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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DÉBORA BATISTA ROGRIGUES


GUILHERME FIGUEIREDO DE SOUZA
LEANDRO ALVES
LUAN DE PRA
PETTER RODRIGUES RIBAS

SEMINÁRIO TEMÁTICO II
GESTÃO PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO

Araranguá
2014
DÉBORA BATISTA ROGRIGUES
GUILHERME FIGUEIREDO DE SOUZA
LEANDRO ALVES
LUAN DE PRA
PETTER RODRIGUES RIBAS

SEMINÁRIO TEMÁTICO II
GESTÃO PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO

Seminário submetido ao Curso de Graduação em


Administração Pública da Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito parcial à obtenção de aprovação na
disciplina de Seminário Temático II.

Professor: Joana Stelzer

Araranguá
2014
LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 – Enchente em Tubarão no dia 23 de março de 1974.............................................. 11


Imagem 2 – Bandeira Municipal de Tubarão ........................................................................... 13
Imagem 3 – Atual Prefeito de Tubarão, João Olávio Falchetti. ............................................... 25
Imagem 4 – Sede da Prefeitura de Tubarão. ............................................................................. 26
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados gerais do município de Tubarão. ................................................................. 12


Tabela 2 – Limites de Tubarão ................................................................................................. 12
Tabela 3 – Bairros de Tubarão ................................................................................................. 13
Tabela 4 – Bancadas Partidárias da Câmara Municipal de Tubarão. ....................................... 17
Tabela 5 – Composição da Câmara Municipal de Tubarão...................................................... 18
Tabela 6 – Composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Tubarão ......................... 18
Tabela 7 – Demonstrativo de Despesa com Pessoal relativo ao ano de 2013. ......................... 22
Tabela 8 – Balancete de julho de 2014. .................................................................................... 23
Tabela 9 – Composição do poder Executivo. ........................................................................... 27
Tabela 10 – Demonstrativo Financeiro. ................................................................................... 34
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2 ASPECTOS DA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL .................................................... 6
2.1 CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL .............................................................................. 10
2.1.1 Dados Gerais ................................................................................................................ 12
2.1.1 Aspectos Físicos ........................................................................................................... 14
2.1.2 Aspectos Sociais, Econômicos e Estatísticos ............................................................. 14
2.2 PODER LEGISLATIVO ................................................................................................. 16
2.3 PODER EXECUTIVO..................................................................................................... 24
2.3.1 Prefeito ......................................................................................................................... 25
2.3.2 Prefeitura ..................................................................................................................... 26
2.3.3 Composição .................................................................................................................. 27
2.3.4 Secretarias e Fundações .............................................................................................. 27
2.3.4.1 Visão geral das Principais Secretarias ........................................................................ 28
2.3.4.2 Secretaria de Governo ................................................................................................ 29
2.3.4.2.1 Fundação Municipal de Saúde ................................................................................ 29
2.3.4.2.2 Controladoria Geral do Município ......................................................................... 30
2.3.5 Férias do Prefeito ........................................................................................................ 30
2.3.6 Crime de Responsabilidade do Prefeito .................................................................... 30
2.3.7 Foro Privilegiado ......................................................................................................... 31
2.4 AUTONOMIA MUNICIPAL .......................................................................................... 31
2.4.1 Autonomia Administrativa ......................................................................................... 31
2.4.2 Autonomia Política ...................................................................................................... 33
2.4.3 Autonomia Financeira ................................................................................................ 34
2.5 AVALIAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL ................................................................... 35
3 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 37
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 39
5

1 INTRODUÇÃO

O estado de Santa Catarina é composto por 295 municípios, sendo o menor estado
do sul do país em extensão territorial. No entanto, Santa Catarina apresenta uma grande
diversidade populacional, o que faz com que seja a 12ª maior unidade da federação em
número de habitantes. O estado possui, ainda, elevado desenvolvimento organizacional
descentralizado em termos de gerencia governamental e administrativa, onde o governo de
cada município é responsável por lidar com os deveres e responsabilidades a nível local e
regional. Desta forma, no intuito de conhecer os aspectos gerenciais vinculados aos poderes
municipais, a pesquisa em questão, buscou detalhar como acontece uma gestão pública a nível
local e para isso utilizou como exemplo a cidade de Tubarão.
Os capítulos a seguir tratam de aspectos relacionados à gestão governamental e as
características sociais, econômicas e políticas do município, bem como fatores relacionados à
sua geografia. Buscou-se também averiguar as estruturas legislativa, executiva e
administrativa do governo local, observando, de tal modo, aspectos condizentes com o
financiamento, organização, e legislação de tais entes municipais. Por fim, tomou-se
conhecimento da autonomia municipal, a qual foi averiguada em confronto com o que
apontam dispositivos legais federais e municipais referentes a circunstâncias administrativas,
políticas e financeiras da cidade de Tubarão.
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2 ASPECTOS DA GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL

Atualmente os municípios recebem relevante destaque dentro do país, de modo


acentuado em função da Constituição Federal de 1988, cujo art. 1º elevou o município à
categoria de ente federado, além de incluí-lo na estrutura federativa como parte importante da
mesma (VITAL, 2011). Conforme art. 1º da Constituição Federal de 1988, a República
Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito [...] (BRASIL, 2013).
Até o advento da Constituição Federal, os municípios eram vistos apenas como
uma extensão do estado no qual estavam inseridos, sendo responsabilidade do estado atender,
ou tentar atender aos interesses do município (VITAL, 2011).
Cabe citar que os municípios não tinham qualquer forma de autonomia, apenas
recebendo do estado os recursos que este decidia por destinar ao município e, com isso, os
prefeitos eram apenas representantes das imposições do estado sobre os municípios.

[...] no Brasil, o sistema constitucional eleva os Municípios à categoria de entidades


autônomas, isto é, entidades dotadas de organização e governos próprios e
competências exclusivas. Com isso, a Federação brasileira adquire peculiaridade,
configurando-se, nela, realmente três esferas governamentais: a da União (governo
federal), a dos Estados Federados (governos estaduais) e a dos Municípios (governos
municipais) [...] (SILVA, 2013, p. 641).

A autonomia refere-se à possibilidade de tomar decisões, destinar verbas,


proceder de obras, abrir concursos, enfim, pode o município, por meio da figura de seu
governante, o prefeito, e da instituição de governo, a prefeitura, tomar decisões importantes
para seu funcionamento e desenvolvimento, sem a necessidade de autorização do estado
(TEMER, 1999).
Visando a melhor compreensão do município e de sua capacidade atual de
legislar, insta citar o conceito de prefeitura, qual seja:

Dentro dessa estrutura é que se realiza a administração municipal, através da


Prefeitura, órgão pelo qual se manifesta o Poder Executivo do Município.
Caracteriza-se por ser um órgão independente - por não hierarquizado a qualquer
outro; composto - porque integrado por outros órgãos inferiores; central - porque
nele se concentram todas as atribuições do Executivo, para serem distribuídas a seus
órgãos subordinados; e unipessoal - porque atua e decide através de um único
agente, que é o prefeito. E da Câmara dos Vereadores, como órgão legislativo. Essa
composição é uniforme para todos os municípios, variando apenas o número de
Vereadores (VERÍSSIMO, 2001, p. 2).
7

Não obstante, vale ressaltar ainda para melhor compreensão, o conceito da figura
do prefeito municipal como sendo o chefe do poder Executivo municipal, um agente político,
sem a característica de funcionário público, e que assume a direção suprema da Prefeitura. Ao
desempenhar o cargo, concedido ao prefeito por meio de eleição, apenas por pleito direto (art.
14, CF), não fica o prefeito hierarquizado a qualquer autoridade, órgão ou Poder estadual ou
federal, sujeitando-se somente ao controle da Câmara e às leis gerais do Estado-membro e da
União (VERÍSSIMO, 2001). Para Silva (2013, p. 643) a autonomia política do município
depende de quatro bases, quais sejam:

(a) capacidade de auto-organização, mediante a elaboração de lei orgânica própria;


(b) capacidade de autogoverno, pela efetividade do Prefeito e dos Vereadores às
respectivas Câmaras Municipais; (c) capacidade normativa própria, ou capacidade
de autolegislação, mediante a competência de elaboração exclusiva e suplementar;
(d) capacidade de autoadministração (administração própria para manter e prestar os
serviços de interesse local).

