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FACULDADE MARTHA FALCÃO – WYDEN

ADMINISTRAÇÃO

FELICITA SOARES MURILHO 152120493

A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:


PRODUTIVIDADE, QUALIDADE E CUSTOS

Manaus – AM
2019

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FELICITA SOARES MURILHO 152120493

A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:


PRODUTIVIDADE, QUALIDADE E CUSTOS

Trabalho apresentado ao curso de


Administração, da Faculdade Martha Falcão –
Wyden, para avaliação e obtenção de nota
parcial na disciplina de Administração da
Produção.

Professor: F. Franco de Moraes Neto

Manaus – AM
2019
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Sumário

1. Introdução............................................................................................................................ 4

2. A Próxima Revolução ......................................................................................................... 5


2.1. Fusão dos mundos físico e virtual................................................................................ 6
2.2. Os nove pilares da indústria 4.0 ................................................................................... 6

3. O futuro da Produtividade e Crescimento nas Indústrias de Manufatura ........................... 8


3.1. Atendendo às novas demandas e definindo novos padrões ......................................... 8
3.2. O que é qualidade 4.0 na era da indústria 4.0? ............................................................ 9
3.3. Mais eficiência e redução de custos na Indústria 4.0 ................................................. 11

4. O Financeiro em um Mundo 4.0 ....................................................................................... 12

5. Conclusão .......................................................................................................................... 13

6. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 14

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1. Introdução
Os avanços tecnológicos provocaram aumentos dramáticos na produtividade
industrial desde o início da Revolução Industrial. As fábricas movidas a vapor no século XIX,
a eletrificação levou à produção em massa no início do século XX, e a automação industrial na
década de 1970 com os primeiros computadores comerciais empregados para controlar grandes
sistemas de automação. Agora, no entanto, estamos no meio de uma quarta onda de avanço
tecnológico: o surgimento da nova tecnologia industrial digital conhecida como Indústria 4.0,
uma transformação que é impulsionada pela combinação de uma série de avanços tecnológicos
fundamentais.
A Indústria 4.0 é um conceito disseminado pelo governo da Alemanha e também
definido como Smart Factory, ou Fábrica Inteligentes, em países como os Estados Unidos,
voltado para estratégias que aliam tecnologia e meios de produção. Esses sistemas inteligentes
estão abrindo novas possibilidades ao longo de toda a cadeia de valor, trazendo redução de
custos, ganhos em eficiência, maior velocidade, estabilidade e qualidade, além de produtos cada
vez mais inteligentes. As máquinas “conversam” com produtos e com outras máquinas, há
“alertas” para tomada de ação e as informações são processadas e distribuídas em tempo real e
em uma velocidade surpreendente.
O ritmo da conectividade está acelerado, mais pessoas e sistemas estão se
conectando à internet, esse aumento na interconectividade através da internet das coisas e
tecnologia da informação não somente afetará cada vez mais as vidas pessoais de cada
indivíduo, como também trará mudanças permanentes para as indústrias e para a forma como
ela fabrica e distribui seus produtos. As empresas que desejam colocar a Indústria 4.0 em
prática, deve ter conhecimento das mudanças estruturais necessárias e, principalmente,
mudança na forma como a empresa faz a gestão dos seus dados, deve estar comprometida em
criar uma nova cultura orientada para o digital, onde a análise de dados será a protagonista do
negócio.
O cenário muda constantemente, os novos desafios que surgem não podem ser
resolvidos com velhas respostas. Atualmente, o ambiente de negócios é caracterizado por
mercados voláteis, pelas necessidades individuais de cada cliente, que precisa encurtar prazos
de entrega e ciclo de vida dos produtos, além de contar com a necessidade de fornecer serviço
global 24/7, ou seja, “o tempo todo”. Nesse novo cenário de inovações, as fusão de tecnologias
integra um campo completamente novo, caracterizada pela descentralização, interoperabilidade
e virtualização, a fim de poupar tempo, permitir decisões assertivas e reduzir a quantidade de
erros, a Indústria 4.0 é um termo que não viabiliza uma tecnologia em específico, é somente
uma base para englobar as várias mudanças que ocorreram e ainda ocorrem no panorama
industrial.

