bombas submersíveis da estação elevatória;
 O efluente possuía uma grande quantidade de areia, que se acumulava no poço de elevação, e promovia o
assoreamento do mesmo, provocando o desgaste e a abrasão nas bombas submersíveis. Este problema era
agravado devido ao sistema de gradagem ineficiente. Ao longo do ano eram realizadas diversas paragens da ETAR
para que se pudesse promover a limpeza do poço de elevação;
 Os quadros elétricos encontravam-se instalados no piso superior da estação elevatória, em contacto com os
diversos vapores provenientes das águas quentes da têxtil, juntamente com solventes e outras substâncias voláteis
que conferiam um ambiente corrosivo e pouco adequado para os quadros elétricos;
 O sistema de tamisagem era pouco eficiente e permitia a passagem de grande quantidade de resíduos e filaças
têxteis que posteriormente se aglomeravam formado resíduos de maiores dimensões;
 Os tanques de Homogeneização acumulavam grandes quantidades de areia que passavam a obra de entrada, que
promoviam o desgaste dos sistemas de agitação e de arejamento instalados no local, promoviam a redução do
volume útil dos tanques, o que obrigava a operações de limpezas frequentes.
 A neutralização por ácido sulfúrico era um verdadeiro pesadelo, para além da falta de capacidade para corrigir o pH
das águas que afluíam, tinha ruturas frequentes, cuja reparação implicava cuidados redobrados devido a
corrosividade do reagente. Este reagente contribuía também para aumentar o nível de sulfato na água residual que,
sobretudo nas lamas, ocasionava a formação de sulfuretos e gás sulfídrico, altamente corrosivo para os metais e
perigoso no que diz respeito a segurança dos trabalhadores, pois atingindo concentrações alarmantes na
desidratação de lamas. Este sistema foi substituído pela TRATAVE por um sistema de correção de pH utilizando o
dióxido de carbono;
 O carvão ativado em pó para remoção de cor nunca chegou a ser utilizado. Nem pela empresa instaladora que
operou a ETAR durante um ano, nem pela TRATAVE. Esta solução demonstrou ser economicamente inviável para o
objetivo pretendido. Como alternativa numa fase inicial recorreu-se a adição de coagulantes de remoção de cor no
sistema terciário, e numa fase posterior à adição de coagulantes para a remoção de cor no sistema biológico
utilizando o sistema de doseamento existente para a ureia.
 A análise dos efluentes permitiu verificar que em vez de adicionar nutrientes (ureia) como o previsto, era necessário
promover a remoção de nutrientes para que se cumprisse os valores limites de emissão de azoto e fósforo fixados
nas licenças de descarga. Esta ETAR nunca sofreu obras para criar condições para a remoção de nutrientes, tendo a
TRATAVE realizado todos os esforços de operação para conseguir realizar alguma remoção de azotos e cumprir
assim o fixado na licença.
Em 2009 a ETAR de Rabada sofreu obras de beneficiação para corrigir todos estes problemas e garantir a operacionalidade da
ETAR e a fiabilidade de tratamento contínuo. Assim em 2010 após as obras de beneficiações a ETAR de Rabada entrou em
funcionamento. A beneficiação promoveu a alteração de toda a obra de entrada da ETAR de Rabada I até aos tanques de
homogeneização, antes do poço de elevação foi construída uma caixa de grossos onde uma grande parte da areia sedimenta, a
gradagem vertical inicial foi substituída por um triturador, as bombas submersíveis foram substituídas. Introduziu-se um sistema
de tamisadores rotativos, desarenador e desengordurador. O sistema biológico foi ajustado para a realização da remoção de
nutrientes, azotos, e devido a este facto reduziu-se a sua capacidade de tratamento para 24.881 m3/d. Introduziu-se um silo de
coagulante para remoção de cor, e remodelou-se toda a desidratação, substituindo-se os filtros de banda por centrífugas, e
alterou-se todo o sistema de estabilização de lamas com cal.

