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NEBULOSAS

Da explosão de uma supernova na constelação de Touro, observada no ano


1054, originou-se a nebulosa do Caranguejo, corpo celeste de núcleo azulado,
cercado por uma rede de filamentos avermelhados e sinuosos.

Nebulosa de Caranguejo, foto do VLT.

Nebulosa é um corpo celeste gasoso e nevoento formado de uma concentração


de gás ou poeira estelar, ou uma combinação de ambos, que ocorre no espaço
interestelar. A designação se aplicou inicialmente a qualquer objeto de
aparência difusa situado fora do sistema solar e que, ao telescópio, parecesse
uma área luminosa ou escura, em contraste com as estrelas, cuja imagem é
pontual. Essa primeira definição, no entanto, adotada numa época em que os
instrumentos não permitiam divisar com maior detalhamento objetos muito
distantes, abrange equivocadamente duas classes de objetos que não têm
relação entre si: as nebulosas extragalácticas, atualmente denominadas
galáxias, enormes conjuntos de estrelas e gás; e as nebulosas galácticas,
massas muito menores de gás (com vestígios de partículas sólidas) localizadas
numa única galáxia. Atualmente, os astrônomos usam a palavra nebulosa
somente para se referirem ao segundo tipo. O conjunto das nebulosas
galácticas constitui apenas uma pequena porcentagem da massa de uma
galáxia.

Observação de nebulosas. Os astrônomos gregos Hiparco e Ptolomeu já


registravam a existência de "nuvens de estrelas". Em 1610, dois anos após a
invenção do telescópio, a nebulosa de Órion, que a olho nu parece uma
estrela, foi descoberta pelo francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc. Em 1656,
o holandês Christiaan Huygens, que usou instrumentos muito superiores, foi o
primeiro a descrever a brilhante área interior de uma nebulosa e a determinar
que sua estrela interior não é única, mas sim um compacto sistema quádruplo -
o bem conhecido "trapézio", nome pelo qual ainda hoje são designadas as
regiões interiores de uma nebulosa.
No início do século XVIII, os astrônomos concentraram suas observações na
localização de cometas, atividade cujo subproduto foi a descoberta de muitas
nebulosas brilhantes. A mais extensa compilação desse trabalho foi realizada
pelo francês Charles Messier, em 1781, e pelo britânico William Herschel e
seu filho John, entre o início e meados do século XIX. A nomenclatura
adotada nesses catálogos ainda hoje serve para identificar algumas galáxias.
O advento da fotografia representou uma verdadeira revolução na
compreensão das nebulosas, pois permitiu o registro de detalhes invisíveis a
olho nu e a distâncias antes inimagináveis. Na década de 1880 fotografou-se
pela primeira vez a nebulosa de Órion. Outro grande avanço foi a
possibilidade de se estudar a natureza dos corpos celestes por meio da
espectroscopia, pois é grande a diferença entre os espectros de uma estrela e
de um gás. Graças a isso foi possível distinguir galáxias de nebulosas.
Ao longo do século XX, novas invenções e aprimoramentos dos aparelhos
permitiram detectar grandes nebulosas de pouco brilho com o auxílio de
câmaras mais velozes e chapas fotográficas mais sensíveis. Posteriormente,
aparelhos fotoelétricos aumentaram a eficiência das técnicas fotográficas. No
fim do século XX, as pesquisas sobre nebulosas eram feitas quase
exclusivamente por meio desses aparelhos. Finalmente, com a utilização de
satélites espaciais, passaram a ser estudados os raios X e ultravioleta presentes
no espectro das nebulosas e que, de outra maneira, seriam absorvidos pela
atmosfera da Terra. Com essas e outras inovações, os cientistas puderam
adquirir um razoável conhecimento teórico das nebulosas.

Classificação e características das nebulosas. Em função de sua aparência, as


nebulosas galácticas se dividem em duas classes principais: obscuras e
brilhantes. As obscuras parecem manchas negras no céu. Normalmente têm
forma irregular, absorvem a luz das estrelas mais distantes e em seu interior se
formam as estrelas. As nebulosas brilhantes, que parecem superfícies pouco
luminosas, emitem luz própria ou refletem a de estrelas próximas. Com base
em sua origem e detalhes de sua aparência, as nebulosas brilhantes se
subdividem em difusas, de reflexão, planetárias e supernovas remanescentes.
Em geral de pouca luminosidade e forma irregular, as nebulosas difusas
emitem radiação que elas mesmas produzem. Seu tamanho e sua massa podem
variar muito e não há limite mínimo, pois deve haver uma pequena nebulosa
difusa em torno de quase todas as estrelas. As maiores têm cerca de 200 anos-
luz, mas uma difusa típica mede cerca de trinta anos-luz e tem densidade de
dez átomos por centímetro cúbico. A única nebulosa visível a olho nu, a de
Órion, é a mais brilhante e estudada entre as difusas.
Nebulosa de Órion, nebulosa do tipo difusa.

As nebulosas de reflexão recebem esse nome porque refletem a luz de uma


estrela próxima. Foram descobertas a partir de uma observação feita na
constelação das Plêiades em 1912 e cerca de sessenta por cento de sua
luminosidade se deve à reflexão.

Nesta imagem vemos o aglomerado das Plêiades. Nota-se quem em volta das recentes etrelas desta constelação, encontra-se ainda o material
que as originou. Este material gasoso forma uma nebulosa de reflexão.

O terceiro tipo são as nebulosas planetárias, das quais se registram mais de


vinte mil na Via Láctea, assim chamadas porque, ao telescópio, parecem
imagens desfocadas de planetas. Sua aparência é a de anéis quase simétricos e
de razoável brilho superficial, com um núcleo, ou estrela central. Comparadas
às difusas, são pequenas, com raio típico de um ano-luz, e muito mais densas,
com mil a dez mil átomos por centímetro cúbico. Uma das maiores e mais
próximas é a da Hélice, na constelação de Aquário.
Nebulosa Planetária Olho de Gato (NGC 3070), constelação de Dragão. É uma intrincada teia de jatos de gases em torno de uma estrela em
seus últimos momentos de vida. Essa nebulosa tem apenas 1000 anos de idade e está a 3000 anos luz da Terra. Os astrônomos suspeitam que
este seja um sistema binário, ou seja, existem duas estrelas orbitando um ponto comum. Isso explicaria as estranhas figuras desenhadas pelos
gases no espaço. Os jatos de gases da estrela central comprimem para longe o material interestelar, criando o primeiro halo luminoso. Os
gases expelidos pela vizinha invisível criam o segundo halo, em ângulo reto com o primeiro.

Finalmente, as supernovas remanescentes são nebulosas gasosas resultantes


das camadas em expansão ejetadas por uma supernova (espécie de explosão
estelar). Escassas na Via Láctea, são observadas em maior número em outras
galáxias.

INTRODUÇÃO

Olhando o céu numa noite límpida, sempre vemos as estrelas, às vezes a Lua, e de
forma um pouco mais rara o que chamamos de "estrelas cadentes". Dentro desse
conjunto, estão também os planetas do Sistema Solar, os quais nós percebemos como
se fossem estrelas brilhantes (Júpiter, Vênus, Marte) ou simplesmente não os vemos
(Urano e Netuno) a olho nu. Existem outros tipos de objetos celestes, que podemos
detectar com instrumentos tais como binóculos, lunetas etc. A luz desses objetos
geralmente chega muito tênue aos nossos olhos, por isso não os vemos a olho nu, ou
temos uma impressão errada do que são. Todos têm nomes específicos e
características próprias, e estão todos fora dos domínios do nosso Sol. Vamos começar
com as estrelas e prosseguir até formações mais complexas.

ESTRELAS

As estrelas são esferas de gás, principalmente hidrogênio e hélio, que se encontram a


uma temperatura muito alta. O gás é o “combustível” que fornece a energia do astro.
Dizemos “combustível” por força de expressão, já que elas não estão queimando: ao
invés disso, estão incandescentes, ou seja, tão quentes a ponto de emitirem luz. No
interior das estrelas, especificamente em seu núcleo, ocorre a fusão nuclear, protons e
neutrons entram em colisão devido à alta temperatura e se fundem formando outro
núcleo atômico mais pesado e liberando energia. De acordo com a temperatura
classificam-se as estrelas em padrões chamados espectrais, ou seja, analisa-se a luz
que cada estrela emite e avalia-se sua temperatura e sua composição química. Os
padrões estão na tabela abaixo, onde são relacionadas as cores com as temperaturas
da superfície das estrelas. É então atribuído um código alfanumérico para cada
relação.

Classe
O B A F G K M
Espectral

Temperatura Mais De 11000K 7500K 6000K 5000K 3500K Menos


a a11000K a a a de
25000K 25000K 7500K 6000K 5000K 3500K

Cor Azul Branca Branca Amarelada Amarela Laranja Vermelha


Azul

A evolução de vida de uma estrela pode ser avaliada a partir do diagrama de


Hertzsprung Russel para saber mais detalhes leia o texto do Prof. Kepler de Souza
Oliveira Filho da UFRGS sobre as ESTRELAS . Ou ainda leia esse texto
sobre Nascimento, Vida e Morte das Estrelas .