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2. A Próxima Revolução
A Primeira Revolução Industrial ocorreu no final do século XVIII e introduziu
plantas de produção mecânica impulsionada por água e vapor, aumentando a produtividade
conforme os trabalhos a mão eram centralizados e mecanizados. No início do século XX
introduziu-se a divisão de trabalho e a produção em massa, esta Segunda Revolução Industrial
traz a fabricação em escala, gerando milhões de produtos idênticos. Durante o início dos anos
1970, a indústria transformou-se novamente, a Terceira Revolução Industrial surgiu quando a
eletrônica digital substituiu a analógica, é inaugurado a Era da Informação e o uso de
Tecnologia da Informação para automatizar a produção.
Estamos diante de uma quarta revolução industrial, assim como os três primeiros,
este promete virar a indústria de cabeça para baixo. Hoje, onde o Big Data, Inteligência
Artificial, carros autônomos e outros instrumentos tecnológicos conquistam manchetes, essa
quarta grande mudança está ganhando ritmo. Desde o lançamento do primeiro Iphone há mais
de dez anos pela Apple, o custo dos sensores caiu pela metade, os custos de infraestrutura em
nuvem caíram 20 vezes e os custos de Largura de Banda caíram 40 vezes. Á medida que as
linhas de produção tradicionais se fundem com tecnologias de ponta, as linhas das fábricas se
tornam mais inteligentes e as plantas de produção diminuem.
A Indústria 4.0 vai além da automação e digitalização, o que separa a Indústria 4.0
dos avanços tecnológicos do passado é a ênfase na integração sobre o isolamento. A Indústria
4.0 se manifesta através de nove tecnologias, não mais em uma única invenção, como a energia
a vapor ou a eletricidade, o objetivo é criar um fluxo de produção integrado, automatizado e
otimizado com os pilares da Quarta Revolução Industrial na Figura 1.
Figura 1: Nove tendências na Indústria 4.0

Fonte: Especialistas do BCG (The Boston Consulting Group)

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Muitos dos nove avanços em tecnologia que formam a base da Indústria 4.0 já são
usados na manufatura, mas com a Indústria 4.0, eles transformarão a produção: partes isoladas
e otimizadas se unirão como um fluxo de produção totalmente integrado, automatizado e
otimizado, com mais eficiência e mudando as relações tradicionais de produção entre
fornecedores, produtores e clientes, assim como entre humanos e máquinas.

2.1. Fusão dos mundos físico e virtual


Com a integração de software e hardware em todo o fluxo de trabalho de produção,
as empresas industriais estão começando a digitalizar a produção. Os mundos físico e virtual
da produção industrial estão se fundindo e estabelecendo as bases para a 4º Revolução Industrial
(Smart Manufacturing, Industry 4.0). As empresas estão consolidando seus sistemas de
desenvolvimento de produtos, produção, logística e negócios.
A Indústria 4.0 com certeza é impulsionada por redes e pela internet. Soluções
individuais prévias e sistemas baseados em software formam uma rede de elementos de
comunicação recíproca. Os dados de toda a cadeia de processos de produção, incluindo dados
de produtos, clientes e pedidos, são interligados nesses sistemas Ciber-físicos, ou syber-
physical (CPS), desde o planejamento de capacidade e logística de produção, passando pela
produção, até o controle de qualidade.
Adaptar-se as tecnologias que movem a Indústria 4.0 não é importante apenas para
que a empresa esteja à frente da concorrência, mas também para que o país não ocupe posição
de atraso em relação a outras potências. Os benefícios oriundos da fusão entre as tecnologias
da Indústria 4.0 são essenciais para que as organizações se mantenham forte no mercado.