Assim na sequência da beneficiação da ETAR de Rabada, e a alterações do tipo de tratamento deixaram de ser necessária as
seguintes fases de tratamento:

 Sistema de preparação e de doseamento de sulfato de alumínio e de polieletrólito da linha de água;


 Sistema de adição de ácido fosfórico deixou de ser utilizado para remover a cor no sistema terciário;
 O filtro de bandas foi desativado por se encontrar em estado elevado de degradação;
 Sistema de preparação e doseamento de polieletrólito da desidratação de lamas;
 Sistema de doseamento de cal e silo de armazenagem;
 O sistema de doseamento de carvão ativado nunca foi utilizado;
 O sistema de armazenagem e doseamento de ácido sulfúrico;

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 O sinótico dos filtros de areia foi substituído pelo sistema de automação e supervisão que atualmente controlam os
ciclos de lavagem.
Alguns destes equipamentos foram abatidos pela Concedente durante as obras da 2ª fase e outros encontram-se na ETAR.
Apesar das tentativas realizadas não obtivemos autorização da Concedente para efetuar o abatimento destes equipamentos.
Muitos destes equipamentos foram avaliados pelo ISQ e considerados não conforme.

Importa ainda referir que a TRATAVE não foi envolvida nas obras de construção da ETAR de Rabada, tendo sido a Concedente a
acompanhar todo o processo desde o projeto, conceção e construção. Também foi a Concedente a selecionar os materiais e a
fixar os requisitos dos equipamentos mecânicos, elétricos e hidráulicos. A TRATAVE acompanhou o arranque da ETAR
beneficiada. Muitas das situações assinaladas pelo ISQ como não conformes, dizem respeito as seleções e escolhas da
Concedente. A TRATAVE não teve qualquer envolvimento, por opção da Concedente, durante o processo.

Após o início de operação da ETAR de Rabada pela TRATAVE, elaborou-se o Auto de entrega definitiva das ETAR assinadas pela
Concedente e pela TRATAVE. A Concedente limitou-se a entregar uma lista à TRATAVE e conjuntamente, fazendo uma avaliação
visual simples, classificou-se o estado operacional do equipamento como OK (Funcional) ou NOK (Não Funcional), tendo-se
acrescentado observações no caso de NOK. Em momento algum se entrou no detalhe do estado de conservação da instalação,
conforme foi realizado neste momento. A TRATAVE elaborou uma lista de situações que considerou graves para cada uma das
ETAR rececionadas, e em muitos casos continua à espera de uma resposta.

A conceção e a construção da ETAR de Rabada da 1ª fase e a obra de beneficiação foram da responsabilidade da Concedente.

A TRATAVE tem garantido, mesmo não sendo sua obrigação contratual, a manutenção das instalações e equipamentos, como
sejam entre outros: os arruamentos internos das ETAR, obras em intercetores que vão além da sua obrigação contratual,
substituição de bombas e outros equipamentos indispensáveis para a execução do seu serviço.

Refira-se ainda que a TRATAVE não participou na assinatura do auto de receção quer provisória quer definitiva da obra

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2. CLASSIFICAÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DAS SITUAÇÕES ANÓMALAS

Tendo por base esta informação, tipificou-se cada uma das situações anómalas/observações apontadas no relatório de Avaliação
Funcional, consoante as causas, funcionalidade atual e responsabilidade de financiamento e execução:

Responsabilidade da TRATAVE:
1. Correção já implementada;
i. Situações de equipamentos que se encontravam fora para manutenção
ii. Situações resolvidas de imediato
iii. Reparações que já haviam sido identificadas e cuja reparação ficou concluída
iv. Situações detetadas durante a avaliação e que foram tratadas
2. Correção planeada ou em curso.
i. A TRATAVE já havia planeado algumas das situações
ii. Situações que foram detetadas e posteriormente planeadas, ou que estão em curso
Responsabilidade da Concedente:
1. Deficiência ou ausência no ativo, existente desde a sua instalação;
i. O equipamento encontra-se conforme o instalado inicialmente e entregue a TRATAVE
ii. Situações de ausência de equipamento que não existia desde a origem da instalação
2. Ativo não necessário, que aguarda autorização da Concedente para abate;
i. Equipamento que nunca foi utilizado no processo de tratamento;
ii. Equipamento que foi substituído por outro para a realização da mesma função,
iii. Equipamento que foi desativado durante a obra de construção de Agra II
3. Ativo não rececionado, nunca utilizado e que é pertença da Concedente.
i. Equipamento que nunca foi rececionado pela TRATAVE, por não ter qualquer enquadramento no serviço a ser
prestado pela TRATAVE.
Situações a analisar futuramente, responsabilidade a ser apurada:
1. Estado de conservação normal do ativo, considerando o tempo de vida e as condições de funcionamento.
i. Equipamento em fim de vida, cuja manutenção tem de ser equacionada, ser reparada ou substituída.
ii. Equipamento em fim de vida por má seleção das proteções e materiais de construção
Situações que não entendemos a posição do ISQ:
1. Não concordamos. Desconhecimento pelo ISQ do histórico, procedimentos e forma de atuação da Tratave;
i. Afirmações realizadas pelo ISQ sem reunir toda a informação necessária, e cuja análise de causas foi emitida
analisando apenas parte dos factos.
2. Falta de fundamentação, não sabemos qual o motivo/risco da Não Conformidade (NC).
i. O ISQ classifica o equipamento como não conforme, mas não especifica a razão.

