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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS

PATRÍCIA VIRGÍNIA PADILHA DANTAS

ESTRUTURAS E FORMAS POLÍTICAS

Maceió - Alagoas
2018
1

PATRÍCIA VIRGÍNIA PADILHA DANTAS

ESTRUTURAS E FORMAS POLÍTICAS

Trabalho destinado ao Professor Tácito


Yuri como requisito à composição de
nota da disciplina Ciência Política, do
curso de Bacharelado em Direito -
Noturno da Faculdade de Direito de
Alagoas, no 1º Semestre letivo de 2018.

Maceió - Alagoas
2018
2

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 3

1.1 Partidos Políticos 3

1.2 Participação Política 6

1.3 Grupos de Pressão 9

1.4 Opinião Pública 11

1.5 Burocracia 14

1.6 Ética e Política 16

REFERÊNCIAS 18
3

CAPÍTULO 1

1.1 Partidos Políticos

1.1.1 Importância do tema

Tomando a Ciência Política como um uma ciência que estuda o poder, compreender
as eleições e as agremiações políticas se torna relevante à medida que nesta esfera indivíduos
e grupos se organizam para alcançar o poder. Um regime democrático representativo requer a
participação de partidos variados que consigam atuar de forma competitiva e livre, com
garantias legais na busca por fidelidade eleitoral a seus programas e projetos específicos, e
com força para oporem-se entre si representando os interesses da coletividade e deliberando
em suas ações sobre aquilo que alcance o bem comum. Portanto, num país com regras
eleitorais e partidos altamente institucionalizados os valores democráticos e de cidadania têm
maior chance de efetivação.
No momento atual do Brasil, se tratando de um ano eleitoral, o tema partidos políticos
ganha especial importância para além de sua compreensão acadêmica mas na acepção que a
população em geral lhe atribui. O debate cotidiano acerca do tema partidos políticos têm
inflamado discussões e, mesmo que em uma abordagem vulgar, focada muitas vezes nos
históricos das legendas mais conhecidas, é de grande valor compreender a complexidade que
envolve estas instituições sociais.

1.1.2 Conceito

Sobre o conceito do que seriam os partidos políticos, embora seja colocado por
Daniel-Louis que “ainda hoje, cientistas políticos, sociólogos e historiadores não se entendem
quanto a defini-los”1, é possível identificar duas tendências nas definições do que seria um
partido político: as amplas e as restritas.
As definições amplas consideram partidos políticos todo tipo de agrupamento que
vise influenciar as ações do governo, incluindo além dos partidos institucionalizados
(reconhecidos e registrados) as organizações que atuam à margem do sistema. Em

1
SEILER, D. L. ​Os partidos políticos​. Tradução de Renata Maria Pereira Cordeiro. São Paulo: Imprensa
Oficial do Estado, 2000. p. 09.
4

contrapartida, as definições restritas entendem os partidos como entidades criadas unicamente


com o propósito de competir pelos votos e participar das eleições, em países democráticos, de
modo que somente eles podem representar os eleitores perante Estado e ninguém pode
concorrer ou ser eleito não estando filiado a um partido2.
Em suma, é possível entender que um partido político é uma sociedade, uma
associação humana que se organiza ideologicamente para alcançar poder. Paulo Bonavides3
sistematiza a partir da análise de diversos conceitos acerca do que são partidos políticos que
estes apresentam em sua composição: um grupo social; um princípio de organização; um
acervo de idéias e princípios, que inspiram a ação do partido; um interesse básico em vista: a
tomada de poder; um sentimento de conservação desse mesmo poder ou de domínio do
aparelho governativo quando este lhes chega às mãos.

1.1.3 Modalidades e classificação de partidos políticos

É possível destacar a princípio quatro perspectivas de autores distintos acerca de


modalidades dos partidos políticos4:
a. Hume: Partidos de pessoas (baseados em sentimento de amizade ou aversão entre
indivíduos, impelindo-os ao combate político) e partidos reais (fundados em
diferenças reais de sentimento ou interesses).
b. Weber: Partidos de patronagem (pautados no objetivo de alcançar o poder, mediante
eleições, para obter posições de mando e vantagens) e os partidos ideológicos
(focados na realização de ideais de conteúdo político).
c. Burdeau: Partidos de opinião (admitem livre participação de todos que estejam
aderindo à ordem social existente; caracterizaram o antigo Estado liberal) e partidos
de massas (fazem da ideologia o instrumento da transformação social, agrupam os
filiados de acordo com sua identidade enquanto homem-massa; caracterizam o século
XX; assinalam intervenção política de parcelas do povo antes excluídas da vida
pública).