Assim como planetas giram em torno do Sol, existem outros sistemas com mais de
uma estrela. São os sistemas binários, onde duas estrelas giram uma ao redor da
outra; os ternários, onde há três estrelas, e assim por diante. Estes sistemas são
chamados estrelas múltiplas. Dentro de um sistema de mais de uma estrela pode
haver planetas. É engraçado imaginar um habitante de um planeta desses vendo mais
de um sol no céu durante o dia, ou simplesmente não tendo noites. Quando existem
muitas estrelas o grupo é chamado de aglomerado estelar.

AGLOMERADOS

Sistemas de muitas estrelas, reunidas no espaço, são chamados aglomerados


estelares. Existem dois tipos fundamentais. São eles: os aglomerados abertos (também
chamados de galácticos) e os aglomerados globulares.

Os aglomerados abertos caracterizam-se por possuírem um número reduzido de


estrelas, da ordem de cem, e por estas estrelas poderem ser diferenciadas umas das
outras, ou seja, podemos contá-las num sistema, apenas observando-o. Estas estrelas
geralmente são jovens, e algumas delas são muitos quentes. O nome galáctico decorre
do fato desses aglomerados serem encontrados no plano da nossa Galáxia. Raramente
consegue-se observar uma nebulosidade ao redor das estrelas constituintes do grupo.
Exemplos de aglomerados abertos não faltam: a "Caixinha de Jóias" é um típico, possui
estrelas coloridas de fácil identificação e está situado na constelação do Cruzeiro do
Sul; as "Plêiades" é o nome de um aglomerado aberto que pode ser visto sem
instrumentos, na constelação de Taurus , o Touro.

M6: O Aglomerado Aberto da Borboleta


Crédito de imagem e direitos autorais: Sergio
Eguivar; Buenos Aires Skies

Explicação: Para alguns, o contorno do aglomerado aberto


de estrelas M6 assemelha a uma borboleta. M6, também
conhecida como NGC 6405, se estende por cerca de 20
anos-luz e fica a 2.000 anos-luz de distância. M6 pode
ser melhor visto em um céu escuro com binóculos na
direção da constelação de Scorpius, o Escorpião; ocupa no
céu uma área equivalente à da Lua Cheia. Como outros
aglomerados abertos, M6 exibe muitas estrelas jovens
azuis que são mais brilhantes, embora haja uma estrela
brilhante de coloração alaranjada. M6 tem idade estimada
de 100 milhões de anos. Determinar a distância para
grupos como M6 ajuda os astrônomos na calibração da
escala de distâncias no Universo.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap110906.html

M7: Aglomerado Aberto de Estrelas em Escorpião


Crédito de imagem e direitos autorais: Dieter Willasch
(Astro-Cabinet)

Explicação: M7 é um dos aglomerados abertos que mais


se destacam no céu. O aglomerado é dominado por
estrelas azuis brilhantes; pode ser visto a olho nu em um
céu escuro na cauda da constelação de Scorpius, o
Escorpião. M7 contém no total cerca de 100 estrelas, com
uma idade em torno de 200 milhões de anos e se estende
por 25 anos-luz de diâmetro, a uma distância de cerca de
1.000 anos-luz. A imagem foi obtida com a câmera digital
astronômica SBIG STL-11000M na localidade de Hakos
Gëstfarm, na Namíbia. O aglomerado aberto de estrelas
M7 é conhecido desde os tempos antigos, sendo
observado por Ptolomeu no ano 130 d.C. Também são
visíveis uma nuvem de poeira escura e, literalmente,
milhões de estrelas na direção do centro da Via-Láctea.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap120912.html

96 Aglomerados Estelares Abertos observados no


Infravermelho.

"Com dados obtidos pelo telescópio de rastreio no


infravermelho VISTA, instalado no Observatório do Paranal
do ESO (sigla inglesa para Observatório Europeu do Sul)
nos Andes chilenos, uma equipe internacional de
astrônomos descobriu 96 novos aglomerados estelares
abertos escondidos pela poeira da Via Láctea. Estes
objetos pequenos e tênues permaneceram invisíveis em
rastreios anteriores, mas não conseguiram escapar aos
detectores infravermelhos muito sensíveis do maior
telescópio de rastreio deste tipo existente no mundo, que
consegue espreitar através da poeira. Esta é a primeira vez
que tantos aglomerados pequenos e pouco brilhantes
foram encontrados de uma só vez." (texto: ESO, com
adaptações)

Disponível
em: http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1128/

Já os globulares possuem mais de 100 000 estrelas, as quais estão agrupadas em uma
forma esférica, cuja densidade de estrelas é enorme, chegando a dezenas de estrelas
por ano-luz cúbico. A consequência dessa alta densidade é a impossibilidade de
contarmos as estrelas do grupo, já que a luminosidade de cada uma se confunde, e
quando observado, o aglomerado fica parecido com uma nuvem difusa. É como um
enxame de estrelas, num formato de globo, ou glóbulo; por isso o nome globular. As
estrelas existentes nesse tipo de grupo são velhas e nesse caso as estrelas de
coloração avermelhada se sobressaem. Os aglomerados globulares são objetos que
datam do início da formação do Universo. O maior aglomerado globular conhecido é
chamado Omega Centauri, que recebe este nome por ser observado a olho nu como a
estrela mais fraca da constelação de Centaurus, o Centauro. Este aglomerado gigante
possui cerca de 1 milhão de estrelas. Outros exemplos de globulares são o 47
Tucanae, na constelação do Tucana, o Tucano, o M22 em Sagitarius, o Sagitário,
dentre outros. Os aglomerados globulares, ao contrário dos abertos, estão localizados,
em sua maioria, fora do disco da Galáxia. Aqueles observados no disco estão apenas
transitando por ele.

47 Tucanae perto da Pequena Nuvem de Magalhães


Crédito de imagem e direitos autorais: Ivan Eder

Explicação: O aglomerado globular 47 Tucanae é uma jóia


do céu do sul. Também conhecido como NGC 104, ele
percorre o halo da nossa Galáxia, juntamente com cerca
de 200 outros aglomerados globulares. É o segundo
aglomerado globular mais brilhante (depois de Omega
Centauri). Encontra-se a cerca de 13.000 anos-luz de
distância e pode ser observado a olho nu perto da
Pequena Nuvem de Magalhães (PNM), na constelação de
Tucana, o Tucano. A PNM está a 210.000 anos-luz de
distância e é uma galáxia satélite da nossa Via Láctea, de
forma que 47 Tucanae não está fisicamente perto da PNM.
Estrelas na periferia dessa galáxia são vistas no canto
superior esquerdo desta ampla imagem. Na imagem, 47
Tucanae é visto próximo ao canto inferior direito; ele
possui aproximadamente o mesmo diâmetro aparente da
Lua cheia, um denso aglomerado composto por centenas
de milhares de estrelas em um volume de apenas cerca de
120 anos-luz de diâmetro. Longe do núcleo brilhante de
47 Tucanae, as gigantes vermelhas desse aglomerado são
facilmente distinguíveis como estrelas de tons
alaranjados. O aglomerado é também um local onde se
encontram sistemas estelares binários exóticos de raios-
x.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap121206.html

M13: O Aglomerado Globular em Hércules


Crédito de imagem e direitos autorais: Martin Pugh

Explicação: Em 1716, o astrônomo inglês Edmond Halley


observou: "Nada mais que um pequeno borrão, mas se
mostra visível a olho nu quando o céu está sereno e a Lua
ausente." M13 é reconhecido como o grande aglomerado
globular em Hércules, um dos mais brilhantes do céu do
norte. A uma distância de 25.000 anos-luz, o aglomerado
estelar tem uma extensão de 150 anos-luz de diâmetro.
Em seu núcleo contém mais de 100 estrelas num volume
de um cubo de apenas três anos-luz de lado. Para efeito
de comparação, a estrela mais próxima do Sol está a mais
de quatro anos-luz de distância. Junto com o núcleo
denso do aglomerado, as estrelas da borda do M13 são
destaque nesta imagem com cores nítidas: como na
imagem do aglomerado anterior, as gigantes vermelhas
aparecem como estrelas de coloração alaranjada.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap120614.html

Omega Centauri: O Brilhantísimo Aglomerado Globular


Crédito de imagem e direitos autorais: Joaquin Polleri &
Ezequiel Etcheverry (Observatorio Panameño en San Pedro
de Atacama)