Sabe-se que a soberania é ainda mais abrangente do que autonomia, pois a


soberania não está limitada por nenhum outro poder interno, enquanto a autonomia é limitada,
já que os poderes do município, por exemplo, são limitados pelos poderes do estado ou da
Nação. O país é soberano, pois tem a possibilidade de regrar-se por si, com base na
constituição, mas limitações estabelecidas pelos estados ou municípios (TEMER, 1999).
A Constituição Federal deu aos municípios características próprias, ao lado das
duas outras esferas de poder: a União e os estados federados, com autonomia política e
administrativa, conferida pela redação do art. 18: “A organização político-administrativa da
República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição” (BRASIL, 2013).
Relevante o esclarecimento quanto à autonomia conferida aos municípios pela
Constituição Federal:

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 introduziu profundas


alterações no ordenamento constitucional então vigente, a começar pela inserção
formal do Município na Federação e pela significativa ampliação de sua autonomia
política, administrativa e financeira (RESENDE, 2008, p. 13).

Visando conceituar o município, relevantes as palavras de Silva (2013, p. 641),


que esclarece:

[...] o Município brasileiro é entidade estatal integrante da Federação, como entidade


político-administrativa, dotada de autonomia política, administrativa e financeira.
Sua inclusão deve vir acompanhada de reconhecimento constitucional, capacidade
de auto-organização mediante cartas próprias e a ampliação de sua competência,
com a liberação de controles que o sistema até agora vigente lhe impunha,
especialmente por via de leis orgânicas estabelecidas pelos Estados.
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Atualmente os municípios apresentam importante autonomia, com Executivo e


Legislativo próprios, além do poder de auto-organização, proveniente da lei orgânica
(BRASIL, 2013).
Por Lei Orgânica compreende-se uma forma de constituição municipal, cujo texto
traz em si conteúdo de competência exclusiva do município, sempre levado em consideração
as peculiaridades do local. O legislador municipal, quando proceder da elaboração da Lei
Orgânica, não pode deixar de lado, porém, a simetria com a Constituição Federal.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta
Constituição, na Constituição do respectivo Estado [...] (BRASIL, 2013, p. 31).

Nesse sentido, pode-se dizer que a Lei Orgânica trata-se de uma forma de
constituição municipal, já que rege as atividades dentro do município ao qual se aplica, desde
que, por certo, respeite a CF e demais dispositivos legais aplicáveis. “A Lei Orgânica
Municipal é, guardadas as proporções, a Constituição Municipal. O conteúdo básico desta lei
vem previsto na própria Constituição da República, que no seu art. 29 fixa normas para sua
elaboração” (DELLA GIUSTINA, 2001, p. 75).
Nos municípios, o ato de legislar é de responsabilidade das Câmaras Municipais,
que devem votar as leis municipais, sempre em observância com a Constituição Federal, a
Constituição Estadual e com a Lei Orgânica do Município.

Por processo legislativo entende-se o conjunto de atos (iniciativa, emenda, votação


sanção, veto) realizados pelos órgãos legislativos visando a formação das leis
constitucionais, complementares, e ordinárias, resoluções e decretos legislativos.
Tem, pois, por objeto, nos termos do art. 59, a elaboração de emendas à
Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas
provisórias, decretos legislativos e resoluções (SILVA, 2013, p. 523).

A formação das leis é atividade típica do Poder Legislativo e, assim sendo, A


Constituição Federal estabelece o princípio da divisão ou separação dos poderes, em seu art.
2º. De acordo com o referido artigo, cabe ao Poder Legislativo exercer a função legislativa, ou
seja, a criação de normas jurídicas que visam regrar a vida em sociedade no espaço municipal,
enquanto aos Poderes Executivo e Judiciário cabe fazer cumprir a legislação desenvolvida.
A administração pública tem o poder de agir de forma livre, sem vínculos com
condutas específicas, todavia, é essencial que haja respeito aos preceitos constitucionais, já
que a constituição é a Lei maior no país, além de atuar sempre em busca da manutenção e
defesa da ordem pública (DI PIETRO, 2006).
9

Este poder de estabelecer a posição de supremacia da Administração Pública


sobre o âmbito particular é chamado de discricionariedade (DI PIETRO, 2006). Assim sendo,
deve o poder executivo municipal trabalhar que todas as leis sejam cumpridas, tendo em vista,
sempre os interesses públicos sobre os interesses privados.
Os prefeitos, enquanto representantes dos municípios e dos munícipes, contam
com o foro privilegiado, ou seja, a possibilidade de julgamento diferenciado oferecido pelo
ordenamento jurídico brasileiro a algumas autoridades. Insta citar que a CF, em seu art. 29
define que “X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça”.
Como exemplo de outros poderes com foro privilegiado, cita-se o Presidente da
República, seu Vice-Presidente, os integrantes do Congresso Nacional, ministros de estado e o
Procurador-Geral da República.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de
Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de
Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente;
(BRASIL, 2013, p. 69).

Havendo-se compreendido o foro privilegiado, parte-se para a análise da iniciativa


popular. A Constituição Federal, em seu art. 61, declara quais são os poderes competentes
para proceder da apresentação de projetos de lei complementares ou ordinários:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro
ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso
Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Constituição (BRASIL, 2013, p. 53).

A CF reconhece, ainda, a iniciativa popular como órgão que pode propor o


desenvolvimento de leis, considerando-se que a iniciativa popular trata-se da união de
diversas pessoas para dar o impulso inicial ao processo legislativo.

Anota-se que uma das funções primordiais do exercício da iniciativa de lei, através
da apresentação do projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional, é definir qual das
casas legislativas analisará primeiramente o assunto (Deliberação Principal). Assim,
a discussão e a votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República,
do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos cidadãos, terão início
na Câmara dos Deputados, conforme preceituam os arts. 61, §2º e 64, caput, da
Constituição Federal (MORAES, 2006, p. 460).
10

Não há previsão para iniciativa popular nos projetos de decretos legislativos e


resoluções, assim como ocorre com leis delegadas e medidas provisórias, em função de se
caracterizarem como tipos de atos legislativos com titularidade e procedimentos específicos.
O cidadão que desenvolve um projeto de lei, pode apresentá-lo à câmara de
vereadores, que irá analisar a proposta e convertê-la em documento que possa ser votado
pelos integrantes da câmara e, assim, tornar-se ou não um dispositivo legal no município.
Existem crimes praticados por ocupantes de cargos políticos no desempenho de
suas funções, chamados de cries de responsabilidade (MORAES, 2006). Pensando-se nos
crimes de responsabilidade, insta citar que estes são abordados pela Lei Nº 1.079 de 10 de
abril de 1950, que esclarece que:

Art. 1º São crimes de responsabilidade os que esta lei especifica.


Art. 2º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são
passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o
exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos
contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do
Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República.
Art. 3º A imposição da pena referida no artigo anterior não exclui o processo e
julgamento do acusado por crime comum, na justiça ordinária, nos termos das leis de
processo penal. (BRASIL, Lei Nº 1.079, 1950).

Moraes (2006) esclarece que a CF, em seu art. 52, estabelece duas sanções
autônomas e cumulativas que podem ser aplicadas caso ocorra a condenação do ocupante do
cargo político, quais sejam a perda do cargo que exerce e sua inabilitação, por um período de
oito anos, para o exercício de qualquer cargo na função pública.