2.2. Os nove pilares da indústria 4.0


Uma das tecnologias que vem sendo usada há alguns anos pelas organizações é o
Big Data Analytics como ferramenta de apoio estratégico. Seu objetivo é melhorar os processos
de trabalho e adquirir insights valiosos acerca das tendências de mercado, comportamento dos
consumidores e suas expectativas. Todos os indicativos gerados pelo Big Data representam
possibilidades de tomadas precisas de decisão e antecipação à concorrência.
Big Data Analytics é o trabalho analítico e inteligente de grandes volumes de
dados, sendo coletados, armazenados e interpretados por softwares de altíssimo desempenho,
há também um cruzamento de dados do ambiente interno e externo em tempos de
processamento extremamente reduzido a tomada de decisão.
Ao extrair e combinar resultados de fontes que as ferramentas de Big Data
Analytics é possível saber quais os produtos mais procurados em determinada região, identificar
profundamente o perfil do consumidor, apontar caminhos diferentes e mais eficientes daqueles
percorridos pela concorrência, desenvolvimento de produtos que realmente atendem o
consumidor, ajudar a equipe de marketing a analisar os dados gerados pelas ações e campanhas,
além de identificar sinais de consumidores prestes a desistir do serviço, dando tempo para ação
da empresa, e essas são somente algumas vantagens.
Na fase de engenharia, as simulações de produtos em 3D já são usadas, mas a
tendência é que no futuro, seja usada mais extensivamente nas plantas de produções. As
simulações alavancarão dados em tempo real para espelhar o mundo físico em um modelo
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virtual, que pode incluir máquinas, produtos e seres humanos. Isso permite que os operadores
testem e otimizem as configurações da máquina para o próximo produto no mundo virtual antes
da troca física, reduzindo assim os tempos de configuração da máquina e aumentando a
qualidade.
Com a Indústria 4.0, as empresas, departamentos e funções são totalmente
integradas à medida que as redes universais de integração de dados entre empresas evoluírem
e permitirem cadeias de valor verdadeiramente automatizadas, é a chamada Integração Vertical
e Horizontal, ou Horizontal and Vertical System Integration.
A Internet das Coisas Industrial, ou Industrial Internet of Things (IIoT) são
dispositivos que variam de minúsculos sensores ambientais a complexos robôs industriais,
podendo criar eficiências operacionais revolucionárias e apresentar modelos de negócios
completamente novos. A IIoT pode ser aplicadas em diversos setores, como produção, cadeia
de suprimentos, gerenciamento de instalações, assistência médica, varejo e outros.
A Cybersecurity, ou segurança dos dados, tornou-se extremamente importante com
a chegada da Indústria 4.0, é uma parte da Segurança da Informação que envolve processos,
pessoas e tecnologia com o intuito de garantir integridade, confiabilidade e disponibilidade de
recursos de tecnologia da informação, tornando-se um investimento primordial, pois, permite
respostas rápidas e eficazes as possíveis ameaças.
A nuvem, ou Cloud, chegou para revolucionar completamente o modo como se
usa a computação e armazenamento de dados. É cada vez mais exigido um maior
compartilhamento de dados e, ao mesmo tempo, é exigido maior desempenho das tecnologias
de nuvem, com melhores otimização no tempo de reação, pois, os dados precisam ser
armazenados com cada vez mais rapidez e, principalmente, segurança.
No futuro os robôs serão substituídos por cobots, acrônimo em inglês de Robôs
Colaborativos (Collaborative Robots), são máquinas que colaboram perfeitamente com outros
robôs e interagem com humanos para realização de trabalhos compartilhados, não substitui
determinada mão-de-obra, mas potencializa, tendo como principal diferencia alguns sensores
que fazem com que a interação robô-humano aconteça de forma segura e controlada. Esses
robôs avançados, ou Advanced Robots, também podem trabalhar de forma autônoma, flexível
e cooperativa, custarão menos e terão uma gama maior de recursos do que os usados atualmente.
Com o advento da Indústria 4.0, as indústrias demandam cada vez mais rapidez e
eficiência no processamento, visualização e interpretação das grandes quantidades de dados que
são gerados a todos instante. A Realidade Aumentada, ou Augmented Reality, permite a
visualização tridimensional dos dados coletados, através de um ambiente completamente virtual
ou através da sobreposição do ambiente real com imagens virtuais. Esses sistemas estão
atualmente em sua forma embrionária, mas no futuro, as empresas usarão muito mais, para
fornecer aos funcionários as informações necessárias em tempo real, melhorando a tomada de
decisão e os procedimentos de trabalho.