Explicação: Esta enorme bola de estrelas se originou antes


do nosso Sol. Muito antes da humanidade evoluir, antes
dos dinossauros existirem, e mesmo antes do nosso
planeta existir, foi a época em que aglomerados antigos
como o Omega Centauri se condensaram e passaram a
orbitar a jovem Via Láctea. Dos cerca de 200 aglomerados
globulares que sobrevivem hoje, Omega Centauri é o
maior, com mais de dez milhões de estrelas. Visível a olho
nu aos observadores do hemisfério sul, Omega Centauri
também é o mais brilhante aglomerado globular, com
magnitude visual aparente de 3.9. Catalogado como NGC
5139, Omega Centauri está a 18.000 anos-luz de
distância e tem 150 anos-luz de diâmetro. Ao contrário de
muitos outros aglomerados globulares, as estrelas Omega
Centauri exibem diferentes idades e abundâncias
químicas, indicando que o aglomerado globular teve uma
história complexa ao longo dos seus 12 bilhões de
existência.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130501.html
NEBULOSAS

O que existe entre as estrelas, ou entre um aglomerado e outro? Esta porção do


espaço é conhecida como meio interestelar, o qual é constituído de regiões de vazio
(ou quase) e por regiões mais densas, formadas por gases, chamadas nebulosas.
Existem vários tipos de nebulosas, classificadas por meio da luz que recebemos delas,
que é decomposta num espectro (parecido com um arco íris) e analisada. Deste modo,
de acordo com os resultados, podem se encaixar em uma das seguintes categorias:

• Nebulosas de emissão ou difusas;

• Nebulosas de reflexão;

• Nebulosas de absorção (ou escuras);

• Nebulosas planetárias e

• Nebulosas remanescentes de supernovas.

NEBULOSAS DE EMISSÃO: este tipo de nuvem é constituído de gás, o qual emite luz
devido à energia fornecida por um corpo celeste próximo, tal como uma estrela azul
recém formada. O corpo pode aquecê-la a cerca de 10.000 ° C. São geralmente muito
extensas e delas as estrelas "nascem", ou seja, se formam geralmente em grupos (após
a expulsão dos gases da nebulosa que lhe deu origem, o grupo de estrelas se torna
um aglomerado aberto). O gás predominante é o hidrogênio, mas existem átomos de
hélio, oxigênio, nitrogênio e neônio. Como exemplos deste tipo de nebulosa podemos
citar a Nebulosa do Coração, na constelação de Cassiopeia, a Grande Nebulosa de
Órion (também chamada de M42) e a nebulosa de Trífida, na constelação de
Sagittarius, o Sagitário (veja imagens a seguir).

IC 1805: A Nebulosa do Coração


Crédito de imagem e direitos autorais: Terry Hancock

Explicação: Com uma extensão de quase 200 anos-luz, a


nebulosa de emissão IC 1805 é uma mistura de gás
interestelar brilhante e nuvens de poeira escura. Por causa
de sua forma é mais conhecida como Nebulosa do
Coração. Distante 7.500 anos-luz ela está num dos braços
espirais da nossa Galáxia, no Braço de Perseu. É uma
região de formação estelar, um dos chamados “berçários
estelares”. De fato, próximo ao centro do “coração
cósmico” representado por IC 1805, há estrelas massivas
e quentes que compõem um aglomerado de estrelas
recém-nascidas conhecido como Melotte 15, com idade
de 1,5 milhões anos. A nebulosa do coração está
localizada na constelação de Cassiopeia, a rainha
Cassiopéia. Esta visão detalhada da região em torno da
nebulosa do coração se estende por cerca de dois graus
no céu ou cerca de quatro vezes o diâmetro aparente da
Lua Cheia.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130304.html

M42: Dentro da Nebulosa de Orion


Crédito de imagem e direitos autorais: Reinhold Wittich

Explicação: A Grande Nebulosa de Orion, uma imensa


região de formação estelar nas nossas proximidades, é
provavelmente a mais famosa de todas as nebulosas
astronômicas. Aqui, o gás brilhante envolve as estrelas
jovens e quentes nas bordas de uma imensa nuvem
molecular interestelar a apenas 1.500 anos-luz de
distância. Na imagem ao lado cores foram atribuídas para
destacar as emissões de oxigênio e de hidrogênio, ligadas
às mechas e lençóis de poeira e gás que são
particularmente evidentes. A Grande Nebulosa de Órion
pode ser observada a olho nu próximo ao cinturão da
figura imaginária do caçador, composto por três estrelas
igualmente espaçadas na famosa configuração conhecida
como “As Três Marias”. Além de abrigar um brilhante
aglomerado aberto de estrelas conhecido como o
Trapézio, a Nebulosa de Orion contém muitos berçários
estelares. Estes viveiros contêm muito gás hidrogênio,
estrelas jovens e quentes, discos protoplanetários e jatos
estelares expelindo material em altas velocidades.
Também conhecida como M42, a Nebulosa de Orion se
estende por cerca de 40 anos-luz e está localizada no
mesmo braço espiral da nossa galáxia em que se localiza
o Sol.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130320.html
A nebulosa de Trifida
Crédito da imagem: Telescópio Subaru (NAOJ), Telescópio
Espacial Hubble, Martin Pugh; processamento: Robert
Gendler
Explicação: Nuvens luminescentes de gás se misturam
com faixas de poeira na nebulosa Trifida, uma região de
formação de estrelas na direção da constelação de
Sagittarius, o Sagitário. No centro, as três faixas de poeira
em destaque dão a Trífida o seu nome, cujo significado é
tríplice, ou dividida em três. Montanhas de pó opaco
aparecem à direita, enquanto outros filamentos escuros
de poeira são visíveis emaranhados por toda a nebulosa.
Uma única estrela massiva visível perto do centro produz
o brilho dessa nebulosa. Trífida, também conhecida como
M20, tem apenas 300 mil anos de idade, colocando-a
como uma das mais jovens nebulosas de emissão
conhecidas. A nebulosa fica a 9.000 anos-luz de distância
e a parte retratada aqui se estende por cerca de 10 anos-
luz. A imagem acima é uma composição de imagens
obtidas por meio do Telescópio Subaru de 8,2 m de
diâmetro em solo, e pelo Telescópio Espacial Hubble; os
dados relacionados às cores são fornecidos por Martin
Pugh e a montagem da imagem e ajustes são de autoria
de Robert Gendler .

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130128.html

NEBULOSAS DE REFLEXÃO: um exemplo deste tipo é a nebulosidade que envolve as


estrelas jovens do aglomerado aberto das Plêiades em Touro, cujas estrelas iluminam
o gás que simplesmente reflete a luz. Devido a essa reflexão é que enxergamos a
nebulosa. A parte azul da nebulosa Trífida (figura anterior) é uma nebulosa de
reflexão.

M45: O aglomerado estelar das Pleiades

Crédito da imagem e direitos autorais: Robert Gendler

Explicação: Sendo, talvez, o mais famoso aglomerado


estelar, as Plêiades podem ser vistas sem o uso de
instrumentos até em céus luminosamente poluídos, como
nas grandes cidades. Também conhecidas como As Sete
Irmãs e M45, as Plêiades são um típico representante do
tipo de aglomerado estelar chamado de aglomerado
aberto (veja o trecho anterior sobre aglomerados, neste
texto), sendo um dos mais brilhantes e próximos. As
Plêiades contêm mais de 3000 estrelas, distando 400
anos-luz de nós e estendendo-se por 13 anos-luz. A
nebulosidade em torno das estrelas mais brilhantes do
aglomerado é evidente nessa imagem e é um belo
exemplo de nebulosa de reflexão. As pontas luminosas
em formato de cruz vistas nas estrelas mais brilhantes são
efeitos de difração associados à formação da imagem em
um telescópio.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap120903.html

Rigel e a Nebulosa da Cabeça de Bruxa


Crédito de imagem e direitos autorais: Rogelio Bernal
Andreo (Deep Sky Colors)

Explicação: Essa nebulosa de reflexão de formato


sugestivo está associada com a estrela Rigel (Beta
Orionis), a estrela mais brilhante da constelação de Orion
(apesar da designação de “beta”). Formalmente conhecida
como IC 2118, a Nebulosa Cabeça de Bruxa se estende
por cerca de 50 anos-luz e é composta por grãos de
poeira interestelar que refletem a luz da estrela Rigel.
Neste retrato cósmico, a cor azul da Nebulosa Cabeça de
Bruxa e da poeira em torno de Rigel é causada não só por
Rigel e sua intensa luz azul, mas também porque os grãos
de poeira causam o espalhamento da luz azul de forma
mais eficiente do o fazem para a luz vermelha. O mesmo
processo físico provoca a coloração azul do céu diurno da
Terra, embora os dispersores na atmosfera terrestre sejam
as moléculas de nitrogênio e oxigênio. Rigel, a Nebulosa
Cabeça de Bruxa, bem como o gás e a poeira a elas
associados estão a 800 anos-luz de distância.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap121101.html
Nebulosa de reflexão vdB1
Créditos e direitos autorais: Adam Block, Mt.. SkyCenter
Lemmon, da Universidade de Arizona