2.1 CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL

A história de Tubarão começa em 1774, com a doação de duas sesmarias ao


Capitão João da Costa Moreira, o seu pioneiro fundador. O lugar conhecido como Paragem do
Poço Grande, era ponto de parada para os tropeiros que desciam da região serrana com mulas
carregadas de queijo, charque e outros produtos (TUBARÃO, 2014f).
A carga era cambiada por produtos como o sal, peixe seco, farinhas e tecidos
transportados pelos navios que partiam do porto de Laguna, completando assim a rota Lages -
Porto de Laguna (TUBARÃO, 2014f).
11

Em 27 de maio de 1870, o presidente da Província sancionou a lei nº. 635 que


criou o município de Tubarão, território desmembrado de Laguna. Em seguida recebeu levas
de imigrantes portugueses: açorianos e vicentistas. Durante a década de 1870, registraram-se
três importantes fatos: a imigração europeia com predominância de italianos, seguida de
alemães e outras nacionalidades, a criação da comarca de Tubarão em 1875 e a formação da
Cia Inglesa The Donna Thereza Cristina Railway Co Ld. A ferrovia foi o primeiro e principal
agente de mudanças econômicas e sociais no município, junto com a exploração do carvão e a
imigração europeia (TUBARÃO, 2014f).
O topônimo Tubarão deriva do cacique Tuba-Nharõ (do tupi-guarani = pai feroz),
nome que os habitantes primitivos também davam ao rio que corta a cidade. Tubarão também
é conhecido como Cidade Azul. Foi o escritor, político e jornalista catarinense Virgílio
Várzea que encantado com a beleza do rio refletindo o céu azul e as montanhas azuladas no
entorno atribuiu o dístico à cidade: “o rio passa, serpenteando, e no seu rastro de prata, banha
a cidade azul” (TUBARÃO, 2014f).
O mesmo rio que encantou o poeta também causou destruição e morte na grande
cheia. A catastrófica inundação de 23 de março de 1974 deixou marcas profundas na história
da região. Em menos de um ano, o povo trabalhador reconstruiu a cidade e em homenagem
aos esforços coletivos e a solidariedade foi erguida a Torre da Gratidão, ao lado da Catedral
(TUBARÃO, 2014f).

Imagem 1 – Enchente em Tubarão no dia 23 de março de 1974


Fonte: Sulinfoco portal de notícias (2012).
12

Uma reportagem do Diário Catarinense do dia 21 de março de 2014 afirma que


esta tragédia não tem lista oficial de mortos até hoje. Segundo esta reportagem “Um
levantamento com 199 mortos assinalou há 40 anos uma inundação com a dolorida marca de
maior catástrofe natural da história de Santa Catarina. Da enchente que elevou o nível do rio
Tubarão acima dos 10 metros e causaram mortes em 13 municípios do Sul do Estado, em 24
de março de 1974, o cenário do caos sustentou uma estimativa de vítimas que até hoje não
tem confirmação” (DIÁRIO CATARINENSE, 2014).

2.1.1 Dados Gerais

Data de criação do Município 27 de Maio de 1870


Gentílico Tubaronense
População 101.284 - estimada 2013 (Fonte IBGE)
Eleitores 74.370 (Fonte TRESC)
Área da Unidade Territorial 301,755 km² (Fonte IBGE)
Densidade populacional 322 hab/km² (fonte IBGE)

Tabela 1 – Dados gerais do município de Tubarão.


Fonte: Tubarão (2014e).

O município está localizado na região sul de Santa Catarina e é sede da


Associação dos Municípios da Região de Laguna (Amurel), formada por 17 municípios. Está
a 140 km ao sul de Florianópolis, 57,2 Km ao norte de Criciúma e 336 km ao norte de Porto
Alegre (TUBARÃO, 2014e).
Os seus limites derivam em:

Norte Gravatal/Capivari de Baixo


Sul Treze de Maio/Jaguaruna
Leste Laguna
Oeste Pedras Grandes/São Ludgero

Tabela 2 – Limites de Tubarão


Fonte: Tubarão (2014e).
13

De acordo com a Lei Municipal nº 1706/92, de 10/12/92, que delimitou e


institucionalizou a criação dos bairros, Tubarão conta oficialmente com 23 bairros, sendo oito
deles na margem esquerda do Rio Tubarão e 15, na margem direita (TUBARÃO, 2014g).

Margem Esquerda: Margem Direita:


São Bernardo Cruzeiro
São João Fábio Silva
Humaitá de Cima Monte Castelo
Humaitá Centro Oficinas
Vila Esperança Centro
Morrotes Santo Antônio de Pádua
Dehon Vila Moema
Revoredo Recife
Passagem
Passo do gado
Santa Luzia
Praia Redonda
São Clemente
Campestre
São Cristovão

Tabela 3 – Bairros de Tubarão


Fonte: Tubarão (2014g).

A Bandeira Municipal de Tubarão é de autoria do heraldista professor Arcinor


Antonio Peixoto de Faria, sendo da cor azul, preto e branco. O Brasão de Armas de Tubarão é
de autoria do heraldista professor Arcinor Antônio de Farias Peixoto, e possui as seguintes
cores: Azul, Prata, Preto, Ouro, Verde e Vermelho (TUBARÃO, 2014h).

Imagem 2 – Bandeira Municipal de Tubarão


Fonte: Wikipédia (2011).
14

2.1.1 Aspectos Físicos

A altitude média na sede do município é de 9 metros acima do nível do mar e o


ponto culminante é o morro do Martinelli, com 540 metros (Rio do Pouso Alto). O clima é
Subtropical, com temperatura média máxima de 23,6°C e média mínima de 15,5°C. Suas
coordenadas geográficas são: Latitude 28º 28º 00’’ e Longitude 49º 00’ 25’’. O Rio Tubarão é
o principal do município. Sua linha de escoamento corta a cidade com uma secção média de
115 metros de largura, uma profundidade que varia de 2 metros a 10 metros e uma vazão de
5,2 metros cúbicos por segundo. Outros rios que cortam o município de Tubarão são o
Capivari, Corrêas, Rio do Pouso, Alto Pedrinhas, Caruru, Ilhota e Congonhas. A precipitação
média anual é de 1.493 centímetros cúbicos, sendo abril e maio os meses de menor
precipitação. A umidade relativa do ar apresenta uma média anual de 83,59 pontos. O índice é
elevado em virtude da presença de lagoas e do mar, havendo influências devido à temperatura
e à altitude (TUBARÃO, 2014c).
No verão, quando o quociente barométrico é mais acentuado, os ventos sopram
com mais constância e regularidade. Naturalmente, são ventos predominantes dos quadrantes
leste-atlântico para o continente. O outono é a estação menos ventosa e isso se explica pelo
equilíbrio entre valores barométricos no atlântico e no continente, com consequência a
diminuição das massas de ar. No inverno, devido à predominância de outra área de alta
pressão no interior do continente, a componente de ventos do oeste adquire importância,
podendo ultrapassar a soma de velocidade dos ventos de leste. A predominância dos ventos na
região é a seguinte: 37,5 % ocorrência dos ventos Nordeste, 15,6 % ocorrência dos ventos sul
e 13,2 % ocorrência dos ventos Sudoeste (TUBARÃO, 2014c).

2.1.2 Aspectos Sociais, Econômicos e Estatísticos

A cidade tem localização privilegiada, pois se encontra próximo ao mar, serra e


possui duas estâncias de águas termais. Sua principal atividade econômica está ligada ao
comércio, à agricultura e à pecuária, com destaque também para empresas do setor de
cerâmica.
15

