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1. DESCRIÇÃO GERAL
hora. O nível de leitura exigido está ao nível do ensino básico. Além das propriedades
aplicáveis a todas as Formas do 16PF, na Forma 5 procurou-se optimizar alguns aspectos:
1. Foi revisto o conteúdo dos itens para os tornar adequados a uma linguagem
mais actual, procurando-se ainda eliminar ambiguidades. Também se tentou evitar
enviesamentos referentes a aspectos como sexo, raça e cultura.
2. As alternativas de resposta aos itens das escalas de personalidade
unificaram-se no seu formato mediante a inclusão de uma alternativa intermédia que se
representa pelo sinal de interrogação, “?”.
3. Foram construídos novos índices para medir os desvios de resposta. O índice
MI (Manipulação da Imagem) é formado por itens independentes dos das escalas de
personalidade e vem substituir as escalas de "distorção" ou "boa/má imagem" das
edições anteriores. Nesta Forma 5 foram incorporados um índice de Infrequência (IN) e
outro de Aquiescência (AQ). Contudo, nenhum destes índices deve ser considerado
como necessário para “ajustar" os decatipos obtidos no perfil.
4. Foram melhoradas as características psicométricas do instrumento. Nos
estudos originais obteve-se uma medida da garantia, baseada na avaliação da
consistência interna, com valores entre 0,64 e 0.85, e uma média de 0,74; a medida da
garantia avaliada pelo método de teste-reteste apresenta uma média de 0,80 num estudo
com duas semanas de intervalo e de 0,70 quando o intervalo é de 2 meses. Também nos
estudos originais foram actualizados os critérios de Adaptação/Ajustamento e Potencial
de Criação e acrescentaram-se outros, como Empatia e Auto-estima.
Depois da primeira edição do 16PF (1949) foram feitas quatro revisões com claras
melhorias nas escalas (1956, 1962, 1967-69 e 1993). O resultado desta quarta revisão de
1993 é a "quinta" edição (e daí o número "5" na sua denominação); é caracterizada por
melhores índices psicométricos do que as versões anteriores e atende às mudanças
culturais e profissionais (por exemplo, foram tidos em consideração os «APA's Standards for
Educational and Psychological Testing» de 1985).
Para elaborar esta quinta revisão, extraíram-se os itens das edições anteriores que
apresentassem alta correlação com a escala a que pertencem e menor com as outras
escalas. Os itens escolhidos foram revistos no seu conteúdo e redacção, eliminando-se ou
alterando-se os conteúdos ambíguos ou inadequados. Também se encurtou e simplificou a
sua redacção, tendo ainda havido o cuidado de evitar enviesamentos por influência do sexo
ou da raça.
O sistema de pontuação foi construído sobre uma escala de tipo "Likert", com três
pontos: um extremo, em direcção ao construto a medir, que recebe 2 pontos, e outro
extremo que recebe O pontos; ao ponto médio desta escala de medida é atribuído 1 ponto,
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tendo-se verificado a sua unificação na quinta edição, propondo-se uma interrogação ("?")
como alternativas entre os dois extremos.
A primeira e as sucessivas edições experimentais foram aplicadas a várias amostras,
que permitissem a análise dos resultados das alterações. Em cada fase foi-se reduzindo o
número de itens, a partir dos dados referentes às correlações item-total, às intercorrelações
das escalas ou aos índices de consistência interna. A última edição experimental continha
14 itens para cada escala (excepto a escala B que incluía 15 questões).
Finalmente, aplicou-se a técnica de "pacotes" ou grupos de itens (seis por escala).
Submeteram-se as pontuações de uma amostra de 3.498 sujeitos a uma análise factorial
visando a identificação dos componentes principais. Foi dessa amostra total que se
seleccionou a amostra normativa nacional. Os 16 factores resultantes submeteram-se a uma
rotação Harris-Kaiser e a duas rotações manuais do próprio R.B.Cattell; deste modo,
chegou-se à definição de seis factores gerais (cinco dimensões globais e um factor de
inteligência); quase todos os "pacotes" saturavam no seu próprio factor e não nos outros.
Reduziu-se o número de itens para a versão final e o instrumento foi tipificado com
base nos resultados obtidos na amostra normativa. O Quadro 1 resume a composição das
escalas de personalidade do 16PF original, indicando o número de itens de tipo Sa (sem
alterações ou modificado apenas numa ou duas palavras), tipo Pa (pequenas alterações nas
palavras ou na redacção da frase), tipo As (alterações significativas, mas mantendo a
mesma ideia) e tipo In (itens novos). No Quadro 1 não estão incluídos os 15 itens das
escalas B (Raciocínio) nem os 12 de MI (Manipulação da Imagem), mas a sua composição
está comentada noutro lugar.
Quanto às escalas B e MI, em cada uma das fases experimentais foram testados
novos Itens. No princípio, reuniram-se 43 itens B de formas ou análises anteriores, foram
depois submetidos a sucessivas triagens, mantendo-se no final apenas os 15 que apresenta
a Forma 5. Esses 15 compreendem cinco itens para cada um dos seguintes aspectos do
raciocínio: verbal, numérico e lógico. Para a análise dos itens, estudou-se a sua capacidade
discriminativa entre vários níveis de capacidade, evitaram-se possíveis enviesamentos de
sexo e raça e estudou-se a sua correlação com outras medidas de inteligência.
A escala MI pretende avaliar comportamentos, sentimentos e atitudes socialmente
desejáveis. Também neste caso se reuniram todos os itens existentes previamente (alguns
enquadrados como medida de "distorção motivacional"), e estudaram-se as correlações com
a escala a que pertencem e com outras medidas de desirabilidade social. Os 12 Itens que
fazem parte da versão final do instrumento só pontuam nesta escala e são independentes
das escalas de personalidade.
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Escalas Sa Pa As In Total
A Afabilidade 2 4 2 3 11
C Estabilidade 2 2 2 4 10
E Dominância 0 5 3 2 10
F Expansividade 5 4 0 1 10
G Atenção-normas 3 4 2 2 11
H Atrevimento 8 2 0 0 10
I Sensibilidade 3 7 0 1 11
L Vigilância 2 1 5 2 10
M Abstracção 2 0 5 4 11
N Privacidade 1 2 3 4 10
O Apreensão 0 2 7 1 10
Q1 Abertura à mudança 2 5 2 5 14
Q2 Auto-suficiência 4 1 4 1 10
Q3 Perfeccionismo 1 1 3 5 10
Q4 Tensão 0 3 4 3 10
Totais 35 43 42 38 158
Percentagens 22 27 27 24 100
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Como já foi referido, o 16PF-5, ainda que actualizado e revisto, continua a medir as
mesmas dezasseis escalas primárias de personalidade identificadas por Cattell nos estudos
originais.
O Quadro 2 facilita a compreensão dos constructos medidos pelas referidas escalas
mediante uma designação genérica e alguns adjectivos específicos dos pólos baixo
(assinalado com o sinal menos "-“) e alto (com o sinal mais "+"). No capítulo destinado à
interpretação dos resultados das aplicações práticas, o leitor pode encontrar uma descrição
mais fundamentada e detalhada de cada escala.
Esta nomenclatura (letras e sinal) tem sido empregue, em geral, para referir os
sujeitos cujos decatipos se situam em ambos os extremos (1-3 na esquerda e 8-10 na
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Além das escalas primárias (A a Q4), o 16PF-5 permite obter dimensões globais da
personalidade, ou "factores de segunda ordem". O Quadro 3 esquematiza essas dimensões
globais mediante adjectivos que definem os pólos baixos e altos das mesmas.