Explicação: Cada livro tem uma primeira página e cada


catálogo tem uma primeira entrada. Assim, esta linda
nuvem cósmica azul inicia o Catálogo van den Bergh (vdB)
de estrelas rodeadas por nebulosas de reflexão. Nuvens
de poeira interestelar refletem a luz das estrelas próximas
a elas; as nebulosas aparecem geralmente azuis porque o
espalhamento da luz pelos grãos de poeira é mais eficaz
em comprimentos de onda mais curtos, (ou seja, do lado
azul do espectro visível). O mesmo tipo de dispersão dá
ao planeta Terra o céu azul diurno. O Catálogo de van den
Bergh de 1966 contém um total de 158 entradas, a
maioria visível do hemisfério norte, incluindo as Plêiades,
de que falamos anteriormente, e outros alvos populares
aos astrônomos amadores. Com uma extensão de pelo
menos cinco anos-luz , VdB1 fica a 1.600 anos-luz de
distância na constelação de Cassiopéia. Também nesta
cena há duas nebulosas intrigantes à direita da imagem
que mostram laços e ejeções: figuras associadas com o
processo energético de formação estelar. Dentro dessas
nebulosas estão estrelas variáveis extremamente jovens:
??V633 Cas (em cima) e a V376 Cas.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap121026.html

NEBULOSAS de ABSORÇÃO: Nos dois tipos de nebulosas já mencionadas, temos


aquelas que emitem radiação (nebulosas de emissão) e outras que apenas refletem ou
espalham a luz proveniente das estrelas que lhes são próximas. As nebulosas de
absorção, como seu nome indica, absorvem a luz das estrelas que estão atrás ou
dentro delas. Aparecem no céu como áreas escuras, onde, aparentemente, há um
“vazio de estrelas”, mas são apenas essas nebulosas que estão bloqueando
(absorvendo) a luz das estrelas que estão atrás delas.

IC 1396 e Campo Estelar ao Redor


Créditos e direitos autorais: Thomas W. Earle

Explicação: Esparramada através de centenas de anos-luz,


a nebulosa de emissão IC 1396, visível no canto superior
direito, é uma mistura de gás cósmico brilhante e nuvens
de poeira escura. As estrelas estão se formando nesta
área, distante 3.000 anos-luz da Terra. Esta imagem de
campo amplo também captou nebulosas de emissões e de
absorção circundantes. O brilho vermelho no IC 1396 e
em toda a imagem é devido ao gás de hidrogênio que
emite radiação por meio de um mecanismo de emissão
chamado de recaptura de elétrons. As nuvens de poeira
escura são grupos densos de partículas escuras muito
comuns nos discos de galáxias espirais. Entre as formas
escuras intrigantes dentro de IC 1396, a Nebulosa Tromba
do Elefante um enrolamento que se encontra logo à direita
do centro da nebulosa. IC 1396 encontra-se bem ao sul
na constelação de Cepheus, próxima à fronteira com a
constelação de Cygnus, o Cisne.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap090819.html

NGC 2170: Tranquila Vida Celestial


Crédito de imagem e direitos autorais: Ignacio Diaz
Bobillo

Explicação: Como numa pintura de “natureza morta” esta


cena foi composta de pinceladas cósmicas e retrata a
empoeirada nebulosa NGC 2170 que brilha à esquerda do
centro de imagem. Refletindo a luz de estrelas quentes
próximas, NGC 2170 é composta por outras nebulosas
azuladas de reflexão, uma região de emissão
avermelhada, muitas nebulosas de absorção escuras e um
pano de fundo de estrelas coloridas. Assim como os
artistas que criam esses quadros costumam retratar itens
domésticos, a natureza costuma ornar esses quadros
celestes com nuvens de gás, poeira, estrelas quentes,
itens comumente encontrados em cenários como o dessa
imagem – uma massiva nuvem molecular na constelação
de Monoceros, o Unicórnio. A nuvem molecular gigante,
Mon R2, está bem próxima, a apenas 2.400 anos-luz,
aproximadamente. Nessa distância, a “tela” desse quadro
celeste tem uma largura de 40 anos-luz.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130114.html
Nebulosas NGC 6914
Crédito: Fundação Descubre, CAHA, OAUV, DSA, Vicent
Peris (OAUV), Jack Harvey (SSRO), Juan Conejero
(PixInsight)

Explicação: Um dramático estudo em contrastes, esta


paisagem cósmica retrata estrelas, poeira e gás brilhante
em NGC 6914. O complexo de nebulosas fica a cerca de
6000 anos-luz de distância, na direção da constelação de
Cygnus, o Cisne, no plano da nossa Galáxia - a Via Láctea.
Com a silhueta da poeira em primeiro plano, juntamente
com as nebulosas de emissão avermelhadas e as de
reflexão azuladas, o quadro se espalha por um campo de
meio grau no céu, o diâmetro aparente da Lua Cheia. Para
a distância estimada para NGC 6914, a extensão dessa
cena no espaço é de 50 anos-luz. A radiação ultravioleta
emitida por estrelas massivas, quentes e jovens da
extensa associação OB2 ionizam (arrancam elétrons do
núcleo atômico) dos átomos de hidrogênio que compõem
a nuvem de gás, produzindo a cor característica dessas
nebulosas. As estrelas imersas em Cygnus OB2 também
são responsáveis pela luz azulada refletida pelas nuvens
de poeira. Construída como um mosaico a partir de dois
painéis, a imagem foi processada de forma a realçar
igualmente as cores brilhantes e as débeis, bem como os
detalhes estruturais da nebulosa.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap110304.html

A Torre Negra em Escorpião


Crédito de imagem e direitos autorais: Don Goldman

Explicação: Aparecendo como uma silhueta contra o fundo


repleto de estrelas, na direção da constelação de Scorpius,
o Escorpião, esta nebulosa evoca, para alguns, a imagem
de uma sinistra torre negra. Na verdade, concentrações de
poeira e gás molecular, colapsando para formar estrelas,
podem muito bem se esconder dentro da nebulosa escura,
uma estrutura que se estende por quase 40 anos-luz
neste belo retrato telescópico. Conhecida como um
glóbulo cometário, a nuvem soprada pelos ventos
estelares se estende da parte de baixo à direita da figura,
para a parte de cima (topo da torre) e para a esquerda e
acima do centro. Ela é moldada pela intensa radiação
ultravioleta emitida pela associação de estrelas OB
(estrelas quentes que emitem mais radiação azul) que se
localizam na nebulosa NGC 6231, que não aparece na
foto. Essa radiação ultravioleta também aciona o brilho
avermelhado nas fronteiras brilhantes do glóbulo,
composto de gás hidrogênio. A luz de estrelas quentes
imersas na poeira pode ser vista como nebulosa de
reflexão, de coloração azulada. Esta torre negra, bem
como a NGC 6231 e as nebulosas associadas estão a cerca
de 5.000 anos-luz de nós.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130106.html

A Nebulosa Escura Cabeça de Cavalo

Crédito da imagem: Arne Henden ( US Naval Observatory,


Flagstaff )

Explicação: À deriva pelo do cosmos, uma magnífica


nuvem de poeira interestelar foi esculpida por ventos
estelares e pela radiação e assumiu uma forma
reconhecível. Apropriadamente chamada de Nebulosa
Cabeça de Cavalo, ela está inserida no vasto complexo de
gás e poeira formadores de estrelas, em torno da
Nebulosa de Órion (M42), que mencionamos
anteriormente como exemplo de nebulosa de emissão.
Essa nebulosa escura é catalogada como Barnard 22 e é
visível somente porque bloqueia a luz da nebulosa de
emissão que está atrás dela. Na verdade, a Cabeça do
Cavalo é apenas parte de uma nuvem maior que pode ser
vista estendendo-se para a parte inferior do quadro. Um
gratificante, embora difícil objeto para ser observado com
pequenos instrumentos, a nebulosa foi retratada nesta
bela imagem colorida que é uma exposição composta feita
com a utilização de três filtros, num sistema denominado
BVR, usando um telescópio de um metro de diâmetro.