2
KIRCHHEIN, A. F. ​Fundamentos de Ciência Política​. Editora Ulbra, 2008. p. 91. Disponível em:
<​https://politica210.files.wordpress.com/2014/11/fundamentos-de-cic3aancia-politica.pdf​>. Acesso em 11 out.
2018.
3
BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 372.
4
Ibidem. p. 385.
5

d. Nawiasky: Partidos de movimento (buscam alterações básicas no sistema institucional


vigente) e partidos da conservação (programa focado na resistência às mudanças
propostas, com referência às instituições).
Outra abordagem que se pode apresentar acerca da classificação de partidos político é
a proposta por Bobbio5:
a. Partido dos notáveis: Manifesto na primeira metade do século XIX, na Europa e
Estados Unidos, cujos representantes eram aristocratas de grupos com interesses e
ideologias homogêneas e compunham o Parlamento o alcançando através do voto
censitário.
b. Partido de organização de massa: Manifesto no final do século XIX, em especial na
Alemanha, Itália Inglaterra e França, como reflexo do desenvolvimento do
movimento operário, fica organizado como um séquito de massa. Fica marcada a
necessidade em educar as massas para torná-las politicamente ativas. Caracterizados
pelos mandatos imperativos e obrigatoriedade de cumprimento da disciplina do
partido nas atividades parlamentares.
c. Partido eleitoral de massa: Fortemente ligado ao advento do sufrágio universal, esteve
focado na mobilização dos eleitores. Tendência a absorver exigências de variados
grupos da população a fim de merecer seu apoio, a partir da qual recebeu a
denominação de “partido pega-tudo”.

1.1.4 Partidos políticos no Brasil

Segundo o proposto por Bonavides6, a política brasileira foi majoritariamente pautada


durante o Império e boa parte da República em personalidades, líderes políticos com a
capacidade de dirigir opiniões e interesses, não nas aspirações ou combatividade de
organizações partidárias.
Há a pontuação da reforma eleitoral em face da Constituição de 1934, incorporando
inovações do Código Eleitoral de 1932, além de positivar a proporcionalidade da
representação e o sufrágio universal, igual e direto. Entre as Constituições de 1934 e 1946
fica marcado no período ditatorial um hiato da vida política partidária. Neste sentido,

5
​BOBBIO, Norberto et al. ​Dicionário de política​. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998. p. 899.
6
​BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 406.
6

somente seria coerente falar em partidos políticos verdadeiros na história brasileira a partir da
Constituição de 1964, que institucionalizou juridicamente os partidos políticos no Brasil.
A Constituição de 1988, atualmente vigente, em seu Capítulo V, Art. 17,
especialmente destinados a versar sobre os partidos políticos, reforçou a constitucionalização
dos partidos políticos, positivando em seus dispositivos, dentre outros, a liberdade de
organização partidária, o caráter nacional dos partidos, autonomia dos mesmos quanto a sua
organização e funcionamento, e observações quanto aos estatutos partidários7.

1.2 Participação Política

1.2.1 Importância do tema

A sociedade brasileira historicamente foi construída em um modelo de segregação e


distanciamento dos mais pobres com relação ao poder político vigente. Atualmente ainda o
Brasil ainda apresenta marcada desigualdade social, com pouca representação políticas das
minorias, além de uma crise política que contribui para o afastamento do cidadão da vivência
política. Neste contexto, fenômenos como o aumento dos índices de abstenção eleitoral,
declínio do ativismo partidário, além do surgimento e crescimento de movimentos de protesto
com fundo político ganham espaço8. Estas questões contribuem para o enfraquecimento de
hábitos que contribuam para a formação de uma cultura política democrática, participativa,
representativa e cooperativa.
A participação popular é uma rota fundamental para o pleno exercício da democracia
e aproximação dos cidadãos da esfera política, contribuindo para que os variados segmentos
sociais possam ter voz e influenciar o processo decisório. Neste contexto, é grande valor o
estudo sobre no que consiste e como pode ser exercida a participação política.