Estas dimensões não só são muito semelhantes aos factores secundários de edições
anteriores do 16PF, como encontram alguma correspondência com as dimensões do
Modelo dos Cinco Factores de Personalidade, ou BIG FIVE, como demonstraremos no
capítulo de Justificação Estatística.
Por todas estas razões, as avaliações que permite realizar podem ser úteis em:
a) Aplicações industriais: Existe uma longa história de estudos em que, com o 16PF,
se procurou identificar o perfil característico de muitas actividades profissionais (tais como
piloto de aviação, professor, polícia ou vendedor). Em muitos casos foram encontradas
diferenças significativas entre os grupos profissionais nalguns traços de personalidade. Isto
sugeriu a possibilidade de aplicar equações de regressão para estimar o ajustamento do
perfil de um candidato aos perfis característicos das profissões ou atender selectiva e
unicamente a essas escalas diferenciais.
O 16PF pode também ser útil em estudos de "potencial humano", Por vezes, os
departamentos de recursos humanos pretendem utilizar a descrição dos traços de
personalidade dos empregados para fins de promoção, formação ou mudanças na
organização, etc.
No que se refere a selecção de pessoal, são conhecidas as relações entre
dimensões de personalidade (como a extroversão ou grau de socialização) e diferentes
critérios de comportamento no trabalho.
b) Orientação e aconselhamento escolares: A actividade escolar está ligada, em
maior ou menor grau, a traços de personalidade porque na aprendizagem, além das
variáveis aptitudinais, estão subjacentes alguns traços comportamentais ou motivacionais
que podem ser avaliados com as escalas do 16PF-5. Além disso, também ao nível da
Orientação Escolar e Profissional, o estudo dos traços de personalidade poderá ajudar o
sujeito no seu processo de auto-conhecimento.
c) Diagnóstico clínico: Enquanto alguns profissionais consideram que os diagnósticos
psiquiátricos correntes se deveriam basear na analogia das perturbações com as
enfermidades físicas, categorizando, para isso, os sujeitos com esses problemas em grupos
qualitativamente diferentes, há outros que consideram que a classificação deve ser um
problema de dimensões mais que de categorias. Assim, em vez de classificar cada pessoa
com problemas dentro de uma categoria ou outra, atribuem-lhe uma posição sobre o
contínuo das dimensões globais da personalidade. Este método, além de ser mais fiável,
está mais de acordo com os dados experimentais. Por exemplo, simplificando a estrutura da
personalidade num modelo bidimensional e ortogonal (que permite quatro quadrantes), em
vez de classificar um sujeito com a etiqueta de um ou outro quadrante, são-lhe atribuídas
coordenadas cartesianas de maior ou menor afastamento da zona central. Deste modo, não
somente é enquadrado num ou noutro quadrante como também lhe corresponde um
determinado grau de afastamento ou de gravidade do problema.
Por outro lado, existe uma relação entre o diagnóstico da personalidade e a eficácia
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4. NORMAS DE INTERPRETAÇÃO
Ao utilizar esta prova, o profissional deve ter em conta que a investigação original se
baseou na análise factorial. Assim, as dimensões globais são factores secundários e as
escalas são factores primários. O utilizador que considere ambos os constructos deve
identificá-los com uma letra ou abreviatura (A a Q4, Ext a AuC) e a denominação da variável
subjacente (Afabilidade, Estabilidade, Tensão, Auto-Controlo, etc.).
As escalas primárias são bipolares e interpretáveis nos seus dois pólos. No Quadro 2
(ponto 1.5) indicaram-se alguns adjectivos para descrever as pessoas que se situam nos
pólos baixo e alto. É óbvio não se pode assumir que um dos pólos seja "bom" e o outro
"mau"; por exemplo, a pessoa que pontua alto em A (os casos A+) costuma ser generosa,
afável, calorosa e atenta aos outros, enquanto que a que pontua baixo (A-) tende a ser
impessoal, distante e fria. Parece estar claro que, em algumas situações, a pessoa A - se
pode adaptar-se muito bem e ter uma actividade produtiva, enquanto que noutras situações
será mais adequada a pessoa A+ pelas suas qualidades de atenção aos outros.
No ponto 1.7 descreveu-se a escala das pontuações transformadas (decatipos)
empregue no 16PF-5. O utilizador pode, assim, considerar que na maioria (os dois terços ou
68% centrais da distribuição normal), as suas apreciações sobre a personalidade dos
sujeitos não terá um erro maior de um decatipo. Se este utilizador quiser elevar o seu nível
de confiança (N.c.) a 0,05, teria que admitir a possibilidade de um erro de medida de 2
unidades decatipo, aproximadamente. A esse nível de confiança (o que significa uma
medida correcta em 95% dos casos), a banda de possíveis erros abriu-se a duas unidades
para ambos os lados da medida empírica; por exemplo, o sujeito obteve um decatipo 7, a
esse nível de confiança, podemos dizer que a sua verdadeira medida estará situada na zona
7 ± 2, ou seja entre os decatipos 5 e 9.
Estas considerações aconselham que o profissional não sobrestime diferenças entre
decatipos empíricos, sobretudo quando estão situados nos extremos da escala. Há
situações em que a resposta a um item (numa alternativa que recebe dois pontos), pode
supor um aumento de 2 unidades decatipo (isto pode ser visto nas tabelas de normas), isto
é, que uma só resposta no questionário pode decidir um aumento considerável no resultado
final.
4.2. Estratégia na Interpretação
primeiro para detectar enviesamentos de resposta que hajam distorcido o perfil; a seguir
examinam-se as dimensões globais porque permitem uma visão ampla da pessoa;
finalmente, atende-se às escalas primárias para obter detalhes específicos da
personalidade.
A escala de Infrequência (IN) é formada por itens das outras escalas do 16PF-5 em
função da baixa percentagem de casos que os escolheram. Para a sua inclusão na escala
só se considerou a alternativa intermédia (a assinalada com o ponto de interrogação "?").
Por isso, ainda que o conteúdo de um item seja "infrequente" nas suas alternativas A ou C,
para a escala IN só se incluíram os casos em que a alternativa escolhida pelo sujeito foi a B.
Uma pontuação alta ("infrequente") sugere que o sujeito respondeu a muitos itens de
um modo diferente da maioria das pessoas. Uma possível justificação pode ser por ter
respondido ao acaso, sem atender aos conteúdos das questões, ou devido a reacções
extremas a determinados conteúdos, ou ainda por dificuldades de compreensão na leitura
ou tentativa de "evitar dar má impressão". O examinador deve procurar compreender as
razões que levaram o sujeito a responder desta forma.
A terceira das escalas de estilos de resposta é a de Aquiescência (AQ), destinada a
apreciar a tendência "Sim, Senhor" com que respondem algumas pessoas sem atender ao
conteúdo específico da questão. Poderia também ser um índice de incongruência do sujeito
que afirma conteúdos dispares, ou reflecte uma má imagem de si mesmo ou tem uma
grande necessidade de aprovação por parte do examinador. As normas elaboradas (em
percentis) são bastante discriminativas, e é aconselhável que o utilizador defina (de acordo
com a sua situação específica de exame) um ponto crítico que discrimine com bastante
precisão os casos de aquiescência. Em qualquer das situações, deveria tentar determinar as
possíveis causas: inconsistência, indecisão, necessidade de aprovação, etc.