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3. COMENTÁRIOS AO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO ISQ

3.1. INTRODUÇÃO

É referido pelo ISQ que “Esta avaliação tem por objetivo garantir a Qualidade, Segurança e Eficácia dos Equipamentos e
Instalações diagnosticando o grau de conformidade dos seus sistemas.
Neste relatório incluem-se as constatações observadas no decurso da nossa intervenção, bem como as notas recomendatórias e
sugestivas com vista à retificação das deficiências ou anomalias identificadas.”
Isto significa que o ISQ devia apenas colocar no relatório o grau de conformidade dos sistemas, as constatações/observações,
“tirar uma fotografia” do atual estado de conservação dos Equipamentos, Instalações, Sistemas e no final fazer recomendações
com vista à retificação das deficiências ou anomalias identificadas.
Na opinião da Tratave este relatório emite conclusões e opiniões acerca dos Procedimentos de Manutenção e Operação da
Tratave, que o ISQ desconhece e que não foram auditados.

3.2. SUMÁRIO EXECUTIVO

Em relação ao ponto “…na inspeção técnica realizada às instalações elétricas, destaca-se a inoperacionalidade do grupo gerador
de emergência, aquando falta de energia da rede distribuição;” não concordamos que o equipamento seja considerado
inoperacional, uma vez que em caso de falha de energia, o equipamento permitirá que o gerador entre em funcionamento
automaticamente.
Foram considerados nesta avaliação alguns equipamentos não utilizados atualmente no processo de tratamento, situações já
reportadas anteriormente à concedente, e outras situações cuja relevância para o processo de tratamento o ISQ mostrou
desconhecer.
De um modo geral algumas destas situações estão rebatidas nas tabelas que se apresentam ao longo deste documento, no
entanto existem algumas observações que se apresentam como incorretas, no Anexo II “Ficha de Equipamento” existem
incorreções relativamente à avaliação da conformidade dos equipamentos, nomeadamente não conformidades registadas sem
a devida justificação.
Para as restantes deficiências ou anomalias identificadas, iremos nos pontos seguintes, nas Tabelas Resumo, deixar os nossos
comentários.

3.3. AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO

A avaliação ponderada da condição apresentada tem por base os resultados das avaliações/observações realizadas mas, na nossa
opinião, não tem em consideração o impacto da anomalia no Processo de Tratamento, nem tem em consideração a gravidade,
a Causa Raiz, o tipo e a frequência da anomalia.
Temos referencia a áreas de avaliação que não correspondem à ETAR de Rabada, nomeadamente áreas como Ozonização,
desodorização e Bacias de Emergência.

3.4. METODOLOGIAS E REFERÊNCIAS

Neste capítulo é apresentada a metodologia seguida pelo ISQ:


“No presente trabalho foram previstas as seguintes vertentes:
 Verificação de soluções e opções técnicas utilizadas nas instalações existentes;
 Verificação do cumprimento dos requisitos regulamentares e normativos;
 Registo de eventuais deficiências/anomalias nas instalações existentes;”
Mas o ISQ não seguiu apenas esta metodologia. Numa tentativa de identificação de causas a equipa do ISQ realizou uma
avaliação subjetiva dos Procedimentos de Manutenção e Operação da Tratave tendo dado opiniões não fundamentadas e

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precipitadas em modo de conclusões, o que deveria estar fora do âmbito deste relatório e não está concordante com a
metodologia que o ISQ propôs seguir.