1.2.2 Cidadania

No Brasil, a cidadania é configura na possibilidade do exercício pleno da participação


política, ou seja, na figura do indivíduo com pode exercê-la através do voto e que pode
igualmente ser votado. Entretanto, em uma compreensão ampla do tempo, a cidadania pode
ser entendida como a característica dos indivíduos enquanto possuidores de direitos que tem a

7
BRASIL.​ Constituição Federal de 1988​. Disponível em:
<https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_atual/art_85_.asp> Acesso em: 11 out. 2018.
8
BORBA, Julian. Participação política: uma revisão dos modelos de classificação. ​Sociedade e Estado​, v. 27,
n. 2, p. 263-288, 2012.
7

possibilidade de fazer valê-los. Estes direitos compreendem todas esferas desde os direitos
individuais até os políticos e é através da participação política que a cidadania pode ser
exercida democraticamente9. O exercício da cidadania pode se dar sumariamente de duas
formas10:
(a) Passiva: Ligada ao conceito de cidadania advindo da matriz romana-imperial. Os
cidadãos são dotados de direitos, que lhes são garantidos pelas leis entretanto sendo
desobrigados de participar da elaboração destas. Diz respeito a um status de direito.
(b) Ativa: Ligada ao conceito de cidadania advindo da matriz greco-romana. Praticada
através do envolvimento direto e participação efetiva dos indivíduos na administração
pública. Diz respeito à efetivação e exercício de direitos.

1.2.3 Modalidades de participação política

É possível destacar três principais modalidade de exercício da participação política11,


são elas:
(a) Presença: A presença é dita como “a forma menos intensa e mais marginal de
Participação política”. Compreende comportamentos essencialmente receptivos ou
passivos, tais como a presença em reuniões e a exposição voluntária a mensagens
políticas, dentre outras. Em linhas gerais, trata-se das situações em que o indivíduo
não põe qualquer contribuição pessoal, apenas se faz presente.
(b) Ativação: Forma de participação na qual o indivíduo desenvolve atividades, dentro ou
fora de uma organização política, auto promovidas ou que lhe foram confiadas
permanentemente ou ocasionalmente. Compreende obras de proselitismo,
envolvimento em campanhas eleitorais, difusão da imprensa do partido, participação
em manifestações de protesto, etc.
(c) Sentido estrito: Em sentido estrito, o termo participação pode ser reservado, às
situações em que o indivíduo contribui direta ou indiretamente para uma decisão

9
SOUZA, Marcelo Igor. Cidadania, participação política e as possibilidades da deliberação online. In: ​Anais da
IV Conferência Sul-Americana e IX Conferência Brasileira de Mídia Cidadã​. 2013. Disponível em:
<​http://www.midiacidada.ufpr.br/wp-content/uploads/2013/09/Cidadania-participa%C3%A7%C3%A3o-pol%C
3%ADtica-e-as-possibilidades-da-delibera%C3%A7%C3%A3o-online.pdf​> Acesso em: 13 out. 2018.
10
BELLO, Enzo. Cidadania, alienação e fetichismo constitucional. In: ​Anais do XVIII Congresso Nacional do
CONPEDI​. 2010. Disponível em:
<​http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/Anais/sao_paulo/1891.pdf​> Acesso em: 14 out.
2018.
11
​BOBBIO, Norberto et al. ​Dicionário de política​. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998. p. 888.
8

política. De modo geral, a contribuição é indireta e se expressa na escolha do pessoal


dirigente (aquele investido de poder por certo período para analisar alternativas e
tomar decisões que vinculem toda a sociedade). A participação política em sentido
estrito só se pode dar com um número bastante reduzido de pessoas, naqueles
sistemas políticos, ou organismos, que não têm um caráter competitivo e que utilizam
os mecanismos eleitorais, se os utilizam, para fins bem diversos.

1.2.4 Controle social

O controle social diz respeito a uma modalidade de participação política em especial


