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QUÍMICA PARA A VIDA: UMA ABORDAGEM SOBRE OS EFEITOS


DO ÁLCOOL E DAS DROGAS NO ORGANISMO HUMANO

Lima, Leandro Pereira de1

Silva, Débora Raquel Gomes da 2

Moraes, Lorena Lima de3

RESUMO

O consumo de álcool e drogas é uma preocupação de saúde pública


nacional e internacional com aproximadamente 3,3 milhões de mortes e 5,1% da
carga global de doenças e lesões atribuíveis ao consumo de álcool. As estatísticas
são alarmantes, demonstrando que o uso de entorpecentes tem matado anualmente
milhares de usuários de vários continentes. Apesar de vários programas e
erradicações ao uso das substâncias entorpecentes e drogas sintéticas terem sido
colocadas em evidência nos últimos anos, tem sido espantoso o aumento do número
de dependentes químicos. A realidade de ambos é o retrato de um fenômeno global,
o consumo de drogas, longe de ser recente ou mesmo restrito a classe social,
gênero ou etnia. Entrar no mundo das drogas e bebidas alcoólicas não é uma
escolha totalmente voluntaria por muitos, às vezes, essa escolha está vinculada a
uma série de fatores sociais que praticamente empurram algumas pessoas para um
caminho sem retorno. Porque muitas das vezes realmente é. Além disso, há um
crescente corpo de evidências que ilustram os danos causados por aqueles que
bebem álcool, as emoções relacionadas ao consumo do mesmo diferem pelo tipo de
álcool. As bebidas alcoólicas e drogas variam nos tipos de emoções que os
indivíduos relatam, provocando mudanças emocionais de todos os tipos. As chances
de sentir a maioria das emoções positivas e negativas também permaneceram mais
altas entre os dependentes, independentemente da situação.

Palavras-chaves: Consumo; Drogas; Álcool; Entorpecentes

INTRODUÇÃO

1 Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-Unidade


Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST)
2
Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-Unidade
Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST)
3
Cientista Social. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ). Professora adjunta pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-Unidade Acadêmica de
Serra Talhada (UFRPE-UAST)
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Na antiguidade, as substancias orgânicas eram obtidas a partir de seres vivos


ou sintetizadas por eles e os inorgânicos eram obtidos do reino mineral. Só então
em 1777 surgiu pela primeira vez o termo: Química Orgânica. Introduzido pelo
químico sueco Torben Olaf Bergman. Naquela época, a idéia defendida era a de que
as substancias obtidas através dos organismos vivos não poderiam ser sintetizadas
em laboratório uma vez que esses organismos possuíam uma força vital capaz de
produzi-las, conhecida como teoria da forca vital4. Cem anos depois, o químico
alemão Wohler realizou a síntese da uréia sem a utilização de nenhum ser vivo, ou
seja, em laboratório derrubando assim a teoria da força vital. E assim, muitos
cientistas passaram a sintetizar compostos orgânicos em laboratório também
(SARDELLA, 2005).

Em 1848, o químico alemão Leopold Gmelin notou que muitos compostos


apresentavam o elemento carbono em sua estrutura, dizendo que eles faziam parte
de todos os compostos orgânicos e dez anos depois August Kekulé definiu a
Química orgânica como a química dos compostos de carbono. Na qual se usa até
hoje, entre 1858 e 1861 Kekulé criou postulados afirmando que o átomo carbono (C)
poderia formar cadeias e que ele era tetravalente, ou seja, poderia fazer quatro
ligações entre si e outros átomos. Na formação de suas cadeias, as suas
classificações são em relação ao tamanho (número de carbonos) e seus tipos
(fechada, aberta, saturada e insaturada) e em relação ao grupo funcional
(hidrocarbonetos, alcoóis, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos e seus derivados e
as funções nitrogenadas) (SOLOMONS; FRYHLE, 2005).