3.5. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

3.5.1. INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS


Nas Tabelas Resumo seguintes, para as situações de Não Conformidade (NC) nos Quadros Elétricos e Equipamentos Elétricos
referidas no relatório em análise, acrescentaram-se duas colunas, uma com os comentários da TRATAVE, e outra com a
responsabilidade de resolução da situação. Existem algumas situações em que se atribuiu a responsabilidade ao ISQ, com o
objetivo de obter mais esclarecimento e fundamentação acerca da não conformidade apontada, para que posteriormente se
possa definir a entidade responsável pela resolução.

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3.5.1.1. RECOMENDAÇÕES

No que diz respeito as Recomendações apresentadas pelo ISQ ressalva-se que uma parte considerável se refere a opções de
instalação, deficiência ou ausência no ativo, existente desde a sua instalação, como é o caso do tipo de materiais selecionados,
o acesso a caixas de visita e por vezes a sujidade das mesmas, a identificação de tubagens, a instalação de instrumentação, entre
muitas outras, em que a Tratave não teve qualquer interferência.
Neste capítulo temos ainda a afirmação “Embora não tenha sido verificado registo de arranques e paragens dos Grupos
Geradores Emergência, recomenda-se que seja implementado rotinas de manutenção preventiva de modo a minimizar potenciais
avarias que possam desencadear graves anomalias consequenciais nas instalações e equipamentos;”, que não concordamos.
Mais um exemplo em que o ISQ demostra desconhecimento do Plano Anual de Manutenção Preventiva da Tratave,
procedimentos e forma de atuação da Tratave. Todos os meses os Grupos Geradores Emergência têm uma Manutenção
Preventiva em que se faz o seu arranque e, durante a Manutenção Preventiva Anual temos um Corte Geral da Instalação, em
que se testa o arranque e funcionamento dos Grupos Geradores Emergência em modo automático.
Em relação à recomendação “Sendo constatado nos ensaios, anomalias na comutação Rede/Grupo no caso de interrupção
energética da rede, tendo-se apurado inviabilização de arranque do grupo, recomenda-se uma verificação exaustiva ao sistema
de controlo e comando do GGE por parte do seu fabricante e/ou quadrista..” a TRATAVE tem alertado a Concedente para a
pouca fiabilidade do Sistema de Inversão Rede/Grupo Gerador que foi alterado na Renovação da ETAR, importa salientar que
para salvaguarda de potenciais riscos na manobra operativa, não nos foi facilitada pela Concedente uma instrução clara, escrita,
que estabeleça um procedimento de operação para cada uma das celas e dipositivos MT/BT.
Existem erros e incongruências, tendo sido rebatidas nos pontos anteriores, a recomendação relativa às canalizações que nos
atravessamentos dos elementos da construção não asseguram a proteção mecânica adequada é claramente uma recomendação
à Concedente como responsável pelas condições de instalação e construção, a recomendação relativamente anomalias na
comutação Rede/Grupo é já uma situação descrita e reportada pela Tratave, esta situação faz parte da lista Inventariação da
Anomalias e outros da responsabilidade das ADN nas ETAR Serzedelo II, Lordelo, Agra II e Remodelação de Rabada), Anexo II do
Auto de Receção Definitiva.

3.5.2. INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTOS MECÂNICOS E HIDRÁULICOS

Perante o universo de equipamentos avaliados seguimos a mesma abordagem do ISQ. Assim nas Tabelas Resumo seguintes,
para as situações de Não Conformidade (NC) referidas no relatório em análise, acrescentaram-se duas colunas, uma com os
comentários da TRATAVE, e outra com a responsabilidade de resolução da situação. Existem algumas situações em que se
atribuiu a responsabilidade ao ISQ, com o objetivo de obter mais esclarecimento e fundamentação acerca da não conformidade
apontada, para que posteriormente se possa definir a entidade responsável pela resolução

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3.5.2.1. RECOMENDAÇÕES

A Análise do ISQ limitou-se a determinar o grau de criticidade sem ter em conta se o equipamento ainda faz parte do processo
produtivo, nem se pertence as infraestruturas do SIDVA. Neste relatório temos alguns ativos que estão armazenados na ETAR
mas não são necessários e que aguarda autorização da concedente para encaminhamento para destino adequado.
Equipamentos que nunca foram utilizados no processo de tratamento: Sistema de Carvão Ativado.