na qual os cidadãos podem ser ouvidos no processo de tomada de decisão dos governantes.
Deste modo, é possível garantir que as políticas que sejam adotadas de fato atendam ao
interesse daqueles às quais são destinadas. Além deste aspecto, através do controle social é
possível que a população fiscalize a ação do Estado, exigindo prestação de contas dos
recursos públicos12. O controle social pode ser estabelecido através de Conselhos de controle
que podem ser13:
(a) Consultivo: Tem caráter opinativo. Representa a voz da população a ser ouvida pelos
governantes, sendo que estes podem ou não agir de acordo com as indicações do
conselho.
(b) Deliberativo: Age em conjunto com o governo, demandando participação ampla,
tanto da sociedade civil quanto de membros do poder público, uma vez que terá poder
de decisão direta sobre a formulação e implantação das ações do poder público.
(c) Participativo: Desempenha funções tanto de monitoramento das ações e gastos
públicos como participa na sugestão das referidas ações e de políticas públicas,
exercendo e fomentando o controle social participativamente.
Outra modalidade de controle social é a que se dá através de Comissões intergestoras,
que promovem a intermediação da política pela técnica, é uma modalidade comum no âmbito
das deliberações acerca de políticas de saúde, e que podem ser14:

12
​BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social. ​Participação e Controle Social​. Disponível em:
<​http://mds.gov.br/assuntos/bolsa-familia/o-que-e/participacao-e-controle-social​> Acesso em: 14 out. 2018.
13
BRASIL, Prefeitura de São Paulo.​ Controle social​. Disponível em:
<http://transparencia.prefeitura.sp.gov.br/Paginas/ControleSocial.aspx> Acesso em: 14 out. 2018.
14
BRASIL, Renast.​ Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite - CIB, CIT​. Disponível em:
<http://renastonline.ensp.fiocruz.br/temas/comissoes-intergestores-bipartite-tripartite-cib-cit> Acesso em: 14
out. 2018.
9

(a) Bipartide: Comissões de deliberação que articulam e pactuam políticas públicas a


nível federal, abarcando União, estados, DF e os municípios.
(b) Tripartide: Comissões de articulação em nível estadual que pactuam estados e seus
municípios.

1.3 Grupos de Pressão

1.3.1 Importância do Tema

O Brasil é um país continental que abarca ampla diversidade de pessoas, modos de


pensar, interesses e aspirações. Esses diferentes interesses, partilhados por indivíduos que se
agregam em grupos específicos podem tem suas aspirações ouvidas pelo poder público
através da manifestação de grupos de pressão. Embora sejam frequentemente associados no
senso comum, o que tem forte influência da abordagem dada pela mídia, com a corrupção, a
ação dos grupos de pressão pode ter resultados positivos.
Através da ação de grupos de pressão é possível que as demandas de diferentes grupos
participem dos processos decisórios do poder público democraticamente. Portanto, é
fundamental o estudo dos referidos grupos de pressão e dos impactos que a ação dos mesmos
pode gerar.

1.3.2 O que são?

Os grupos de pressão podem ser definidos como qualquer grupo social, permanente
ou transitório, procurem influenciar as decisões do poder público e da opinião pública
conforme seus interesses15. Outra forma de entender os ditos grupos de pressão é a
perspectiva de que estes assim como os partidos políticos constituem categorias interpostas
entre o cidadão e o Estado, atuando tanto na pressão sobre o governo como com o intermédio
de meios de comunicação com o fim de formar a opinião pública16. Neste sentido, estes
grupos podem agir no sentido de obter votos que elegem representantes que irão guardar seus
interesses e valores (incluindo aspectos de moral, étnicos e religiosos).
Por vezes os conceitos de grupos de pressão, lobbying e mesmo partidos políticos se
tornam confusos, portanto cabe a distinção17:

15
​AZAMBUJA, Darcy. ​Introdução a Ciência Política​: 15ª Edição. São Paulo: Globo, 2003. p. 315.
16
​BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 463.
17
​BOBBIO, Norberto et al. ​Dicionário de política​. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998. p. 566.
10

(a) Lobbying: Processo por meio do qual os representantes de grupos de interesses,


agindo como intermediários, transmitem aos legisladores os desejos de seus grupos
podendo ou não fazer uso da ameaça de sanções.
(b) Grupos de pressão: Conjunto de indivíduos unidos por motivação comum que tem a
possibilidade de recorrer a sanções positivas ou negativas para assegurar seus
interesses através do poder político.
(c) Partidos políticos: Distinguem-se dos grupos de pressão na medida em que somente
estes possuem a função de competição eleitoral, a função de gestão direta do poder e
talvez a função de expressão democrática.

