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AO JUÍZO DA 2ª VARA CIVEL DO TERMO JUDICIÁRIO DE SÃO JOSÉ DE


RIBAMAR DA COMARCA DA ILHA-MA.

PROCESSO nº: 0804369-78.2017.8.10.0058


REQUERENTE: ARYCLENES SILVA FERREIRA
REQUERIDO: COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO –CEMAR

ARYCLENES SILVA FERREIRA, já devidamente qualificado nos autos do processo


em epígrafe, que move em face do COMPANHIA ENERGÉTICA DO
MARANHÃO- CEMAR, vem por intermédio do seu advogado que esta subscreve
com endereço profissional sito no rodapé desta, onde recebe intimações, notificações e
avisos, vem, conforme intimação feita, apresentar:

ALEGAÇÕES FINAIS SOB A FORMA DE MEMORIAIS

Com as questões adiante aduzidas:

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I- DA TEMPESTIVIDADE

Salienta-se que a presente alegações é devidamente tempestiva, haja vista que o


prazo para sua apresentação são de 10 (dez) dias, contados do primeiro dia útil seguinte
ao da publicação, haja vista que o prazo encerra-se apenas em 17/05/2019.

II- RESUMO DA LIDE

Nobre Excelência, no dia 25 de agosto de 2017, o Autor trafegava por via


pública com uma motocicleta Honda Fan 160, de placa PSS 8691, de cor Preta, quando
um poste caiu e um de seus fios de alta tensão o atingiu, causando-o lesões
corporais.
O Requerente deu entrada no Hospital e Maternidade de São José de
Ribamar com escoriações por todo o corpo e com queimaduras de 2º grau em região
cervical que lhe causava muitas dores a época do fato, conforme Informe de
Atendimento de Emissão: 25/08/2017 23:30:01.
Destaca-se ainda que conforme Laudo do IML juntado no Id de nº 9473759,
o Autor apresentava lesão de costa bolhosa e avermelhada, compatível com
queimadura, medindo 9,0 cm x 2,5 cm, em face anterior do pescoço; escoriação
medindo 5,0 cm x 3,0 cm, em face do terço médio do braço esquerdo; equimose
azulada medindo 5,0 cm x 2,0 cm, em face anterior do terço proximal do braço
direito; escoriação medindo 2,0 cm x 2,0 cm, em face anterior do joelho direito;
movimentos e força muscular preservados e simétricos bilateralmente.
O Requerido por sua vez, em sede de contestação, alega no mérito a
inexistência de nexo causal entre a conduta comissiva ou omissiva da CEMAR e o Dano
alegado, em virtude de responsabilidade de terceiro, posto que houve uma colisão em
outro poste.

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Em que pese, todo o esforço empreendido no respeitável trabalho do


contestante, a pretensão deve ser julgada totalmente procedente, pois a matéria de
defesa ventilada não merece prosperar.
Durante a audiência de instrução realizada pela M.M Juíza, restou mais que
claro no depoimento da testemunha, que no dia 25/08/2017, HOUVE A QUEDA DE
DOIS POSTES, UM PELA TARDE E OUTRO PELA NOITE, e o poste que caiu e
ocasionou dano ao Requerente não possui ligação com a queda do primeiro, visto a
existência de outros postes entre eles que não sofreram nenhum dano.
O sinistro com o Autor, fora pela noite, quando o poste caiu e um de
seus fios de alta tensão o atingiu, causando-o lesões corporais, conforme já
supracitado.
Portanto, Excelência, o Autor deve ser indenizado pelos danos que a falta de
prestação de serviço da empresa Ré causou a sua saúde.
Além do mais, o caráter pedagógico desta decisão é de extrema importância,
para que a empresa que é demandada nessa lide entenda o papel de conservação
dos serviços que lhes são incumbidos, na pretensão de que outras pessoas não
venham passar pela mesma situação vivida pelo Autor.
Por fim, verifica-se que não há nenhuma prova capaz de justificar a
negligência da Requerida, destacando ainda, que o local do acidente do Requerente fica
próximo a uma escola, conforme imagens juntadas no Id de nº 15405058.