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3. O futuro da Produtividade e Crescimento nas Indústrias de
Manufatura
As próximas ondas de fabricação afetarão toda a cadeia de valor dos produtores,
desde o design até os serviços de pós-vendas. Os processos de produção serão otimizados por
meio de sistemas de TI integrados, o resultando é a transformação das unidades isoladas de
fabricação atuais sendo substituídas por linhas de produção integradas e totalmente
automatizadas ao longo da cadeia de valor.
Os processos de fabricação aumentarão a flexibilidade e permitirão a produção
econômica de pequenos lotes. Robôs, máquinas inteligentes e produtos inteligentes que
comunicam entre si e tomam decisões autônomas serão os fornecedores dessa flexibilidade.
Esses processos serão aprimorados por meio de equipamentos de aprendizado e auto otimização
que, por exemplo, ajustarão seus próprios parâmetros conforme detectarem determinadas
propriedades do produto inacabado.
Os produtos, processos de produção e automação serão projetados e definidos
virtualmente em um processo integrado, juntamente com a colaboração de fornecedores. A
logística será automatizada, usando veículos autônomos e robôs, sendo ajustados
automaticamente às necessidades de produção.
O Indústria 4.0 permite uma resposta mais rápida às necessidades do cliente do que
é possível hoje. Melhora a flexibilidade, velocidade, produtividade e qualidade do processo de
produção, estabelecendo as bases para a adoção de novos modelos de negócios, processos de
produção e outras inovações, isso permitirá um novo nível de customização em massa à medida
que mais negócios investirem em tecnologias da Indústria 4.0 para aprimorar e personalizar
suas ofertas ao mercado.

3.1. Atendendo às novas demandas e definindo novos padrões


Como os fabricantes exigem a maior conectividade e interação de máquinas e
sistemas com capacidade para Indústria 4.0 em suas fábricas, os fornecedores de sistemas de
manufatura terão que expandir o papel da Tecnologia da Informação (TI) em seus produtos. As
alterações provavelmente incluirão uma maior modularização da funcionalidade com
implantações na nuvem e em dispositivos compartilhados. Com o aumento da funcionalidade
geral e complexidade dos sistemas, surge a necessidade de uma maior distribuição da tomada
de decisão. Além disso, portais on-line para download de software e relacionamentos de
parceiros colaborativos podem oferecer configurações de equipamentos mais flexíveis e
adaptáveis. As arquiteturas de automação também evoluirão para diferentes casos de uso. Os
fornecedores terão que se preparar para esses vários cenários e apoiar essas mudanças.
Os fornecedores de automação industrial e a maioria dos fabricantes de
ferramentas mecânicas, criaram capacidades significativas de desenvolvimento de software,
mas a indústria 4.0 exigirá ainda mais. Além disso, esses fornecedores terão que competir com
os profissionais de TI que estão migrando para o crescente mercado de aplicativos relacionados
a produção e serviços baseados em dados.
A crescente interconectividade de máquinas, produtos, peças e seres humanos
também exigirá novos padrões internacionais que definam a interação desses elementos na
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fábrica digital do futuro. Esforços para desenvolver esses padrões estão em desenvolvimento,
mas estão sendo impulsionados por organismos de padronização tradicionais e consórcios
emergentes. O Plattform Industrie 4.0, da Alemanha, foi o primeiro impulsionador, mas o
Consórcio Industrial de Internet (IIC), com sede em U.S., fundado em março de 2014 por
empresas de manufatura, Internet, TI e telecomunicações, tornou-se uma alternativa
proeminente. Posteriormente, um novo órgão, o Dialogplattform Industrie 4.0, foi formado na
Alemanha para neutralizar a forte posição da CII. Várias outras organizações de padronização
têm ambições no campo. Escolher estrategicamente a participação nesses e em outros órgãos e
moldar ativamente a agenda de padronização será fundamental para os fornecedores de sistemas
de produção.
Os fornecedores de sistemas de manufatura precisam compreender como podem
empregar tecnologias em novos casos de uso para oferecer os maiores benefícios aos seus
clientes. Essas tecnologias podem ser aproveitadas para diferentes ofertas no mercado, como o
aprimoramento de sistemas incorporados e automação de rede, o desenvolvimento de novos
produtos de software e a entrega de novos serviços, como serviços orientados por análise.
Algumas das características para tender os mercados inseridos na Indústria 4.0 são os seguintes:
▪ Definição de qual modelo de negócios aproveitar para suas ofertas aprimoradas
ou novas;
▪ Construção da base tecnológica, como a base de ferramentas para análise;
▪ Construção da estrutura e os recursos certos da organização;
▪ Desenvolvimento de parcerias essenciais no mundo digital;
▪ Participar e moldar a padronização tecnológica.
Paralelamente, os fornecedores de sistemas precisam construir uma visão baseada
em cenários da evolução de longo prazo do setor e garantir que sua estratégia os prepare para
os cenários mais prováveis.
A Indústria 4.0 é capaz de levar a desafios mais significativos. A concorrência
generalizada pode aumentar ainda mais o crescimento econômico e a lucratividade para o setor.
Não se concentra apenas nas novas tecnologias, mas nas noções básicas de missão, visão e
valores mudarão para a direção da indústria, especialmente na indústria de manufatura.
Para acompanhar e moldar ativamente a transformação, produtores e fornecedores
de sistemas devem tomar medidas decisivas para abraçar os nove pilares do avanço tecnológico.
Eles também devem abordar a necessidade de adaptar a infraestrutura e a educação adequada
ao cenário atual.