1.3.3 Formas de pressão

As formas com que os grupos de pressão agem para influenciar tanto o poder público
como a opinião pública podem ser classificadas como legítimas e ilegítimas, sendo que
somente as legítimas representam exercício democrático. As distinções podem ser dadas da
seguinte forma18:
(a) Legítimas: Quando a pressão é manifestada mediante instrumentos legalmente
garantidos como o direito de opinar, pleitear, representar, fazer-se ouvir ou esclarecer.
Deste modo devem ser observados a validade de suas propostas e a vantagem à
sociedade que as mesma ocasionam.
(b) Ilegítimas: Quando dos casos que ultrapassam a cooptação para a corrupção, tais
como intimidação e abuso de poder econômico para obter prestação de favores ou
defesa por agentes públicos de interesses privados, em especial quando divergentes
dos interesses coletivos.

1.3.4 Aspectos negativos e positivos dos grupos de pressão

Os aspectos negativos19 relativos à atuação destes grupos estão primariamente


centrados na busca pelo sacrifício do interesse geral em prol de interesses particulares. Esta
atuação escusa, por vezes observada, contribui para o estigma criado em torno dos grupos de
pressão de que estes seriam ameaças à democracia e à ordem representativa, gerando

18
FARHAT, Saïd.​Lobby, o que é, como se faz : ética e transparência na representação junto a governos.
São Paulo: Editora Peirópolis, 2007. p. 187.
19
​BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 471.
11

automática desconfiança da opinião pública. É o caso do envolvimento com propinas para


aprovação de medidas que beneficiam setores da economia.
Em contrapartida, os grupos de pressão podem apresentar aspectos positivos20 quando
configurados em formas de representação de interesses sociais, levados a cabo onde as
formas tradicionais do sistema representativo sejam inadequadas ou insuficientes para
exprimir as novas e particularizadas formas de comunicação com o poder. Neste sentido, a
atuação destes grupos se torna um instrumento de fortalecimento da democracia, permitindo
que a diversidade de motivações que agregam indivíduos possa ser ouvida e ter influência
tanto nos processos decis´rios como na formação da opinião pública. É o caso por exemplo
dos grupos que que agregam a luta pela defesa dos direitos de minorias.

1.3.5 Institucionalização dos grupos de pressão

Uma vez que a manifestação dos grupos de pressão é uma realidade verificável, seria
impossível não versar sobre estes a fim de disciplinar legalmente sua ação política21. Um caso
clássico de institucionalização dos grupos de pressão é o do Estados Unidos da América, cujo
Congresso aprovou, em 1946, o “Federal Regulation of Lobbying Act”, disciplinando pela
vez primeira a atividade dos grupos de pressão que desde muito atuavam junto ao poder
legislativo norte americano. Esta inovação, a institucionalização, possibilitou tipificar a ação
dos grupos de pressão bem como discipliná-los de modo a permitir que estes estabeleçam um
novo tipo de equilíbrio que contribua para a construção democrática pautada no interesse
geral e na vontade popular.

1.4 Opinião Pública

1.4.1 Importância do tema

Para além de uma mera soma de opiniões individuais, a opinião pública é um juízo
majoritário, uma valoração sobre dado objeto de debate. Esta opinião pode ou não coincidir
com os fatos e a verdade, por sua essência subjetiva, sendo uma manifestação aparente do
substrato moral que compõe uma dada sociedade, mas é inegável que exerce influência sobre
o processo decisório na coisa pública.

20
​BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 473.

21
Ibidem. p. 469.
12

Nas democracias representativas, a manifestação dos mandantes, ou seja, os cidadãos,


pode ser dada prioritariamente através do voto mas igualmente através do apoio que opinão
pública dá a uma mandato conquistado. Neste sentido, esclarecer os atores, eventos e
argumentos que participam de sua construção em meio ao debate público, se tornam objetos
imprescindível a fim de compreender a dinâmica dos mecanismos de acionamento e a
construção da opinião pública, bem como sua influência no quadro político e social.

1.4.2 Tipos de opinião em política

A opinião em política pode ser manifestada em três formas primárias22,23, sendo que
estas se relacionam à opinião pública, as opiniões pessoal e governamental:
(a) Pessoal: Agrupamento momentâneo e lógico sobre julgamentos ou matérias. Neste
nível pode ser confundida com atitude. Esta opinião pode concordar ou não com a
opinião pública.
(b) Pública: Quando opiniões pessoais são partilhadas, eu seja, se repetem em outros
indivíduos de forma dominante em uma mesma sociedade, período e local, compõe-se
um opinião pública. Neste nível coletivo, a opinião passa a ser entendida como uma
entidade mítica.
(c) Governamental: Neste sentido o termo opinião pública é cunhado não no sentido
estrito de opinião comum a um público, mas enquanto uma opinião daquilo que é
público. É manifestada assim, a opinião do Governo enquanto coisa pública, que pode
diferir da opinião pública em sentido estrito, ou seja, dos governados.