Em especial, os grupos funcionais dão a principal característica aos


compostos orgânicos, tantos os compostos benéficos quantos os maléficos à
humanidade desde a “cura de doenças e até mesmo como veneno”. Tomando como
ênfase o maior e mais abrangente grupo das funções oxigenadas e das funções
nitrogenadas, Martha Reis (2013, p.88) descreve os alcoóis como uma função
oxigenada orgânica que apresenta um grupo hidroxila (ROH) “ligado a um carbono
saturado5”. Os compostos nitrogenados são considerados derivados da amônia onde

4 Os químicos da época afirmavam que para se obter um composto orgânico, era necessário a
utilização de um ser vivo e que o mesmo só poderia sintetizar a partir de uma força vital e que
somente os organismos vivos teriam, não ocorrendo em laboratório (SOLOMONS; FRYHLE, 2005).
5 Aquele que está ligado a carbonos com ligações simples.
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um ou mais hidrogênios são substituídos por um hidrocarboneto residual (RUSSEL,


1994).

Franco; Costa e Vitório (2018) afirmam que a Química orgânica está presente
em tudo a nossa volta e ainda destaca que esses compostos podem ser benéficos e
maléficos a saúde da humanidade. E dentre esses compostos benéficos e maléficos
estão o álcool e as drogas. Em seu estudo bibliográfico, os autores apresentam os
produtos farmacológicos de duas maneiras: Os medicamentos utilizados pela
medicina para o tratamento de doenças de acordo com prescrições médicas; e as
drogas psicotrópicas, as quais afetam o sistema nervoso central causando
transtornos (FRANCO; COSTA; VITÓRIO, 2018).

Este presente artigo tem como objetivo tratar e mostrar, a partir de uma
revisão bibliográfica e tomando como referência principal o artigo sobre drogas dos
autores Franco, Costa e Vitorio (2018) publicado na revista “Educação pública” pela
CEDERJ, uma fundação da CECIERJ, do livro “Personalidade do viciado” de Cox W.
Miles, o livro de “Química” de Martha Reis, um livreto informativo sobre drogas
psicotrópicas, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. E
outros trabalhos que serão apresentados em decorrência do artigo, para abordar
como tema principal o uso e consumo de álcool e drogas lícitas e ilícitas por
adolescentes e como essas substâncias se comportam no organismo humano
afetando o rendimento do aluno e contribuindo para a evasão escolar (CEBRID,
2003).

ATUAÇÃO DO ALCOOL E DAS DROGAS NO ORGANISMO HUMANO?

O consumo de álcool e o uso de drogas ocorrem, em sua maioria, em


adolescentes. Cerca de 30% dos alunos na fase de adolescência já experimentou
algum tipo de droga excluindo o álcool e o cigarro. E se elas causam tantas coisas
ruins, por que as pessoas insistem tanto em usar essas substancias maliciosas? O
que elas causam no nosso organismo? “Por que o álcool vicia? Os fatores que
influenciam o uso de droga e bebidas alcoólicas são: ser jovem, usar outras drogas,
ter baixa escolaridade, os quais aumentam o risco de uso precoce. Indivíduos de
baixa condição socioeconômica têm maior probabilidade de desenvolver o uso e a
dependência. A estrutura familiar apresenta uma relação significativa, o adolescente
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criado em família mono parental, por apenas um dos pais, em conseqüência da


separação dos cônjuges, torna-se mais vulnerável ao uso de substâncias químicas.
Vejamos:

O álcool atua em vias mesolímbicas, apesar de não se conhecer sobre


mecanismos exatos dessa ação, sabe-se que ela atua em vários canais iônicos
receptores e neurotransmissores. A ingestão de mais ou menos 10 gramas de
álcool que se encontra aproximadamente em um copo de cerveja de 250 ml ou em
uma taça de vinho de 90ml, com capacidade media do corpo para metabolizar o
mesmo, é de 40% por hora. Esse fator associado à própria capacidade de agressão
do álcool as células do corpo, que de tal modo, produzirá doenças e distúrbios
relacionados ao uso nocivo a dependência. Atualmente, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) demonstra que é uma das substâncias psicoativas mais
precocemente consumidas pelos jovens. Define o alcoolista como um bebedor
excessivo, cuja dependência em relação ao álcool é acompanhada de perturbações
mentais, da saúde física, da relação com os outros e do comportamento social e
econômico (ALARCON; SOARES 2012).