Hospitais referência na região, escolas, bibliotecas, centros comerciais,


universidades e tantos outros pontos importantes fazem com que Tubarão venha crescendo
constantemente e consideravelmente. Em 2012 ocorreram 11.578 matrículas no ensino
fundamental e 4.186 matrículas no ensino médio. A renda per capita em 2012 foi de R$
21.551,12 e o IDH-M do município em 2010 foi de 0,796 (TUBARÃO, 2014d).
O IDMS é uma ferramenta para a aplicação do conceito de desenvolvimento
municipal sustentável construído a partir de uma série de indicadores considerados
fundamentais para diagnosticar o grau de desenvolvimento de um território. Esse índice, ao
avaliar o desenvolvimento, configura-se como uma ferramenta de apoio à gestão capaz de
evidenciar as prioridades municipais e regionais e situar as municipalidades em relação a um
cenário futuro desejável. A sustentabilidade é entendida como o desenvolvimento equilibrado
das dimensões Social, Cultural, Ambiental, Econômica e Político-institucional. O IDMS geral
do município é de 0,723, o econômico é de 0,771, o sociocultural é 0,791, o ambiental é 0,739
e o político institucional é 0,593 (TUBARÃO, 2014d).
A estrutura etária de uma população é dividida em três faixas: os jovens, que
compreendem do nascimento até 19 anos; os adultos, dos 20 anos até 59 anos; e os idosos, dos
60 anos em diante. Segundo esta organização, no município, em 2007, os jovens
representavam 29,5% da população, os adultos 59,8% e os idosos, 10,7% (SEBRAE, 2013).
O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação
das Indústrias do Rio de Janeiro para acompanhar a evolução dos municípios brasileiros e os
resultados da gestão das prefeituras, apontou, em 2000, o município como o 7º colocado no
ranking de desenvolvimento do Estado. Em 2006, com um índice de 0,861, a cidade aparece
na 3ª posição estadual (SEBRAE, 2013). Em 2002, a taxa bruta de natalidade de Tubarão era
de 14,4 nascidos vivos por mil habitantes.
Em 2006, esta taxa passou para 12,2 nascidos vivos por mil habitantes,
representando no período uma queda de 14,8%. No mesmo período, Santa Catarina
apresentou uma queda de 9% desta taxa. Em 2006, a taxa de mortalidade infantil do
município era de 15,4 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto que a média
catarinense e brasileira era de respectivamente 12,6 e 16,4 óbitos para cada 1.000 nascidos
vivos (SEBRAE, 2013).
O IDEB é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar
(aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo INEP. Este
índice permite traçar metas de qualidade educacional para a educação (SEBRAE, 2013).
16

Em 2007, a média do IDEB alcançada pelo município foi de 4,5 para os anos
iniciais do ensino fundamental e 4,3 para os anos finais. Para 2007, a meta projetada era de,
respectivamente, 4,8 e 4,7 para os anos iniciais e finais do ensino fundamental. Em 2007, a
média do IDEB alcançada pelo município foi de 4,5 para os anos iniciais do ensino
fundamental e 4,3 para os anos finais. Para 2007, a meta projetada era de, respectivamente,
4,8 e 4,7 para os anos iniciais e finais do ensino fundamental (SEBRAE, 2013).
Tubarão, em 2007, registrou 77 óbitos por causas violentas. Neste mesmo ano, os
óbitos ocasionados em decorrência de acidentes de transporte representaram 65% das mortes.
Na avaliação dos setores produtivos de Tubarão a agropecuária contribuiu com 1,6%, a
indústria com 30,7% e os serviços com 67,7% do PIB municipal. O gráfico 14 apresenta a
composição do Valor Adicionado Bruto de 2006, integrando a administração pública e
impostos (SEBRAE, 2013).
Em Tubarão, tomando-se como referência dezembro de 2008, havia 7.062
empresas formais, as quais geraram 32.057 postos de trabalho com carteira assinada. No
período de 2004 a 2008, a taxa média de criação de empresas no município foi positiva em
3,8% e a de empregos foi positiva em 6,2% ao ano. Das 7.062 empresas de Tubarão, 3.372
são na área de comércio. Dos 32.057 postos de trabalho, 12.978 foram no setor de serviços
(SEBRAE, 2013).

2.2 PODER LEGISLATIVO

O Poder Legislativo Municipal, representado pela Câmara de Vereadores são


compostas por vereadores eleitos pelo povo que deliberam sobre assuntos de interesse do
Município. Segundo art. 30 da Constituição Federal, compete aos Municípios, dentre outras
funções, legislarem sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e a
estadual no que couber (BRASIL, 2013).
A respeito do inciso I do art. 30 da Constituição Federal (Compete aos Municípios
legislar sobre assunto de interesse local), assevera Regina Maria Macedo Nery Ferrari (2003)
apud Gabriel (2010), que por interesse local deve-se entender aquele ligado de forma direta e
imediata à sociedade municipal e cujo atendimento não pode ficar na dependência de
autoridades distantes do grupo que não viveu problemas locais.
17

O inciso II do art. 30 da Constituição Federal (compete aos Municípios


suplementar a legislação federal e a estadual no que couber), indica que a competência
conferida aos Estados para complementarem as normas gerais da União não exclui a
competência do Município para fazê-lo também. Mas o Município não poderá contrariar nem
as normas gerais da União, o que é óbvio, nem as normas estaduais de complementação,
embora possa também detalhar estas últimas, modelando-as mais adequadamente às
particularidades locais. Da mesma forma, inexistindo as normas gerais da União, aos
Municípios, tanto quanto aos Estados, se abre a possibilidade de suprir a lacuna, editando,
normas gerais (GABRIEL, 2010). O art. 31 da Constituição Federal deixa claro que a
fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
O § 1º do mesmo artigo aponta que o controle externo da Câmara Municipal será exercido
com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
A constituição federal prevê em seu art. 11, parágrafo único, que promulgada a
Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei
Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na
Constituição Federal e na Constituição Estadual. Ademais, o §1° do art. 182 da mesma carta,
diz que o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana. A Câmara cumpre as atribuições determinadas pela Lei Orgânica municipal. Sua
função primordial é legislar, e também, deliberar, aprovar, autorizar atos do Executivo, votar
orçamentos, fiscalizar a administração do município, entre outros. A Câmara de Tubarão é
formada por 17 vereadores, os quais juntos formam a seguinte bancada partidária
(TUBARÃO, 2014a):

Tabela 4 – Bancadas Partidárias da Câmara Municipal de Tubarão.


Fonte: Tubarão (2014a).
18

A seguir, têm-se os respectivos vereadores da Câmara municipal de Tubarão.

Tabela 5 – Composição da Câmara Municipal de Tubarão


Fonte: Tubarão (2014a).

A Mesa Diretora é o órgão diretivo dos trabalhos da Câmara, eleita pela maioria
absoluta dos vereadores, para mandato de dois anos e é constituída conforme tabela abaixo.

Tabela 6 – Composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Tubarão


Fonte: Tubarão (2014a).
19

Conforme art. 23 da Lei Orgânica de Tubarão, a Câmara terá comissões


permanentes e temporárias constituídas conforme respectivo regimento ou no ato de que
resultar a sua criação. No § 2º do mesmo dispositivo, indica-se que às comissões
cabe: discutir, apreciar e dar parecer a projeto de lei, na forma do regimento; realizar
audiências públicas com entidades da sociedade civil; convocar Secretários Municipais para
prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições; acompanhar, junto ao
Governo, os atos de regulamentação, velando por sua completa adequação; receber petições,
reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa, contra atos ou omissões das
autoridades ou entidades públicas; acompanhar, junto à Prefeitura, a elaboração da proposta
orçamentária, bem como sua posterior execução; solicitar depoimentos de qualquer autoridade
ou cidadão e apreciar programa de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer (TUBARÃO, 1990).
De acordo com o art. 49 do Regimento Interno da Câmara de Vereadores de
Tubarão, são atribuições do plenário, entre outras, eleger a mesa e as comissões permanentes
e destituir os seus membros na forma e nos casos previstos no próprio regimento. O art. 52
de mesma legislação, explica que às comissões permanentes, compostas de 3 (três)
vereadores, incumbe estudar as proposições e os assuntos distribuídos ao seu exame,
manifestando sobre eles sua opinião para orientação do plenário. Em seguida, o § 1º do
mesmo artigo indica que as comissões permanentes são as seguintes (TUBARÃO, 2005):

a) de legislação, justiça e redação;


b) de finanças e orçamentos;
c) de serviços públicos, infraestrutura e de desenvolvimento sustentável;
d) de educação, cultura e esportes;
e) de saúde, assistência social e defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

Conforme Regimento Interno da Câmara, compete ao presidente da Câmara


designar comissões especiais, observadas as indicações partidárias. As comissões Especiais,
que são destinadas a proceder sobre estudos de assunto de interesse especial do legislativo,
terão sua finalidade especificada na resolução que as constituir, a qual indicará também o
prazo para apresentarem o relatório de seus trabalhos. A Câmara poderá constituir comissões
especiais de inquérito com a finalidade de apurar irregularidades administrativas do
executivo, da Administração indireta e da própria Câmara (TUBARÃO, 2005).
20

