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Contexto atual
Porque a paróquia diminuio a sua atuação no cotidiano das pessoas?
Mudança de época
São tempos em que se constatam avanços e conquistas no mundo da técnica e da ciência, que
proporcionam conforto e bem estar. Há avanços na sociedade: promoção da mulher,
valorização da minorias étnicas, destaque à justiça, à paz e à ecologia, a consciência da
importância dos movimentos sociais e dos direitos à educação e à saúde, iniciativas para a
superação da miséria e da fome.
Ler Número 13. “Difunde-se a noção de que a pessoa livre a autônoma precisa se libertar da
família, da religião e da sociedade.”
JULGAR:
“Para que a paróquia conheça uma conversão pastoral, é preciso que se volte às fontes
bíblicas, revisitando o contexto e as circunstancias nas quais o Senhor estabeleceu a Igreja”
(n.62)
A comunidade de Israel:
No antigo Israel, a comunidade era firmada pela Aliança com Deus, determinando a vida
familiar, comunitária e social. Na palavra de Deus encontrava-se o fundamento da adoração a
Deus e da promoção da Justiça (n.63)
As famílias de Israel se reuniam como comunidade religiosa e social (n.64).
Jesus: o Novo modo de ser pastor
O agir de Jesus revelava um novo jeito de cuidar das pessoas, Ele é o Bom Pastor.
(cf.Jo 10,11).Cuidado especial para com os doentes lançando-lhes um novo olhar. Não excluía
ninguém do anuncio da boa nova e foi ao encontro de todos. O seu ensinamento era
interativo, pois levava as pessoas a participarem da descoberta da verdade. (n.67-70)
Jesus apresentou quatro recomendações para a missão dos discípulos: uma nova
forma de ser e agir numa sociedade marcada por muitos contrastes:
a) Hospitalidade: a atitude do missionário devia provocar o gesto comunitário da
hospitalidade.
b) Partilha: conviver como de maneira estável como membros da comunidade que lhes davam
sustento (Lc 10,7)
c) Comunhão de mesa: deviam comer o que o povo lhe oferecesse, Para os discípulos de Jesus,
o valos comunitário da convivência fraterna prevalecia sobre a observância de normas e
rituais.
d)Acolhida aos excluídos.
As primeiras comunidades:
Partindo de Jerusalém os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de
cada cristão se define como filiação divina. Essa se dá no Espírito Santo pela relação entre fé e
batismo.
A perseverança na doutrina dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão
e nas orações unia os seguidores de Jesus na mesma família e estreitava sempre mais seu
vínculo com Cristo e com os irmãos. N.77-81
Comunhão: A resposta da comunidade ao dom do Pai, que é a comunhão no Corpo e
Sangue de Senhor, se realiza no comportamento ético e no compromisso com todos os
sofredores da história.
A partilha: A partilha não era imposta pelos apóstolos, mas expressão natural do
amor a Cristo e aos irmãos. Isso implica numa nova forma de entender até mesmo o dízimo. O
dom material é sinal visível da profunda relação das pessoas e da comunidade com a Trindade.
A iniciação cristã
Antes dos sacramentos o candidato passava por um processo que lhe permitia
mergulhar no mistério de Cristo
O querígma onde o candidato deveria receber Jesus, pela fé acolher Cristo como seu
Salvador (pré-catecumenato) depois havia o catecumenato.
A missão
A missão era sustentada especialmente por casais: Prisca e Áquila (Rm 16, 3-5);
Andrônico e Júlia (Rm 16, 7) Evódia e Síntique (Fl 4,2) o carisma das mulheres é fundamental
para entender a obra missionária das origens.
A esperança
A ressurreição de Jesus é o anúncio central da comunidade que deve viver e
testemunhar a mensagem pascal.
O elemento fundamental para compreender a vida dos primeiros cristãos e sua
esperança na vinda de Jesus cisto no fim dos tempos.
A comunidade faz a experiência de reunir os herdeiros do reino.
O Cristão é peregrino, são seguidores do Caminho (At 16, 17) onde a própria
comunidade é integrada por estrangeiros (Ef 2, 19), os que estão de passagem (1 Pd 1,7),
imigrantes (1 Pd 2,11) peregrinos (Hb 11, 13). O cristo é caminheiro. Ele segue o caminho da
salvação.(N.97).
A igreja – Comunidade
Paulo faz da casa a estrutura fundamental das Igrejas por ele fundadas. a liturgia era
celebrada nas casas. (Rm 16, 5; At 11, 22; At 9, 31)
A comunidade cristã foi marcada por poderosas manifestações do Espirito Santo.
Ocorreram fenômenos de curas, profecias e visões, foi marcada pela Experiência da presença
do Espirito Santo.
O Novo testamento não oferece um modelo único de comunidade cristã. Mas
apresenta elementos e critérios comuns para a vivência comunitária da fé cristã nos diferentes
contextos culturais e em épocas distintas.