3.2. O que é qualidade 4.0 na era da indústria 4.0?


Para garantir a competitividade e a sustentabilidade econômica, a qualidade dos
produtos, serviços e processos do fabricante ou da empresa é vital para a indústria atual. A
definição de qualidade depende das pessoas que a definem e, com base na American Society of
Quality, ou Sociedade Americana de Qualidade, define-se como “a totalidade de características
e características de um produto ou serviço que sustenta sua capacidade de satisfazer
necessidades implícitas declaradas”. No entanto, existem diferentes conceitos de gestão de
qualidade.

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As especificações de qualidade nunca cobrirão exatamente toda a qualidade que é
relevante para o usuário final (Figura 2). A qualidade relevante, que é coberta pelas
especificações, é rotulada como qualidade crucial, porque é crucial realizar esse tipo de
qualidade no produto ou serviço. No caso de não cumprimento, a aclamação seria justificada
formalmente e, porque o usuário realmente precisa dessa qualidade para o seu propósito. A
qualidade relevante que não é especificada é chamada de qualidade de serviço, porque essa
qualidade deve ser fornecida como um serviço para que as necessidades do usuário final sejam
satisfeitas.
Figura 2: As especificações de qualidade nunca cobrem exatamente toda a
qualidade relevante

Fonte: 3rd International conference on Quality of Life. November 2018.

Com o surgimento da 4ª revolução industrial, a gestão da qualidade avançou


através do uso de eletrônicos inteligentes que estão interligados em uma rede interna ou externa
de dados (IIoT) que pode ser controlada automaticamente sem a introdução da intervenção
humana (IoS). Isso de certa forma impactou as abordagens de gestão da qualidade de forma
positiva e negativa. A qualidade 4.0 combina novas tecnologias com métodos tradicionais de
qualidade para chegar a novas soluções em excelência operacional, desempenho e inovação.
As principais tendências na melhoria da qualidade incluem adoção mais ampla de
Metodologias Lean e Six Sigma para obter maior eficiência em processos que vão desde o
faturamento até a fabricação. Do ponto de vista da gestão da qualidade total, as tendências
incluem a adoção mais ampla de princípios de gestão da qualidade em todos os setores e uma
importância cada vez maior colocada na sustentabilidade. Cada uma dessas tendências reflete
o crescente reconhecimento de que o termo "qualidade" não descreve as responsabilidades de
um único departamento. Os conceitos de gestão da qualidade devem aplicar-se a tudo o que
toda empresa faz.
Em um artigo recente sobre a Quality Digest, Dan Jacob diz que “a qualidade 4.0
é a aplicação dessas tecnologias da Indústria 4.0 à qualidade, mas não é realmente uma história
sobre tecnologia. É sobre como essa tecnologia melhora a cultura, a colaboração, a competência
e a liderança”. A análise e a automação formam a plataforma tecnológica subjacente à
Qualidade 4.0, mas os resultados reais da implementação da tecnologia podem revelar novas
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oportunidades de negócios. Assim, conectividade e colaboração sem precedentes entre
fornecedores podem, potencialmente, permitir que um fabricante evolua de um modelo de
negócios baseado em produto para um modelo de negócio baseado em serviços.
Enquanto a Indústria 4.0 é um conceito amplo, a Qualidade 4.0 é a aplicação real
dos conceitos da Indústria 4.0. Profissionais da qualidade sabem como é difícil identificar as
causas-raiz das não-conformidades. A qualidade 4.0 não substituirá a maneira como você
gerencia a qualidade, mas dará novas maneiras de resolver problemas antigos por meio de
automação e inteligência em tempo real.
De uma perspectiva diferente, os consumidores sempre serão o juiz final da
qualidade. A Qualidade 4.0 oferece à sua empresa uma oportunidade indispensável para integrar
as mídias sociais para identificar falhas de qualidade. Os consumidores nem sempre fazem
reclamações quando surgem defeitos. Muitas vezes, os consumidores levam suas queixas para
as mídias sociais em vez de apresentar uma queixa oficial ou simplesmente deixam de ser
consumidores de determinado produto.

