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Wilhelmus à Brakel
POR
A lei dos dez mandamentos não é um pacto das obras pelas seguintes
razões:
1. A justiça de Deus não permite que um pecador entre num pacto de
comunhão sem um Fiador. O pacto das obras não possui um Fiador
2. Após a queda o homem é incapaz de perfeitamente satisfazer as exigências
do pacto das obras.
3. Se a lei era um pacto das obras, então Israel, e todos os crentes do Novo
Testamento (para os que estão sob a obrigação da lei), estariam
simultaneamente em dois pactos opostos.
4. Se a lei era um pacto das obras o homem teria que buscar uma salvação
pelas obras.
5. Não existe nenhuma manifestação de misericórdia no pacto das obras;
todavia, há lugar para misericórdia na lei dos Dez Mandamentos.
O pacto feito em Horebe não é uma mistura de pacto das obras e pacto da
graça. Ele apenas indica que Deus estabeleceu um pacto da graça com a nação de
Israel e que o confinaria a ela, até a vinda do Messias. Considerando que:
1. O fato de alguns chamarem este pacto de “nacional” não significa que exista
um pacto ao lado do pacto das obras e do pacto da graça.
2. Somente Cristo é a causa da justificação e as obras do homem não exerceria
não participaria em nada na justificação.
3. Negamos que o pacto feito em Horebe seja um pacto misto, como se fosse um
pacto híbrido.
A lei de Cristo é equivalente à lei dos Dez Mandamentos, pois ele não deu
outra lei. Ele sujeitou-se e viveu perfeitamente de acordo com ela, deixando-nos um
exemplo.
Cristo é o cumprimento da lei e não o seu cancelamento. Paulo nunca diz que a
lei terminou, ou foi cancelada com a vinda de Cristo. Ele diz que Cristo é o fim,
significando o seu cumprimento. A lei demanda perfeita justiça e juízo sobre os
transgressores. Pelo fato do homem ser incapaz de cumprir a lei e, assim ser
justificado por ela, então, ele se torna sujeito a morte eterna devido à sua transgressão.
Cristo veio e sofreu a punição e pela lei satisfez as exigências da lei. Cristo se colocou
sob a lei e cumpriu-a pela obediência ativa, de modo que a lei em todas as suas
exigências e ameaças terminaram em Cristo como tendo se cumprido nele.
O céu não será merecido pelas obras, mas pela obra consumada de Cristo. As
boas obras são aprazíveis a Deus, e ele graciosamente as recompensa. O homem
precisa ser motivado à prática das boas obras. Deus decretou conduzir aqueles que ele
salvou pelo caminho da santidade e boas obras. Então, Deus prometeu isto de acordo
com a sua fidelidade, que lhes dará o céu, merecido por Cristo, àqueles que ele
santificar. Por isso, negamos que as boas obras humanas sejam meritórias em razão de
alguma dignidade inerente nelas. Considerando que:
1. Todos concordarão que qualquer que seja o mérito em razão da dignidade
inerente, ele precisa ter estas qualificações: 1) Precisa ser algo em que não
sendo obrigado a fazer e originado de nossa livre vontade, independente de se
alguém deseja fazê-lo ou não, não poderia ser capaz de desistir dele sem pecar.
2) Precisa ser alguém que faz por si mesmo, pois algo não pode ser mérito
quando a mesma pessoa recebe o que é para ser merecido. 3) Precisa ser
perfeita e inteiramente sem defeito. 4) Precisa ser consistente com a
recompensa; pois, se for pra receber mais do que a obra merece, isto deve ser
um dom e não algo meritório. Todavia, as obras de obediência não é algo que
se opta em fazer: 1) Se alguém as negligencia, ele pecará. Se está sob a
obrigação de fazê-las, ele é incapaz de merecer algo nelas. 2) As nossas boas
obras são inerentes à nossa natureza, por isso ninguém poderá por natureza
agradar a Deus. 3) Nenhuma de nossas obras é perfeita, pois em cada uma
delas há deficiências quanto ao exercício da fé, obediência, amor e zelo. 4) Não
existe, nem pode haver um interno e verdadeiro relacionamento entre a obra
do homem e o céu. Pois não há comparação entre o finito e o infinito, nem
entre o que é temporal e o que é eterno.
2. Salvação é uma herança e um dom procedente somente da graça, ela não é
obtida por mérito.
3. Cristo é um perfeito salvador, obtendo e merecendo salvação para o seu povo.