As drogas são consideradas substâncias psicotrópicas, pois atuam no


Sistema Nervoso Central (SNC). Estas substâncias aumentam a atividade cerebral
provocando efeitos farmacológicos capazes de modificar as funções vitais dos seres
vivos, acarretando em mudanças fisiológicas e comportamentais nos indivíduos.
Uma vez que imitam ou cooperam com os neurotransmissores estimulantes do
organismo do indivíduo, como a epinefrina e dopamina trazendo sensações de alerta
e disposição devido à sobrecarga que o organismo se expôs. O Alucinógeno,
principal mecanismo proposto atualmente ligado a receptores do serotonina
encontrado em grandes concentrações do córtex e sistema límbico; em drogas como
MDA, MDMA e ECSTASY. Esse efeito farmacológico depende do arranjo espacial
dos grupos funcionais e suas modelos estruturais a qual devem ser complementares
ao sítio de ligação do Sistema Nervoso Central, ou seja, no sítio receptor presente
no SNC, criando uma interação do tipo o chave-fechadura. Dessa interação obtêm-
se as respostas farmacológicas (FRANCO; COSTA; VITÓRIO, 2018).

SINAIS E SINTOMAS DO USO RELACIONADO A DROGAS E ALCOOL.


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Os problemas de comportamento grave podem estar relacionados com maior


risco para o uso de todas as drogas, mas a associação com relação ao
comportamento delinqüente pode ser mais forte para o uso da maconha, cocaína,
crack, lança perfume, cafeína e LSD, que para o uso do álcool ou do tabaco. O uso
precoce de tabaco, de álcool ou de ambos pode conduzir ao uso de maconha e de
outras drogas, ou a outros problemas de comportamento. Os problemas graves de
comportamento podem estar vinculados ao maior risco de uso de todas as drogas,
mas o comportamento delinquente parece ser o mais importante fator para o uso de
maconha do que para o uso de álcool ou de tabaco. Muitas vezes, adolescentes
procuram afugentar-se dos problemas, do medo, das angustias, da insegurança, etc.
Consumindo bebidas alcoólicas e drogas psicotrópicas. No entanto, demonstram
que o álcool é uma das substâncias psicoativas mais precocemente consumidas
pelos jovens. O bom relacionamento com os pais e na escola diminui o risco de o
adolescente apresentar problemas de comportamento e de usar álcool e outras
drogas (BOUER, 2004).

Cox Miles (1988, p.13) afirma que esses jovens procuram uma forma “de
alívio do tédio, da depressão e da ansiedade – ou para ficar simplesmente ‘ligadas’.
O CEBRID (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas 2003)
classifica os tipos de drogas em: depressoras do SNC, estimulantes e as
perturbadoras da atividade cerebral central. A primeira se caracteriza por diminuir a
atividade cerebral retardando seu funcionamento fazendo com que a pessoa fique
“desligada” e sem ânimo, ou seja, são depressoras. Martha Reis (2013) destaca o
álcool como uma droga psicotrópica ao passo que causa mudanças no
comportamento, nas atitudes e nos pensamentos dos seres humanos. Ele é
considerado uma droga lícita uma vez que é admitido e até incentivado pela
sociedade como uma bebida inofensiva quando o indivíduo bebe equilibradamente
(CEBRID, 2003).