No ponto 1.6 do capítulo "Descrição geral", deste Manual, fez-se uma sumária
descrição das dimensões globais. Cada uma delas é constituída por um grupo de escalas
primárias e vem definida no seu pólo alto (+) e baixo (-) por adjectivos. Na "Justificação
estatística" fundamentou-se a sua construção e relacionaram-se os resultados obtidos em
todas as escalas do 16PF-5 com as de outros instrumentos de medida da personalidade.
A partir destes resultados, o leitor terá avaliado a semelhança entre estas cinco
dimensões globais e os "Big Five" ou cinco grandes da personalidade; para sua melhor
compreensão é necessário ter sempre presente as escalas primárias que compõem essas
dimensões e o pólo positivo ou negativo que sustenta o construto. Por exemplo, quando
uma pessoa pontua A+ (Afabilidade), F+ (Expansividade) e H+ (Atrevimento), estes valores
contribuem para a dimensão global de Extroversão, tal como as pontuações de N- (baixa
Privacidade) e de Q2- (Orientação para o grupo). Além disso, o utilizador pode consultar o
Quadro 30 onde se resumem as principais correlações entre as cinco dimensões do 16PF-5
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C1 Competência (21)
E1 Calor (20)
O5 Ideias (20)
Número De Picos
Congruência
Extroversão
Ansiedade
Dureza
(Q1-). Além de actuar de modo frio e racional, a pessoa extremadamente dura pode dar a
impressão de ser inamovível, talvez porque tem critérios fixos. Isto é, não tende a abrir-se a
outros pontos de vista, nem a pessoas especiais nem a novas experiências.
No outro pólo, a pessoa receptiva é afável (A+), sensível (1+), abstraída (M+) e
aberta à mudança (Q1+), embora possa acontecer que este sujeito receptivo, ao contrário
do "duro", não tenha em consideração os aspectos práticos e objectivos de uma situação.
Os utilizadores das Formas A a D do 16PF não puderam obter esta dimensão entre
os "factores de segunda ordem" porque tinha ficado diluída entre os quatro factores
definidos, e o termo "dureza" tinha sido empregue para definir o pólo baixo da escala I
(Premsia, Sensibilidade branda). No presente 16Pf-5, o termo passou a definir a dimensão
global porque envolve um conjunto em que a escala I (Sensibilidade) é um componente
principal. A escala i contribui substancialmente para a dimensão Dureza: os aspectos de
sensibilidade e estética definem o seu pólo baixo; as pessoas "receptivas", as que se situam
neste pólo baixo, tendem a focar-se numa perspectiva cultural, refinada e sensível, uma vez
que estão abertas a relações interpessoais afáveis (A+), às ideias e à fantasia (M+), às
mudanças e às novas experiências (Q1+). Estas apreciações justificam-se a partir das
relações que mostra o Quadro 30, como por exemplo, a sua elevada correlação com a
dimensão Abertura do NEO e com quase todas, excepto uma, das suas facetas, assim como
com a Intuição e o Sentimento do MBTI.
Na Dureza parece haver uma certa inflexibilidade e falta de abertura; na realidade, a
dureza e a determinação podem aproximar-se da inflexibilidade e do
entrincheiramento/refúgio. As relações observadas sugerem que a pessoa "dura" pode ter
dificuldades para aceitar novos pontos de vista, mesmo os que implicam emoções. Em
contraste, a pessoa "receptiva" tem sentimentos de abertura à experiência, incluindo
estados afectivos de tipo negativo; consequentemente, esta pessoa pode ter dificuldades
para se sobrepor a reacções emotivas, para alcançar a objectividade e, portanto, para evitar
os aspectos práticos das situações. Existem estereótipos sociais que atribuem a
receptividade às mulheres e a dureza aos homens.
A relação entre Dureza e a tendência a focar os aspectos da vida sob uma
perspectiva racional e austera ou seca apoia-se nas relações positivas com o Pensamento e
a Sensação do MBTI, assim como com a escala Racionalidade do PRF. Algumas das
facetas da dimensão Sentido de responsabilidade do NEO relacionam-se positivamente com
Dureza (incluindo Ordem, Realização, Auto-disciplina e Deliberação), assim como com a
escala de Auto-controlo do CPI. No caso do PRF, tem uma relação negativa com
Impulsividade.
Mostrar-se "duro" pode significar perda de compreensão, de aceitação de si ou de
hedonismo, tal como sugerem as relações negativas com Compreensão e Sensibilidade do
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Independência
Auto-Controlo
No outro pólo, a pessoa não reprimida costuma atender às suas próprias urgências;
esta qualidade reflecte-se de vários modos: a pessoa que é espontânea e entusiasta (F+)
e/ou inconformista (G-) e/ou abstraída (M+) e/ou tolerante com a desordem (Q3-); pode ser
flexível nas suas respostas, mas em situações que exijam auto-controlo pode encontrar
dificuldades para se reprimir. Pode ser considerada como auto-indulgente, desorganizada,
incontrolável ou irresponsável. Pode, no entanto, encontrar força dentro de si para se
reprimir quando fôr importante fazê-lo.
A dimensão Auto-Controlo relaciona-se com outras medidas de auto-controlo. Essa
relação é positiva com todas as facetas da Conscienciosidade do NEO (Competência,
Ordem, Dever, Realização, Auto-Disciplina e Deliberação), com várias escalas do CPI
(Sentido de Responsabilidade, Socialização, Auto-controlo e Realização de si pela aceitação
das normas), e com algumas do PRF (Realização, Evitamento do Risco e Resistência); no
entanto, a relação é negativa com a Impulsividade do PRF.
Algumas das correlações podem sugerir que, quando o Auto-controlo é alto, se
restringem a auto-expressão social e a abertura à experiência; por exemplo, relaciona-se
negativamente com a escala Flexibilidade do CPI, com Divertimento, Autonomia e Abertura
à mudança do PRF, com algumas facetas de Extroversão do NEO (Gregariedade, Procura
de excitação e Emoções positivas), com algumas facetas da Abertura à mudança do NEO
(Fantasia, Acções e Valores), assim como com as preferências Intuição e Percepção do
MBTI.
Para compreender bem as escalas primárias, o profissional não deve atender apenas
aos conteúdos incluídos neste ponto; deveria voltar, sempre que seja necessário, a todos os
pontos que aludam às escalas. Por exemplo, é importante recordar os índices de fidelidade,
a forma que têm as distribuições de frequências (visível de alguma maneira nas tabelas de
normas), as correlações com outras escalas ou variáveis, etc.
Para facilitar essa interpretação, incluem-se as estatísticas descritivas dos resultados
obtidos com a amostra portuguesa, no Quadro 37.
A informação básica para a interpretação baseia-se em toda a evidência disponível
aquando da elaboração do manual do 16PF-5; contudo, o utilizador pode ir acrescentando
os dados de validade objectiva ou subjectiva que obtenha nas suas aplicações práticas.
Antes de começar a examinar cada uma das escalas específicas, o profissional
deveria examinar o perfil no seu conjunto, para ver o número de picos e a forma geral do
perfil. Como se indicou quando se falou em dimensões gerais, as pontuações extremas (as
que ocupam os decatipos 1-3 e 8-10) apontam para as características mais distintivas do
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sujeito; portanto, quanto maior fôr o número de picos (cristas ou vales) de um perfil, mais
característica será a manifestação da personalidade subjacente.