Equipamento que foram substituídos por outros para a realização da mesma função: Dosagem de reagentes - unidades
desmanteladas.
Ativo não rececionado, nunca utilizado e que é pertença da Concedente: Trator de Rasto

3.6. FIABILIDADE DOS EQUIPAMENTOS

O Departamento de Manutenção da Tratave caracteriza-se fundamentalmente por garantir a conservação e melhoria das ETAR,
mas tem também responsabilidades transversais, suportando todos os departamentos da Tratave.
O Departamento de Manutenção tem 3 pilares de atuação, Manutenção Preventiva, Manutenção Corretiva e Modificações.
A sua gestão e intervenção é baseada em princípios de Melhoria Contínua.

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Também coordena e suporta Trabalhos, realizados por empresas externas nas instalações e infraestruturas que a Tratave é
responsável.
O Processo de Manutenção da Tratave foi definido considerando que a Manutenção é um prestador de serviços interno que
orienta a sua atuação por Níveis de Serviço Acordado (SLA).

Para a gestão diária das várias intervenções e projetos, existe o GLOSE EAM onde está também o Plano Anual de Manutenção
Preventiva. O GLOSE é usado para todas os Pedidos de Intervenção, Ordens de Trabalho e Intervenções em Cursos e Intervenções
Finalizadas (histórico do equipamento).
O plano das intervenções é revisto semanalmente durante a reunião do Responsável de Manutenção e do Encarregado Geral,
sendo feito o ponto de situação e definidas prioridades. Este plano está norteado por critérios pré-definidos que possibilitam a
seleção das intervenções que terão prioridade na execução.
Critérios para avaliação da prioridade:
 Impacto da intervenção na Operação da ETAR e no atingir dos resultados/metas da Tratave;
 Urgência da intervenção;
 Execução rápida ou demorada, grau de complexidade da intervenção.

Em 2018 tivemos no total 7934 intervenções registradas.

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Em 2018 as intervenções da Equipa de Manutenção em Manutenções Preventivas foi de 87% do total de intervenções.

2018

2017

3.6.1. ANÁLISE CREDIVEL

Neste relatório é afirmado “No decorrer da nossa intervenção apurou-se uma diminuta ou praticamente nula implementação
de gestão da manutenção, cuja política interventiva reside somente em ações corretivas despoletadas por avaria dos
equipamentos, sem efetivar nenhuma análise de causa/efeito por forma a minimizar o número de ocorrências.
Como processo recorrente, a entidade exploradora da ETAR acabou por confessar que normalmente nestas circunstâncias
averigua em primeira instância o custo/benefício, optando por substituir os equipamentos avariados por outros novos.”
Foi comunicado à TRATAVE e consta deste relatório analisado, que estava fora do âmbito do trabalho encomendado ao ISQ
uma avaliação do Nível de Manutenção da Tratave. Não foi solicitada qualquer informação à Tratave pelo ISQ (Plano de
Manutenções Anual, Ordens de Trabalho, Relatórios Técnicos das Manutenções Preventivas realizadas, etc). Contudo são
utilizadas conversas informais e descontextualizadas para identificar causas e tirar conclusões que colocam no Relatório Técnico.
Na elaboração deste relatório o ISQ demostra um desconhecimento do histórico, procedimentos e forma de atuação do
Departamento de Manutenção da TRATAVE, falta de rigor e ausência de investigação da causa raiz das Não Conformidades, o
que originou conclusões precipitadas e erradas. A TRATAVE sempre demostrou disponibilidade para facultar toda a informação
solicitada, uma análise pelo ISQ do Sistema de Gestão da Manutenção da TRATAVE evitaria afirmações que são opiniões sem
evidências/informação para as fundamentar.