Remédios contra dores também podem ser considerados drogas depressoras


do SNC. Em casos mais graves como em pacientes terminais com dores por conta
do câncer/AIDS utiliza-se a morfina, uma droga extraída de uma planta chamada
ópio (REIS, 2013). O Cebrid (2003) define a morfina como uma droga depressora do
SNC uma vez que causa sonolência e alivia a dor. E adverte que:
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As pessoas que usam essas substâncias sem indicação médica, ou


seja, abusam delas, procuram efeitos característicos de uma
depressão geral do cérebro: um estado de torpor, como isolamento
da realidade do mundo, calmaria na qual realidade e fantasia se
misturam, sonhar acordado, estado sem sofrimento, afeto meio
embotado e sem paixões. Enfim, fugir das sensações que são a
essência mesmo do viver: sofrimento e prazer que se alternam e se
constituem em nossa vida psíquica plena (CEBRID, 2003, p. 27)
As drogas estimulantes são aquelas capazes de deixar o SNC alerta. O
tabaco, por exemplo, existe uma substancia chamada nicotina, onde seus principais
efeitos da no SNC se apresentam na variação de humor e na falta de apetite. A
nicotina é considerada um estimulante leve e o consumo é ”permitido” pela
sociedade. Quando usada por muito tempo, o indivíduo desenvolve uma tolerância a
ela precisando de cada vez mais da substância para sentir a mesma sensação e
quando param de fumar, sentem uma dificuldade de concentração, agitação e
desesperadora para voltar a fumar novamente. Além de sentir uma diminuição da
capacidade física e respiratória (CEBRID, 2003; FRANCO; COSTA; VITÓRIO,
2018).

Substancia natural conhecida como cocaína, ela é retirada de uma planta


chamada Erythroxylon coca e pode ser encontrada em forma de sal, o chamado
cloridrato de cocaína que é solúvel em agua e inalado por via nasal, ou pela forma
de crack que é pouco solúvel em agua e que poder ser fumado (CEBRID, 2003).
Também em forma de melado, a chamada Merla que contem mais substancias por
conta da extração. Segundo Siqueira, Fabri e Rodrigo Luiz Fabri (2011, p 77) a
cocaína atua numa região do cérebro caracterizada com a região de recompensas
causando um bloqueio “através da receptação de neurotransmissores”. Por isso
Fabri e Rodrigo Luiz Fabri (2011) afirmam que:

Acredita-se que o bloqueio da receptação da dopamina leva a um


aumento da concentração deste neurotransmissor na fenda sináptica
(espaço entre os neurônios), fenômeno responsável pelas sensações
de euforia, prazer, poder, diminuição da necessidade de sono,
aumento das sensações sexuais, redução do apetite, estado de
hiperatividade com aceleração do pulso, aumento do ritmo
respiratório, febre, hipertensão arterial, tremor nas mãos e agitação
psicomotora (SIQUEIRA; FABRI; RODRIGO LUIZ FABRI; 2011,
p 77)

A cocaína, segundo Carlini et al (2001), produz no organismo humano uma


sensação de euforia, ansiedade, estado de alerta, caracterizando-a como uma droga
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estimulante. A cocaína e seus derivados (crack e merla) provocam efeitos


exagerados de euforia e prazer que costumam durar entre 3 a 5 minutos onde “tais
efeitos são decorrentes da inibição de receptação neural de dopamina” (SIQUEIRA;
FABRI; RODRIGO LUIZ FABRI; 2011, p 77). Por isso o usuário costuma inalar,
ingerir ou injetar a droga muito mais rápido a fim de sentir o mesmo prazer
novamente criando uma tolerância e usando cada vez mais dessa substancia para
sentir os efeitos semelhantes e mais intensos. Os efeitos pelo corpo não param! Ao
usar a droga, o usuário passa a produzir um aumento das pupilas (midríase),
prejudicando a visão, dores no peito, contrações musculares, convulsões e até coma
além de aumento na pressão arterial e aceleramento dos batimentos cardíacos
(CARLINI et al; 2001)