Se o perfil de uma pessoa tem poucos picos, é provável que tenha escolhido um
número elevado de vezes a alternativa média (“?”); se assim não é, poderá ter-se dado o
caso de ter respondido inconsistentemente aos itens de uma determinada escala. Em
qualquer caso, o profissional que interpreta esse perfil deve indagar possíveis causas desse
"perfil plano".
** **
**** ****
****** ******
******** ********
********** **********
Esta "receita" da linha inclinada parte do exame das relações entre as escalas
primárias e a desirabilidade social (escala MI), assim como das suas associações com
Ansiedade e Extroversão. Especificamente, na metade inferior do perfil, há mais escalas
cuja desirabilidade social aponta para pontuações baixas; o exame dessas relações com MI
mostra que na metade superior as mais implicadas são Afabilidade (A+), Estabilidade (C+),
Atenção às normas (G+) e Atrevimento (H+), enquanto que na metade inferior as pessoas
MI+ dão pontuações baixas em Vigilância (L-), Abstracção (M-), Privacidade (N-), Apreensão
(O-), Auto-suficiência (Q2-) e Tensão (Q4-). Naturalmente, há que não seguem esta
"receita", não correspondendo a uma determinada desirabilidade social.
O uso desta "receita da inclinação do perfil", com precaução, pode permitir uma visão
geral dos resultados; de notar, no entanto, que esta primeira impressão não pretende
substituir um exame detalhado das escalas primárias.
Além disso, o avaliador do perfil tem que ter sempre presente que as escalas e as
dimensões têm uma estrutura "oblíqua" (porque se assume que as variáveis não são
independentes e podem estar relacionadas, como o têm demonstrado realmente os dados
empíricos). Sabendo que determinadas escalas estão relacionadas, o profissional pode
identificar relações que acrescentem mais riqueza à interpretação do conjunto.
Em geral, quando uma escala se relaciona com uma determinada dimensão, o seu
comportamento normal é consistente com essa tendência; isto significa que, se uma pessoa
pontua significativamente na direcção introvertida, é normal que o faça também nas escalas
que definem esse pólo da dimensão e se descreva como uma pessoa distante (A-), séria
(F), tímida (H-), fechada (N+) e auto-suficiente (Q2+). No entanto, não é raro que uma
pessoa introvertida seja "extrovertida" em algum desses aspectos; por exemplo, suponha-se
que a pessoa citada é distante (A-), séria (F-), tímida (H-) e fechada (N+), mas orientada
para o grupo (Q2-, ou seja, na direcção extrovertida); apesar dos seus outros aspectos, esta
pessoa gosta do contacto do grupo e deseja-o para não "se sentir perdida entre a multidão".
Dada a probabilidade de que a pessoa experimente um conflito entre a sua orientação para
o grupo e sua tendência para a timidez, o profissional deveria explorar melhor essas
tendências interpessoais.
Assim, na interpretação de um perfil, o profissional deve procurar possíveis conflitos
e considerar hipóteses plausíveis para a sua solução; também pode ser útil comparar os
resultados presentes com resultados anteriores. Além disso, se os dados forem comentados
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Afabilidade (A)
A escala sublinha a tendência que vai desde ser uma pessoa social e
interpessoalmente reservada até estar calorosamente implicada com os outros; ambos os
pólos correspondem a uma característica da personalidade normal.
A pessoa A- (reservada) tende a ser cautelosa nos seus contactos; costuma gostar
do trabalho solitário, e frequentemente este é de tipo mecânico, intelectual ou artístico. A
pessoa A+ (afável) tende a ter mais interesse nas pessoas e a preferir profissões em que
intervenham pessoas (tal como o sugerem as questões da escala), sentindo-se confortável
em situações que exijam proximidade pessoal.
A conduta A+ é socialmente mais desejável; de facto, a correlação com MI é positiva.
No entanto, uma pontuação muito alta indica que o aspecto desejável da Afabilidade
representa uma dependência extrema de pessoas e de relações íntimas. Uma pessoa com
uma pontuação A+ extrema pode sentir-se pouco confortável em situações em que as
relações pessoais não são acessíveis.
No outro extremo, um sujeito com pontuação baixa pode sentir-se pouco confortável
em situações em que se estabelece frequentemente relações interpessoais e onde se
manifestam emoções ou sentimentos. Em edições prévias do “16PF, Guia para seu uso
clínico” Karson e O’Dell (1976-1994, págs. 50-52) assinalam que a pessoa A- pode ser
bastante eficiente (por exemplo, muitos investigadores são A-); também sugerem que,
nalguns casos, um valor muito baixo pode indicar um historial de relações interpessoais
desagradáveis e pouco satisfatórias.
A Afabilidade (A+) é um dos principais diferenciadores entre homens e mulheres (ao
lado de outros, como Dominância e Sensibilidade). As mulheres têm um valor ligeiramente
mais alto em A+, sendo mais calorosas e atentas aos outros.
A pessoa com pontuação alta gosta de estar com aqueles que manifestam
abertamente as suas emoções, prefere trabalhar num local com muita gente em vez de só,
num gabinete, e os seus conhecidos descrevem-na como generosa e calorosa. No outro
pólo, quem pontua baixo pode dizer que prefere trabalhar num laboratório, num invento, em
vez de mostrar a utilidade dele a outras pessoas, que preferiria ser arquitecto a conselheiro,
e que se sente pouco confortável quando tem que falar dos seus sentimentos de afecto ou
carinho ou mostrá-los.
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Raciocínio (B)
pessoas têm uma boa capacidade mental de raciocínio (H, B. Cattell, 1989-1993, pág. 32).
Mas, por vezes, acontece que uma pessoa com capacidades médias ou altas obtenha uma
pontuação baixa. "Este caso pode dar-se num sujeito com pouca escolaridade, ou que está
deprimido, ansioso ou preocupado com os seus problemas; também pode ocorrer que o
sujeito se distraia com os estímulos ambientais, ou não interprete bem as instruções ou que,
por razões várias, não esteja motivado para se esforçar na procura da resposta correcta" (H,
B, Cattell, 1989-1993, pág. 32).
Devido à natureza verbal dos seus itens, uma pontuação mais baixa do que seria
provável, pode derivar de dificuldades na leitura ou no domínio da língua portuguesa.
Também poderia ser devida a falta de atenção; neste caso, a pontuação em IN
(Infrequência) pode ajudar a esclarecer este resultado.
Embora o raciocínio não seja um componente da personalidade, observam-se
algumas correlações significativas com as medidas da mesma. Dentro do 16PF-5, a escala
B apresenta relações significativas com as de Estabilidade (C+), Confiança (L-),
Pragmatismo (M-), Segurança (O-) e Relaxamento (Q4-). Talvez esta estrutura de relações
possa ser artificial e devida às características da amostra, ou apontar para conexões, entre
estas qualidades e os traços aptitudinais.
Quando nos estudos originais (Conn e Rieke, 1994) se relacionou esta escala com
outras medidas das aptidões, encontrou-se um índice de 0.61 com um inventário de
informação e de 0,51 com o Teste de inteligência livre de cultura (conhecido como Factor
"g", de Cattell). No caso de outras medidas de personalidade, observam-se relações com a
escala de Eficiência intelectual do CPI, com a de Ordem do PRF e com a Intuição do MBTI.
Em geral, não se observam enviesamentos em relação ao sexo ou a raça, mas o
nível cultural influencia as pontuações (Conn e Rieke, 1994).