As comissões especiais de representação serão constituídas para representar a


Câmara em atos externos de caráter cívico ou cultural, dentro ou fora do território do
Município. Ambas serão constituídas por proposta da mesa ou por pelo menos 3 (três)
vereadores, através de resolução (TUBARÃO, 2005).
Atualmente a Câmara Municipal de Tubarão conta com as seguintes comissões
Especiais: Comissão Especial objetivando a realização de estudos sobre criação de sistema de
alerta para catástrofes climáticas no Município de Tubarão; Comissão Especial objetivando a
realização de estudos sobre a qualidade do ar no Município de Tubarão; Como comissões
permanentes têm-se as seguintes: Comissão dos direitos sociais e do bem estar Comissão de
serviços públicos e meio ambiente; Comissão de finanças e orçamento Comissão de
legislação, justiça e redação final (TUBARÃO, 2014).
Conforme IBGE (2014), Tubarão apresenta uma população aproximada de
102.000 habitantes, o que justifica, em consonância com art. 29, inciso IV, alínea “e” da
Constituição Federal, o emprego dos 17 vereadores na Câmara Municipal (BRASIL, 2013).
Segundo tal dispositivo, para a composição das Câmaras Municipais, será
observado o limite máximo de 17 (dezessete) vereadores nos Municípios com população entre
80.000 e 120.000 habitantes (BRASIL, 2013). Com relação ao subsídio dos vereadores, este
será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente,
observado o que dispõe Constituição Federal e os critérios estabelecidos na respectiva Lei
Orgânica Municipal. O valor do subsídio percebido pelos vereadores terá, então, como
principais limitadores (TUBARÃO, 2005):

a) receitas municipais;
b) subsídio dos Deputados Estaduais;
c) subsídio pago ao prefeito;
d) despesas da câmara com pessoal;
e) despesas da câmara com vereadores.

Atualmente, de acordo com o portal de transparência da Câmara Municipal, bem


como as Leis municipais nº 3.761, de 20 de junho de 2012, nº 3.826, de 21 de maio de 2013 e
a nº 4.016, de 20 de maio de 2014, o subsídio dos vereadores no município de Tubarão
corresponde a um valor de aproximadamente R$ 7.800,00. Isso porque a Lei 3.761/2012
instituiu o subsídio para estes agentes no valor inicial de R$ 6.880,00, o qual foi sendo
revisado anualmente pelas leis citadas anteriormente, em ajustes de 7,16% e 5,82%,
respectivamente (TUBARÃO, 2012a; 2013a; 2014).
21

Nesse quesito é importante avaliar o art. 29, inciso VI, alínea “d” da Constituição
Federal, quando diz que o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por
cento do subsídio dos Deputados Estaduais, isto para municípios que possuam de cem mil e
um a trezentos mil habitantes. Os deputados estaduais catarinenses têm direito ao subsídio
mensal bruto de R$ 20.042,35, ou seja, valor equivalente a 75% do subsídio de deputado
federal, conforme a Lei estadual nº 15.394, de 21 de dezembro de 2010. Sobre essa ótica, um
vereador do município de Tubarão poderia receber um subsídio de até R$ 10.021,12
(BRASIL, 2013; SANTA CATARINA, 2010).
Cabe analisar, porém, o limitador referente ao subsídio do prefeito, situação esta
prevista no art. 37, inciso XI da Constituição Federal, quando diz que, a remuneração e o
subsídio dos ocupantes de cargos, funções, detentores de mandato eletivo e demais agentes
políticos não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos
demais entes, os respectivos chefes das seções (BRASIL, 2013).
Não poderia, assim, um vereador perceber remuneração maior que a do Prefeito,
que recebe, conforme Lei nº 3760, de 20 de junho de 2012 e seus respectivos ajustes (Lei nº
3.826, de 21 de maio de 2013 e a Lei nº 4.016, de 20 de maio de 2014), R$ 17.349,50. É
importante observar, ainda, o inciso VII do art. 29 da Constituição Federal, quando diz que o
total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de
cinco por cento da receita do Município (BRASIL, 2013; TUBARÃO, 2012b; 2013; 2014).
Sendo assim, em consonância com os portais de transparência tanto do executivo,
quanto do legislativo do município de Tubarão, averiguou-se que no mês de agosto de 2014 a
Câmara pagou a seus vereadores a quantia de R$ 146.882,79, enquanto no mesmo período o
município obteve uma receita no valor de R$ 6.484.902,28, ou seja, a despesa com a
remuneração dos vereadores da Câmara Municipal foi aproximadamente 2,3% do total da
receita do município no mesmo período, estando, então, de acordo com a legislação neste
quesito (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2014; FLY TRANSPARÊNCIA, 2014).
O art. 29-A da Constituição Federal indica que o total da despesa do Poder
Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos vereadores e excluídos os gastos com
inativos, não poderá ultrapassar o percentual, relativo ao somatório da receita tributária e das
transferências efetivamente realizado no exercício anterior, de 6% (seis por cento) para
Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes, que
é o caso da cidade de Tubarão (TOLEDO JR., 2010; BRASIL, 2013).
22

De acordo com o portal de transparência da Câmara municipal, no ano de 2013, a


casa legislativa obteve um gasto total de R$ 7.094.140,12, enquanto o município, conforme
publicado no Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, arrecadou R$ 165.051.086,92
em 2012. Isso demonstra que o legislativo municipal de Tubarão obteve um total de despesas
no valor de 4,5% sobre o total da receita municipal efetiva no exercício passado, não
ultrapassando o limite de 6% imposto pelo art. 29-A da Constituição Federal (PORTAL DA
TRANSPARÊNCIA, 2014; FLY TRANSPARÊNCIA, 2014; TCE-SC, 2012).
Não se pode deixar de observar a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 20,
quando diz que a despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder
60% da receita corrente líquida para os Municípios, dos quais 54% para o Executivo e 6%
para o Legislativo (BRASIL, 2000).
Nesses quesitos, conforme se pode observar na Tabela 4, a Câmara destinou em
2013, 3,5% sobre a Receita Corrente Liquida do Município para despesas com pessoal,
estando de acordo, então, com o que preconiza a Constituição Federal e a Lei de
Responsabilidade Fiscal (FLY TRANSPARÊNCIA, 2014).

Tabela 7 – Demonstrativo de Despesa com Pessoal relativo ao ano de 2013.


Fonte: Fly Transparência (2014).
23

O §1º do art. 29-A da Constituição Federal indica também outro limitador quando
aos gastos da Câmara Municipal. De acordo com o dispositivo citado, a Câmara Municipal
não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto
com o subsídio de seus vereadores. Sendo assim, pode-se analisar a Tabela 5 que demonstra
um total de receitas entre depósitos e repasses no valor aproximado de R$ 819.735,14,
enquanto com despesas de pessoal, a Câmara desembolsou R$ 371.856,82, ou seja, cerca de
45% do total da receita percebida pela Casa Legislativa Municipal, o que indica estar de
acordo com os propósitos fiscais e constitucionais vigentes. Outro aspecto a ser observado é
que conforme a Lei n° 9.452, de 20 de março de 1997, os órgãos e entidades da administração
federal direta e as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista federais deverão notificar as respectivas Câmaras Municipais da liberação de
recursos financeiros que tenham efetuado, a qualquer título, para os Municípios, no prazo de
dois dias úteis, contado da data da liberação. A Prefeitura do Município beneficiário da
liberação de recursos notificará os partidos políticos, os sindicatos de trabalhadores e as
entidades empresariais, com sede no Município, da respectiva liberação, no prazo de dois dias
úteis, contado da data de recebimento dos recursos (BRASIL, 1997; 2013).

Tabela 8 – Balancete de julho de 2014.