3.7. GARANTIA DE QUALIDADE NAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Toda a receção dos equipamentos foi realizada pela Concedente, que deveria ter confirmado a qualidade e cumprimento
com as normas de fabrico, antes da sua instalação.
As ações construtivas e de beneficiação das diversas especialidades, bem como as soldaduras nos sistemas destinados a
conter fluidos inflamáveis ou explosivos foram encomendadas, inspecionadas e rececionadas pela Concedente.
Os reservatórios sobrepressão têm toda a documentação legal em dia.
No que diz respeito aos materiais utilizados nos equipamentos e a sua resistência aos ataques dos constituintes das águas e
aos ambientes adversos de trabalho, foi a Concedente que os aceitou. A TRATAVE já teve de alterar e beneficiar algumas
situações para prolongar a vida dos equipamentos, situações que constam dos relatórios de atividade. O mesmo referimos
relativamente aos elementos de ligação e a situações em que metais diferentes se encontram em contacto, que não foram tidas
em conta quando os equipamentos foram rececionados pela Concedente.

3.8. CONCLUSÕES

Neste capítulo temos a afirmação “Considerando as evidências reveladas nas instalações elétricas, realçamos o facto de não
terem sido verificadas ações interventivas de conservação e/ou manutenção tendente a melhorar e/ou corrigir as situações
identificadas.”. A TRATAVE sempre demostrou disponibilidade para facultar toda a informação solicitada. Uma análise pelo ISQ
do Sistema de Gestão da Manutenção da TRATAVE evitaria afirmações que são opiniões sem evidências. Lembramos que nas
várias reuniões solicitadas pela Tratave para avaliação/acompanhamento dos trabalhos, não foi pedida informação das
intervenções de manutenção.

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4. SITUAÇÕES NÃO CONSIDERADAS NO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL, MAS JÁ RELATADAS À
CONCEDENTE

ETAR Descrição Anomalia Histórico Ponto da situação

Rabada O inversor de Esta situação origina insegurança operacional. Com o empreiteiro Casais e concedente Com a elaboração do
Rede/Grupo, fez-se em maio de 2016 a simulação da comutação Rede <=> Gerador em automático procedimento de
instalado no QGBT, e em manual, neste ensaio ficou-se com muitas dúvidas sobre como funciona o comutação manual Rede
tem um sistema, bem como acerca dos níveis de segurança implementados. <=> Gerador e com as
funcionamento O empreiteiro Casais, via Socamex, ficou de enviar um documento explicativo do alterações aceites pela
instável e pouco procedimento de comutação Rede <=> Gerador e colocar a identificação nos Casais, embora não sendo
claro, quer em equipamentos, o que não aconteceu até hoje. a solução mais correta (não
manual quer em Esta é uma anomalia causada por deficiência de execução, pelo que terá de ser existe um encravamento
automático. resolvida pela concedente. mecânico), a Tratave
aceitou fechar o ponto
Durante o mês de junho de 2018, a Casais, AdN e Tratave realizaram vários ensaios para a AdN libertar as
para avaliar e melhor conhecer o funcionamento do sistema. Tiramos apontamentos garantias.
da sequência de operações a realizar, a identificação nos equipamentos e uma Estão garantidas as
instrução clara e oficial, escrita, que estabeleça um procedimento de operação para condições mínimas mas
cada uma das celas e dipositivos MT/BT. não as necessárias de
segurança.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma análise cuidada do relatório de Avaliação Funcional preparado pelo ISQ permitiu confirmar que os mesmos se limitaram a
proceder a um levantamento factual de anomalias, sem levar em consideração a matriz de risco e a repartição de obrigações
previstas no Contrato de Concessão. Com efeito, encontram-se registadas nos referidos relatórios anomalias que claramente
não caem na esfera de responsabilidade desta Concessionária.