As drogas perturbadoras do SNC são aquelas que, segundo o Cebrid (2003)


o cérebro não funciona em seu estado normal e dentre as tantas substancias
capazes de deixar a atividade cerebral desregulada, estão os alucinógenos e a
maconha. A maconha é uma planta chamada cientificamente de Cannabis sativa e
seus efeitos vão de físicos à mentais dependendo do tempo de uso da substancia.
Os primeiros efeitos físicos se apresentam com a boca seca e olhos avermelhados,
acelerando os batimentos cardíacos e para os efeitos mentais estão a sensação de
bem-estar, calma e relaxamento ou trêmulos e angustiamentos. Ao passo que o
indivíduo passar a usar a droga com mis frequência e em maio quantidade, surgem
os delírios e as alucinações e os efeitos físicos crônicos aparecem como a aparição
de câncer nos pulmões, uma vez que a maconha é fumada, e para os homens,
ocorre a diminuição da testosterona no organismo deixando-o infértil. Seus
problemas crônicos mentais se caracterizam pela dificuldade de aprendizagem.

Os alucinógenos podem ser classificados em naturais (fungos e plantas) e


sintéticos. As drogas alucinógenas sintéticas principais são a LSD-25 e a Ecstasy.
Martha Reis (2013) apresenta a LSD-25 como uma droga alucinógena sintética
chamada de dietilamina do ácido d-lisérgico, seus principais efeitos no organismo
são alucinações repentinas, descontrole, e sentimentos de euforia que se misturam
com depressão, ilusões assustadoras e pânico. Além de distorções nos sentidos
olfatórios e táteis, ou seja, eles podem ser ouvidos e as cores sentidas.
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A esctasy é outra droga que causa alucinações provocando um estado de


perturbação, confusão e delírio mental. Seu nome é metilenodioximentanfetamina
(MDMA). Seus sintomas se caracterizam pelos estados de euforia, alterações na
percepção do tempo, reduções no medo e ataques de pânico. Além de depressões
graves e até mesmo levar ao suicídio. As alterações físicas se relacionam com
distúrbios do sono, elevação da temperatura corporal, náuseas e boca seca.
(CARVALHO, 2007; REIS, 2013)

Carvalho (2007) ainda afirma que a MDMA não causa dependência e que seu
uso provoca uma diminuição no interesse pela droga, porém, em casos raros, alguns
destes indivíduos podem aumentar as doses ingeridas e desenvolver uma
dependência.

FORMAS E TRATAMENTOS

Como tratar o adolescente com problemas relacionados ao uso de álcool ou


outras drogas? Os estudos de metanálise sobre a efetividade dos diversos
tratamentos psicoterápicos conseguiram reunir em torno de 400 tipos diferentes de
terapias utilizadas para adolescentes. Além dessa diversidade de intervenções, a
escolha do tratamento dependeu de fatores extrínsecos, isto é, da disponibilidade do
tratamento mais adequado para o jovem (próximo ao local de sua residência e
compatível com sua condição socioeconômica e com seu sistema familiar), como
também de fatores intrínsecos, como a motivação do jovem e a gravidade de seu
diagnóstico como um todo. O tratamento do adolescente deve levar em
consideração também, o tipo da droga utilizada e a freqüência do consumo
(GIGLIOTTI, GUIMARÃES, 2007).

O tratamento da dependência alcoólica envolve intervenções em vários


níveis, já que a doença é bastante complexa, seja na etiologia ou nas implicações
sociais, profissionais e familiares. A intervenção terapêutica destina-se tanto à
dependência quanto à abstinência do álcool, contando com algumas intervenções
Psicoterapêuticas que discute com o doente as causas que levaram ao alcoolismo,
estabelecendo estratégias e objetivos que são essenciais para um tratamento eficaz
e para a manutenção da abstinência. Assim, as psicoterapias são fundamentais na
intervenção terapêutica da dependência e abstinência do álcool. (BRAUN, 2007)
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Muitos pacientes apresentam um quadro fronteiriço entre o abuso e a