Fonte: Fly Transparência (2014).
24

A prefeitura deve prestar contas à população e publicar suas contas de forma


simples em local visível e de fácil acesso para todos os cidadãos. De acordo com a Lei de
Responsabilidade Fiscal, artigos 48 e 49, a prefeitura deve, ainda, incentivar a participação
popular na discussão de planos e orçamentos. A Controladoria Geral da União não é
responsável por fiscalizar e controlar as verbas exclusivas dos municípios e estados. Neste
caso, cabe aos Tribunais de Contas Estaduais e às Câmaras Municipais atuar para apurar as
irregularidades que envolvam a utilização de recursos públicos dos estados e municípios.
O Ministério Público Estadual também pode ser acionado para verificar situações
em que os agentes públicos estaduais e municipais estejam possivelmente envolvidos com a
aplicação indevida de recursos públicos. Segundo § 3° do art. 29-A, constitui crime de
responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1° de mesmo artigo,
ou seja, não gastar mais de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com
subsídio de seus vereadores (BRASIL, 2000; 2013).
Em contato e pesquisas a respeito do envolvimento de vereadores que exerceram
função de presidente do plenário com crime de responsabilidade explicito no § 3° do art. 29-A
da Constituição Federal, não foi constatada qualquer irregularidade com relação ao fato.
Embora a iniciativa popular esteja prevista na lei orgânica do município de
Tubarão em seu artigo 34, onde diz que a iniciativa popular poderá ser exercida pela
apresentação, à Câmara Municipal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, cinco por cento
do eleitorado municipal, não há, até o momento, qualquer projeto de Lei, tampouco, qualquer
Lei, decorrente de iniciativa popular em trâmite ou vigente no município. De qualquer forma,
o § 1º do mesmo artigo deixa claro que a proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se,
para seu recebimento, a identificação dos assinantes mediante indicação do número e seção do
respectivo título eleitoral e endereço. A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular
obedecerá às normas relativas ao processo legislativo, estabelecido na Lei Orgânica
(TUBARÃO, 1990).

2.3 PODER EXECUTIVO

O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de implementar


novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo (ARAUJO, 2014).
25

No âmbito municipal, é exercido pelo Prefeito de cada município, auxiliado pelo


vice-prefeito e pelos secretários municipais. O mandato é de quatro anos, podendo, como os
outros, haver uma reeleição. Cada município, segundo a Constituição de 88, é autônomo,
sendo responsável pela sua própria organização, administração e arrecadação de impostos.
Aos prefeitos cabe a administração dos serviços públicos municipais nas áreas da saúde,
educação, transporte, segurança e cultura (ARAUJO, 2014).

2.3.1 Prefeito

O atual prefeito de Tubarão é João Olávio Falchetti, 64 anos, formado em


Engenharia Civil e de Segurança, é um administrador das empresas do grupo Falchetti do
ramo da construção civil e perito avaliador. Aceitou o convite para entrar no Partido dos
Trabalhadores (PT) em 2008, concorrendo pela primeira vez a um cargo eletivo como
candidato a prefeito. Em 2010, foi o candidato a Deputado Estadual, com 14.850 votos em
todo o estado, ficando como 7º suplente. Em 2012, concorreu pela segunda vez como
candidato a prefeito de Tubarão sendo eleito com 26.921 votos (TUBARÃO, 2014h).

Imagem 3 – Atual Prefeito de Tubarão, João Olávio Falchetti.


Fonte: Facebook (2012).
26

2.3.2 Prefeitura

O Centro Administrativo de Tubarão está localizado no centro da cidade, na


Antiga Vila dos Engenheiros da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). São várias casas
construídas na década de 1940 e que guardam as características construtivas da época. Ao
redor do complexo existe uma área arborizada com plantas exóticas e algumas centenárias
como a palmeira real e a figueira. Atualmente o conjunto arquitetônico abriga o Paço
Municipal. Está localizada na rua Felipe Schmidt, 108, bairro Centro. Município vinculado à
Associação de Municípios da Região de Laguna – Amurel (TUBARÃO, 2014g).

Imagem 4 – Sede da Prefeitura de Tubarão.


Fonte: TUBARAO (2014g).
27

2.3.3 Composição

Conforme informações do site oficial da prefeitura de Tubarão, a composição do


poder executivo é a seguinte (TUBARÃO, 2014h):

Cargo Nome
Prefeito João Olavio Falchetti
Vice-Prefeito Akilson Ruano Machado
Chefe de Gabinete do Prefeito Carlos Fernando Bairros Ferreira
Chefe de Gabinete do Vice-prefeito Elaine Cristina Gonçalves
Controlador-Geral do Município Luiz Gonzaga Cardoso
Procuradora-Geral do Município Patrícia Uliano Effting
Secretário de Defesa Civil Rafael Marques
Secretário de Desenvolvimento Econômico Clair Teixeira de Souza
Diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Social Jane Dal-Bó Falchetti
Diretora-presidente Fundação Municipal de Educação Lúcia Helena Fernandes de Souza
Secretário da Fazenda Romilton Ribeiro Nunes
Diretor-presidente Fundação Municipal de Cultura e Esporte José Acco Júnior
Diretor-presidente Fundação Municipal de Meio Ambiente Guilherme Bressan
Secretário de Gestão Municipal Ricardo Alves de Sousa
Secretário de Governo Matheus Roetger Madeira
Secretário de Infraestrutura Ismael Medeiros
Diretor-presidente Fundação Municipal de Saúde Marco Antonio Santos
Secretário de Segurança e Patrimônio Claudemir da Rosa
Secretário de Urbanismo Vânio de Freitas Júnior

Tabela 9 – Composição do poder Executivo.


Fonte: TUBARÃO (2014h).

2.3.4 Secretarias e Fundações

A prefeitura de Tubarão está organizada e divida nas seguintes secretarias


(TUBARÃO, 2014i):

a) Controladoria Geral do Município;


28

b) Gabinete do Prefeito;
c) Procuradoria Geral do Município;
d) Secretaria de Desenvolvimento Econômico;
e) Secretaria de Fazenda;
f) Secretaria de Gestão;
g) Secretaria de Governo;
h) Secretaria de Infraestrutura;
i) Secretaria de Proteção e Defesa Civil;
j) Secretaria de Segurança e Patrimônio;
k) Secretaria de Urbanismo.

A prefeitura de Tubarão está organizada e divida nas seguintes fundações


(TUBARÃO, 2014i):

a) Fundação Municipal de Cultura e Esporte;


b) Fundação Municipal de Desenvolvimento Social;
c) Fundação Municipal de Educação;
d) Fundação Municipal de Meio Ambiente (Funat);
e) Fundação Municipal de Saúde.

2.3.4.1 Visão geral das Principais Secretarias

Todas as secretarias e fundações têm funções importantes para o bom


funcionamento do município. De todas existentes serão destacas três essenciais, a Secretaria
de Governo, Fundação Municipal de Saúde e a Controladoria Geral do Município.
A Secretaria de Governo tem a importância da gestão do governo municipal,
administrando as relações com os munícipes e com o legislativo. A fundação Municipal de
Saúde é destacada por causa de sua importância histórica, uma vez que no Brasil a população
considera o fator de principal preocupação e investimentos. Já a Controladoria Geral do
Município, tem sua importância citada em relação ao controle da corrupção, algo que tem
afetado fortemente os governos atualmente (TUBARÃO, 2014i).
29

2.3.4.2 Secretaria de Governo

A secretaria tem por função planejar as ações de governo e promover relações


político-administrativas com os munícipes, órgãos, entidades e associações de classe.
Também integrar os serviços prestados pelas diversas unidades administrativas da Prefeitura e
até de outros órgãos, de forma a possibilitar que todos os serviços sejam prestados com maior
resolutividade para o cidadão. Tem ainda a missão de comunicar os atos do prefeito, seu vice,
e as ações da prefeitura. A secretaria de Governo engloba a Coordenação de Atendimento ao
Público (Central do Cidadão), o Departamento de Comunicação Social, o Procon, o
Departamento de Análises e Indicadores e Estatísticas e o Departamento de Orçamento,
Projetos, Convênios e Captação de Recursos (TUBARÃO, 2014i).