III- DO MÉRITO

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1- DA APLICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

A Requerida, embora muito tenha dissertado sobre a ausência de nexo


causal, não juntou nenhum documento comprovando a sua alegação, no entanto, cabe
enfatizar que a Responsabilidade Objetiva se faz presente, pelos fundamentos a seguir.
A teoria da responsabilidade objetiva, presente na lei em várias
oportunidades, para que haja a sua caracterização do dever de indenizar devem estar
presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação de causalidade ou
nexo causal, dano, desconsiderando a culpabilidade.
Douto Julgadores, no caso em tela, o Requerente foi vítima de um acidente
que ocasionou lesões gravíssimas a integridade física e moral do mesmo, colocando a
sua vida em risco, uma vez, que na queda do porte, um de seus fios de alta tensão o
atingiu, causando escoriações e queimaduras de 2º grau em todo seu corpo.
O nexo causal se faz presente no caso em tela, pois a Requerida não cuidou
de conservar o poste que é de sua responsabilidade, tendo o mesmo caído e os seus fios
atingido o Requerente no momento em que se locomovia na via, causando danos,
inclusive na saúde ao Autor.
Então deve a empresa Ré responder em caso de apuração de eventual
responsabilidade, sendo inclusive, objetiva, como devidamente comprovada.
Nobre Julgador, se a Requerida tivesse tomado as cautelas ordinárias em
relação à rede de energia elétrica, verificando sobre a fragilidade do poste que estava
preste a cair, certamente não teria ocorrido o sinistro, do que emerge manifesta a culpa
da Ré.
Além disso, a mencionada empresa constitui-se em responsável pelo
fornecimento e manutenção dos serviços de energia concedidos pela União, o que inclui

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a instalação da rede e conservação desta, cabendo a ela responder em caso de apuração


de eventual responsabilidade.
Diante disso, o art. 37º, § 6º da Constituição Federal, dispõe o seguinte:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:
...
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

Ora Excelência, a breve leitura do supramencionado artigo, já comprova a


responsabilidade objetiva da Requerida, uma vez, que conforme já dito, a mesma, que é
responsável pelos fornecimento e manutenção dos serviços de energia, inclusive os
portes.
Diante disso, não possui cabimento a alegação da Requerida de inexistência
de nexo causal e ausência de responsabilidade civil objetiva, uma vez que a
Constituição Federal afirma que a Ré é responsável pelos danos causados a terceiros,
bem como, existem entendimentos jurisprudenciais vastos sobre o assunto, senão
vejamos:

REPARAÇÃO DE DANOS MATERAIS. QUEDA DE POSTE DE


ENERGIA ELETRICA SOBRE VEÍCULO ESTACIONADO. DANOS
COMPROVADOS.
Responsabilidade objetiva da empresa fornecedora, com lastro no artigo 37, §
6º, da Constituição Federal, a quem competia demonstrar, modo cabal e

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inequívoco, a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. Não provada a


responsabilidade exclusiva de outrem, subsiste o dever da fornecedora de
energia elétrica de reparar os danos ocasionados à parte autora. Recurso
provido. Unânime. (Recurso Cível Nº 71002998169, Terceira Turma
Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Data de
Julgamento: 15/09/2011, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 21/09/2011)

E também:

TJ-RS - Apelação Cível AC 70076744291 RS (TJ-RS) Data de publicação:


27/04/2018 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
AÇÃO INDENIZATÓRIA. QUEDA DE POSTE DE ENERGIA ELÉTRICA
SOBRE A RESIDÊNCIA DO AUTOR. INTERRUPÇÃO DO
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA A demandada, na qualidade
de concessionária de serviço público, responde objetivamente pelos danos
decorrentes de defeitos na prestação do serviço que resultam em danos a bens
de consumidor, nos termos do art. 37 , § 6º , da CF/88 . A prova produzida
nos autos é suficiente para demonstrar que o poste de energia elétrica de
responsabilidade da ré caiu sobre a residência do autor devido à sua má
conservação, causando danos. Por outro lado, não se produziram evidências a
demonstrar a ocorrência de causa excludente (temporal de grande magnitude,
conforme alegado pela defesa), restando caracterizados os pressupostos da
responsabilização civil. Os danos materiais restaram demonstrados por
fotografias e corroborados por recibo e nota fiscal. Já os danos morais são
considerados in re ipsa, dispensando prova maior, na peculiaridade do caso.
Quantum fixado pelo Juízo de origem em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), o
que vai mantido, pois suficiente para reparar o dano (princípio compensatório
todo o dano deve ser reparado), ao mesmo tempo em que evita o
enriquecimento sem causa (princípio indenitário nada mais do que... o dano
deve ser reparado) e pune a demandada (princípio punitivo-dissuasório),