Disponível em:

http://apod.nasa.gov/apod/ap130422.html
A Nebulosa do Cachimbo
Crédito de imagem e direitos autorais: Yuri Beletsky
(Observatório Las Campanas, Carnegie Institution for
Science)

Explicação: A leste de Antares (estrela mais brilhante da


constelação de Scorpius, o Escorpião), manchas escuras se
expandem através de campos estelares em direção ao
centro da Via Láctea. Catalogado no início do século 20
pelo astrônomo E. E. Barnard, as nuvens escuras de poeira
interestelar incluem B59, B72, B77 e B78, vistas em
silhueta contra o fundo estrelado. As formas combinadas
dessas nuvens sugerem a figura do fornilho e o tubo de
um cachimbo; assim, o nome popular da nebulosa escura
é a Nebulosa do Cachimbo. A imagem obtida foi obtida
após 24 horas de exposição realizada nos céus muito
escuros do deserto chileno do Atacama. Abrange no total
um campo de 10 por 10 graus na constelação Ofiucus, o
Serpentário. A Nebulosa do Cachimbo é parte do
complexo de nuvens escuras nessa constelação e está
localizada a uma distância de 450 anos-luz. Núcleos
densos de gás e poeira dentro da Nebulosa do Cachimbo
estão em colapso para formar estrelas.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap121123.html

NEBULOSAS PLANETÁRIAS: quando uma estrela com massa semelhante à do nosso Sol
"morre", ela produz uma formação gasosa, que recebe o nome de nebulosa planetária,
denominação essa usada pelo famoso astrônomo alemão William Herschel, em virtude
de a nebulosa se parecer com um planeta distante (como Urano ou Netuno), quando
observada ao telescópio. Quando a estrela morre, ela ejeta parte de sua massa gasosa
que pode adquirir forma de uma enorme bolha esférica de gás tênue e brilhante ao
redor da estrela que lhe deu origem. Campos magnéticos e outros efeitos podem
produzir formas bem diferentes de uma simples bolha esférica, de forma que há uma
profusão de formas e cores, e as nebulosas planetárias podem ser bem diferentes
entre si, como veremos nos exemplos a seguir:
NGC 6302: A Nebulosa Borboleta
Crédito da imagem: NASA, ESA, e Hubble SM4 ERO Equipe

Explicação: Os aglomerados e nebulosas vistos no céu


noturno do planeta Terra às vezes recebem os nomes de
flores e insetos. Apesar da sua envergadura cobrir mais de
três anos-luz, NGC 6302 não é uma exceção. Com uma
temperatura superficial estimada de cerca de 250.000 °C,
a estrela agonizante que fica no centro da nebulosa
tornou-se excepcionalmente quente, brilhando
poderosamente em radiação ultravioleta. Apesar do brilho,
ela se mantém escondida da visão direta por um toro de
poeira, ou seja, um gigantesco “donut” de poeira ao redor
da estrela. Essa imagem, um zoom nítido e colorido de
NGC 6302, foi obtida em 2009 pela câmera de grande
campo número três, do Telescópio Espacial Hubble,
instalada durante a última missão de serviço, feita por
astronautas com o auxílio de um ônibus espacial.
Atravessando uma brilhante cavidade de gás ionizado, o
toro de poeira ao redor da estrela central está próximo ao
centro da imagem, e é visto quase de perfil; o hidrogênio
molecular já foi detectado nessa “mortalha estelar”. NGC
6302 localiza-se a quatro mil anos-luz, na constelação de
Scorpius, o Escorpião.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130607.html

M57: A Nebulosa do Anel


Crédito da imagem: NASA, ESA, e Hubble Heritage (STScI /
AURA) - ESA / Hubble Colaboração

Explicação: Exceto pelos anéis de Saturno, a Nebulosa do


Anel (M57) é provavelmente o mais famoso anel celestial.
Sua aparência clássica é decorrência da nossa própria
perspectiva, no entanto. O recente mapeamento da
estrutura tridimensional da nebulosa em expansão,
baseado em parte nesta imagem detalhada fornecida pelo
telescópio espacial Hubble indica que a nebulosa é
relativamente densa, um toro (forma da câmara de pneu,
ou de um “donut”) que envolve uma nuvem luminescente
em forma de bola de futebol americano. A perspectiva que
temos da Terra é ao longo eixo dessa bola que se encaixa
dentro do buraco da “câmara de pneu”, que é vista de
frente. Como se sabe, neste exemplo bem estudado deste
tipo de nebulosa, o material incandescente não vem de
planetas, apesar do nome “nebulosa planetária”. Trata-se,
na verdade de uma “mortalha gasosa” formada por
camadas exteriores expulsas pela estrela agonizante,
outrora uma estrela similar ao Sol, agora um pequeno
ponto de luz visto no centro da nebulosa. A luz
ultravioleta intensa da estrela central quente ioniza o gás
(isto é, arranca os elétrons de alguns átomos). Na foto, a
cor azul no centro é produzida pelo hélio ionizado, a cor
turquesa do anel interno é provém do hidrogênio e do
oxigênio e a cor avermelhada vista no anel externo, do
nitrogênio e do enxofre. A Nebulosa do Anel têm um ano-
luz de diâmetro e fica a 2.000 anos-luz de distância.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130605.html

NGC 3132: A Nebulosa do Anel Sul


Crédito da Imagem: Arquivo do Legado do Hubble , ESA,
NASA, Processamento - Donald Waid

Explicação: É a estrela fraca, e não a brilhante, perto do


centro da NGC 3132 que criou essa nebulosa planetária
estranha, mas bonita. Apelidado de Nebulosa Explosão-
Oito e de Nebulosa do Anel Sul, é o resultado do gás
brilhante originado nas camadas externas de uma estrela
como o nosso Sol. Nesta imagem colorida reprocessado, a
piscina púrpura quente de luz visto em torno deste
sistema binário é energizada pela superfície quente da
estrela fraca. Embora fotografado para explorar simetrias
incomuns, são as assimetrias que ajudam a tornar esta
nebulosa planetária tão intrigante. Nem a forma incomum
da concha mais fria em torno e nem a estrutura e
colocação das faixas de poeira filamentar que atravessam
NGC 3132 são bem compreendidas.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130409.html

RESTOS DE SUPERNOVAS: como o próprio nome sugere, este tipo de nuvem é gerado
pela explosão de uma estrela, fenômeno esse chamado de supernova. Quando isso
ocorre, os gases existentes na estrela são expulsos violentamente para todas as
direções e de forma irregular, tal como ocorre com uma bomba aqui na Terra. O
resultado é uma nuvem esparsa, amorfa e brilhante, devido à alta energia expelida na
explosão e também aos elementos radiativos criados no momento da explosão. Nas
figuras a seguir veremos alguns exemplos.

Supernova de Kepler em Raios-X


Crédito de imagem: Raio X: NASA / CXC / NCSU / M.
Burkey et al. Óptico: DSS

Explicação: O que causou essa confusão? Algum tipo de


estrela que explodiu para criar a nebulosa com formato
incomum conhecido como supernova de Kepler, mas que
tipo? A luz da explosão estelar que criou esta nuvem
cósmica energizada foi vista pela primeira vez no planeta
Terra em outubro de 1604, apenas quatrocentos anos
atrás. A supernova produziu uma nova estrela brilhante no
céu do século 17 e dentro da constelação de Ofíuco. Essa
nova luz no céu foi estudada pelo astrônomo Johannes
Kepler e seus contemporâneos, sem o benefício de um
telescópio, enquanto procuravam uma explicação da
aparição celeste. Armado com uma compreensão moderna
da evolução estelar, os primeiros astrônomos do século
21 continuam a explorar a nuvem de detritos em
expansão, mas agora pode usar telescópios espaciais em
órbita para o levantamento da supernova remanescente de
Kepler em todo o espectro. Dados e imagens da
supernova remanescente de Kepler tomada pelo
observatório orbital Chandra de raios-X tem mostrado
abundâncias de elementos químicos relativos a uma
supernova de tipo Ia, e ainda indicou que o progenitor era
uma estrela anã branca, que explodiu quando acrescida
de mais materiais de uma estrela companheira - uma
gigante vermelha e no processo ultrapassou o limite de
Chandrasekhar. Ela está a 13 mil anos-luz de distância, a
supernova de Kepler representa a mais recente explosão
estelar vista a ocorrer dentro de nossa Galáxia a Via
Láctea.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130515.html
http://chandra.si.edu/photo/2013/kepler/
NGC 6960: A Nebulosa Vassoura da Bruxa
Crédito de imagem e direitos autorais: Martin Pugh (
Heaven's Mirror Observatory)

Explicação: Dez mil anos atrás, antes do início da história


humana, uma nova luz teria de repente aparecido no céu à
noite e desapareceu depois de algumas semanas. Hoje
sabemos que esta luz era de uma supernova, ou estrela
explodindo, e registramos hoje a nuvem de detritos em
expansão como a Nebulosa do Véu, um remanescente de
supernova. Esta visão telescópica acurada é centrada em
um segmento ocidental da Nebulosa do Véu catalogada
como NGC 6960, mas menos e formalmente conhecido
como Nebulosa Vassoura da Bruxa. Arrancada na explosão
cataclísmica, a onda de choque através do espaço
interestelar está a varrer o material interestelar.
Trabalhada com filtros de banda estreita, os filamentos
brilhantes são como ondas longas e muito bem separadas
em hidrogênio atômico (vermelho) e oxigênio (azul e
verde) do gás. O remanescente de supernova completo
fica a 1.400 anos-luz em direção à constelação do Cisne.
A Vassoura da Bruxa se estende por cerca de 35 anos-luz.
A estrela brilhante no quadro é a 52 Cygni, visível a olho
nu a partir de um local escuro, mas sem relação com o
antigo remanescente de supernova.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130529.html