Na questão sacramental
Foi instituído o fermentum, fragmento do pão consagrado pelo bispo era levado as
comunidades para mergulhar no cálice da missa presidida pelo presbítero.
No Ocidente a crisma é por conta do bispo coroando assim os sacramentos da
iniciação cristã
No século XI com o Papa Gregório VII (1073-1085) a Igreja tentou fazer uma
reforma e voltar às origens e firmar o poder papal diante dos senhores feudais, a Reforma
Gregoriana.
Século XVI O concilio de Trento, estabeleceu o critério de territoriedade e propôs a
criação de novas paroquias para enfrentar o problema do crescimento populacional.
Período em que o catolicismo chega ao Brasil muito marcado pelas ordens religiosas,
onde ficou caracterizado pela intensa participação do leigo em associações, onde há muita
reza e pouca missa, no século XIX. Também no século XIX, com a reforma tridentina, tentou-
separoquizar a capela mas se preservou o catolicismo leigo e popular. O clero insistiu na
formação moral e dogmática da fé. O catolicismo popular sobreviveu sem se alinhar muito à
vida paroquial.
Os fieis, neste contexto veem a paroquia como sendo o lugar para receber
sacramentos e atender às suas necessidades religiosas.
A comunidade paroquial
Não há comunidade cristã que não seja missionária. Se ela esquece a missão, deixa
de cristã. Ao caracterizar a comunidade como perseverante da fração do pão, na comunhão
fraterna, nas orações e no ensinamento dos apóstolos. Toda paróquia é comunidade crista
baseada nessas quatro colunas.
PROPOSIÇÕES PASTORAIS
Capitulo 6 página 127
Sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15, 5). É preciso superar a tentação de uma
postura pastoral que pretende contar apenas com esforços humanos para evangelizar.
É preciso recuperar o primado de Deus e o lugar do Espírito Santo em nossa ação
evangelizadora, pois “nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espirito Santo (n.
243).
Setorizar:
É preciso identificar quem vai pastorear, animar e coordenar as pequenas comunidades.
O protagonismo dos leigos supõe preparar bem os animadores das comunidades.
Será um novo planejamento da paróquia como rede, evitanda a concentração de todas as
atividades na matriz.
O fundamento do comunidade está na Palavra de Deus e na Eucaristia. A Leitura Orante da
bíblia e os círculos Bíblicos são importantes para que a Palavra determine a caminhada do
pequeno grupo.
Acolhida e vida fraterna
A conversão pastoral supõe rever as relações que existem pessoas. Quando a inveja, a fofoca e
os interesses pessoais ferem a unidade da comunidade, a comunhão fica comprometida. Há
quem comunga cristo na eucaristia e despreza o seu irmão de comunidade com palavras
gestos e omissões.
A vida comunitária não está baseada em assumir cargos ou atuar em serviços na paroquia:
trata-se de ser autêntico discípulo de Jesus Cristo. 258
Para acolher a todos é necessário receber cada pessoa na sua condição religiosa e humana
sem colocar, de imediato, obstáculos doutrinais e morais para a chegada.
Iniciação à vida cristã
Pretende-se passar da catequese como mera instrução e adotar a metodologia ou processo
catecumenal,conforme a orientação do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos e do Diretório
Nacional da Catequese.
Só haverá revitalização das comunidades com uma catequese centrada na Palavra de
Deus,expressão maior da animação bíblica da pastoral.A catequese tem de ser impregnada e
embebida de pensamento,espírito e atitudes bíblicas e evangélicas,mediante um contato
assíduo com os próprios textos sagrados.N.270
LEITURA da PALAVRA
Sendo Casa da Palavra, a paróquia há de promover uma nova evangelização. Somente em
comunidade e em comunhão com a Igreja, a pessoa poderá ler a bíblia sem reducionismos
intimistas, fundamentalismos e ideologias. Especial importância adquire a homilia, centrada
nas leituras da bíblia, proclamando na celebração e confrontada com a realidade. Ela precisar
ser breve e capa e falar a linguagem dos homens e das mulheres da cultura atual.
Quem recebe missão de pregar deve evitar discursos genéricos e abstratos, que ocultam a
simplicidade da palavra de DEUS, ou divagações inúteis que ameaçam atrair atenção mais para
o pregador.
Liturgia e espiritualidade
Tanto os ministros ordenados como a equipe de liturgia precisam vivenciar o que celebram.
Algumas celebração não remetem ao mistério e reduzem a liturgia ao encontro das pessoas
É necessário evitar a separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética, celebração e serviço
aos irmãos.
Ler o número 319 e número 324
“325. Em sintonia com a Missão Continental, a Igreja no Brasil poderia elaborar um programa
de conversão pastoral das paróquias no País. Respeitando a pluralidade e propondo uma
pastoral de conjunto, seria importante oferecer instrumentos que possibilitassem às dioceses
a renovação das paróquias em comunidade de comunidades”