1.4.3 Controvérsia sobre a opinião pública na filosofia política

Ao longo da história da filosofia política o surgimento da opinião política enquanto


parte da Ciência Política, bem como as diferentes perspectivas que foram dadas a esta permite
destacar as concepções de alguns pensadores especialmente notáveis24:
​ arca o papel da opinião na sociedade política,
(a) Rousseau: Sua obra ​Contrato Social m
iniciando o termo com a acepção que tomou no pensamento político. Ele coloca que a

22
FERREIRA, Fernanda Vasques. Raízes históricas do conceito de opinião pública em comunicação.​ Em
debate​, v. 7, n. 1, p. 50-68. 2015.
23
​SÁ, Fernando. Opinião pública: um conceito político em disputa. ​Alceu: PUC-Rio​, v. 13, n. 25, p 185-199.
2012.
24
​ ​BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 484.
13

opinião é o que constitui verdadeiramente o Estado, acompanhada pelos costumes. A


opinião pública estaria ligada a seu conceito de “vontade geral”.
(b) Marx: A acepção de Marx acerca da opinião pública é estruturada no sentido de que
esta seja em verdade uma opnião de classe. Marx se posicionou contra esta opinião
uma vez que a entendia como a opinião da classe dominante, a burguesia liberal, seria
portanto uma obra da dominação.
(c) Hegel: Diferente de Marx, sua percepção da opinião pública foi no sentido de que esta
seria um grande poder, contendo em si os princípios da justiça, seria, portanto, o
conteúdo verdadeiro da vida coletiva, que por conseguinte comporia toda a
constituição e legislação.
(d) Habermas25: Para ele, a reunião do público, composto por pessoas privadas, constróis
a opinião pública, através da qual sociedade e Estado podem dialogar em uma
estrutura de mediação denominada “esfera pública”. Destaca o papel da mídia na
formação da opinião e critica mobilização da opinião pública de forma manipulada
pelos meios de comunicação em massa.

1.4.4 Opinião pública e meios de comunicação

Na sociedade de massa, frequentemente observada no ocidente, ou seja, aquela na


qual a opinião pública deixa de ser espontânea e racional para ser artificial e irracional, os
meios de comunicação em massa, tais como rádio, televisão e internet, têm papel central na
construção da opinião pública26. Neste sentido, a opinião pública obtida pela educação, com
caráter informativo, característica de sociedades liberais, é substituída pela opinião pública
obtida pela propaganda, com caráter indicativo, por vezes mesmo manipulador.
Assim, no âmbito de rádio e TV, é possível observar uma proliferação da
espetacularização da política, valorização de frases de efeito em detrimento de debates
ideológicos e pragmáticos, aplicação de estratégias de marketing em campanhas, bem como
modalidades focadas de pesquisas de opinião acerca de políticas públicas, são exemplos de

25
REIS, Rodrigo Nascimento, et al. Mídia e Opinião Pública na obra “Mudança Estrutural da Esfera
Pública”. In: ​Anais do Encontro Regional Sul de História da Mídia​. 2016. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-regionais/sul/6o-encontro-2016/historia-do-jornalis
mo/midia-e-opiniao-publica-na-obra-201cmudanca-estrutural-da-esfera-publica201d/view> Acesso em: 16 out.
2018.
26
BONAVIDES, P. ​Ciência Política​. São Paulo: Malheiros, 2018. p. 499.
14

fenômenos que têm afetado a atividade política na atualidade27. Em concomitância,


acompanhando a popularização da internet e do uso de redes sociais, a criação e distribuição
de notícias falsas é outro fenômeno preocupante cujo efeito é associado à manipulação da
opinião pública, sendo presentemente uma preocupação até mesmo do Tribunal Superior
Eleitoral brasileiro por sua influência nas eleições de 201828.