Estabilidade (C)
variável pode indicar que o sujeito não é dado a revelar nem tão pouco a experimentar, os
chamados "sentimentos negativos" ou problemáticos.
A escala C tem uma relação elevada com a de Manipulação da imagem (MI).
Apresentar-se a si mesmo como capaz de encarar a vida de frente, é socialmente desejável,
e admitir que se sente incapaz de controlar os sentimentos ou de se adaptar é socialmente
pouco desejável. Quando um sujeito obtém uma pontuação muito baixa, está a admitir ter
sentimentos pouco desejáveis.
Em edições prévias do 16PF, Karson e O'Dell (1976-1980, pág. 43) sugerem que se
deve questionar o sujeito acerca de experiências de inadaptação e reactividade; no caso de
uma pontuação alta C+ acompanhada de uma MI+, esses autores aconselham que se
averigue se o sujeito nega todo o tipo de problemas só para dar uma imagem mais favorável
de si.
Atendendo ao conteúdo dos itens, quem pontua alto reconhece que raras vezes se
encontra com um problema que não possa enfrentar, que normalmente vai dormir satisfeito
com o dia que passou e que se refaz facilmente dos contratempos. A pessoa que pontua
baixo admite que tem mais variações de humor que a maioria, que as suas necessidades
emocionais não estão satisfeitas e que se sente como se não pudesse lidar com o facto de
pequenas coisas, por vezes, lhe correrem mal.
A reactividade (C-) é um componente principal da dimensão de Ansiedade,
juntamente com a Vigilância (L+), a Apreensão (O+) e a Tensão (Q4+). Os autores do
Manual original sugerem que a percepção de um sentimento de incapacidade para se
adaptar à vida e às suas exigências contribui para essa sensação ansiosa. A estabilidade
emocional (C+) não tem saturação na Dimensão de Auto-controlo, mas tem relações
moderadas com dois dos seus componentes: Atenção às normas (G+) e Pragmatismo (M-).
A relação entre C- e Ansiedade reflecte-se nas correlações que apresenta com
outras medidas de ansiedade e sensação de bem-estar: cinco facetas do Neuroticismo do
NEO (Ansiedade, Hostilidade, Depressão, Auto-conscienciosidade e Vulnerabilidade). Entre
todas as escalas primárias do 16PF-5, a Estabilidade (C+) é a que tem o maior índice de
relação com a Auto-estima tal como é medida pelo instrumento “Coopersmith Self-Esteem
Inventory" (Conn e Rieke, 1994).
Há outros aspectos da conduta C+ sugeridos pela análise de outras correlações. Por
exemplo, o êxito e a presença social podem estar subjacentes na relação positiva existente
com várias escalas do CPI, tais como Realização de si pela aceitação das normas,
Realização de si pela independência, Capacidade para adquirir um estatuto social e
Presença social. Também se relaciona positivamente com Tendência Intuitiva e a Eficiência
intelectual do CPI. Poder-se-á sugerir também a iniciativa a partir da relação positiva com a
Independência do CPI. Finalmente, a escala parece sugerir a presença de bons
36
Dominância (E)
Esta escala implica a tendência para exercer a sua própria vontade sobre a dos
outros (E+), em lugar de acomodar-se aos desejos dos outros (E-). Vai mais além da
simples assertividade; nas situações em que esta serve para proteger os desejos, direitos
ou terreno próprio, a Dominância serve para subjugar os desejos dos outros aos próprios (H.
B. Cattell, 1989-1993, págs. 68-69).
Uma pontuação alta não elimina a possibilidade de que o sujeito seja mais assertivo
que agressivo. No entanto, a maioria destes E+ costumam mostrar-se esforçados em
manifestar seus desejos e opiniões (mesmo que não se Ihes tenha pedido) e em
conseguirem o que querem. Sentem-se livres para criticar os outros e tentar controlar a
conduta destes. Se a dominância pode levar a uma exigência de presença social, no
extremo pode chegar a alienar aqueles que não desejam ser subjugados.
A pessoa com pontuação baixa tende a evitar o conflito perante os desejos dos
outros. Não costuma "fazer frente" e renuncia aos seus desejos e sentimentos. Uma postura
deferente exagerada pode alienar quem deseja uma postura esforçada e participativa.
A Dominância (E+) é uma das escalas primárias (com, por exemplo, a Sensibilidade
I+) que diferencia claramente ambos sexos. As mulheres obtêm pontuações ligeiramente
inferiores, o que significa, que são mais deferentes.
Se se considerar o conteúdo dos itens, a pessoa E+ diz que se sente confortável
dando instruções aos outros, que pode chegar a ser dura e incisiva quando ser educada não
dá resultado, e que manifesta claramente as suas discordâncias com os outros. No outro
pólo, a pessoa E- costuma ser mais cooperante que assertiva, preferindo mudar de assunto
quando alguém a aborrece do que criar problemas ou enfrentar conflitos.
A Dominância (E+) é a escala que contribui mais para a dimensão de Independência,
juntamente com Atrevimento (H+), Vigilância (L+) e Abertura à mudança (Q1+). Para ser
independente, a pessoa tem que se esforçar para tomar decisões, ser assertiva e tentar
influenciar os outros.
A escala E como medida da Dominância pode ver-se validada pelas suas relações
positivas com as escalas de Dominância e Agressão do PRF, com a de Dominância do CPI
e com a Assertividade do NEO. Os seus aspectos de independência manifestam-se nas
37
Animação (F)
Atrevimento (H)
Sensibilidade (I)
O conteúdo desta escala do 16PF-5 aponta para o lado sentimental da pessoa; isto
significa que a pessoa com pontuação alta (1+) tende a fundamentar os seus juízos em
gostos pessoais e valores estéticos, enquanto que a pessoa que pontua baixo (I-) costuma
ter uma perspectiva mais utilitária das coisas.
A pessoa sensível (I+) apoia-se na empatia e na sensibilidade para fazer as suas
considerações, enquanto que a calculista (I-) mostra menos sentimentos e atende mais ao
lado funcional das coisas e do trabalho. A pessoa I+ costuma ser mais refinada nos seus
interesses e gostos, e mais sentimental do que o seu pólo oposto I-.
No extremo I+, a pessoa apoia-se tanto nos aspectos subjectivos das situações que
chega a negligenciar os aspectos mais funcionais. No outro pólo, a pessoa I- extrema pode
preocupar-se tanto com a utilidade e a objectividade, que chega a ignorar os sentimentos
dos outros. Como costuma ceder pouco à vulnerabilidade, pode encontrar problemas nas
situações que exijam sensibilidade.
Já em edições anteriores do 16PF, se encontraram relações entre a Sensibilidade e o
conceito "jungiano" da função de juízo: Pensamento versus Sentimento (H. B. Cattell, 1989-
1990, págs. 153-154), e a mesma tendência é evidenciada pelas correlações observadas
nos estudos do 16PF-5.
A sensibilidade desta escala está relacionada com estereótipos sexuais. Também
aqui a sensibilidade emocional como o refinamento são percebidos como qualidades de
"tipo" feminino, enquanto que a rudeza e a objectividade se atribuem ao estereótipo
42
Vigilância (L)
Nesta escala primária está subjacente o contínuo que vai desde a tendência para
confiar (L-) até uma postura desconfiada perante os motivos e intenções dos outros. A
pessoa com pontuação alta crê que não é bem compreendida ou que os outros se podem
aproveitar dela, e considera-se diferente da maioria. Esta pessoa pode ser incapaz de
relaxar a sua Vigilância (L+) em situações em que seria apropriado fazê-lo. No extremo, a
sua desconfiança pode ter aspectos de animosidade, tal como sugerem as suas correlações
43
com outras variáveis. Em certas alturas, esta postura vigilante é uma resposta a
circunstâncias da vida (por exemplo, quando pertence a uma minoria racial ou oprimida).