Uma análise profunda do Relatório de Avaliação Funcional da ETAR de Rabada, confirma a análise prévia realizada pela TRATAVE:

1. O relatório não teve em consideração algumas questões ou situações que a TRATAVE considera primordiais resolver,
nomeadamente situações referenciadas no Auto de Entrega Definitiva das ETAR, aqui descritas no capítulo 4 deste
documento;
2. O relatório possui incongruências e erros. Não utiliza apenas a metodologia de avaliação proposta e baseia-se em
opiniões não documentadas, e comentários realizados em diferentes contextos de conversação, o que coloca em causa
o rigor da informação, descaracterizando o documento como uma base fidedigna de trabalho para as Águas do Norte,
S.A. e para a TRATAVE.
3. O relatório valoriza aspetos pouco importantes do funcionamento das ETAR e descura aspetos relevantes que, apesar
de estarem fora do seu âmbito, são importantes para as conclusões, como erros de projeto e deficiências de
instalação/fabrico, execução e opções técnicas e de equipamentos, reportados desde a receção das ETAR. Estes
aspetos, juntamente com condições de funcionamento distintas das previstas em projeto aceleram o desgaste dos
equipamentos, conforme situações descritas ao longo deste documento.
4. Muitas das situações relatadas não são da responsabilidade da TRATAVE. Ao longo deste documento clarificamos as
responsabilidades sobre situações levantadas, e deixamos outras situações para serem definidas conjuntamente.
5. O relatório de Avaliação Funcional da ETAR não pretendia analisar a “implementação de gestão da manutenção” uma
vez que a auditoria, em momento algum incidiu sobre o Processo de Manutenção e seus indicadores. Não foi solicitada
nenhuma análise causa/efeito, ou qualquer documento, que permitisse aferir o nível de maturidade do Sistema de
Gestão de Manutenção. Os trabalhos do ISQ limitaram-se a executar alguns testes de diagnóstico aos equipamentos e
a fazer uma avaliação visual dos mesmos, tirando elações precipitadas e não fundamentadas acerca das causas do seu
estado e sem ter em consideração a idade das instalações, nem o tempo de vida útil expectável pelos fornecedores
para cada tipo de equipamento.
6. O relatório avalia alguns equipamentos que não pertencem à ETAR, que nunca foram rececionados, nem utilizados pela
TRATAVE, sendo pertença da Concedente. A ETAR apenas foi utilizada como um local de armazenamento,
nomeadamente o trator de arraste. O estado de degradação deste equipamento é da responsabilidade da Concedente.
7. O relatório avalia equipamentos obsoletos, que já não fazem parte dos processos de tratamento das ETAR, alguns dos
quais deviam ter sido removidos pelo empreiteiro/Concedente no âmbito da execução das obras da sua
responsabilidade. Verificamos que o ISQ possuía a listagem de inventariação realizada pela TRATAVE em agosto de
2018, onde constava todos os equipamentos em utilização pertencentes as infraestruturas do SIDVA, no entanto e
apesar de ter esta informação o ISQ limitou-se a realizar uma avaliação “cega” sem consultar a listagem, nem questionar
a TRATAVE.
8. O ISQ não teve em consideração a operacionalidade das instalações, pois existem algumas restrições nas intervenções
de manutenção. Tem sido prioridade da TRATAVE garantir o funcionamento ininterrupto das instalações e evitar
descargas de água residual não tratada para o meio recetor. O caudal das ETAR do SIDVA correspondem a uma elevada
percentagem do caudal dos meios recetores. Apesar da água tratada cumprir o fixado na licença de descarga o impacto
ambiental do caudal das ETAR é elevado. Uma paragem das ETAR ou descarga de água residual não tratada para o Rio
Ave pode ter impactos ambientais elevados e causar a morte da fauna atualmente existente, bem como causar impactos
nas populações. Contudo a TRATAVE encontra-se recetiva em avaliar com a Concedente outras perspetivas na partilha
das responsabilidades e nas implicações de paragens para manutenção.
9. O ISQ não teve em consideração quer as obrigações contratuais das partes, quer a responsabilidade da execução das
obras. Relativamente ao nível de manutenção contratualizada, as responsabilidades estão perfeitamente definidas no
contrato de concessão e Protocolo conforme enquadramento que realizamos no capítulo 1.

É importante referir que a TRATAVE possui um processo de manutenção implementado, sendo referenciado em todos os
relatórios de atividade da TRATAVE. Este processo de manutenção possui um plano de manutenção preventiva que já foi
facultado por diversas vezes à Concedente. Ao contrário da nossa Concedente, o ISQ desconhece o sistema de manutenção
atualmente implementado o que levou a fazer afirmações menos corretas acerca da TRATAVE.

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