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estimulando-a a prestar serviço público de melhor qualidade. Sentença


mantida. APELAÇÕES DESPROVIDAS. (Apelação Cível Nº 700767442.

Portanto, resta claro a responsabilidade objetiva da Requerida, devendo


assim ser condenada a indenizar o Requerente, tendo em vista o preenchimento dos
requisitos da responsabilidade objetiva.

2- DA NECESSÁRIA REPARAÇÃO DO DANO MORAL

A Constituição Federal assegura o direito à reparação por dano moral, sendo


este inclusive um direito fundamental.

Art. 5°(...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem.

Não resta dúvida que o caso em tela houve deliberada afronta ao direito do
Autor, afetando diretamente a sua personalidade, sua honra, causando-lhe um
sofrimento moral, bem como a sua integridade física.
O dano moral, como sabido, deriva de uma dor íntima, uma comoção
interna, um constrangimento gerado por ação ou omissão de outrem.
O Código Civil também tutela e assegura a reparação do dano moral.
Vejamos o que prescreve esse diploma legal:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

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Na mesma esteira o Código Civil assegura que:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

A ofensa por dano moral não pode ser reparada senão pecuniariamente.
Vejamos, como tem se manifestado o Tribunal de Justiça, quanto a casos
análogos:

TJ-RS - Apelação Cível AC 70074579673 RS (TJ-RS) Data de publicação:


26/02/2018 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAL E MORAL.
QUEDA DE POSTE DE ENERGIA ELÉTRICA. DESCARGA ELÉTRICA.
MORTE DE ANIMAIS. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE
DESLIGAMENTO DA REDE. NEXO CAUSAL EVIDENCIADO. DANO
MATERIAL COMPROVADO. DANO MORAL. NÃO CONFIGURAÇÃO.
Trata-se de recurso de apelação interposto contra a sentença de
improcedência de ação de indenização por danos material e moral
decorrentes da descarga elétrica que levou a óbito diversos bovinos situados
na propriedade rural do autor. Consoante a exordial, a parte autora foi
informada acerca da morte dos animais que estavam em sua propriedade
rural, em razão de descarga elétrica. Constatou, ao chegar no local, que em
função da queda de três postes de energia elétrica, cabos de alta tensão
caíram e acabaram matando oito animais, búfalos e bovinos. Narrou que, em
que pese tenha postulado imediatamente o desligamento da rede de alta
tensão à concessionária ré, outro animal veio a óbito em razão de
eletrocussão. Referiu que a equipe da demandada só atendeu sua solicitação
dois dias após o ocorrido. Defendeu a ocorrência de dano moral indenizável
em razão da negativa infundada de indenização dos prejuízos sofridos.
Postulou a condenação da concessionária à restituição da quantia... referente
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ao valor de mercado dos animais, bem como ao pagamento de indenização


por dano moral. DEVER DE INDENIZAR - A concessionária ré, na condição
de pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público de
fornecimento de energia elétrica, tem os limites de sua responsabilidade civil
estabelecidos no artigo 37 , § 6º , da Constituição Federal , razão pela qual a
ré possui responsabilidade objetiva perante a parte autora. Responsabilidade
objetiva da parte ré que decorre, também, da relação de consumo havida entre
as partes. Observância do princípio da inversão do ônus da prova.
Demonstrado o dano concreto decorrente da falha na prestação do serviço,
impõe-se o dever de indenizar

Nobre Julgador, cabe ainda salientar, que no DEPOIMENTO DA


TESTEMUNHA DO REQUERENTE, este informou que o poste estava em situação
precária, bem como, que temia que algo viesse acontecer, principalmente pelo local
onde estava o poste, visto era em frente uma escola.
Ora, na queda do poste a fiação que atingiu o Requerente, colocou em
perigo a sua vida, logo, o dano moral, está presente, uma vez que a imprudência da
Requerida em não efetuar a devida manutenção nos seus postes, ocasionou os danos
sofridos pelo Autor.
Portanto, estão presentes, com todos os requisitos que ensejam a reparação
do dano sofrido pelo Autor, conforme supramencionado, o qual espera ter seu pedido
prontamente deferido pelo Estado-juiz, tendo em vista, a responsabilidade objetiva do
Requerido.