3.3. Mais eficiência e redução de custos na Indústria 4.0


Implantação de tecnologias para acompanhar a Indústria 4.0, demanda um grande
investimento, afinal, trata-se de rever processos, mudar culturas organizacionais e modernizar
máquinas e sistemas. No entanto, a grande vantagem dessa transformação está, justamente, na
redução de custos, além disso, através das tecnologias propostas pela Indústria 4.0, é possível
tornar os processos mais autônomos, ágeis e produtivos, tornando alto investimento inicial,
extremamente compensatório.
De acordo com uma pesquisa global da Price Waterhouse Coopers (PWC), 86%
das indústrias esperam reduzir custos e aumentar receitas até 2021. Daquelas empresas que já
adotam o modelo de indústria 4.0, 35% esperam delas, nesse mesmo período, ganhos acima dos
20%. As estimativas só devem crescer conforme o tempo, já que, hoje, novas tecnologias
conseguem reduzir o Custo Total de Propriedade (TCO) de equipamentos de produção. Ainda
segundo a PWC, algumas mudanças que permitem essa redução são as manutenções preditivas,
que eliminam até 70% das falhas de fabricação, e as informações, que, quando baseadas em
dados, aumentam a produtividade em até 30%.
Com o advento do IoT, é possível que uma máquina torne uma linha de produção
mais eficiente, analisando todo o trabalho em tempo integral e, assim, se antecipando às
manutenções e diminuindo significantemente o volume de falhas. Resposta para questões
relacionadas a dificuldade na redução e a gestão de custos pela falta de precisão, pode ser
respondida por meio da tecnologia, como Big Data, que analisa e repassa, em tempo real,
informações importantes para entender um TCO. Instalação de sensores de IoT nos
equipamentos da linha de produção, assim todos os dados relevantes sobre cada máquina serão
coletados diariamente, e quando levados para uma plataforma de Big Data, pode ser feita uma
análise utilizando a Inteligência Artificial. A partir desse processamento, é possível entender
melhor qual o problema e o que pode ser feito para que o mesmo erro não ocorra novamente.
Se um determinado equipamento pode falhar, é possível programar decisões automatizadas na
linha de produção também por meio da tecnologia, assim como é possível configurar a máquina
para entender exatamente o que seria um produto fabricado em excelente qualidade.