A pessoa que pontua baixo costuma esperar um tratamento justo e leal, e atribui
boas intenções aos outros. A confiança (L-) pode relacionar-se com uma sensação de bem
estar e de relações satisfatórias, tal como o sugerem as correlações desta escala com
outras medidas. Contudo, os outros podem aproveitar-se de uma pessoa com pontuação
baixa extrema, porque esta não desconfia das motivações dos outros.
A escala L apresenta correlação significativa com a Manipulação de imagem (MI); o
pólo baixo, confiança (L-), corresponde aos comportamentos socialmente desejáveis.
A partir do conteúdo dos itens pode sugerir-se que a pessoa L+ considera que há
uma grande diferença entre o que se diz e o que se faz, que os outros tentam aproveitar-se
de quem é franco e aberto, que provavelmente não se pode confiar em mais de metade das
pessoas, e que se deve ter cuidado com as pessoas amáveis. Para a pessoa L-, todas estas
opiniões são "falsas".
A Vigilância (L+) contribui para a dimensão Ansiedade, juntamente com o pólo baixo
(C-) da Estabilidade, Apreensão (O+) e Tensão (Q4+). Este pólo L+ também contribui para a
dimensão de Independência, com Dominância (E+), Atrevimento (H+) e Abertura à mudança
(Q1+).
A mais elevada das correlações com outros instrumentos é entre L- e a faceta A1:
Confiança do NEO. Os componentes de bondade existentes em L- reflectem-se na sua
relação com Empatia e Tolerância do CPI; os aspectos relacionados com a boa opinião dos
outros em L- reflectem-se na relação com a escala de Boa impressão do CPI. A Vigilância
(L+) relaciona-se com três facetas de Neuroticismo do NEO: N1: Ansiedade, N2:Hostilidade
e N3:Depressão. Além disso, L+ relaciona-se negativamente com a escala de Sentido de
bem-estar do CPI.
Os componentes de agressividade e animosidade de L+ reflectem-se nas relações
positivas com N2:Hostilidade do NEO e com as escalas de Agressão e Defensividade do
PRF.
Abstracção (M)
variável relaciona-se negativamente com a Manipulação da Imagem (MI), ou seja, ser uma
pessoa prática (M-) é socialmente mais desejável que ser uma pessoa abstraída (M+).
A relação da escala com outros instrumentos indica uma relação muito intensa entre
a Abstracção (M+) e a Intuição do MBTI e entre o pólo baixo (M-) e a Sensação também do
MBTI; Ainda com o MBTI, a escala M relaciona-se positivamente com a Percepção e
negativamente com o Juízo, o que sugere que a pessoa prática (M-) se orienta mais para os
processos objectivos e observáveis que para o pensamento e a intuição.
Ainda que haja uma associação entre M- e desirabilidade social, as pontuações M+
relacionam-se com criatividade e abertura às ideias, porque se observam relações positivas
entre M e a escala de Abertura à mudança do PRF e várias facetas da Abertura do NEO,
tais como Fantasia, Estética, Sentimentos e Acções. A parte não convencional da pessoa
M+ aparece na sua relação positiva com a Autonomia do PRF e negativa com Socialização
e Realização de si pela aceitação das normas do CPI.
Também há uma relação negativa com o Auto-controlo e a Socialização do CPI
(assim como com a medida da Orientação positiva para as normas), com a Ordem do PRF e
com várias facetas da dimensão Conscienciosidade do NEO, tais como Competência,
Ordem, Auto-disciplina e Deliberação; aparece uma relação positiva com a escala de
Impulsividade do PRF. Finalmente, há que assinalar a relação negativa com a escala de
Sentido de bem-estar do CPI.
Privacidade (N)
A escala aprecia, no pólo baixo, a tendência para a naturalidade (N-) face a uma
postura fechada e de não abertura (N+). Nesta versão do 16PF-5, aparece relacionada com
a dimensão Extroversão.
A pessoa N+ diz que prefere "não abrir o jogo" em vez de "pôr as cartas na mesa".
No outro pólo, a pessoa N- fala com facilidade sobre si própria. Num caso extremo, a
pessoa N- costuma ser natural em situações em que seria melhor não sê-Io; isto pode
reflectir desinteresse ou medo de adoptar uma postura reservada, tal como sugerem
algumas das relações observadas. Entre estas relações está a relação negativa entre N e
Manipulação da imagem (MI), o que indica que a naturalidade (N-) é o pólo socialmente
desejável.
Atendendo ao conteúdo dos itens, a pessoa N+ prefere guardar os seus problemas
para si própria a discuti-los com os amigos; é-lhe difícil falar sobre assuntos pessoais e
46
afirma que não é fácil alguém tornar-se íntimo dela. No outro pólo, a pessoa N- diz que
costuma falar com facilidade dos seus sentimentos e que não dá respostas evasivas a
questões pessoais.
Dentro do 16PF-5, a escala N+ relaciona-se com a reserva (A-), a timidez (H-) e a
auto-suficiência (Q2+); o peso negativo de N na dimensão de Extroversão aponta para uma
relação entre a Privacidade (N+) e a Introversão, especialmente pelos seus componentes de
timidez, reserva e auto-suficiência.
Esta relação entre a naturalidade (N-) e a Extroversão vê-se corroborada pelas suas
relações com outros instrumentos; com todas as facetas da Extroversão do NEO; com as
escalas V1 (Orientação externa), Sociabilidade, Presença social e Capacidade para adquirir
um estatuto social do CPI. N+ apresenta relações negativas com as escalas de Conforto/dar
e Ajuda/pedir do PRF, assim como com Sentimento do MBTI, o que sugere que a
Privacidade (N+) não se enquadra bem com a união emocional a outra pessoa. A pessoa
fechada (N+) pode desconfiar dos outros, como indica a relação negativa com a faceta A1:
Confiança do NEO, e também pode estar descontente consigo própria, tal como o sugerem
as relações negativas com o índice de Realização pessoal V3 e a escala de Aceitação de si
do CPI.
Apreensão (O)
Uma pessoa com pontuação alta (O+) preocupa-se com as coisas e tem sentimentos
de apreensão e insegurança. Às vezes, estes sentimentos são resposta a uma situação
particular; noutras, esses sentimentos são parte de um padrão característico de conduta que
se manifesta em todas as situações da vida de uma pessoa. A preocupação pode ter
resultados positivos, porque a pessoa pode antecipar os perigos da situação e reconhecer
as consequências de determinados comportamentos, incluindo os interpessoais. Contudo a
pessoa apreensiva (O+) costuma oferecer uma imagem social pobre, tal como mostram as
relações observadas.
No outro pólo, a pessoa com pontuação baixa (O-) costuma mostrar-se segura, nada
predisposta à apreensão nem dominada por sentimentos de inadequação. Este tipo de
pessoa mostra-se confiante e auto-satisfeita; se a sua pontuação é muito baixa, essa
confiança pode ser bastante firme, inclusive em situações que sugeririam uma adequada
auto-avaliação e necessidade de mudança; nestes casos, essa auto-confiança pode vir de
uma recusa dos aspectos negativos do eu.