NGC 2736: A Nebulosa do Lápis


Crédito da Imagem: ESO

Explicação: Esta onda de choque, espalhada pelo espaço a


mais de 500.000 quilômetros por hora está se movendo
em direção à parte inferior, nesta composição colorida
belamente detalhada, os finos filamentos trançados são
realmente longas ondulações em uma folha de gás
incandescente visto quase de lado. Catalogada como NGC
2736, a sua aparência estreita sugere seu nome popular, a
Nebulosa do Lápis. Cerca de 5 anos-luz de comprimento e
apenas a 800 anos-luz de distância, a Nebulosa do Lápis
é apenas uma pequena parte da remanescente supernova
de Vela. A própria remanescente de Vela possui 100 anos-
luz de diâmetro e é a nuvem de detritos em expansão de
uma estrela que foi visto a explodir a 11.000 anos atrás.
Inicialmente, a onda de choque estava se movendo em
milhões de quilômetros por hora, mas diminuiu
consideravelmente, varrendo-se em torno do gás
interestelar.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap120924.html

GALÁXIAS

Todos os objetos até agora vistos se encontram dentro de uma estrutura chamada de
Galáxia, com "G" maiúsculo, representando o conjunto em que nós estamos. Portanto
uma galáxia é um conjunto de estrelas, planetas, aglomerados, nebulosas, poeira e
gases, que estão confinados num pedaço do espaço sideral. São como ilhas no
Oceano. A nossa Galáxia é por vezes chamada de Via Láctea, e estima-se que ela tenha
cerca de 100.000 anos-luz de diâmetro, 16.000 anos-luz de espessura e 100 bilhões
de estrelas.

Existem milhões de galáxias no Universo, com variadas formas e tamanhos, algumas


próximas, outras distantes de nós. As galáxias, de acordo com o formato, são
classificadas em elípticas, lenticulares, espirais, espirais barradas e irregulares. A
nossa Galáxia, acredita-se, é uma espiral barrada, ou seja, é parecida com um
redemoinho, ou a figura típica da água ao escorrer pelo ralo de uma pia. Um exemplo
de espiral é a galáxia de Andrômeda, que possui 400 bilhões de estrelas e 200.000
anos luz de diâmetro; esta é a galáxia de grande porte mais próxima da nossa, e está
a 2,2 milhões de anos-luz de distância. Outro exemplo de galáxia espiral é o
"Sombrero", em Virgem, que é vista de perfil da Terra. O outro tipo de espiral é a
barrada, que é uma espiral cujo núcleo é transpassado por uma barra de estrelas, e
dela saem os braços espirais. São exemplos: NGC 1365; NGC 1300, M81, NGC 1530,
etc. As elípticas não possuem braços espirais e quase nenhum gás para formar novas
estrelas: elas se parecem com os núcleos das galáxias espirais. A galáxia M87 é uma
das maiores galáxias conhecidas, com um trilhão de estrelas e é do tipo elíptica. As
elípticas vão do formato esférico até as bem alongadas, como um grão de arroz. Já as
do tipo irregulares não têm forma definida, como o próprio nome sugere. São
exemplos: a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães, galáxias satélites da nossa;
NGC 55, na constelação do Escultor; a M82 em Ursa Maior; etc.

É importante ressaltar que todas as outras galáxias existentes no Universo se


encontram fora da nossa própria Galáxia, a Via Láctea e que a nossa é apenas uma
dentre as milhões de galáxias observáveis Universo afora.
M64: Galáxia do Olho Negro
Crédito de imagem e direitos autorais: Martin Pugh

Explicação: Este bela, brilhante, galáxia espiral Messier 64


é muitas vezes chamada de Galáxia do Olho Negro ou a
Galáxia da Bela Adormecida por sua aparência de
pálpebras pesadas vista ao telescópio. M64 está a 17
milhões de anos-luz distante de nós e na constelação da
Cabeleira de Berenice. Na verdade, a galáxia de olhos
vermelhos também pode ser um apelido apropriado nesta
composição colorida. As enormes nuvens de poeira que
obscurecem próximo ao lado da região central de M64 são
associados com o brilho avermelhado revelador de
hidrogênio, comumente associado a regiões formadoras
de estrelas. Mas não é só essas características peculiares
desta galáxia. As observações mostram que M64 é na
verdade composto de duas galáxias, dois sistemas
concêntricos em contra-rotação. Enquanto todas as
estrelas M64 giram na mesma direcção que o gás
interestelar na região central da galáxia, o gás nas regiões
exteriores, que se estende até cerca de 40.000 anos-luz,
roda na direcção oposta. O olho empoeirado e rotação
bizarra é provavelmente o resultado de um bilhão de anos
de idade na fusão de duas galáxias diferentes.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130404.html

Galáxia Espiral M81 e arco de Arp


Crédito de imagem e direitos autorais: Bernard Miller

Explicação: Uma das galáxias mais brilhantes no céu do


planeta Terra é similar em tamanho a nossa Via Láctea.
Esta grande galáxia espiral (M81) encontra-se a 11,8
milhões de anos-luz de distância na direção da
constelação da Ursa Maior. A imagem de fundo da região
revela detalhes do núcleo amarelo brilhante, mas ao
mesmo tempo segue características mais fracas ao longo
de lindos braços espirais azuis da galáxia e faixas de
poeira. Ela também apresenta um arco expansivo,
conhecido como arco de Arp (Halton Arp), que parece
subir a partir do disco da galáxia no canto superior
direito. Esse arco estudado na década de 1960 foi
cosiderado decorrente de forças de marés de material
retirado de M81 pela interação gravitacional com a sua
galáxia vizinha M82. Mas uma investigação posterior
mostra que pelo menos alguns dos arcos de Arp
provavelmente está dentro da nossa própria galáxia. As
cores do arco em luz visível e infravermelha combinadas
com as cores das nuvens penetrantes de poeira,
relativamente inexploradas estão apenas algumas
centenas de anos-luz acima do plano da Via Láctea. Junto
com as estrelas da Via Láctea, as nuvens de poeira se
encontram no primeiro plano desta visão notável. Uma
galáxia anã companheira de M81, Holmberg IX, pode ser
vista logo acima da grande espiral. No céu, esta imagem
se estende por cerca de 0,5 graus, o tamanho da Lua
Cheia.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130416.html

Galáxia do Sombrero vista pelo Hubble


Crédito: NASA, ESA, e Hubble Heritage Team (STScI /
AURA)

Explicação: O que está acontecendo no centro da galáxia


espiral? Nomeado de Galáxia do Sombrero pela sua
semelhança com um chapéu, M104, possui uma faixa
proeminente da poeira e um halo brilhante de estrelas e
aglomerados globulares. Razões para um Chapéu de
Sombrero como a aparência incluem um grande e
prolongado bojo central de estrelas, e faixas de poeira
escura proeminentes que aparecem em um disco que
vemos quase de lado. Bilhões de estrelas velhas causam o
brilho difuso do bojo central. A inspeção da protuberância
na fotografia acima mostra muitos pontos de luz que são,
na verdade, aglomerados globulares de estrelas muitos
jovens e brilhantes e o espetacular anel de poeira de
M104. Tudo isso mostra intrincados detalhes que os
astrônomos ainda não entendem completamente. O
centro da Galáxia do Sombrero brilha em todo o espectro
eletromagnético, e considera-se que M104 abrigue um
grande buraco negro. A luz da Galáxia do sombrero
demora cinquenta milhões de anos para ser vista com um
pequeno telescópio na Terra na direcção da constelação
de Virgem.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap110515.html
GRUPOS de GALÁXIAS

No Cosmos, as maiorias dos objetos tendem a se agruparem. Seja em sistemas


planetários (grupos de planetas luas e estrelas), seja em sistemas estelares (estrelas
binárias, triplas, etc.), em aglomerados de estrelas (abertos ou globulares), e tudo isso
se agrupa em galáxias. Nesse sentido, nada mais natural que as galáxias se
agruparem. Pois é isso mesmo que acontece. As galáxias formam grupos, que
possuem vários tamanhos e variam em quantidade de elementos.

GRUPO

Um grupo é um conjunto de galáxias, onde pelo menos 12 (doze) delas são mais
luminosas que a magnitude absoluta -16, e que estão contidas num volume mínimo
de um Mpc (megaparsec, equivalente a 3,26 milhões de anos-luz) de raio. Essa
concentração de estrelas representa cerca de 10 vezes a densidade de fora do grupo.

O GRUPO LOCAL DE GALÁXIAS

A nossa Galáxia, a Via Láctea, também pertence a um grupo, chamado


apropriadamente de Grupo Local. Ele é uma região que abrange as galáxias existentes
dentro de um raio de 1,3 Mpc, a partir da nossa Galáxia.

Numa listagem, conferimos os constituintes do Grupo. Existem duas galáxias espirais


gigantes, Andrômeda (M31) e a Via Láctea; uma espiral menor, a galáxia do Triângulo
(M33) duas galáxias irregulares (as nuvens de Magalhães); uma pequena elíptica (M32
- satélite de Andrômeda) e dezenas de galáxias anãs de vários tipos (anãs irregulares,
elípticas anãs, anãs esferoidais). Embora se acredite que haja membros que ainda não
foram descobertos, pode-se estimar em torno de quarenta o número de objetos mais
brilhantes, havendo ainda um tipo recentemente descoberto (2007) de galáxias
ultradébeis, que podem elevar consideravelmente o número de objetos do Grupo
Local .