2.3.4.2.1 Fundação Municipal de Saúde

A Fundação Municipal de Saúde é responsável por todas as ações e serviços


prestados pelo município na área, com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento e
facilitar o acesso dos munícipes aos serviços da rede municipal de saúde. A Fundação tem por
responsabilidade executar as políticas formuladas pela Secretaria Municipal de Saúde, de
forma abrangente para toda a população, bem como, proporcionar o comprometimento dos
profissionais de Saúde nas ações (TUBARÃO, 2014j).
Dentro da fundação estão englobados os seguintes setores (TUBARÃO, 2014j):

a) Centro de Especialidades Odontontológicas.


b) Controle Avaliação e Auditoria.
c) Farmácia Central.
d) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
e) Saúde da Família.
f) Saúde Mental.
g) Tratamento Fora Domicílio.
h) Vigilância em Saúde.
30

2.3.4.2.2 Controladoria Geral do Município

Órgão central responsável pela operacionalização do Sistema de Controle Interno,


exercendo as funções de assessoramento e orientação ao prefeito municipal e demais gestores
no desempenho das ações públicas, com o propósito de zelar pela defesa do patrimônio
público e exercer o controle interno, a auditoria pública, a correção e a prevenção e combate à
corrupção, além de promover a transparência da gestão pública, a busca da eficiência e da
eficácia evitando ilegalidades e irregularidades (TUBARÃO, 2014l).

2.3.5 Férias do Prefeito

De acordo com a lei orgânica do município, qualquer licença do prefeito superior


a quinze dias, deve ser comunicado e autorizado pela câmara de vereadores (TUBARÃO,
1990).

2.3.6 Crime de Responsabilidade do Prefeito

De acordo com a lei orgânica do município no artigo 69, o julgamento sobre


crimes de responsabilidade cometidos pelo prefeito cabe à câmera de vereadores:

Depois que a Câmara Municipal declarar a admissibilidade da acusação contra o


Prefeito, pelo voto de dois terços de seus membros, será ele submetido a julgamento
perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas infrações penais comuns, e perante a
Câmara, nos crimes de responsabilidade (TUBARÃO, 1990).

Segundo a lei orgânica do município no artigo 69, inciso II, o prefeito pode ser
suspenso nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa crime, pelo Tribunal
de Justiça do Estado e também nos crimes de responsabilidade, após instauração de processo,
pela Câmara Municipal (TUBARÃO, 1990).
31

Historicamente não existem casos de efetiva punição, afastamento, perda de


mandato ou condenações por parte de prefeitos em exercício. Mas há em andamento,
processos em que irregularidades foram identificadas e que ex-prefeitos e secretários foram
indiciados e aguardam julgamento na justiça.

2.3.7 Foro Privilegiado

O foro especial por prerrogativa de função - conhecido coloquialmente como foro


privilegiado - é um dos modos de estabelecer-se a competência penal. Com este instituto
jurídico, o órgão competente para julgar ações penais contra certas autoridades públicas -
normalmente as mais graduadas nos sistemas jurídicos que a utilizam - é estabelecido
levando-se em conta o cargo ou a função que elas ocupam, de modo a proteger a função e a
coisa pública. Sendo assim, o prefeito de Tubarão não dispõe de foro privilegiado, uma vez
que os crimes de responsabilidade podem ser julgados pela própria câmara de vereadores
municipal (TUBARÃO, 2014m; WIKIPEDIA, 2014).

2.4 AUTONOMIA MUNICIPAL

2.4.1 Autonomia Administrativa

Para Joaquim Castro Aguiar (1995) apud Cavalcanti (2007), a autonomia


municipal é a faculdade que o Município tem, assegurada pela Constituição da República, de
auto-organizar-se politicamente, através de lei própria, de autogovernar-se, de legislar,
originária ou supletivamente, sobre assuntos de interesse local e de auto-administrar-se,
gerindo seus próprios negócios e dispondo livremente sobre eles, respeitados o sistema
constitucional das competências e as restrições que a mesma Constituição lhe impõe.
32

Conforme art. 30 da Constituição Federal, compete aos Municípios:

a) legislar sobre assuntos de interesse local;


b) suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
c) instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas;
d) criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
e) organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
f) manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de
educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
53, de 2006)
g) prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população;
h) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
i) promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a
ação fiscalizadora federal e estadual (BRASIL, 2013).

Como forma de exemplo práticos da autonomia do município com relação ao


inciso II (suplementar a legislação federal e a estadual no que couber) e III (instituir e
arrecadar os tributos de sua competência), tem-se a promulgação da Lei Complementar nº 1,
de 27 de dezembro de 2002, a qual institui o Código Tributário do Município, obedecidos os
mandamentos oriundos da Constituição da República Federativa do Brasil, do Código
Tributário Nacional, de demais Leis Complementares, das Resoluções do Senado Federal e da
Legislação Estadual, nos limites de suas respectivas competências (BRASIL, 2013;
TUBARÃO, 2002). Com relação ao inciso I (legislar sobre assuntos de interesse local), tem-
se Lei nº 1811/94, de 04 de janeiro de 1994, a qual dispõe sobre o código de postura do
município de tubarão e dá outras providências. Em seu art. 1º, diz que a referida lei estabelece
medidas de polícia administrativa a cargo do Município em matéria de Higiene, de Segurança,
Ordem e Costumes Públicos, institui normas disciplinares do funcionamento dos
estabelecimentos industriais, comerciais e prestadores de serviços, estabelece as necessárias
relações jurídicas entre o Poder Público e os Munícipes, visando a disciplinar o uso e gozo
dos direitos individuais e do bem estar geral.
33

No que tange o inciso VIII (promover, no que couber, adequado ordenamento


territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano), tem-se Lei Complementar nº 87, de 20 de dezembro de 2013, a qual dispõe sobre o
zoneamento do uso e ocupação do solo urbano de tubarão e dá outras providências.

2.4.2 Autonomia Política

Sobre a autonomia política, o município conta com lei orgânica que rege os
procedimentos a serem adotados pelo poder executivo. Pode-se apontar como ponto negativo
da lei orgânica, o artigo 46, parágrafo primeiro e segundo que diz (TUBARAO, 1990):

§ 1º O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas


anuais que o Prefeito deve prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal. § 2º A Câmara Municipal remeterá ao
Tribunal de Contas do Estado cópia de ato de julgamento das contas do Prefeito.

Analisando esses dois incisos, verificamos que apesar de apontamentos do TCE


em relação a irregularidades encontradas, a Câmara pode, de forma arbitrária, aprovar por
votação. Isso se torna um problema a integridade e transparência na administração municipal,
uma vez que por força política, o prefeito tendo uma maioria de votos na câmara, pode se
livrar das punições previstas em lei, nos casos de crimes de responsabilidade. Outro ponto
negativo da lei, é o fato de que hoje em dia os cargos públicos de caráter temporário, são
disputados por meios políticos e não por capacidade na função. Dessa forma dá-se margem
para um inchaço comum em praticamente todos os municípios brasileiros, fazendo com que
os gastos públicos aumentem e a qualidade dos serviços continue, em muitos casos de má
qualidade. A lei orgânica no artigo 100, da margem para que esse cenário seja realidade no
município de Tubarão, como pode ser visto:

Os cargos em comissão e funções de confiança na administração pública serão


exercidos, preferencialmente por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica
ou profissional, nos casos e condições previstos em lei (TUBARAO 1990).

O ponto positivo da lei orgânica municipal é um programa chamado de


Orçamento Participativo que parte do artigo 193, inciso III, que diz (TUBARÃO, 1990):

III - a participação de entidades comunitárias no estudo, no encaminhamento e na


solução dos problemas, planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes;
34

De acordo com (TUBARAO, 2014m), o Orçamento Participativo divide o minicio


em regiões e organiza assembleias onde cada região define as prioridades para a comunidade,
onde através de votação é escolhido de forma democrática, onde e como as verbas destinadas
serão gastas. As assembleias são formadas pelos membros da comunidade, representantes da
administração municipal e os delegados, que são os representantes escolhidos.

2.4.3 Autonomia Financeira

Em referência a autonomia financeira do município a arrecadação é composta de


receitas de tributos próprios como, por exemplo, o IPTU, ITBI, ISS, além de repasses do
Fundo de Participação do Município (FPM) e outros recursos vinculados, como SUS e
Fundeb. Na sede da Prefeitura de Tubarão pode ser visto um painel (tabela 10) onde constam
as informações de receitas e despesas do último exercício completo. De acordo com esse
painel, em 2013 a prefeitura fechou o ano com um pequeno déficit (TUBARÃO, 2014n).