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4. O Financeiro em um Mundo 4.0
O ambiente de negócios tem enfrentado constantemente mudanças tecnológicas.
Além de se preparar para a ruptura digital, instituições e empresas estão enfrentando uma
corrosão da confiança. A transparência se tornará fundamental para o modo como as
organizações interagem com seus stakeholders. Em um mundo cada vez mais complexo, como
a função financeira deve permanecer relevante e permanecer confiável por aqueles que
dependem do que ela faz.
Um papel fundamental das finanças é comunicar o valor da organização aos seus
stakeholders para ajudá-los a tomar decisões. No entanto, o que deve ser medido e comunicado
mudou consideravelmente nos últimos anos com a crescente importância dos ativos intangíveis,
como marcas, patentes, TI e conhecimento, que muitas vezes não são registrados da mesma
forma que os ativos tangíveis.
Os sistemas de contabilidade e relatórios nem sempre exigem a identificação, a
mensuração ou o relato de ativos intangíveis e, portanto, sua respectiva contribuição para a
história da criação de valor pode ser perdida. Essa lacuna de valor pode prejudicar a integridade
e a relevância do desempenho financeiro e dos relatórios.
O tempo é outra questão, as partes interessadas querem cada vez mais informações
em tempo real, incluindo tendências futuras na estratégia e como os riscos estão sendo
gerenciados, o que o relatório anual não fornece. A função financeira em um mundo 4.0 deve
evoluir para fornecer informações mais relevantes, mais rapidamente e com uma visão
prospectiva, para atender às necessidades de acionistas e partes interessadas.
As empresas enfrentam um ambiente de relatório cada vez mais desafiador, como
resultado do ritmo de mudanças contábeis e regulatórias. Além disso, muitas vezes há uma
desconexão entre as informações disponíveis internamente aos gerentes e aquelas fornecidas
externamente aos investidores e outras partes interessadas.
O advento dos recursos de Big Data e suas capacidades analíticas avançadas,
juntamente com o surgimento de novas tecnologias, incluindo robótica e inteligência artificial,
oferece oportunidades para aumentar a transparência, produzir relatórios financeiros e não
financeiros mais relevantes e perspicazes e padronizar e automatizar ainda mais os relatórios.
As tecnologias digitais, como as tecnologias de análise, nuvem e processos
robóticos, podem ajudar a função financeira a agregar significativamente mais valor aos
negócios, em velocidades muito mais rápidas do que hoje. Isso poderia acontecer cada vez mais
em tempo real, a um custo bastante reduzido, com níveis mais altos de controle automatizado e
menores níveis de risco. Essas tecnologias podem afetar a forma e o tamanho das finanças, além
de apoiar uma mudança em seu papel no negócio e no valor que ele oferece.
O futuro de todas as organizações é incerto, mas é evidente que a era digital está
chegando. O ambiente para a função financeira é cada vez mais complexo e rápido, e é provável
que esse ritmo aumente.

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5. Conclusão
A Indústria 4.0 e o novo cenário que surgiu com essa revolução é que partes de
cadeias de valor não são apenas compatíveis com sua própria automação, mas também entre si.
A característica mais importante dessa harmonia é que todas as etapas da cadeia de valor estão
ao mesmo tempo e em comunicação constante entre si e, nesse aspecto, elas atingiram um
processo industrial inteligente. Essa visão proporciona uma indústria mais rápida, mais flexível,
de melhor qualidade e mais eficiente.
Indústria 4.0 melhora custo, velocidade e qualidade. É preciso muita cooperação e
compromisso para permitir que esse planejamento seja alcançado. Eventualmente, a indústria
de manufatura é capaz de ganhar mais receita e lucro aplicando a Indústria 4.0. Basicamente,
se a indústria conseguir administrar bem o desafio, a oportunidade de impulsionar o nome da
empresa se tornará mais alta e mais conhecida em todo o mundo.
Nesta transformação em que o mundo está hoje, sensores, máquinas, peças de
trabalho e sistemas de TI serão conectados ao longo da cadeia de valor além de uma única
empresa. Esses sistemas conectados podem interagir entre si usando protocolos padrão
baseados na Internet e analisar dados para prever falhas, configurar-se e adaptar-se a mudanças.
O Industria 4.0 possibilitará coletar e analisar dados entre máquinas, permitindo processos mais
rápidos, mais flexíveis e mais eficientes para produzir produtos de alta qualidade a custos
reduzidos. Isso, por sua vez, aumenta a produtividade da manufatura, desloca e
economicamente, promove o crescimento industrial e modifica o perfil da força de trabalho -
em última análise, mudando a competitividade das empresas e das regiões.
O que se percebe no mundo globalizado e como cada vez mais acesso a
informação, é que os empreendimentos precisam se preparar cada vez mais para o “novo
consumidor”, aquele cliente informado e conectado, que quer variedades e inovações, e nesse
contexto entra qualquer tipo de cliente, desde o cliente que compra um telefone para uso
doméstico à organizações, que são clientes de outras organizações, esta última também é cliente
de alguma outra organização, e assim todo o mercado, a demanda e as exigências são
movimentadas para um rumo sem volta, a Indústria 4.0.

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6. Referências Bibliográficas
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