Não há uma concentração central no nosso Grupo, existem pelo menos dois
subgrupos, centrados na nossa Galáxia e em Andrômeda. Estas duas por si só
concentram 70% da massa total do Grupo, a qual equivale a cerca de 650 bilhões de
massas solares. Dada essa distribuição de massas, o centro do nosso Grupo encontra-
se quase à metade da distância entre a nossa Galáxia e a galáxia de Andrômeda (cerca
de 2,2 milhões de anos-luz).

A partir desses dados, é calculada uma massa, chamada massa dinâmica, que possui
uma magnitude quatro vezes maior que a observada. Isso nos leva a concluir que
existe mais massa que a observada, mas onde ela estaria? Parte pode ser encontrada
em galáxias invisíveis da Terra, devido, basicamente, a dois motivos:
 Galáxias podem estar atrás da nossa, ou seja, o plano galáctico impede a
detecção de possíveis objetos que estejam naquela posição;
 Galáxias anãs não são facilmente detectadas quando se encontram além da
distância que nos separa de Andrômeda.

Além dessas galáxias não detectadas, a “massa faltante” pode existir sob a forma de
matéria escura, cujas propriedades e constituição são objeto de pesquisa atual em
Física, Astrofísica e Cosmologia.

Representação 3D do nosso Grupo Local.

Créditos: http://en.wikipedia.org/wiki/Local_Group

Redesenhado de File:Local Group.JPG , original


Fonte de
http://www.atlasoftheuniverse.com

Autor Richard Powell

Estrela Regulus (de Leão) perto da galáxai anã


Leo I
Créditos e direitos autorais: Chris Cook (CookPhoto.com)

Explicação: A estrela no topo é tão brilhante que às vezes


é difícil perceber a galáxia em direção ao fundo. Na foto
acima, tanto a estrela Regulus, e da galáxia, Leo I, podem
ser encontradas dentro de um grau e ambas estão na
constelação de Leão (Leo). Regulus é parte de um sistema
de estrelas múltiplas, com um companheiro próximo,
estrela dupla visível no canto inferior esquerdo da jovem
estrela da sequência principal. Leo I é uma galáxia anã
esferoidal do Grupo Local de galáxias dominadas por
nossa Galáxia a Via Láctea e M31. Leo I é considerada a
mais distante das galáxias anãs da nossa vizinhança
Regulus está distante 75 anos-luz , em contraste com Leo
1, que fica a 800.000 anos-luz de distância.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap120110.html
NGC 6822: Galáxia de Barnard
Crédito de imagem e direitos autorais: Stephen Leshin,
Colaboração: Deidre Hunter e LARI

Explicação: Galáxias espirais grandes muitas vezes


parecem receber toda a glória, ostentando suas estrelas
brilhantes jovens, aglomerados de estrelas e belos braços
espirais simétricos. Mas as pequenas galáxias se
constituem de estrelas também, nas proximidades NGC
6822, também conhecida como Galáxia de Barnard. Além
de um campo estelar rico, na direção da constelação de
Sagitário, a NGC 6822 está a 1,5 milhões de anos-luz de
distância, um membro do nosso grupo local de galáxias.
Cerca de 7.000 anos-luz de diâmetro. A galáxia anã
irregular contém jovens estrelas azuis e um brilho rosado
de hidrogênio de regiões de formação estelar na imagem
composta. Essa imagem de uma pequena galáxia foi feita
como parte da Iniciativa de Pesquisa Amateur Lowell (Lari),
com colaborações de astrônomos amadores.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130208.html

M31: A galáxia de Andrômeda


Crédito de imagem e direitos autorais: Lorenzo Comolli

Explicação: Andromeda é a maior galáxia próxima da


nossa Via Láctea. Nossa galáxia é considerada semelhante
em muito com Andrômeda. Juntas, estas duas galáxias
dominam o Grupo Local de galáxias. A luz difusa de
Andrômeda é causada por centenas de bilhões de estrelas.
As várias estrelas distintas que envolvem imagem de
Andromeda são realmente estrelas em nossa galáxia que
estão bem na frente do fundo do objeto. Andromeda é
frequentemente referido como M31, uma vez que é o
objeto 31 na lista de objetos do céu difusos de Charles
Messier. M31 é tão distante que leva cerca de dois
milhões anos para a luz chegar até nós. Embora visível a
olho nu, a imagem acima de M31 foi tirada com um
pequeno telescópio. Muito sobre Andromeda permanece
desconhecido, incluindo como ela adquiriu um centro
duplo.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130626.html
Além do nosso Grupo, existem vários outros aglomerados de galáxias espalhados pelo
Cosmo, e na nossa vizinhança encontramos os dois mais próximos, que são o grupo
do Escultor a 2,4 Mpc de distância e o grupo da Ursa Maior-Camaleão a 3,0 Mpc de
distância.

ALÉM DOS GRUPOS: OS AGLOMERADOS DE GALÁXIAS

Se a nossa escala de tamanho se ampliasse, iríamos nos deparar com grupos de


grupos de grupos e assim por diante, até chegarmos aos superaglomerados de
galáxias e às estruturas filamentares do universo, onde cada superaglomerado é
mostrado como um mísero pontinho num esquema desenhado.

Aglomedaro de Galáxias de Virgem


Crédito de imagem e direitos autorais: Rogelio Bernal
Andreo

Explicação: Bem mais de mil galáxias são conhecidas os


membros do aglomerado de Virgem, um grande
aglomerado de galáxias próximo de nosso próprio grupo
local. Na verdade, o aglomerado de galáxias é difícil de
apreciar por completo, porque abrange uma área tão
grande no céu. Cobre cerca 5x3 graus, neste mosaico de
imagens telescópicas que registra claramente a região
central do aglomerado de Virgem através de tênues
nuvens de poeira persistentes ao primeiro plano e da
nossa galáxia a Via Láctea. Nesse aglomerado M87 é uma
galáxia espiral gigante que domina esse aglomerado, está
apenas abaixo do centro do quadro. Acima de M87 é o
famoso par de galáxias interagindo NGC 4438, também
conhecido como Os Olhos. Um exame mais detalhado da
imagem revelará muitas galáxias menores como manchas
difusas. Em média, as galáxias do aglomerado de Virgem
estão a 48 milhões de anos-luz de distância. A distância
do Aglomerado de Virgem tem sido empregada na
determinação da constante de Hubble e a escala do
Universo.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap110422.html
O Aglomerado Hércules de Galáxias
Créditos e direitos autorais: Tony Hallas

Explicação: Trata-se de galáxias do Aglomerado de


Hércules, um arquipélago de universos-ilhas distante 500
milhões de anos-luz. Também conhecida como Abell
2151, este grupo é composto de gás e de poeira, de
galáxias espirais ricas em formação estelar, mas tem
relativamente poucas galáxias elípticas, que carecem de
gás e poeira e estrelas recém-nascidas associadas. As
cores nesta imagem composta extraordinariamente de céu
profundo mostram claramente a formação de estrelas das
galáxias com uma tonalidade azul e galáxias com
populações estelares mais velhas com um tom amarelado.
A imagem nítida com 3/4 de grau do céu através do
centro do aglomerado, o que corresponde a mais de 6
milhões de anos-luz de distância. Nessa imagem muitas
galáxias parecem estar colidindo ou em fusão, enquanto
outras parecem distorcidas - evidência clara de que as
galáxias estão interagindo entre si. Na verdade, o próprio
Aglomerado de Hércules pode ser visto como o resultado
de fusões em curso de aglomerados de galáxias menores
e é considerado ser semelhante aos jovens aglomerados
de galáxias no muito e mais distante Universo primitivo.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap090716.html

O Aglomerado de galáxias de Fornax


Crédito de imagem e direitos autorais: Marco Lorenzi

Explicação: Como é que aglomerados de galáxias se


formam e evoluem? Para ajudar a descobrir, os
astrônomos continuam a estudar o segundo aglomerado
de galáxias mais próximo à Terra: o aglomerado de
Fornax, nomeado pela constelação do sul em direção ao
qual a maioria de suas galáxias podem ser encontradas.
Embora quase 20 vezes mais distante do que a nossa
vizinha galáxia de Andrômeda, Fornax é apenas cerca de
10 por cento do aglomerado de Virgem a região mais
populosa de galáxias. Fornax tem uma região central bem
definida que contém muitas galáxias, mas ainda está
evoluindo. Tem outros grupo de galáxias que aparecem
distintos e ainda estão a se unir. Visto aqui, quase todas
as mancha amareladas na imagem é uma galáxia elíptica.
A pitoresca galáxia espiral barrada NGC 1365 visível no
canto inferior direito é também um membro bem evidente
do aglomerado de Fornax.