Tabela 10 – Demonstrativo Financeiro.


Fonte: Sede da Prefeitura de Tubarão (2014).

De acordo com a lei nº 3953, de 26 de dezembro de 2013, o orçamento de despesas e


receitas para o ano de 2014 foi fixado em R$ 325.482.122.88 (TUBARÃO, 2013b).
35

2.5 AVALIAÇÃO DA GESTÃO MUNICIPAL

Gerir um município não é tarefa fácil. Diversas são as áreas e setores que
solicitam atenção do poder público para satisfação de suas necessidades. Nesse cenário, o
município pesquisado apresenta em sua estrutura a Secretaria de Gestão Municipal que tem
como função assessorar o Prefeito na administração, coordenação, controle e avaliação das
atividades da Prefeitura, promovendo a qualidade do ambiente de trabalho e o
desenvolvimento do município através de ações administrativas integradas e empreendedoras.
Observa-se que o município possui lei orgânica própria, elaborada pela Câmara Municipal,
com observância dos princípios enumerados na Constituição Federal e na Constituição
Estadual. Através da busca de informações relacionadas à gestão municipal de Tubarão, cabe
mencionar que ao realizar uma avaliação geral o município encontra-se abaixo da média
nacional. O índice de desenvolvimento e crescimento não alcançou o esperado, mas ao
analisar os municípios do estado de Santa Catarina, o mesmo encontra-se em melhor posição.
Tendo sido delineados os principais pontos e as principais características que
circundam a gestão municipal, incumbe tratar dos instrumentos através dos quais o governo
poderá lançar mão para atingir seus objetivos. Como é sabido, para que as ações dos gestores
públicos possam realmente ser colocadas em prática, é necessário que se tenha procedido a
um estudo prévio do que necessita ser feito e também de quanto será preciso despender para
realizá-las. Ainda assim, conferindo os demonstrativos contábeis do executivo, inferiu-se que
as maiores despesas são direcionadas à saúde, infra-estrutura e educação, o que condiz com a
real necessidade para o desenvolvimento do município. Em contrastes com tais indicadores,
pode-se averiguar, entretanto, que poucas são as obras e atividades impactantes sobre as
principais demandas da sociedade. As imagens e tabelas ilustrativas favoreceram a
visualização da distribuição dos dados apurados. Compreende-se que para conseguir uma
gestão pública eficiente e comprometida com os resultados requer transformações em várias
dimensões: surgimento de lideranças internas, incorporação de técnicas modernas de gestão
que facilitem o processo de tomada de decisões, estabelecimento de metas de desempenho
mensuráveis dentro de um quadro participativo e comprometimento dos diversos níveis com
uma gestão de melhor qualidade, de modo que os avanços conseguidos permaneçam. O
município de Tubarão apresenta alguns avanços no que tende a gestão pública e, sendo assim,
de acordo com os dados elencados sua gestão municipal indica novos rumos.
36

A gestão municipal do município de Tubarão se tratando do âmbito Geográfico é


muito ampla. Desde a sua desmembração da cidade de Laguna em 27 de maio de 1870 no
qual o presidente da Província sancionou a lei nº. 635 que criou o município de Tubarão, logo
após recebeu levas de imigrantes portugueses, italianos e alemães. Com toda esta
movimentação de diversas culturas e nacionalidades a geografia do município foi crescendo
gradativamente, juntamente com a globalização que percorre o mundo todo, posteriormente
crescendo a sua população e trazendo novos moradores a cada etapa desde crescimento.
37

3 CONCLUSÃO

Este estudo teve como objetivo principal identificar a gestão pública do município
pesquisado, de forma que permitisse elencar aspectos relevantes e avaliar seu desempenho.
Cabe salientar que a importância concedida às administrações municipais é recente. A forma
centralizada de distribuição de recursos caracterizada até os anos 80 permitia ao cidadão
comum desprezar parcialmente o poder dos governos locais.
Entretanto, a criação da Constituição da República de 1988 veio consagrar o
município como membro integrante do conjunto federativo brasileiro, o que possibilitou sua
autonomia política, legislativa e administrativa. Contudo, cada esfera estatal apresenta suas
particularidades e disparidade locais, principalmente no que diz respeito ao rápido
crescimento das populações dos municípios, em contraste com o espaço e recursos cada vez
mais limitados.
O levantamento bibliográfico permitiu conhecer a história do município de
Tubarão desde sua origem até os dias atuais, bem como suas características sociais,
econômicas, políticas e gerenciais, bem como, a importância da administração e, sobretudo, a
boa administração pública tem para a sociedade como um todo. Ela tem como intenção
administrar os bens públicos, ou seja, os bens que são da população que faz parte de
determinado local que é administrado por um governo.
Como governante do município, o prefeito é o seu representante legal e condutor
dos negócios públicos locais; como chefe do executivo, é a autoridade suprema da
administração municipal. O gestor público tem a missão de mostrar ao contribuinte, que os
recursos captados pelo Estado estão à disposição da sociedade de forma planejada e, acima de
tudo, representando as prioridades eleitas pelo povo. Com isso, foi possível elencar através da
pesquisa realizada, que Tubarão exerce com autonomia sua competência executiva e
legislativa, e não foram constatadas irregularidades perante os dispositivos legais.
Uma observação significativa do desenvolvimento da cidade está relacionada ao
indicador de condições de vida, onde a sua expectativa aumentou consideravelmente nos
últimos anos. Poder Legislativo Municipal, representado pela Câmara de Vereadores é
composto por vereadores eleitos pelo povo que deliberam sobre assuntos de interesse do
Município, inclusive sobre a criação da lei orgânica municipal e principalmente operando em
função da fiscalização do executivo municipal.
38

Verificou-se ainda, com relação aos gastos da Câmara, que existe uma série de
limitadores constitucionais a serem respeitados, e que o legislativo de Tubarão está em
conformidade com todos eles, conforme se verificou nos estudos. Entretanto, embora muitas
sejam as leis criadas pelo município, com ênfase para diversos instrumentos regidos para o
benefício da população, não se verificou nenhum projeto, tampouco, lei de iniciativa popular.
Um dos aspectos mais importantes que foi observado durante as pesquisas, diz respeito a
transparência das ações governamentais. A exigência legal da demonstração financeira dos
entes municipais ao público em geral torna mais clara e verdadeira a atuação dos agentes
políticos.
No Poder Executivo Municipal, observou-se uma preocupação com o controle
financeiro, com o balaço de despesas e receitas e pagamento de dívidas de governos
anteriores.
A realização deste estudo promoveu o conhecimento dos aspectos passados e
atuais do município de Tubarão. O amadurecimento da sociedade faz com que o município
seja cada vez mais questionado pelo fato de estar dentro do âmbito globalização, promovendo
mudanças à cidade. Essas mudanças levaram o município de Tubarão a cada vez mais estar
crescendo costeando a procura de novos habitantes ao qual passam de geração a geração.
A partir dos dados exibidos no trabalho nota-se o crescimento constante da cidade
de tubarão. Um dos motivos indiretos pelo seu crescimento é a sua localização privilegiada,
estando perto do litoral e serra. Por conta disso explica-se a existência de centros comerciais,
hospitais e universidade referências na região, que contribuíram grandemente para o
crescimento da cidade, através da geração empregos e renda, melhorando assim a qualidade
de vida da população. A população é composta por jovens, adultos e idosos sendo a maioria
de adultos, chegando atingir quase 60%. Pesquisas mostraram que em 2002 o numero de
crianças que nasciam anualmente a cada mil habitantes era de 14,4, sendo que no ano de 2006
era de 12,2. Pode-se perceber uma queda de 14,8% na taxa bruta de natalidade comparada ao
ano de 2002, no mesmo ano, 2006, a taxa de mortalidade infantil no município era
considerada alta, cerca de 15,4 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos. Na educação quase
chegaram a alcançar a média do IDEB, mas não conseguiram a meta projetada. Das 7.062
empresas, quase 50% são na área de comércio.
39

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