47
Também há itens de desirabilidade social nesta escala, e é o pólo baixo (O-) que
mais corresponde aos comportamentos socialmente desejáveis.
A partir do conteúdo dos seus itens observa-se que a pessoa com pontuação alta é
sensível, preocupa-se demasiado com as coisas que fez, sente-se ferida se os outros não a
aceitam e costuma ser muito autocrítica. A pessoa O- afirma que se preocupa menos que a
maioria, que não se importa de não ser aceite pelos outros nem fica a remoer sobre o que
deveria ter dito mas não disse.
O pólo alto O+ contribui substancialmente para a dimensão Ansiedade, juntamente
com baixa Estabilidade (C-), alta Vigilância (L+) e elevada Tensão (Q4+), ou seja, O+ é um
componente dos estados ansiosos.
Esta presença de O+ na dimensão de Ansiedade revela-se nas suas correlações
com quatro das seis facetas de Neuroticismo do NEO (especialmente Ansiedade, Auto-
conscienciosidade e Depressão). A ideia de que a pessoa O+ possa ser insegura em
situações sociais ou na relação com os outros é confirmada pelas relações negativas que
aparecem com as escalas de Aceitação de si, Independência, Capacidade para adquirir um
estatuto social e Dominância do CPI, com as escalas de Dominância e Exibição do PRF e
com a faceta de Assertividade do NEO. No pólo oposto, os valores O- relacionam-se com as
escalas de Aceitação de si e Sentido de bem-estar do CPI.
Abertura à Mudança (Q1)
A pessoa com pontuação alta (Q1+) costuma pensar na forma de melhorar as coisas
e gosta de fazer experiências; se observa que a realidade não a satisfaz ou é pouco
adequada, orienta-se para a mudança. No entanto a pessoa Q1- prefere as formas
tradicionais e conhecidas de ver as coisas; não se questiona sobre a forma como estão
feitas as coisas e prefere o que é familiar e previsível, ainda que essa forma de viver não
seja a ideal.
De acordo com o conteúdo dos itens, a pessoa Q1+ afirma que gosta mais de tentar
novas formas de fazer as coisas do que de seguir caminhos já conhecidos, que acha mais
interessante as pessoas se os seus pontos de vista forem diferentes dos da maioria, e que o
trabalho que já é familiar e habitual aborrece-a e faz-lhe sono. Pelo contrário, a pessoa Q1-
afirma que o trabalho que lhe é familiar e habitual lhe dá confiança, que no fundo não gosta
das pessoas que são "diferentes" ou originais, e que aqueles que questionam ou alteram
métodos que já são satisfatórios, podem vir a ter mais problemas.
48
Auto-Suficiência (Q2)
Atendendo ao conteúdo dos itens que compõem a escala, a pessoa Q2+ gosta de
fazer planos, sem interrupções nem sugestões de outros, pode passar facilmente uma
manhã inteira sem ter necessidade de falar com ninguém e prefere trabalhar só. A pessoa
Q2- diz que gosta de colaborar com os outros, que gosta dos momentos em que há gente à
sua volta, e que prefere os jogos em que se formam equipas ou se tem um parceiro.
No 16PF-5, uma pontuação baixa nesta escala é parte da dimensão Extroversão ou
orientação para os outros, juntamente com Afabilidade (A+), Animação (F+), Atrevimento
(H+) e o pólo baixo (N-) da Privacidade.
Em relação com outras medidas da personalidade, a Orientação para o grupo (Q2-)
mostra relações com a escala estrutural V1 (uma medida ampla da sociabilidade) do CPI,
com as de Capacidade para adquirir um estatuto social, Sociabilidade e Presença social do
mesmo CPI, com a Afiliação do PRF, a Extroversão do MBTI e quase todas as facetas da
Extroversão do NEO, tais como Calor, Gregariedade, Assertividade, Procura de excitação e
Emoções positivas.
A Auto-suficiência (Q2+) relaciona-se positivamente com a Autonomia do PRF, o que
apoia o elemento individualista da Auto-suficiência. A relação é negativa, com as escalas de
Conforto/dar e Ajuda/pedir do PRF, com a Empatia do CPI e com a faceta A3: Altruísmo do
NEO. Este padrão de relações sugere que a pessoa Q2+ não dá a importância adequada
aos contactos afectivos com os outros. Finalmente, o pólo alto (Q2+) da escala relaciona-se
negativamente com as escalas de Sentido de bem-estar e Aceitação de si e apresenta uma
correlação modesta mas significativa com três facetas de Neuroticismo do NEO (Hostilidade,
Depressão e Auto-conscienciosidade); estas características poderiam aparecer em
pontuações extremas de Q2+.
Perfeccionismo (Q3)
A pessoa com pontuação alta (Q3+) quer fazer bem as coisas; costuma ser
organizada, ter as suas coisas nos lugares adequados e fazer planos. Provavelmente gosta
e sente-se confortável em situações organizadas e previsíveis, e pode sentir como difíceis
as que não pode prever. No extremo pode chegar a ser inflexível.
Em contraste, uma pessoa Q3- tende a deixar as coisas ao acaso e sente-se mais
confortável numa situação sem muita ordem; contudo, esta pessoa Q3- pode ser
considerada preguiçosa, desorganizada e com falta de preparação. Em geral, não tem uma
clara motivação para se comportar de forma planeada e organizada, especialmente se isso
50
Tensão (Q4)
A escala está associada com a tensão nervosa. Uma pessoa Q4+ costuma
manifestar uma energia incansável e mostrar-se intranquila quando tem que esperar. Ainda
que um certo grau de tensão possa orientar efectivamente e mover para a acção, quando
51
esta é elevada pode chegar a atingir a impaciência e a irritabilidade. As relações com outras
medidas da personalidade sugerem a possibilidade de que uma tensão elevada pode às
vezes perturbar o auto-controlo ou impedir uma acção eficaz.
É possível que o profissional que lida com pessoas sinta necessidade de controlar a
fonte de tensão quando aparecem pontuações elevadas no perfil, já que estas podem
reflectir uma tensão característica da pessoa ou específica da situação concreta.
A pessoa com pontuação baixa (Q4-) costuma sentir-se relaxada e tranquila; é
paciente e não se frustra com facilidade; no extremo, esse baixo nível de energia pode levá-
Ia a perder motivação; ou seja, sente-se confortável e não empreende a mudança.
A desirabilidade social pode afectar os resultados da escala Q4. Como estes itens
são bastante “transparentes” em relação à variável medida, podem ser afectados pelo estilo
de resposta, e o sujeito responde de um modo favorável (Q4-) ou desfavorável (Q4+),
segundo a situação de exame. Na realidade, a correlação com a Manipulação de imagem
(MI) é a mais elevada no 16PF-5.
De acordo com o conteúdo dos itens, a pessoa Q4+ sente-se frustrada com os outros
demasiado rapidamente, fica incomodada e irritada se os seus planos, cuidadosamente
elaborados, tiverem de ser alterados por causa de outras pessoas, e sente-se intranquila e
nervosa quando, por algum motivo, tem que esperar longamente pela sua vez. Pelo
contrário, a pessoa Q4- não se incomoda se alguém a interrompe quando está a tentar fazer
algo, é-lhe fácil ser paciente com os outros, e não fica intranquila nem nervosa quando tem
que esperar longamente pela sua vez, por algum motivo.