dependência, devemos considerar que o efeito agudo de retiradas das drogas pode
desencadear sintomas e síndromes psiquiátricas. Assim o transtorno metal tanto
pode ocorrer em decorrência do uso das substâncias, quanto uma abstinência.
Considerando-se que os tratamentos para o uso de drogas surgiram, principalmente,
em função do reconhecimento, por parte do campo psiquiátrico, das toxicomanias
como uma forma de psicopatologia, torna-se compreensível o porquê de tais
tratamentos terem se constituído tomando como base os pressupostos oriundos da
psiquiatria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As bebidas alcoólicas e o uso de drogas sugerem um tratamento


interdisciplinar na escola com envolvimento da comunidade. Várias atitudes podem
ser desenvolvidas por partes de professores e gestores juntamente com os pais e
psicólogos. Essas atividades podem ser desenvolvidas em sala de aula e abordadas
em química como estudo da composição e das causas que essas substâncias
provocam no organismo.

Fatores que influenciam no descontrole e na obtenção do prazer nas dragas


podem estar relacionados a falta de interesses pela pelas oportunidades
educacionais, ou pela fase de medo e inseguranças provocadas pela fase da
adolescência. Muitas vezes, o baixo rendimento acadêmico leva a pessoa a usar
substancias ilícitas ou até mesmo as lícitas para afugentar-se da culpa, do
desespero e da ansiedade. Tratar sobre drogas e o consumo não é somente chegar
e dizer “drogas? Tô fora” e que não devemos abrir mão das informações. Muitas
vezes, o jovem que experimentar novos prazeres e coisas novas e a influência do
meio abre essa porta para ele ou ele precisa fazer parte daquela sociedade e para
isso, a droga proporciona esse caminho. Um caminho que pode ser contornado e
até mesmo evitado.

Contudo, identificação do adolescente de risco em função do uso de álcool ou


drogas e a definição do melhor tratamento ainda são assuntos bastante complexos e
alvo de muitas discussões. Algumas características do adolescente de risco podem
auxiliar os trabalhos preventivos e de triagem para minimizar esse problema. Os
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fatores de risco para o uso de drogas incluem aspectos culturais, interpessoais,


psicológicos e biológicos. São eles: a disponibilidade das substâncias, as leis, as
normas sociais, as privações econômicas extremas; o uso de drogas ou atitudes
positivas frente às drogas pela família, conflitos familiares graves; comportamento
problemático (agressivo, alienado, rebelde), baixo aproveitamento escolar,
alienação, atitude favorável em relação ao uso, início precoce do uso;
susceptibilidade herdada ao uso e vulnerabilidade ao efeito de drogas.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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mal-estar contemporâneo. Scielo. Fiocruz, 2012.

BOUER, J. Álcool, cigarro e drogas. 1. Ed. São Paulo: PandaBooks, 2004.


BRAUN, I. M. Drogas: Perguntas e respostas. Minhas Gerais: MG Editores, 2007.
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Faculdade de Ciências da Saúde. Porto, PT: 2007
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(CEBRID). Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas. São Paulo, 2003.
Disponível em: http://www.cebrid.com.br/wp-content/uploads/2012/12/Livreto-
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FABRI, R. L; SIQUEIRA, L. P; FABRI, A. C. O. C. Aspectos gerais, farmacológicos e
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GIGLIOTTI, A; GUIMARÃES A. Dependência, compulsão e impulsividade. Rio de
Janeiro: Rubio, 2007.
REIS, M. Química. 1 ed. v.3. São Paulo: Ática, 2013.
RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. v. 2. São Paulo: Pearson Makron Books, 1994.
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SARDELLA, A. Química. São Paulo: Ática, 2005


SOLOMONS, T.W Graham. FRYHLE, Craig B. Química orgânica. Tradução de
Robson Mendes Matos, revisão técnica de Délio Soares Raslan. 8. ed. v. 2. Rio de
Janeiro: LTC, 2005.

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