1.4.5 “Um inimigo do povo”

Na peça ​Um inimigo do povo,​ de ​Henrik Ibsen, um médico responsável pela qualidade
da água do balneário municipal de uma cidade, torna-se inimigo de todos quando suas
convicções sobre a poluição do balneário colocam em risco o orgulho da população sobre o
mesmo, cujas águas eram tidas como detentoras de efeito medicinal e por isso
movimentavam economicamente o lugar29. A obra dispõe sobre a figura de um livre pensador
que se coloca contra a opinião pública dominante e trás a reflexão acerca de que não
necessariamente existe coesão entre o que é comumente aceito e a verdade dos fatos, além da
cegueira deliberada que uma sociedade pode demonstrar frete a verdades desconfortáveis que
sejam contrárias a interesses dominantes.

1.5 Burocracia

1.5.1 Importância do tema

Em se tratando de burocracia, Apesar da conotação pejorativa atribuído popularmente


ao termo, sendo amplamente empregado para designar processos administrativos complexos
e delongados, sob a ótica da Ciência Política, o tema ganha uma nova acepção enquanto
designador do processo administrativo. Neste sentido, o estudo da burocracia abarca uma
compreensão lógica e formal da administração pública, sendo uma estrutura que contribui
para impessoalidade e controle da legalidade nos processos da mesma.
Assim, o estudo acerca do mesmo revela detalhes acerca da composição estrutural e
funcional do Estado, permitindo analisar as práticas adotadas, bem como estabelecer críticas
e propostas para melhor funcionamento do aparelho administrativo público.

27
KRAMER, Paulo. Mídia, opinião pública e política. ​Revista de Sociologia e Política​, n. 13, p. 175-177,
1999.
28
ALMEIDA, Raquel de Q. Fake news: arma potente na batalha de narrativas das eleições 2018. ​Ciência e
Cultura​, v. 70, n. 2, p. 9-12, 2018.
29
​VACCARI, Ulisses Razzante. Um Inimigo do Povo: o Livre-Pensador e o Suicídio. ​Trans/Form/Ação​, v. 39,
n. SPE, p. 173-190, 2016.
15

1.5.2 Acepções do termo

No âmbito da Ciência Política, o termo “burocracia” pode ser entendido sob três
óticas distintas30:
(a) Vulgar: Emprego inicial do termo, diz respeito a uma disfuncionalidade
organizativa caracterizada por formalismo, altivez e espírito corporativo. Foi a
acepção que se tornou popularizada no senso comum notadamente com
sentido negativo, enquanto forma lenta e dificultosa para trâmites
administrativos.
(b) Marxista: Igualmente negativo, o conceito de burocracia para Marx, embora
não fosse central a seu pensamento, diz respeito a uma anti democraticidade
dos aparelhos dos partidos e dos Estados.
(c) Weberiana: Concepção mais utilizada em Ciência Política, o conceito de
Weber é da burocracia enquanto técnica de administração pública. É focada na
legitimidade dos processos envolvidos na administração pública e no próprio
aparelho administrativo.

1.5.3 Burocratismo, corporativismo e outros vícios burocráticos

O burocratismo é um termo utilizados para designar uma tendência ao


desenvolvimento de excessiva burocratização, permitindo que os agente usem dessa
ampliação burocrática para controle do uso dos recursos e processos, ao passo que o
corporativismo diz respeito usar um sentimento conservador de unidade, agregando aliados e
apoio sobre ação que reforcem a proteção da corporação, o que pode dificultar ações
inovadoras31.
Ademais, vícios burocráticos que podem ser pontuados dizem respeito ao fato de que
a organização burocrática devido às estratificação que constitui seu modelo, o que dificulta a
comunicação entre dirigentes e empregados, pode, por conseguinte, ocasionar decréscimo da
eficiência de suas funções, bem como lentidão nos processos32.

30
BOBBIO, Norberto et al. ​Dicionário de política​. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998. p. 124.
31
​ ILVEIRA, Flavio Eduardo. ​Organizações e sociedade: identidade, poder, saber e comunicação na
S
contemporaneidade​. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. p. 33.
32
MEDEIROS, Paulo Henrique Ramos. Do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático: reflexões
sobre a burocracia estatal. ​Organizações & sociedade​, v. 13, n. 37, p. 143-160, 2006.
16