No conjunto das escalas do 16PF-5, a escala Q4+ é a que mais contribui para a
dimensão global de Ansiedade, juntamente com o pólo baixo (C-) da Estabilidade, a
Vigilância (L+) e a Apreensão (O+).
A escala está relacionada com várias facetas de Neuroticismo do NEO, tais como
Ansiedade, Hostilidade, Depressão e Impulsividade: estas correlações reforçam o lugar que
a Tensão ocupa na dimensão Ansiedade. A correlação negativa com Auto-controlo do CPI e
a positiva com N5: impulsividade do NEO sugerem que uma tensão extrema pode interferir
no auto-controlo.
A afirmação de que a Tensão (Q4+) pode impedir uma acção eficaz tem suporte na
correlação negativa com a faceta O4: Acções do NEO e com as escalas Tendência intuitiva,
Empatia, Tolerância e Realização de si pela independência do CPI.
Com base na correlação de Q4+ com Agressão e Defensividade do PRF e com N2:
Hostilidade do NEO, pode sugerir-se a hipótese da tensão implicada em Q4 ser afim do
impulso de “lutar ou fugir”. A escala Q4 também se correlaciona negativamente com a de
Boa impressão do CPI, reforçando a relação com desirabilidade social referida num
parágrafo anterior.
52
5.TABELAS DE NORMAS
ESCALAS PRIMÁRIAS
SEXO MASCULINO
PC A B C E F G H I L M N O Q1 Q2 Q3 Q4 DC
99 21-22 14-15 16-22 20 20-22 26-28 18-20 10
95 - - - - - - 20 - - 16 19 19 23-24 - - 9
84 16 11 18 17 - - 17 12 16 - - - - - - 15-16 7
80 15 - 17 - 16 18 - 11 15 11-12 - 16 20 8 - - 7
69 14 10 - - - - - 10 13 - - - - - 17 - 6
60 - 9 15 15 14 15 - 9 - - 14 - 17-18 5 16 11 6
55 - - - - 13 - 11-12 - 12 8 13 12 - - 15 - 6
53
50 12 - - - - - - - - 7 - 11 - - - 9-10 5
45 11 - 14 - - 14 10 8 11 - 12 - 15-16 3-4 - - 5
40 - 8 13 14 12 13 9 7 - 6 11 9-10 - - 13-14 - 5
35 - - - 13 11 - 8 - 10 5 - - - - - 7-8 5
25 - - 12 - 10 - 6 6 - 4 - - 13 - - 5-6 4
16 - - - - - - - - - - 8 - 12 - 9 - 4
N 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 196 N
Méd 11,52 8,14 13,68 13,80 12,09 13,71 10,60 7,91 11,06 7,41 11,90 11,16 15,93 4,96 13,76 9,66 Méd
D.P 4,13 2,61 3,73 3,25 4,06 4,42 5,75 3,58 4,23 4,87 4,68 4,96 4,40 4,48 4,85 5,18 D.P
ESCALAS PRIMÁRIAS
SEXO FEMININO
PC A B C E F G H I L M N O Q1 Q2 Q3 Q4 DC
99 13-15 20 21-22 26-28 17-20 10
95 21 12 20 - 19 - 21 - - - - 13-14 19 9
84 20 - - 17-18 17 - - 20 16 12 - 18 - 7-8 - - 7
75 - 10 17-18 - - 17-18 17 - - - - - - 6 - 14 7
69 - - - - 16 - - 18 14 10 14 - 20 5 18 13 6
65 - 9 16 15-16 15 - 16 17 13 9 13 15-16 19 - 17 - 6
60 - - 15 - - 16 15 - - 7-8 - - - 4 - - 6
55 17-18 - - - - 15 14 - - - 12 - - 3 - 11-12 6
50 - 8 - - 13-14 - 13 15-16 12 6 11 14 18 - 16 - 5
54
45 - - 14 - - - 11-12 - 11 5 10 13 17 - 15 9-10 5
40 - - 13 14 - 13-14 9-10 - - - 9 - - 2 - - 5
35 16 - - 13 12 - - 14 10 3-4 - 11-12 - 1 14 8 5
31 15 7 12 - 11 12 7-8 13 9 - 8 - 15-16 - 13 7 4
25 - - 11 - - 11 6 12 - - 7 10 - - 11-12 6 4
20 - 6 - 11-12 10 10 5 11 7-8 2 - 9 14 - - 5 4
16 - - 10 - 9 - - - - - 6 - 13 - - - 4
7 - - - 8 7 7 - 7-8 4 - 4 - - - 7-8 - 2
5 9-10 4 3-6 5-7 5-6 5-6 - 5-6 3 - 3 3-4 9-10 - 5-6 1-2 2
1 0-8 0-3 0-2 0-4 0-4 0-2 0 0-4 0-2 0 0-2 0-2 0-6 0 0-2 0 1
N 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 246 N
Méd 16,31 7,78 13,59 13,70 13,07 13,97 11,43 14,77 11,17 6,70 10,73 12,85 17,35 3,84 14,58 10,33 Méd
D.P 3,35 2,43 4,36 3,45 3,93 4,50 6,43 4,46 4,40 5,40 4,87 4,78 4,36 4,49 4,36 5,31 D.P
ESCALAS PRIMÁRIAS
AMBOS OS SEXOS
PC A B C E F G H I L M N O Q1 Q2 Q3 Q4 DC
99 14-15 20 20 21-22 26-28 17-20 10
95 - - 19-20 - - - - - - 19 20 24 - - 9
84 - 11 - 17 - - 18 18 16 12 - 17-18 21 - - 16 7
80 - - 17-18 - - - 17 17 15 11 16 - - 7-8 - 15 7
75 18 10 - - 16 17-18 - 16 - - 15 16 20 - - 14 7
69 17 - - - 15 - 16 15 14 10 - 15 19 6 18 13 6
65 - - 16 16 - - 15 - 13 9 14 - - 5 17 - 6
60 - 9 15 15 - 15-16 14 13-14 - - 13 - - - - 12 6
50 - - - - 13 - 11-12 11-12 12 - 12 - 17 3 15 10 5
55
45 - 8 14 - - 14 - - 11 6 11 12 - - - 9 5
40 13-14 - 13 14 12 13 9-10 10 - 5 10 11 16 - 14 - 5
35 - - - 13 11 - - 9 10 - 9 - 15 - 13 8 5
20 - 6 - 11-12 9 10 5 - 7-8 - - 8 13 - - - 4
16 10 - - - - - - - - - - 7 - - - - 4
7 - - 7 - - 7-8 - - - - 4 - 10 - 6 - 2
5 5-7 4 5-6 6-8 5-6 5-6 - 3-4 3-4 - 3 3-4 9 - 4-5 1-2 2
1 0-4 0-3 0-2 0-4 0-2 0-2 0 0-1 0-2 0 0-2 0 0-6 0 0-2 0 1
N 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 442 N
Méd 14,19 7,94 13,63 13,74 12,64 13,86 11,06 11,73 11,12 7,02 11,25 12,10 16,72 4,33 14,21 10,03 Méd
D.P 4,41 2,52 4,09 3,36 4,01 4,46 6,15 5,33 4,32 5,18 4,82 4,93 4,43 4,51 4,59 5,26 D.P
ESTILOS DE RESPOSTA
AMBOS OS SEXOS
65-66 93
67 95
68-70 97
71 98
72-85 99