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Universidade Federal do Oeste da Bahia

Acadêmica: Daniela Alves de Lima


Disciplina: Política, Planejamento e Gestão de Saneamento
Docente: Maiara Macêdo

RESENHA CRÍTICA FILME “A GUERRA DE ÁGUA”

“A guerra da água” é um filme documentário disponibilizado em


2015 sobre o movimento popular que ocorreu em Cochabamba na Bolívia
no ano 2000. Este movimento foi desencadeado devido uma decisão
governamental unilateral que entregava as concessões referentes ao
abastecimento de água até então pertencentes a uma companhia estatal
para uma transnacional de iniciativa privada. A empresa Águas de Tunari
ficou responsável por todos os processos referentes ao abastecimento de
água e elevou as tarifas em até 300% o que acarretou a mobilização
popular contra a decisão antidemocrática.
O desencadeamento da mobilização iniciou-se após de lei boliviana
ser aprovada de forma abrupta que permitia o “investimento” de empresas
privadas no país. Esta legislação foi aprovada com a intenção de entregar
à transnacional todo o direito pela água e gerir como bem entendesse e
com isso, cobrar de forma abusiva. Logo após a aprovação da legislação
a Águas de Tunari tornou-se a administradora do sistema de
abastecimento de água e implantou sua política.
Num marco histórico a população cochabambina organizou-se de
forma a agregar tanto os moradores das zonas rurais e urbanas e através
de movimentos populares que não só foi as vias de fato na guerra contra
os desmandos governamentais, como também criou órgãos responsáveis
por representá-los politicamente.
A guerra da água mostrou a soberania do povo em busca da
democracia em sua plenitude. A água é um recurso natural indispensável
para a vida humana e a legislação em torno da mesma deve ser suficiente
para dar direito a todos os cidadãos de forma que não haja abusos, bem
como vista grossa. É necessário o equilíbrio e o movimento popular
mostrou como uma sociedade civil deve agir em luta a intolerância e
entreguismo governamental para o reestabelecimento da balança.
Viu-se inclusive na cidade de Correntina – BA a mobilização
popular, claro que em menores proporções de impactos, mas tão
importante quanto, de como é indispensável a participação popular em
questões sobre recursos hídricos (e demais temáticas sobre o bem
público). Afinal, quando o Estado falha é dever da população não ser
conivente e passiva. O atual governo brasileiro possui tendências
privatizadoras que podem levar a facilitação de empreendimentos
privados se ligarem ao comando dos sistemas de saneamento do país.
Sabe-se que a iniciativa privada só busca o lucro e consequentemente as
cidades que não oferecem margem de capital não despertarão interesse
aos olhos destas companhias e serão marginalizadas e esquecidas e os
seus moradores, que certamente compõe a parcela mais pobre da
população brasileira, serão duramente penalizados.
Com isso, faz-se necessária a reflexão de que rumo está se
tomando como população brasileira e procurar ver como um movimento
em um país latino-americano pode ser referência em busca de nossas
próprias conquistas como povo democrático.

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