1.5.4 Controle da burocracia

A burocracia, enquanto organização da administração pública, permite que


procedimentos rigorosos sejam implementados para controle de organizações públicas a fim
de alcançar a conformidade à qual estas se proponham. Esse processo é pautado pelo
exercício da autoridade dos agentes públicos dentro dos limites da legalidade e conforme as
atribuições que lhe sejam delegadas33.
O controle burocrático pode ser construído através do estabelecimento rotinas nas
instituições, com seus profissionais cumprindo jornadas fixas, integrando estruturas
hierarquizadas e altamente especializadas (produto de delegações claramente delimitadas),
consistentes e transparentes. Estes profissionais, os servidores ou agentes públicos, devem
seguir então um conjunto de regras e procedimentos padronizados no exercício de suas
funções. Assim, é possível atribuir responsabilidades aos agentes e mesmo punir ações que
excedam os limites previstos em lei ou recompensar aqueles que cumpram o rito legal
conforme previsto.
Portanto, a implementação da burocracia, exercendo seu controle estrutural e
funcional nas instituições públicas, permite que esta seja ferramenta para o enfrentamento da
corrupção de falhas de gestão no âmbito da administração pública.

1.6 Ética e Política

As relações entre ética e política são tema não somente para os estudos acadêmicos
mas mesmo aos cidadãos no exercício democrático de seus direitos políticos. Em especial
frente às controvérsias e a descrença popular que a atividade política suscita na população,
esta é correntemente associada à ausência de comportamentos moralmente aprovados.
Constrói-se, assim, um paradigma de que Ética e Política pertençam a domínios opostos, de
modo que este deve ser quebrado a fim de garantir o fortalecimento do regime democrático34.

1.6.1 Moral e ética

Embora sejam termos popularmente usados como sinônimos, enquanto condutas


consideradas corretas, moral e ética distinguem-se na medida em que o primeiro termo diz

33
FILGUEIRAS, Fernando. Burocracias do controle, controle da burocracia e accountability no Brasil. In:
PIRES, Roberto, et al. ​Burocracia e Políticas Públicas no Brasil​. Brasília: Ipea, 2018. p. 354-381.
34
DINIZ, Eli. Ética e Política. ​Revista de economia contemporânea​, v. 3, p. 57-70, 1999.
17

respeito a um conjunto de normas do comportamento pautados em valores internos mas que


sejam socialmente partilhados, ao passo que o segundo se refere às práticas morais, ou seja,
às porções da moral que são traduzidas em condutas e que portanto são externalizadas35.

1.6.2 Éticas

Com base nas reflexões de Hannah Arendt sobre a ética, possível dispor sobre três
principais correntes acerca da compreensão da ética36:
(a) Essencialista: Ideia de que o ser humano seja um ser livre, sempre em busca da
perfeição. Esta busca implicaria na prática de valores morais intrínsecos ao ser. É uma
perspectiva fortemente ligada a aspectos religiosos.
(b) Naturalista: Assume que valores e fins da ação humana são expressos por leis
naturais, racionais que regulam a as condutas na vida. Busca pelo reforço da vida
natural que é reforçada por correntes como o positivismo e o naturalismo.
(c) Praxista: Entendendo a práxis enquanto prática reflexiva. Sob esta perspectiva, na a
conduta do ser humano no contexto social busca a articulação do mundo material com
as questões da subjetividade. Assim, as condutas não seriam baseadas
individualmente no que é posto natural ou exclusivamente da consciência.

1.6.3 Ética em Max Weber

Para Weber, toda ação orientada pela ética pode se subordinar a duas máximas
opostas, mas não necessariamente excludentes37, são elas:
(a) Ética da Convicção: Diz respeito às condutas pautadas no conjunto de normas e
valores que orientam o comportamento político do indivíduo em sua esfera privada. É
ancorada em valores absolutos.
(b) Ética da Responsabilidade: Engloba as condutas pautadas nos normas e valores que
orientam a decisão do político a partir de sua posição como governante ou legislador.
Fundada no aspecto valorativo dos objetivos.

35
​FIGUEIREDO, Antônio Macena. Ética: origens e distinção da moral. ​Saúde, ética & justiça​, v. 13, n. 1, p.
1-9, 2008.
36
CAMPOS, Michele. et al. História da Ética. ​CienteFico. ​v. 1, 2008. Disponível em:
<​http://www.ceap.br/material/MAT25082013230446.pdf​> Acesso em: 16 out. 2018.
37
COSTA, Mauricio Mesurini. Ética da responsabilidade e ética da convicção: proposta de uma racionalidade
para o controle judicial de políticas públicas. ​Revista Urutágua​, n. 19, p. 20-34, 2009.
18

REFERÊNCIAS

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