Disponível
em: http://apod.nasa.gov/apod/ap130111.html

Nebulosas são nuvens moleculares de hidrogênio, poeira, plasma e outros


gases ionizados. São regiões de constante formação estelar, e isso ocorre
quando partes do material que constitui a nebulosa começam a se aglutinar,
formando estrelas e sistemas planetários, assim como o nosso.

Quando parte de uma nebulosa começa a se aglutinar, a atração gravitacional


se encarrega para completar o processo de formação de novas estrelas. Este
evento é conhecido como "colapso gravitacional". As nebulosas se
encontram no interior de galáxias, no meio inter-estelar.

Tipos de Nebulosas
- Nebulosa de emissão
- Nebulosa de reflexão
- Nebulosa escura
- Nebulosa planetária

Nebulosas de emissão são nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos


na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e
emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes
de néon brilham praticamente da mesma maneira). Nebulosas de
emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, o gás mais
comum do Universo e que comumente emite luz vermelha. Um exemplo
de nebulosa de emissãoé a nebulosa de Orion (imagem ao lado).
Esta nebulosa encontra-se a 1.800 anos luz do Sol, e é formada por gases
que rodeiam um grupo de estrelas jovens, cujos átomos se excitam com a
energia dessas estrelas.

Nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz


de uma estrela ou de estrelas próximas. Nebulosas de reflexão são
geralmente azuis porque a luz azul é espalhada mais facilmente. Nebulosas
de emissão e de reflexão são geralmente vistas juntas e são também
chamadas de nebulosas difusas. Conhecemos cerca de 500 nebulosas de
reflexão. Umas das mais famosas nebulosas de reflexão é a que rodeia as
estrelas das Plêiades. Uma nebulosa de reflexão azul pode também ser vista
na mesma área do céu que a Nebulosa da Trífida. A gigante estrela Antares,
que é muito vermelha, é rodeada por uma grande nebulosa de reflexão
vermelha. Na imagem ao lado, veja a Nebulosa de Refexão IC2118 (The
Witch Head Nebula), na constelação de Eridanus.

As Nebulosas escuras são nuvens de gás e poeira que impedem quase


completamente a luz de passar por elas, e são identificadas pelo contraste com
o céu ao redor delas, que é sempre mais estrelado ou luminoso. Elas podem
estar associadas à regiões de formação estelar. As maiores nebulosas
escuras são visíveis a olho nu, e elas aparecem como caminhos escuros
contra o fundo brilhante da Via Láctea. Exemplos são a Nebulosa Saco de
Carvão e a Nebulosa Cabeça de Cavalo (imagem ao lado).

As Nebulosas planetárias receberam esse nome de William Herschel porque


quando foram vistas ao telescópio pela primeira vez,elas se pareciam com um
planeta. Posteriormente se descobriu que elas na verdade não são nuvens
moleculares e locais de formação de estrelas, e sim, que eram causadas por
material ejetado de uma estrela central, que pode ter explodido como uma
supernova. Este material é iluminado pela estrela central e brilha, podendo ser
observado um espectro de emissão. A estrela central normalmente termina
como uma anã branca. Ou seja, as nebulosas planetárias são na verdade, a
morte, ou o estágio final de estrelas. Cientistas acreditam que este será o fim
do Sol daqui a aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Um belo exemplo
de nebulosa planetária é a Nebulosa M57 ( Nebulosa do Anel, imagem acima)
que encontra-se a 2.300 anos-luz de distância, podendo ser vista na
constelação de Lira.

Tipos de Nebulosas
A nebulosa de Orion é uma nebulosa emissora. Ela é iluminada e aquecida por
quatro estrelas maciças conhecidas como Trapézio, que estão posicionadas perto
do centro da imagem. Cortesia da NASA e STScI

Nebulosas são nuvens de poeira e gás interestelar que se localizam, na


maioria das vezes, no interior das galáxias. Ela só se torna visível se o gás brilha,
se uma nuvem reflete a luz das estrelas ou se ela própria encobre a luz dos
objetos distantes. A maioria das nebulosas estão em intensa atividade de
formação estelar.

Os diferentes tipos de nebulosas existentes são:

Nebulosas brilhantes por emissão - São nuvens de gás que brilham pela
reemissão da energia absorvida de estrelas quentes existentes no meio da nuvem, após
alterações no nível de energia interno de seus átomos, tendo assim, um espectro
brilhante, diferente do espectro das estrelas que as excita. O brilho avermelhado indica
a presença de hidrogénio, enquanto o oxigénio emite radiação esverdeada. Um exemplo
típico é a Grande Nebulosa de Orion, M 42, onde as mais jovens estrelas conhecidas
estão sendo formadas.
Nebulosas brilhantes por reflexão - São nuvens de gás e poeira, apenas
iluminadas pela luz de estrelas vizinhas. São muito menos brilhantes e têm o mesmo
espectro da estrela que gera a luz. Um exemplo é a nebulosidade que envolve as
Plêiades, M 45, na constelação de Taurus. Esta nebulosidade só aparece em fotografias
de longa exposição.
Nebulosas planetárias - São assim chamadas por serem geralmente arredondadas e
de pequena luminosidade, como um planeta visto pelo telescópio. Normalmente têm no
seu centro uma pequena anã branca que lhe deu origem, ejectando a nuvem de gás
numa explosão que marca o fim da vida da estrela. Um bom exemplo deste tipo é a
Nebulosa do Anel, M 57, na constelação da Lira.
Nebulosas escuras - São concentrações de matéria interestrelar que obscurecem as
estrelas ao fundo. Acredita-se que a maior parte da massa de todo o universo esteja
concentrada nestas nuvens escuras de poeira. O Saco de Carvão a sudeste do Cruzeiro
do Sul é típico desta classe. As poucas estrelas que são vistas nesta região estão mais
próximas de nós que a nuvem escura. Outro exemplo interessante é a Cabeça de Cavalo,
NGC-2024, ao sul de zeta Orionis, destacada contra uma nebulosa brilhante, mas de
difícil visualização, já que exige um telescópio de grande abertura.
Nebulosa solar: é uma nuvem de gás e poeira do cosmos que está relacionada
diretamente com a origem do Sistema Solar. A hipótese nebular foi proposta em 1755
por Immanuel Kant em que defendia que as nebulosas giravam lentamente em torno da
sua origem.
Restos de Supernovas: como o próprio nome sugere, este tipo de nuvem é gerado
pela explosão de uma estrela, fenômeno esse chamado de supernova. Quando isso
ocorre, os gases existentes na estrela são expulsos violentamente, para todas as
direções, de forma irregular, tal como uma bomba aqui na Terra. O resultado é uma
nuvem esparsa, amorfa e brilhante, devido à alta energia expelida na explosão. Três
exemplos ilustram o modelo: a nebulosa do Caranguejo, em Touro, cuja explosão foi
avistada pelos chineses em 1054, durante o dia; a nebulosa do "Véu de Noiva" em
Cisne; e a nebulosa da Vela.

Tempo de Vida:

Os gases das nebulosas planetárias afastam-se da estrela central a uma velocidade


aproximada de alguns quilômetros por hora. Simultaneamente à expansão dos gases, a
estrela central arrefece à medida que irradia a sua energia - as reações de fusão
pararam porque a estela não tem a massa necessária para gerar no seu núcleo as
temperaturas requeridas para se dar a fusão de carbono e oxigênio. Eventualmente, a
temperatura estelar irá arrefecer de tal maneira que não poderá ser libertada suficiente
radiação ultravioleta para ionizar a nuvem gasosa cada vez mais distante. A estrela
transforma-se numa anã branca e o gás adjacente recombina-se, tornando-se invisível.
Para uma nebulosa planetária tipica deverão passar 10.000 anos entre a sua formação e
a recombinação dos gases.

A nebulosa da Cabeça de Cavalo é uma nebulosa escura localizada em Orion. Só é


visível porque está posicionada diante de um fundo mais claro. Cortesia da NASA e
STScI

Charles Messier, um astrônomo francês, começou a catalogar objetos celestes não


estelares, no século 18. Em lugar de usar nomes, ele optou por números. O primeiro
objeto que ele registrou foi a nebulosa do Caranguejo, em Touro, à qual ele aplicou a
designação Messier-1, ou M-1. Ele deu à nebulosa do Anel a designação M-57.Galáxias
também vieram a fazer parte de sua lista. A galáxia de Andrômeda, a 31ª que ele
registrou, ganhou a designação M-31. No século 19, astrônomos amadores deram
nomes comuns a quase todos os objetos de Messier, com base em sua aparência. É por
isso que nomes como nebulosa do Sino, nebulosa da Cabeça de Cavalo e nebulosa da
Coruja foram adotados. Algumas nebulosas, como a de Orion, receberam o nome da
constelação da qual pareciam fazer parte. Poucos dos nomes, porém, indicam o papel
vital que as nebulosas desempenham no cosmos.
Fonte: http://www.cdcc.usp.br/

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