3- APONTAMENTOS FINAIS

Após os apontamentos acima, gostaríamos de finalizar de forma objetiva,


solicitando a Vossa Excelência, em seu impar conhecimento, que não deixe em
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desamparo aquele que lhe busque socorro. Onde há fumaça, ocorreu fogo! E no caso em
tela, o vasto sinal pode ser reconhecido.
Como se observa do relato da testemunha, o poste estava em situação
precária, e o Autor poderia ter morrido no dia 25/08/2017, tendo uma nova oportunidade
de viver, tal situação não pode passar impune por este Juízo.
A responsabilidade civil do Estado independe de contrato e é consequência
da atividade estatal, traduzindo-se na obrigação de indenizar danos causados a terceiros.
Após longa evolução doutrinária e jurisprudencial, a responsabilidade do Estado está
prevista constitucionalmente.
A Constituição Federal de 88 estabelece, no parágrafo 6º do artigo 37, a
responsabilidade das pessoas jurídicas de direito público e de direito privado
prestadoras de serviços públicos diante dos danos que seus agentes causarem a terceiros.
Com efeito, assumindo a concessionária o ônus da responsabilidade, é
pacífico seu envolvimento com a teoria dos riscos. Por suposto, como ensina a
susomencionada teoria, todo e qualquer ente que se propõe a desenvolver determinada
atividade, arca, necessariamente, com a obrigação de responder pelos eventuais danos
ocorridos, in verbis:

RESPONSABILIDADE CIVIL. DESABAMENTO DE POSTE. VÍTIMA


FATAL. MÁ CONSERVAÇÃO. AÇÃO PROCEDENTE. - Hipótese em que
comprovado de maneira cabal o estado de má conservação do poste de
iluminação. culpa reconhecida da ré. - ademais, segundo a constituição
federal (art. 37, § 6º), a responsabilidade da empresa de energia elétrica,
concessionária de serviço público, é objetiva. recurso especial não conhecido.
[4]

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Ademais, é louvável que a concessionária assuma este encargo, pois como


ensina Sergio Cavalieri Filho:

[...] quem tem o bônus deve suportar o ônus. Aquele que participa da
Administração Pública, que presta serviços públicos, usufruindo os
benefícios dessa atividade, deve suportar os seus riscos, deve responder em
igualdade de condição com o Estado em nome de quem atua. [6]

Afinal, claro está que na esfera administrativa, bem como, cível a empresa
concessionária é inteiramente responsável pela reparação de eventuais danos oriundos
da prestação de seus serviços.
A finalidade desse princípio não é outra senão a dignidade da pessoa
humana, norteadora das relações jurídicas e fundamento constitucional da República
Federativa do Brasil, uma vez que o bem comum corresponde ao bem de cada um e
vice-versa.
Agora, se caso persistir duvida sobre essa afirmativa, invoco humildemente
que Vossa Excelência use de seu ativismo judicial para sanas qualquer duvida a respeito.
Por fim, acreditando na seriedade deste juízo, requer a procedência do
pedido contido na inicial, condenando a ré ao pagamento de indenização de Danos
Morais e Materiais.

IV- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer que Vossa Excelência se digne à julgar


TOTALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS, bem como os demais pedidos feitos na inicial, como medida de justiça e
sabedoria tendente a sanar os prejuízos sofridos pelo Autor e punir as condutas ilícitas

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realizadas pela empresa requerida, haja vista sua responsabilidade objetiva, conforme
exposto no art. 37º, § 6º, da CF.

Nestes termos,
Pede e aguarda deferimento
São José de Ribamar - MA, 05 de maio de 219

Laércio Serra da Silva


OAB/MA nº 9.447

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